Nco 34 - 01 de Agosto de 2019
Nco 34 - 01 de Agosto de 2019
Nco 34 - 01 de Agosto de 2019
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Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 3
Sumário Editorial
Agosto a gosto?
Página 4 - Memória - Julho/Agosto de 1996 Ano após ano, quan-
do chega o mês de
Páginas 6 a 10 - A Abrir / Tema de Capa Agosto, escuta-se um
pouco por toda a cidade
Páginas 14 e 15 - Mais Lagos a mesma lamúria: «Nun-
ca mais chega Setem-
Páginas 16 e 17 - Menos Lagos bro, para termos algu-
ma tranquilidade...».
Página 18 - Boas notícias Segundo a PORDATA, em 2017, resi-
diam 30.629 pessoas no município de
Página 19 - Boa e má notícia Lagos. De acordo com esta plataforma,
os estabelecimentos hoteleiros do conce-
Página 20 - Aos pais, por Ana Custódio lho acolheram, então, 277.665 visitantes.
Presume-se que este número peque
Página 21 - Lembras-te, ó Zé?, por Hélio Xavier por defeito, uma vez que muitos visitan-
tes se instalam em alojamentos locais ou
Página 22 - Reflexões, por Carlos Abreu em casas de amigos e de conhecidos.
No entanto e perante os dados disponí-
Página 23 - Onde é que está o Algarve não deteriorado?, veis, percebe-se que a população pre-
por Joaquim Marreiros sente no território é cerca de 9 vezes mais
por ano do que a residente. E dada a sa-
Páginas 24 e 25 - Ruas da nossa terra, por Silvestre Ferro zonalidade da ocupação, constata-se que
é no Verão e em Agosto, em particular,
Páginas 26 e 27 - Esta cidade que eu amo, por José Paula Borba que há o maior números de visitantes ao
concelho lacobrigense.
Página 28 - Clube das comisquices e gulodices, por Mário Helder Como resultado dessa avalanche
humana e que na sua maioria tem baixo
Páginas 32 e 33 - O Cantinho do Poder, poder económico, acontecem as filas au-
por Madame Perpétua (Comendadora) tomóveis em direcção às praias, aos res-
taurantes e aos estabelecimentos locais.
Página 36 - Damos-lhe música no Spotify Torna-se difícil andar nas ruas superlo-
tadas e há muito ruído. Aumenta o lixo e
Página 37 - Imperdível, em Agosto a sujidade impera por todo o lado.
Por um lado, se para muitos residen-
Página 38 - Em Setembro, na Nova Costa de Oiro tes de Lagos, Agosto é um mês pouco
agradável para se estar e se viver, por
outro, para os muitos que dependem do
turismo para trabalhar e sobreviver, se
não fosse o elevado afluxo de visitantes
seria o desemprego certo e garantido...
Recordamos a frase de amigo de lon-
ga data, antigo proprietário de um res-
Ficha Técnica: taurante da Rua da Barroca, que peran-
Director e Editor: Carlos Mesquita te o descontentamento dos clientes im-
Colaboradores nesta edição: Ana Custódio, Carlos Conceição, Hugo Pal- pacientes pela demora no atendimento,
ma, Maria Inês Lima e Marta Ferreira. ia repetindo: «Se querem ser bem re-
Proprietário: cebidos, venham cá no Inverno...».
JL, UnipessoaL, Lda/Carlos Conceição Será Agosto um mês verdadeiramen-
Sede Social, Administração, Redacção e Editor: te a gosto? Ou de triste desgosto?
Rua D. Xavier, nº6 – 8600-754 Lagos Carlos Mesquita
Capital Social da Empresa Proprietária: Na «Nova Costa de Oiro» não se
JL, Unipessoal, Lda/Carlos Conceição com 100% do capital social utiliza a Reforma Ortográfica de
Na Internet em: http://novacostadeoiro.blogspot.com/ 1990-2008, indevidamente chamada
Correio electrónico: [email protected] «Acordo Ortográfico».
4 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Memória - Julho/Agosto 1996
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 5
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6 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
A abrir / Tema de capa
Agosto a gosto?
Quando se fala, ou se pensa no Al-
garve, a primeira e grande imagem a que
a região é associada é: Férias. Férias ao
sol, a banhos nas muitas, bonitas e tran-
quilas praias algarvias, normalmente com
águas calmas e cálidas.
O Algarve tem sido eleito, pelo me-
nos desde o início do século XX, uma das
regiões de excelência do nosso País para
merecidos e ansiados descansos.
Pode ler-se na obra «Fragmentos
para a História do Turismo no Algarve»,
em texto da autoria de Artur Barracosa
Mendonça, que «As grandes preocupa-
ções e estratégias para o turismo no
início do século XX passavam pelo
aproveitamento do clima, das praias,
termas e paisagens. Afirmava João
Bentes Castel-Branco no Boletim da
Sociedade de Propaganda de Portugal
num artigo intitulado “Termas e Prai-
as”: É necessário pensar nos modos
de criar atractivos, recursos e como-
didades para reter e fixar entre nós os
elementos estrangeiros que nos pro-
curam.
