Atv Paragas Doenças Mandioca - Docs1
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CURSO DE AGRONOMIA
Cultivo de Plantas Alimentícias I
Discente: Karina Maria Gomes da Silva
Brocas-do-Caule
Danos
As brocas-do-caule geram danos severos e esporádicos. As fêmeas da broca
ovipositam em várias partes da planta, geralmente nas hastes fazendo tuneis e
debilitando a planta. As características mais presentes no plantio são
excrementos ou exsudatos deixados junto à base da planta ou próximo aos
orifícios nas ramas. Depois as brocas fêmeas ovipositam nas hastes e ocorre
um ressecamento e quebra das hastes, tendo a redução da qualidade e
quantidade do material de propagação (manivas-semente). Em períodos secos
ocorre um ressecamento e perca das folhas afetadas pela broca.
Manejo
o indicativo é observar constantemente o plantio, sobretudo, nos períodos
chuvosos e temperaturas elevadas. A redução do inseto da broca é somente
controlada quando é feito a eliminação das hastes lesadas, utilização de
maniva-sementes sadias que foram oriundas de plantações sem ocorrência de
ataque da broca, realizar uso de armadilhas para a captura de insetos da broca
adultos. (armadilha CNPMF) (CARVALHO et al., 2009).
De acordo com a Cartilha: Práticas para Produção de Mandioca por
Agricultores Familiares na Região do Sealba / Antônio Dias Santiago... [et al.]
as principais pragas que afetam as propriedades de agricultura familiar são:
Manejo
O recomendável é realizar inspeções periódicas nos plantios, e no começo do
surgimento da praga realizar a catação manual das lagartas e eliminação das
mesmas. Entretanto a catação manual só servirá para plantio com pequenas
áreas. Outra medida é usar e inseticidas à base da bactéria Bacillus
thuringiensis sendo muito recomendado para o controle das lagartas. Outra
medida de controle eficiente e com custos muito reduzidos é o uso do
Baculovirus erinnyis, cujo produto pode ser elaborado pelos próprios
produtores rurais. Para coletar as lagartas já mortas pelo vírus, faz necessário,
coleta-las nas folhagens da mandioca e congelar para posterior uso. No
momento do uso, as lagartas são maceradas com água, e filtradas e depois
aplicado a suspensão nas folhas da mandioca nas áreas infestadas com o
mandarová. O objetivo que é as lagartas sadias entre em contato com o vírus e
sejam contaminadas. O ciclo pode ser repetido em todas as safras e é
interessante que a aplicação seja feita no final da tarde pois as partículas virais
são sensíveis à radiação solar. Inseticidas registrados para a cultura (Agrofit,
2023) também podem ser utilizados, sob recomendação de profissional
habilitado.
Podridão-mole
Danos
O agente etiológico dessa doença que ataca a cultura da mandioca são as
espécies de Phytophthora e Pythium. Estas espécies pertencentes ao Reino
Chromista e costumam infectar as raízes, levando à total desintegração das
raízes, que liberam um odor de putrefação muito forte e característico. Essa
doença é muito comum em áreas onde os solos não são bem drenados tendo a
ocorrência de acúmulo de água no período de alta intensidade pluviométrica.
Os sintomas reflexos da podridão-mole são um amarelecimento e a murcha da
parte aérea das plantas e apodrecimento das raízes, geralmente podem ser
observados a partir de 2 ou 3 meses de intensa ocorrência de chuvas.
Podridão-seca
Danos
Espécies de Fusarium, Scytalidium, Lasiodiplodia e Diplodia são os principais
agentes etiológicos da podridão-seca nos plantios paraenses. Esse tipo de
podridão costuma ser notado em regiões mais secas, em áreas que não
ocorrem encharcamento. Os sintomas reflexos dessa doença são perceptíveis
na raiz da planta, ponto crucial que se difere da podridão mole das raízes.
Medidas
Realizar medidas de controle eficientes para as podridões radiculares, ou seja,
um conjunto de medias como: Uso de cultivares resistentes e/ou tolerantes
com práticas culturais adequadas, como o plantio sobre leiras para se evitar o
acúmulo de água junto às plantas, adubação adequada, não ferir as raízes
durante capinas, As cultivares BRS-Poti, Maranhense e Kiriris apresentam
características de boa resistência ou tolerância, tanto à podridão-mole quanto à
seca, dependendo das condições ambientais e dos tratos culturais a que estão
sujeitos os plantios. Realizar rotação de cultura, sempre quando necessário
com milho, arroz, feijão entre outros.
De acordo com a Cartilha: Práticas para Produção de Mandioca por
Agricultores Familiares na Região do Sealba/Antônio Dias Santigo... [et al.] as
principais doenças que afetam as propriedades de agricultura familiar são:
Podridões Radiculares
Danos
A maioria de percas na produção esta voltado para as doenças de podridões
radiculares, como por exemplo, podridões-mole e podridões-seca, que podem
provocar perdas de até 100%. Segundo Anjos et al. (2013), os principais
fungos que causam a podridão-mole são: Fusarium moniliforme J. Sheld., F.
oxysporum Schlechtend:Fr., F. solani (Mart.) Sacc., Phytophthora drechsleri
Tucker, P. nicotianae pv. nicotianae G.M. Waterhouse e Pythium spp. Os
sintomas reflexos que causam danos são apresentados pelas folhas, que se
tornam amareladas e murchas, e posteriormente caem. Nestes casos, a
podridão radicular está instalada e as raízes sem condições para se
desenvolver, pois já estão em estado de putrefação, com aspecto aquoso e
odor desagradável.
Entre as doenças de podridões-seca, os principais fungos são: Armillariella
mellea (Vahl.) Patt. [(Armillaria mellea (Vahl.) Fr.)], Sclerotium rolfsii Sacc. e
Rosellinia necatrix Prill. Os sintomas reflexos dessa doença e que as raízes
atacadas não se desintegram e não apresentam odor. Se diferindo muito dos
sintomas da podridão-mole. Sendo assim, descrito os sintomas Gomes e Leal
(2003) relata que a podridão apresenta consistência seca e sem o aparente
distúrbio dos tecidos.
Medidas
Utilizar manivas oriundas de plantios sadios; e plantios em canteiros ou
camalhões, nos casos dos plantios em áreas mal drenadas e sujeitas ao
encharcamento. Outra medida que deve ser adotada caso ocorra percas
frustração na safra, em virtude de podridões radiculares, é realizar uma rotação
de cultura com gramíneas, como por exemplo, milho.