Apostila Fundamentos Aula 2 Intervalos

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Fundamentos da Matemática – ProfªMaria da Conceição

Conjuntos Numéricos
I - Conjuntos:
Um conjunto é uma lista ou coleção de objetos, pessoas ou números.
Dizemos que os objetos, as pessoas ou os números que formam essas listas são os elementos do
conjunto.

II - Representação:
- Indicando seus elementos entre chaves e separados por vírgulas.
Ex.:
A = {1 , 3 , 10} conjunto finito
B = {1 , 3 , 5 , 7 , ...} conjunto infinito

Obs.: Se x faz parte de A: x  A; caso contrário, x  A.

- através de uma característica ou propriedade comum a todos os seus elementos.


Ex.:
C = {x | x é um número primo compreendido entre 8 e 15}

Obs.: um conjunto que não tem elementos é chamado conjunto vazio e indicado por .

III - Operações:
1) União: chamamos de A  B o conjunto formado por todos os elementos de A ou de B:
A  B = {x | xA ou xB}

Exemplo:
A = {1 , 2 , 3 , 4} e B = {0 , 2 , 4 , 5}
AB=

2) Intersecção: chamamos de A  B o conjunto formado por todos os elementos comuns a A e B:


A  B = {x | xA e xB}

Exemplo:
A = {1 , 2 , 3 , 4} e B = {2 , 3 , 8}
AB=

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3) Diferença: chamamos de A – B o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e não


pertencem a B.
A – B = {x | xA e xB}

Exemplo:
A = {1 , 3 , 5 , 7} e B = {1 , 3}
A–B=
B–A=

Obs.: podemos representar as operações dos conjuntos através de um diagrama chamado Diagrama
de Venn.

Exercícios

1. Se A = {1,2,3,4,5}; B = {2,3,7} e C = {2,4,6}, determine:


a) A  B
b) A  B
c) (A  B)  (B  C)

2. Se A = {1,2,3,4,5}; B = {2,3,6} e C = {1,2,4},encontre:


a) B – C

3. Se A – B = {1,3}; B – A = {4} e A  B = {2}, obtenha:


a) A
b) B
c) (A  B)  (A  B)

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IV - Conjuntos Numéricos:

1) Conjunto dos Números Naturais N 


N  0,1,2,3,4,5,6,...

N*  1,2,3,4,5,6,...  (o * significa a ausência do zero; logo este conjunto é um subconjunto dos N)


2) Conjunto dos Números Inteiros Z 
Z  ...,3,2,1,0,1,2,3,...

Z*  ...,3,2,1,1,2,3,...  subconjunto de Z com a ausência do zero


Z  0,1,2,3,...  subconjunto de Z; conjunto dos números inteiros não negativos
Z  0,1,2,3,...  subconjunto de Z; conjunto dos números inteiros não positivos

3) Conjunto dos Números Racionais Q


Pertencem ao conjunto dos números racionais:
1. os números inteiros;
2. as decimais exatas ou finitas;
1 5 1
Ex:  0,5 ;  1,25   0,25
2 4
;
4
3. as decimais periódicas ou infinitas.
1
Ex:   0,333...; 7
 1,666...
3 6

4) Conjunto dos Números Irracionais I 

Este conjunto é composto por decimais infinitas não periódicas.

Ex:   3,1415926535...

 2  1,4142135...

3 1,7320508...

5) Conjunto dos Números Reais 


Pertencem ao conjunto dos números reais:
- os números naturais;
- os números inteiros;
- os números racionais;
- os números irracionais.
Ou seja, IR = Q  I
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Portanto, a representação de Venn nos mostra a composição dos números reais:

Exercício

1 3 1
1) Represente na reta real os seguintes números:  3; ; ; 5; -1;  ;2.
0;
2 2 3

A  x  Z  2  x x  Z C  x  Z 1  x  5,
2)
Dados os conjuntos *
B 5x
 3, e
determine:
2
a) A  B
b) A  C
c) A  B
d) A  C
e) B  C   A

f) B  C   A

V - Intervalos:
Dados dois números reais a e b, com a < b, definimos:

1) Intervalo aberto: conjunto de números reais entre a e b, excluindo esses dois extremos.
]a , b[ = {x  IR | a < x < b}
Representação geométrica:

2) Intervalo fechado: conjunto de números reais entre a e b, incluindo esses dois extremos.
[a , b] = {x  IR | a  x  b}

Representação geométrica:

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3) Intervalos semi abertos:


- aberto à direita e fechado à esquerda: [a , b[ = {x  IR | a  x < b}
Representação geométrica:

- fechado à direita e aberto à esquerda: ]a , b] = {x  IR | a < x  b}


Representação geométrica:

4) Intervalos infinitos:
 ]c , +[ = {x  IR | x > c}
Representação geométrica:

 ]-  , c[ = {x  IR | x < c}
Representação geométrica:

 [c , +[ = {x  IR | x  c}
Representação geométrica:

 ]- , c] = {x  IR | x  c}
Representação geométrica:

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Exemplos:
1) Sendo J = [10 , 19]; M = [9 , 18] e C = [7 , 16], determine JMC.

2) Sendo A = [0 , 3] e B = [1 , 5[, determine:


a) AB
b) AB
c) A – B

Exercícios

1) Usando a notação de conjuntos, escreva os intervalos abaixo e represente-os sobre a reta real:

a) 6,10
b) ] 1,5]
c) ]  6,0[
d) [0,[
e) ]  ,3[
f) [5,2[
g) ] 10,10[

h)
 3, 3 
i) ]  ,1]

2) Sendo A = [2 , 7] e B = ]3 , 8], determine:


a) AB
b) AB

3) Sendo A = [1 , 3[; B = IR+ = [0 , +[ e C = [2 , 4[, determine:


a) AC
b) AC
c) A – C
d) B – A
e) B – C

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4) Dados os conjuntos A = {x | xIR e x > -2} e B = {x | xIR, -4  x < 3}, obtenha AB e AB.

