Aula OURO DIAMANTE AREIAS PESADAS

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PROCESSAMENTO DE HIDROCARBONETOS E

MINERAIS ESPECÍFICOS
BENEFICIAMENTO DE OURO

• Geologia;
• Mineralogia;
• Lavra;
• Beneficiamento e
• Meio ambiente.
Prospecção e Mineração do Ouro
Há algum tempo os mineradores precisavam contar com a sorte de
avistar um brilho amarelo em um córrego ou em uma fenda entre as
rochas. Mas, a busca hoje é mais sistemática e precisa do que nunca.

Em primeiro lugar, os geólogos sabem que o metal está presente em


quase todas as rochas e solos, mas os grãos são tão pequenos que são
quase invisíveis. Apenas em algumas áreas o ouro é concentrado o
suficiente para ser extraído de forma rentável.
Esses depósitos contêm ouro puro, mas, na maioria das
circunstâncias, o ouro está combinado com prata ou
outro metal. Depois de encontrar indícios de ouro,
perfura-se o solo para obter amostras e analisar o
conteúdo. Se há ouro suficiente naquele depósito, a
empresa de mineração pode dar inicio a uma operação
em grande escala.
Como extrair o Ouro?
A forma de extração do ouro vai depender do formato
dos depósitos...
Como é feito o Beneficiamento do Ouro?
O alto valor agregado do minério de ouro e suas
peculiaridades acarretam em grandes alterações em seu
beneficiamento. O mineral na forma metálica é conhecido
por sua densidade e maleabilidade elevadas, uma das
características marcantes de seu processo de
beneficiamento.
O beneficiamento do ouro pode ser simples, com a adequação
granulométrica às demais etapas, ou ser mais complexo,
envolvendo desde a preparação até estágios de concentração,
por exemplo. O maior desafio nestas etapas é manter as
partículas livres preservadas e, de forma prioritária, recuperar o
ouro contido no minério, além de eliminar as impurezas.
Beneficiamento do Ouro – Preparação
A preparação do ouro é a primeira etapa do beneficiamento,
ela pode ocorrer em dispositivos de concentração prévia, ou
na extração hidrometalúrgica.

• Para a conclusão deste estágio usa-se a britagem, o


peneiramento, a moagem e a classificação.
•Britagem;
•Peneiramento;
•Moagem…
•Classificação;
Concentração do Ouro

O processamento mais adequado de cada minério de


ouro depende de muitos fatores, como a
mineralogia dos portadores de ouro e minerais de
ganga, o tipo de liberação, tamanho das
partículas, etc.
Critério de concentração
O critério de concentração (CC) é usado em uma primeira aproximação
e fornece uma ideia da facilidade de se obter uma separação entre
minerais através de processos gravíticos, desconsiderando o factor de
forma das partículas minerais.

O critério de concentração - originalmente sugerido por Taggart, com


base na experiência industrial - aplicado à separação de dois minerais
em água é definido como segue
(𝜌𝑝 − 1) Onde :ρ_p é a densidade do mineral pesado e ρ_l a do mineral leve,
𝑐𝑐 = considerando-se a densidade da água igual a 1,0.
(𝜌𝑙 − 1)
CC Dificuldades

˃2.5 Separação eficiente ate 74μm

2.5 – 1.75 Separação eficiente ate 147μm

1.75 – 1.5 Separação possível até 1.4 mm, porém difícil

1.5 – 1.2 Separação possível até 6 mm, porém difícil


Concentração – aglomeração
PROCESSAMENTO DE HIDROCARBONETOS E
MINERAIS ESPECIFICOS
Tema: Processamento de Minerais pesados (areias).

• Mineralogia;
• Geologia;
• Lavra;
• Beneficiamento;
• Meio Ambiente.
INTRODUÇÃO
• Mineralogia é a ciencia que se dedica ao estudo das substâncias cristalinas
que ocorrem naturalmente (os minerais). Todos temos algum contacto com
os minerais, já que eles se encontram à nossa volta nas rochas, nas areias
das praias, rios, lagos.

