A Crônica

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A CRÔNICA

A crônica é um gênero que tem relação com a ideia de tempo e consiste no registro de fatos do
cotidiano em linguagem literária, conotativa.

A origem da palavra crônica é grega, vem de chronos (tempo), é por isso que uma das
características desse tipo de texto é o caráter contemporâneo.

A crônica pode receber diferentes classificações:

- a lírica, em que o autor relata com nostalgia e sentimentalismo;

- a humorística, em que o autor faz graça com o cotidiano;

- a crônica-ensaio, em que o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas
relações sociais e de poder;

- a filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento;

- e jornalística, que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos, pode ser policial,
esportiva, política etc.

Por Marina Cabral


Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

http://m.brasilescola.uol.com.br/redacao/a-cronica.htm

Crônica (gênero) (Wikipedia)


Na literatura e no jornalismo, uma crónica (português europeu) ou crônica (português brasileiro) é uma
narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista,
seja nas páginas de um jornal ou mesmo na rádio. Possui assim uma finalidade utilitária e pré-
determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-
se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem.

*Origem*

A palavra crônica deriva do Latim chronica que significava, no início do Cristianismo, o relato de
acontecimentos em sua ordem temporal (cronológica). Era, portanto, um registro cronológico de eventos.
[1]

No século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, a crônica passou a fazer parte dos jornais. Ela
apareceu pela primeira vez em 1799, no Journal des Débats, publicado em Paris.[2]
A crônica literária, surgida a partir do folhetim, na França, tomou características próprias no Brasil.[3]

Características

A crônica é, primordialmente, um texto escrito para ser publicado em jornais e revistas. Assim o fato de
ser publicada nesses meios já lhe determina vida curta, pois à crônica de hoje seguem-se muitas outras
nas próximas edições.

Há semelhanças entre a crônica e o texto exclusivamente informativo. Assim como o repórter, o cronista
se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que
distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque
próprio, incluindo em seu texto elementos como: ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto
essencialmente informativo não contém.[3]

Com base nisso, pode-se dizer que a crônica situa-se entre o jornalismo e a literatura, e o cronista pode ser
considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia. A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e
narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a
crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao
desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao
leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os
acontecimentos que o cercam.[3]

Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a
literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o
porta-voz daquele que lê.

Em resumo, podemos determinar quatro pontos

Seção ou artigo especial sobre literatura, assuntos científicos, esporte etc., em jornal ou outro periódico.
Pequeno conto que relata de forma artística e pessoal fatos colhidos no noticiário jornalístico e cotidiano.
Normalmente possui uma crítica indireta.
Muitas vezes a crônica vem escrita em tom humorístico. Exemplos de autores deste tipo de crônica no
Brasil são Fernando Sabino, Leon Eliachar, Luis Fernando Verissimo, Millôr Fernandes.[3] Em Portugal,
temos Ricardo Araújo Pereira.
Tipos de Crônica

Crônica Descritiva
Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e inanimados em um espaço vivo
como uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como um filme publicado.

Crônica Narrativa
Tem por eixo uma história, o que a aproxima do conto. Pode ser narrado tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa
do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometido com fatos cotidianos ("banais",
comuns).

Crônica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" (em vez de "segundo o
IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", seria "vejo mais uma vez esses pequenos seres não
alimentarem sequer o corpo"). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.

Crônica Narrativo-Descritiva
É quando uma crônica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra
fatos cotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular. Ela é
baseada em acontecimentos diários.

Crônica Humorística
Deve ter algo que chame a atenção do leitor assim como um pouco de humor. É sempre bom ter poucos
personagens e apresentar tempo e espaços reduzidos. A linguagem é próxima do informal. Visão irônica
ou cômica de fatos apresentados

Crônica Lírica
Apresenta uma linguagem poética e metafórica. Nela, predominam: emoções, os sentimentos (paixão,
nostalgia e saudades ), traduzidos numa atitude poética.

Crônica Poética
Apresenta versos poéticos em forma de crônica, expressando sentimentos e reações de um determinado
assunto.

Crônica Jornalística
Apresentação de notícias ou fatos baseados no cotidiano. Pode ser policial, desportiva, etc...

Crônica Histórica
Ver artigo principal: Crónica (historiografia)
Baseada em fatos reais, ou fatos históricos.[1]

A palavra crônica se origina do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo). O significado principal neste
tipo de texto é precisamente o conceito de tempo, ou seja, é o relato de um ou mais acontecimentos em
um determinado período. O número de personagens é reduzido ou até podem não haver personagens. É a
narração do cotidiano das pessoas de forma bem humorada, fazendo com que se veja de uma forma
diferente aquilo que parece óbvio demais para ser observado.[1]

Uma boa crônica é rica nos detalhes, descritos pelo cronista de forma bem particular, com originalidade.

A partir do século XV, com Fernão Lopes, a crônica passou a ser uma perspectiva individual ou
interpretativa. Até então, resumia-se a relatos de acontecimentos históricos, registrados por ordem
cronológica. A crônica de teor crítico surgiu com os periódicos (folhetins e jornais), evoluindo até
adentrar de vez ao Jornalismo e à Literatura.[3]
A crônica histórica busca sempre relatar a realidade social, política ou cultural, avaliada pelo autor quase
sempre com um tom de protesto ou de argumentação.
Existem duas formas de crônica: a crônica narrativa, relatando fatos do cotidiano, com personagens,
enredo, etc. e a crônica jornalística, uma forma mais moderna, que não narra e sim disserta, defende ou
mostra um ponto de vista diferente do que a maioria enxerga. As semelhanças entre elas são o caráter
social crítico, o humor, a ironia, até mesmo com um tom sarcástico. A crônica conta fatos cotidianos
comuns da vida real das pessoas. Não se deve confundir crônica com conto ou fábula, que contam fatos
inusitados e irreais.[1]

Ver também

Crónica (desambiguação)
Lista de cronistas brasileiros
Crónica (historiografia)
Referências

↑ a b c d Ana Paula de Araújo. «Crônica Literária».


↑ «Journal des débats et des décrets de 21 de janeiro de 1800». Bibliothèque nationale de France. (em
francês)
↑ a b c d e Alana de O. Freitas El Fahl (2013). Notas de Rodapé: algumas considerações sobre a Crônica
Literária no Brasil e os Periódicos do século XIX (PDF) UEFS [S.l.] p. 42. ISBN 9788573952117.
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Crônica: Gênero entre jornalismo e literatura

Alfredina Nery, Especial para a Página 3 - Pedagogia e Comunicação


31/07/2005 - 17h29
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Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da
palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou
trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto, você conhecerá as
principais características da crônica, técnicas de sua redação e terá exemplos.

Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição
de crônica como "narração histórica". É a "Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de
Caminha", na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e
como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos,
sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. Para começar, uma
crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:

O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que
desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou
simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos,
fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se
um suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)

(Machado de Assis. "Crônicas Escolhidas". São Paulo: Editora Ática, 1994)

Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata
de acontecimentos cotidianos.

A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia,
que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido
emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.

O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A


preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê
maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos
pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.

Jornalismo e literatura

É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um
recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o
jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo.

Leia a seguir uma crônica de um dos maiores cronistas brasileiros:

Recado ao Senhor 903


“Vizinho,

Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me
mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi
depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação
verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do
prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem
trabalha o dia inteiro tem direito a repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há
vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor; é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se
agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois
números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a Leste pelo
1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e
embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos:
apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis;
nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo
sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso
lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se
retirar às 21h45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois as 8h15 deve deixar o
783 para tomar o 109 que o levará ate o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305.
Nossa vida, vizinho, está toda numerada: e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um
número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus
algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
[...] Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem
batesse à porta do outro e dissesse: ‘Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua
casa. Aqui estou’. E o outro respondesse: ‘Entra vizinho e come do meu pão e bebe do meu
vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é
bela’.
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho
entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas
árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.”

(Rubem Braga. "Para gostar de ler". São Paulo: Ática, 1991)

Fato corriqueiro...

Há na crônica uma série de eventos aparentemente banais, que ganham outra "dimensão"
graças ao olhar subjetivo do autor. O leitor acompanha o acontecimento, como uma
testemunha guiada pelo olhar do cronista que tem a pretensão de registrar de maneira pessoal
o acontecimento. O autor dá a um fato corriqueiro uma perspectiva, que o transforma em fato
singular e único.

No caso da crônica "Recado ao Senhor 903", há uma crítica à desumanização na cidade


grande, na qual somos, muitas vezes, apenas números e não pessoas. O surpreendente é a
inversão proposta pelo narrador ao final da crônica: no lugar da intolerância, tão comum nas
cidades grandes, ele propõe um possível acolhimento amigo.

