Apostila Fundamentos Aula 2 Intervalos
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Conjuntos Numéricos
I - Conjuntos:
Um conjunto é uma lista ou coleção de objetos, pessoas ou números.
Dizemos que os objetos, as pessoas ou os números que formam essas listas são os elementos do
conjunto.
II - Representação:
- Indicando seus elementos entre chaves e separados por vírgulas.
Ex.:
A = {1 , 3 , 10} conjunto finito
B = {1 , 3 , 5 , 7 , ...} conjunto infinito
Obs.: um conjunto que não tem elementos é chamado conjunto vazio e indicado por .
III - Operações:
1) União: chamamos de A B o conjunto formado por todos os elementos de A ou de B:
A B = {x | xA ou xB}
Exemplo:
A = {1 , 2 , 3 , 4} e B = {0 , 2 , 4 , 5}
AB=
Exemplo:
A = {1 , 2 , 3 , 4} e B = {2 , 3 , 8}
AB=
1
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Exemplo:
A = {1 , 3 , 5 , 7} e B = {1 , 3}
A–B=
B–A=
Obs.: podemos representar as operações dos conjuntos através de um diagrama chamado Diagrama
de Venn.
Exercícios
2
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IV - Conjuntos Numéricos:
Ex: 3,1415926535...
2 1,4142135...
3 1,7320508...
Exercício
1 3 1
1) Represente na reta real os seguintes números: 3; ; ; 5; -1; ;2.
0;
2 2 3
A x Z 2 x x Z C x Z 1 x 5,
2)
Dados os conjuntos *
B 5x
3, e
determine:
2
a) A B
b) A C
c) A B
d) A C
e) B C A
f) B C A
V - Intervalos:
Dados dois números reais a e b, com a < b, definimos:
1) Intervalo aberto: conjunto de números reais entre a e b, excluindo esses dois extremos.
]a , b[ = {x IR | a < x < b}
Representação geométrica:
2) Intervalo fechado: conjunto de números reais entre a e b, incluindo esses dois extremos.
[a , b] = {x IR | a x b}
Representação geométrica:
4
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4) Intervalos infinitos:
]c , +[ = {x IR | x > c}
Representação geométrica:
]- , c[ = {x IR | x < c}
Representação geométrica:
[c , +[ = {x IR | x c}
Representação geométrica:
]- , c] = {x IR | x c}
Representação geométrica:
5
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Exemplos:
1) Sendo J = [10 , 19]; M = [9 , 18] e C = [7 , 16], determine JMC.
Exercícios
1) Usando a notação de conjuntos, escreva os intervalos abaixo e represente-os sobre a reta real:
a) 6,10
b) ] 1,5]
c) ] 6,0[
d) [0,[
e) ] ,3[
f) [5,2[
g) ] 10,10[
h)
3, 3
i) ] ,1]
6
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4) Dados os conjuntos A = {x | xIR e x > -2} e B = {x | xIR, -4 x < 3}, obtenha AB e AB.
a) A x 2 x B x 3 x 8
5 e B x 0 x 5
b) A x 1 x
2 e
c) A x x 3 e B x 1 x 4
d) A x 3 x 1 e B x 0 x 3
a) A x 2 x B x 1 x
3 e 4 B x 2
b) A x 1 x x 8 B x
0 e 3 x 3 B x
c) A x 4 x 1 x 4
1 e
d) A x 2 x
5 e
7) Dados
A ] 5,2[ B [0,3] e C ] 1,7] , determine os conjuntos abaixo, utilizando a representação
,
c) A B C
7
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Lógica Matemática
A lógica é um ramo da Matemática que trabalha a ciência do raciocínio através de proposições.
A lógica se desenvolveu com as ideias do matemático inglês George Boole (1815 – 1864) que, no
século XIX, desenvolveu o que se conhece hoje pela lógica booleana.
I – Sistemas Dicotômicos:
O mundo e que vivemos apresenta situações com dois estados apenas, que mutuamente se excluem.