Temos a nosso favor, além da pri-
vilegiada posição geográfica, a ame-
nidade, salubridade e doçura do nos-
so clima, que se presta admiravelmen-
te para o tratamento dos indivíduos Rua da cidade de Lagos quase intransitável (Foto Julho 2019)
que chegam extenuados, que pela vi-
olência luta e desregramento da exis- cação e de articulação entre meios de ciais do país recebem 1.246.000 dor-
tência civilizada, quer pelos ardores transporte e de deficiente limpeza urba- midas, gerando uma receita estimada
dos climas tropicais, quer pelos rigo- na (conforme se pode constatar por ima- em cerca de 14.750.000 contos, porém
res dos climas frígidos». gens que ilustram algumas páginas des- a fatia que coube ao Algarve foi com-
Mas atente-se, igualmente, a este es- ta edição da Nova Costa de Oiro). preensivelmente muito baixa pois,
crito de Raul Proença, em 1908, no se- Quanto ao analfabetismo, todos os in- como declarou o deputado Dr. Mário
manário tavirense Província do Algarve dicadores disponíveis apontam para a de Oliveira ao Jornal do Algarve em Ja-
no conjunto de artigos a que deu o título sua quase total erradicação. Contudo, neiro desse ano, a situação em maté-
“O Algarve – Sua Decadência” (obra atrás pela técnica da «observação participan- ria de hotéis e pensões no Algarve era
citada): «Neles é possível encontrar te», verifica-se ainda bastante «amado- ainda verdadeiramente lamentável, já
como grandes problemas da região a rismo» ou nítida impreparação em mui- que existia apenas um hotel de 1ª clas-
falta de vias de comunicação; a falta tos estabelecimentos na área da restau- se, dois de 2ª classe, uma estalagem
de higiene; os problemas de ilumina- ração ou de hotelaria no atendimento aos e 28 pensões, no total destas unida-
ção pública; e, por fim o problema do clientes. des 203 hoteleiras apenas 33 quartos
analfabetismo». A partir da década de 60 do século estavam equipados com casa de ba-
Curiosamente, dos problemas men- XX, o Algarve começa a ser um destino nho»!» (obra citada, Alberto Strazzera -
cionados em 1908 dois, pelos menos, turístico mais procurado: «Regista-se em «Os primeiros Operadores Turísticos no
ainda persistem até aos nossos dias: os 1960 a entrada de 352.651 estrangei- Algarve»).
graves problemas nas vias de comuni- ros em Portugal e as 37.500 camas ofi- Nas últimas décadas do século XX >>
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 7
A abrir / Tema de capa
Agosto a gosto?
79 dbs de ruído produzido A falta de limpeza é uma queixa recorrente dos lacobrigenses
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 9
A abrir / Tema de capa
Agosto a gosto?
A Praia Formosa - Praia da Batata - é uma das de Lagos com Bandeira Azul (Foto Julho 2019)
>> «Se querem ser bem recebidos, ve-
nham cá no Inverno...».
Por outro lado, as fragilidades resul-
tantes do apelidado «Turismo de Sol e
Praia» tornam-se bem evidentes quan-
do as condições atmosféricas não aju-
dam (ou seja, pelas baixas temperaturas,
como tem acontecido neste ano), confor-
me explicou ao jornal Expresso João
Fernandes, presidente da Região de Tu-
rismo do Algarve : «(...) o menor nível
de reservas está a levar operadores tu-
rísticos, companhias aéreas e hotéis
a fazerem “ajustamentos, baixando os
preços de voos e pacotes para o Al-
garve, com campanhas promocionais
de last minute”. Estas acções “já es-
tão a gerar um aumento de procura de
última hora, e a expectativa é que até
Agosto as reservas last minute ajudem
a atingir níveis próximos do ano pas-
sado. O que assistimos no Algarve é
que a decisão da procura é cada vez
mais à última hora».
Em encontro recente do Grupo dos >> Existem em Lagos mais de 4.300 alojamentos locais registados
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A abrir / Tema de capa
Agosto a gosto?
A elevada ocupação (concessão) dos espaços públicos torna as ruas quase intransitáveis - (Foto Julho 2019)
>> dos Amigos de Lagos, concluiu-se que:
«A saturação turística na estação alta
tem sido observada com condescen-
dência, pois se julga difícil de evitar.
Pode ser abordada também como
questão autónoma. “O mau cresci-
mento não é sustentável”, a quantida-
de de pessoas ou dormidas só por si
não é virtuosa. Espaços congestiona-
dos e multidões tiram aprazibilidade
ao destino turístico». E assim se resu-
me, em poucas palavras, esta temática.