5) Utilizando a representação gráfica dos intervalos sobre a reta real,


determine A  B , quando:

a) A  x  2  x  B  x 3  x  8
5 e B  x  0  x  5
b) A  x  1 x 
2 e

c) A  x x  3 e B  x 1 x  4

d) A  x   3  x 1 e B  x  0  x  3

6) Utilizando a representação gráfica dos intervalos sobre a reta real, A  B , quando:


determine

a) A  x   2  x  B  x 1 x 
3 e 4 B  x   2
b) A  x  1 x   x  8 B  x 
0 e  3  x  3 B   x
c) A  x   4  x 1 x  4
1 e

d) A  x  2  x 
5 e

7) Dados
A ]  5,2[ B [0,3] e C ] 1,7] , determine os conjuntos abaixo, utilizando a representação
,

gráfica dos intervalos sobre a reta real:


a) ABC
b) A  B  C

c) A  B  C

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Lógica Matemática
A lógica é um ramo da Matemática que trabalha a ciência do raciocínio através de proposições.
A lógica se desenvolveu com as ideias do matemático inglês George Boole (1815 – 1864) que, no
século XIX, desenvolveu o que se conhece hoje pela lógica booleana.

I – Sistemas Dicotômicos:
O mundo e que vivemos apresenta situações com dois estados apenas, que mutuamente se excluem.
Por exemplo:
Dia Noite
Ligado Desligado
Sim Não
Verdadeiro Falso
1 0

Obs.: Há situações (como diferentes tonalidades de vermelho, por exemplo) que não se apresentam como
estritamente dicotômicas, ou seja, com dois estados excludentes bem definidos.

II – Proposição:
Chama-se proposição uma sentença declarativa, afirmativa, que pode ser classificada em
verdadeira ou em falsa. Uma proposição pode ser escrita na forma simbólica (matemática) ou na
linguagem usual (português).

Exemplos:
a) Nove é diferente de cinco (9  5).
b) Sete é maior do que três (7 > 3).
c) Quatro vezes cinco é igual a 20 (4 . 5 =
20).
d) Três é divisor de onze (3 | 11).
e) O México fica na América do Norte.
f) Três vezes cinco mais um (3 . 5 + 1).
Q ? ).
g) A raiz quadrada de 2 é número racional? ( 2

Dessas sentenças, a), b), c), d), e) são proposições, onde todas são verdadeiras exceto d).
f) e g) não são proposições, pois f) não pode ser classificada em verdadeira ou em falsa e g) é
interrogativa.

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III – Valor lógico:


Se uma proposição for verdadeira, dizemos que o seu valor lógico é a verdade (1). Se for falsa,
dizemos que o seu valor lógico é a falsidade (0).
Assim, para as proposições acima, temos:
a) 9  5 [o valor lógico da proposição é a verdade (1)]
b) 7 > 3 [o valor lógico da proposição é a verdade (1)]
c) 4 . 5 = 20 [o valor lógico da proposição é a verdade (1)]
d) 3 | 11 [o valor lógico da proposição é a falsidade (0)]
e) O México fica na América do Norte. [o valor lógico da proposição é a verdade (1)]

IV – Proposições simples e compostas:


Proposição simples: é a que não contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si
mesma. Indicaremos tais proposições por letras minúsculas do alfabeto.
Exemplos: p:1 + 2 = 3
q: 2  1
Proposição composta: é formada por duas ou mais proposições simples relacionadas pelos
símbolos lógicos: conectivo “e”; conectivo “ou”; condicional “se ... então...” e o condicional “... se, e
somente se ...”. Indicaremos as proposições compostas por letras maiúsculas do alfabeto.
Exemplos: A partir das proposições simples p e q dadas acima, podemos formar as proposições
compostas:
P = p e q: 1 + 2 = 3 e 2  1
Q = p ou q: 1 + 2 = 3 ou 2  1
R = se p então q: se 1 + 2 = 3 então 2  1

Observação: Indicaremos o valor lógico de uma proposição p, por V(p).


Assim, como vimos, se p for verdadeira, V(p) = 1 e se p for falsa, V(p) = 0.
Nos exemplos acima, temos: V(p) = V(q) = 1.

Exercícios

1. Quais das sentenças abaixo são proposições? No caso das proposições, determinar o valor lógico (1 ou
0) de cada uma delas:
a) 25 – 2 = 24

b) tg  1
4
c) 16 é quadrado perfeito.
d) 2 + 7 . 3 = 5 . 4 + 3

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e) 5 . (3 + 1) = 5 . 3 + 5 . 1
f) (- 2)5  (- 2)3
g) (- 8) (- 3) + 5 (- 2) + 7 (- 2) = 0
h) 11 – 4 . 2
i) – 2 – (- 10) + 4 (- 7) = - 20
3 7
j)   1
5 5
4 5
k) 1
7 7

3 4
l)    5 117
4 7   28
1  1 2
   9
m)
2  5 
  40
4 
1
3
n) O número 11 é primo.
o) loga a = 1
p) loga 1 = 0
q) log (a . b) = log a – log b
r) Todo número terminado em 3 é divisível por 3.
s) (x + 2)2 = x2 + 4
t) (3y + 2).(3y – 2) = 9y – 4
u) x . x = 2x
v) x + x = 2x
1 3
w) 
3 3

V – Operações lógicas sobre proposições:


A partir de proposições dadas, vamos postular critérios para estabelecer os valores lógicos de novas
proposições formadas mediante o emprego dos símbolos lógicos:

,
1.) Negação ( ):
A partir de uma proposição p qualquer, sempre podemos construir outra, denominada negação de p e

,
indicada pelo símbolo p (lê-se “não p”).
Exemplos:
a) p: Nove é diferente de cinco (9  5) → V(p)

 
= 1 p : Nove é igual a 5 (9 = 5) → V(p ) = 0
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b) p: Sete é maior que três (7 > 3) → V(p) = 1

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 
p : Sete é menor ou igual a três (7  3) → V(p ) = 0
c) p: Três é divisor e 11 (3 | 11) → V(p) = 0
 
p : Três não é divisor de 11 (3 | 11) → V(p ) = 1

  
A proposição p tem sempre o valor lógico oposto de p, isto é, p é verdadeira quando p é falsa e p é
falsa quando p é verdadeira.