Por exemplo:
Dia Noite
Ligado Desligado
Sim Não
Verdadeiro Falso
1 0
Obs.: Há situações (como diferentes tonalidades de vermelho, por exemplo) que não se apresentam como
estritamente dicotômicas, ou seja, com dois estados excludentes bem definidos.
II – Proposição:
Chama-se proposição uma sentença declarativa, afirmativa, que pode ser classificada em
verdadeira ou em falsa. Uma proposição pode ser escrita na forma simbólica (matemática) ou na
linguagem usual (português).
Exemplos:
a) Nove é diferente de cinco (9 5).
b) Sete é maior do que três (7 > 3).
c) Quatro vezes cinco é igual a 20 (4 . 5 =
20).
d) Três é divisor de onze (3 | 11).
e) O México fica na América do Norte.
f) Três vezes cinco mais um (3 . 5 + 1).
Q ? ).
g) A raiz quadrada de 2 é número racional? ( 2
Dessas sentenças, a), b), c), d), e) são proposições, onde todas são verdadeiras exceto d).
f) e g) não são proposições, pois f) não pode ser classificada em verdadeira ou em falsa e g) é
interrogativa.
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Exercícios
1. Quais das sentenças abaixo são proposições? No caso das proposições, determinar o valor lógico (1 ou
0) de cada uma delas:
a) 25 – 2 = 24
b) tg 1
4
c) 16 é quadrado perfeito.
d) 2 + 7 . 3 = 5 . 4 + 3
9
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e) 5 . (3 + 1) = 5 . 3 + 5 . 1
f) (- 2)5 (- 2)3
g) (- 8) (- 3) + 5 (- 2) + 7 (- 2) = 0
h) 11 – 4 . 2
i) – 2 – (- 10) + 4 (- 7) = - 20
3 7
j) 1
5 5
4 5
k) 1
7 7
3 4
l) 5 117
4 7 28
1 1 2
9
m)
2 5
40
4
1
3
n) O número 11 é primo.
o) loga a = 1
p) loga 1 = 0
q) log (a . b) = log a – log b
r) Todo número terminado em 3 é divisível por 3.
s) (x + 2)2 = x2 + 4
t) (3y + 2).(3y – 2) = 9y – 4
u) x . x = 2x
v) x + x = 2x
1 3
w)
3 3
,
1.) Negação ( ):
A partir de uma proposição p qualquer, sempre podemos construir outra, denominada negação de p e
,
indicada pelo símbolo p (lê-se “não p”).
Exemplos:
a) p: Nove é diferente de cinco (9 5) → V(p)
= 1 p : Nove é igual a 5 (9 = 5) → V(p ) = 0
10
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p : Sete é menor ou igual a três (7 3) → V(p ) = 0
c) p: Três é divisor e 11 (3 | 11) → V(p) = 0
p : Três não é divisor de 11 (3 | 11) → V(p ) = 1
A proposição p tem sempre o valor lógico oposto de p, isto é, p é verdadeira quando p é falsa e p é
falsa quando p é verdadeira.
Podemos montar uma tabela, denominada tabela verdade da proposição p :
p p’
1 0
0 1
Podemos montar uma tabela em que são examinadas todas as possibilidades para p e q, denominada
tabela verdade da proposição p . q:
p q p.q
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 0
Exemplo:
11
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p: 5 > 0
q: 5 > 6
p + q: 5 > 0 ou 5 > 6
Exemplo:
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p: 2 | 12
q: (2 . 7) | (12 . 7)
p q: 2 | 12 se e somente se (2 . 7) | (12 . 7)
A proposição p q é verdadeira somente quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas; caso
contrário, é falsa.
Exercícios
2. Qual é a negação de cada uma das proposições seguintes? Qual é o valor lógico de cada negação?
a) 3 . 7 = 21
b) 3 . (11 – 7) 5
c) 3 . 2 + 1 > 4
d) 5 . 7 – 2 5 . 6
1 7
e) 1 3
2
2
f) 21
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g) – (- 4) 7
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h) 3 | 7
4. Sabendo que V(p) = 1 e V(q) = 0, determinar o valor lógico de cada uma das proposições abaixo:
a) p. q’
b) p + q’
c) p’. q
d) p’. q’
e) p’+ q’
f) p . (p’+ q )
k) 43 5
l) (1 + 1 = 2 4 + 3 = 5)’
15
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6. Se V(p) = V(q) = 1 e V(r) = V(s) = 0 , determinar os valores lógicos das seguintes proposições:
a) p’ + r
16
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b) r + (p s)
c) p’ + ( r . s )’
d) [q ( p’ . s )]’
e) (p q) + (q p’)
f) (p q) . (r’ s )
g) { [q’ . (p . s’) ]’ }’
h) p’ + [ q . (r s’) ]
i) (p’ + r) (q s)
j) [p’ + (q . s)]’ + ( r s’)
k) q’ . [ ( r’ + s) ( p q’) ]
l) [ p ( q r ) ]’ s
VI – Tabela Verdade:
Conforme vimos, toda proposição p pode ter um valor lógico verdadeiro ou falso, ou seja, V(p) = 1 ou
V(p) = 0.
Podemos examinar todas as possibilidades que uma proposição composta pode assumir e montar
uma tabela – a tabela verdade.
Teorema: O número de linhas de uma tabela verdade é dado por 2n, onde n é o número de proposições
componentes.
Ou seja:
dada uma proposição p, n = 1 e a tabela verdade terá 21 = 2 linhas:
1
p
1 p
0
0
p q q
1 1 1
0
1 0 p
1
0
q
15
0
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0 1
0 0
1
p q r
r
1 1 1 1
0
1 1 0
q 1
1 0 1
0 r
1 0 0 1
0
0 1 1
p 1
0 1 0
0 r
0 0 1 1
0
0 0 0 q
1
0
r
Construção da tabela verdade: Para construirmos a tabela verdade de uma proposição, procedemos da
seguinte maneira:
Observações:
16
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2.) ( p . q )’ + ( q p )’
número de proposições componentes:
número de linhas :
p q
3.) ( p + q’ ) (p’ . q)
número de proposições componentes:
número de linhas :
p q
4.) (p → q) . (q → r) → (p → r)
número de proposições componentes:
número de linhas :
p q r
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Quando o valor lógico de uma proposição composta for sempre a verdade (1), quaisquer que sejam
os valores lógicos das proposições componentes, temos uma tautologia (exemplo 4).
Quando o valor lógico de uma proposição composta for sempre a falsidade (0), temos uma
contradição (exemplo 3).
E, finalmente, quando na tabela verdade de uma proposição composta ocorrem os valores 0 e 1,
temos uma indeterminação ou contingência (exemplos 1 e 2).
Exercícios
18
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Funções
yP abscissa ordenada
xP
Exemplos:
1.) Determinar as coordenadas dos pontos abaixo:
A=( , )
B=( , )
C=( , )
D=( , )
E=( , )
F=( , )
G=( , )
H=( , )
I=( , )
J=( , )
O=( , )
19
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A = (2 , 2)
B = (2 , -2)
C = (-2 , -3)
D = (-3 , 2)
E = (-2 , 0)
F = (0 , 1)
II – Função:
Dados dois conjuntos A e B não vazios, formados de números reais, chama-se função uma relação
f de A em B, se e somente se, para todo elemento x de A existe um único elemento correspondente y em B.
Notação: f: A → B tal que y = f(x)
Exemplos:
1.) Sejam os conjuntos A={x1, x2, x3} e B={y1, y2, y3, y4, y5} e a relação:
f é uma função de A em B, pois todo elemento de A tem um único correspondente (imagem) em
B. A B
x1 y1
x2 y2
x3 y3
y4
y5
OBS:
Todo elemento de A tem imagem em B.
