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Ciclo Menstrual

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1 Sarah Fernandez Coutinho de Carvalho 19.

Ciclo Menstrual
OVÁRIOS

Histologia

 Possui um córtex e uma medula. O córtex do ovário é composto de um estroma densamente celular. No interior deste
estroma se encontram os folículos ovarianos, que contêm um oócito primário circundado por células foliculares. Os
folículos são as unidades funcionais, tanto gametogênicas quanto endócrinas.

 Os folículos ovarianos são como uma cápsula que envolve os oócitos, sendo que cada folículo contém um oócito. O
tamanho do folículo indica a maturação do oócito.

 LEMBRAR QUE: Os oócitos param em prófase I na fase fetal/neonatal. Durante a puberdade, há a maturação até
metáfase II. Se concluída a fecundação, agora chamado óvulo, terminará a anáfase e telófase II.

Folículos

 Folículo Primordial: formado no terceiro mês de vida, sendo apenas


uma camada de células foliculares em volta do oócito. Se localizam logo
abaixo da túnica albugínea (mais nas periferias do córtex). Nessa fase o
oócito evolui de oogônia para ovócito primário (permanece em prófase
I- fator inibidor de desenvolvimento do oócito). A decisão de um
folículo primordial de entrar na fase inicial de crescimento é
principalmente dependente de fatores parácrinos intraovarianos, que são
produzidos tanto pelas células foliculares como pelos oócitos.

 Folículo Primário PRÉ ANTRAL: os folículos crescem e se tornam


células cuboides. Secreta glicoproteínas (ZP1, ZP2 e ZP3), formando
a membrana pelúcida

 Folículo Secundário PRÉ ANTRAL (Folículo Primário Maduro):


Células foliculares se multiplicam e se diferenciam também em
células da granulosa. As células do estroma externo se multiplicam
e formam as células da Teca. A partir da puberdade.

 Células da Granulosa: Funcionam como Sertoli, tem receptores de


FSH (estradiol)

 Células da Teca: funcionam como Leydig, tem receptores de LH

Teca externa: camada composta por células musculares lisas e feixes


de fibras colágenas;
Teca interna: camada altamente vascularizada de células secretoras
cuboides; produtora de esteroides andrógenos- possui muitos
receptores de LH.

 Folículo Antral/ Terciário ou Secundário em algumas versões: Na região associada ao oócito


as células da granulosa formam uma região espessada, o cúmulo oóforo, que se projeta para dentro dentro do antro.
As células do cúmulo oóforo que circundam imediatamente o oócito, ao qual permanecem associadas na ovulação,
são denominadas coroa radiada.

Os folículos antrais são FSH hipofisário dependentes para seu


crescimento (células da granulosa) e para indução da produção
da CYP19 (aromatase)
Nessa fase há grande produção nas células da Teca de
androsteneidiona e testosterona (em menor quantidade).
Esses dois hormônios, então, são convertidos nas células da
granulosa pela CYP19 em estrógeno – os maiores produtores de
estrógenos serão os folículos selecionados.
2 Sarah Fernandez Coutinho de Carvalho 19.1

 Folículo Dominante (Graaf): nessa nível de maturação folicular há o desenvolvimento do oócito até a metáfase II.
– cessa FSH, maior produção de estradiol.

À medida que os níveis de FSH declinam, os folículos em


crescimento rápido progressivamente sofrem atresia até que reste
apenas um folículo. Geralmente, o maior folículo com a maior
quantidade de receptores para FSH, dentre os do grupo recrutado, se
torna o folículo dominante. Nessa fase o oócito sai da metáfase I
quando acontece o surto de LH para ser liberado como cumulus
oócito do folículo (período periovulatório)

Existe uma mudança na função esteroidogênica das células da teca


e murais da granulosa. Este processo é denominado luteinização e
culmina com a formação de um corpo lúteo, que é capaz de
produzir grandes quantidades de progesterona, juntamente com
estrogênio, em poucos dias após a ovulação
3 Sarah Fernandez Coutinho de Carvalho 19.1

 Os níveis basais de LH nas células da Teca estimulam a expressão de enzimas esteroidogênicas  CYP17, que
transforma a progesterona em Androsteneidiona.