Podemos montar uma tabela, denominada tabela verdade da proposição p :
p p’
1 0
0 1

2.) Conjunção ( . ) “e”:


Colocando o conectivo “ . “ entre duas proposições p e q, obtemos uma nova proposição, p . q,
denominada conjunção das sentenças p e q (lê-se “p e q”).
Exemplo:
p: 2 > 0
q: 2  1
p . q: 2 > 0 e 2  1

A proposição p . q é verdadeira se p e q são ambas verdadeiras e falsa nos demais casos.

Podemos montar uma tabela em que são examinadas todas as possibilidades para p e q, denominada
tabela verdade da proposição p . q:
p q p.q
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 0

Assim, no exemplo acima, temos que V(p) = 1, V(q) = 1 e, portanto, V(p . q) = 1.

3.) Disjunção ( + ) “ou”:


Colocando o conectivo “ + “ entre duas proposições p e q, obtemos uma nova proposição, p + q,
denominada disjunção das sentenças p e q (lê-se “p ou q”).

Exemplo:
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p: 5 > 0
q: 5 > 6
p + q: 5 > 0 ou 5 > 6

A proposição p + q é verdadeira se pelo menos uma das proposições p ou q é verdadeira, se p e q são


ambas falsas, então p + q é falsa.

A tabela verdade para p + q é:


p q p+q
1 1 1
1 0 1
0 1 1
0 0 0

Assim, no exemplo acima, temos que V(p) = 1, V(q) = 0 e, portanto, V(p . q) = 1.

4.) Condicional (→) “se ... então ...”:


Representa-se o condicional de p e q por p → q e lê-se “se p então q”.
No condicional p → q, a proposição p é chamada antecedente e q é chamada
consequente. Exemplo:
p: 2 . 5 = 10
q: 3 | 10
p → q: se 2 . 5 = 10 então 3 | 10

A proposição p → q é falsa somente quando p é verdadeira e q é falsa; caso contrário, p → q é


verdadeira.

A tabela verdade para p → q é:


p q p→
q
1 1 1
1 0 0
0 1 1
0 0 1

Assim, no exemplo acima, temos que V(p) = 1, V(q) = 0 e, portanto, V(p → q) = 0.

5.) Bicondicional () “ ... se e somente se ...”:


Representa-se o bicondicional de p e q por p  q e lê-se “p se e somente se q”.

Exemplo:
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p: 2 | 12
q: (2 . 7) | (12 . 7)
p  q: 2 | 12 se e somente se (2 . 7) | (12 . 7)

A proposição p  q é verdadeira somente quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas; caso
contrário, é falsa.

Assim, a tabela verdade para p  q é:


p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 1

Assim, no exemplo acima, temos que V(p) = 1, V(q) = 1 e, portanto, V(p →


q) =1. Resumindo, temos:
p p’
1 0
0 1

p q p.q p+q p→ pq


q
1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 0 0
0 1 0 1 1 0
0 0 0 0 1 1

Exercícios

2. Qual é a negação de cada uma das proposições seguintes? Qual é o valor lógico de cada negação?
a) 3 . 7 = 21
b) 3 . (11 – 7)  5
c) 3 . 2 + 1 > 4
d) 5 . 7 – 2  5 . 6
 1 7
e)   1 3
  
 2 
2 

f) 21

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g) – (- 4)  7

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h) 3 | 7

3. De terminar o valor lógico de cada uma das proposições:


1) 3 > 1 e 4 > 2
2) 3 > 1 ou 3 = 1
3) 2 | 4 ou 2 | (4 + 1)
4) 3 . (5 + 2) = 3 . 5 + 3 . 2 e 3 | 7
1 3
5) 
ou 5 |11
2 4
6) (- 1)6 = - 1 e 25 < (- 2)7
3 1 4 2 4
7)   ou    1
8 6 24 4 8
 1 0 1
8)     ou 169  14
 3

3 

4. Sabendo que V(p) = 1 e V(q) = 0, determinar o valor lógico de cada uma das proposições abaixo:
a) p. q’
b) p + q’
c) p’. q
d) p’. q’
e) p’+ q’
f) p . (p’+ q )

5. Determinar o valor lógico de cada uma das


proposições: a) 2 – 1 = 1 → 5 + 7 = 3 . 4
b) 22 = 4  (- 2)2 = 4
c) 5 + 7 . 1 = 10 → 3 . 3 = 9
d) 20 – 1 = 1  4 é número primo
e) 2 | 8 → mmc(2 , 8) = 2
f) 626–2 0
3 2
g)  3725
5 7
h) 3 + 2 = 7 e 5 + 5 = 10
i) 3 > 2 ou 2 + 2 = 5
j) 3 > 1 → 30 = 3

k) 43 5

l) (1 + 1 = 2  4 + 3 = 5)’

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6. Se V(p) = V(q) = 1 e V(r) = V(s) = 0 , determinar os valores lógicos das seguintes proposições:
a) p’ + r

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b) r + (p s)
c) p’ + ( r . s )’
d) [q  ( p’ . s )]’
e) (p  q) + (q  p’)
f) (p  q) . (r’  s )
g) { [q’ . (p . s’) ]’ }’
h) p’ + [ q . (r  s’) ]
i) (p’ + r)  (q  s)
j) [p’ + (q . s)]’ + ( r  s’)
k) q’ . [ ( r’ + s)  ( p  q’) ]
l) [ p  ( q  r ) ]’  s

7. Sendo a proposição p → (r + s) falsa e a proposição (q . s’)  p verdadeira, classificar em


verdadeira ou falsa as afirmações p, q, r e s.

VI – Tabela Verdade:
Conforme vimos, toda proposição p pode ter um valor lógico verdadeiro ou falso, ou seja, V(p) = 1 ou
V(p) = 0.
Podemos examinar todas as possibilidades que uma proposição composta pode assumir e montar
uma tabela – a tabela verdade.

Teorema: O número de linhas de uma tabela verdade é dado por 2n, onde n é o número de proposições
componentes.

Ou seja:
 dada uma proposição p, n = 1 e a tabela verdade terá 21 = 2 linhas:

1
p
1 p
0
0

 dadas duas proposições p e q, n = 2 e a tabela verdade terá 22 = 4 linhas:


1

p q q
1 1 1
0
1 0 p
1
0
q
15
0
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0 1
0 0

 dadas três proposição p, q e r, n = 3 e a tabela verdade terá 23 = 8 linhas:

1
p q r
r
1 1 1 1
0
1 1 0
q 1
1 0 1
0 r
1 0 0 1
0
0 1 1
p 1
0 1 0
0 r
0 0 1 1
0
0 0 0 q
1
0
r

 e assim por diante.