Cada elemento de A só tem uma única imagem em B.
conjunto A chama-se domínio da função f.
conjunto B chama-se contradomínio da função f.
x é o elemento arbitrário do domínio.
y = f(x) é a imagem de x no contradomínio.
conjunto dos elementos de B que são imagens dos elementos de A forma o conjunto imagem (Im).
20
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2.)
A B
x1 y1
f não é uma função de A em B, pois
x2 y2 existe um elemento de A que não
x3 possui um correspondente em B.
3.)
A B
x1 y1
f é uma função de A em B, pois todo
x2 y2 elemento de A tem um único
x3 y3 correspondente em B.
4.)
A B
x1 y1
f não é uma função de A em B, pois
x2 y2 existe um elemento de A que possui
dois elementos correspondentes em B.
x3 y3
Exercícios
A=(3,0)
B=(0,-2) F=(-3,4)
C=(2,2) G=(-3/2,2)
D=(-2,-3) H=(0,5)
E=(1,-1) I=(-5,0)
21
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y
6
5 A
4 F
C 3
2 B
1
G x
-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6
-1
-2
-3
-4 E
-5 H
D -6
Exemplos:
f(x) = 2x³ + 6x² - 7x + 9 (grau 3)
g(x) = x² - 5x + 12 (grau 2)
h(x) = 3x + 2 (grau 1)
i(x) = 5 (grau 0)
a é o coeficiente de x.
b é o termo independente (ou termo constante).
x é a variável.
22
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Se a<0, a função é decrescente (isto é, o gráfico vai o canto superior esquerdo até o canto inferior
direito): y
O número real b é o coeficiente linear da reta – ele nos fornece a ordenada do ponto em que a reta
corta o eixo y. y f2(x) = a2x + b2
b2 f1(x) = a1x + b1
x
b1
23
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x = 3 → y = f(3) = 2 . 3 – 4 = 2
Esses valores podem ser escritos numa tabela: x y
0 -4
1 -2
2 0
3 2
Dessa forma, temos o gráfico seguinte:
y
1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
Note que os valores dados a x são arbitrários, podemos atribuir outros valores que chegaremos ao mesmo
gráfico:
x = -3 → y = f(-3) = 2 . (-3) – 4 = -10
x = -2 → y = f(-2) = 2 . (-2) – 4 = -8
x = -1 → y = f(-1) = 2 . (-1) – 4 = -6
Construindo a tabela, temos: 10
y
8
x y
6
-3 -10 4
-2 -8 2
x
-1 -6 -10 -8 -6 -4 -2 2 4 6 8 10
-2
-4
-6
-8
-10
24
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3.2) Já dissemos anteriormente que o termo constante b (coeficiente linear), nos fornece a
ordenada do ponto em que a reta corta o eixo y.
De fato, y = f(x) = ax + b
se fizermos x = 0, temos: y = f(0) = a . 0 + b = b
Como o gráfico da função do 1º grau é uma reta e toda reta é definida por 2 pontos, basta acharmos
os pontos b
a , 0 - raiz da função – e (0 , b).
Exemplos:
1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
-5
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25
-5
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Observações:
1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
3 x
-5 -4 - 1 2 3 4
-
1
-
2
Observe que:
se x = -1 → f(-1)
= 2 se x = 0 →
f(0) = 2 se x = 1
→ f(1) = 2 se x
= 2 → f(2) = 2
...
26
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Exercícios
V – Função do 2º grau:
1.) Equação do 2º grau:
É uma equação da forma:
ax2 + bx + c = 0, com a,b,c IR e a 0
Chama-se discriminante da equação do 2º grau a expressão b2 – 4ac, que é representada pela letra grega
∆ (delta).
