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Índice

Introdução............................................................................................................................2
2. Objectivos........................................................................................................................2
2.1. Objectivo Geral.............................................................................................................2
2.1.1.Objectivos específicos................................................................................................3
3. Definição do Sistema Cardiovascular..............................................................................3
3.1. Componentes do sistema cardiovascular......................................................................3
4. Vasos sanguíneos.............................................................................................................5
4.1. A circulação nos seres humanos...................................................................................6
4.1.1. Representação de como ocorre o fluxo de sangue no coração..................................6
4.1.2. Circulação sistêmica e pulmonar...............................................................................7
5. Factores de risco para doenças cardiovasculares.............................................................8
6. Principais patologias e doenças.......................................................................................9
6.1. Acidente Vascular Cerebral (AVC)..............................................................................9
6.1.1. Manifestações clínicas de um paciente com AVC....................................................9
6.1.2. Diagnóstico do AVC.................................................................................................9
6.1.3. Tratamento do paciente com AVC..........................................................................10
6.1.4. Hipertensão Arterial................................................................................................10
6.1.5. Manifestações clínicas da hipertensão arterial........................................................11
6.1.6. Tratamento do paciente com HAS...........................................................................11
6.1.7. Insuficiência Cardíaca.............................................................................................12
7. Arritmias Cardíacas.......................................................................................................12
7.1. Sintomas das arritmias................................................................................................13
7.1.1. Tratamento do paciente com arritmia......................................................................13
8. Doenças das válvulas cardíacas.....................................................................................14
8.1. Principais manifestações clínicas...............................................................................14
8.1.1. Diagnóstico das doenças das válvulas cardíacas:....................................................14
8.1.2. Tratamento das doenças das válvulas cardíacas......................................................14
8.1.3. Doenças cardíacas congénitas.................................................................................15
8.1.4. Sintomas das doenças cardíacas congénitas............................................................16
8.1.5. Diagnóstico de doenças cardíacas congénitas.........................................................16
8.1.6. Tratamento...............................................................................................................16
9. Miocardite......................................................................................................................17
9.1. Sintomas das miocardites...........................................................................................17
9.1.1. Manejo do paciente com miocardite........................................................................17
Conclusão..........................................................................................................................20
Referência-Bibliográfica………………………………………………………………. 21
2

Introdução

O presente trabalho centrou-se na descrição da temática científica sobre o sistema


cardiovascular, principais patologias e doenças, com a noção de que o suprimento das
necessidades básicas para a sobrevivência e desempenho das funções de uma célula no corpo
humano depende de umsistema que transporte de maneira eficaz uma variedade enorme de
produtos. O sistema cardiovascular, com todos os seus componentes, entreeles o sangue, tem
esta capacidade.

Assim, a função principal do sistema cardiovascular é transportarsangue contendo diversos


tipos de nutrientes e dejectos metabólicos, deum órgão a outro, através de um circuito fechado
formado pelos vasossanguíneos. Além disso, o sistema cardiovascular ajuda no desempenho
das funções do sistema endócrino, através do transporte de harmónios, contribuipara a
regulação da temperatura corporal e, através do transporte dosleucócitos e elementos da
coagulação, desempenha a função de protecção contra agentes causadores de doenças.

No entanto, o desempenho efectivo dessas funções não seria possívelse não houvesse o
movimento do sangue através do circuito fechado formado pelos vasos sanguíneos. Para que
isso ocorra, é necessário que dentrodo circuito haja diferença de pressão. Esta diferença é
gerada pelo coraçãoque funciona como uma bomba. Ao se contrair, o coração propele o
sanguepelos vasos sanguíneos e o distribui para os vários tecidos. Portanto, nestaaula você
compreenderá de que maneira o sistema cardiovascular trabalhapara desempenhar com
eficiência todas estas funções.

O método empregue neste trabalho foi o bibliográfico, que consistiu na leitura de várias obras
de autores teóricos com iniciáticas e visões convergentes de conteúdos sobre o sistema
cardiovascular, principais patologias e doenças.

