Estrada 4

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

ESTRADAS

André Luís Abitante


Revisão Técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS).
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG).

A148e Abitante, André Luís.


Estradas / André Luís Abitante. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
245 p. : il. ; 22,5 cm.

ISBN 978-85-9502-094-8

1. Rodovias. 2. Vias urbanas. 3. Traçado de rodovias. I.


Título.

CDU 625.7

Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094

Iniciais_Estradas.indd 2 06/06/2017 11:17:14


Planialtimétrico e
altimétrico de vias
urbanas e rodovias
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Expressar os procedimentos e características de um levantamento


altimétrico.
 Relacionar os procedimentos, características e importância de um
levantamento planialtimétrico no projeto de estradas.
 Identificar visualmente acidentes geográficos naturais através de
plantas planialtimétricas.

Introdução
Um levantamento topográfico cadastral, altimétrico e/ou planialtimétrico,
busca representar graficamente, com a maior precisão possível, uma
porção de terra (urbana ou rural) no plano, contendo as três dimensões
do terreno, inclusos aí, portanto, todos os níveis (ou cotas) encontrados
na propriedade.
Etapa indispensável ao projeto de rodovias e estradas, estes levan-
tamentos permitem calcular os quantitativos de corte e aterro, o custo
das movimentações de terra, estudo da viabilidade do projeto, estudo
do melhor traçado, enfim, permitem cálculos e simulações antes de
ir-se ao campo executar, facilitando o planejamento e a orçamentação
total da obra.

U2_C04_Estradas.indd 49 05/06/2017 21:42:09


50 Estradas

Procedimentos e características de um
levantamento altimétrico
Trabalho indispensável para o projeto e construção, é a realização de um
levantamento e análise de dados da região (terreno), por onde será concebida a
diretriz da futura rodovia. Plantas cartográficas existentes, digitalizadas ou não,
de razoável precisão, podem fornecer elementos topográficos e hidrológicos.
As rodovias são elementos de três dimensões e suas posições geográficas são
baseadas nas informações provenientes dos levantamentos planialtimétricos.
Locais onde existam restituições aerofotogramétricas na escala de 1:10.000
são suficientes para o estudo e elaboração dos anteprojetos. Áreas não aero-
fotografadas devem ser levantadas por processos topográficos tradicionais
(exploração locada), conforme orientações da NBR 13.133 – Execução de
levantamentos topográficos: altimetria e planimetria, sendo a planialtime-
tria a associação dos dois. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 1994).

Levantamento altimétrico
Altimetria é um conjunto de métodos e procedimentos utilizados na obtenção
de distâncias verticais (alturas e diferenças de nível – DN) relativas a uma
superfície de nível referencial, com objetivo de identificar a superfície externa
do terreno (o relevo).
As distâncias verticais recebem nomes específicos, como cota ou altitude,
dependendo da superfície de nível às quais estejam referenciadas. A Figura 1
ilustra a cota (c) e a altitude (h), tomadas para um mesmo ponto da superfície
terrestre (A). Torna-se evidente que os valores não são iguais, pois os níveis
de referência são distintos.

U2_C04_Estradas.indd 50 05/06/2017 21:42:09


Planialtimétrico e altimétrico de vias urbanas e rodovias 51

Cota

Nível aparente
Nível qualquer (terreno)

Altitude

Nível do mar Nível verdadeiro

Figura 1. Distâncias verticais (DV).


Fonte: Garcia e Piedade (1984).

O nível de referência, para estabelecimento das distâncias verticais (DV),


pode ser de natureza arbitrária (fictícia ou aparente: uma superfície plana
qualquer), ou verdadeira (o geoide, ou seja, o nível médio dos mares). Segundo
Espartel (1987):

 Cota: corresponde a um nível aparente, que é a superfície de referência


para a obtenção da diferença de nível (DN) e que, é paralela ao nível
verdadeiro.
 Altitude: corresponde a um nível verdadeiro, que é a superfície de refe-
rência para a obtenção da DV ou DN e que, coincide com a superfície
média dos mares, ou seja, o geoide.

Atualmente, com o globo terrestre praticamente todo mapeado, esta no-


menclatura confunde-se na prática do dia a dia.

Nivelamento e contranivelamento

Nivelamento é o conjunto de métodos, procedimentos e equipamentos utiliza-


dos no campo para medição das distâncias verticais. Já o contranivelamento
é a operação de verificação (confirmação) das distâncias verticais obtidas no
nivelamento.

