W de Geografia Do Urbanismo

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema: Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique

Estudante: Bernardo Lambo Cuchupica – Código: 708211828

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia do Urbanismo
4º ano

O docente: Luís Deixa

Beira, Maio de 2024


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Categorias Indicadores Padrões Classificação

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máxima do
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Estrutura Aspectos Capa 0,5


organizacionais
Índice 0.5

Introdução 0.5

Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Conteúdo Introdução Contextualização 1.0

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Analise e Articulação e domínio 2.0


discussão
Revisão bibliográfico 2.0

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos 2.0


práticos

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0


gerais de letra, paragrafo e
espaçamento entre linhas.

Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0


bibliográficas edição em citações / referências
citações e bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria

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Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1.1. Objetivos...............................................................................................................................2
1.2. Objectivo Geral.....................................................................................................................2
1.3. Objectivos específicos..........................................................................................................2
CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO...............................................................................................3
2.1. Conceito, caracterização e categorização de espaços verdes...............................................3
2.2. Breve historial do processo de urbanização e expansão urbana...............................................4
2.2.1. A nível mundial;.....................................................................................................................4
2.2.2. A nível dos países em via de desenvolvimento, caso de Moçambique;.................................5
2.3. Olhar sobre o sistema de ordenamento do Território em Moçambique....................................6
2.3.1. A Lei de terras........................................................................................................................7
2.3.1.1. Zonas de proteção total.......................................................................................................7
2.3.1.2. Zonas de proteção parcial...................................................................................................7
2.3.2. A Lei do Ordenamento do Território (LOT)..........................................................................8
2.3.2.1. Nível nacional.....................................................................................................................8
2.3.2.2. Nível Provincial..................................................................................................................9
2.3.2.3. Nível Distrital.....................................................................................................................9
2.3.2.4. Nível Autárquico.................................................................................................................9
2.3.3.Lei do ambiente......................................................................................................................9
CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................11
CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................12
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Com o decorrer dos tempos tem se notado a nível mundial um movimento de
transformação de ambientes naturais, tornando-os cada vez mais artificializados. Essa
transformação tem se notado essencialmente em processos de expansão de espaços urbanos sobre
os espaços mais naturalizados.
De acordo com Salles, Grigio e Silva (2013), com o processo de expansão e urbanização, o
homem tem transformado ambientes naturais, para criar os ambientes artificiais, ou seja, o meio
ambiente urbano, para o atendimento das suas necessidades como ser social.
O conhecimento e estudo dos procedimentos de transformação que estas áreas têm
submetidas constitui uma grande valia para a melhoria e preservação da estrutura ambiental
existente e para a melhor qualidade de vida nos assentamentos urbanizados.
Segundo Ribeiro (2019), o processo de urbanização intensificou-se no período da
revolução industrial principalmente os nos países desenvolvidos, ao passo que em países
subdesenvolvidos o processo ainda está em curso e África é o continente menos urbanizado.
Em Moçambique o processo de urbanização está em curso e conta com 30% da sua
população na área urbana e 70% na área rural, segundo SENSO 2007.
As cidades moçambicanas apresentam uma paisagem que revela disparidades entre as áreas
consolidadas da herança colonial portuguesa e as áreas em que o processo de urbanização evolui
constantemente e com deficiência na cobertura infra estrutural e de serviços. A semelhança das
principais cidades moçambicanas, Nampula tem apresentado um rápido crescimento da sua
ocupação territorial, crescimento este que não tem sido previamente acompanhado por
instrumentos de legais que o orientem. Este contribui para a significativa redução da estrutura
verde Municipal.

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1.1. Objetivos
1.2. Objectivo Geral
 Perceber os impactos que o processo de urbanização tem tido sobre a estrutura verde
municipal de Nampula nos últimos 15 anos, de modo a possibilitar uma posterior criação
de recomendações das ações técnicas e normativas que garantam uma estrutura verde
eficiente.

1.3. Objectivos específicos


 Identificar e Caracterizar o Município de Nampula desde a zona consolidada colonial até
ao cinturão verde envolvente;
 Caracterizar a estrutura verde municipal demonstrando a sua variação de área ao longo
dos últimos 15 anos;
 Analisar as variações do território face a expansão urbana e crescimento
demográfico;
 Propor medidas de caráter normativo e técnico para futuras intervenções sobre a estrutura
verde municipal.