Olhando pela estrutura do trabalho começapela introdução, objectivos, termina pela conclusão
referências bibliográficas.

2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral

 Compreender as funcionalidades do sistema cardiovascular, principais patologias e


doenças.
2
2.1.1.Objectivos específicos

 Identificar o sistema cardiovascular, principais patologias e doenças;


 Descrever as principais patologias e doenças do sistema cardiovascular.
3. Definição do Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular, formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos, é o sistema


responsável por garantir a circulação de sangue por todo nosso corpo.O sistema
cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir
o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por
exemplo, nutrientes e oxigénio.

A sua estrutura é composta pelo coração, sangue e vasos sanguíneos, que são as vias de
transporte. O sistema ainda tem a função de eliminar as toxinas presentes no corpo, já que,
através do sangue, ele se comunica com outros tecidos.

Para Fox (2004), “o coração é um órgão do sistema cardiovascular localizado na caixa


torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos
sanguíneos para irrigar todo o corpo” (p. 25).

Uma das funções do sistema cardiovascular é de transportar oxigénio e nutrientes para os


órgãos e tecidos; Levar o gás carbónico e substâncias tóxicas dos tecidos para as partes do
corpo onde serão eliminadas, como pulmões e rins; Ajudar a levar os glóbulos brancos, que
sãocélulas de defesa do corpo, até o local onde estão microrganismos invasores.

3.1. Componentes do sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas:


Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue;
Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três principais tipos de vasos
sanguíneos são: artérias, veias e capilares.Costanzo (2007) clarificam que:

O sistema cardiovascular humano é formado pelos vasos sanguíneos,


uma rede de tubos que transporta sangue, e pelo coração, uma bomba
muscular responsável por impulsionar o sangue para o corpo. Esses
órgãos trabalham juntos para garantir que todas as células do corpo
recebam nutrientes e oxigénio (p. 96).
Nele desembocam três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. O
ventrículo direito comunica-se com o átrio direito e dele parte a artéria pulmonar, que leva
sangue aos pulmões. O átrio esquerdo recebe sangue vindo dos pulmões por meio de quatro
veias pulmonares.

Fig. 1: Principais partes do coração. Adaptado pelos autores (2024)

O coração dos seres humanos, assim como o dos outros mamíferos, é um órgão muscular
formado por quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as câmaras
responsáveis por garantir o recebimento do sangue no coração, enquanto os ventrículos são as
câmaras responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para a fora do coração.

No lado esquerdo do coração, percebe-se a presença apenas de sangue rico em oxigénio,


enquanto do lado direito observa-se a presença apenas de sangue rico em gás carbónico. No
coração, há ainda a presença de quatro válvulas que impedem o refluxo do sangue,
permitindo, desse modo, um fluxo contínuo.Guyton (1998) defende que:

Coração é um órgão localizado na parte inferior do mediastino médio.


Encontra-se na cavidade torácica, mais precisamente na região posterior
ao osso esterno e acima do músculo diafragma. Esse órgão tem o
tamanho aproximado de uma mão fechada e apresenta maior parte da
sua massa à esquerda da linha mediana (p. 36).

O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O


endocárdio é a camada mais interna. O miocárdio é a camada média, a qual é formada por
tecido muscular estriado cardíaco, sendo ela, portanto, a responsável por assegurar que o
sangue seja bombeado adequadamente devido às contracções musculares.

O miocárdio é a camada mais espessa do coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada
mais externa. É no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que geralmente
envolve o órgão. O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a
contracção de sístole e o relaxamento de diástole. Nesta materia, Fox (2004) sustenta que:

O coração normalmente está situado no lado esquerdo do peito, mas em


um pequeno percentual das gestações ele pode se formar do lado
direito, ou podem ocorrer outras anomalias de posicionamento, algumas
incompatíveis com a vida (p. 72)

Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de sangue. Nos seres
humanos, os batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região que origina o
batimento cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por ser um aglomerado de
células que produzem impulsos eléctricos.

4. Vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. Os
três principais vasos sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. A
seguir apresentamos, algumas características básicas desses três vasos:

Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e
tecidos do corpo. Nesses vasos, o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em
arteríolas.

Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias entre o
sangue e os tecidos do corpo.

Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vénulas, as quais convergem


para as veias. As veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao coração. Nesses
vasos, o sangue corre em baixa pressão e para evitar o refluxo do sangue as veias são dotadas
de valvas.

Veias são vasos sanguíneos que apresentam como função retornar o sangue dos vários tecidos
do corpo para o coração. Elas resultam da confluência de vasos capilares em um sistema de
vasos que vai aumentando seu diâmetro à medida que se aproxima do coração. Nesta
perspectiva Fox (2004)clarifica:
Asveias podem ser classificadas em dois grandes grupos: Veias
superficiais: estão localizadas mais próximas à nossa pele, podendo,
inclusive, ser visualizadas. Veias profundas: estão localizadas mais
internamente e podem estar sozinhas ou acompanhadas de artérias (p.
20).

Fig. 2: Os vasos sanguíneos são responsáveis por garantir o transporte de sangue pelo corpo.
Adaptado pelos autores (2024)

4.1. A circulação nos seres humanos

O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias cavas. Esse sangue é rico em
gás carbónico e pobre em oxigénio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o ventrículo
direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os pulmões via artérias pulmonares.Segundo
Neves (2018):
Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então rico
em gás carbónico, recebe oxigénio proveniente da respiração pulmonar.
O sangue rico em oxigénio volta ao coração via veias pulmonares,
chegando a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do átrio, ele segue para o
ventrículo esquerdo (p. 29).

4.1.1. Representação de como ocorre o fluxo de sangue no coração

Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O
sangue então segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas
gasosas. O oxigénio presente no sangue passa para os tecidos e o gás carbónico produzido na
respiração celular passa para o sangue.
Os capilares reúnem-se formando vénulas, que formam as veias, as quais seguem levando o
sangue pobre em oxigénio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o
sangue rico em gás carbónico seja levado até o átrio direito.

Fig. 3: O fluxo de sangue no coração. Adaptado pelos autores (2024)

Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O
sangue então segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas
gasosas. O oxigénio presente no sangue passa para os tecidos e o gás carbónico produzido na
respiração celular passa para o sangue.

Os capilares reúnem-se formando vénulas, que formam as veias, as quais seguem levando o
sangue pobre em oxigénio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o
sangue rico em gás carbónico seja levado até o átrio direito.

4.1.2. Circulação sistêmica e pulmonar

A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, uma vez que se observa a
presença de dois circuitos: a circulação sistémica ou grande circulação e a circulação
pulmonar ou pequena circulação:

Circulação sistémica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz
partindo do coração em direcção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão.
Ao chegar do pulmão, o sangue é impulsionado para o corpo. Nos capilares, são feitas as
trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás carbónico e pobre em oxigénio, retorna ao
coração.
Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo sangue
do coração aos pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em
oxigénio do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao coração.

5. Factores de risco para doenças cardiovasculares

Os factores de risco para doenças coronarianas são condições, comportamentos ou


características que aumentam a probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares,
como a doença coronariana. Alguns desses factores podem ser modificados através de
mudanças no estilo de vida, enquanto outros são intrínsecos e não podem ser alterados.
Abaixo estão os principais factores de risco para doenças coronarianas:

 Idade: o risco de desenvolver doenças coronarianas aumenta com a idade. Homens


acima de 45 anos e mulheres acima de 55 anos têm maior probabilidade de
desenvolver a doença.
 Histórico Familiar
 Sexo: homens têm um risco maior de desenvolver doenças coronarianas do que
mulheres, especialmente antes da menopausa. No entanto, após a menopausa, o risco
nas mulheres se iguala ou até ultrapassa o dos homens
 Tabagismo: o tabagismo danifica os vasos sanguíneos e aumenta a formação de
placas de gordura nas artérias
 Hipertensão arterial: a pressão arterial elevada coloca uma tensão adicional nos
vasos sanguíneos e no coração, aumentando o risco de doenças coronarianas
 Colesterol elevado: Níveis elevados de colesterol LDL no sangue podem levar à
formação de placas de gordura nas artérias coronárias
 Diabetes: pessoas com diabetes têm um risco aumentado de doenças coronarianas
devido ao impacto da doença nos vasos sanguíneos e ao risco de outros factores de
risco associados
 Obesidade e Sedentarismo: o excesso de peso e o estilo de vida sedentário estão
associados a um maior risco de doenças coronarianas
6. Principais patologias e doenças

6.1. Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O AVC ocorre quando há um bloqueio ou ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro,


resultando em danos às células cerebrais. Existem dois principais tipos de AVC:

 AVC isquêmico: representa a grande maioria dos casos de AVC, cerca de 85%.
Ocorre quando um coágulo (trombo) ou êmbolo (coágulo deslocado) bloqueia uma
artéria cerebral, interrompendo o fluxo sanguíneo e privando as células cerebrais de
oxigénio e nutrientes. A falta de oxigénio leva à morte das células cerebrais na área
afectada.
 AVC hemorrágico: representa cerca de 15% dos casos de AVC. Nesse tipo, ocorre a
ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, levando ao extravasamento de sangue no
tecido cerebral circundante. O sangue acumulado aumenta a pressão intracraniana e
danifica as células cerebrais próximas.

6.1.1. Manifestações clínicas de um paciente com AVC

Os sintomas do AVC variam dependendo da área do cérebro afectada e do tipo de AVC


(isquêmico ou hemorrágico). Os principais sintomas incluem:

 Fraqueza súbita ou paralisia de um lado do corpo.


 Dificuldade repentina na fala ou compreensão da fala.
 Perda súbita de visão em um ou ambos os olhos.
 Tontura ou perda de equilíbrio e coordenação.
 Dor de cabeça súbita e intensa, especialmente no AVC hemorrágico.

Os sintomas do AVC geralmente se desenvolvem rapidamente e podem piorar


progressivamente.

6.1.2. Diagnóstico do AVC

O diagnóstico do AVC envolve uma avaliação rápida e precisa dos sintomas, histórico médico
e exames de imagem. Nesses casos, o objectivo é determinar se o AVC é isquêmico ou
hemorrágico.
Dessa forma, o diagnóstico precoce é fundamental, pois o tratamento rápido pode minimizar
os danos cerebrais e melhorar o prognóstico. Os principais exames a serem realizados são:

 Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM): é capaz de


mostrar se há uma área do cérebro sem fluxo sanguíneo adequado, o que indica um
AVC isquêmico, ou se há sangramento cerebral, indicando um AVC hemorrágico. A
RM é mais sensível em detectar alterações cerebrais, mas pode levar mais tempo para
ser realizada
 Angiografia Cerebral: Às vezes, é realizada para avaliar a vasculatura cerebral em
casos específicos, como quando se suspeita de aneurismas ou malformações
arteriovenosas (MAV) associadas ao AVC hemorrágico.

6.1.3. Tratamento do paciente com AVC

O tratamento de um paciente com AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma emergência


médica que requer uma abordagem rápida e cuidadosa para minimizar os danos cerebrais e
melhorar as chances de recuperação. Para o tratamento do AVC depende do tipo (isquêmico
ou hemorrágico) e do tempo decorrido desde o início dos sintomas.No tratamento AVC
Isquêmico está incluído:

 Terapia trombolítica: se o paciente chegar ao hospital dentro de um prazo


estabelecido após o início dos sintomas, pode ser elegível para receber terapia
trombolítica intravenosa, como alteplase. Essa medicação pode dissolver o coágulo
responsável pelo AVC e restaurar o fluxo sanguíneo no cérebro. O uso da terapia
trombolítica é restrito a determinadas condições e critérios para garantir a segurança
do paciente.
 Trombectomia mecânica: em alguns casos, a trombectomia mecânica pode ser
realizada. Esse procedimento envolve a remoção mecânica do coágulo através de um
cateter guiado até o local do bloqueio na artéria cerebral.
 Controle da pressão arterial: manter a pressão arterial dentro de limites seguros é
essencial para proteger o cérebro e evitar danos adicionais.

