11 - Histologia Do Sistema Respiratório
11 - Histologia Do Sistema Respiratório
11 - Histologia Do Sistema Respiratório
Porção condutora
• Vai possibilitar a entrada e saída de ar: transporte de ar.
• Nessa pagassem, o ar vai sendo limpo, umedecido, pode ser aquecido ou resfriado.
• Essa porção vai ser revestida por uma mucosa. Majoritariamente é a mucosa respiratória.
• Uma mucosa é sempre constituída por 2 tecidos - um epitelial e um conjuntivo (lâmina
própria - parte conjuntiva da mucosa, geralmente tecido conjuntivo frouxo).
• Lâmina própria não é sinônimo de lâmina basal (elemento acelular entre o epitélio e o
conjuntivo). A lâmina própria está abaixo da lâmina basal. Na lâmina própria, há vasos
sanguíneos
• O epitélio respiratório é pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.
• Abaixo da mucosa, pode ter uma submucosa de tecido conjuntivo, com tecido
cartilaginoso hialina ou elástico (traqueia, brônquios) e músculo liso (traqueia, brônquios,
bronquíolos). Na submucosa, também podem ter glândulas mucosas (produzem muco).
• A elastina e o músculo liso proporcionam flexibilidade e extensibilidade.
Célula caliciforme
• O conjuntivo/lâmina
Ir
própria varia de frouxo
para fibroelástico (maior
teor de fibras elásticas)
Epitélio
• Células caliciforme:
respiratório
produção de muco.
-
de mucosa
- respiratória
Glândulas presentes
na lâmina própria:
podem se abrir na
superfície epitelial
por meio de ductos.
, Também pode ter
vasos sanguíneos
entre o conjuntivo.
!
Placa cribiforme
Epitélio olfatório
• Epitélio olfatório: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado. Não tem células
caliciformes. O epitélio olfatório também é chamado de neuroepitélio.
• Células olfatórias: são neurônios bipolares. Os cílios desses neurônios ficam virados para
a luz e os axônios atravessam a lâmina própria para formarem os nervos olfatórios.
• Células basais: estão relacionadas à mitose e regeneração. Podem dar origem aos
neurônios olfatórios ou às celulas de sustentação.
• Células de sustentação: são análogas às células da Glia. Dão suporte às células olfatórias.
• Células em escova: possuem microvilos curtos e terminações nervosas. Relacionadas às
sensações gerais.
• Os axônios que formam o nervo olfatório (axônios das células olfatórias) contactam células
do bulbo olfatório.
• No terminal dendrítico dos neurônios olfatórios, há uma dilatação (vesícula olfatória) de
onde saem vários cílios. Uma célula olfatória tem vários cílios olfatórios. Esses cílios não
são iguais aos cílios da mucosa respiratória.
• Os cílios da mucosa
olfatória são mais
longos e ao invés de
terem 9 pares de
microtúbulos
periféricos e 1 par
central, eles têm 9
microtúbulos simples
periféricos e 1
microtúbulo simples
central.
• Esses cílios não têm motilidade. Aumentam a superfície receptora das moléculas
odorantes (atuam como dendritos). Os receptores das moléculas odorantes estão na
membrana plasmática dos cílios olfatórios.
Vasos
sanguíneos
presentes na
11
lâmina própria
Mucosa
olfatória
• BC: célula basal Lâmina
• OC: célula olfatória própria
• SC: célula de suporte
• A proteína produzida
pelas glândulas de
Bowman é chamada de
proteína ligadora de
odorante (OBP). Ela
que compõe o fluido
que banha os cílios
olfatórios. Essa
proteína se liga a
moléculas odorantes e
faz o contato dessas
moléculas com os cílios
olfatórios.
1: Epitélio olfatório
2: Glândula de Bowman
Faringe
• Primeiro canal que entra em contato com a cavidade nasal (nasofaringe). Também entra em
contato com a cavidade oral (orofaringe). Comum aos sistemas digestório e respiratório.
• Função: condução de ar ou alimento.
• Mucosa da nasofaringe: mucosa respiratória.
• Região da orofaringe é revestida pelo mesmo epitélio da cavidade oral: epitélio
estratificado pavimentoso, queratinizado em algumas áreas.
• Laringofaringe: tem mucosa respiratória.
• Confluência entre cavidade nasal e oral: presença de tonsilas. Regiões de tecido linfóide
associado a mucosa organizado formando um anel: Anel de Valdaier. O tecido linfóide é
importante pois as cavidades oral e nasal são porta de entrada de microrganismos. As
tonsilas palatinas são chamadas de amígdalas. As tonsilas faríngeas são chamadas de
adenóides.
Laringe
• Revestimento de mucosa respiratória e um esqueleto constituído por cartilagens.
• Algumas cartilagens são pares e outras são impares. Algumas são só elásticas ou hialina
e algumas são mistas. EX: cartilagem cricróide, tireóide.
• Funções: produção de som (fonação) e separação do aparelho respiratório e digestório.
• Mucosa pregueada: 2 pares de pregas.
Pregas vestibulares: 1º par de pregas. Cordas vocais falsas.
Pregas vocais: 2º par de pregas. Cordas vocais verdadeiras.
• Na face língual da epiglote, há um
revestimento de mucosa oral (epitélio
estratificado pavimentoso não
queratinizado). Na face faríngea da
epiglote, há um revestimento de
mucosa respiratória (epitélio
pseudoestratificado cilíndrico ciliado
com células caliciformes.
• Existe nas áreas de mucosa respiratória,
tecido linfóide associado à mucosa.
• Esses tecidos linfóides podem surgir e
desaparecer e têm a ver com a entrada
e destruição de um antígeno.
