BOA TARDE!!

SEJAM
BEM-VINDOS!!
SUINOCULTURA

MATERNIDADE

1° SEMESTRE DE 2024

PROF. Ms. Keila Faria Ferreira

 A maternidade é a área utilizada
MATERNIDADE para o parto e período de
lactação das porcas.
COBRIÇÃO/GESTAÇÃO

MATERNIDADE
 MATERNIDADE

✓ Vai do pré-parto até o desmame (após o desmame os leitões vão para

a creche e as matrizes voltam para a gestação).
✓ 28 dias é o ideal.
✓ Fase MUITO desafiadora da cadeia de produção suína.
✓ Desafios e resultados são divididos entre matriz e leitão:

2 FASES DISTINTAS = CUIDADOS DISTINTOS

ALIMENTAÇÃO, AMBIÊNCIA, MANEJO...

 OBJETIVOS DA MATERNIDADE

 Leitões:
 maior número/quantidade de
leitões desmamados e com
qualidade.

 Fêmeas:
 escore corporal adequado no
desmame, para logo estar
apta a reprodução.
 COBRIÇÃO/GESTAÇÃO

MATERNIDADE

CRECHE
 ÍNDICES IMPORTANTES DA MATERNIDADE

✓ Nascidos totais/parto.
✓ Nascidos vivos/parto.
✓ Mortalidade leitões e causas da mortalidade: mumificados,
natimortos.
✓ Peso e idade ao desmame.

• Número de
desmamados/
parto/ano.
 MODELO DE SALA DE MATERNIDADE

• Gaiolas de parição: gaiolas metálicas que limitam o

movimento das fêmeas, evitando o esmagamento
acidental dos leitões pela mãe.
• BEA: gaiolas com lateral removível, baia individual e
SISCAL.
 MANEJO PRÉ-PARTO

➢LAVAGEM DAS FÊMEAS COM ÁGUA, SABÃO E ESCOVA, RETIRANDO

TODA A MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE.

➢DESINFECÇÃO DAS FÊMEAS.

➢TRANSFERÊNCIA DAS FÊMEAS DA GESTAÇÃO PARA

MATERNIDADE: 5 a 7 DIAS ANTES DA PREVISÃO DO PARTO (IDEAL).
A B
N • LAVAGEM DAS SALAS DE I
T O
E MATERNIDADE, RETIRANDO TODA A
S
S MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE. S
E
D G
E U
• DESINFECÇÃO DAS SALAS. R
A I
L D
O A
J • VAZIO SANITÁRIO. D
A E
R

‘‘all in, all out’’ ou, todos dentro, todos fora:

animais de mesmo lote ocupam e desocupam
uma sala ao mesmo tempo.
 POR QUE ESSA LIMPEZA, DESINFECÇÃO E VAZIO
SÃO IMPORTANTES NO MANEJO PRÉ-PARTO?

*Preparar a fêmea para o parto.

*Animais mais velhos transferem flora microbiana para os
mais novos, agentes infecciosos se perpetuam nas
instalações e dificilmente consegue-se manter um nível de
infecção aceitável.

DIARRÉIAS ARTRITES/PANARÍCIO PNEUMONIAS

DIMINUIR A MORTALIDADE DE LEITÕES E

AUMENTAR A QUALIDADE DOS MESMOS.
C Manejo de lavação e desinfecção
r
e
Limp. e desinf. mal
s Lote Lote feita
c.
1 2
m
i Limiar para desencadear doença
c
r Limp. e desinf. bem
o feita
b
i
a
Limpeza e desinfecção
n
o
 NO DIA DO PARTO – GESTAÇÃO 114 DIAS

• IMPORTANTE: ACOMPANHAR TODOS OS PARTOS.

• Secreção de colostro em gotas (24h) e jatos (6h).
• Vulva torna-se bem volumosa e entumecida, os flancos posteriores estarão
profundos e o ventre caído.
• 12-24 horas antes do parto, em resposta ao aumento da oxitocina e
prolactina, as porcas mostram comportamento de nidificação: fuçar, roncar,
pontapear o chão e morder as barras.
• Parto tem duração média de 3 a 5 horas.
• Intervalo de nascimento entre um leitão e outro: 15 minutos.

➢ARRAÇOAMENTO ATÉ 6 H ANTES DO PARTO (3 KG/DIA, IDEAL ÷ 3 X).

➢ÁGUA A VONTADE.
PARTO DISTÓCICO PODE ACARRETAR •Morte do feto
•Morte da fêmea

Dificuldades ou impedimentos que o feto encontra para ser

expulso do útero, em decorrência de origem materna, fetal ou de
ambos.