E como será o mês de Agosto de
2019, em Lagos? Será a gosto? Ou de
triste desgosto?
Fontes e Citações:
* Jornal Expresso - Conceição Antunes
* Grupo dos Amigos de Lagos -Cristiano
Cerol
* Fragmentos para a História DO TURIS- Em Julho de 1996, os nossos cola- do anárquico. Às vezes incomoda.
MO NO ALGARVE boradores Paulo Costa e João Carlos Muito. Falta coordenação de quem de
EDITOR: Centro de Estudos em Patrimó- Santana, na sua rubrica «Margens», iro- direito. Não há concertos de destaque.
nio, Paisagem e Construção (CEPAC) nizavam o ambiente de Lagos. Diziam no Melhor, não há concertos. É pena. (...)
Faculdade de Ciências Humanas e So- postal que se reproduz acima que «Há Não há iniciativa. Agora despedimo-
ciais - Universidade do Algarve muita gente a tocar na rua. Um boca- nos (...). Adeus».
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12 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
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14 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Mais Lagos
Baía de Lagos - Vista da Rua Miguel Bombarda - Lagos Casa Baía - Rua das Portas de Portugal - Lagos
Mar d’Estórias - Rua Silva Lopes - Lagos Baluarte - Vista da Estrada da Ponta da Piedade - Lagos
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Mais Lagos
Figos - Mercado Municipal da Avenida - Lagos Cervejaria Ferradura - Rua 1º de Maio - Lagos
Costa de Oiro - Vista do Cais da Solaria - Lagos Praia da Batata - Vista do Cais da Solaria - Lagos
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Menos Lagos
Auditório Municipal de Lagos - Largo Doutor Vasco Gracias (Parque das Freiras) - Lagos
Rua das Portas de Portugal - Lagos Rua Dom Vasco da Gama - Lagos
Praça do Infante Dom Henrique - Lagos Rua Cândido dos Reis - Lagos
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Menos Lagos
Praça do Infante Dom Henrique - Lagos Fonte Cibernética - Praça do Infante D. Henrique - Lagos
A Meia-Praia é uma das quatro de Lagos com «Qualidade de Ouro», galardão da Quercus
As praias da Luz, Porto de Mós, Ca- com base na informação pública oficial é realçar as praias que ao longo de
milo e Meia-Praia, de Lagos, encontram- disponibilizada pela Agência Portuguesa vários anos (cinco, neste caso), apre-
se entre as 390 reconhecidas pela Quer- do Ambiente (APA) e tendo apenas em sentam sistematicamente uma água
cus - Associação Nacional de Conserva- consideração as análises efectuadas nos balnear de qualidade excelente (tendo
ção da Natureza como tendo «Qualida- laboratórios das diferentes Administra- em conta a classificação da legislação
de de Ouro». ções Regionais Hidrográficas. em vigor), e que, nesse sentido, ofere-
Este galardão baseia-se em critérios Esclarece a Associação que «Com cem assim uma maior fiabilidade no
estabelecidos pela própria Associação, esta iniciativa, o objectivo da Quercus que respeita à qualidade da água».
Dragagem, em Lagos
A barra de Lagos
Há casos raros, muito raros, em que
uma notícia é, em simultâneo, uma boa
e uma má notícia. Entre estas, encontra-
se a da anunciada dragagem da barra e
do porto de Lagos.
De acordo com a Direcção-Geral de
Recursos Naturais, Segurança e Serviços
Marítimos (DGRM), «seguindo orienta-
ções da Ministra do Mar, Ana Paula Vi-
torino, está previsto um investimento
Praia da D. Ana, vista do mar
de 413.000 euros em Lagos, com um
volume de 79.000m³ de sedimentos a da praia da D. Ana na outras suas adja- das pessoas, então porque não sane-
dragar e prazo de execução de 3 me- centes e barra, o que se veio a verificar. aram as arribas que continuam com
ses. Estas dragagens respondem as- Resumindo: gastaram-se 1,8 mi- várias rochas na iminência de cair?
sim, às necessidades de intervenção lhões de euros para se encher uma praia Porque não recuperaram o troço de ar-
para salvaguarda da segurança no e agora irão gastar-se mais 423 mil para riba que está a desabar e a arrastar
acesso a embarcações e melhoria das se reparar essa infeliz intervenção, que com ela parte do acesso ao Montana,
condições de navegabilidade nestes nunca deveria ter acontecido. deixando tubulação diversa, vergo-
portos». E esta é a boa notícia para os Na opinião da bióloga lacobrigense nhosamente, à mostra?