U2_C04_Estradas.indd 51 05/06/2017 21:42:10


52 Estradas

Segundo Espartel (1987), os métodos de nivelamento utilizados na deter-


minação das diferenças de nível entre pontos e o posterior transporte da cota
ou altitude, apresentados nos cursos de topografia, são:

 Nivelamento barométrico: baseia-se na diferença de pressão devido


à altitude, tendo como princípio que, para um determinado ponto da
superfície terrestre, o valor da altitude é inversamente proporcional
ao valor da pressão atmosférica. Permite obter valores em campo que
estão diretamente relacionados ao nível verdadeiro; porém, com os
avanços da tecnologia GPS e dos níveis laser e digital, este método
não é mais empregado.
 Nivelamento trigonométrico: baseia-se na medida de distâncias hori-
zontais e ângulos de inclinação para a determinação da cota ou altitude
de um ponto através de relações trigonométricas. Obtém valores que
podem ser relacionados ao nível verdadeiro ou ao nível aparente, de-
pendendo do levantamento. Divide-se em nivelamento trigonométrico
de pequeno alcance (com visadas menores ou iguais a 250 m) e grande
alcance (com visadas maiores que 250m), sendo que para este último,
deve-se considerar a influência da curvatura da Terra e da refração
atmosférica sobre as medidas.
 Nivelamento geométrico: este método diferencia-se dos demais, pois
está baseado somente na leitura de réguas ou miras graduadas, em
visadas, obrigatoriamente, num plano horizontal (não envolvendo ân-
gulos) para a obtenção das distâncias verticais. O aparelho utilizado
deve estar estacionado a meia distância entre os pontos (ré e vante),
dentro ou fora do alinhamento a medir. É o mais preciso de todos e pode
ser em relação a uma superfície fictícia ou real (Geoide). Pode ser de
dois tipos, conforme apresentado na Figura 2, os geométricos simples
e composto, dependendo do número de posições do nível não terreno.

U2_C04_Estradas.indd 52 05/06/2017 21:42:11


Planialtimétrico e altimétrico de vias urbanas e rodovias 53

Vante

Ré B
DN

A
(A)

{{
{

{
Vante

2
Vante
Ré DN
1

0
(B)

Figura 2. (A) Nivelamento geométrico simples; (B) Nivelamento geométrico composto.


Fonte: Garcia e Piedade (1984).

Elaboração dos perfis

Segundo Garcia e Piedade (1984), o perfil é a representação gráfica do nive-


lamento e a sua determinação tem por finalidade:

 Estudar o relevo ou o seu modelado, através das curvas de nível;


 A locação de rampas de determinada declividade para projetos de
engenharia e arquitetura, em especial de estradas;
 O estudo dos serviços de terraplenagem (volumes de corte e aterro).

O perfil de uma linha (imaginária) no terreno pode ser de dois tipos, ambos
muito utilizados no projeto e execução de rodovias:

U2_C04_Estradas.indd 53 05/06/2017 21:42:12


54 Estradas

 Longitudinal: determinado ao longo do perímetro de uma poligonal


(aberta ou fechada), ou ao longo do seu maior afastamento (somente
poligonal fechada). Ele identifica o relevo segundo uma direção pré-
-estabelecida, num plano vertical, e o desenho pode ser efetuado ma-
nualmente ou por computador.
 Transversal: determinado ao longo de uma faixa do terreno e, geral-
mente, perpendicularmente ao longitudinal, porém, permite a identi-
ficação do relevo segundo várias direções.

Procedimentos para o desenho do perfil longitudinal


(GARCIA; PIEDADE, 1984)
 Verificar a menor e maior cota levantada, para definição da escala e
encaixe adequado do desenho na prancha;
 O desenho pode ser feito em duas escalas, uma horizontal (H) e uma
vertical (V). Geralmente, a escala vertical é 10 vezes maior que a escala
horizontal. (p. ex: sendo H = 1/1.000, V = 1/100);
 As medidas horizontais são o estaqueamento ou distâncias determinadas;
 As medidas verticais são as cotas;
 As cotas/altitudes ficam à esquerda do desenho e são identificadas a
cada metro por valores inteiros.

