Aglomerante 3

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26/04/2024

Elisângela Pereira da Silva

Adições

São materiais silicosos moídos a pó, em


geral provenientes de algum tipo de
resíduo industrial, que quando adicionados
ao cimento, produzem algumas
características interessantes no concreto.

Filler calcário

Escória
Pozolana

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Adições

Pozolanas

As pozolanas são compostos minerais, de origem natural ou artificial,


de composição siliciosa, SiO2, ou silico-aluminosa, SiO2 e Al2O3.

São divididas em pozolanas naturais e artificiais

Pozolana natural – materiais que possuem atividade pozolânica por si


só, sem nenhum tratamento especial de ativação.
Ex.: cinzas e lavas vulcânicas, esqueletos de algas diatomáceas

Adições
Pozolanas artificiais - correspondem aos materiais provenientes de
tratamento térmico ou subprodutos industriais com atividade pozolânica e
podem ser subdivididas em:

Cinza volante – proveniente da combustão de centrais termelétricas de


carvão mineral pulverizado

Sílica ativa – subproduto da produção de silício metálico e ligas de


ferro-silício. Constituída de partículas 100 vezes menores que a do
cimento.

Argilas calcinadas – resultante da calcinação e moagem de


determinadas argilas a temperaturas de 500oC a 900oC.

Metacaulim – produto da calcinação de argilominerais cauliníticos

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Adições

Escória de alto forno

O tratamento em alto forno de minério de ferro produz o ferro


fundido e a escória líquida

Constituída principalmente de cálcio, magnésio, silício, alumínio


e oxigênio, mesmo elementos do clínquer, e portanto,
compatíveis com ele dentro de uma faixa de proporcionamento.

Adições
Fíler calcário

Materiais carbonáticos finamente divididos

- Tornam os concretos e argamassas mais trabalháveis

- Diminuem a permeabilidadde e capilaridade

Quando o filler calcário é mais


fino que o cimento, o mesmo
pode gerar empacotamento dos
sólidos e reduzir a demanda de
água. ( Jonh Wanderley)

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Adições

GESSO:
A gipsita, sulfato de cálcio di-hidratado, é comumente chamada de gesso. É
adicionada na moagem final do cimento, com a finalidade de regular o tempo
de pega, permitindo com que o cimento permaneça trabalhável por pelo menos
uma hora e trinta minutos, conforme ABNT.

Sem a adição de gipsita, o cimento tem início de pega em aproximadamente


quinze minutos, o que tornaria difícil a sua utilização em concretos

FÍLER CALCÁRIO:

A adição de calcário finamente moído é efetuada para diminuir a porcentagem


de vazios, melhorar a trabalhabilidade, o acabamento e pode até elevar a
resistência inicial do cimento.

Adições

POZOLANA

A adição de pozolana propicia ao cimento maior resistência a meios


agressivos como esgotos, água do mar, solos sulfurosos e a agregados
reativos. Diminui também o calor de hidratação, permeabilidade, segregação
de agregados e proporciona maior trabalhabilidade e estabilidade de volume,
tornando o cimento pozolânico adequado a aplicações que exijam baixo calor
de hidratação, como concretagens de grandes volumes.

ESCORIA DE ALTO FORNO

Esta substituição traz inúmeros benefícios ambientais, socioeconômicos e


de resistência a compressão mesmo quando realizado grandes quantidades
de substituição.

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Cimento Portland

A classe de cimento habitualmente encontrado no


mercado é a CP-32.

Fonte: mapa engenharia

Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Comum


CP I - Cimento Portland Comum
CP I-S - Cimento Portland Comum com Adição

Aplicações: É usado em serviços de construção geral, quando não são


exigidas propriedades especiais do cimento.

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Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Composto


CP II-E - Cimento Portland Composto com Escória
CP II-Z - Cimento Portland Composto com Pozolana
CP II-F - Cimento Portland Composto com Fíler

Aplicações: Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob


forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos
pré-moldados e artefatos de cimento.

Principais tipos de cimento Portland


• Cimento Portland de Alto-Forno – CP III

Aplicações: Em obras de concreto-massa, tais como: barragens, peças


de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em
ambientes agressivos, tubos e canaletas para a condução de líquidos
agressivos, esgotos e efluentes industriais, pilares de pontes, obras
submersas, pistas de aeroportos.

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Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Pozolânico – CP IV

Aplicações: É especialmente indicado em obras expostas à ação de água


e em ambientes agressivos.
Concretos com agregados reativos.

Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – CP V - ARI

Aplicações: Em blocos para alvenaria, blocos para pavimentação,


tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-
moldados e pré-fabricados.

A Alta resistência nos primeiros dias é conseguida devido a


utilização de uma dosagem diferenciada de calcário e argila, bem
como a sua moagem mais fina, ao reagir com a água, adquire
elevadas resistências, com velocidade muito maior.

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Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Resistente à Sulfatos

Qualquer um dos tipos de Cimento Portland citados pode ser classificado como
resistente a sulfatos, desde que se enquadrem dentro de uma das
características:

•Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer de no máximo 8% e teor de


adições carbonáticas de no máximo 5% em massa.

• Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória


granulada de alto-forno, em massa;

Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Resistente à Sulfatos

Qualquer um dos tipos de Cimento Portland citados pode ser classificado como
resistente a sulfatos, desde que se enquadrem dentro de uma das
características:

• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de


material pozolânico, em massa;

• Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa


duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos.

•É recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de


águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos.

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Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Resistente à Sulfatos

Aplicações: Em ambientes submetidos ao ataque de meios agressivos,


como estações de tratamento de água e esgotos, obras de regiões
litorâneas, subterrâneas e marítimas.

Principais tipos de cimento Portland

• Cimento Portland Branco – CPB (Estrutural e não estrutural)

Estrutural: Em concretos brancos para fins arquitetônicos

Não estrutural: Em rejuntamento de azulejos e em aplicações não


estruturais.

No processo de fabricação do seu clínquer é


eliminado o ferro contido na argila

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Principais tipos de cimento Portland

Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)

Devem cumprir os requisitos específicos de baixo desenvolvimento de


calor de hidratação de forma a evitar processos de fissuração por
gradiente térmico.
Ex.: CP III – 32 BC, CP IV – 32 BC

NBR 13116 – cimento Portland de baixo calor de hidratação -


especificação

Cimento Portland para poços petrolíferos (CPP)

É um tipo especial de cimento que deve atender as exigências da NBR


9831 (ABNT, 2008) (cimento Portland destinado a cimentação de poço
petrolíferos – Requisitos e métodos de ensaios)

Cimento Portland

Classes de cimento

Define a sua resistência mecânica aos 28 dias

Resistência à Compressão Código de identificação da


aos 28 dias classe
25 MPa 25
32 MPa 32
40 MPa 40

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Cimento Portland

Armazenamento
• De acordo com a marca, tipo e classe.

• Cimento fornecido em sacos deve ser


guardado em pilhas, em local fechado
e protegido. as pilhas devem ser
separadas por lote recebido.

• As pilhas devem ser separadas por corredores (para permitir o acesso)


e devem ser apoiadas em estrado ou paletes de madeira.

• Os sacos devem ser empilhados em pilhas máximas de 15 unidades –


quando ficarem retidos por período inferior a 15 dias no canteiro de
obras; ou de 10 unidades, quando ficarem por período mais longo.

Cimento Portland

Armazenamento
OBS: De acordo com a NBR 16697:2018, os sacos devem estar íntegros
na ocasião de sua inspeção e recebimento e devem ser armazenados
conforme a seguir:

a) em locais secos e protegidos de intempéries, para a preservação da


qualidade do produto;

b) as pilhas de sacos ou paletes devem ficar afastadas de paredes e de


forma que permitam fácil acesso à inspeção e à identificação de cada
lote.

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Propriedades Físicas

São consideradas sob três aspectos:


• Pó
• Pasta
• Argamassa

Propriedades Físicas- Pó
Finura

Tamanho dos grãos do produto

Definida de duas maneiras distintas:

1 – Pelo tamanho máximo do grão


2 – Superfície específica

Densidade absoluta 3,15g/cm3


Densidade aparente 1,5g/cm3

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Propriedades Físicas Pó
Finura

Segundo Mehta e Monteiro (2014), quanto mais fino o cimento, mais


rápida será sua reatividade com a água. Assim, o desenvolvimento da
resistência pode ser intensificado, porém os custos da moagem e o
calor emitido na hidratação são maiores.

O aumento da finura melhora a resistência (particularmente a


resistência nas primeiras idades), diminui a exsudação e outros tipos de
segregação, aumenta a impermeabilidade, a trabalhabilidade e a coesão
dos concretos .

Propriedades Físicas Pó

A finura governa a velocidade da reação de hidratação

• Melhora a resistência;
• Diminui a exsudação e outros tipos de separação;
• Aumenta a impermeabilidade;
• Aumenta a trabalhabilidade e coesão

Trabalhabilidade – estado que oferece maior ou menor


facilidade de manuseio com argamassas e concretos
frescos.

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Propriedades Físicas Pó

Determinação da finura

Determinação da finura: ABNT NBR 11579:2013 –


determinação do percentual retido em uma peneira 75μm

cada cimento tem um percentual máximo retido de acordo


com a NBR 16697:2018.

Propriedades Físicas Pó

Superfície Específica

NBR 16372 2015

Classe 25 ≥ 240 m2/Kg


Classe 32 ≥ 260 m2/Kg
Classe 40 ≥ 280 m2/Kg

Aparelho de Blaine

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Propriedades Físicas Pasta


Consistência da pasta
NM 43:2002

A pasta é misturada em
proporção que conduz a uma
consistência denominada
normal

Deve ter uma consistência


normal de 6 mm +/- 1 mm

Propriedades Físicas Pasta


Tempo de Pega

Processo de hidratação

1 – os grãos aglutinam-se por efeito de floculação


2 – o prosseguimento da hidratação conduz ao
endurecimento responsável pela aquisição permanente
das qualidades mecânicas

A caracterização da pega no cimento é feita pela


determinação de dois tempos:

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Propriedades Físicas Pasta

Os tempos de início e fim de pega são determinados


pelo aparelho de Vicat (NM 65:2002)

O tempo de início de pega é


contado desde o lançamento da
água na pasta até que a agulha
alcance 4 +/- 1 mm do fundo de
uma pasta.

