Tecido Nervoso2011

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Tecido Nervoso

Tecido Nervoso
Neurônio

A unidade funcional e estrutural do sistema


nervoso é o neurônio ou célula nervosa. São os
neurônios que fazem a ligação entre as células
receptoras dos diversos órgãos sensoriais e as
células efetoras, nomeadamente músculos e
glândulas.

Os neurônios são células muito especializadas


que apresentam um ou mais prolongamentos,
ao longo dos quais se desloca um sinal elétrico.
Tecido Nervoso
• É composto basicamente por dois tipos celulares:
• neurônios, que são a unidade fundamental do
tecido nervoso, cuja função é receber, processar
e enviar informações
• não se dividem, os que morrem, seja
naturalmente ou por efeitos de toxinas ou
traumatismos, são raramente substituídos;
• células gliais (neuróglia) que são as células que
ocupam os espaços entre os neurônios, com
função de sustentação, revestimento, modulação
da atividade neuronal e defesa; diferente dos
neurônios, essas células mantém a capacidade
de mitose.
Células gliais
• Há diversos tipos celulares, distintos
quanto à morfologia, e às funções que
exercem.
• Astrócitos (sustentação, regulação de
NT, íons)
• Oligodendrocitos (manutenção e
formação da bainha de mielina)
• Micróglia (defesa)
Tecido Nervoso
• Os neurônios são compostos basicamente por três
estruturas: corpo celular, dendritos e axônio.
• Estrutura básica de um neurônio:
• Corpo Celular ou Pericário: contem núcleo e
citoplasma, onde estão contidos ribossomos,
retículo endoplasmático e aparelho de Golgi.
Centro metabólico do neurônio.
• Do corpo celular partem prolongamentos:
dendritos e axônios.
Tecido Nervoso
• Dendritos: geralmente curtos. Traduzem os estímulos
recebidos em alterações do potencial de repouso da
membrana, que envolvem entrada e saída de
determinados íons, causando pequenas despolarizações
(excitatória) ou hiperpolarizações (inibitória).
Tecido Nervoso
• Axônio: prolongamento longo e fino, que pode
medir de milímetros a mais de um metro,
originado do corpo ou de um dendrito principal.
• Os axônios são cobertos por uma membrana
denominada bainha de mielina.
• No trajeto do axônio, há regiões chamadas nódulos de
Ranvier, em que a bainha de mielina é interrompida,
gerando assim a condução saltatória, nos quais o
impulso nervoso é transmitido, aos saltos, de um
nódulo de Ranvier ao outro, ao longo da fibra (axônio).
Neuronios
Classificação

• No sentido em que conduzem impulsos


relativamente ao sistema nervoso central, em:
neurônios sensoriais ou aferentes - os que
transmitem impulsos do exterior para o
sistema nervoso central
• neurônios motores ou eferentes – os que
transmitem impulsos do sistema nervoso
central para o exterior
• neurônios de conexão - os que conduzem
impulsos entre os outros dois tipos de
neurônios.
Neurônio
Neuronio
Impulso Nervoso: Natureza e
Propagação da Mensagem
Nervosa

• As fibras nervosas têm a propriedade de


propagar impulsos muito rapidamente, em todo
o seu comprimento, e de transmiti-los à célula
que se lhe segue, através de contatos
conhecidos por sinapses.
Impulso Nervoso: Natureza e
Propagação da Mensagem Nervosa

• O impulso é captado pelos dendritos, passa ao


corpo celular e deste para o axônio, que o
envia para a célula seguinte.
Impulso Nervoso: Natureza e
Propagação da Mensagem Nervosa

• O percurso do impulso nervoso no


neurônio é sempre no sentido dendrito è
corpo celular è axônio.
• Ele acontece graças a existência do
potencial de ação
Direção do impulso
POTENCIAL AÇÃO
Rápida variação do potencial de membrana, seguido por
retorno ao potencial de repouso
Ex: neurônio/músculo (células excitáveis)

O potencial de ação corre ao longo do axônio ou da fibra muscular,


despolarizando as seções adjacentes da membrana.

Na célula nervosa a velocidade de propagação aumenta nos calibres axônicos


maiores e em presença da bainha de mielina.

O potencial de ação existe devido a presença nas celulas excitáveis do que


chamamos de “potencial de membrana”
POTENCIAL DE MEMBRANA

OS ÍONS SE DISTRIBUEM, ATRAVÉS DA MEMBRANA, DE FORMA


ASSIMÉTRICA.

