Apostila Semana 4
Apostila Semana 4
Apostila Semana 4
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Semana 4
Arranjo físico
Objetivos da Semana
10. Conceito de Arranjo Físico e objetivos: O discente deverá aprender o conceito de Arranjo Físico,
bem como seus principais objetivos, entendendo a importância de se escolher um layout adequado
para cada tipo de produto e/ou serviço ofertado.
11. Tipos de Arranjo Físico: O discente deverá aprender a diferenciar os tipos de arranjo físico
existentes, entendendo as vantagens e desvantagens de cada tipo.
Material Didático
Apostila do Professor:
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1. Arranjo Físico
Arranjo físico ou layout é o resultado do estudo da localização de todos os recursos produtivos em
uma instalação industrial ou em um local de prestação de serviços. Estes recursos produtivos podem ser,
por exemplo, máquinas, pessoas, vias de locomoção, materiais em processo, dentre outros.
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Um bom arranjo físico pode ser fator de vantagem competitiva para as empresas, dado que controla
a segurança, atratividade, flexibilidade e eficiência de uma operação. Também determina como os recursos
transformados (que estudamos na unidade 2) fluem pelo processo produtivo. Quando fazemos modificações
no arranjo físico de uma determinada empresa, o fluxo destes recursos pode ser alterado, possibilitando
redução de custos e melhoria na eficácia da operação. Elaborar um bom arranjo físico é importante porque,
se ele estiver mal planejado, pode acarretar em fluxos de materiais e pessoas confusos ou muito longos,
filas de clientes ou materiais em processo, longos tempos de processamento, redução da flexibilidade da
operação, além de aumentar custos do processo.
DICAS DE LINKS: Para aprimorar seu conhecimento sobre arranjo físico, recomendo a leitura
da reportagem “Como um layout industrial ineficiente pode roubar sua produtividade” através
do link https://avozdaindustria.com.br/gestao/como-um-layout-industrial-ineficiente-pode-
roubar-sua-produtividade. A reportagem é muito interessante e apresenta dicas para otimização
do layout industrial.
Segundo Slack et al. (2018), alguns objetivos da atividade de arranjo físico são:
■ Segurança contra riscos acidentais – Todos os processos que poderiam constituir qualquer perigo
para funcionários ou clientes, só deverão ser acessíveis ao pessoal autorizado. Saídas de emergência devem
ser claramente marcadas com acesso desimpedido. Os acessos devem ser claramente definidos e livres.
Toda a sinalização deverá ser clara e não ambígua.
■ Segurança contra riscos intencionais – Instalações e arranjos físicos deverão garantir que
qualquer um com intenções maliciosas não possa obter acesso a funcionários, clientes ou instalações.
■ Extensão do fluxo – O fluxo de recursos transformados deverá ser canalizado pelo arranjo físico
a fim de que seja apropriado aos objetivos da operação. Em muitas operações, como, por exemplo, fábrica
de móveis ou de roupas, isso significa minimizar a distância percorrida pelos recursos em transformação.
Porém, isso nem sempre acontece. Nos supermercados, por exemplo, os objetivos do arranjo físico podem
compreender o incentivo para os clientes “fluírem” em determinadas alas a fim de aumentar as vendas.
■ Minimizar atrasos – Os atrasos podem ser causados por rotas demasiadamente longas pelo arranjo
físico. O posicionamento inconveniente das instalações ou uma capacidade insuficiente alocada a partes do
arranjo físico também podem causar atrasos.
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■ Reduzir o trabalho em andamento – O arranjo físico de um processo pode ser usado para reduzir
o acúmulo de itens ao longo do processo. Isso envolve o uso dos chamados “quadros kanban”, que serão
explicados na próxima unidade da disciplina.
■ Clareza do fluxo – O fluxo de materiais e clientes deverá ser bem sinalizado, claro e evidente,
tanto para funcionários quanto para clientes.
■ Condições dos funcionários – Os arranjos físicos podem ser organizados de modo que os
funcionários fiquem localizados longe de partes barulhentas ou desagradáveis da operação. O arranjo físico
deverá oferecer um ambiente de trabalho bem ventilado, bem iluminado e, quando possível, agradável.
■ Acessibilidade – Todas as máquinas e equipamentos deverão ser acessíveis para a devida inspeção,
limpeza e manutenção.
■ Uso do espaço – Todos os arranjos físicos deverão proporcionar uso apropriado do espaço total
disponível na operação (incluindo a altura e o espaço do piso).
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■ Flexibilidade a longo prazo – Os arranjos físicos precisam ser alterados periodicamente, à medida
que mudam as necessidades da operação. Um bom arranjo físico deve ser planejado visando as possíveis
necessidades futuras da operação. Por exemplo, levando em consideração possíveis expansões futuras.