Construção da tabela verdade: Para construirmos a tabela verdade de uma proposição, procedemos da
seguinte maneira:

1º) determinamos o número e linhas da tabela que queremos construir;


2º) aplicamos as definições das operações lógicas que o problema pedir.

Observações:

Prioridade entre os símbolos lógicos:


1º) ’ (negação)
2º) . e + (conjunção e
disjunção) 3º) →
(condicional)
4º)  (bicondicional)

Quando houver o mesmo símbolo várias vezes, o agrupamento é feito pela


direita. Exemplo: A → B → C → D é o mesmo que:
A → [B → (C → D)]

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Exemplos: Construir a tabela verdade das proposições seguintes:


1.) ( p . q’ )’
 número de proposições componentes:
 número de linhas :
p q

2.) ( p . q )’ + ( q  p )’
 número de proposições componentes:
 número de linhas :
p q

3.) ( p + q’ )  (p’ . q)
 número de proposições componentes:
 número de linhas :
p q

4.) (p → q) . (q → r) → (p → r)
 número de proposições componentes:
 número de linhas :
p q r

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Quando o valor lógico de uma proposição composta for sempre a verdade (1), quaisquer que sejam
os valores lógicos das proposições componentes, temos uma tautologia (exemplo 4).
Quando o valor lógico de uma proposição composta for sempre a falsidade (0), temos uma
contradição (exemplo 3).
E, finalmente, quando na tabela verdade de uma proposição composta ocorrem os valores 0 e 1,
temos uma indeterminação ou contingência (exemplos 1 e 2).

Exercícios

8. Construir e classificar as tabelas verdade das proposições seguintes:


a) p + p’
b) (p  q’)’
c) p . q  p + q
d) p’  (q  p)
e) (p  q)  p . q
f) q  q’ . p
g) (p  q’)  q + p
h) (p  q’)  p’. q
i) p’. r  q + r
j) p  r  q + r’
k) p  (p  r’)  q + r
l) (p + q  r ) + (p’  q + r’)

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Funções

I - Sistema Cartesiano Ortogonal:


É um sistema constituído por dois eixos – eixo x e eixo y – perpendiculares entre si.

x: eixo das abscissas


y: eixo das ordenadas
O: origem

Esse sistema é utilizado para localizar um ponto no plano:


Coordenadas do ponto P
P = (xP , yP)

yP abscissa ordenada

xP

Exemplos:
1.) Determinar as coordenadas dos pontos abaixo:

A=( , )
B=( , )
C=( , )
D=( , )
E=( , )
F=( , )
G=( , )
H=( , )
I=( , )
J=( , )
O=( , )

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2.) Localizar, no plano cartesiano, os pontos seguintes:

A = (2 , 2)
B = (2 , -2)
C = (-2 , -3)
D = (-3 , 2)
E = (-2 , 0)
F = (0 , 1)

II – Função:
Dados dois conjuntos A e B não vazios, formados de números reais, chama-se função uma relação
f de A em B, se e somente se, para todo elemento x de A existe um único elemento correspondente y em B.
Notação: f: A → B tal que y = f(x)

Exemplos:
1.) Sejam os conjuntos A={x1, x2, x3} e B={y1, y2, y3, y4, y5} e a relação:
f é uma função de A em B, pois todo elemento de A tem um único correspondente (imagem) em

B. A B

x1 y1
x2 y2
x3 y3
y4
y5

OBS:
 Todo elemento de A tem imagem em B.
 Cada elemento de A só tem uma única imagem em B.
 conjunto A chama-se domínio da função f.
 conjunto B chama-se contradomínio da função f.
 x é o elemento arbitrário do domínio.
 y = f(x) é a imagem de x no contradomínio.
 conjunto dos elementos de B que são imagens dos elementos de A forma o conjunto imagem (Im).
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2.)
A B

x1 y1
f não é uma função de A em B, pois
x2 y2 existe um elemento de A que não
x3 possui um correspondente em B.

3.)
A B

x1 y1
f é uma função de A em B, pois todo
x2 y2 elemento de A tem um único
x3 y3 correspondente em B.

4.)
A B

x1 y1
f não é uma função de A em B, pois
x2 y2 existe um elemento de A que possui
dois elementos correspondentes em B.
x3 y3

Exercícios

1. Localize no plano cartesiano os pontos:

A=(3,0)
B=(0,-2) F=(-3,4)

C=(2,2) G=(-3/2,2)

D=(-2,-3) H=(0,5)

E=(1,-1) I=(-5,0)

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2. Dê as coordenadas de cada ponto da figura abaixo:

y
6

5 A

4 F

C 3

2 B

1
G x

-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6
-1

-2

-3

-4 E

-5 H

D -6

III – Função polinomial:


É toda função de IR em IR definida pela lei:
f(x) = a0xn + a1xn-1 + a2xn-2 + ... + an-1x1 + an

Exemplos:
f(x) = 2x³ + 6x² - 7x + 9 (grau 3)
g(x) = x² - 5x + 12 (grau 2)
h(x) = 3x + 2 (grau 1)
i(x) = 5 (grau 0)

IV – Função polinomial do 1º grau:


1.) Definição:
Função do 1º grau (ou função afim) é toda função de IR em IR definida pela lei
f(x) = ax + b, com a,bIR e a  0.

a é o coeficiente de x.
b é o termo independente (ou termo constante).
x é a variável.

22
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Assim, para as funções do 1º grau:


f(x) = 2x – 3, a = 2 e b = -3
g(x) = -4x, a = -4 e b = 0
h(x) = 5 - 8x, a = -8 e b = 5

2.) Representação gráfica:


Toda função do 1º grau é representada graficamente por uma reta.
O número real a é o coeficiente angular da reta – ele nos fornece a inclinação da reta em relação
ao eixo x. Ou seja, se a>0, a função é crescente (isto é, a reta vai do canto inferior esquerdo até o canto
superior direito):
y

Se a<0, a função é decrescente (isto é, o gráfico vai o canto superior esquerdo até o canto inferior
direito): y

O número real b é o coeficiente linear da reta – ele nos fornece a ordenada do ponto em que a reta
corta o eixo y. y f2(x) = a2x + b2
b2 f1(x) = a1x + b1

x
b1

Exemplo: Vamos construir o gráfico da função definida por f(x) = 2x – 4.