Líquido extracelular: Na+ (145mEq/L), Cl- (105 mEq/L) e K+ (3,5 mEq/L)


Líquido intracelular: Na+ (15mEq/L), Cl- (8 mEq/L) e K+ (130 mEq/L)

A distribuição dos íons, através da membrana celular, depende da atividade da


Na+ K+/ATPase;

Por sua atividade, o Na+ é ativamente bombeado para fora da célula, e o K+


ativamente bombeado para dentro da célula;

Parte do K+ vaza para fora da célula por meio de canais seletivos para o K+ -
vazamento responsável, em grande parte, pelo estabelecimento do potencial de
repouso da membrana.
Impulso Nervoso: Natureza e Propagação da
Mensagem Nervosa
Como ocorre???
POTENCIAL DE AÇÃO
Rápida variação do potencial de membrana, seguido por
retorno ao potencial de repouso
Ex: neurônio/músculo (células excitáveis)

A geração e a condução dos potenciais de ação é criticamente importante


para o funcionamento dos tecidos excitáveis

FASES

REPOUSO: alta concentração de NA+ (extracelular) e de K+ (intracelular);

DESPOLARIZAÇÃO: aumento da permeabilidade ao Na+;

REPOLARIZAÇÃO: diminuição da permeabilidade ao Na+ e aumento da


permeabilidade ao K+;

HIPERPOLARIZAÇÃO: aumento da permeabilidade ao K+


Impulso Nervoso: Natureza e
Propagação da Mensagem
Nervosa
• No estado de repouso, o neurônio encontra-se
polarizado, ou seja, o interior está carregado mais
negativamente que o exterior.
• Ao atingir a membrana celular, o estímulo altera a
permeabilidade aos íons Na+ e K+ no ponto excitado,
permitindo assim, um influxo (entrada) de íons sódio
(Na+) e a saída de íons potássio (K+). Neste momento
ocorre a despolarização, ou seja, diminui a
negatividade no interior da célula.
• A entrada inicial de íons Na+ provoca a abertura de
canais para esses íons nos segmentos seguintes, de
modo que o processo se repete e o impulso nervoso
se transmite através de todo o neurônio.
POTENCIAL DE AÇÃO
POTENCIAL AÇÃO

NEURÔNIO

FIBRA MIELÍNICA
POTENCIAL AÇÃO

NEURÔNIO

FIBRA MIELÍNICA
POTENCIAL AÇÃO

NEURÔNIO

FIBRA MIELÍNICA
POTENCIAL AÇÃO

NEURÔNIO

FIBRA MIELÍNICA
POTENCIAL AÇÃO

NEURÔNIO

FIBRA MIELÍNICA
Impulso Nervoso: Natureza e
Propagação da Mensagem
Nervosa
Sinapse
Meio pelo qual acontece a comunicação entre
neurônios

Pode ser química (+ importante) ou elétrica


Sinapses

• Sinapses químicas: ocorre na maioria


das sinapses interneuronais e em todas
as sinapses neuroefetuadoras. Esta
comunicação depende da liberação de
uma substância química chamada
neurotransmissor, que está presente no
elemento pré-sináptico armazenado em
vesículas sinápticas.
Sinapses Neuroefetuadoras
• junções neuroefetuadoras, envolvem os
axônios dos nervos periféricos e uma célula
efetuadora não neuronal. Estas podem ser:

• Junção neuroefetuadora somática: se


fazem com células musculares estriadas
esqueléticas (miócitos) onde o elemento
pré-sináptico é uma terminação axônica
de um neurônio cujo corpo se localiza na
medula espinhal ou no tronco encefálico.
Sinapses Neuroefetuadoras

• Junção neuroefetuadora visceral: é o


contato de células musculares lisas ou
cardíacas ou glandulares com
terminações nervosas de neurônios do
sistema nervoso autônomo simpático e
parassimpático, cujos corpos se
encontram em gânglios.
Sinapses Neuroefetuadoras
• junções neuroefetuadoras, envolvem os axônios dos nervos periféricos e
uma célula efetuadora não neuronal. Estas podem ser:
• Junção neuroefetuadora somática: se
fazem com células musculares estriadas
esqueléticas (miócitos) onde o elemento
pré-sináptico é uma terminação axônica
de um neurônio cujo corpo se localiza na
medula espinhal ou no tronco encefálico.
Sinapse quimica
passo a passo

• 1. O sinal elétrico que chega à terminação


axônica, provoca a liberação de
neurotransmissores, mensageiros químicos
presentes no interior de vesículas na
terminação axônica.
• 2. Ao atingir a terminação axônica, o potencial
de ação faz com que as vesículas se fusionem
com a membrana da terminação, liberando os
neurotransmissores que estavam contidos
para a fenda sináptica (espaço virtual entre o
neurônio e a célula efetora)
Sinapse quimica

• 3. Ao serem liberados na fenda sináptica, os


neurotransmissores se ligam a receptores
específicos presentes na membrana da célula
pós-sináptica (célula efetora).
• 4. A ligação do neurotransmissor com o seu
receptor específico, gera uma alteração no
potencial de membrana da célula efetora,
transmitindo o impulso nervoso e gerando uma
resposta (contração muscular, por exemplo).
Sinapse quimica

• 5. Após o contato com o receptor, é


necessário que o neurotransmissor seja
removido da fenda sináptica para que
não haja excitação ou inibição por tempo
prolongado. Essa remoção pode ser feita
por ação enzimática ou por recaptação
pela membrana pré-sináptica; e uma vez
dentro da terminação nervosa, o
neurotransmissor pode ser reutilizado ou
inativado
http://www.epub.org.br/cm/n08/doencas/drugs/animrecap_i.htm
Sinapse

uma
ilustração
real
http://www.epub.org.br/cm/n08/doencas/drugs/animrecap_i.htm

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