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CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO
2.1. Conceito, caracterização e categorização de espaços verdes
De acordo com LOBODA e DE ANGELIS (2005, p. 127, apud Mattos 2017, p. 38), as
primeiras informações a respeito dos espaços verdes afirmam que o tratamento desses espaços se
iniciou de forma independente no Egito e na China.
Durante o Período Medieval, que se desenvolveu na Europa entre os séculos V e XV d.C.,
as praças compactadas entre muralhas suportavam as práticas do comércio. Nesse período o
plantio de vegetação não era comum, sendo a natureza organizada em forma de jardins nas
propriedades privadas. O claustro, elemento organizador do espaço, além de iluminação e
ventilação, permitia uma visão ordenada da natureza (Mattos, 2017).
Conforme Mattos (2017, p. 39), durante o período seiscentista e setecentista pensava- se no
domínio do homem sobre as florestas e áreas verdes. No entanto, durante os séculos XVII e
XVIII, na Europa, “manifestações de apreço com a natureza e a paisagem” surgiram com maior
intensidade. O ar puro e as vistas proporcionadas pelos elementos naturais começaram a ser
exaltados, sendo a natureza além de bela, benéfica.
O crescimento urbano associado aos fluxos demográficos consequentes da revolução
industrial, gera a necessidade de espaços públicos associados as cidades.
Os primeiros espaços verdes públicos surgem na segunda metade do séc. XIX. Nesta época
o jardim representa sinais claros de uma confusão do ponto de vista estilístico. Assistese a uma
revalorização progressiva das formas geométricas, ao qual se obtém como produto final um
jardim composto tanto de formas livres típicas do jardim paisagista, como de elementos do
jardim clássico. Tornando o jardim num espaço composto por elementos culturais e sentimentais
(Pimpão, 2015).

Estes espaços surgem também como resposta à necessidade de higiene demandada pelas
zonas industriais e principalmente, como resposta procura por lugares de lazer como apoio as
zonas industrializadas.
Os espaços verdes são peças fundamentais no puzzle do planeamento e gestão da cidade,
onde desempenham uma panóplia de funções que ajudam a moderar o impacto das
consequências negativas das atividades humanas. Os benefícios dos espaços verdes urbanos são
perceptíveis, por exemplo, na contribuição para a preservação da biodiversidade ou na

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aproximação da população à natureza, promovendo, desta forma, a saúde e o bem-estar (Capão,
2020).
Os espaços verdes urbanos têm de ser planeados e desenhados a pensar nas pessoas, numa
perspectiva integrada e considerando as suas várias funcionalidades. Os espaços verdes urbanos
devem ser uma ferramenta para a construção das cidades do futuro, como ponte para a
valorização do capital natural e histórico, e em articulação com a sua envolvente (Capão, 2020).

Os espaços verdes, assim como outras soluções baseadas na natureza, oferecem estratégias
inovadoras que visam a melhoria da qualidade dos aglomerados urbanos, o aumento da
resiliência local e a promoção de estilos de vida sustentáveis, fomentando tanto a saúde como o
bem-estar dos urbanitas. Os espaços verdes urbanos podem reduzir os riscos para a saúde
ambiental associados à vivência urbana, através da melhoria da qualidade do ar e da água,
amenização da poluição sonora e mitigação dos impactos decorrentes de eventos extremos. Além
disso, fomentam e promovem a saúde e o bem-estar, possibilitando uma diminuição do stress e
relaxamento, proporcionando oportunidades de realização de atividade física, e induzindo a
melhoria das interações sociais e a coesão da comunidade (OMS, 2017).

De acordo com o Decreto-Regulamentar n. º9/2009, de 29 de maio, os espaços verdes de


utilização coletiva são "as áreas de solo enquadradas na estrutura ecológica municipal ou urbana
que, além das funções de proteção e valorização ambiental e paisagística, se destinam à
utilização pelos cidadãos em atividades de estadia, recreio e lazer ao ar livre". Os espaços verdes
de utilização coletiva no solo urbano têm tradicionalmente assumido as características de parque
e jardins públicos.
De acordo com o Decreto-Regulamentar n. º9/2009, de 29 de maio da legislação
Portuguesa, os logradouros não são abrangidos no conceito de espaços verdes de utilização
coletiva, embora possam integrar a estrutura ecológica urbana e desempenhar funções de
proteção e valorização ambiental.