Em primeiro lugar, observamos que, como a = 2 > 0, a função é crescente.


Atribuindo valores arbitrários para x, obtemos os valores correspondentes de y. Assim:
x = 0 → y = f(0) = 2 . 0 – 4 = -4
x = 1 → y = f(1) = 2 . 1 – 4 = -2
x = 2 → y = f(2) = 2 . 2 – 4 = 0

23
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x = 3 → y = f(3) = 2 . 3 – 4 = 2
Esses valores podem ser escritos numa tabela: x y
0 -4
1 -2
2 0
3 2
Dessa forma, temos o gráfico seguinte:
y

1
x

-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1

-2

-3

-4

-5

Note que os valores dados a x são arbitrários, podemos atribuir outros valores que chegaremos ao mesmo
gráfico:
x = -3 → y = f(-3) = 2 . (-3) – 4 = -10
x = -2 → y = f(-2) = 2 . (-2) – 4 = -8
x = -1 → y = f(-1) = 2 . (-1) – 4 = -6
Construindo a tabela, temos: 10
y

8
x y
6

-3 -10 4

-2 -8 2
x
-1 -6 -10 -8 -6 -4 -2 2 4 6 8 10
-2

-4

-6

-8

-10

3.) Intersecções com os eixos:


3.1) Raiz ou zero da função: é o valor de x que anula a função:
b
f(x) = ax + b = 0 → ax = -b → x = 
a

Logo,   b 0,   é o ponto em que a reta corta o eixo


 a 

24
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3.2) Já dissemos anteriormente que o termo constante b (coeficiente linear), nos fornece a
ordenada do ponto em que a reta corta o eixo y.
De fato, y = f(x) = ax + b
se fizermos x = 0, temos: y = f(0) = a . 0 + b = b

Logo, (0 , b) é o ponto de intersecção do gráfico com o eixo y.

Como o gráfico da função do 1º grau é uma reta e toda reta é definida por 2 pontos, basta acharmos

os pontos   b 
 a , 0 - raiz da função – e (0 , b).

Exemplos:

1.) Construir o gráfico da função f(x) = -2x + 4.


 a = -2 → como -2 < 0 a função é decrescente.
 b = 4 → o gráfico da função intercepta o eixo y no ponto (0 , 4).
 raiz: -2x + 4 = 0 → -2x = -4 → 2x = 4 → x = 2; ou seja, o gráfico da função
intercepta o eixo x no ponto (2 , 0).
y

1
x

-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1

-2

-3

-4

-5

2.) Construir o gráfico da função f(x) = x + 2.


 a = 1 > 0 → a função é crescente.
 b = 2 → (0 , 2) é o ponto de intersecção do gráfico da função com o eixo y.
 raiz: x + 2 = 0 → x = -2 → (-2 , 0) é o ponto de intersecção do gráfico da função com o eixo x.

-5
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25

-5
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Observações:

 Se b = 0, a função do 1º grau f(x) = ax é chamada função linear.


Como b é o coeficiente linear ( que dá a ordenada do ponto de intersecção com o eixo y) e b = 0,
temos que o gráfico de uma função linear sempre passa pela origem do sistema cartesiano (0 , 0).
Exemplo: Construir o gráfico de f(x) = 2x.
 a = 2 > 0 → a função é crescente.
 b = 0 → o gráfico da função passa pela origem.
 raiz: 2x = 0 → x = 0 → o gráfico da função passa pela origem. Precisamos encontrar um
outro ponto para construirmos o gráfico:
Por exemplo, atribuindo o valor 1 para x, temos: x = 1 → f(1) = 2 . 1 = 2
y

1
x

-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1

-2

-3

-4

-5

 Se a = 0, a função f(x) = b denomina-se função constante.


O gráfico é uma reta paralela ao eixo x.
Exemplo: Construir o gráfico de f(x) = 2.
y
5

3 x
-5 -4 - 1 2 3 4
-
1

-
2

Observe que:
se x = -1 → f(-1)
= 2 se x = 0 →
f(0) = 2 se x = 1
→ f(1) = 2 se x
= 2 → f(2) = 2
...

26
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Exercícios

1. Construir o gráfico das funções


abaixo: a) f(x) = 5x – 1 h) f(x) = -6 + 2x
b) f(x) = x – 2 i) f(x) = x
c) f(x) = -3x –1 j) f(x) = -3x
d) f(x) = -x + 4 x
e) f(x) = 6x + 3 l) f(x) =
f) f(x) = 2 – 4x 2
3
g) f(x) = -5x + 3 m) f(x) =  x  2
4

2. Construir o gráfico das funções constantes


abaixo: a) f(x) = -2
b) f(x) = 3
c) f(x) = -4
d) f(x) = 0

3. a) Dada f(x)= 3x – 2, determine f(5).


b) Dada f(x)= 1 – 5x, determine f(0); f(-1); f(1/5).
c) Dada f(x)= -3x + 2, determine os valores de x para que se tenha f(x)=0 e f(x)=11.
d) Dada f(x) = ax + 2, determine o valor de a para que se tenha f(4) = 22.

V – Função do 2º grau:
1.) Equação do 2º grau:
É uma equação da forma:
ax2 + bx + c = 0, com a,b,c IR e a  0

Chama-se discriminante da equação do 2º grau a expressão b2 – 4ac, que é representada pela letra grega
∆ (delta).
∆ = b2 – 4ac

Para resolver a equação o 2º grau, usamos a fórmula seguinte, chamada “fórmula de Bhaskara”:

b 
x 2a
Onde:
 se ∆ > 0 → a equação tem duas raízes reais distintas (x´ e x´´ );
 se ∆ = 0 → a equação tem duas raízes reais iguais (x´ = x´´ );

  IR).
se ∆ < 0 → a equação não tem raízes reais (pois

27
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Exemplo: Resolva as equações:


a) x2 + x + 1 = 0

b) x2 - 10x + 25 = 0

c) -2x2 + 2x + 12 = 0

2.) Função do 2º grau:


2.1) Definição: Função do 2º grau (ou função quadrática) é toda função de IR em IR definida por
f(x) = ax2 + bx + c, com a,b,cIR e a  0.

