José Alencar Neto
José Alencar Neto
José Alencar Neto
MEDICINA VETERINÁRIA
SOBRAL-CE
2019
JOSÉ ALENCAR NETO
SOBRAL-CE
2019
JOSÉ ALENCAR NETO
Aprovado em ___/___/____.
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Dr. Cahuê Francisco Rosa Paz – Orientador
Centro Universitário INTA - UNINTA
_________________________________________________________________
M. V. Raimundo Nonato de Aguiar Filho – 1º Examinador
Centro Universitário INTA - UNINTA
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M. V. Esp. José Alexandre Sousa Carvalho – 2º Examinador
Profissional autônomo
DEDICATÓRIA
Primeiro quero dedicar essa monografia a Deus, por ter me dado forças e ter me
guiado em minhas dificuldades. Em meio a essas dificuldades consegui seguir sempre em
frente e chegar até aqui, ele vai continuar me guiando em minha caminhada.
Ao meu pai, Francisco Alencarino Alves, por me ajudar sempre nas horas mais
difíceis e que me ensinou e educou pra chegar ate aqui. À minha velha que tanto amo,
sempre esteve do meu lado quando mais precisei, sempre me aconselhou e sente
orgulho de mim por ter chegado até aqui. Não tenho nem palavras para expressar todo o
meu agradecimento a vocês, amo-os demais.
Dedicar aos meus irmãos, Ana Karine Alves e Savio André, que, mesmo estando
distantes quando nos falávamos, me davam forças para seguir. Dedicar à minha linda
Emily, pra quem o tio vai se fazer mais presente quando formar.
À minha namorada, Jaquiele Arcanjo, e meus filhos, Jamile Arcanjo e Luis Arthur,
que sempre me deram apoio e estiveram do meu lado, independente do momento que
estivéssemos passando, dando conselho, puxão de orelha e outras coisas. Ajudaram-me
demais a continuar e hoje são minha base.
Aos irmãos que Deus me deu, Júnior Mariano e Edmilson Vasconcelos, estiveram
comigo quando mais precisei. Eu os incentivei a entrar na medicina veterinária e
infelizmente trancaram, mas gostaria muito de vê-los formados. Gostaria muito que
voltassem a se falar para que possamos voltar a ser como era antes.
Queria dedicar esta monografia ao meu primo, irmão que Deus me deu, mas,
infelizmente, já o levou, Luis Danilton Rodrigues Marques, o qual me deu conselhos e
compartilhou dos meus sonhos. Gostaria que você estivesse aqui para compartilhar com
você meu sonho, mas, onde você estiver, sei que está sempre comigo e jamais vai sair da
minha memória.
Ao professor e orientador Cahuê Paz, que apesar de lhe conhecer a pouco tempo
já foi o bastante pra lhe agradecer por muitas coisas, primeiro por aceitar ser meu
orientador, por sua atenção e toda vez quando falei algo pessoal você sempre disse
“precisando estamos por aqui”, nunca vou esquecer isso, muito obrigado pro tudo.
Aqui gostaria de dedicar, em especial, ao meu professor, orientador e amigo,
Paulo Henrique Cavalcante, e retratar que quando eu estava passando pelo pior momento
da minha vida, uma fase muito turbulenta na qual iria trancar a faculdade, você não
deixou e fez com que eu passasse por estas dificuldades. Graças a você aqui hoje me
encontro. Só tenho a agradecer por tudo que o senhor fez por mim, pelos ensinamentos,
pela paciência, por chamar minha atenção e falar um dos maiores ensinamentos que vou
levar para minha vida profissional e pessoal, que é “prestar atenção”.
AGRADECIMENTOS
Aos meus professores, que, dentro ou fora de sala de aula, sempre repassaram
suas experiências. Gostaria de citar alguns nomes, como: Emmanuelle Figueirêdo,
Robério Fiuza, Wendell Goiana, Ana Karinne Leite, Monalysa, Marcel, Moises Freitas,
Alessandro.
Ao Dr. Alexandre carvalho, por ter me aceitado de braços abertos para estagiar
com ele. Obrigado pela experiência e ensinamento que me passou.
Ao pessoal que estagiou comigo no HOVET, ao Dr. Aguiar Filho que sempre
esteve comigo e sempre me ajudou. Ao pessoal que estagiei menos tempo: Sebastião,
Willam (esse cara me ajudou demais), Yago, Elvis, Diego, Lucas, Eric, Andressa, José,
Hermano, Walter, Ranieri, Davi, Geise, Wilson, Emanuel, Tayron, Matheus e outros.
A toda minha família, tias (especialmente Marieta), tios, primos, primas. Obrigado
por tudo que vocês fizeram por mim. Sempre irei lembrar e ser grato.
Assim como “In memoriam” à minha avó Socorro Alves, meu avô José Alencar e
minha tia Maisa, tenho vocês sempre no coração.
Por fim, gostaria de agradecer a todos e pedir desculpa a quem não foi citada,
mas me ajudou de alguma forma em minha formação. Deus abençoe a todos.
RESUMO
The aim of this study was to present the activities developed during the period of
supervised curricular traineeship, which was carried out at the Veterinary Hospital of the
University Center UNINTA, in the city of Sobral - CE. The Traineeship start in 03/18/2019
to 05/31/2019, with the training activities being carried out both at the Veterinary Hospital
of Large Animals Prof. Master José Almir Martins de Oliveira (HOVET-UNINTA), and in
external assistance activities. In addition, the objective was also to describe and report a
clinical case involving a locomotor system disease, denominated flexural deformity in
horses.
.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1.1 Introdução
Figura 1 – Vista aérea do Hospital Veterinário de Grandes Animais. Fonte: Google mapas.
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Recepção;
Um (01) redondel;
Uma descarregadeira;
Centro cirúrgico;
Sala de paramentação;
Farmácia;
Copa;
Dormitório;
Banheiros;
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Figura 2 – Vista externa da entrada do HOVET-UNINTA Setor de Grandes Animais. Fonte: Arquivo
pessoal.
Figura 4 – Vista da área de realização dos exames físico com tronco de contenção. Fonte: Arquivo
pessoal.
Figura 7 – Vista da sala de indução e recuperação anestésica. Ao fundo: centro cirúrgico. Fonte:
Arquivo pessoal.
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A equipe é composta por cinco veterinários, dois auxiliares gerais, dois porteiros e
equipe de estagiários. As atividades foram realizadas no HOVET durante o período
da manhã e da tarde, sob a orientação do Prof. Cahuê Paz e supervisão do Médico
Veterinário Aguiar Filho.
Tabela 1 – Número de atendimentos clínico e cirúrgico por espécie animal realizado durante o estágio.
Exames radiográficos - 10 01 11
Artrite séptica - 01 - 01
Perfusão regional - 05 - 05
Infiltração articular - 01 - 01
Laminite - 02 - 02
Cólica - 03 - 03
Profilaxia dentária - 06 - 06
Parto Distócico 01 - - 01
Abcesso subsolear - 02 - 02
Luxação - - 01 01
Deformidade flexural - 02 - 02
Tenossinovite séptica - 01 - 01
Habronemose - 01 - 01
TOTAL GERAL 37
21
11%
24%
65%
Gráfico 1 – Distribuição (%) das enfermidades dos atendimentos realizados por sistema afetado, durante o
período de estágio.
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2.1 Introdução
O termo deformidade flexural ou tendões contraídos tem sido usado para denominar
muitas deformidades flexoras nos membros, sendo um termo efetivo de se descrever
a afecção (McILWRAITH, 2002). As deformidades flexurais dos membros em
equinos são descritas como incapacidade dos animais em estender os membros por
completo. Várias estruturas anatômicas podem estar envolvidas, como por exemplo:
os tendões flexores, o aparelho suspensor, a cápsula articular, a fáscia da região,
ossos e pele (HUNT, 2003).
As alterações flexoras são mais comuns nas regiões distais dos membros, tendo
como as principais articulações afetadas a interfalângica distal,
metacarpo/metatarsofalangeana e carpo. As deformidades flexurais podem ser
classificadas em leves, moderadas e severas. Sendo a forma de tratamento
específica, de acordo com cada grau de alteração. Além dos graus, as deformidades
flexurais são divididas em congênitas e adquiridas, nas congênitas os potros nascem
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com a alteração, enquanto que nas adquiridas os animais nascem sem alteração,
mas ao longo do desenvolvimento acabam desenvolvendo a alteração (AUER,
2006).
O objetivo desse trabalho é relatar o caso de deformidade flexural que foi atendido
durante o período de estágio supervisionado obrigatório.
