Resumo Um Método Perigoso

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Nome: Marcela Flandoli Moura

RA: N585692

Supervisora: Aspasia Papazanakis

ICB: Psicanálise

FILME: Um método perigoso.

Ano produção: 2011

Dirigido por: David Cronenberg

REFERÊNCIA:

FREUD, S. (1914a). Recordar, repetir e elaborar. In: FREUD, S. Edição


standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 12.
Rio de Janeiro: Imago, 1990.

FREUD, S. (1915). Observações sobre o amor transferencial (Novas


recomendações sobre a técnica da psicanálise III). In: FREUD, S. O caso
Schreber, artigos sobre técnica e outros trabalhos (1911-1913). Direção-geral
da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

RESUMO

De primeira nos deparamos com um filme de tema peculiar, tema esse


que possibilita um entendimento maior quanto aos fundamentos defendidos por
Freud, o envolvimento do analista com seu paciente, o conceito da compulsão
a repetição e a transferência. O filme se inicia com a aparição de Sabrina
Spielrein, que enquanto se encaminhava a casa do analista Carl Jung,
apresentava uma grave crise de histeria.

Jung ministra o tratamento de Sabrina. S por meio dos métodos


psicanalíticos como a Catarse, por meio das sessões ela acessa memórias
antigas de sua infância, em seus relatos ela conta que a primeira vez em que
foi agredida pelo pai, teve certa excitação de sua parte por meio da humilhação
fornecida pelo pai a ela.

Ao longo do tratamento, Sabrina. S passa a se tornar próxima de Jung


por meio do interesse que desenvolveu pela psiquiatria. Ajudando ele em sua
pesquisa até o ponto de seduzi-lo e impor a ele suas fantasias que carrega
desde sua infância, deixando claro os efeitos que a transferência entre paciente
e analista podem ter e a mostrar comportamentos típicos de uma compulsão a
repetição, igualmente descrita em “Recordar, repetir e elaborar (FREUD,1914)”,
“[...]o paciente se submete à compulsão, à repetição, que agora substitui o
impulso a recordar, não apenas em sua atitude pessoal para com o médico,
mas também em cada diferente atividade e relacionamento que podem ocupar
sua vida na ocasião [...]”.

Não simplesmente o analista (Jung) e a paciente (Sabrina. S) se


tornaram muito próximos, mas como também deixam em evidência tudo aquilo
que Freud impôs a respeito desse envolvimento, esse amor transferencial. Por
meio de suas orientações em “Observações sobre o amor transferencial
(FREUD, 1915) ”, Freud indica que caso a paciente se apaixone por seu
analista, poderá ocorrer três desfechos: a primeira consiste em que o médico e
o paciente se unam de forma legal e permanente, o mais raro de acontecer.
Em segundo lugar, o médico e a paciente abandonam o tratamento, o mais
frequente, e por último assumem um relacionamento ilícito que vai de encontro
com a moralidade convencional.

Levando em consideração os acontecimentos do filme, o desfecho que


mais combina é o abandono ao tratamento, que se dá por meio do êxito da
paciente em repetir na vida real o que deveria ter apenas lembrado. E neste
relacionamento a paciente apenas mostrou a reação patológica de sua vida
erótica, destruindo a influência do tratamento analítico.

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