*Origem materna:
Ocorre em 0,5 a 1 % de
•Inércia uterina
todos os partos e pode
•Obstrução do canal do parto
ser maior em marrãs ou
•Excitação materna
quando as matrizes são
*Origem fetal:
muito velhas.
•Má disposição fetal
•Desproporção feto-pélvica
Causas de distocia em porca e suas respectivas incidências.

Causa %
Inércia Uterina 37,0
Obstrução do canal do parto 13,0
Desvio do útero 9,5
Excitamento materno 4,0
Má disposição fetal 3,5
Desproporção feto pélvica 3,0
 ASSISTÊNCIA A PARTOS DIFÍCEIS (OU COM INTERVALO DE NASCIMENTO >
20 MINUTOS):

➢ INDUÇÃO COM OXITOCINA.

➢ NÃO USAR OXITOCINA ANTES DE ANALISAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO

COM A FÊMEA.

➢ USAR OXITOCINA QUANDO A FÊMEA NÃO APRESENTAR CONTRAÇÕES

UTERINAS, juntamente com massagens nos peitos.

➢ TOQUE: DEVE SER FEITO QUANDO A FÊMEA ESTÁ FAZENDO UM ESFORÇO

CONTÍNUO POR UM LONGO PERÍODO SEM QUE NASÇA NENHUM LEITÃO.

➢ TOQUE COM LIMPEZA E HIGIENE.

➢ FÊMEA QUE RECEBEU TOQUE MEDICADA APÓS O PARTO.

 ALIMENTAÇÃO DAS FÊMEAS APÓS O PARTO

 Fornecer ração a vontade na lactação.

 Ração com energia: reduz as perdas de peso corporal e aumenta a

produção de leite; aumenta a taxa de crescimento dos leitões; diminui
a mortalidade de leitões e melhora o desempenho reprodutivo
subsequente.

 Há uma alta demanda de alimento decorrente da exigência de

nutrientes para manutenção corporal da fêmea, preparação do
sistema reprodutor e aleitamento dos leitões.

Nutrição das fêmeas...

importante para matrizes e leitões.
 ALIMENTAÇÃO DAS FÊMEAS APÓS O PARTO

 Consumo de ração: “termômetro” da saúde.

 Fêmea doente não come – observar descarga vulvar ...

 Ração molhada e várias vezes ao dia estimula o consumo:

melhor forma de obter > peso de desmame é estimulando o
consumo de ração da matriz.
 Relação com IDC (intervalo desmama cio).
 MANEJO DOS LEITÕES APÓS O PARTO

• Logo após o nascimento, há uma série de atividades / manejo a serem

realizados nos leitões que são necessários para garantir saúde,
desenvolvimento e bem estar do animal.
• Muitos manejos estressantes para o leitão: CUIDADO!

•Secagem dos leitões.

•Corte e desinfecção do umbigo.
•Pesar.
•Fornecer calor.
•Orientação a mamada.
•Transferência de leitões.
•Corte dos dentes, cauda e castração.
•Identificação.
 MORTALIDADE POR IDADE
(manejos ao nascer estão relacionados)

70%
60% 55%
50%
40%
30% 25%
20% 15%
10%
5%
0%
1-3 DIAS 4-8 DIAS 9-14 DIAS 15-21 DIAS
 MANEJO APÓS O PARTO AJUDA A MELHORAR O
ÍNDICE DE MORTALIDADE NA MATERNIDADE (ideal 5%)
SECAGEM DO LEITÃO: Após desobstruir nariz e boca para retirar restos
das membranas fetais, utilizar o pó secante. Previne o resfriamento e ativa
a circulação do recém-nascido, melhorando seu desempenho logo após o
parto.
 CORTE E DESINFECÇÃO DO UMBIGO: realizado logo após o
nascimento: amarra com cordão embebido em álcool iodado 5%, a
3 cm do abdômen, desinfecção do local.

IMPORTANTE PARA EVITAR INFECÇÕES NO ANIMAL: umbigo é porta

de entrada para contaminações diretas.
ONFALITE: associado a outras doenças...
 PESAR LEITÃO AO NASCIMENTO: o peso do leitão ao nascer
tem influência direta na sobrevivência do mesmo. Ideal de 1,4 a 1,5 Kg.
Importante também para saber o ganho de peso diário.