Assim, para as funções do 2º grau:


f(x) = 3x2 – 5x + 2, a = 3, b = -5 e c = 2
g(x) = -x2 + 4, a = -1, b = 0 e c = 4
h(x) = x2 – 4x, a = 1, b = -4 e c = 0

2.2) Representação gráfica:


A função quadrática é sempre representada por uma parábola.
O número real a determina a concavidade da parábola.

Ou seja, se a<0, a concavidade da parábola é voltada para baixo: ∩

se a>0, a concavidade da parábola é voltada para cima: U

2.3) Raízes ou zeros da função: são os valores de x que anulam a função e, portanto, as soluções da
equação do 2º grau:

f(x) = ax2 + bx + c = 0 →
b b2  4ac
x
 2a

Graficamente, são as abscissas dos pontos em que o gráfico da função intercepta o eixo x:
 se ∆ > 0, a equação tem 2 raízes reais distintas e, portanto, o gráfico da função intercepta o eixo
x em 2 pontos:
y y

x´ x´´ x´ x´´
x x

a<0 a>0

28
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 se ∆ = 0, a equação tem 2 raízes reais iguais e, portanto, o gráfico da função intercepta o eixo x
em 1 ponto:
y y

x´ = x´´
x

x
x´ = x´´

a<0 a>0
 se ∆ < 0, a equação não tem raízes reais e, portanto, o gráfico da função não intercepta o eixo x:

a<0 a>0

2.4) Vértice: é o ponto de inversão do sentido da curva.


Suas coordenadas são dadas pelas fórmulas:

xV     b 
b
2a  V   ,
e y  
V 4a  2a 4a

y
Por exemplo:

x x x x

y
V

Exemplos: Vamos construir o gráfico da função definida por:


a) f(x) = x2 + 2x – 3
 Em primeiro lugar, observamos que, como a = 1 > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima.
29
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 b=2
 c = -3
 raízes: x2 + 2x – 3 = 0
∆ = b2 – 4ac = 22 – 4 . 1 . (-3) = 4 + 12 = 16
2  4
x   3
 b   2  16 24  2
x   2 
2a 2 x  24
1 2 1

ou seja, o gráfico da função intercepta o eixo x nos pontos (-3 , 0) e (1 , 0).
b 2
 vértice: xV     1 ; ou seja, o vértice da parábola é o ponto (-1 , -4).
2a 2
1

16
y V    4   4
4a
1
 Atribuindo outros valores arbitrários para x, obtemos os valores correspondentes de y:
x = 0 → y = f(0) = 02 + 2 . 0 – 3 = -3
x = 2 → y = f(2) = 22 + 2 . 2 – 3 = 5
x = -2 → y = f(-2) = (-2)2 + 2 . (-2) – 3 = -3
x = --4 → y = f(-4) = (-4)2 + 2 . (-4) – 3 = 5
Vamos escrever esses valores em uma tabela: x y
-3 0 → raiz
1 0 → raiz
-1 -4 → vértice
0 -3
2 5
-2 -3
-4 5

Dessa forma, temos o gráfico seguinte:

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1
x

-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1

-2

-3

-4

-5

31
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b) f(x) = -x2 + 2x – 1
 a = -1 < 0 → a parábola tem concavidade voltada para baixo.
 b=2
 c = -1
 raízes: -x2 + 2x – 1 = 0
∆ = b2 – 4ac = 22 – 4 . (-1) . (-1) = 4 - 4 = 0

xb  2  0   2  0  x  x   1
2 2
 (1)
2a
ou seja, o gráfico da função intercepta o eixo x no ponto (1 , 0).

 vértice: x V   2ab   2
 1 ; ou seja, o vértice da parábola é o ponto (1 , 0).
2
(1)
 0
 0
y V 
4a 4  (1)

x y 6
y

1 0 → raiz = vértice
-1 -(-1)2 + 2(-1) – 1 = -4 5

0 -(0)2 + 2(0) – 1 = -1 4
2 -(2)2 + 2(2) – 1 = -1
3
3 -(3)2 + 2(3) – 1 = -4
2

1
x

-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6
-1

-2

-3

-4

-5

-6

c) f(x) = x2 - 2x + 2
 a = 1 > 0 → a parábola tem concavidade voltada para cima.
 b = -2
 c=2
 raízes: x2 - 2x + 2 = 0
∆ = b2 – 4ac = (-2)2 – 4 . 1 . 2 = 4 - 8 = -4 → a equação não possui raízes reais
ou seja, o gráfico da função não intercepta o eixo x.
32
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x

b
 vértice: xV   2  1 ; ou seja, o vértice da parábola é o ponto (1 , 1).
2a   2 
1
 4
 1
y V  4  1
4a
y y

5
1 1 → vértice
4
-1 (-1)2 – 2 . (-1) + 2 = 5
3
0 02 – 2 . 0 + 2 = 2
2
2 22 – 2 . 2 + 2 = 2
3 32 – 2 . 3 + 2 = 5 1
x

-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1

-2

-3

-4

-5

Exercícios

1. Resolva as
equações: a) 3x2 – 5x
+2=0
b) x2 – 18x + 81 = 0
c) 2x2 + 4x - 70 = 0
d) 3x2 – x + 2 = 0
e) x2 – 9x - 1 = 3(2x – 5)
f) (x + 1)(x – 3) = 4(x – 2)
g) (x + 1)2 = 4x
x3
h) x2  3 
2
i) x2 + 4x – 4 = 0

2. Construa o gráfico das


funções: a) f(x) = x2 – 4x + 3
b) f(x) = -2x2 + 4x - 3
c) f(x) = x2 + 4x + 4
d) f(x) = -4x2 + 1
e) f(x) = x2 – 2x

33
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VI – Função Exponencial:
1.) Potências:
Exemplos:
31 = 3
1 fator
32 = 3 x 3 = 9
2 fatores
3
3 = 3 x 3 x 3 = 27
3 fatores
34 = 3 x 3 x 3 x 3 = 81
4 fatores
...