 Os andrógenos (principalmente a androstenediona, mas também alguma testosterona) liberados da teca se difundem pelas
células granulosas murais ou penetram nos vasos que circundam o folículo.

 As células granulosas murais do folículo selecionado apresentam um grande número de receptores para FSH, além de
serem bastante sensíveis ao FSH, o que estimula a expressão gênica e a atividade da CYP19 (aromatase).

 A CYP19 converte androstenediona, vinda das célula da Teca, em estrona, um estrógeno fraco, e converte
testosterona em 17β-estradiol, um estrógeno potente.

 Há conversão periférica de andrógenos (androsteneidiona) à estrógeno, através da CYP19 (aromatase) em muitos


tecidos do corpo. Isso gera uma fonte importante de estrógeno para mulheres na menopausa.

 Corpo Lúteo

 No corpo lúteo maduro, as células granulosas,


agora denominadas células granulosas
luteínicas, aumentam de tamanho e se enchem
de lipídios (ésteres de colesterol). As células
granulosas luteínicas aumentadas colapsam
para dentro da antiga cavidade antral e a
preenchem parcialmente.

 Ação do LH para produção de progesterona

 O corpo lúteo humano é programado para


viver por 14 dias (corpo lúteo da
menstruação), a menos que seja “resgatado”
pela gonadotrofina coriônica humana (hCG),
hormônio semelhante ao LH, que se origina
do embrião implantado. A alta produção do
corpo lúteo inibe o LH lentamente. Assim,
esse LH não continua e é formado o corpo albicans.

 Se resgatado, o corpo lúteo da gestação permanecerá viável durante a gestação (normalmente cerca de 9 meses).

 O corpo lúteo é finalmente transformado em um corpo cicatricial denominado corpus albicans, o qual se aprofunda na
medular do ovário e é lentamente absorvido.
4 Sarah Fernandez Coutinho de Carvalho 19.1

 Folículos Atrésicos: células da granulosa sofrem apoptose, mas continuam com receptores de LH e são produtoras de
hormônios, sendo chamadas de glândulas intersticiais.

CICLO MENSTRUAL

O ciclo menstrual é dependente das funções hipotalâmico-hipofisárias para amadurecimento (FSH) e liberação
(LH) dos folículos/oócito. Um pulso em 60/90 min estimula a produção de LH, enquanto uma baixa frequencia de
pulsos estimula a produção de FSH. A principal diferença entre os eixos reprodutores feminino e masculino é o surto de
gonadotrofinas no meio do ciclo, o qual é dependente de um nível de estrógeno alto e constante, proveniente de um
folículo dominante.

FASE FOLICULAR: Primero dia da menstruação – fase secretória- seleção de 15 a 20 folículos antrais e
posteriormente a seleção do dominante, que deve ter um oócito totalmente desenvolvido, células da granulosa que
secretam altos níveis de estrógeno. São necessários muitos meses para se atingir a fase de folículo antral, por isso pode se
dizer que a fase folicular ocorre independente do ciclo menstrual mensal.

FASE LÚTEA: caracterizada pelas secreções do corpo lúteo. Fase proliferativa do útero.

1- Após a cicatrização do corpo lúteo, há uma queda de


estrógeno e progesterona (produzidos por esse corpo
lúteo) – Isso acontece por volta do dia 24 do ciclo.

2- A queda do estrógeno e progesterona estimula a


produção de FSH no gonadotrofo 2 dias antes da
menstruação- fim do feedback negativo feito pelo
estradiol e progesterona.

3- FSH seleciona folículos antrais para iniciar o


processo de crescimento, sendo que esses folículos
já devem apresentar um nível baixo de produção
de estrógeno e inibina B

4- Com o crescimento promovido pelo FSH, o folículo


passa a produzir mais estrógeno e inibina, o que gera
um feedback negativo no FSH.

5- A alta produção de estrógeno pelo folículo dominante


gerará um feedback positivo para o LH (um pouco
para o FSH)

6- A diminuição da quantidade sérica de FSH gera


atrofia dos folículos, com exceção de um, o que
produzir mais estrógeno e inibina B. O FSH estimula
os receptores de LH nas células granulosas.