Faixas de Peso (Kg) Percentual de leitões Percentual de

nascidos por faixa de ocorrência de
peso (%) Mortalidade (%)

< 0.5 1.2 79

0.5 – 0.74 1.8 63

0.75 – 0.99 9.0 25

1.00 – 1.24 18.7 13

1.25 – 1.49 26.6 6.4

1.50 – 1.74 26.1 3.6

P M
1.75 – 1.99 10.8 2.6

>= 2.0 5.4 1.7

(John Gadd – Pig Progress – Vol. 17)

FORNECER CALOR: escamoteador (creep): local destinado ao
aquecimento e proteção dos leitões. Ao nascer, o leitão perde calor e
tem pequena camada de tecido gorduroso. Precisa de calor
suplementar pra recuperar e mater a temperatura.
Vários materiais podem ser utilizados, com
aquecimento através de lâmpadas,
resistências elétricas, gás...
IMPORTANTE TAMBÉM PARA EVITAR MORTES POR ESMAGAMENTO.
FORNECER COLOSTRO / LEITE / UNIFORMIZAÇÃO DE LEITÕES:
O colostro fornece energia e imunidade passiva aos leitões recém-
nascidos. Primeira secreção de uma glândula mamária, liberada nas
primeiras 24 horas após o parto.
Concentração (mg/ml) Ig durante a Lactação:
COLOSTRAGEM SEQUENCIAL: GARANTE QUE TODOS OS
LEITÕES RECEBERAM O COLOSTRO...se resume em separar
uma parte da leitegada e envolvê-la em uma fonte de calor por um
tempo enquanto os outros leitões vão ingerir o colostro.
 UNIFORMIZAÇÃO DE LEITÕES:

• É a transferência de leitões de leitegadas mais

numerosas para menos numerosas, com o intuito de
uniformizá-los por tamanho e peso.
• Até 24 horas pós-parto após a ingestão de colostro.
• Os leitões mais leves devem ser transferidos para uma
porca, de primeiro ou segundo parto, que possui tetos
pequenos.
• Aproveitamento da matriz durante o período de lactação.
• Diminui a ocorrência de leitões refugos.
LEITEGADAS MAIS UNIFORMES
APLICAÇÃO DE FERRO: 200 mg de ferro por leitão em única dose aplicada
através de injeção subcutânea ou intramuscular, na região do pescoço dos leitões
(ideal até 12 horas após o parto). A anemia dos leitões esta ligada à baixa
transferência de ferro da mãe através da placenta e via leite e a baixa reserva de
ferro ao nascimento que pode interferir no desempenho animal.
 ATÉ 3 DIAS APÓS O PARTO

•Desgaste / corte dos dentes: leitão nasce com 8 dentes (4 caninos e

4 incisivos), por isso, corte ou desgaste de 1/3 dos caninos dos leitões
é uma técnica que objetiva reduzir os danos no aparelho mamário das
fêmeas. BEA (muitas granjas não fazem mais).
Corte da cauda: terço final da cauda para prevenir canibalismo. Usa-se
alicate com cauterizador desinfetado e bem afiado BEA (muitas granjas não
fazem mais).
Castração do macho (orquiectomia): retirada cirúrgica (com anestesia)
dos testículos, ideal até o 3º dia de vida. Hoje, o que mais se utiliza é a
castração química na fase de terminação (BEA).
IDENTIFICAÇÃO DO LEITÃO: Os leitões são marcados para facilitar o
manejo, e identificação, o lote, e para efeito de registro e rastreabilidade.
Mossa, tatuagem, brinco. Cada granja tem sua identificação.

Mossa
 Brinco: não é muito
utilizado pois pode ser Tatuagem
arrancado.
FORNECIMENTO DE RAÇÃO: a partir do 7º dia de vida começa a
oferecer: ração especial (pré-inicial), de preferência granulada, com a
finalidade de:

- Suprir as crescentes necessidades nutritivas a partir da segunda

semana de vida, já que elas não são totalmente preenchidas pelo
leite materno;
- Favorecer o desenvolvimento dos leitões mais fracos, que não
conseguem mamar o suficiente;
- Acostumar o leitão a consumir alimento sólido, diminuindo o
estresse por ocasião da desmama (preparação do TGI);
- Leitões desmamados com maior peso corporal;
- Alívio da demanda energética na matriz, auxiliando no preparo para
o próximo cio e gestação.
 DESMAMA: ida dos leitões para a fase de creche

• 28 DIAS É O IDEAL (21 A 23 DIAS É O QUE ACONTECE).

• FÊMEAS COM EC ACIMA DE 2 É O IDEAL.
• PESO AO DESMAME (PD) INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO NA
CRECHE E TERMINAÇÃO.
• PD ENTRE 6 E 6,5 KG.

Impacto no desenvolvimento
Peso de desmama em Kg Peso ao Abate Idade de Abate
4,1 a 5,0 119,2 177,3
5,0 a 5,9 122,8 167
5,9 a 6,8 125,4 168
6,8 a 7,7 124 163,8
7,7 a 8,6 126 163
> 8,6 Kg 126,8 162,2
COBRIÇÃO/GESTAÇÃO

MATERNIDADE

CRECHE

TERMINAÇÃO

ABATE