• O conhecimento do que são os minerais, de como se formaram e onde


ocorrem é a base para a compreensão dos materiais largamente aplicados
na nossa cultura tecnológica, já que praticamente todos os produtos
inorgânicos comercializados são minerais ou de origem mineral.
Minerais Pesados (areias)
São uma classe de minérios de depósito de placer, que é uma importante

fonte de Zircónio, Titânio, Tório, Tungstênio, Elementos de terras raras,

minerais industriais de Diamante, Safira, Granada e ocasionalmente de metais

preciosos ou pedras preciosas. Eles incluem minerais economicamente

importantes ricas em titânio, zircónio e outras terras raras.


Ilustração…
Estes minerais ocorrem em concentrações muito baixas
em uma variedade de rochas ígneas e metamórficas, sao
química e fisicamente resistente ao intemperismo, e
tendo comparativamente alto peso específico, eles
tendem a se acumular em canais dos rios ou ao longo
das costas litorâneas.
PRINCIPAIS MINERAIS PESADOS DE INTERESSE COMMERCIAL
• Rutilo (TiO2) é um mineral de côr vermelho para preto,

• Dióxido de titânio, que ocorre naturalmente, com um conteúdo teórico


de TiO2 de 100%, mas as impurezas tais como Fe2O3 e Cr2O2 reduzem
este para 93-95%.

• Ilmenite (Fe2TiO3) é preto e opaco quando frescos, mas normalmente


sofrido algum desgaste e remoção de ferro, com um conteúdo de TiO2
entre 45 a 65%.
• Leucoxene é o nome dado a ilmenite altamente alterada. Os
grãos são marrom ou cinza com um brilho ceroso e com um
conteúdo de TiO2 de 68%.

• Zircão (ZrSiO4), é um mineral incolor a esbranquiçado, é a


principal fonte mundial de produtos de zircônio.
Jazigos Marinhos
• Placer
Define-se como um depósito mineral de superfície,
formado através
da concentração das partículas minerais libertadas da
rocha
Alterada

Processo de concentração
Minerais pesados comuns
Mineral Valor Susceptibilidade Conductividade SG Fórmula
económico Magnética Eléctrica Química