Para a elaboração do arranjo físico, primeiramente devemos considerar as quantidades que serão
produzidas, para assim determinar o número de máquinas e equipamentos que serão necessários, o número
de pessoas que vão trabalhar no local, área de estoque etc. Com base nessas definições, vamos determinar
o tipo de arranjo físico a ser empregado considerando o processo a ser executado e o tipo das máquinas que
serão utilizadas.
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Este tipo de arranjo físico é recomendado para produtos únicos, em pequenas quantidades ou
produto unitário, e usualmente não repetitivo. Exemplos: navios, aviões, rodovias, grandes transformadores
elétricos, turbinas, dentre outros itens de grande dimensão física. O quadro a seguir apresenta as vantagens
e desvantagens deste tipo de arranjo físico.
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Arranjo físico celular
No arranjo físico celular, os recursos a serem transformados são selecionados (ou autosselecionam-
se) para irem para uma parte específica da operação, chamada de célula. Nesta célula, ficam localizados
todos os recursos de transformação necessários para o processamento imediato. Dentro da célula, os
recursos podem ser organizados em linha ou usando-se o arranjo físico funcional. Após processamento em
uma célula, os recursos podem seguir para outra célula. Um exemplo prático deste tipo de arranjo é quando
dentro do supermercado existe um setor específico de padaria ou uma pequena lanchonete. O cliente pode
entrar no supermercado e ir direto para este setor, fazer seu pedido e consumi-lo. Se quiser, ao sair desta
“célula”, pode passar em outros setores dentro do supermercado. Um outro exemplo é o setor de
maternidade no hospital; dentro desta célula estão todos os recursos necessários para o atendimento.
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• Fluxo de material mais organizado que contribui equipamentos, ou outras limitações de ordem
para o aumento da qualidade do produto final. física.
• Favorece trabalho em grupos, polivalência de • Exige que os operadores sejam multifuncionais,
mão de obra e visão do produto. alto custo com treinamento.
• Trabalho em grupo pode resultar em maior • Pode requerer movimentação ou
motivação. compartilhamento de máquinas.
• Flexibilidade no trabalho, pois operadores são • Pode haver ociosidade ocasional de máquinas e
multifuncionais. ferramentas para famílias de menor similaridade.
• Operadores trabalham em pé e caminhando.
• Aumento da segurança no trabalho.
No arranjo físico em linha, ou por “produto”, os recursos a serem transformados segue uma
sequência de processamento que coincide com a sequência de atividades requerida pelo recurso. Os recursos
seguem um fluxo ao longo da “linha” de processos, de acordo com as necessidades do “produto”. Um
exemplo clássico é na linha de produção de automóveis.
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Tabela 4. Vantagens e desvantagens do arranjo em linha. Fonte: Neumann (2015).
Vantagens
• Alto valor de investimentos em máquinas e
• Altas taxas de produção (grande capacidade de equipamentos.
produção). • Grande risco de reprojeto do layout para produtos
• Baixos custos unitários para altos volumes de com vida útil curta ou incerta.
produção. • Supervisão geral é requerida.
• Alto grau de automação e baixo nível de perdas • Baixa flexibilidade para a incorporação de
com transportes, normalmente automatizadas. mudanças nos produtos ou processos.
• Menor tempo perdido em setups e transporte de • Baixa utilização dos recursos para produtos com
materiais e clientes (baixo tempo de espera entre baixo volume.
operações). • Paradas de máquinas param a linha (sistema não
• Menor quantidade de estoque intermediário é robusto).
(menor custos de estocagem). • Tarefas repetitivas para os operários gerando
• Simplificação do controle da produção. efeitos colaterais graves em termos de
• Operações muito simplificadas, que permitem a aborrecimento dos operários e de absentismo.
utilização de mão de obra pouco qualificada • É muito importante que a linha esteja bem
(barata). balanceada.
• Uso mais efetivo da mão de obra. • Necessidades de reprojetos frequentes para
• Possibilita especialização de equipamento. produtos com vida curta ou incerta.
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Videoaula(s) da Semana
● Link: https://youtu.be/Z2t8NPKw1QU.
Saiba Mais
Como conteúdo extra para esta unidade, recomendo a leitura do artigo “A reorganização
do layout como estratégia de otimização da produção”, publicado na Revista Gestão da Produção
Operações e Sistemas em 2014. O artigo apresenta uma aplicação de estudo de layout em uma
indústria de cilindros hidráulicos para melhoria de processo.
Referência: da Rosa, Gilson Pires, et al. "A reorganização do layout como estratégia de otimização
da produção." Revista Gestão da Produção Operações e Sistemas 9.2 (2014): 139.
Bibliografia da semana
Para elaboração dos materiais utilizados nesta semana, utilizei as seguintes bibliografias:
Bibliografia complementar: