Estagio Supervisionado - Ed Infantil 1
Estagio Supervisionado - Ed Infantil 1
Estagio Supervisionado - Ed Infantil 1
ALUNO(A)
CARLA DE SOUZA SILVA
PROFESSOR ORIENTADOR
RINALDO ALVES DE OLIVEIRA
JUCÁS - CE
2023
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA.
ESTAGIO SUPERVISIONADO – EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO:
O presente relatório tem o propósito de relatar as minhas experiências
desenvolvidas no processo de desenvolvimento do Estagio Supervisionado, na
educação Infantil do curso de pedagogia. O estágio foi realizado no 5° período,
o mesmo foi efetuado na Escola E.I.E.F Dom Pedro I. Localizado na vila São
Pedro Jucas-CE. Com base em todo desenvolvimento do trabalho e estudos
realizados na prática.
impressos, em seguida foi realizada uma conversa formal com as crianças sobre
a história contada, buscando a interação e interpretação de todos.
Foi realizada uma atividade do livro (1,2,3, é tempo de aprender) durante
a observação em sala as crianças tem um tempo para brincar com as peças de
lego e brinquedos. O livro usado para planejamento foi (PNLD), o planejamento
aconteceu juntamente com a professora titular, onde pude ajudar e observar a
realização do planejamento trocando ideias para o desenvolvimento das
atividades que foram realizadas com a turma e tirando dúvidas sobre como
avaliar os alunos. A maneira de como avaliar é de extrema importância na
formação de cada criança.
Como forma avaliativa na sala de aula procurei acompanhar cada criança
no decorrer das atividades e observei aqueles que tinham melhor desempenho e
os que apresentavam mais dificuldades. Os alunos que apresentavam dificuldade
na escrita” geralmente é na coordenação motora ao segurar o lápis” colocava
uma linguinha de pano entres seus dedos e apoiava o lápis entre os dedos e a
linguinha para melhorar a pegada e com isso a criança conseguia fazer a escrita
da letra ou até mesmo do seu nome.
III.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANÁLISE.
Para a fundamentação e dar mais autenticidade ao trabalho estou me
baseando em três autores, Piaget (1896 - 1966), Vygotsky (1896 - 1934) e
Paulo Freire (1921- 1997). Suas obras e teorias possibilitaram e contribuíram para
a construção deste trabalho.
Que pai e mãe não desejam o melhor para o seu filho? E que pai e mãe
não gostariam de ter um manual mágico que os orientasse a desenvolver a
criança de forma perfeita? A responsabilidade de acertar nessa tarefa é enorme,
pois é toda uma vida que está em jogo. Há um ponto de partida, o nascimento
e uma trilha a ser seguida, que é a evolução adquirida com os anos. As aptidões
inatas da criança, que vão desde a habilidade em chutar bola até a capacidade
de resolver um problema matemático, podem ou não ser desenvolvidas. Depende
da estimulação, que pode acontecer em casa ou na escola a partir de atitudes
muito simples, como brincar ou cantar com o bebê, mas que terão papel decisivo
no seu desenvolvimento.
As hipóteses aqui apresentadas nasceram de estudos preliminares sobre o
planejamento realizado em parte no material exposto aqui nesta seção pelo qual,
já se podem conhecer posicionamentos fundamentais na discussão proposta.
Vygotsky enfatizou as origens sociais da linguagem e do pensamento e foi
o primeiro psicólogo moderno a propor o mecanismo pelo qual a cultura se torna
uma parte natural. Para chegar a um bom processo de ensino é necessário
compreender a fase de cada aluno para assim criar a melhor estratégia de
ensino. Utilizar da própria ludicidade da criança para empregar atividades em
sala de aula é uma proposta que tem ganhado cada vez mais espaço.
No estudo da inteligência prática observa-se a importância do uso de
instrumentos na realização de atividades ou ao repassar um conteúdo, a criança
aprende melhor na prática e o uso de instrumentos estimula o visual, a
capacidade de resolver problemas, os movimentos sistemáticos e entre outros
aspectos, veja o que diz Vygotsky a esse respeito:
Entretanto, não é somente o uso de instrumentos que se
desenvolve nesse ponto da história de uma criança; desenvolvem-se
também os movimentos sistemáticos, a percepção, o cérebro e as
mãos - na verdade, o seu organismo inteiro. Em consequência, o
sistema de atividade da criança é determinado em cada estágio
específico, tanto pelo seu grau de desenvolvimento orgânico quanto
pelo grau de domínio no uso de instrumentos. (Vygotsky, 2003, p.18)
Não podemos e não devemos assumir uma postura maternal e tampouco a
escola está para abraçar tal função, porém essas crianças buscam nos Centros de
Educação Infantil conforto, acalanto, segurança, amor e muita atenção, além da
sua propriamente dita, cuja função cabe à escola. Alguns profissionais parecem
esquecer-se de que estão relacionando-se com infantes e, é nessa faixa etária
que se estrutura a complexidade da personalidade da criança.
