Saiba Tudo Sobre As Principais Abordagens Da Psicologia

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Saiba tudo sobre as principais abordagens da


Psicologia
Escrito por Unis | 15/06/2018 14:06:22

Introdução

Quando alguém fala que quer ser psicólogo a gente pensa que é uma
profissão muito simples, não é? Até ousamos nos comparar com o
graduado quando servimos de ouvido para aquele amigo(a) que sofre pelo
“crush” ou passa por alguma situação familiar complicada.

Mas se você acha que o psicólogo só escuta e pronto, você está muito
enganado! Para trabalhar esses combates internos, ele precisou de uma
média de 5 anos de estudos para compreender o funcionamento da mente
humana e os gatilhos mentais que levaram para tais conflitos.

Os estudos sobre a psique são fundamentados em alguns especialistas, e


após a formação, o psicólogo escolhe sobre qual teoria daquelas ele vai se
embasar ao trabalhar com seus pacientes. E se você está interessado em
saber mais, sobre as abordagens da psicologia é só ficar coladinho aqui
nesse texto!

As principais abordagens da psicologia

Para ser psicólogo, antes de iniciar os trabalhos você terá duas escolhas
importantíssimas para fazer. A primeira delas é a área de atuação que
pretende trabalhar (consultórios, escolas, empresas…) e a segunda é a
:
abordagem que pretende utilizar caso decida pela atuação clínica
(behaviorismo, psicanálise, humanismo, entre outras…).

Para você que já está na faculdade de psicologia ou pretende se tornar um


psicólogo e precisa de uma forcinha para entender essas diferentes
vertentes de trabalho, aqui vai um resuminho de cada uma delas, ok? Então
vamos lá!

Psicanálise

Desenvolvida e criada por Freud, essa teoria busca descrever as causas


dos transtornos mentais, o desenvolvimento humano, sua personalidade e
motivações. De acordo com ele, o ser humano funciona por meio de duas
pulsões inatas, a sexual e a de morte.

Por se oporem ao ideal da sociedade, precisam ser controladas por meio


da educação, e a função da sociedade em meio a isso aparece como a de
amansar essas tendências naturais, de forma que a energia gerada por
esses impulsos não sejam liberados de maneira direta.

Freud desenvolve toda a sua explicação pelos níveis de consciência, pelo


modelo estrutural de personalidade, mecanismos de defesa e as fases do
desenvolvimento psicossexual. Durante todo o século XX influenciou
grande parte do pensamento psicoterapêutico, além de acentuar a
importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento do
indivíduo.

Essa é a abordagem busca estimular o próprio paciente a ter seus insights,


ou seja, que ele mesmo compreenda o que está acontecendo consigo e
quais vias ele pode usar para se modificar e sair desse problema.

As interpretações feitas pelo psicanalista durante a sessão propiciam


autoconhecimento e transformação gradual dos sintomas. É importante
também salientar que essa é uma técnica não diretiva, ou seja, o analista
:
não sugere que o paciente faça isto ou aquilo. A análise acontece a partir
das associações do paciente.

Psicologia Analítica de Jung ou Análise Junguiana

Nessa vertente, Jung discorda de algumas teorias de Freud. Aqui, o objeto


de estudo principal são os sonhos e o terapeuta busca manter a conversa
sempre em torno dos problemas que o levaram até ali.

Quando sonhamos, imaginamos narrativas. E nelas são encontrados certos


personagens que, de tempos em tempos, vão mudando. Para se aproximar
destes personagens, utiliza-se o método da imaginação ativa.

Para estimular a imaginação são utilizadas técnicas geralmente ligadas às


artes como pinturas, esculturas, desenhos, técnicas de escrita e a caixa de
areia (Sandplay). Normalmente é indicada para quem busca
autoconhecimento profundo.