• Presença de
cartilagem
elástica ↓
-Cartilagem
elástica
f
esquelético
M
Cartilagem Músculo liso
Epitélio
estratificado
pavimentoso não
Epitélio
respiratório
Região das pregas vocais:
Epitélio estratificado
pavimentoso
queratinizado
Traqueia
• Internamente tem revestimento de mucosa respiratória.
• Tubo com função de condução que tem na sua parede anéis de
cartilagem hialina.
• Os anéis da traqueia não são completamente fechados. São abertos na
região posterior.
• Abaixo da mucosa tem um área chamada de submucosa, formada por
tecido conjuntivo.
• Entre a mucosa e a submucosa há concentração de fibras elásticas.
• Presença de glândulas tanto na mucosa quanto na submucosa. Essas
glândulas de abrem na superfície epitelial.
• Músculo traqueal: músculo liso
• Os anéis de cartilagem estão na submucosa ou entre a submucosa e a
adventícia. Nunca estão na adventícia (conjuntivo que une estruturas e
órgãos adjacentes).
-
1: Mucosa respiratória
2: Submucosa
E
I
Glândulas na
submucosa
3: Cartilagem hialina
4: Tunica adventícia
5: Músculo liso: presente na parte posterior da traqueia,
na região onde os arcos cartilaginosos são abertos.
Brônquios primários
• Última peça cartilaginosa da traqueia: carina. De
onde surge dois brônquios principais/ primários
(direito e esquerdo). Esses brônquios são extra
pulmonares.
• Os brônquios primeiros tem a mesma
organização histológica que a traqueia: mucosa,
submucosa, adventícia e anel cartilaginoso (entre
submucosa e adventícia).
• Tem calibre menor que a traqueia.
• O brônquio primário direito é mais verticalizado
que o esquerdo: favorece a passagem de
substancias estranhas.
• Pulmão direito tem 3 lobos e o esquerdo tem 2
lobos. O pulmão direito é maior pois o coração
está levemente deslocado para a esquerda.
• Ilo: local nos pulmões de entrada dos brônquios
primários, veias e artérias pulmonares.
Brônquios secundários
• A partir dos brônquios primários, surgirão brônquios secundários, também chamados de
brônquios lobares.
• Os brônquios secundários já estão dentro dos pulmões: são intrapulmonares.
• Cada um vai para um lobo do pulmão: no pulmão direito há 3 brônquios secundários e no
pulmão esquerdo há 2 brônquios secundários.
• A partir dos brônquios secundários, há ramificações que darão origem aos brônquios
terciários.
• Os brônquios, mesmo aqueles dentro dos pulmões, fazem parte da porção condutora do
sistema respiratorio.
Brônquios terciários
• Também chamados de brônquios segmentares.
• Tem calibre menor que os brônquios secundários.
• Os brônquios secundários e terciários não tem anéis de cartilagem, e sim pedaços,
chamados de peças de cartilagem hialina.
• À medida que os brônquios vão se ramificando, menor é a peça de cartilagem e menor é a
quantidade de glândulas na mucosa e submucosa. A altura do epitélio também vai
diminuindo.
• Com as ramificações, as estruturas vão se tornando mais simples.
Histologia dos brônquios
• Epitélio respiratório.
• Apenas os brônquios primários têm anel de cartilagem. Os secundário e terciários tem
pecas de cartilagem.
• Nos brônquios intrapulmoanres, o músculo circunda completamente o brônquio. O
músculo fica entre a mucosa e a submucosa. Nos brônquios primários, o músculo é igual
na traqueia, o músculo só une as pontas do anel, não circunda completamente a estrutura.
• Broncoconstrição: contração da musculatura lisa.
• Presença de tecido linfóide associado à mucosa: pode estar na mucosa ou submucosa. No
trato respiratório, é chamado de BALT.
• Os brônquios estão relacionados com a condução e filtração do ar.
- Músculo liso
circundando
• Bronquíolos terminais: são a última parte da porção condutora. A partir deles começa a
porção respiratória.
• Bronquíolos respiratórios: têm alvéolos em sua parede. A partir deles, os ductos e os
sacos alveolares terão muito mais alvéolos em suas paredes.
·
Célula
caliciforme
Bronquíolo
propriamente dito
Epitélio alveolar
• O epitélio alveolar conta com 2 tipos de células: célula pavimentosa (pneumócito tipo
1) e pneumócitos tipo 2. É um epitélio simples: tem apenas uma camada de células.
• Pneumócitos tipo 1: células pavimentosas. Células de revestimento alveolar.
Apresentam desmossomos e zônula de oclusão que impedem a passagem de líquido do
espaco tecidual para o interior dos alvéolos. Células relacionadas com a difusão dos
gases.
• Pneumóticos tipo 2: produzem surfactantes. Células mais globosa (são cúbicas), com
presença de grânulos lamelares (armazenam substâncias que vão compor os
surfactantes). Surfactante é um líquido (combinação de fosfolipideos e glicoproteínas)
que reduz de forma significativa a tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar,
prevenindo o colapso durante a expiração. O surfactante fica por toda a superficie
alveolar. Células também relacionadas a regeneração. Diminuição da toxicidade a partir
de enzimas produzidas por elas.
• Nos septos interaolveolaes, há capilares contínuos (sem fenestras, células unidas por de
oclusão, lâmina e membrana basal são contínuas), fibras elásticas, macrófagos.
• Nos septos, podem ser encontrados poros alveolares. Nessas áreas, as membranas dos
pneumócitos tipo 1 (células de revestimento) estão fusionadas. Esses poros servem para
que tenha rotas alternativas para o fluxo de ar, caso o bronquíolo seja obstruído
(bronquioconstrição).
• As células
endoteliais não
compõe as
paredes dos
alvéolos, elas
compõem as
paredes dos
capilares dessa
região.