Manual de Boas Práticas ABPE 2020
Manual de Boas Práticas ABPE 2020
Manual de Boas Práticas ABPE 2020
Manutenção e Reparos em
Tubos e Acessórios de PEAD
MÓDULO 0
10 PASSOS PARA UMA APLICAÇÃO SEGURA
A implantação de uma obra ou sistema de tubulação deve atender 10 passos que conduzem à
escolha mais adequada e à implantação e operação seguras, apresentados a seguir:
Obter as especificações e normas técnicas pertinentes ao produto e à aplicação: NBR, ISO, EN,
DIN, ASTM, normas técnicas de empresa, (Sabesp, Petrobras, entre outras) etc.
•Especificações de materiais;
• Especificações de Projeto;
• Especificações de Instalação e Reparo;
• Especificações de Controle de Qualidade de Materiais, Mão de Obra, Equipamentos e
Instalação
MÓDULO 1
1.1 - ORIENTATIVO PARA ESCOLHA DO MATERIAL
A escolha do material para uma determinada tubulação deve levar em consideração diversos
fatores, sendo:
● Condições de Operação:
• Resistência à pressão de operação, para temperatura e vida útil esperadas;
• Resistência físico-química ao fluido e ao ambiente;
• Resistência à abrasão;
• Flexibilidade ou rigidez necessárias;
• Toxidade e/ou propriedades organolépticas;
1 – Condições de Operação
1.1 – Resistência à Pressão Interna
A resistência à pressão interna do tubo depende da Tensão Circunferencial do Material na
temperatura e vida útil projetada.
Para os materiais plásticos, esses valores são definidos e os materiais classificados pelas
normas ISO 12.162 (ASTMD 3350) através de curvas de regressão levantadas a várias
temperaturas de operação, conforme ISO TR 9080 (ASTM D-2837).
A Pressão Nominal (PN em bar) do tubo é definida em função do MRS (MPa) e suas dimensões:
20 ∙ ܴܵܯ
ܲܰ =
∙ ܥሺܵ ܴܦ− 1ሻ
Ainda que de mesmo MRS, os materiais podem ter comportamentos muito distintos em
função da temperatura de aplicação e vida útil.
்݂ ∙ ܰܲ = ܱܲܯ
Fatores de Redução de Pressão (fT) para temperaturas entre 25°C e 50°C para PE 80 e PE 100
Temperatura °C
Composto
25 27,5 30 35 40 45** 50**
Tipo A 1,0 0,90 0,87 0,80 0,74 0,67 0,61
Tipo B 1,0 0,86 0,81 0,72 0,62 0,52 0,43
Nota:** Limitado à vida útil máxima de 15 anos
Fatores de Redução de Pressão para temperaturas entre 30°C e 95°C para PPB, PPR,PPH, PEX ePE-RT
Temperatura °C
Composto
30 40 50 60 70 80** 95**
PPB 80 0,77 0,62 0,41 0,28 0,19 0,16 0,13
PPR 80 0,87 0,74 0,62 0,51 0,34 0,26 0,17
PPH 100 0,90 0,74 0,62 0,50 0,32 0,25 0,17
PEX 0,92 0,83 0,73 0,65 0,60 0,52 0,43
PE-RT T1 0,80 0,70 0,66 0,56 0,47 0,36 0,22
PE-RT T2 0,92 0,77 0,71 0,61 0,58 0,49 0,34
Nota: PP - Valores extraídos da tabela DIN 8077, com fator de segurança de 1,5, como adotado pela EN 15784
PEX - Valores extraídos da Tabela DIN 16.893, com fator de segurança de 1,5.
PE-RT - Valores extraídos da Tabela ISO 24.033, com fator de segurança de 1,5.
** Limitado à vida útil máxima de 25 anos p/ 80°C e 10 anos p/ 95°C
• Ramais de Água: PE 80
MÓDULO 1
1.2 - DESIGNAÇÕES E DIMENSÕES DE TUBOS POLIOLEFÍNICOS
A escolha do material da tubulação deve contemplar fatores como:
● Designação de tubos
Os tubos são designados pelo seu Diâmetro Externo Nominal (DE) e seu SDR e/ou Classe de
Pressão (PN) e espessura mínima (e).
Para cada material, um mesmo SDR define o mesmo PN. Nas tabelas abaixo temos a relação de
SDR x PN para cada material.