6.1.4. Hipertensão Arterial

A pressão arterial é determinada pela força que o coração exerce ao bombear o sangue pelas
artérias e pela resistência oferecida pelos vasos sanguíneos.
Na hipertensão arterial, há um aumento persistente na pressão arterial, geralmente resultante
de um desequilíbrio entre a quantidade de sangue bombeado pelo coração e a resistência
oferecida pelos vasos sanguíneos.

As causas da hipertensão arterial podem variar e muitas vezes são multifatoriais. Alguns dos
mecanismos envolvidos incluem:

 Estreitamento das artérias: as artérias podem se contrair ou tornarem-se mais rígidas,


aumentando a resistência ao fluxo sanguíneo.
 Aumento do volume sanguíneo: o aumento do volume de sangue circulante pode
aumentar a pressão arterial.
 Disfunção do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA): essa via hormonal
regula a pressão arterial, e seu desequilíbrio pode contribuir para a hipertensão.
 Função impar do sistema nervoso: o sistema nervoso simpático, em situações de
estresse crónico, pode contribuir para o aumento da pressão arterial.

6.1.5. Manifestações clínicas da hipertensão arterial

A hipertensão arterial é frequentemente assintomática, especialmente em estágios iniciais.


Muitas pessoas podem ter pressão arterial elevada por anos sem perceber. Entretanto, a
pressão arterial elevada pode causar danos progressivos aos vasos sanguíneos e órgãos,
resultando em complicações ao longo do tempo. Alguns sintomas e sinais associados à
hipertensão arterial avançada incluem:

 Cefaleia
 Tontura e vertigem
 Visão turva ou alterações visuais
 Angina
 Dispneia

6.1.6. Tratamento do paciente com HAS

O tratamento da hipertensão arterial tem como objectivo reduzir a pressão arterial e minimizar
o risco de complicações cardiovasculares. O tratamento geralmente envolve uma combinação
de mudanças no estilo de vida e medicamentos, conforme a gravidade da hipertensão. As
principais abordagens de tratamento incluem:
 Estilo de vida saudável: inclui dieta balanceada (rica em frutas, vegetais, grãos
integrais e baixa em sódio e gorduras saturadas), actividade física regular, controle do
peso, limitação do consumo de álcool e abandono do tabagismo
 Medicamentos anti-hipertensivos: os medicamentos são usados para reduzir a
pressão arterial e podem incluir diuréticos, inibidores da enzima conversora de
angiotensina (ECA), bloqueadores de receptores de angiotensina (BRA), bloqueadores
de canal de cálcio, beta-bloqueadores, entre outros
 Monitoramento regular: pacientes com hipertensão arterial devem ser monitorados
regularmente por um profissional de saúde para ajustar o tratamento e garantir a
eficácia do controle da pressão arterial

6.1.7. Insuficiência Cardíaca

Nesta condição, o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender as
necessidades do corpo. Isso pode resultar de danos causados por um ataque cardíaco,
hipertensão, doença coronariana ou outras causas.

7. Arritmias Cardíacas

As arritmias cardíacas são alterações no ritmo normal dos batimentos cardíacos, podendo ser
mais rápidas, mais lentas ou irregulares. Elas podem ocorrer em diferentes partes do coração e
têm diversas causas.

