Tradução - Steps

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GoBeyond – Let’s Go – Tradução

Quando falamos de tradução, estamos falando de adaptações. É


impossível fazermos uma boa adaptação sem o conhecimento real das
intenções por trás do que está escrito. Sendo assim, como estudantes de inglês
básico, a tradução deve servir apenas como um guia ou um atalho inicial ao
entendimento das palavras para que seja feita uma interpretação. Muitas vezes,
o processo de tradução pode nos levar à uma interpretação errada, mas caso
não seja feito um trabalho de compreensão, de pensar sobre o que foi dito. Pode
ser que, quando traduzida, uma frase não faça o mínimo sentido, e é exatamente
neste ponto onde a cultura pode interferir como ajuda ou até mesmo o
aprofundamento sobre o tema lidado para conseguir compreender, de fato.
Em casos mais pacientes, quero dizer, os casos como de leituras, quando
podemos parar e observar com calma a língua aplicada, a tradução deixa de ser
um esforço e passa a ser apenas um auxílio. Se você ainda não consegue
enxergar a tradução como apenas um auxílio para aqueles que querem se tornar
bilíngues, provavelmente você ainda está preso às traduções excessivas, que
tinham como intenção final apenas a passagem de textos em EN para PT sem
uma justificativa maior. Porém, para os bilíngues, a tradução é apenas uma
ferramenta de uso de quando a língua, interpretada em si mesma, não dá ao
aprendiz os sinais necessários para que ele entenda completamente as noções
comunicadas.
Sendo assim, observemos os textos abaixo:
“Billy always listens to his mother. He always does what she says. If his mother
says, "Brush your teeth," Billy brushes his teeth. If his mother says, "Go to bed,"
Billy goes to bed. Billy is a very good boy. A good boy listens to his mother. His
mother doesn't have to ask him again. She asks him to do something one time,
and she doesn't ask again. Billy is a good boy. He does what his mother asks the
first time. She doesn't have to ask again. She tells Billy, "You are my best child."
Of course Billy is her best child. Billy is her only child”.1
Caso você se encaixe realmente na classe de estudantes que estão
iniciando no momento, poderá perceber que há uma gama de palavras
completamente novas nesse texto. Pode parecer algo distante, mas esse é um
texto completamente básico.
Quando nos deparamos com um texto assim... Pensemos que seja uma
situação real. Você está na escola, trabalho ou faculdade e recebe um texto para
traduzir. A maioria das palavras são desconhecidas, mas ainda existe uma
minoria de termos que podem ser reconhecidos, mesmo que haja a necessidade
de um esforço para lembrar de como cada um representa um signo de
comunicação.

1
https://www.eslfast.com/supereasy/se/supereasy001.htm
Antes de resolvermos a questão, tome um papel e um lápis e determine 5
pontos, como passos, para fazer uma boa tradução. Talvez você sempre tenha
traduzido no Google Tradutor, mas mesmo assim, dê sua verdade. Caso não
chegue a 5 passos, então está tudo bem. Mas mesmo que tenha sido uma
prática do Google Tradutor, eu ainda consigo enxergar 5 passos para os que
depositam mais esforços: ler o texto; digitar no tradutor; escrever a tradução no
papel; revisar; entregar. Quantos desses passos você reconhece como seus?
Anote.
Para tratar de um texto completamente novo, eu indicaria para alunos com
a competência da leitura mais desenvolvida, o uso de um dicionário de inglês
com definições em inglês, ou seja, sem ser um dicionário de tradução. Para
quem é básico, eu indico o dicionário de tradução, MAS desde que este seja
utilizado como uma ferramenta de natureza auxiliadora, e não resolutiva. Ou seja,
nada de, simplesmente, lançar o texto online e receber a tradução completa.
Além de pôr em risco a compreensão e a natureza do texto, não há
aprendizagem nenhuma nesse contexto. Ademais, caso você seja uma pessoa
que lida, lidará ou quer lidar com textos em inglês desde cedo, é importante
entender como a língua escrita funciona, e isso só se dá por meio da pesquisa.
Não digo aqui, entretanto, que você deve passar um tempo a estudar toda
a estrutura lexical da língua inglesa simplesmente para ler um texto e utilizar
tradução, mas me refiro, muito mais, à compreensão completa das palavras que
atropelam a nossa leitura. Já sabemos que compreender uma língua em si
mesma não é traduzir, pois esta e aquela são duas funcionalidades cerebrais
diferentes. Ou melhor, até onde sabemos, diferente da capacidade do
bilinguismo, nenhuma parte do cérebro é responsável unicamente por fazer
traduções2. Ora, sendo assim, assumimos uma atividade que está mais ligada
às capacidades de conexão entre uma língua e outra que entender a L2 somente.
Sendo assim, iremos considerar algumas necessidades (ainda na
situação em que temos tempo e calma para resolver), primordiais da leitura para
a tradução quase íntegra (não assumimos a realidade da necessidade íntegra)
ou parcial de um texto:
1. Leia o texto com atenção sem se preocupar com as palavras não
compreendidas. Observe também a interface do texto, o layout do
produto, e para quem se dirige. Todos esses detalhes denunciam que
tipo de linguagem é utilizada e, portanto, facilitam o processo.
2. Dentro da leitura tome como base inicial absolutamente todas as
palavras que você já conhece, tanto as KW (key words) como as que
já se encontram no seu banco de dados mental. A partir delas, tente
aclarar as palavras que as antecedem e procedem, levando em