7- O aumento de LH vai levar a maturação do ovócito para metáfase II, a saída do cúmulos-oófaro (ovulação) e a formação
do corpo lúteo.

8- O corpo lúteo aumentará os níveis de progesterona (estrógeno também), que tem feedback negativo no LH e FSH.

9- Com a baixa de LH e FSH, o corpo lúteo perde o funcionamento, a não ser que o hCG (semelhante ao LH) aja para sua
manutenção.

 TUBAS UTERINAS

Em geral, o estrógeno secretado durante a fase folicular aumenta o tamanho e o peso das células epiteliais da endosalpinge,
aumenta o fluxo sanguíneo, aumenta a ciliogênese, secreções dos mucos e glicoproteínas específicas, aumenta o tônus do istmo.
etc.

Altos níveis de progesterona promovem a deciliação, reduz a secreção de muco, tornando-o espesso, e relaxa o tônus do istmo.

 ÚTERO
5 Sarah Fernandez Coutinho de Carvalho 19.1

Zona Funcional: perde cerca de 2/3 do seu total pela menstruação. Contém as artérias espirais e os lagos venosos.

Zona Basal: 1/3 intacto durante a menstruação, sendo nutrida pelas artérias
retas, ramos diretos da artéria uterina.

REGULAÇÃO HORMONAL DO ENDOMÉTRIO

1) FASE PROLIFERATIVA

Acontece quando o folículo dominante passa a produzir muito estrógeno


na fase folicular média/final, induzindo o crescimento de todos os tipos
de célula do endométrio. O estrógeno também induz a expressão de
receptores de progesterona para que o endométrio seja capaz de
corresponder melhor à progesterona do corpo lúteo posteriormente.

2) FASE SECRETÓRIA

No período da ovulação, o endométrio já está reestabelicido pelos níveis


de estrógeno. Quando acontecer a formação do corpo lúteo após a
liberação do ovócito em si, há maior resposta à progesterona mantendo
o tamanho do endométrio (impede o crescimento maior que o necessário
e induz a diferenciação celular, induz a secreção de nutrientes pelas
glandulas uterinas para um possível blastocisto, promove a
diferenciação das células do estroma em células pré-deciduais, que
formarão a decídua da gestação etc).

A fase lútea ovariana muda a fase proliferativa do endométrio uterino


para a fase secretória (endométrio pronto para implantação com manutenção da progesterona do corpo lúteo).

3) FASE MENSTRUAL O aumento de LH promove a ovulação e a


consequente formação do corpo lúteo. Isso
Em um ciclo não fértil, o corpo lúteo morre e para de produzir a marca o início da fase secretória. A
progesterona que mantinha o endométrio, levando a sua descamação. progesterona produzida pelo CL irá manter a
Esse período coincide com a fase folicular inicial do ovário. (Queda de integridade do endométrio por cerca 14 dias
estógeno e progesterona induzindo o aumento de FSH para selecionar um até a morte do CL,
novo folículo dominante)

 COLO DO ÚTERO
Fase Folicular: Baixa de estrógeno e
No meio do ciclo, ou seja, no período periovulatório, o colo do útero é mais progesterona induziu o aumento de FSH, que
distendido, permitindo a entrada do produto ejaculado. Já na fase lútea, o colo selecionou o folículo dominante que agora
não permite a passagem de mais espermatozoides, sendo um dos mecanismos passa a produzir muito estrógeno e faz
que impede a superimplantação. crescer o endométrio. Pico do estrógeno
reduz o FSH e estimula a produção de LH.
6 Sarah Fernandez Coutinho de Carvalho 19.1

Colo do útero amolecido no exame de toque: menstruação e/ou gestação

REGULAÇÃO HORMONAL DO COLO DO ÚTERO

Canal endocervical secreta muco fino, aquoso e alcalino que forma um ambiente favorável ao espermatozoide, modulado
pelo estrógeno- aumento da produção no período periovulatório. Já a progesterona produz um muco espesso e ácido,
prejudicial ao espermatozoide.
Vagina é lubrificada por esse muco, e não produz outro próprio.

 VAGINA

Estrógeno estimula a proliferação do epitélio vaginal e o seu conteúdo glicogênico (cornificação), que é transformado em
ácido láctico mantendo o ambiente vaginal ácido.

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