Neves (2018) refere que “as arritmias cardíacas podem ser classificadas em dois grupos
principais: bradicardias (ritmo cardíaco lento) e taquicardias (ritmo cardíaco rápido). Elas
ocorrem devido a alterações na formação ou condução dos impulsos eléctricos que controlam
os batimentos cardíacos” (p. 53).As causas das arritmias são variadas e podem incluir:

 Distúrbios na formação do impulso eléctrico: quando a célula responsável por iniciar o


ritmo cardíaco (nó sinoatrial) não funciona correctamente, podem surgir bradicardias
ou taquicardias
 Distúrbios na condução do impulso eléctrico: o impulso eléctrico não é transmitido de
forma adequada entre as diferentes partes do coração, podem ocorrer arritmias
 Doenças cardíacas: infarto do miocárdio, cardiomiopatias, doenças das válvulas
cardíacas e outras condições cardíacas podem levar ao desenvolvimento de arritmias
 Factores externos: estresse, uso de drogas ou medicamentos, consumo excessivo de
cafeína ou álcool também podem desencadear arritmias em algumas pessoas

7.1. Sintomas das arritmias

Os sintomas das arritmias cardíacas podem variar dependendo do tipo de arritmia e da sua
gravidade. Alguns dos sintomas comuns incluem:

 Palpitações
 Tontura ou desmaio
 Dispneia
 Dor ou desconforto no peito: pode ocorrer em algumas arritmias, especialmente
quando há uma redução significativa do fluxo sanguíneo para o coração

7.1.1. Tratamento do paciente com arritmia

O tratamento das arritmias cardíacas dependerá do tipo e gravidade da arritmia, bem como das
condições clínicas individuais do paciente. Algumas opções de tratamento incluem:

 Observação e monitoramento
 Medicamentos Antiarrítmicos: são utilizados para controlar os batimentos cardíacos e
manter o ritmo normal do coração
 Cardioversão: é um procedimento em que um choque eléctrico é aplicado no peito do
paciente para restaurar o ritmo cardíaco normal em arritmias específicas
 Ablação por cateter: é um procedimento em que um cateter é inserido em um vaso
sanguíneo e guiado até o coração para identificar e destruir as células responsáveis
pela arritmia.
 Implante de marcapasso ou desfibrilador cardioversor implantável (CDI): Em casos de
bradicardias graves, o marcapasso pode ser implantado para regular os batimentos
cardíacos. O CDI é utilizado em pacientes com risco de morte súbita devido a
arritmias potencialmente letais.
8. Doenças das válvulas cardíacas

Para Barbosa (1967) “as válvulas cardíacas são estruturas que atuam como portas
unidireccionais no coração, permitindo que o sangue flua em uma única direcção e evitando o
refluxo” (p. 52). As principais doenças das válvulas cardíacas, segundo o autor incluem:

 Estenose valvar
 Insuficiência Valvar
 Prolapso Valvar

8.1. Principais manifestações clínicas

Os sintomas das doenças das válvulas cardíacas variam dependendo do tipo de doença e da
gravidade da lesão valvar. Alguns dos sintomas comuns incluem:

 Dispneia
 Fadiga
 Palpitações
 Edema nas pernas, tornozelos ou abdômen, devido ao acúmulo de fluidos no corpo
 Dor ou desconforto no peito

8.1.1. Diagnóstico das doenças das válvulas cardíacas:

O diagnóstico das doenças das válvulas cardíacas pode envolver uma série de exames,
incluindo:

 Ausculta cardíaca: é possível detectar sopros cardíacos


 Ecocardiograma: permite avaliar as válvulas, para avaliar sua anatomia e função
 Ecocardiografia transesofágica: quando necessário, um transdutor de ultrassom é
inserido na garganta do paciente para obter imagens mais detalhadas do coração
 Radiografia de tórax: pode ser utilizada para avaliar o tamanho do coração e verificar
se há sinais de insuficiência cardíaca

8.1.2. Tratamento das doenças das válvulas cardíacas

O tratamento das doenças das válvulas cardíacas dependerá do tipo de lesão e de sua
gravidade. Algumas opções de tratamento incluem:
 Tratamento conservador: em casos leves, o tratamento pode ser baseado no controle de
sintomas e monitoramento regular
 Medicamentos: Pser usados para reduzir a pressão arterial, diminuir a sobrecarga do
coração e controlar os sintomas
 Cirurgia valvar: em casos graves de estenose ou insuficiência valvar, a cirurgia de
reparo ou substituição da válvula pode ser necessária.
 Implante de válvula transcateter: para pacientes com alto risco cirúrgico, a substituição
valvar pode ser realizada através de um cateterismo.