Procedimentos para o desenho do perfil transversal (GARCIA;


PIEDADE, 1984)

As seções são desenvolvidas apoiadas num eixo pré-existente (devidamente


nivelado) em direção ao lado direito e esquerdo;

 A direção da seção é, em geral, a 90° em relação ao eixo;


 Pode-se usar duas escalas para o desenho, uma horizontal (H) e uma
vertical (V), conforme orientações para o perfil longitudinal;
 O referencial de cotas (vertical), geralmente fica à esquerda (cotas
inteiras e de metro em metro) – observar a escala;
 O comprimento da seção é a soma dos comprimentos da esquerda e
direita;
 As distâncias são acumuladas a partir do eixo (para direita ou para a
esquerda) e em metros;

U2_C04_Estradas.indd 54 05/06/2017 21:42:12


Planialtimétrico e altimétrico de vias urbanas e rodovias 55

 Em projeto de estradas, as seções são identificadas no desenho pela


sua denominação (Estaca 2, EST. 15 + 5,30, S-20, S-8, km 45 + 021,30
etc.) e a cota/altitude, ou a cota de projeto;
 Deve ser escolhido (no desenho) o eixo da seção, em linha cheia, ob-
servando seu comprimento.

Levantamento planialtimétrico
É um conjunto de procedimentos e métodos utilizados na obtenção e represen-
tação gráfica das medidas planimétricas (horizontal) e altimétricas (vertical)
de uma parte da superfície terrestre. Permite a interpretação do relevo em
planta, através do desenho das curvas de nível.
Segundo Garcia e Piedade (1984), uma planta planialtimétrica é muito
utilizada para escolha do melhor traçado e locação de estradas (ferrovias ou
rodovias), já que através dela pode-se determinar:

 Declividade máxima das rampas;


 Mínimo de curvas necessário;
 Movimentação de terra (volumes de corte e aterro);
 Locais sujeitos a inundação;
 Necessidade de obras especiais (pontes, viadutos, túneis);
 Estudar o relevo para fins de planificação;
 Os volumes de corte e aterro necessários à construção;
 Retificar as curvas de nível segundo os projetos idealizados.

Curvas de nível
São linhas sinuosas (curvas) fechadas, que representam pontos de mesma cota
ou altitude (isolinhas). São formadas a partir da interseção de vários planos
horizontais com a superfície do terreno, ou melhor, cada uma destas linhas
devem pertencer a um mesmo plano horizontal e, evidentemente, todos os seus
pontos estão situados na mesma cota altimétrica, ou seja, todos os pontos estão
no mesmo nível. Os planos horizontais de interseção são sempre paralelos e
equidistantes e a distância entre um plano e outro (distância vertical entre duas
curvas de nível consecutivas) denomina-se Equidistância Vertical.
As curvas de nível podem ser mestras (ou principais) e intermediárias,
conforme ilustrado na Figura 3.

U2_C04_Estradas.indd 55 05/06/2017 21:42:13


56 Estradas

 Mestras: são múltiplas de 5 ou 10 m (valores inteiros) e são identificadas


por traços contínuos cheios ou mais grossos (forte).
 Intermediárias: todas as curvas múltiplas da equidistância vertical,
não são cotadas e ficam entre as mestras, identificadas por traços finos
contínuos.

95

100

100
105

Figura 3. Parte de uma planta altimétrica, com curvas de nível mestras e intermediárias.
Fonte: Domingues (1979).

Algumas características importantes para identificação delas no desenho


planialtimétrico, bem como para o traçado, são apontadas por Garcia e Piedade
(1984):

 Duas curvas de nível de cotas diferentes não podem se cruzar;


 Duas ou mais curvas de nível jamais poderão convergir para formar
uma curva única, com exceção das paredes verticais de rocha.
 Uma curva de nível inicia e termina no mesmo ponto, portanto, não
pode aparecer nem desaparecer repentinamente, estando compreendida
entre outras duas;
 Curvas de nível bem afastadas representam terreno suave (plano);
 Curvas de nível bem próximas representam terreno íngreme (acidentado);

U2_C04_Estradas.indd 56 05/06/2017 21:42:14


Planialtimétrico e altimétrico de vias urbanas e rodovias 57

 A maior declividade (d%) de um terreno ocorre no local onde as curvas


de nível são mais próximas e vice-versa.

Principais acidentes geográficos naturais


A topologia é a parte da topografia destinada ao estudo e interpretação da
superfície terrestre (relevo). O relevo forma feições, devido a processos de
erosão e sedimentação. Na superfície terrestre podemos ter:

 Elevação: ocorre quando o valor das cotas aumenta da parte externa


para o interior da planta, conforme Figura 4 (A).
 Depressão: ocorre quando o valor das cotas diminui da parte externa
para o interior da figura, conforme Figura 4 (B).

40
10

30 20

20
30
10
(A) 40 (B)

Figura 4. Elevação e depressão.


Fonte: Garcia e Piedade (1984).