20 ∙ ܴܵܯ
ܲܰ =
∙ ܥሺܵ ܴܦ− 1ሻ
Todo tubo deve vir marcado de maneira indelével (hot stamping) no mínimo a cada metro,
com os seguintes dizeres:
PE 80 PN 4 PN 5 PN 6 PN 8 PN 10 PN 12,5 PN 16 PN 20
PE 100 PN 5 PN 6 PN 8 PN 10 PN 12,5 PN 16 PN 20 PN 25
40 2,4 0,3 3,0 0,4 3,7 0,4 4,5 0,5 5,6 0,6
50 2,3 0,4 2,4 0,4 3,0 0,4 3,7 0,5 4,6 0,7 5,6 0,8 6,9 0,9
63 2,3 0,5 2,5 0,5 3,0 0,6 3,8 0,7 4,7 0,9 5,8 1,0 7,0 1,2 8,7 1,5
75 2,4 0,6 2,9 0,7 3,6 0,8 4,5 1,0 5,6 1,2 6,9 1,5 8,4 1,8 10,4 2,1
90 2,8 0,8 3,5 1,0 4,3 1,2 5,4 1,4 6,7 1,8 8,2 2,1 10,0 2,5 12,5 3,0
110 3,5 1,2 4,3 1,4 5,3 1,8 6,6 2,2 8,2 2,6 10,0 3,1 12,3 3,8 15,2 4,5
125 3,9 1,5 4,9 1,9 6,0 2,2 7,5 2,8 9,3 3,4 11,4 4,1 13,9 4,8 17,3 5,8
140 4,4 1,9 5,4 2,3 6,7 2,8 8,3 3,4 10,4 4,2 12,8 5,1 15,6 6,1 19,4 7,3
160 5,0 2,4 6,2 3,0 7,7 3,7 9,5 4,5 11,9 5,5 14,6 6,6 17,8 7,9 22,1 9,5
180 5,6 3,1 7,0 3,8 8,6 4,6 10,7 5,7 13,4 7,0 16,4 8,4 20,0 10,0 24,9 12,0
200 6,2 3,8 7,7 4,7 9,6 5,8 11,9 7,0 14,9 8,6 18,2 10,4 22,3 12,4 27,6 14,8
225 7,0 4,8 8,7 5,9 10,8 7,3 13,4 8,9 16,7 10,9 20,5 13,1 25,0 15,6 31,1 18,8
250 7,8 6,0 9,7 7,3 11,9 8,9 14,9 11,0 18,6 13,5 22,8 16,2 27,8 19,3 34,5 23,2
280 8,7 7,4 10,8 9,1 13,4 11,2 16,6 13,7 20,8 16,9 25,5 20,3 31,2 24,2 38,7 29,1
315 9,8 9,4 12,2 11,6 15,0 14,2 18,7 17,4 23,4 21,4 28,7 25,7 35,0 30,6 43,5 36,8
355 11,1 12,0 13,7 14,7 16,9 17,9 21,1 22,1 26,3 27,1 32,3 32,6 39,5 38,9 49,0 46,6
400 12,4 15,1 15,4 18,6 19,1 22,8 23,8 28,0 29,7 34,4 36,4 41,3 44,5 49,3 55,2 59,2
450 14,0 19,2 17,4 23,6 21,5 28,9 26,7 35,4 33,4 43,5 41,0 52,3 50,0 62,3 61,7 74,5
500 15,5 23,6 19,3 29,1 23,9 35,6 29,7 43,7 37,1 53,7 45,5 64,6 55,6 77,0
560 17,4 3,0 21,6 36,5 26,7 44,6 33,2 54,8 41,5 67,3 51,0 81,0
630 19,6 37,6 24,3 46,2 30,0 56,4 37,4 69,4 46,7 85,1 57,3 102,5
710 22,1 47,8 27,4 58,6 33,9 71,7 42,1 88,0 52,6 108,1
800 24,9 60,5 30,8 74,2 38,1 90,9 47,5 111,8 59,3 137,3
PN 3,2 PN 4 PN 5 PN 8 PN 12,5 PN 20 PN 25 PN 32
32 1,8 0,2 2,9 0,3 4,2 0,4 5,4 0,4 6,5 0,5
40 1,8 0,2 2,3 0,3 3,7 0,4 5,4 0,6 6,7 0,7 8,1 0,8
50 1,8 0,3 2,0 0,3 2,9 0,4 4,6 0,6 6,7 0,9 8,3 1,1 10,1 1,2
63 1,8 0,4 2,0 0,4 2,5 0,5 3,6 0,7 5,8 1,0 8,3 1,4 10,5 1,7 12,7 1,9
75 1,9 0,4 2,3 0,5 2,9 0,7 4,3 0,9 6,8 1,4 10,5 2,0 12,5 2,4 15,1 2,7
90 2,2 0,6 2,8 0,8 3,5 0,9 5,1 1,3 8,2 2,0 12,3 2,9 15,0 3,4 18,1 3,9
110 2,7 0,9 3,4 1,1 4,2 1,4 6,3 2,0 10,0 3,0 15,1 4,3 18,3 5,0 22,1 5,8
125 3,1 1,2 3,9 1,5 4,8 1,8 7,1 2,6 11,4 3,9 17,1 5,6 20,8 6,5 25,1 7,5
140 3,5 1,5 4,3 1,8 5,4 2,2 8,0 3,2 12,7 4,9 19,2 7,0 23,3 8,2 28,1 9,4
160 4,0 1,9 4,9 2,3 6,2 2,9 9,1 4,2 14,6 6,4 21,9 9,1 26,6 10,6 32,1 12,3
180 4,4 2,4 5,5 2,9 6,9 3,7 10,2 5,3 16,4 8,1 24,5 11,4 29,0 13,1 36,1 15,5
200 4,9 2,9 6,2 3,7 7,7 4,5 11,4 6,5 18,2 10,0 27,4 14,2 33,2 16,6
225 5,5 3,7 6,9 4,6 8,6 5,7 12,8 8,2 20,5 12,6 30,8 18,0 37,4 21,0
250 6,2 4,6 7,7 5,7 9,6 7,0 14,2 10,1 22,7 15,6 34,2 22,2
280 6,9 5,8 8,6 7,1 10,7 8,8 15,9 12,7 25,4 19,5 38,3 27,8
315 7,7 7,2 9,7 9,0 12,1 11,1 17,9 16,1 28,6 24,7
355 8,7 9,1 10,9 11,4 13,6 14,1 20,1 20,4 32,3 31,4
400 9,8 11,6 12,3 14,5 15,4 18,0 22,7 25,9 36,3 39,7
450 11,0 14,7 13,8 18,3 17,2 22,5 25,5 32,7 40,9 50,4
Para a verificação das medidas dos tubos deve-se determinar o diâmetro externo médio
(Dem), que é estabelecido através da medida do perímetro ou através da média aritmética
de duas ou mais medidas do diâmetro a ângulos de 90º entre si.