Behaviorismo ou Analítico Comportamental

Como o próprio nome diz, quem utiliza essa linha, irá trabalhar diretamente
no comportamento das pessoas. Assim, o analista avaliará o que o
paciente precisa e por meio de técnicas específicas, irá auxiliar na
transformação comportamental.

Os precursores dessa área dizem que o ser humano está suscetível a


mudar o seu comportamento de acordo com o ambiente em que está
inserido. Um exemplo comum disso, é o jeito como você age frente aos
seus pais e a diferente forma de reagir com seus amigos.

Por ser ligada às atitudes do avaliado, ela utiliza de um modo diretivo.


Frequentemente são passadas “tarefas de casa” que ajudam a ter contato
com o que aflige o paciente em pequenas doses, atitudes que mudam a
forma de visão daquilo e aos poucos a superar os incômodos apresentados
:
na sessão.

É uma técnica bastante eficiente para pessoas que apresentam quadros de


ansiedade, pânico, fobia social, depressão, dependência química e
problemas de aprendizagem.

Humanismo

Essa vertente se baseia na aceitação, no conceito de que só conseguimos


mudar quando assumimos a nós mesmos que existe um problema que
precisa ser tratado. Uma frase do humanista Carl Rogers define bem esse
método: “O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou,
então eu mudo“.

Um bom exemplo dessa prática é com pessoas que tem problemas com o
uso de drogas ou álcool. Na maioria dos casos chegam até a brinca com o
seu problema, mas não enxergam que estão fora de controle. Então
quando ela se abre à essas novas experiências passa a ter mais
possibilidade de viver plenamente, confiar em sua experiência interna para
orientar o seu comportamento, perceber sua liberdade de escolha e se
mostrar criativa, sempre encontrando novas maneiras de viver bem e
melhor.

Sendo bem sintético sobre esse tipo de terapia, o humanismo acredita que
toda pessoa tem capacidade de crescimento e desenvolvimento. Para
propiciar isso, o terapeuta não direciona, mas cria um ambiente acolhedor e
empático onde o paciente possa se desenvolver na direção em que ele
escolher e ser realmente quem é, gerando mudança e inserindo
autoconfiança.

Normalmente é indicado para pessoas que apresentam algum tipo de vício


ou comportamento autodestrutivo.

Psicoterapia Corporal ou Reich


:
Para Reich, apenas sentar e falar sobre seus problemas não parecia ser a
melhor solução para resolvê-los. Sendo assim, discordando de alguns
estudiosos iniciou a psicoterapia corporal.

Essa técnica trabalha sobre o fato de que toda mobilização emocional gera
uma reação corporal e vice versa. Com isso, Reich descobriu que todo
distúrbio psicoemocional está associado a distúrbios corporais.

Então, o profissional que trabalha com esse método, trata dos problemas
não só a partir das conversas nas sessões, mas principalmente por meio de
modificações corporais, de postura, respiração e relaxamento das tensões
nos olhos, boca, garganta, diafragma, genitais, ânus.

Em suma, a psicoterapia de Reich é mais física e corporal e menos verbal e


mental. Sendo assim, é eficiente no tratamento de questões psicológicas
como fobias, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade de concentração,
pensamentos repetitivos e angustiantes, traumas, insegurança, e também
em distúrbios orgânicos, como gastrite, obesidade, “tiques” e bruxismo.

Cognitivo-Comportamental ou TCC

Quem trabalha com essa abordagem terá o seu foco voltado para mudar
pensamentos disfuncionais, ou seja, aqueles que nos fazem “perder a fé”
em nós mesmos, como o típico “eu nunca vou conseguir fazer isso” ou “eu
não faço nada direito”.

O embasamento teórico aqui vem especialmente dos trabalhos de Aaron


Beck, que mostra como cada pessoa tem um jeito de ver o mundo e
quando ele muda para uma forma “autodestrutiva”, começam a aparecer
os distúrbios emocionais.