pescadores, empresários na área da acti- Dina Salvador, «Gastaram-se quase 2 Boa parte da areia da D. Ana já se
vidade marítimo-turística e utilizadores milhões de euros do erário público foi, como era de esperar. É óbvio que
lúdicos da Marina e porto de Lagos. para recarregar a praia da D.Ana, com por acção das ondas, das marés e das
Mas, a má notícia surge quando se o grande pretexto de “trazer mais se- correntes os sedimentos foram e, con-
pensa por que razão é necessário pro- gurança às pessoas”. Deviam ter dito tinuam a ser carreados e depositados
ceder-se, agora, a esta dragagem. que grandes interesses privados se noutros lugares. Neste caso, são ar-
Recorde-se que aquando do enchi- movimentavam a montante da praia, rastados para o lado da barra, tal como
mento da Praia da D. Ana, a Agência Por- isso sim! sempre disseram alguns pescadores.
tuguesa do Ambiente (APA) foi alertada Foi uma benção para os hoteleiros Agora, deviam ser os privados que
por pescadores e inúmeras outras pes- da zona pois ficaram com uma praia lucraram com o enchimento da D.Ana,
soas conhecedoras do mar e seus movi- maior para acomodar mais e mais cli- a pagar o desassoreamento da barra
mentos que o mar iria recolocar a areia entes. Se o objectivo era a segurança e não o erário público».
20 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Aos pais
Lembras-te, ó Zé?
Hélio Xavier, lacobrigense, militar as, profundo, contínuo e distante que per- do-alto vindas de Sagres, os quinhões de
de carreira, colaborou com a revista passava as ruas, enchia as casas, dan- condelipas, o peixe-rei, o alfaquete, os
Nova Costa de Oiro desde o início. do-nos a estranha sensação de peque- carapaus francês e negrão, as corvinas
O seu primeito texto foi um conto nez e mau estar. Nesses dias ninguém gigantes que o Zé Batalim transportava
inédito, mais tarde editado no livro “ia ao mar”; parava a pesca e as nossas em zig-zag, duas de cada vez, tomba-
«Barlavento entre amor e mar». mães decidiam que o bacalhau também das para fora do carro de mão, os maris-
O Zé, o interlocutor dos textos, era era peixe. cos com casca trazidos pelos alvoreiros,
o José Patrício, amigo, colega de infân- Passado o mau tempo, os galeões de correndo ao longo da Meia-Praia com
cia e camarada de armas, já falecido. altas chaminés fumegavam para se fa- passinho travado e cesta à cabeça.
zerem ao largo, arrastando um cordão de Era o cheirinho a maresia mesclado
Lembras-te ó Zé, como se vivia o mar chalupas com as velas enroladas. No dia com o dos juncos da Meia-Praia que nos
em Lagos, nos nossos tempos de garo- seguinte voltavam pesadas, um palmo de envolvia nas tardes de levante ameno.
tos? Não obstante os interesses da cida- borda acima de água, a caminho da lota. Lembras-te ó Zé, como esse ambiente
de se dividirem entre a agricultura e o mar, Começava a sinfonia dos apitos das fá- era propício aos namoricos na avenida?
era a omnipresença deste a impor-nos bricas de conservas. Era o odor picante do alcatrão das
hábitos e regras, que nos marcaram para Os botes para a pesca mais chegada redes estendidas, o dos fogareiros a car-
sempre. a terra desciam o rio com a vela de espi- vão, o dos limos na maré vazia; era o grito
Era a alimentação à base de peixe e cha alçada se a brisa era fraca, ou com das gaivotas; eram os sons ritmados, vi-
marisco que nos fez eternos dependen- os paneiros levantados se a nortada era ris, do “ai-leva-ai-lé”, que o vento trazia
tes da sardinhomania, da rascassoma- rija. dos lados da ribeira.
nia, da robalomania, da lulomania e nos Todas as manhãs, Lagos convergia Que saudades, ó Zé!
fez fiéis seguidores do culto do carapau para a “praça do peixe”. As bancas de
e dos percebes. pedra com as balanças reluzentes, pei- Hélio Xavier
Era o rugido do vendaval das inverni- xe de toda a variedade. Eram as liças- Maio 1996
22 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Reflexões / Memória
para revistas técnicas e em traduções.
Em 1975, mudou-se para Paris por
motivos profissionais, embora tenha
passado a maior parte do tempo em
viagens pelo continente Americano.
Foi nesta altura que começou a
escrever romances, tendo colabo-
rado igualmente numa revista sul-
americana.
Fixou-se em Lagos em 1986, tendo
começado pouco depois a participar
no jornal Farol do Sul. Nesta altura,
também principiou a sua participação
no Congresso do Algarve, e a realizar
João Carlos de Abreu Pimenta comunicações em congressos e en-
contros sobre a temática dos Desco-
Nasceu na cidade de Lagos, a 10 Engenharia do Porto, tendo-se forma- brimentos portugueses. Também co-
de Agosto de 1926. do em engenharia mecânica. laborou na revista Nova Costa de Oiro
Depois de concluir os seus primei- Exerceu principalmente como en- e no Jornal de Lagos.
ros estudos em Lagos, frequentou o genheiro, tendo realizado vários está-
Colégio Infante de Sagres, em Lisboa. gios na Europa e África. Faleceu no Hospital de Lagos, em
Em seguida, foi aluno na Escola Poli- Residiu em Lisboa entre 1957 e 20 de Outubro de 1999, após doença
técnica de Lisboa e da Faculdade de 1975, período durante o qual escreveu prolongada.
Em Fremantle, Perth
A proximidade do mar abre o desejo urna viagem perigosa por mares encape- mos pelos corredores do hotel, que tinha
de partir, por isso os lacobrigenses sem- lados e grandes dificuldades no regresso. pouca gente, e viemos meter o nariz cá
pre partiram, não só por necessidades Em tempos recentes, já em rápidos e fora.
puramente materiais, como as popula- confortáveis aviões de jacto; o autor des- Na proximidade do hotel, havia só
ções rurais do norte, mas pelo cheiro do tas linhas teve oportunidade de viajar uma garagem, na qual vimos um anún-
mar, que é o cheiro do perigo e da aven- profissionalmente por países muito dis- cio de aluguer de automóveis. Alugámos
tura. tantes, tendo encontrado em todos eles um grande carro americano e fomos até
Partiram para Ceuta e para os Des- pessoas de Lagos, que tinham urna gran- Perth, cidade fácil de ruas em esquadria.
cobrimentos. Mesmo antes de serem ali- de alegria quando encontravam um Como bons lacobrigenses, procurámos
ciados pelo Infante, já tinham andado conterrâneo. Quando fomos urna vez a o mar e conseguimos chegar à única ci-
pela costa de África, em acções de cor- Nacala, por volta dos anos 70, fomos dade de subúrbio, chamada Fremantle,
so e pirataria e possivelmente embarca- homenageados pelos lacobrigenses que que se tornou célebre mais tarde quan-
do nas galés de Veneza. Depois, ao ser- lá estavam, que eram cinco, com um jan- do aí se disputou a American Cup, gran-
viço do Infante ou por iniciativa própria, tar de lagosta. de regata de iates. Estacionámos o car-
exploraram a costa de África, onde ha- Mas o caso mais interessante que se ro numa grande avenida junto do mar e
via muitos perigos, o maior dos quais, de- passou connosco foi em Perth, na Aus- fomos passeando por ali fora, felizes com
vido a mitos e lendas, era o Cabo Boja- trália. Estávamos em Lourenço Marques aquele cheiro a maresia. Passámos, sem
dor, que foi virado pela primeira vez por e devíamos ir a Macau. O percurso acon- olhar para eles, por um grupo de homens,
um homem de Lagos. Supõe-se logica- selhado pelas agências ‘de viagens era junto de redes. Uns passos adiante, ou-
mente que, nesse tempo, as tripulações ir a Joanesburgo tomar um voo para Per- vimos nitidamente esta frase:
dos barinéis e caravelas eram formadas, th, na costa ocidental da Austrália, onde - Aquele gajo é parecido com um
na sua maior parte, por lacobrigenses, já teríamos dois dias depois uma ligação gajo de Lagos.
porque tinham grande experiência de para Hong Kong. Voltámos atrás e acabámos o dia co-
navegação e porque ali tinham nascido Em Perth, a companhia de aviação mendo camarões e bebendo cerveja com
ou ali residiam os capitães e os pilotos. colocou-nos num hotel junto do aeropor- um grupo de pescadores portugueses, na
Muitos foram povoar as ilhas dos Aço- to, mas afastado da cidade. Era já noite, maior parte algarvios, tripulantes de bar-
res que, com os seus vulcões e as suas fomos para o quarto e dormimos muitas cos australianos de pesca de camarão.
caldeiras, deviam obrigar a grande cora- horas. Na manhã do dia seguinte, depois Carlos Abreu
gem, até porque exigiam, logo à partida, dum opíparo pequeno almoço, vagueá- Dezembro de 1995
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 23
Destaque / Memória
Mesmo à entrada da “cidade da Cos- Passo por cima também do mau gos- promocional dela própria ?
ta D’Oiro”, a cidade que amo e onde vivo to do promotor em ter escolhido uma ex- Quando me pediram um texto para
desde sempre, apareceu antes do Verão pressão idiomática de dúbia interpreta- este primeiro número da nova Costa
este cartaz• publicitário de grandes di- ção que a mim, sinceramente, fere a mi- D’Oiro, imediatamente deu-me vontade
mensões, a receber tanto o nosso resi- nha sensibilidade e orgulho de algarvio. de partilhar de forma mais alargada es-
dente corrupio do dia-a-dia como todos Tenho de passar por cima destes as- tas obsessivas questões. Ao referi-las
aqueles que elegeram Lagos para pas- pectos porque acabei por convencer-me aqui penso adiantar já alguns elementos
sar as suas férias. que só eu é que tinha reparado neles e de resposta e pretendo, ao mesmo tem-
De todas as vezes o cartaz fazia-me, lido desta torpe maneira. Porque o que é po, mostrar a falta que faz um espaço,
com a teimosia própria dos cartazes, a facto é que o cartaz lá está, em Lagos e como pode vira ser esta revista cujo nome
mesma pergunta em inglês: “Onde é que por todo o Algarve, continuando a cum- tanto a responsabiliza, onde se possam
está o Algarve não deteriorado?”, mas prir a sua missão (?) até ao fim, antes de expor e discutir com vivacidade, ineren-
que em português, entalado entre dois dar lugar a qualquer outro, poluidor da te às pessoas vivas, os problemas da
idiomas provavelmente dominantes, as- nossa paisagem e quiçá também do nos- nossa cultura regional e local.
sumia a forma envergonhada e mentiro- so espírito. Manter a nossa própria identidade é
sa de “verdadeiro Algarve”... Passados todos estes meses ainda o factor fundamental para o verdadeiro
Passo por cima do desrespeito à(s) não me habituei à frase, bem pelo contrá- desenvolvimento da comunidade. É que
lei(s) que manda(m), nestes casos, que rio, só que a verdadeira raiva que senti ao “ser culto é ser do sítio”, ou, como diz
o português tenha a primazia e esteja em vê-la pela primeira vez, devo confessá-lo, Eduardo Lourenço, “quem vê o seu povo,
destaque, seguido das respectivas tradu- conduziu-me à seguinte reflexão: como é vê o seu mundo”.
ções (correctas, já agora) nas línguas que se chega ao ponto de se utilizara des- Joaquim Marreiros
pretendidas. caracterização duma região como imagem Outubro 95
24 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Ruas da Nossa Terra / Memória
Conforme prometi no número anteri- Touros (Séc. XIV), diz-se que por ali pas- Estas duas últimas denominações de-
or, começo hoje a falar um poucos dos sava um curso de água desaguando no veram-se ao facto de ali ter sido coloca-
Topónimos das ruas e Praças da nossa Rio de Lagos (hoje Ribeira de Bensa- do um pelourinho com as Armas de D.
cidade. frim) onde alguns animais, nomeadamen- Manuel I. Este pelourinho esteve coloca-
Escolhi começar pela actual Praça do te touros se refrescavam. Neste século do (julga-se mais ou menos) junto ao
Infante, não só pela sua história, mas ainda, chamou-se Mercado e Rocio. No Casão Regimental. O dito pelourinho
também por ser uma das nossas salas século XV passou a chamar-se Praça de encontra-se hoje no pátio do Museu Mu-
de visitas mais importantes e com uma Touros. De 1490 até 1798 foi Praça do nicipal.
história muito curiosa. Esta praça come- Pelourinho e ainda Praça dos Paços do O nome Praça dos Paços do Con-
çou por ser denominada por Ribeira dos Concelho. celho deve-se, ao facto de ali terem exis-
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 25
Ruas da Nossa Terra / Memória
tido as chamadas Casas da Câmara, isto está a Igreja da Misericórdia (hoje de de Deus/Paços do Concelho/Torre do
é, o edifício municipal, onde hoje é a Mes- Santa Maria) edificada em 1498. Amplia- Relógio - destruidos em 1755 e Hospital
se Militar. Foi ainda esta Praça chamada da em 1556. Reparada em fins do século Militar a partir de 1804. Nesta Praça se
de Santa Maria (In Monog. de Lagos). XVII . Em 1755 é transferida para esta encontra , perto do Cais Velho (soterra-
Já no século XIX, mais precisamente Igreja a Matriz de Santa Maria da Graça. do), ou Portas do Mar, a janela Manueli-
a 23 de Novembro de 1882, por delibe- O Casão Regimental/Igreja de São na onde, segundo a tradição, D. Sebas-
ração do executivo municipal, então pre- Brás (?). Edificada antes de 1553. Depó- tião se despediu de Lagos, quando par-
sidido por Silva Lopes, foi aprovado pas- sito Regimental em 1665. O Mercado tiu para o “desastre” de Alcácer Quibir.
sar esta Praça a chamar-se Praça da dos Escravos (actualmente Galeria de Falar das transformações desta Pra-
Constituição. Depois da implantação da arte). Edificado no século XV. A Casa da ça desde a Ribeira dos Touros até aos
República (5-10-1910) passou a ser cha- Vedoria (Alfândega, 2° piso). Foi edifi- dias de hoje significa relembrar um pou-
mada por Praça da República em total cada em 1691. A Alfândega, 1820. Casa co do passado, e o mesmo quer dizer,
apoio ao novo Regime Republicano a que da Guarda e Prisão Militar. O Edifício da da história de Lagos que, estou certo, por
Lagos aderiu com entusiasmo. Messe Militar que foi: Ermida de S. Pe- outros melhor será contada.
