Resenha. F.C.N.

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Curso de Ensino em Biologia

3ºAno/Laboral
Onildo Sérgio Chilaúle
Resenha

Ciência: Um conhecimento infalível


Uma vez imerso no universo cientifico propriamente dito, realmente estaríamos tão
certo de que essa avaliação procedente?

A Ciência é tomada como um corpo de conhecimento infalível?

Como fica a credibilidade da ciência?

Estudiosos, a ciência deve ser tomada como um conhecimento confiável mas não
infalível. Previsões sobre o mundo ou comportamento do homem podem, em alguma
ocasião ver-se frustradas.

Abandonar um projeto cientifico de investigação e explicação do mundo e do homem. É


preciso aprender a ver o fracasso das nossas previsões para melhoria de teorias para
criação das outras férteis e confiáveis. A ciência não deve ser tomada como um corpo de
conhecimento acabado e estável, pelo contrário um conjunto de hipóteses, por paradoxal
que possa parecer, permite-nos em falar do progresso científico.

Ciência e Filosofia:
A Filosofia difícil de definir, tem a ver com ciência?
Afirmar que o Filosofo, um personagem estranho no mundo atual interessado em
discutir ciência.
Platão e Aristóteles levam o homem a filosofar, admiração, o sentimento de
perplexidade diante dos fatos. O sentimento leva o biólogo a investigar sobre diversos
animais (aproximação).
Aristóteles, saber é conhecer por meio da demonstração, não podemos tomar como
conhecimento legitimo o que não estabelece um raciono logico. Há necessidade da
demonstração.
A filosofia reserva uma característica que conduz a ciência, o sentido questionador e
investigativo.
O fisiólogo é um pensador que investiga o mundo natural construindo um discurso ou
explicação racional. A filosofia e a ciência nos coloca uma questão que importa
considerar: A filosofia é tomada como área do conhecimento humano que procura
analisar o conhecimento científico. O dialogo ajuda nos a eleger alguns aspectos, são
tomados como elementos que estimulam investigações e estudos ulteriores.

O nascimento da ciência moderna

Galileu Galilei, físico, filosofo e matemático italiano: defensor do copernicanisimo,


protagonizou o rompimento com a filosofia e ciência aristotélica, e colocou em xeque a
ciência e fé, promoveu a autonomia e a imparcialidade cientifica, defendeu a separação
da razão e fé, distinção do domínio religioso e cientifico.

A discussão deu origem a contenda teológica e religiosa, Galileu procurou mostrar que
resultados científicos não deveriam ser avaliados segundo as passagens dos textos
bíblicos. A ciência é livre de compromissos e deve ser construído, avaliado mediante
critérios específicos, neutros, imparciais e autônomos. A ciência assenta dois pilares as
demonstrações e a experiência. A metodologia proposta por Galileu vincula uma visão
da natureza e da ciência.

Descartes e o problema conhecimento verdadeiro

Responsável por uma nova concepção de conhecimento. Defende que só podemos falar
do conhecimento genuíno se adotarmos o preceito da certeza, o que não pode ser posto
em dúvida. Não há, no nível estrito da apreensão sensorial, como garantia da verdade do
que observarmos, somente é capaz de nos levar a um conhecimento seguro. A estratégia
de suposição maligno que nos engana, fazendo acreditar que algo é verdadeiro quando
na realidade é falso. Uma verdade inabalável a saber: penso, logo existo. Descartes por
longo processo reflexivo, resgata todos elementos, a existência de Deus algo
inquestionável. As três categorias inatas, fictícias e adventícias, o autor sustenta que a s
ideias inatas são verdadeiras, fictícias as falsas e adventícias as falsas ou verdadeiras.
A concepção empirista do conhecimento

Os aspectos desenvolvidos por descartes instauram um dos problemas que será


discutido pelo empirismo.

Locke crítica ao inatismo, mostrando que não é possível sustentar a existência de


princípios nem ideias inatas. O conhecimento está fundamentado na experiência, ideias
materiais fundamentais a construção de conhecimento baseado nos dois modos a
sensação e reflexão. Sensação responsável por ideias relacionadas ao aparelho
sensorial, a qualidade e propriedades dos objetos do mundo exterior. Reflexão tudo que
ocorre em nos mesmo quando consideramos o material já existe em intelecto.

Hume problematiza princípios decorrentes do empirismo: o princípio da indução.

Os objetos observados são finitos, posso concluir que inferir indutivamente é universal,
todo cisne é branco, para exigir que os cisnes que já existiram, que existem e que
existirão tenham sido investigados a fim de garantir e verificar. A indução é resultado
de habito de acreditar que eventos futuros serão conformes os passados, o principio tem
fundamento em habito psicológico, e não na razão.

O projecto falsificacionista e o problema da indução

Popper fornece uma teoria que escape aos mesmos problemas presentes no
verificacionismo. Segundo princípio, o conhecimento cientifico deve basear-se em
experiência e observações que podem ser verificadas por outros cientistas. A
experiência tem dupla função, primeira responsável por ascendente processo de leis e
previsões cientificas, e segunda função por instrumento que permite a confirmação.