∆ = b2 – 4ac
Para resolver a equação o 2º grau, usamos a fórmula seguinte, chamada “fórmula de Bhaskara”:
b
x 2a
Onde:
se ∆ > 0 → a equação tem duas raízes reais distintas (x´ e x´´ );
se ∆ = 0 → a equação tem duas raízes reais iguais (x´ = x´´ );
IR).
se ∆ < 0 → a equação não tem raízes reais (pois
27
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b) x2 - 10x + 25 = 0
c) -2x2 + 2x + 12 = 0
2.3) Raízes ou zeros da função: são os valores de x que anulam a função e, portanto, as soluções da
equação do 2º grau:
f(x) = ax2 + bx + c = 0 →
b b2 4ac
x
2a
Graficamente, são as abscissas dos pontos em que o gráfico da função intercepta o eixo x:
se ∆ > 0, a equação tem 2 raízes reais distintas e, portanto, o gráfico da função intercepta o eixo
x em 2 pontos:
y y
x´ x´´ x´ x´´
x x
a<0 a>0
28
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se ∆ = 0, a equação tem 2 raízes reais iguais e, portanto, o gráfico da função intercepta o eixo x
em 1 ponto:
y y
x´ = x´´
x
x
x´ = x´´
a<0 a>0
se ∆ < 0, a equação não tem raízes reais e, portanto, o gráfico da função não intercepta o eixo x:
a<0 a>0
xV b
b
2a V ,
e y
V 4a 2a 4a
y
Por exemplo:
x x x x
y
V
b=2
c = -3
raízes: x2 + 2x – 3 = 0
∆ = b2 – 4ac = 22 – 4 . 1 . (-3) = 4 + 12 = 16
2 4
x 3
b 2 16 24 2
x 2
2a 2 x 24
1 2 1
ou seja, o gráfico da função intercepta o eixo x nos pontos (-3 , 0) e (1 , 0).
b 2
vértice: xV 1 ; ou seja, o vértice da parábola é o ponto (-1 , -4).
2a 2
1
16
y V 4 4
4a
1
Atribuindo outros valores arbitrários para x, obtemos os valores correspondentes de y:
x = 0 → y = f(0) = 02 + 2 . 0 – 3 = -3
x = 2 → y = f(2) = 22 + 2 . 2 – 3 = 5
x = -2 → y = f(-2) = (-2)2 + 2 . (-2) – 3 = -3
x = --4 → y = f(-4) = (-4)2 + 2 . (-4) – 3 = 5
Vamos escrever esses valores em uma tabela: x y
-3 0 → raiz
1 0 → raiz
-1 -4 → vértice
0 -3
2 5
-2 -3
-4 5
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1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
31
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b) f(x) = -x2 + 2x – 1
a = -1 < 0 → a parábola tem concavidade voltada para baixo.
b=2
c = -1
raízes: -x2 + 2x – 1 = 0
∆ = b2 – 4ac = 22 – 4 . (-1) . (-1) = 4 - 4 = 0
xb 2 0 2 0 x x 1
2 2
(1)
2a
ou seja, o gráfico da função intercepta o eixo x no ponto (1 , 0).
vértice: x V 2ab 2
1 ; ou seja, o vértice da parábola é o ponto (1 , 0).
2
(1)
0
0
y V
4a 4 (1)
x y 6
y
1 0 → raiz = vértice
-1 -(-1)2 + 2(-1) – 1 = -4 5
0 -(0)2 + 2(0) – 1 = -1 4
2 -(2)2 + 2(2) – 1 = -1
3
3 -(3)2 + 2(3) – 1 = -4
2
1
x
-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6
-1
-2
-3
-4
-5
-6
c) f(x) = x2 - 2x + 2
a = 1 > 0 → a parábola tem concavidade voltada para cima.
b = -2
c=2
raízes: x2 - 2x + 2 = 0
∆ = b2 – 4ac = (-2)2 – 4 . 1 . 2 = 4 - 8 = -4 → a equação não possui raízes reais
ou seja, o gráfico da função não intercepta o eixo x.
32
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x
b
vértice: xV 2 1 ; ou seja, o vértice da parábola é o ponto (1 , 1).