Dados um número real a e um número natural n, com n≥1, a expressão an representa um produto de n
fatores iguais ao número real a.
 a1 = a
 a2 = a . a
 a3 = a . a . a
...
 an = a . a . a ... a a: base
n fatores n: expoente

Observe os seguintes exemplos:


33 = 3 x 3 x 3 = 27
3
32 = 3 x 3 = 9
3
31 = 3
3
30 = 1 3
3-1 = 1/3
3
3-2 = 1/9
3
3-3 = 1/27
...

Para todo número real a, com a  0, a0 = 1.


  1 n 1
Para todo número real a, com a  0, a n
  

34
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 a an

35
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Exemplos:
 1 1 1  1 1 1
  (-2) =     
0
2 =1 2 = 
-1 -1

1
2   2  2
2 =2
2
2
2
2
 1
-2
1 1 1  1  1  1 1
2=2x2=4  x  (-2) =       x  
-2
2 =  
2  2 2 4  2   2  2  4
23 = 2 x 2 x 2 = 8
(-2)0 = 1 1 3 1 1 1 1 3 1  1 1
  1  1 
2=   x x 
-3
(-2)-3 =   
   x    x    
2  2 2 2 8   2  2  2  2 
(-2)1 = -2  8
(-2)2 = (-2) x (-2) = 4  1 1
  2 2
1

(-2)3 = (-2) x (-2) x (-2) = -8  2


 1 2
   2  2x2  4
2

 2
Observação:
(-2)2 = (-2) x (-2) = 4
- 22 = - (2 x 2) = - 4

2.) Propriedades:
P1: am . an = am+n
Exemplo: 23 . 24 = 23+4 = 27.

m
a
P: 
2
n
a amn
77
Exemplo:
73 4
73  7  7

P3: (a . b)n = an . bn
Exemplo: (3 . 2)2 = 32 . 22

 a n
P4:  an
   bn
b 
 3  2 32
Exemplo:    2
2  2

P5: (am)n = am . n
Exemplo: (32)4 = 32 . 4 = 38

2
3 2
36
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 
2 3
2 2  2 3  2 2
2 3 4 2(3)4
2
Exemplo: 2  2 4 22 2 2   23(4)  27  128
  
 1 2 12
 
1 24 24
4    24
 22 

37
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Exercícios

1. Calcule:
a) 26 f) –26

b) 30 g) (-3)-3

c) 4-1 h) (-2/3)-3

d) 2-6 i) 06

e) (-2)6 j) (-2/3)-2

2. Calcule:
30  (1)2  23 1 3 1
a) c) 6 2  (12)
 1 2
 
2 
d)  3 2  (2)2  (5 6  (3)8  4 7 ) 0

 (2)2   11
14  (1)2  (1)3  3 
b) e)
 1 1 (3  5)0  2
 
3 

3. Aplicando as propriedades das potências, calcule:

38
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3 
3
2
 34
a) 5 6  56 h)
37
3  33  92
2

b) 63  6 5 i)
813

5   5
2
1 7

c) 7  7
3 5
j
5 
4
) 2

 1 3
 
 3   81
d) 25  23 l)
 1 3
 
9 
2
2 8 12
6
 5
 
e) 3 5 m) 4
4 0  2 4 

3
5 m2
f)
5m1

m1
g 2  2m2
)
2  
2 m1

3.) Função Exponencial:


3.1) Definição: Função exponencial de base a é toda função de IR em IR definida por
f(x) = ax, com aIR e 0 < a  1.

Assim, são funções exponenciais:


f(x) = 2x
g(x) = (½)x
h(x) =

 2 
x

3.2) Representação gráfica:


Representando graficamente a função exponencial f(x) = ax, temos:
 Para todo xIR, f(x) = ax > 0 (pois a > 0); logo, o gráfico da função exponencial está acima do eixo x.
 se x = 0 → f(0) = a0 = 1 e, portanto, o gráfico da função exponencial sempre intercepta o eixo
y no ponto de coordenadas (0 , 1).
 se a > 1, a função é crescente.
 se 0 < a < 1, a função é decrescente.
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 o gráfico da função f(x) = ax toma um dos aspectos das figuras abaixo:

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y y

(0 , 1) (0 , 1)
x x

a>1 0 < a <1

Exemplo: Vamos construir o gráfico da função definida por:


a) f(x) = 2x
 Em primeiro lugar, observamos que, como a = 2 > 1, a função é crescente.
 Atribuindo valores arbitrários para x, obtemos os valores correspondentes de y:
x y = f(x) = 2x
-3 y = f(-3) = 2-3 = (½)3 = 1/8
-2 y = f(-2) = 2-2 = (½)2 = ¼
-1 y = f(-1) = 2-1 = (½)1 = ½
0 y = f(0) = 20 = 1
1 y = f(1) = 21 = 2
2 y = f(2) = 22 = 4
3 y = f(3) = 23 = 8

Dessa forma, temos o gráfico seguinte:


y
8

-8 -6 -4 -2 2 4 6 8

-2

-4

-6

-8

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b) f(x) = (½)x
 a = ½ < 1 → a função é decrescente.
 Atribuindo valores arbitrários para x, obtemos os valores correspondentes de y:
x y = f(x) = (½) x
-3 y = f(-3) = (½)-3 = 23 = 8
-2 y = f(-2) = (½)-2 = 22 = 4
-1 y = f(-1) = (½)-1 = 21 = 2
0 y = f(0) = (½)0 = 1
1 y = f(1) = (½)1 = ½
2 y = f(2) = (½)2 = ¼
3 y = f(3) = (½)3 = 1/8

Dessa forma, temos o gráfico seguinte:


y
8

-8 -6 -4 -2 2 4 6 8

-2

-4

-6

-8

Exercícios

1. Construa o gráfico das funções:


a) f(x) = 3x
b) f(x) = (1/3)x
c) f(x) = (2/3)x
d) f(x) = (3/2)x

2. Construa o gráfico das


funções: a) f(x) = 22x-1
b) f(x) = 3x - 2

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VII – Função Logarítmica:


1.) Logaritmos:
1.1) Definição: sejam a e b números reais e positivos e a  1. Chama-se logaritmo de b na base a, o
expoente que se deve dar à base a de modo que a potência obtida seja igual a b. Ou seja:

loga b = x  ax = b
onde: a é a base
b é o logaritmando
x é o logaritmo

Exemplos:
log4 16 = 2, pois 42 = 16
Log3 81 = 4, pois 34 = 81
log232 = 5, pois 25 = 32

1.2) Conseqüências da definição:


 loga a = 1, pois a1 = a
Exemplo: log5 5 = 1, pois 51 = 5

 loga 1 = 0, pois a0 = 1
Exemplo: log3 1 = 0, pois 30 = 1

 loga am = m, pois am = am
Exemplo: log2 23 = 3, pois 23 = 23

 log b
a
a =b
log28
Exemplo: 2 = 8, pois log2 8 = 3 e 23 = 8

 loga b = loga c  b = c
Exemplo: log2 x = log2 4  x = 4

Observações: Sistemas de logaritmos particulares:


 logaritmos decimais: base 10
log a = log10 a

 logaritmos neperianos (ou naturais): base e (e = 2,718281...)


ln a = loge a
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1.3) Propriedades: sendo a, b e c reais positivos e a  1, temos:


 logaritmo do produto: loga (b . c) = loga b + loga c
Exemplo: log2 (8 . 16) = log2 8 + log2 16 = 3 + 4 = 7

 b
 logaritmo do quociente: log a logc ab  loga c

 4

Exemplo: log 2 log 32 24  32  2  5  3
 
log2

 logaritmo da potência: loga bm = m . loga b (m 


IR) Exemplo: log3 95 = 5 . log3 9 = 5 . 2 = 10

Exercícios

1. Calcule aplicando a definição de logaritmo:


a)
log5 25
b)
1
log
f) log3 3
1 9
3 g) log30 1
c) log 10.000
h) log 100
d) log 1 16
i) log0,01 0,001
2
j) log 0,0001
e) log 2
8

2. Resolva as equações:
a)
log3 x = 4
b)
log x = ½
c) log3 (x – 1) = 1
d) log3.5 (2x2 – 5x + 3) = 0
e) log (x + 2) = 1

3. Calcule aplicando as propriedades dos


logaritmos: a) log3 (9 . 27)
b) log2 (2 . 4 . 8 . 64)

 512
c) log 2 
 64 

 27 
d) log 
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3
 81

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e) log  49  343
7 
 7 
f) log2 3 4

4. Sendo log 2 = 0,30 e log 3 = 0,48 calcule aplicando as propriedades dos logaritmos:
a)
log 12
b)
log 36
c)
log 81
d)
log 2

2.) Função Logarítmica:


2.1)
Definição: Função logarítmica de base a (0 < a  1), é toda função de IR*+ em IR definida por
f(x) = loga x
Assim, são funções logarítmicas:
f(x) = log2 x
g(x) = log½ x
h(x) = log x
p(x) = ln x

2.2)
Representação gráfica:
Representando graficamente a função logarítmica f(x) = loga x, temos:
 como x > 0 (pela definição), o gráfico da função logarítmica está todo à direita do eixo y.
 se y = f(x) = 0 → loga x = 0 → x = a0 = 1 e, portanto, o gráfico da função logarítmica sempre
intercepta o eixo x no ponto de coordenadas (1 , 0).
 se a > 1, a função é crescente.
 se 0 < a < 1, a função é decrescente.
 o gráfico da função f(x) = loga x toma um dos aspectos das figuras abaixo:

y y

(1 , 0)
x x
(1 , 0)

a>1 0 < a <1

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Exemplo: Vamos construir o gráfico da função definida por:


a)
f(x) = log2 x
 Em primeiro lugar, observamos que, como a = 2 > 1, a função é crescente.
 Construímos a tabela dando valores inicialmente a y e depois calculamos x:
y y = f(x) = log2 x x
-3 3
-3 -3 = log2 x → x = 2 = ( ½ ) = 1/8
1/8
-2 -2 = log2 x → x = 2-2 = ( ½ )2 = ¼ ¼
-1 1
-1 -1 = log2 x → x = 2 = ( ½ ) = ½ ½
0 0 = log2 x → x = 20 = 1 1
1 1 = log2 x → x = 21 = 2 2
2
2 2 = log2 x → x = 2 = 4 4
3 3 = log2 x → x = 23 = 8 8

Dessa forma, temos o gráfico seguinte:


y
8

-8 -6 -4 -2 2 4 6 8

-2

-4

-6

-8

b)
f(x) = log½ x
 a = ½ < 1 → a função é decrescente.
 Construímos a tabela dando valores inicialmente a y e depois calculamos x:
y y = f(x) = log½ x x
-3 -3 = log½ x → x = ( ½ )-3 = 23 = 8 8
-2 2
-2 -2 = log½ x → x = ( ½ ) = 2 = 4 4
-1 1
-1 -1 = log½ x → x = ( ½ ) = 2 = 2 2
0 0 = log½ x → x = ( ½ )0 = 1 1
1
1 1 = log½ x → x = ( ½ ) = ½ ½
2
2 2 = log½ x → x = ( ½ ) = ¼ ¼

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3 3 = log½ x → x = ( ½ )3 = 1/8 1/8

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Dessa forma, temos o gráfico seguinte:


y
8

-8 -6 -4 -2 2 4 6 8

-2

-4

-6

-8

Exercícios

Construa o gráfico das funções:


a)
f(x) = log3 x c)
f(x)  log 2 x
b)
f(x)  log 1 x 3

3 d)
f(x)  log 3 x
2

Referências Bibliográficas
DANTE, L.R.. Matemática: contexto e aplicações – volume 1. São Paulo: Ática, 2000.

DI PIERRO NETTO, S.. Matemática: Conceitos e Histórias – 7ª e 8ª séries. São Paulo: Scipione, 1998.

IEZZI, G.; MURAKAMI, C.. Fundamentos de Matemática Elementar – volume 1: Conjuntos e Funções. São
Paulo: Atual, 1993.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; Murakami, C.. Fundamentos de Matemática Elementar – volume 2: Logaritmos. São
Paulo: Atual, 1993.

MARCONDES, C.A.; GENTIL, N.; GRECO, S.E.. Matemática – volume único. São Paulo: Ática, 2003.

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