Sendo assim, tudo o que o terapeuta precisa fazer é ajudar o paciente a


voltar a ter uma visão de mundo diferente e mais adequada para enfrentar
os estímulos externos. A ideia é mostrar que esses pensamentos podem
:
ser modificados com muito treino e raciocínios funcionais, como “isso eu
não fiz direito, mas acertei daquela outra vez”.

Normalmente as sessões são estruturadas e tem efeito positivo em


problemas pontuais, que vão desde a obesidade até a psicopatia.

Gestalt-terapia

Essa abordagem surgiu entre os anos 50 e 60. Sua teoria veio com uma
visão mais integrada, colocando em foco mente e corpo como uma
unidade, sem cisão. Tem uma visão holística de homem e de mundo, onde
um afeta o outro. Acredita que o sentir, o pensar e o agir precisam estar em
sintonia e serem respeitados para que haja saúde.

Esse tipo de terapia é focada no presente. O profissional busca sempre


ouvir o cliente com atenção direcionada em gestos, postura, tom de voz e
expressões faciais.

Num resumo, a proposta é que o paciente possa experienciar as coisas ao


invés de ter somente o entendimento racional. Assim, quando isso
acontece, ele passa a ter um entendimento integral (pensar, sentir e agir).

Utiliza o método fenomenológico, não busca as causas para um sintoma,


mas sim o seu entendimento sob vários aspectos. Dessa forma ela é
aberta, não direcionada e visa que o paciente se desenvolva e encontre um
jeito positivo de estar no mundo no momento presente.

Quando devo escolher a abordagem que quero seguir?

Essa é uma questão muito importante e que ao iniciar os estudos na área


de psicologia, na maioria das vezes, nem imaginamos sua relevância. Antes
de qualquer coisa, é importante para você que pretende ser um profissional
da área, entender que não existe “a psicologia” e sim “as psicologias”.
:
Para compreender a mente humana, cada precursor apresenta uma ideia
diferente. Nenhuma se mistura, mesmo que algumas delas tenham se
originado de outras já existentes. A hora certa de escolher qual delas você
pretende seguir é quando se sentir atraído por alguma, sem pressa, sem
neuroses.

Não tem uma receita de bolo certinha para você. Tem gente que entra
sabendo que é apaixonado pela psicanálise freudiana e logo no primeiro
período já foca seus estudos. Enquanto outros só conseguem ter certeza
de algo depois de realizar um estágio, lá no final do curso.

Ok, mas se eu vou focar em uma só, por que eu tenho que estudar sobre
todas? Existem técnicas mais eficientes que outras para cada caso. Como
você poderá saber se seu trabalho será realmente efetivo para aquele
problema específico se desconhecer a eficácia das demais?

É como o próprio Jung disse: “Conheça todas as teorias, domine todas as


técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma
humana”. Você irá trabalhar com a mente e os sentimentos de outras
pessoas, ter empatia e saber ajudar das mais variadas formas são parte do
pacote.

Tudo tem o seu tempo

É fato, em algum momento de sua graduação em psicologia você precisará


definir um foco e se aprofundar nele. O importante é não permitir que essa
decisão tome a sua visão central, mas deixar as coisas fluírem ao seu
tempo. Quando você menos esperar, já estará apaixonado por uma delas,
daí por diante será só sucesso!

Uma dica importante na hora de escolher é buscar estágios nas áreas que
você gostaria de trabalhar. Essa é uma etapa importante e pode te mostrar
na prática como será o seu dia a dia no trabalho e se tornar aquela cartada
final para se decidir.
:
Esperamos que esse material tenha sido útil e te motivado a dar mais um
passo rumo ao curso dos seus sonhos. A psicologia é uma área imensa,
profunda e que com certeza te trará realização pessoal e profissional!

Baixe o e-book sobre do curso de Psicologia do Grupo Unis e fique por


dentro de todos os detalhes dessa graduação!

Qualquer dúvida, não esqueça de nos chamar no box de comentários!

Até a próxima!

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