Outro aspecto é que as personagens das crônicas não têm descrição psicológica profunda,
pois, são caracterizadas por uma ou duas características centrais, suficientes para compor
traços genéricos, com os quais uma pessoa comum pode se identificar. Em geral, as
personagens não têm nomes: é a moça, o menino, a velha, o senador, a mulher, a dona de
casa. Ou têm nomes comuns: dona Nena, seu Chiquinho, etc...

Análise da linguagem

1) Intenção e linguagem
O narrador-personagem da crônica (ou remetente da carta ao vizinho) reconhece que faz
barulho e por isto pede desculpas. Veja, assim, as palavras e afirmações que usou para
construir essa ideia: "consternado", "desolado", "lhe dou inteira razão", "O regulamento do
prédio é explícito", "Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso", "Peço desculpas",
"Prometo silêncio".

No entanto, através de ironias, o narrador reconhece sua falta, mas explicita que não concorda
com a situação, uma vez que a aborda também de outro ângulo, problematizando as relações
entre as pessoas e não simplesmente aceitando a situação como algo imutável. E faz isso,
especialmente, quando:

ironiza a estruturas dos prédios em que as pessoas ficam empilhadas, perdendo o contato
humano;
refere-se a todos os vizinhos, incluindo ele próprio, pelo número do apartamento e não pelo
nome;
critica o isolamento e a distância entre as pessoas cujas vidas estão limitadas pelas normas
que cerceiam o convívio humano;
sonha com outra relação mais humana e fraterna, entre as pessoas.
2) Ironia e humor
a) Veja como o narrador usa uma fina ironia quando fala de si mesmo e dos motivos das
reclamações do vizinho:
"Todos esses números são comportados e silenciosos: apenas eu e o Oceano Atlântico
fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e
bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua." Verifique ainda como o uso do elemento
"apenas", usado duas vezes intensifica a sua exclusão em relação aos demais moradores do
prédio.
b) O excesso de referência a números acaba por criar um efeito de humor e crítica social:
"Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de
manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a
se retirar às 21h 45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois as 8h 15 deve deixar
o 783 para tomar o 109 que o levará ate o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305."
Enfim, o efeito de humor tem a ver com:

o contraste entre uma situação e outra: os que mantêm silêncio e pessoas, como o narrador,
que não o fazem;
o inesperado: o texto parece se encaminhar para um sentido e bruscamente aponta para outro.
3)Uso de verbo
Quando o narrador quer sonhar com uma outra situação em relação, não só à sua vizinhança,
mas também à vida na cidade grande, veja que ele constrói essa ideia usando verbos no
pretérito imperfeito do subjuntivo, o que indica possibilidade/desejo/hipótese:
"Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse
à porta do outro e dissesse: 'Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui
estou'. E o outro respondesse: 'Entra vizinho e come do meu pão e bebe do meu vinho. Aqui
estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela'.
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho
entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas
árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
4)Uso dos artigos
Releia os trechos:
a) "Quem fala aqui é o homem do 1003.".
Foi usado o artigo definido ( o ), quando o narrador refere-se a si mesmo, particularizando,
dessa forma, um indivíduo, entre outros.
b) "Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem
batesse à porta do outro e dissesse (...). E o outro respondesse (...)"
Há artigo indefinido ("um homem"), quando foi introduzido um elemento ainda não citado no
texto, generalizando-o. Há artigo definido ("o outro"), quando novamente se tem um indivíduo já
citado, particularizando-o.
Veja que essas escolhas linguísticas vão constituindo a ligação/coesão entre as partes do
texto, de tal maneira que, mais do que saber o nome das classes da gramática - substantivos,
adjetivos, artigos, advérbios, verbo, conjunção, pronome, preposição, numeral - é importante
saber suas articulações na construção dos sentidos de um texto.

Características das crônicas A crônica é um texto narrativo que:


É, em geral, curto;
Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns, do dia a dia;
Traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com nomes genéricos. As
personagens não têm aprofundamento psicológico; são apresentadas em traços rápidos;
É organizado em torno de um único núcleo, um único problema;
Tem como objetivo envolver, emocionar o leitor.
Alfredina Nery, Especial para a Página 3 - Pedagogia e Comunicação é professora
universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para
professores na área de língua/linguagem/leitura.

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