2.2. Breve historial do processo de urbanização e expansão urbana


2.2.1. A nível mundial;

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A urbanização corresponde ao processo de transformação dos espaços rurais em
espaços urbanos, com o crescimento das cidades e das práticas inerentes a elas, como as
atividades industriais e comerciais.
As primeiras cidades remontam de milhares anos atras. No entanto, o processo efetivo de
urbanização dos aglomerados humanos deu-se através da intensificação das as revoluções
industriais e comerciais, nos meados do século XVIII e tendo causado várias alterações na
sociedade.
Segundo Silva (2009), a urbanização não consiste apenas no crescimento das cidades. Para
que ela ocorra é necessário um conjunto de mudanças que irão se expressar tanto na paisagem
urbana da cidade como no comportamento e estilo de vida das pessoas.

2.2.2. A nível dos países em via de desenvolvimento, caso de Moçambique;


Segundo Baia (2009), a urbanização em Moçambique ainda é um processo inacabado e
caraterizado por elementos de segregação e exclusão; daí a construção da tese segundo a qual há
uma complementaridade intrínseca entre os elementos característicos do modo de vida ocidental
– introduzidos pela expansão e dominação colonial portuguesa (e pela mundialização do
capitalismo contemporâneo) – e aqueles típicos da sociedade africana (anteriores à colonização
portuguesa) no interior das cidades.

De acordo com Maloa (2019), o processo de urbanização em Moçambique obedece a


determinadas caraterísticas mais predominantes, nomeadamente: a dualidade urbana, a ruralidade
no urbano, a informalidade e o crescimento demográfico e estas caracterizam-se por:
 A urbanização dual como uma das caraterísticas da urbanização moçambicana
contemporânea, aqui tratada a partir da década de 1990, resultou de um processo
longínquo de segregação socio espacial, caracterizada pela natureza colonial que o país
passou por longos séculos. Como mostrou Fanon (2005) na sua obra “Os condenados da
terra”, o colonialismo perpetuava valores segregacionistas e racistas, os quais
estruturaram as cidades moçambicanas em dois compartimentos: de um lado, bairros
configurados em plantas ortogonais, com edifícios verticais, redes de serviços, comércio,
saneamento básico, abastecimento de energia elétrica, água potável, telecomunicações

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etc.; do outro lado, bairros estruturados em habitações horizontais, precárias em
infraestrutura e serviços urbanos;
 A segunda característica fundamental da urbanização moçambicana é a ruralidade no
urbano. Nessa relação entre o urbano e o rural, pesam os aspectos institucionais de
mudança entre o que é considerado urbano e rural, que nem sempre refletem mudanças
substantivas no modo de vida da população urbana. Trata-se de uma característica quase
geral nos países africanos (Moriconi- Ebrard et al., 2015), herdada também do período
colonial e muito visível atualmente nas periferias, nas quais prevalecem a população de
baixa renda, principalmente aqueles que migram dos espaços rurais para os espaços
urbanos a procura de sobrevivência, como forma de lidar com a difícil vida urbana, e
acabam adaptando atitudes, hábitos e comportamentos rurais;
 A terceira característica da urbanização moçambicana contemporânea é a
informalidade no que diz respeito ao acesso à terra urbana. Em Moçambique, a terra
pertence ao Estado. A Lei de Terra, em vigor desde 1997, concede a indivíduos o direito à
terra com base em ocupação histórica, aceitando as testemunhas orais para decisão.
Incorporando a lei tradicional, esse processo foi amplamente respeitado como reforma
agrária;

De acordo com UN-HABITAT (2007) apud (Maloa, 2019), apesar de quase 14 anos, a lei
não demonstrou eficácia na concessão de direitos de residência permanente de seus ocupantes.
Interesses contraditórios por promotores de terra, falta de procedimentos adequados de
planejamento urbano, pesquisas, processos burocráticos, taxas altas e corrupção, tudo contribui
para que os assentamentos permaneçam informais.

2.3. Olhar sobre o sistema de ordenamento do Território em Moçambique


O território é a base física do Estado, constituindo a realidade espacial sobre a qual se fixa
e se desenvolve a sociedade moçambicana e onde se realizam as suas potencialidades intelectuais
e materiais, deixando nela gravada a sua história (Lei n° 19/2007 de 18 de julho, 2007).