2.2.1 Patogenia
Muitos potros nascem com leve deformidade flexural, acarretando discreta flexão
que se resolve nas primeiras horas de vida. Nestes casos, a deformidade flexural é
bilateral, ou acomete os quatro membros. A alteração que acontece no tendão flexor
digital superficial resulta em posicionamento vertical das articulações; se os tendões
flexores profundos estiverem envolvidos os talões estarão em elevação. Em casos
graves, as articulações não poderão ser reposicionadas (WAGNER, 1994).
2.2.3 Diagnóstico
2.3 Tratamento
O uso da droga se faz mais eficaz nos três primeiros dias de vida e a dose, embora
alta, é segura para potros saudáveis e pode ser repetida com intervalo de 24 a 48
horas. Caso o paciente apresente diarreia, o tratamento deve suspendido
imediatamente. Os membros não afetados devem ser monitorados, visto que todos
sofrem relaxamento com o uso da tetraciclina. A descontinuação da terapia com o
antimicrobiano antes do membro afetado estar normal, depois do potro conseguir
apoiar o peso sobre o membro é comum, devido à piora no relaxamento dos
membros normais (REED et al., 2004).
3. CASO CLÍNICO
3.1 Anamnese
Figura 9 – Imagens do paciente. Esquerda: paciente com 60 dias de vida na propriedade; Direita:
paciente na sala de indução anestésica, no momento do pré-cirúrgico. Fonte: Arquivo pessoal
4. RESULTADOS
Ao chegar no hospital veterinária de grandes animais foi feito um exame físico onde
o paciente estava com FC: 86, FR: 42, TPC: 2 segundos, mucosas: róseas, pulso
digital: ausente, temperatura retal: 38.4 cº, movimentos intestinais normais em todos
os quadrantes.
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Logo após o exame físico foi feito a coleta de sangue para a realização de
hemograma completo, os valores encontrados no eritrograma estavam todos dentro
dos valores de referência, já no leucograma verificou-se uma leucocitose por
neutrofilía e linfocitose discreta, o que caracteriza uma possível infecção bacteriana,
que corrobora com o histórico de que na propriedade outros animais apresentavam
os sinais clínicos compatíveis com alterações no sistema respiratório.
Foi realizado uma tranquilização com o paciente ainda na baia, com acepromazina
(0,05 mg/kg/IM), após isso o paciente foi encaminhado para a sala de indução
anestésica, onde realizou-se sedação com detomidina (0,03 mcg/kg/IV), e indução
com cetamina (2 mg/kg/IV), associado a diazepam (0,1 mg/kg/IV). Com o paciente já
em decúbito lateral foi realizado a tricotomia do terço distal do carpo até a coroa do
casco em todas as faces. Após a tricotomia foi colocado em decúbito lateral
esquerdos na mesa operatória e realizado um bloqueio perineural com lidocaína (2
mg/kg) no plexo braquial. O procedimento de antissepsia foi feito com álcool 70%,
clorexidina 2% e clorexidina alcoólica.
Foi feito um torniquete desde a coroa do casco em sentido dorsal e fixado no terço
ventral do radio, a fim de retirar o sangue dos vasos para diminuir a quantidade de
sangue no campo operatório. A incisão de pele foi feita do lado lateral do terço
médio do metacarpo de aproximadamente 3-4 cm, depois foi feita a divulsão para
separação do tendão flexor digital profundo em relação ao tendão flexor digital
superficial. Na sequencia foi feito a exteriorização do TFDS, no qual este foi
seccionado. A sutura de subcutâneo foi feita com fio de poliglactina nº 0, com padrão
Cushing, enquanto que na pele a sutura foi feita com fio de náilon nº 0-1, com
padrão simples separado.
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Figura 12 – Esquerda: 15 dias após cirurgia. Direita: Imagem radiográfica na posição látero-medial
realizada imediatamente após a cirurgia. Fonte: Arquivo pessoal
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5. CONCLUSÃO
Sabe-se ainda que a dor seja ela óssea, articular, tendínea ou ligamentar é o que
leva o potro a passar um período mais prolongado com o membro sem apoiá-lo
totalmente ao solo e isso provoca uma possível deformidade flexural adquirida.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUER, J.A. Equine Surgery. 3. ed. St Louis: Elsevier, 2006. (seção. XII).
CORRÊA, R. R.; ZOPPA, A. L. V.; Deformidades flexurais em equinos:
revisão bibliográfica. São Paulo, 2007.
REED, Stephen M.; BAYLY, Warwick M.; SELLON, Debra C. Equine Internal
Medicine. St Louis: Elsevier, 2004.
7. ANEXOS