Tempo de fim de pega é atingido


quando a agulha deixa uma
impressão na superfície da pasta
de 0,5 mm.

Propriedades Físicas

Ao final da pega, a pasta apresenta pouca ou nenhuma resistência

O progressivo preenchimento dos vazios com os produtos de


hidratação do cimento resulta em diminuição da porosidade e aumento
da resistência

Na tecnologia do concreto o fenômeno do ganho da resistência com o


tempo denomina-se endurecimento

Controle do tempo de pega

• Aditivos aceleradores
• Aditivos retardadores

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Propriedades Físicas Pasta Pasta

Resistência

NBR 7215:2019 – determinação da resistência através de corpos


de prova cilíndricos.

Corpos de prova de 50 x 100 mm

São moldados 4 corpos de prova, cada um com 4 camadas e cada


camada com 30 golpes.

Propriedades Físicas Argamassa

Consistência

A argamassa é
constituída pela
mistura de
cimento e areia
nas proporções 1:3
em peso.

Diz que a consistência é normal quando alcança 165


mm

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Propriedades Físicas
Exsudação

Separação que ocorre na pasta de cimento

Os grãos de cimento são mais pesados que a água que os envolve,


são forçados, a uma sedimentação, quando possível.

Movimentação do grão Afloramento do excesso de


água

A exsudação prejudica a uniformidade,


resistência e a durabilidade dos
concretos.

Propriedades Químicas
Estão diretamente ligadas ao processo de endurecimento
por hidratação

•Estabilidade

É uma característica ligada a ocorrência de indesejáveis


expansões volumétricas posterior ao endurecimento do
concreto e resulta da hidratação da cal e magnésia livre
nele presentes.

o cimento contém apreciáveis proporções de cal livre (CaO), esse


óxido, ao se hidratar posteriormente ao endurecimento, aumenta
de volume, criando tensões internas que conduzem a
microfissuracão.

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Propriedades químicas

• Calor de hidratação

Durante o processo de endurecimento do cimento,


considerável quantidade de calor se desenvolve nas
reações de hidratação.

Importante

Em obras volumosas a elevação da temperatura


conduz ao aparecimento de trincas de contração ao
fim do resfriamento da massa.

O aluminato de cálcio (C3A) muito contribui para o calor


de hidratação e também responsável pela rapidez da
pega.

Hidratação do cimento

Os principais produtos do clínquer

Basicamente, são quatro os principais compostos do cimento:

C3S - Silicato Tricálcico - (3CaO • SiO2); 10% a 20%


C2S - Silicato Bicálcico (2CaO • SiO2); 40% a 70%
C3A - Aluminato Tricálcico (3CaO • Al2O3); 7% a 15%
C4AFe - Ferro aluminato Tetracálcico (4CaO • Al2O3 • Fe2O3). 7% a 15%

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Hidratação do cimento

Resistência do cimento

C2S - Adquire maior importância no


processo de endurecimento em idades
mais avançadas, sendo largamente
responsável pelo ganho de resistência a
um ano ou mais.

C3S é o maior responsável pela


resistência em todas as idades
especialmente até o fim do primeiro mês
de cura.

C3A - O aluminato tricálcico também, contribui para a resistência,


especialmente o primeiro dia.

C4AFe - O ferro aluminato de cálcio em nada contribui para a resistência.

Hidratação do cimento

Calor de hidratação

C2S - Pouco Contribui.


C3S O silicato tricálcico é o segundo componente em importância no
processo de liberação de calor.
C3A - O aluminato de cálcio (C3A) muito contribui para o calor de
hidratação, especialmente no início do período de cura.
C4AFe - Pouco Contribui.

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Hidratação do cimento

Tempo de pega
C2S - Hidrata lentamente, não tendo efeito sobre o tempo de pega.
C3S - O silicato tricálcico é o segundo componente com responsabilidade
pelo tempo de pega do cimento.
C3A - O aluminato de cálcio quando presente em forma cristalina, é o
responsável pela rapidez de pega. Com a adição de proporção conveniente
de gesso, o tempo de hidratação é controlado.
C4AFe - Hidrata lentamente, não tendo efeito sobre o tempo de pega.

Resistência aos agentes agressivos

Resistência à compressão

A adição de algumas pozolanas , como sílica ativa, o


metacaulim e a cinza da casca de arroz aumentam de
forma significativa a resistência à compressão em todas
as idades

• melhoria da microestrutura da zona de transição

Isaia (1995) Estudou o efeito de diferentes teores de


pozolanas (cinza volante, cinza da casca de arroz e sílica
ativa)

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Resistência aos agentes agressivos

Incorporação de cinza volante

Relação água/aglomerante = 0,3

Relação água/aglomerante = 0,5

Resistência aos agentes agressivos

Incorporação da cinza da casca de arroz

Relação água/aglomerante = 0,5 Relação água/aglomerante = 0,3

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