O quadro legal moçambicano é composto por um leque de instrumentos que regem o


sistema de Ordenamento Territorial (OT) do país, tais como a Lei de Terras, a Lei do

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Ordenamento Territorial, o Regulamento da lei do ordenamento territorial, a Lei do ambiente, o
Regulamento do solo urbano, a Diretiva geral sobre o processo de expropriação para efeitos
de OT, a Política do ordenamento territorial, a Estratégia nacional de adaptação e mitigação das
mudanças climáticas, a Diretiva geral para elaboração de planos de reassentamento e
Regulamento sobre o processo de reassentamento resultante das atividades económicas.

2.3.1. A Lei de terras


A Lei de Terras tem como âmbito estabelecer os termos em que se opera a constituição,
exercício, modificação, transmissão e extinção do direito de uso e aproveitamento de terra. A Lei
define os sujeitos ao uso e aproveitamento da terra, as formas de titulação e prazos, as zonas de
proteção (total e parcial), entre outros.
De acordo com a Lei n° 17/97 de 1 de outubro, em Moçambique a Terra é propriedade do
estado e não pode ser vendida ou, por qualquer outra forma, alienada hipotecada ou penhorada.
Na República de Moçambique, toda a terra constitui o Fundo Estatal de Terras.
É também na Lei de Terras onde são definidas as zonas de domínio público,
nomeadamente a zona de proteção total e as zonas de proteção parcial.

2.3.1.1. Zonas de proteção total


Consideram-se zonas de proteção total as áreas destinadas a atividade de conservação ou
preservação da natureza e de defesa e segurança do Estado.

2.3.1.2. Zonas de proteção parcial


Consideram-se zonas de proteção parcial:
a) o leito das águas interiores, do mar territorial e da zona económica exclusiva;
b) a plataforma continental;
c) a faixa da orla marítima e no contorno de ilhas, baías e estuários, medida da linha das
máximas preia-mares até 100 metros para o interior do território;
d) a faixa de terreno até 100 metros confinante com as nascentes de água;

e) a faixa de terreno no contorno de barragens e albufeiras até 250 metros;

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f) os terrenos ocupados pelas linhas férreas de interesse público e pelas respectivas
estações, com uma faixa confinante de 50 metros de cada lado do eixo da via;
g) os terrenos ocupados pelas autoestradas e estradas de quatro faixas, instalações e
condutores aéreos, superficiais, subterrâneos e submarinos de eletricidade, de
telecomunicações, petróleo, gás e água, com uma faixa confinante de 50 metros de
cada lado, bem como os terrenos ocupados pelas estradas, com uma faixa confinante de
30 metros para as estradas primárias e de 15 metros para as estradas secundárias e
terciárias;
h) a faixa de dois quilómetros ao longo da fronteira terrestre;
i) os terrenos ocupados por aeroportos e aeródromos, com uma faixa confinante de 100
metros;
j) a faixa de terreno de 100 metros confinante com instalações militares e outras instalações
de defesa e segurança do Estado.

2.3.2. A Lei do Ordenamento do Território (LOT)


A LOT faz o enquadramento jurídico da Política do Ordenamento do Território, para que se
alcancem, como objetivos essenciais, o aproveitamento racional e sustentável dos recursos
naturais, a preservação do equilíbrio ambiental, a promoção da coesão nacional, a valorização
dos diversos potenciais de cada região, a promoção da qualidade de vida dos cidadãos, o
equilíbrio entre a qualidade de vida nas zonas rurais e nas zonas urbanas, o melhoramento das
condições de habitação, das infraestruturas e dos sistemas urbanos, a segurança das populações
vulneráveis a calamidades naturais ou provocadas.
A LOT define a hierarquia e complementaridade dos instrumentos de ordenamento de
território, obedecendo a uma hierarquização vertical, do topo a base (figura 2):

Provincial

Distrital

Distrital

Autárquico

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2.3.2.1. Nível nacional
A nível nacional são definidas as regras gerais da estratégia do ordenamento do território,
as normas e as diretrizes para as ações de ordenamento, provincial, distrital e autárquico, e
compatibilizam-se às políticas setoriais de desenvolvimento do território. Este nível é constituído
essencialmente por dois instrumentos de ordenamento territorial, nomeadamente:
 Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial (PNDT);
 Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT).