Em 1960, mais concretamente a 6 de dro, 1490 - Convento Hospital de S. João Novembro de 1995
Agosto, quando das comemorações em
Lagos do 5° Centenário da Morte do In-
fante D. Henrique, passou a ser chamada
pelo actual nome Praça Infante D. Hen-
rique. Por vontade oficial, esta Praça pas-
sou, ao longo dos tempos, por alterações
toponímicas, mas uma designação é, con-
tudo, ainda hoje, por muitos recordada e
usada com alguma saudade: Praça da
Música. A razão desta atitude vem de, ali
ter existido até finais dos anos 50 um co-
reto (muito recordado) onde Bandas Re-
gimentais e Civis realizavam os seus con-
certos. Falar-vos da importância desta
Praça será um pouco difícil! Mas citarei
alguns pormenores que a evidenciam: ali
26 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Esta Cidade que eu amo / Memória
3) Quando o Rei desceu do escaler mãos do Fonseca de Lagos”. Prometendo voltar a recordar outras
para se sentar no cadeirão real ter-se-á Claro que tanto a “quadra” como a visitas do Rei D. Carlos à nossa cidade,
desequilibrado, tendo então um pesca- “frase” ficaram na “história” dessa visita despeço-me com amizade.
dor que estava perto da zorra o agarrado real.
evitando assim que o Rei, eventualmen- Antes de terminar não quero, nem Julho/Agosto 1996
te caísse. Em face de se sentir agarrado posso, deixar de agradecer ao meu ami-
o Rei mostrou-se, naturalmente, assus- go José Carlos Vasques (que ama tanto José Paula Borba
tado pelo que o pescador lhe disse para Lagos como nós) o favor de nos ter fa- Fotografias:
o tranquilizar: “saiba Vossa Real Majes- cultado o original (1905) da fotografia cuja José Carlos Vasques
tade que está em boas mãos, está nas reprodução legenda esta evocação. Wikipédia
28 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Clube das Comisquices
Clube das
Comisquices e Gulodices
O Clube vai apurando, em lume bran-
do. Ou seja, o grupo de Sócios vai en-
grossando, em caldo saboroso e espes-
so, em aromas profundos, desafiando
algumas desconfianças na transmissão
de pequenos segredos familiares ou in-
dividuais.
O desafio continua e a confiança vai-
se instalando.
De dois novos sócios que nos envia-
ram várias receitas vamos publicar uma
de carne e outra de sobremesa.
Do nosso amigo Joaquim dos San-
tos Hespanha temos muitas e variadas
receitas, apontamentos, truques, etc.
Hoje vamos dar a conhecer uma receita Deixa-se refogar e, finalmente serve- Num recipiente coloca-se o leite e a
de: se com puré de batata. fatia de pão previamente esfarelada.
COSTELETAS DE CARNEIRO O outro Sócio é uma senhora (meni- Batem-se os ovos com o açúcar, jun-
À ESPANHOLA: na ainda) que nos envia várias sobreme- ta-se o café e bate-se novamente; de
Separam-se as costeletas umas das sas. seguida junta-se o leite com o pão de-
outras, temperam-se com sal, pimenta, Aqui vai um dos pudins fornecidos por molhado, os pingos de limão e a raspa.
alho e colorau doce. Dulce Gamboa, com certificado de ga- Vai a cozer em banho-maria numa
Acamam-se numa terrina e deitam- rantia... forma caramelizada cerca de 45 minu-
se-lhe 2 ou 3 cálices de vinho branco. PUDIM DE CAFÉ tos.
Deixam-se marinar durante 5 ou 6 ho- 8 ovos Desenformar depois de frio.
ras. 3/4 lt ou 750 gr de leite gordo Ficamos a aguardar mais contributos,
Depois faz-se um bom estrugido com fatia de miolo de pão quer de sócios já registados, quer de no-
cebola picada, azeite e uns ramos de 16 colheres de (sopa) de açúcar ra- vos elementos, amadores ou profissio-
salsa, e juntam-se-lhe as costeletas e a sas 3 colheres de (café) de café solúvel nais.