2a 2
1
4
1
y V 4 1
4a
y y
5
1 1 → vértice
4
-1 (-1)2 – 2 . (-1) + 2 = 5
3
0 02 – 2 . 0 + 2 = 2
2
2 22 – 2 . 2 + 2 = 2
3 32 – 2 . 3 + 2 = 5 1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
Exercícios
1. Resolva as
equações: a) 3x2 – 5x
+2=0
b) x2 – 18x + 81 = 0
c) 2x2 + 4x - 70 = 0
d) 3x2 – x + 2 = 0
e) x2 – 9x - 1 = 3(2x – 5)
f) (x + 1)(x – 3) = 4(x – 2)
g) (x + 1)2 = 4x
x3
h) x2 3
2
i) x2 + 4x – 4 = 0
33
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VI – Função Exponencial:
1.) Potências:
Exemplos:
31 = 3
1 fator
32 = 3 x 3 = 9
2 fatores
3
3 = 3 x 3 x 3 = 27
3 fatores
34 = 3 x 3 x 3 x 3 = 81
4 fatores
...
Dados um número real a e um número natural n, com n≥1, a expressão an representa um produto de n
fatores iguais ao número real a.
a1 = a
a2 = a . a
a3 = a . a . a
...
an = a . a . a ... a a: base
n fatores n: expoente
34
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a an
35
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Exemplos:
1 1 1 1 1 1
(-2) =
0
2 =1 2 =
-1 -1
1
2 2 2
2 =2
2
2
2
2
1
-2
1 1 1 1 1 1 1
2=2x2=4 x (-2) = x
-2
2 =
2 2 2 4 2 2 2 4
23 = 2 x 2 x 2 = 8
(-2)0 = 1 1 3 1 1 1 1 3 1 1 1
1 1
2= x x
-3
(-2)-3 =
x x
2 2 2 2 8 2 2 2 2
(-2)1 = -2 8
(-2)2 = (-2) x (-2) = 4 1 1
2 2
1
2
Observação:
(-2)2 = (-2) x (-2) = 4
- 22 = - (2 x 2) = - 4
2.) Propriedades:
P1: am . an = am+n
Exemplo: 23 . 24 = 23+4 = 27.
m
a
P:
2
n
a amn
77
Exemplo:
73 4
73 7 7
P3: (a . b)n = an . bn
Exemplo: (3 . 2)2 = 32 . 22
a n
P4: an
bn
b
3 2 32
Exemplo: 2
2 2
P5: (am)n = am . n
Exemplo: (32)4 = 32 . 4 = 38
2
3 2
36
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2 3
2 2 2 3 2 2
2 3 4 2(3)4
2
Exemplo: 2 2 4 22 2 2 23(4) 27 128
1 2 12
1 24 24
4 24
22
37
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Exercícios
1. Calcule:
a) 26 f) –26
b) 30 g) (-3)-3
c) 4-1 h) (-2/3)-3
d) 2-6 i) 06
e) (-2)6 j) (-2/3)-2
2. Calcule:
30 (1)2 23 1 3 1
a) c) 6 2 (12)
1 2
2
d) 3 2 (2)2 (5 6 (3)8 4 7 ) 0
(2)2 11
14 (1)2 (1)3 3
b) e)
1 1 (3 5)0 2
3
38
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3
3
2
34
a) 5 6 56 h)
37
3 33 92
2
b) 63 6 5 i)
813
5 5
2
1 7
c) 7 7
3 5
j
5
4
) 2
1 3
3 81
d) 25 23 l)
1 3
9
2
2 8 12
6
5
e) 3 5 m) 4
4 0 2 4
3
5 m2
f)
5m1
m1
g 2 2m2
)
2
2 m1
2
x
40
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y y
(0 , 1) (0 , 1)
x x
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8
-2
-4
-6
-8
41
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b) f(x) = (½)x
a = ½ < 1 → a função é decrescente.