O positivismo logico e o problema da verificação

Positivismo logico estava vinculado a ciência tributaria do empirismo, essa corrente de


pensamento, essa corrente comporta duas preposições, analíticas e factuais. Analíticas
fazem parte enunciados matemáticos e lógicos, e enunciados factuais frutos da
observação e experiência. O positivismo logico está comprometido a ideia da
verificação de preposições cientificas, uma teoria deve ser passível de ser verificada
pela experiência. Uma teoria cientifica procura fornecer uma explicação de conjunto de
fenômenos regulares, explicação do cunho universal.

A Alternativa de Popper ao problema de verificação

Popper estabeleceu uma solução para o problema, enunciados universais não são
verificáveis, eles são falseáveis:

Não é possível provar um enunciado universal, cuja verificação é ampla. Teorias


cientificas quando falsificadas são tomadas confiáveis, Popper não assevera a verdade
absoluta, é possível dizer que teorias vão cada vez mais, aproximando-se da verdade. A
perspectiva de avalição modificou completamente a, teorias cientificas não são
entendidas como absolutamente verdadeiras mas como aproximadamente verdadeiras e
razoavelmente confiáveis. Uma teoria cientifica não deve ser tomada verdade
inquestionável.

Crises e revoluções cientificas: a dinâmica da ciência de Thomas Kuhn

Thomas Kuhn no seu livro A Estrutura das Revoluções Cientificas pública em 1962, diz
que a ciência não pode ser compreendida tão somente em virtude de seus aspectos
internos e lógicos. A pesquisa vai além dos requisitos preconizados pelo
verificacionismo. O período denominado Pré-paradigmático na qual comunidade
cientifica não compartilha um modelo comum, onde alternativas rivais são propostas,
defendidas e testadas. Ciência normal a comunidade cientifica não está interessada em
novos paradigmas, mas sim em compartilhar os mesmos, preocupando se em articular e
melhorar, a ciência normal caracteriza-se em atividade de resolução de quebra cabeça.
O confronto com os fatos não reserva uma resposta positiva.

Período Kuhn de crise-certas anomalias perdem esperança de paradigmas que resolvem


problemas apresentados, daí surge novos paradigmas em competição, da situação
próxima daquele presente no pré-paradigmático, dando origem a revolução cientifica,
uma transformação na visão mundo cientifico.
A ciência como programas de pesquisa

Imre Lakatos, consciente de críticas sugeridas por Kuhn contra a metodologia de


Popper, defende nova perspectiva filosófica que escapa dos argumentos críticos de
Kuhn.

A dinâmica cientifica pressupõe o desenvolvimento da pesquisa cientifica, constituído


por núcleo irredutível e hipóteses auxiliares e condições iniciais, o núcleo e
infalsificável, o falseamento está para cinturão de hipóteses. A ciência caracteriza-se
como todo estruturado, relaciona conjunto de regras e métodos que conduzem a
descoberta, a invenção e resolução.

A metodologia de Lakatos afasta-se da alternativa sugerida por Popper, e configura uma


resposta ao esquema elaborado por Kuhn.

Feyerabend e o anarquismo epistemológico

Feyerabend colocou em xeque qualquer tentativa metodológica definitiva e inviolável.


Em 1975 publica a obra famosa, Contra o Método, apresenta linhas gerais de
anarquismo epistemológico.

A ciência não pode ser compreendida como simplistas de diversas metodologias


científicas, a pratica cientifica não é reduzida a princípios gerais. A ciência é
empreendimento mais complexo e requer analise, tendo diversos aspectos em jogo,
contexto social, político, e econômico.

A ciência deve ser tomada como investigação que toda e qualquer conjectura tenha
lugar, atividade cientifica é algo empreendido livremente sem necessidade de
obediência a regras metodológicas.

Realismo e instrumentalismo teorias revelam a real estrutura do mundo

Da história do pensamento ocidental é possível notar duas formas de encarar o


conhecimento cientifico a realista e instrumentalista. Realismo teorias cientificas
expressam real estrutura do mundo, instrumentalismo teorias cientificas não se explica.
Realista compromete se a observações e inobservações, não é possível questionar os
resultados obtidos, a realidade, nem a verdade da teoria quando obtém sucesso.
Instrumentalista, teorias cientificas são encaradas como uteis a compreensão do mundo,
as inobserváveis são ficções não possuem existência real. E preciso questionar e refletir
a identificação entre ciência e verdade. E preciso compreender que a ciência é uma
pratica humana, e contem dimensão social. As advertências de Kuhn e Feyerabend
parecem pertinentes.

Referências bibliográficas

1. GALILEI, G. Dialogo sobre dois máximos sistemas do mundo ptolomaico &


copernicano. Trad.
2. DESCARTES, R. Regras para a direção do espirito. Lisboa: Edições 70, 1985.
3. LAKATOS, I. & MUSGRAVE, A. A crítica e o desenvolvimento São Paulo:
Editora Cultrix, 1979.
4. MARIA LUIZA & PAULO SILVA, Panorâmica da Evolução do Pensamento
Filosofia da Ciência – volume 1.

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