8.1.3. Doenças cardíacas congénitas

As doenças cardíacas congénitas são alterações estruturais no coração que estão presentes
desde o nascimento. Elas ocorrem durante o desenvolvimento do coração fetal, resultando em
malformações que podem afectar a anatomia e/ou a função cardíaca.

Barbosa (1967), refere que “as doenças cardíacas congénitas variam em gravidade, podendo
ser leves e assintomáticas ou graves e com risco de vida” (p. 62).

A fisiopatologia das doenças cardíacas congénitas depende do tipo específico de malformação


presente. Algumas das condições congênitas mais comuns incluem:

 Comunicação interatrial ou interventricular: são malformações que resultam em


aberturas entre as câmaras do coração, permitindo o fluxo sanguíneo entre elas. Isso
pode causar sobrecarga de volume no coração
 Estenose ou atresia das válvulas cardíacas: são malformações que resultam em
estreitamento ou ausência de uma ou mais válvulas cardíacas, o que pode dificultar o
fluxo sanguíneo
 Transposição das grandes artérias: é uma malformação em que as artérias principais
que saem do coração (aorta e artéria pulmonar) estão posicionadas de forma invertida,
causando uma circulação sanguínea inadequada
 Tetralogia de Fallot: É uma doença complexa que inclui várias malformações
cardíacas, resultando em mistura de sangue venoso e arterial e níveis baixos de
oxigénio no corpo
8.1.4. Sintomas das doenças cardíacas congénitas

Os sintomas das doenças cardíacas congénitas variam dependendo do tipo e gravidade da


malformação. Alguns dos sintomas comuns incluem:
 Cianose
 Dispneia
 Fadiga
 Palpitações
 Desenvolvimento físico insuficiente
8.1.5. Diagnóstico de doenças cardíacas congénitas

O diagnóstico das doenças cardíacas congénitas pode ser realizado antes ou logo após o
nascimento, ou em algumas situações, somente na infância ou idade adulta, dependendo da
gravidade da malformação e dos sintomas apresentados.

Alguns dos exames utilizados para diagnosticar doenças cardíacas congénitas incluem:

 Ecocardiograma
 Eletrocardiograma (ECG)
 Radiografia de tórax
 Cateterismo cardíaco: procedimento invasivo em que um cateter é inserido em um
vaso sanguíneo e guiado até o coração para avaliar a anatomia e medir as pressões
cardíacas.

8.1.6. Tratamento

O tratamento das doenças cardíacas congénitas dependerá do tipo e gravidade da


malformação, bem como das condições clínicas do paciente. Algumas opções de tratamento
incluem:

 Tratamento medicamentoso: em alguns casos, medicamentos podem ser utilizados


para controlar os sintomas e melhorar a função cardíaca
 Cirurgia cardíaca: algumas malformações cardíacas requerem cirurgia para corrigir a
anatomia e restaurar a função cardíaca normal
 Intervenção por cateter: alguns procedimentos podem ser realizados por cateterismo
cardíaco, evitando a necessidade de cirurgia aberta em alguns casos
 Transplante cardíaco: em casos graves e não tratáveis, um transplante cardíaco pode
ser considerado como opção de tratamento

9. Miocardite

A miocardite é uma inflamação do miocárdio, a camada muscular do coração. Essa condição


pode ser causada por infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias, bem como por
reacções imunológicas anormais.

A miocardite geralmente ocorre como resultado de uma infecção viral, sendo os vírus mais
comuns responsáveis por essa condição o vírus da gripe, adenovírus, parvovírus B19 e
citomegalovírus. O sistema imunológico responde à infecção causando uma reacção
inflamatória no miocárdio.A inflamação pode enfraquecer o músculo cardíaco, causar danos
nas células cardíacas e levar à disfunção ventricular. Em casos graves, pode ocorrer dilatação
do coração (cardiomiopatia) e insuficiência cardíaca congestiva.

