Comportamento Desviante
Comportamento Desviante
Comportamento Desviante
19/10/2021
● Perspetiva integrada
Distinção comportamento desviante e crime
Perspetiva positivista
Absolutismo: O desvio é absolutamente, intrinsecamente real; assim, o desvio e os
desviantes podem ser objeto de estudo.
Objetivismo: o desvio é um objeto observável; assim, métodos de investigação
objetivos podem ser usados. (métodos quantitativos)
Determinismo: o desvio é um comportamento determinado, um produto de
causalidade; assim, teorias explicativas causais podem ser desenvolvidas.
Perspetiva construtivista
Relativismo: o desvio é um rótulo, definido como tal num dado tempo e espaço; assim,
a rotulagem, o seu impacto e quem rotula podem ser estudados.
Subjetivismo: o desvio é uma experiência subjetiva.
O comportamento desviante fundamenta-se no senso comum e em ideias
fundamentadas pela população – rótulos.
A combinação das duas permite uma imagem mais completa, sendo que em muitos
aspetos as duas não são tao contraditórias.
Em cada perspetiva acaba por se aceitar como verdadeiros os argumentos da outra,
considera é que os seus argumentos relevantes.
Portanto enquanto os positivistas olham muito mais para o objeto, como algo passivo
como a de que não tem necessariamente que ser entendido, o sujeito não tem que ser
entendido, ou seja, a grande diferença é que o construtivismo olha para o
comportamento.
26/10/2021
O doente mental veio ocupar o lugar do louco enquanto marca do desvio, da exclusão.
(Foucault) – por motivos como a religião, estavam possuídas pelo demónio.
A pessoa tentava curar a loucura através de intervenções físicas.
No séc. XIX tenta-se procurar saberes que expliquem de forma científica estes
comportamentos.
Pinel afirma que aos sistematizar os comportamento vai criar o conceito de mania sem
delírio, opondo-se a Tuke.
O conceito de doença mental começa a ser muito explorado e decomposto em vários
conceitos.
Para cada patologia que identifica, propõem um diferente tipo de tratamento.
Quinol adiciona à categoria de monomania, um prolongamento das paixões do homem
e distingue a monomania geral da monomania especifica.
O tratamento moral funda-se como forma de controlo social, surgindo os médicos
alienistas como peritos que buscam, através deste saber, uma zona de poder: quer no
asilo, quer no tribunal, através de perícias médico-legais.
Considera-se que o corpo tem de ser objeto de investigação, objeto de observação.
Lavater- Aquilo que o sujeito aparenta é aquilo que ele é. Nesta lógica coloca-se a
hipótese de haver um corpo do Mal, do vicio e da imoralidade.
Gall- vai estudar o crânio, que existem diferentes tipos de crânio e com isso irá associar
diferentes patologias.
Lombroso- Liderava a Escola Positivista Italiana.
Esta ciência serve saberes científicos, mas também é influenciada por um contexto
social da época.
Estudo- teste
Comportamento desviante- (varia em contexto social e cultural) - aquilo que viola a
norma social ou legal
Teoria positivista – o sujeito é caracterizado biologicamente como desviante
Teoria construtivista – o cd é definido pela sociedade, ou seja, o sujeito é definido
como desviante pela sociedade e respetivas normas sociais.
Existem dois paradigmas-
Positivismo – associado às ciências exatas. Considera que há atributos inatos ao
individuo biologicamente, ou seja, o indivíduo não controla as suas características e
por isso tem um comportamento desviante. O sujeito não tem controlo sobre o seu
comportamento.
Construtivismo social – assenta nas ciências humanas, é composto por várias teorias.
Pressuposto de que o cd é uma construção social, fruto dos estigmas e rótulos postos
ao sujeito.
Cada uma destas perspetivas influencia a forma como se perspetiva, estuda e dá
sentido aos objetos de estudo.
Perspetiva positivista- define o desvio como positivamente real.
3 assunções da perspetiva positivista-
Absolutismo- caracteriza o desvio como absolutamente real
Objetivismo- o desvio como objeto observável
Determinismo- o desvio como um comportamento determinado.
Absolutismo- CD como um atributo inerente ao individuo. Esta corrente iniciou-se com
a consideração de que os sujeitos desviantes possuíam traços biológicos ou
psicológicos que os distinguia dos outros. Não partilham da ideia de que os rótulos
determinam a constituição da pessoa desviante.
Objetivismo- Defendem ser objetivo no estudo do desvio, tal como nas ciências exatas
se estuda o fenómeno físico. Focam-se na análise de estatísticas, relatórios oficiais,
clínicos, questionários, inquéritos. Admitem que este método não abrange toda a
realidade desviante e que devia de ser refinado, para abranger um maior
conhecimento.
Determinismo- O desvio é determinado por forças exteriores ao individuo, além do seu
controlo. Inicialmente rejeitavam o livre arbítrio. Explicam o desvio recorrendo a
conceitos como: maus-tratos, a mulheres, privações económicas, famílias
desestruturadas, origens sociais desfavorecidas…
Perspetiva construtivista: emergiu na década de 1960. Tenta perceber o fenómeno.