2.3.2.2. Nível Provincial


Ao nível provincial são definidas as estratégias de ordenamento do território da província,
integrando-as com estratégias nacionais de desenvolvimento econômico e social e, estabelecem-
se as diretrizes para o ordenamento distrital e autárquico. Constituem instrumentos de
ordenamento territorial ao nível provincial:
 Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial (PPDT);

2.3.2.3. Nível Distrital


A nível distrital elaboram-se os planos de ordenamento do território de área do distrito e os
projetos para a sua implementação, refletindo as necessidades e as aspirações das comunidades
locais, integrando-os com as políticas nacionais e de acordo com as diretrizes de âmbito nacional
e provincial. Constituem instrumentos de ordenamento territorial ao nível distrital:
 Planos Distritais de Uso da Terra (PDUT);

2.3.2.4. Nível Autárquico


Ao nível autárquico estabelecem-se os programas, planos projetos de desenvolvimento e o
regime de uso do solo urbano, de acordo com as leis vigentes.
 Planos de Estrutura Urbana (PEU);
 Planos Gerais e Parciais de Urbanização (PGU / PPU);
 Planos de Pormenor,

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2.3.3.Lei do ambiente
A Lei do ambiente tem como objeto principal a definição de bases legais para uma
utilização e gestão corretas do ambiente e seus componentes, com vista a materialização de um
sistema de desenvolvimento sustentável no país. A lei aplica-se para todas as atividades públicas
ou privadas que direta ou indiretamente possam influir nos componentes ambientais.
No seu decimo quarto capitulo, a lei do ambiente proíbe a implantação de infraestruturas
habitacionais ou para outros fins que, pela sua dimensão, natureza ou localização, provoquem um
impacto negativo sobre o ambiente. Esta proibição aplica—se especialmente à zona costeira, às
zonas com risco de erosão ou desertificação, às zonas húmidas, às áreas de proteção ambiental e
as outras zonas ecologicamente sensíveis.

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CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS
Terminado a realização deste trabalho pude constatar que os primeiros espaços verdes
públicos surgem na segunda metade do séc. XIX. Nesta época o jardim representa sinais claros
de uma confusão do ponto de vista estilístico. Assistisse a uma revalorização progressiva das
formas geométricas, ao qual se obtém como produto final um jardim composto tanto de formas
livres típicas do jardim paisagista, como de elementos do jardim clássico. Tornando o jardim
num espaço composto por elementos culturais e sentimentais (Pimpão, 2015).
Entretanto, estes espaços surgem também como resposta à necessidade de higiene
demandada pelas zonas industriais e principalmente, como resposta procura por lugares de lazer
como apoio as zonas industrializadas.
O planeamento das cidades e das regiões tem que contar com grandes inércia no sistema e
com a própria persistência de traçados. Há ruas com centenas de anos e o seu traçado pode ainda
coincidir, na sua diretriz, com o que fora adaptada há mil ou dois mil anos. A medida que se
materializam as componentes de uma cidade é muito difícil mudá-las de sítio e até de
características. Ora o urbanista não pode mudar as ruas que traçou ou os lotes que parcelou.
Assim, o novo conceito de planeamento para um desenvolvimento sustentável acaba por
equivaler ao antigo conceito de planeamento a longo e muito longo prazo. É nesse planear a
longo prazo que se integra a noção de sustentabilidade, ou seja, a política de garantir que os
recursos que hoje usamos não deverão pôr em causa as gerações futuras e a sua possibilidade de
também usufruírem desses recursos.
O espaço urbano visto em sentido restrito é, normalmente e em si mesmo, insustentável,
como eram as cidades muralhas sujeitas a longos cercos. A degradação acentuada do espaço
urbano, a
poluição urbana de todo o tipo, as chuvas ácidas, o efeito de estufa e outros males, mostra
os perigos crescentes que o desenvolvimento urbano acelerado provoca.

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CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUITARRARA, Paloma. "Geografia urbana"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/geografia-urbana.htm. Acesso em 09 de maio de
2024.
LEITE, I. Geografia. Geral, Lisboa, Edições ASA, 1989.
NAKATA, Hirome e Coelho, Marcos Amorim, Geografia geral, S. Paulo, Editora Moderna,
1978.
VESENTINI, J. W. Sociedade & Espaço. São Paulo: Editora Afiliada. 2008

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