 Vertente, Flanco ou encosta: representada pela inclinação natural da


superfície do terreno.
 Talvegue: representa o encontro de duas encostas (duas vertentes opos-
tas) convergindo para suas bases e, segundo a qual as águas tendem a
se acumular formando os rios ou cursos de água.
 Espigão: representa o encontro de duas encostas convergindo para o topo
delas, uma elevação alongada que tem sua origem em um contraforte.

U2_C04_Estradas.indd 57 05/06/2017 21:42:15


58 Estradas

 Garganta ou colo: representa o local de encontro de dois talvegues e


dois espigões opostos entre si.
 Corredor: faixa de terreno entre duas elevações de grande extensão.
 Vale: superfície côncava formada pela reunião de duas vertentes opostas
(pela base). Segundo Domingues (1979) podem ser de fundo côncavo, de
fundo de ravina ou de fundo chato. Neste, as curvas de nível de maior
valor envolvem as de menor.
 Divisor de águas: linha formada pelo encontro de duas vertentes opostas
(pelos cumes) e segundo a qual as águas se dividem para uma e outra
destas vertentes.
 Dorso: superfície convexa formada pela reunião de duas vertentes
opostas (pelos cumes). Segundo Espartel (1987), podem ser alonga-
dos, planos ou arredondados. Neste, as curvas de nível de menor valor
envolvem as de maior.

O talvegue está associado ao vale enquanto o divisor de águas está associado ao dorso.

Traçado das curvas de nível


É a representação em planta das linhas cujas cotas sejam de valores inteiros,
lembrando, na natureza e nas operações de nivelamento, as cotas coletadas ge-
ralmente possuem valores fracionários. Desta forma, os elementos necessários
para o traçado são: a interpolação das curvas e o conhecimento da topologia.

Interpolação das curvas de nível

Parte-se do princípio de que, na natureza, geralmente, dois pontos do terreno


apresentam uma inclinação quando ligados entre si, ou seja, em geral, o terreno
é inclinado. Para se interpolar, segundo Borges (1992), podem-se utilizar dois
processos: o Gráfico e o Numérico.

 Processo gráfico: consiste em determinar, entre dois pontos de cotas


fracionárias, o ponto de cota cheia (ou inteira) e múltiplo da equidistância

U2_C04_Estradas.indd 58 05/06/2017 21:42:16


Planialtimétrico e altimétrico de vias urbanas e rodovias 59

vertical. Sejam, por exemplo, dois pontos A e B de cotas conhecidas e


cuja distância horizontal também se conhece. Resumidamente, o método
consiste em traçar perpendiculares ao alinhamento AB, pelo ponto A e
pelo ponto B, respectivamente. Sobre estas perpendiculares lançam-se:
o valor que excede a cota inteira (sentido positivo do eixo, pelo ponto
A ou B, aquele de maior cota); e o valor que falta para completar a cota
inteira (sentido negativo do eixo, pelo ponto A ou B, aquele de menor
cota). Este lançamento pode ser feito em qualquer escala. Os valores
lançados sobre as perpendiculares por A e B resultam em outros pontos
C e D, que determinam uma linha. A interseção desta linha (CD) com
o alinhamento (AB) é o ponto de cota inteiro procurado.
 Processo numérico: na natureza, dois pontos quaisquer possuem cotas
diferentes, sendo uma maior que a outra. O método consiste em deter-
minar os pontos de cota inteira e múltiplos da equidistância vertical por
semelhança de triângulos. Pela Figura 5, pode-se deduzir que:

A E B

Figura 5. Interpolação de curvas de nível por semelhança de triângulos.


Fonte: Borges (1992).

AE → AB assim como AC → (AC + BD), portanto:


AE = [(AC × AB)/(AC + BD)]

Sendo “E” o ponto por onde passa a cota inteira.

U2_C04_Estradas.indd 59 05/06/2017 21:42:17


60 Estradas

Classificação do relevo
No contexto rodoviário, de posse da planta planialtimétrica de um terreno ou
região é possível, segundo Garcia e Piedade (1984), analisar e classificar o
relevo conforme Tabela 1.

Tabela 1. Tabela de classificação do relevo.

Classificação Relevo

Plano Com desníveis próximos de zero

Ondulado Com desníveis ≤ 20m

Movimentado Com elevações entre 20 e 50m

Acidentado Com elevações entre 50 e 100m

Montuoso Com elevações entre 100 e 1.000m

Montanhoso Com elevações superiores a 1.000m

Fonte: Garcia e Piedade (1984).