3 assunções da perspetiva construtivista:
Relativismo- o desvio como um rótulo.
Subjetivismo- o desvio como uma experiência subjetiva
Voluntarismo- o desvio como um ato voluntário.
Relativismo- O ato surge como desviante porque algumas pessoas o vêm como tal, o
comportamento desviante expresso sob forma de um rótulo, construído socialmente.
O foco é perceber-se o porquê deste ato ser definido pela sociedade. O foco desvia-se
para quem rotula os outros como desviante.
Subjetivismo- o CD é uma experiência subjetiva e pessoal e o individuo desviante é um
sujeito consciente, com emoções e sentimentos e pensamentos. Defesa da valorização,
dignidade e liberdade das pessoas. Para os construtivistas, os positivistas encaram o
comportamento desviante como um ato repulsivo, imoral e desagradável que deve ser
eliminado e corrigido. Ideias. Pré-concebidas.
Voluntarismo-
16/11/2021
Muitos jovens delinquentes apresentam traços biológicos semelhantes.
Teoria de Sheldon foi testada ao longo do tempo. Sutherland dizia que havia mais
delinquentes do tipo mesomorfo. Sheldon acompanhou cerca de 200 pessoas ao longo
do tempo que comprovaram a sua tese.
Os fatores de risco que o sujeito tem podem desenvolver atividades para produzir este
corpo que decorre do próprio desvio. (magro entra numa gangue) O próprio desvio
pode criar necessidade de o sujeito produzir o corpo.
O sujeito que tem desvios mostra que há mais desvinculação em relação à família,
porém pode ser causa do desvio e não razão para enveredar pelo desvio.
Kinberg- depende da estrutura bio psíquica de cada sujeito. Fatores psicológicos.
Di tulio- não nega a dimensão ambiental enquanto causa da criminalidade, porem a
criminalidade esta sempre ligada a fatores biológicos. Características ligadas ao nodulo
constitucional – formas de reagir. A personalidade é formada pelo nódulo
constitucional, tendência de como cada um reage a estímulos exteriores.
Tenta procurar uma relação entre a hereditariedade e o meio. Considera que existem
variantes patológicas que resultariam em doenças mentais e que afetariam a função
moral dos sujeitos.
O que distingue o delinquente e o não delinquente seria a maneira como se
constituiria este nódulo constitucional cuja origem é de carater antropológico
psiquiátrico. Os doentes mentais correspondem ao que ele denomine de “loucos
delinquentes” que cometem o crime.
Delinquente ocasional, constitucional e os doentes mentais.
Surgem 4 vagas de estudos: famílias, adoção, gémeos e gémeos separados à nascença.
Em relação aos estudos da família, a família Kallikak estudado por Goddard. –
Nesta família, existiam inúmeros delinquentes principalmente crianças semelhantes
aos delinquentes estudados por Lombroso entre eles crianças.
Conclui que a criminalidade tem mais incidência em determinadas famílias.
Características físicas, chegando à conclusão de que a criminalidade da mãe tem mais
influência na futura criminalidade do filho. Indica que a criminalidade da mãe pode ter
transmitido este fator biologicamente.
A mulher é pressionada socialmente para adquirir comportamentos normativos, dá-se
então uma transmissão de comportamento seja pelo meio ou genética ou ambos.
Ele não afirma que a herança conduz ao crime, mas sim que esta tem um peso, porém
não é o único fator, tem de haver sempre uma economia entre o meio e a
hereditariedade. A mãe terá mais influência do que o pai no comportamento do filho.
Gémeos: monozigóticos 100 porcento do mesmo ovulo e os dizigóticos 50 porcento
dos genes.
A concordância entre duas variáveis: correlação, se um dos gémeos possui um cd,
vemos se o segundo gémeo apresentar o mesmo tipo de cd. Se partilharem o mesmo
traço comportamental, haverá uma concordância.
Os estudos comprovaram que é mais frequente haver cd nos gémeos monozigóticos
do que os dizigóticos.
Estes estudos levantam uma serie de questões ao Impacto do ambiente na forma
como os Sujeitos reagem aos estímulos. Equacionar o peso da genética, a
hereditariedade com o peso da influência da sociedade, meio social.