Atribuindo valores arbitrários para x, obtemos os valores correspondentes de y:
x y = f(x) = (½) x
-3 y = f(-3) = (½)-3 = 23 = 8
-2 y = f(-2) = (½)-2 = 22 = 4
-1 y = f(-1) = (½)-1 = 21 = 2
0 y = f(0) = (½)0 = 1
1 y = f(1) = (½)1 = ½
2 y = f(2) = (½)2 = ¼
3 y = f(3) = (½)3 = 1/8
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8
-2
-4
-6
-8
Exercícios
42
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loga b = x ax = b
onde: a é a base
b é o logaritmando
x é o logaritmo
Exemplos:
log4 16 = 2, pois 42 = 16
Log3 81 = 4, pois 34 = 81
log232 = 5, pois 25 = 32
loga 1 = 0, pois a0 = 1
Exemplo: log3 1 = 0, pois 30 = 1
loga am = m, pois am = am
Exemplo: log2 23 = 3, pois 23 = 23
log b
a
a =b
log28
Exemplo: 2 = 8, pois log2 8 = 3 e 23 = 8
loga b = loga c b = c
Exemplo: log2 x = log2 4 x = 4
b
logaritmo do quociente: log a logc ab loga c
4
Exemplo: log 2 log 32 24 32 2 5 3
log2
Exercícios
2. Resolva as equações:
a)
log3 x = 4
b)
log x = ½
c) log3 (x – 1) = 1
d) log3.5 (2x2 – 5x + 3) = 0
e) log (x + 2) = 1
512
c) log 2
64
27
d) log
44
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3
81
45
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e) log 49 343
7
7
f) log2 3 4
4. Sendo log 2 = 0,30 e log 3 = 0,48 calcule aplicando as propriedades dos logaritmos:
a)
log 12
b)
log 36
c)
log 81
d)
log 2
2.2)
Representação gráfica:
Representando graficamente a função logarítmica f(x) = loga x, temos:
como x > 0 (pela definição), o gráfico da função logarítmica está todo à direita do eixo y.
se y = f(x) = 0 → loga x = 0 → x = a0 = 1 e, portanto, o gráfico da função logarítmica sempre
intercepta o eixo x no ponto de coordenadas (1 , 0).
se a > 1, a função é crescente.
se 0 < a < 1, a função é decrescente.
o gráfico da função f(x) = loga x toma um dos aspectos das figuras abaixo:
y y
(1 , 0)
x x
(1 , 0)
46
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-8 -6 -4 -2 2 4 6 8
-2
-4
-6
-8
b)
f(x) = log½ x
a = ½ < 1 → a função é decrescente.
Construímos a tabela dando valores inicialmente a y e depois calculamos x:
y y = f(x) = log½ x x
-3 -3 = log½ x → x = ( ½ )-3 = 23 = 8 8
-2 2
-2 -2 = log½ x → x = ( ½ ) = 2 = 4 4
-1 1
-1 -1 = log½ x → x = ( ½ ) = 2 = 2 2
0 0 = log½ x → x = ( ½ )0 = 1 1
1
1 1 = log½ x → x = ( ½ ) = ½ ½
2
2 2 = log½ x → x = ( ½ ) = ¼ ¼
47
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-8 -6 -4 -2 2 4 6 8
-2
-4
-6
-8
Exercícios
3 d)
f(x) log 3 x
2
Referências Bibliográficas
DANTE, L.R.. Matemática: contexto e aplicações – volume 1. São Paulo: Ática, 2000.
DI PIERRO NETTO, S.. Matemática: Conceitos e Histórias – 7ª e 8ª séries. São Paulo: Scipione, 1998.
IEZZI, G.; MURAKAMI, C.. Fundamentos de Matemática Elementar – volume 1: Conjuntos e Funções. São
Paulo: Atual, 1993.
IEZZI, G.; DOLCE, O.; Murakami, C.. Fundamentos de Matemática Elementar – volume 2: Logaritmos. São
Paulo: Atual, 1993.
MARCONDES, C.A.; GENTIL, N.; GRECO, S.E.. Matemática – volume único. São Paulo: Ática, 2003.
49