2
GARCÍA, Adolfo M. Brain activity during translation: A review of the neuroimaging evidence
as a testing ground for clinically-based hypotheses. Journal of Neurolinguistics. Volume 26,
issue 3, May 2013, pages 370-383.
consideração as preposições e demonstrativos (veremos eles em
breve).
3. Utilize-se de um dicionário para a concretude de termos
desconhecidos e, então, se necessário, dos duvidosos. Procure não
traduzir a frase toda, mas somente palavras soltas, pelo menos os
substantivos e adjetivos, porque pelas definições apresentadas, você
vai construindo o entendimento em cima do contexto observado. Caso
se trate de um texto que, para você, não tem contexto, ou seja, o
propósito dele não está explícito, você tem todo o direito de procurar
saber com quem te enviou o texto ou buscar referências na internet a
partir do título ou trechos do mesmo. VOCÊ NÃO É um tradutor
juramentado, tradução NÃO é seu foco. Portanto, a máxima utilização
de recursos de facilitação pode ser utilizada a todo momento.
4. O texto ainda está incompleto. Entendendo sobre o que se trata e para
quem é escrito, você faz uma leitura de cima para baixo, isto é, sua
intenção na leitura é a compreensão de todo o texto, do parágrafo ou
frase. Sendo assim, a utilização do conhecimento geral de mundo que
você já tem é a chave para a finalização do processo. A meditação faz
parte do processo de leitura. Infelizmente, pouquíssimos formadores
falam sobre essa importância. Talvez o ritmo acelerado e o número de
atividades que devemos fazer no dia nos atrapalhe na leitura calma e
analítica, mas a via da meditação nos apresenta um melhor
aprendizado, mesmo que assim demoremos mais, talvez mais de um
dia, para resolver o enigma, mas nada melhor que seus benefícios3.
Em silêncio e aspescientes 4 no desconhecido, a gente consegue
algum resultado pela força da indução. Mesmo que esse processo seja
lento e não tão prático como os outros, prepara nossa mente para uma
compreensão de dados mais complexos5.
5. Escreva o resultado da sua tradução. Talvez você pensou que a cada
passo acima lidava diretamente com a escrita. Bem, EU não faço
assim, prefiro deixar a escrita como resultado final de todo o esforço
tomado, pois é neste momento que eu percebo se houve concretude
no meu raciocínio, de fato. Caso você necessite escrever, eu indicaria
(caso o texto esteja em um papel) escrever a tradução em cima da
palavra em questão, mas nunca algo completamente sequenciado. A
tradução completa por um aluno de inglês básico pode retardar o
processo de compreensão e interpretação na L2, gerando uma
enorme e infeliz dependência dos processos de tradução que, quando
envolvidas as partes de listening (a escuta), o aluno se torna sujeito à
necessidade constante de traduzir o que ouve6, ou seja, não entende
necas de biribiri de uma longa frase falada. Enfim, a escrita toma parte
na última parte do processo para que a habilidade de compreensão
3
https://www.psychologies.com/Culture/Spiritualites/Meditation/Livres/Silence
4
De olhos fixos – do latim. Não há termo melhor.
5
https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/03/dez-motivos-para-bler-
mais-devagarb.html
6
https://www.mosalingua.com/pt/por-que-nao-traduzir-quando-falamos-em-ingles/
gere um desconforto (natural) no aluno e, nos casos de incompreensão
generalizada, a tradução vem como termo de auxílio às necessidades
de interpretação.
Agora considere o texto abaixo (ou utilize o link para uma leitura mais
confortável) e me diga exatamente o que tem no texto. 1: faça a leitura, duas ou
três vezes. 2: Identifique todas as palavras que já conhece. 3: Procure no
dicionário as palavras soltas e então, se o contexto já não denunciar as
duvidosas, procure por elas também. 4: Releia o texto meditando e pensando
sobre o que exatamente ele pode estar se tratando e como trata. 5: Enfim,
escreva uma tradução para o texto. Caso você não tenha concluído, retorne ao
passo 3, então revise o que fez refazendo o passo 4 e, só então, o 5.
Link do texto: https://www.eslfast.com/supereasy/se/supereasy146.htm
Texto:

He loved his job. He had a good job. He was a teacher.


He loved to teach. He loved his students. He loved to
teach his students. His students listened to him. His
students listened to almost every word he said. His
students learned from him. They learned how to spell
words. They learned how to pronounce words. They
learned how to ask questions. They learned how to
answer questions. They learned how to think. He
taught them how to think. "Don't believe everything
you hear," he said. "Don't believe everything you
read," he said. "Don't believe everything you see," he
said. "Use your head. If something sounds too good
to be true, it usually is," he said.

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