Surgem estudos sobre a adoção, sobre gémeos separados à nascença e adoptados
depois. Conclui se que os gémeos mesmo separados à nascença e em famílias
diferentes tendem a ter comportamentos desviante. Conclui se que
independentemente da família que os adota estes gémeos terão comportamentos
delituosos. Estudos relevantes concluem que adotados quer por famílias rurais da
classe média e quer por famílias urbanas classe modesta, a percentagem de
comportamentos delituosos é a mesma. - tendência para o crime é igual. Os estudos
anteriores indicavam q os que eram criados na mesma família, o peso da herança
podia ser atenuado pelo peso do contexto social. Ou seja, a pressão social de pais que
não cometeram crimes não é tão forte como a herança que o sujeito traz em si, da
delinquência. Os fatores biológicos parecem ter uma influência fundamental
comparado com os fatores ambientais, assim esta conclusão conduzindo a novos
trabalhos. São estudos citogenéticos que surgem a partir do momento em que é
possível analisar os códigos genéticos, estudam a relação entre a genética e e a relação
para o crime. Começam por se focar na anormalidade dos cromossomas. Estuda se a
relação entre certas mutações genéticas e o crime. Há certas mutações que são, mai
frequentes nos criminosos nomeadamente, no sexo por exemplo. A mulher tem o
cromossoma xx e o homem tem o xy, sendo estes os cromossomas normais. A
mutação, em termos genéticos, tem a ver com a teoria da evolução, o nosso corpo vai
mudando à medida que o humano vai evoluindo. Existe o cromossoma xxy e xyx q vão
afetar os sujeitos entre sujeitos que cometeram delitos. Uma certa percentagem
significativa apresenta mutações genéticas, o cromossoma xxy ocorre numa pessoa
entre mil. E em relação à mutação xyx os homens são pelo menos 3 vezes mais
predispostos a cometerem crimes do que a restante população há de facto uma
associação de entre as anormalidades genéticas e o crime. Há uma relação entre a
produção hormonal e o crime, q quando analisada vê se que há uma relação entre a
produção de hormonas e o crime. A testosterona por exemplo afeta a nossa forma de
pensar, homens q produzem uma maior quantidade dessa hormona tem mais
tendência para o crime. Nas mulheres verifica se que as mulheres presas e criminosas
de crimes violentos também produz grandes quantidades de testosterona, uma grande
parte dos crimes violentos cometidos por mulheres foram realizados no período pre
menstrual onde há uma maior alteração de hormonas. Qualquer um de nos produz
mais testosterona de manhã do que de tarde.
Neurotransmissores- (que também são afetados) funcionam através de ligações
elétricas explicam procurar as respostas que damos as certos estímulos.
Hormonas são libertadas pelo corpo.
07/12/2021
Dopamina – é o neurotransmissor mais frequente ligado as boas sensações por
exemplo é o produto químico que nos diz quando estamos a experienciar boas
sensações boa comida sexo e outras atividades prazerosas, muitas drogas ilícitas
transmitem-nos essas sensações equivalentes a dopamina, cocaína que trabalham ao
mesmo nível da dopamina no corpo e que dizem ao corpo para produzir mais ou para
inibirem as enzimas.
Porque são ambos extremamente altos e os níveis extremamente baixos de dopamina
estão associados ao desvio
Serotonina – outro transmissor que implica a criminalidade
Baixos níveis de serotonina estão associados ao comportamento criminal isto porque
ela é importante na informação processada e porque pessoas que têm baixos níveis de
serotonina são pessoas a terem baixos níveis de comunicação e por isso não é
estranho que esteja ligado com o comportamento criminosos, pois causam depressão,
ansiedade ... que podem levar ao crime. Ligada à aprendizagem, quem produz menos
tem dificuldades tem tendência a apresentar uma dificuldade de aprendizagem.
O lobo frontal é o responsável pela resolução de problemas, enquanto q o lobo pré-
frontal ta ligado à gestão das emoções do sujeito, permite que inibamos certos
comportamentos que desejaríamos ter.
14/12/2021
A teorias psicológicas distinguem se por procurar encontrar traços de personalidade
que pode estar na origem do comportamento criminal.
Perspetiva de Lombroso: tendência em procurar tipos de personalidade que
explicariam o comportamento desviante, nomeadamente o crime. O autor não
abordou apenas o criminoso nato, abordando também o criminoso louco, portador de
uma perturbação mental, o criminoso profissional, não há características biológicas,
mas sim social, cometeria crimes e teria atitudes antissociais, mas que não possuiria
uma perturbação mental e que se tornou criminoso pelo meio ambiente onde se
inseria e o criminoso primário, comete crimes circunstanciais.
Criminoso por paixão encontramos características psicológicas que Lombroso.
Teoria da Personalidade Pinatel: os delinquentes teriam uma especificidade que os
distinguia dos não delinquentes, a nível da personalidade. O criminoso apresenta uma
especificidade que constitui a personalidade criminal, que teria origem numa
hipertrofia dos traços psicológicos constituintes do nódulo central de personalidade,
Traços: o egocentrismo, labilidade (instabilidade comportamental, inconsciência na
adaptação a situações, este traço anularia a inibição do ato que ameaça uma pena) a
agressividade (tendência para reagir de forma violenta, quando em exagero é usado
para resolver problemas), indiferença afetiva (ausência de emoções e a uma inclinação
altruísta do sujeito, não empatia com a vítima, seus interesses acima de tudo,
suspenderia a resistência que temos em cometer um ato delituoso.)
Pinatel vai agrupar os delinquentes em 5 tipos: Os delinquentes caracteriais,
perversos, débeis mentais, alcoólicos e toxicómanos. Sugere que existem criminosos
profissionais, inadaptados socialmente, e os ocasionais, adaptados socialmente, porém
cometem crimes circunstanciais.