Ilmenite Sim Alta Alta 4.5 – 5.0 Fe.TiO3

Rutilo Sim Baixa Alta 4.2 – 4.3 TiO2

Zircão Sim Baixa Baixa 4.7 ZrSiO4

Leucoxene Sim Semi Alta 3.5 – 4.1 Fe.TiO3.TiO2


PRINCIPAIS MATÉRIAS PRIMAS MINERAIS OBTIDAS
A PARTIR DOS JAZIGOS MARINHOS DE TIPO PLACER

Mineral ᵨ g/cm3 Composição Origem Exemplos de Uso


Ouro 15-19 Au Jazigos hidrotermais Electrónica, Ornamentação
Cassiterite ≈7 SnO2 Jazigos em pegmatitos e skarnes (nos granitoides) Revestimento, Ligas
Magnetite e m.titanífera ≈6 Fe3)4 Acessórios em rochas básicas Metalurgia
Monazite ≈5 (Ce,Y…)PO4 Acessórios em granitoides Electrónica, Supracondutores
Ilmenite ≈ 4.7 FeTiO3 Acessórios em rochas magmáticas Metalurgia Ti
Zirção ≈ 4.7 ZrSiO4 Acessórios em granitoides Abrasivo, Ornamentação
Rutilo ≈ 4.2 TiO2 Acessórios em rochas magmáticas Metalurgia Ti, pigmentos
Diamante 3.5 C Jazigos - Quimberlites Sondagens, Joalharia
Diamante
Histórico de diamante
• Os diamantes foram supostamente descobertos na Índia, vários séculos antes de
Cristo conforme registos encontrados nos textos Sânscritos “Arthasastra e
Ratnapariska”, citados por Legran, 1984 (Janse, 1996).
• O diamante é mais conhecido pelas qualidades de suas gemas, no entanto algumas
de suas propriedades o tornam ideal para muitas aplicações industriais. O
diamante natural é constituído de carbono, com pequenas quantidades de
impurezas (< 0,2% de nitrogénio no diamante natural). O diamante sintético é
produzido a partir de grafita, em alta temperatura e pressão, na presença de
catalisadores de níquel ou liga de níquel (Harben, 1995; Olson, 2002).
• Os EUA lideram a produção mundial de diamantes sintéticos, tendo produzido 308
milhões de quilates no ano de 2001. Dessa produção, estima-se que cerca de 10
milhões de quilates foram recuperados e reciclados a partir de coroas ou brocas de
perfuração usadas na pesquisa mineral e na exploração de petróleo, ferramentas de
diamante e resíduos contendo diamante (Olson, 2002).
Propriedades
• O diamante possui várias qualidades e dentre essas se destacam:
dureza, resistência à compressão, condução térmica etc. Outra
propriedade importante do diamante é a sua resistência ao calor. A
dureza é a principal propriedade do diamante, principalmente quando
esse se destina ao uso industrial. O diamante resiste à abrasão, mas
não ao choque.
• Até hoje, o diamante é o mais duro dos materiais. Sua dureza, seu
índice de refração e sua raridade natural fazem com que o diamante
tenha um interesse geológico ímpar. A condutibilidade térmica do
diamante aliada a um coeficiente de dilatação térmica muito pequeno
confere ao diamante várias aplicações nos trabalhos relacionados com
substâncias duras: corte, polimento, trefilação etc. (Simon,1970).
Geologia
• Por se tratar de uma rocha complexa, as definições de Kimberlito, descritas na
literatura, são muitas vezes confusas e conflitantes. Adoptamos, aqui, a
definição proposta por Kjarsgaard (1996), que propõe uma adaptação e
modificação das definições propostas, anteriormente, por Clement et al. (1984)
e Mitchell (1986).
• Segundo o citado autor, Kimberlitos são rochas ricas em CO2 e H2O, com
uma textura inequigranular distinta devido a presença de grandes
macrocristais arredondados (i.e., megacristais e xenocristais).
• Kimberlitos são rochas extremamente raras (< 1% da
composição da crosta) e ocorrem em “pipes” ou
chaminés vulcânicas em diques e soleiras ou “sills”. Os
esforços dedicados à pesquisa e mineração de kimberlitos,
nas últimas décadas, em várias partes do mundo,
permitiram a consolidação de novos modelos sobre a
morfologia dos corpos kimberlíticos, além do modelo
clássico do “pipe Sul-Africano” de Clement (1975),
modificado por Mitchell (1986) in Kjarsgaard.
Prospecção e pesquisa
• A prospecção e pesquisa de kimberlitos diamantíferos compreendem duas actividades distintas e
complementares.
• A 1a Fase, de carácter regional, abrangendo áreas com dezenas e mesmo centenas de milhares de
quilómetros quadrados, tem por objectivo a identificação de corpos kimberlíticos, sejam chaminés
(“pipes”), diques ou soleiras intrusivos. As áreas seleccionadas para a busca são,
preferencialmente, áreas cratônicas, com idade geológica superior a 1,5 bilhões de anos, em
conformidade com o que recomenda a Regra de Clifford, já mencionada.
• As ferramentas de busca utilizadas incluem métodos geofísicos magnéticos, eletromagnéticos
(EM), gravimétricos, aero-transportados em avião e ou helicóptero. Estas tecnologias, em
constante evolução, são atualmente complementadas pela interpretação de imagens de satélite de
alta resolução, como as fornecidas pelo satétite IKONOS (1 metro), ou pela série