Desenvolver é crescer, aprender e fazer coisas novas, diferentes. “a
mente da criança contém todos os estágios do futuro desenvolvimento intelectual;
eles existem já na sua forma completa, esperando o momento adequado para
emergir” (VYGOTSKY, 1998, p. 32). Para Vygotsky, no entanto, a maturação
biológica ocupa um lugar secundário no processo de desenvolvimento humano.
Atribuindo à interação social um papel de enorme relevância a esse
processo, ou seja, as formas complexas do comportamento humano dependem da
interação da criança e sua cultura para o seu pleno desenvolvimento. Antes de
se realizar qualquer atividade com uma criança de 0 a 6 anos de idade, se faz
premente conhecer suas limitações e aprender a respeitá-las, considerando que o
desenvolvimento dessa criança está intimamente relacionado ao seu contexto
sociocultural de maneira dinâmica e dialética. Desta forma, o desenvolvimento
das funções psicológicas 17 superiores é mediado por outras pessoas do seu
grupo sociocultural, indicando, delimitando e atribuindo significados à realidade.
De acordo Vygotsky (1998, p. 29), a experiência social exerce: [...] seu papel
através do processo de imitação; quando a criança imita a forma pela qual o
adulto usa instrumentos e manipula objetos, ela está dominando o verdadeiro
princípio envolvido numa atividade particular. Eles sugerem que as ações quando
repetidas, acumulam-se, umas sobre as outras, sobrepondo-se como numa
fotografia de exposição múltipla; os traços comuns tornam-se nítidos e as
diferenças tornam-se borradas.
inventá-la
e, consequentemente, de compreendê-la completamente.
Jean Piaget
Ao contrário dessa abordagem, Freire (1996, p. 21) defende que “[...]
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção”. O autor problematiza ainda que Falar da
realidade como algo parado, estático, compartimentado e bem comportado,
quando não falar ou dissertar sobre algo completamente alheio à experiência
existencial dos educandos, vem sendo, realmente, a suprema inquietação desta
educação.
Nela, o educador, aparece como seu indiscutível agente, como seu real
sujeito, cuja tarefa indeclinável é “encher” os educandos dos conteúdos de sua
narração (FREIRE 2014a, p. 79). Seguindo tal pensamento, Freire (2014a, p. 79)
aborda ainda que ao trabalhar com a fragmentação da realidade em detrimento
da totalidade “[...] a palavra esvazia da dimensão concreta que devia ter ou se
transforma em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante”.
Nesse sentido, compreendemos que as atividades realizadas na turma não
levavam os alunos a uma consciência crítica, uma vez que alfabetizar na
perspectiva de codificar e decodificar configurou-se em um processo insuficiente,
pois é necessário haver práticas sociais de leitura e escrita que proporcionem o
envolvimento dos estudantes em situações concretas, reais e significativas.
Assim, de modo a construirmos um projeto de intervenção autêntico,
coerente e instigante para o grupo, realizamos uma análise de perfil da turma
para desta forma compreender quem eram aqueles sujeitos que lá estavam
presentes, pois segundo Freire (2014b, p. 90, grifo do autor), “constatando nos
tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais
complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a
ela”.
Nessa análise, percebeu-se que havia muita limitação na compreensão da
professora regente em acreditar que os alunos eram capazes de realizar
atividades mais complexas que pinturas de desenhos prontos ou mesmo
ilustrações relacionadas a saídas de campo realizadas em dias anteriores. Freire
problematiza que manter essa perspectiva de educação é naturalizar e legitimar
o poder do sistema.
No dia que foi realizado o dia do livro em sala de aula as crianças
ficaram empolgadas porque era algo novo para elas, em sala de aula pedi para
as crianças fazerem uma roda e tivemos uma conversa formal depois, colocamos
um tapete para colocar os livros para trabalhar a imaginação deles. Logo em
seguida algumas crianças pediram para eu ler o livro para eles, depois fomos
explorar o mural que tínhamos feito em sala juntos, e com isso pude observar
que trabalhar livros infantis em sala faz com que eles aprendam a trabalhar sua
imaginação, a aula se tornou muito atrativa, saímos do método tradicional e
utilizamos a prática.
Segundo Jean Piaget prática usando leitura e contação de história auxilia
na formação humana, através da imaginação, atenção e linguagem. A criança
aprende pelos objetos, com o meio social, brincadeiras e usando livros
contribuindo para a formação de aprendizagem com sentido e significado.