U2_C04_Estradas.indd 60 05/06/2017 21:42:17


Planialtimétrico e altimétrico de vias urbanas e rodovias 61

1. A chamada curva de nível é uma e) O nivelamento trigonométrico


linha obtida pela interseção de é feito pela diferença de
planos horizontais, paralelos e pressão devido à altitude.
equidistantes, com o terreno 3. Um levantamento topográfico
estudado. Trata-se de uma técnica sempre objetiva determinar o
para representar a altimetria relevo, a dimensão e a posição
em vista superior (em planta). (locação) de uma porção
Sobre as características das limitada da superfície terrestre,
curvas de nível considere: ou seja, um terreno ou região.
a) Os pontos sobre uma mesma Tratando-se dos procedimentos
curva de nível podem para levantamentos altimétricos,
ter cotas diferentes. aponte a alternativa correta.
b) É possível que se cruzem ou a) Altimetria é a operação
se sobreponham duas curvas que nos fornece os dados
de nível de cotas distintas. necessários à representação
c) O espaçamento das horizontal de um terreno.
curvas de nível indica a b) Vante é a visada no sentido
declividade do terreno. contrário ao do caminhamento.
d) Quanto mais próximas as curvas c) Ré é a visada no sentido
de nível, menos acidentado contrário ao do caminhamento.
ou inclinado é o terreno. d) Cota corresponde a um nível
e) O espaçamento entre as verdadeiro, cuja superfície
curvas de nível não indica de referência coincide com
morros nem depressões. a superfície média dos
2. Para medição de cotas ou altitudes mares, para a obtenção
de pontos utilizam-se as técnicas das distâncias verticais.
de altimetria ou nivelamento. e) Altitude corresponde a um
Sobre isto, pode-se afirmar: nível aparente, uma superfície
a) O nivelamento geométrico é de referência para a obtenção
feito com a luneta do teodolito da diferença de nível, e que é
(ou nível) na horizontal. paralela ao nível verdadeiro.
b) O nivelamento trigonométrico é 4. Para projeto e execução de uma
feito com a luneta na horizontal. via, o relevo é determinante
c) O nivelamento geométrico é no seu custo de implantação.
feito com a luneta do teodolito Referente à classificação
(ou nível) na posição inclinada. do relevo de determinada
d) O nivelamento barométrico é região, é correto afirmar:
o mais utilizado atualmente. a) Com desníveis próximos
a zero (0 m) diz-se que a
região é montanhosa.

U2_C04_Estradas.indd 61 05/06/2017 21:42:18


62 Estradas

b) Com elevações entre 50 b) Elevação ocorre quando o valor


m e 100 m diz-se que a das cotas diminui da parte
região é acidentada. externa para o interior da planta.
c) Com elevações entre 100 c) Espigão representa o encontro
m e 1.000 m diz-se que a de duas encostas (duas vertentes
região é montanhosa. opostas) convergindo para
d) Com elevações acima de 1.000 m as suas bases e, segundo
diz-se que a região é ondulada. a qual as águas tendem a
e) Com elevações menores se acumular formando os
ou iguais a 20 m diz-se que rios ou cursos de água.
a região é acidentada. d) Talvegue representa o encontro
5. Referente aos acidentes geográficos de duas encostas convergindo
naturais que podem ser para o topo delas, uma
representados em levantamentos elevação alongada que tem sua
planialimétricos, e influenciam origem em um contraforte.
muito nos projetos de drenagem de e) Divisor de águas é uma linha
rodovias, principalmente, assinale a formada pelo encontro de
alternativa correta. duas vertentes opostas (pelos
a) Depressão ocorre quando o cumes) e segundo a qual as
valor das cotas aumenta da parte águas se dividem para uma
externa para o interior da planta. e outra destas vertentes.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133: execução de levanta-


mento topográfico: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
BORGES, A. de C. Topografia aplicada a engenharia civil. São Paulo: Edgard Blücher
Ltda, 1992. v. 1 e 2.
DOMINGUES, F. A. A. Topografia e astronomia de posição: para engenheiros e arquitetos.
São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979.
ESPARTEL, L. Curso de topografia. 9. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987.
GARCIA, G. J.; PIEDADE, G. C. R. Topografia aplicada às ciências agrárias. 3. ed. São
Paulo: Nobel, 1984.

Leitura recomendada
SHU, H. L. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. 4. ed. Florianópolis: EDUFSC,
2013. (Coleção Didática).

U2_C04_Estradas.indd 62 05/06/2017 21:42:19


Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:

Você também pode gostar