marinada, 2 ou 3 pimentos vermelhos, to gotas de sumo de limão e raspa de Mário Helder Silva
partidos às tiras. limão Maio de 1996
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 29
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30 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
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Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 31
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32 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Ficção / Humor
O Cantinho do Poder
- É muito simples e só não percebeu ceber o tema que se estava a discutir e se agitavam, pensaram que sob esta se
porque estava com pouca atenção. atreveu-se mesmo a dar a sua opinião: escondia algum animal e dispararam as
«Não é aconselhável darmo-nos mais - Um fulano que eu julgo que tem armas, matando a gazela. Foram estas
importância do que temos na realidade». muito potencial é o Edi Santana, mas ain- as sua últimas palavras:
Foi então o momento do Ká Ká das da não percebi aquelas amizades com o - Tive o que merecia, pois não devia
Crónicas se fazer ouvir e defender que Paulo Doce D’Amêndoa! ter feito mal a quem me estava a salvar
Nuno Mamarrachos era um jovem talen- Embora cansado, o sorriso perma- de uma morte certa»!
toso e que lhe augurava um futuro políti- nente e tipicamente malicioso de Toni - Mas o que é que isso tem a ver com
co repleto de vitórias. Falas Santas, acentuou-se no seu rosto o Edi Santana?
E Toni Falas Santas, argumentou de e atreveu-se a mais uma história: - Vê-se mesmo que você está ausen-
novo, fruto do seu treino de seminarista: «Uma gazela, perseguida por caça- te há muito tempo, mas apenas lhe vou
- Vocês hoje, não acertam uma e eu, dores, refugiou-se debaixo duma videi- dizer a mensagem que se extrai deste
embora também cansado, não quero, ra. Quando os homens começaram a conto:
relativamente a essa personagem, dei- afastar-se, a gazela, julgando-se bem «Sê reconhecido para com quem te
xar de lhes contar mais outra pequena escondida, começou a comer as folhas ajuda»!
história: da videira que a abrigava.
«Um dia, dois caracóis tiveram uma Os caçadores, vendo que as folhas Madame Perpétua (Comendadora)
disputa sobre quem daria uma maior cor-
rida em menos tempo.
Disse-lhes uma rã:
- Parece-me bem que têm ambos di-
ficuldade em se mover. Antes de come-
çarem a correr vejam se são capazes de
andar.
- Não estou a ver onde está a men-
sagem! disse o Ká Ká.
- Oh homem, então não se está mes-
mo a ver!:
«Vê se as qualidades que pensas ter
não serão defeitos para os outros».
João Apaga Fogos vinha a passar
(pois tinha uma reunião magna da As-
sembleia do Fórum), pediu licença e jun-
tou-se ao grupo, ainda a tempo de per-
34 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
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ImpossibleRunChallenge
Queres entrar na 5ª edição da contra em frente do complexo desportivo do o desafio e cumprido com as regras
Impossible Run sem pagar nada? O de lagos. de participação ganham uma entrada
#ImpossibleRunChallenge consiste num Podes tentar quantas vezes quiseres Impossible Run ou Impossible Kids.
desafio aberto a todos. Quem concluir o Não são aceites pegas cruzadas/mis- Para usufruir do prémio deverão ins-
desafio ganhará entrada gratuita directa tas. crever-se na plataforma (sem efectuar
para a Impossible Run ou Impossible Kids Manter a posição pendurado na bar- pagamento):
a decorrer a 13 de Outubro de 2019! ra durante 60 segundos (homens) 45 https://www.prozis.com/pt/pt/events/
Quem não superar o desafio fica ha- segundos (mulheres) default/evt/q/id/5931/n/Impossible+Run
bilitado a ganhar uma das 10 entradas A tentativa deve ser filmada e colo- e enviar um email para
que temos para dar! cada no instagram e facebook com a [email protected]
O desafio consiste em ficar pendura- hashtag #ImpossibleRunChallenge solicitando a validação gratuita da sua
do na barra que se situa na frente do com- com permissões para ser vista por todos, inscrição.
plexo desportivo de lagos, durante um para que seja validada pela organização Caso o participante já tenha uma ins-
período igual ou superior a 60 segundos O participante é responsável por qual- crição paga na Impossible Run poderá
(homens) e 45 segundos (mulheres). A quer acidente que decorra na sua tenta- atribuir este prémio a um amigo(a).
execução deverá ser filmada e inserida tiva! Os participantes que não superaram
nas redes sociais com a hashtag Apenas será oferecida uma entrada o desafio continuam habilitados às 10
#ImpossibleRunChallenge por cada participante entradas que temos para oferecer e se-
Regras de Participação: Prémios: rão contactados pela organização atra-
Tens que utilizar a barra que se en- Os participantes que tenham supera- vés das redes sociais.
Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 35
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36 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019
Músicas
Imperdível, em Agosto...
«O Banho de 29»
Não é conhecida com rigor histórico
a origem do «Banho de 29», que actual-
mente se celebra um pouco por todo o
Litoral Algarvio.
O «Banho de 29» (do dia 29 de Agos-
to em algumas zonas e de Setembro nou-
tras, como é exemplo Monchique) pode-
rá estar, eventualmente, relacionado com
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Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019 - 39
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40 - Nova Costa de Oiro - Agosto de 2019