9.1. Sintomas das miocardites

Os sintomas da miocardite podem variar dependendo da gravidade da inflamação e do


comprometimento cardíaco. Alguns dos sintomas comuns incluem:

 Angina
 Dispneia
 Fadiga
 Palpitações
 Edema
 Sintomas semelhantes à gripe: febre, dores musculares, dor de garganta e outros
sintomas semelhantes à gripe podem ocorrer em casos de miocardite viral
9.1.1. Manejo do paciente com miocardite

O tratamento da miocardite dependerá da gravidade da inflamação e da presença de


complicações. Algumas opções de tratamento incluem:
 Repouso
 Medicamentos: anti-inflamatórios e medicamentos imunossupressores podem ser
prescritos para controlar a inflamação
 Tratamento de suporte: para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, podem
ser necessários medicamentos para melhorar a função cardíaca e reduzir os sintomas.
 Monitoramento cardíaco
 Implante de Dispositivo: em alguns casos graves, como arritmias ou bloqueios
cardíacos, pode ser necessário o implante de um marcapasso ou desfibrilador
cardioversor implantável (CDI)
 Transplante Cardíaco: em casos muito graves de miocardite com insuficiência
cardíaca avançada, um transplante cardíaco pode ser considerado como última opção
de tratamento
Conclusão

De acordo com os objectivos alinhados neste trabalho científico, conclui-se que o sistema
cardiovascular é essencial para a manutenção da vida e, como nos demais sistemas, o seu bom
funcionamento depende da acção conjunta de vários mecanismos regulatórios e os principais
factores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são o tabagismo, o
colesterol em excesso, pois podem se acumular e levar à formação de placas de gordura,
hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes. Os diabéticos têm duas a quatro vezes
mais chances de sofrer um infarto.

Neste estudo, o grupo de trabalho compreendeu que o infarto está entre as doenças do coração
mais conhecidas e mais fatais. O infarto do miocárdio é um ataque cardíaco, que acontece
quando o fluxo de sangue nesse músculo cardíaco o miocárdio é interrompido por um período
prolongado. A ausência de fluxo no miocárdio pode causar dano ou mesmo a morte do tecido.

As doenças cardiovasculares podem afectar o coração e os vasos sanguíneos, destacando-se a


doença arterial coronariana, que envolve dor no peito e infarto agudo do miocárdio, sendo
esta a maior causa de morbimortalidade no mundo. Em Moçambique, as doenças
cardiovasculares representam as principais causas de mortes em varias unidades sanitárias
após ser diagnosticada e o paciente não seguir regularmente com o seu tratamento.

Ficou-se sabendo que as maiores veias são a veia cava superior e a veia cava inferior, e ambas
drenam directamente para o átrio direito do coração. Todas as veias da circulação sistêmica
acabam eventualmente drenando de volta para uma delas.

Ao longo do trabalho descreveu-se que o circuito que leva sangue do coração para o pulmão e
do pulmão novamente para o coração é denominado de circulação pulmonar. Já o circuito que
leva sangue do coração para os tecidos do corpo e deste para o coração é denominado de
circulação sistêmica.

Igualmente conclui-se que os cuidados da enfermagem para pacientes com doenças


cardiovascularesé de limitar a ingesta hídrica e de sódio, explicar ao paciente, familiares e
cuidadores sobre a importância da restrição de líquidos e sódio, ajudar o paciente a lidar com
o desconforto relacionado à sede, incentivar paciente a alternar actividades e repouso para
evitar quadros de fadiga e intolerância à actividade.
Referências Bibliográficas

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Costanzo, Luís dos Santos (2007). Fisiologia. (3ª ed.), Rio de Janeiro: Brasil - Elsevier.

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Guyton, A. C. (1998). Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. (6ª ed.), Rio de
Janeiro Janeiro.Brasil - Guanabara.
Neves, Daniel Amorim Assumpção (2018). Vasos sanguíneos. (3ª ed.), Salvador: Juspodivm.

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