• Indiana de satélites IRS (5 metros).
Lavra
• Até a descoberta do diamante em kimberlitos, na África do Sul, na segunda
metade do século 19, os diamantes eram produzidos, totalmente, a partir de
depósitos fluviais, por meio de lavra em cavas abertas, usando ferramentas e
técnicas bastante primitivas. Picaretas e escavadeiras eram praticamente os
únicos equipamentos usados na lavra. O uso de batéia e peneiras era o método
de concentração utilizado, seguido de catação manual, para recuperar os
diamantes contidos no concentrado de batéia (K. Reckling et al., 1994).
• No caso do diamante em kimberlitos, a lavra é feita inicialmente a céu aberto
até uma determinada profundidade e, a partir de então, se usa a lavra
subterrânea, recorrendo a uma combinação dos métodos shrinkage stoping e
sublevel caving. O minério lavrado é transportado em vagonetas até o poço, e
deste até a superfície.
• Segundo Barbosa (1991), o grau de mecanização da lavra, em
aluvião, depende da escala de produção. No caso de garimpo ou
pequena lavra, a extracção do cascalho normalmente é feita por
ferramentas manuais do tipo picareta, alavanca, enxadão e pá. A
seguir, o minério é transportado, por carrinho de mão, para o
local do tratamento.
• Para lavras em média ou grande escala, a mecanização deve ser
completa e, neste caso, emprega-se trator e/ou draga de arrasto, pá
carregadeira e caminhões. Na lavra em grande escala, em leitos de
rio, é utilizada a draga de alcatruzes ou balsas com moto-bomba
fazendo a sucção do cascalho para a balsa, por meio de um
mergulhador. Na balsa, o cascalho é deslamado e classificado em
trómel.
Beneficiamento
• A concentração de diamantes é feita por métodos físicos e o processo industrial
empregado difere, em função do tipo de minério (aluvionar ou primário), escala de
produção e outros factores.
• Minério Aluvionar: no caso de minério aluvionar, este, após lavrado por monitores
hidráulicos ou dragas de alcatruzes (leito de rio), é submetido, inicialmente, a uma
etapa de lavagem em tromeis, com peneira de abertura entre 20 e 25 mm. O retido é
descartado como rejeito e o passante vai para concentração em jigues (circulares ou
Yuba).
• O concentrado obtido, contendo diamantes e minerais pesados, é novamente
separado por tamanho, em peneiras com abertura de 1,5; 3 e 6 mm. Os grossos são
novamente submetidos a concentração em jigue e os finos (< 1,5 mm) são
descartados como rejeito. Quando os concentrados contêm minerais magnéticos
e/ou condutores, são usados separadores magnéticos/eletrostáticos, para sua
remoção. No caso de pequenas e médias empresas, a etapa final de concentração
dos diamantes é feita por catação manual ou usando mesa ou correia de graxa
(Barbosa, 1991).
• Minério Primário: este é submetido a britagem, normalmente em britadores
giratórios e de rolos, de forma a evitar o impacto sobre os diamantes, já que estes,
apesar de sua elevada dureza, são quebradiços devido à sua clivagem perfeita.
• Atrição e moagem de bolas são também usados posteriormente, visando a liberação
da ganga das pedras de diamante. A pré-concentração é feita em panelas lavadoras de
diamante (diamond washing pan), jigues, separadores em meio denso (ciclone ou
dynawhirlpool). A concentração final para obtenção dos diamantes é feita em
separadores magnéticos/eletrostáticos, mesa ou correia de graxa, separadores ópticos
ou a raios-X. A seguir, os diamantes recuperados são classificados, baseado nos
quatro C: color (cor), clarity (limpidez), carat (peso em quilate) e cut
(lapidabilidade).
• Nas empresas de maior porte, os jigues foram substituídos por separadores de meio
denso, do tipo ciclone de meio denso ou dynawhirlpool. As mesas de graxa usadas na
recuperação final dos diamantes estão também sendo substituídas por separadores
ópticos e a raios-X, dependendo do tipo, forma e tamanho dos diamantes presentes
(Barbosa, 1991; Smoak, 1985).
Usos e Funções
• O diamante natural é usado comercialmente: como gema, no mercado de
jóias e como diamante industrial
• Os diferentes usos do diamante incluem (Olson, 2002):
• Cortador de vidro;
• Serras diamantadas;
• Coroas diamantadas para sondagem na pesquisa mineral;
• Corte de rochas ornamentais;
• Brocas de perfuração de poços de petróleo;
• Inspeção de concreto em diferentes estruturas;
• Manufatura de máquinas;
• Manufatura de peças de refratário para revestimento de forno;
• Fabricação de esmeril;
• Indústria automobilística;
• Indústria aeroespacial;
• Circuitos eletrônicos;
•Próxima aula apresentação de trabalhos

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