● Formas de Fornecimento
• Tubos de PE 80 e 100
- Bobinas: DE 20 a DE 63
(comprimentos de 50 ou 100 m. Em aplicações especiais podem chegar a 2000 m)
• Tubos de PP
•NBR 15.561, NTS 194, ISO 4427 e ISO EN 12.201 e DIN 8074 -Tubos de polietileno para
distribuição de água e esgoto sob pressão
•NBR 8417, NTS 048 – Tubos de polietileno para Ramal Predial de Água
• NBR 14.462, ISO 4437, ISO EN 1555 e BGC PS/PL2 – part1 – Tubos de Polietileno para
distribuição de gás natural e manufaturado
• NBR 15.813, ISO EN 15.874, DIN 8077/8078 – Tubos de PP para água quente e fria
• ISO EN 15.494, DIN 8077/8078 – Tubos poliolefínicos (PE, PP, PB) para instalação industrial
MÓDULO 1
1.3 - MÉTODOS DE UNIÃO DE TUBOS POLIOLEFÍNICOS
Os métodos de união disponíveis para tubos poliolefínicos são:
TOPO (UNIÃO)
TERMOFUSÃO SOQUETE (UNIÃO)
SOLDÁVEIS SELA (DERIVAÇÃO)
BOLSA (UNIÃO)
ELETROFUSÃO
SELA (DERIVAÇÃO)
CONEXÕES DE COMPRESSÃO UNIÃO
JUNTAS MECÂNICAS
COLARES DE TOMADA DERIVAÇÃO
COLARINHOS/FLANGES UNIÃO/TRANSIÇÃO
HÍBRIDAS
JUNTAS DE TRANSIÇÃO UNIÃO/TRANSIÇÃO
- DVS 2207 (alemã),NBR 14.464 (em revisão), NTS 060 (norma técnica Sabesp)
• Faixa de Aplicação:DE 63 a 1600, em especial para diâmetros iguaisou maiores aDE 110
• Aplicação básica:Uniões de tubos e conexões em geral, em especial de grandes diâmetros.
Pouco eficiente em reparos e entroncamentos (tie-in).
• Conexões Disponíveis: Conexões Tipo Ponta
Hoje em dia, restrita a tubos de PP de pequenos diâmetros e de paredes grossas (PN alto,
SDR ≤ 11), com fator de segurança mais elevado (FS ≥ 1,5) para compensar as tensões de solda
e a forte dependência da habilidade do operador.
Pode ser feita manualmente ou com auxílio de equipamento para aplicação da força de
penetração da peça no tubo.
•Os procedimentos mais usuais de soldagem são determinados nas normas: DVS 2207
Hoje em dia, restrita a confecção em fábrica de peças de derivação especiais. Foi praticamente
abolida de instalações no campo, dada a forte dependência da habilidade do operador e seu
grau de criticidade, com altos índices de falha no passado.
•Os procedimentos mais usuais de soldagem são determinados nas normas: DVS 2207
O equipamento de soldagem tem como princípio uma fonte de tensão elétrica controlada que
assegura a quantidade de energia necessária à solda (controle de tensão por tempo).
Equipamentos atuais oferecem vários níveis de controle e rastreabilidade das soldas, com
registro dos parâmetros de soldagem e dados do soldador, obra e localização da solda (GPS).
•Os procedimentos mais usuais de soldagem são definidos nas normas: NBR 14.465 e
DVS 2207
●JUNTA MECÂNICA
São disponíveis como do tipo de Compressão, para uniões, Tês, cotovelos, adaptadores
rosqueados, e do tipo Colar de Tomada, para derivações. São auto-travadas, resistentes a
esforços longitudinais sem soltar-se do tubo, devendo apresentar resistência à tração e
pressão compatíveis com a classe de pressão do tubo a que se destina.
●HÍBRIDAS (TRANSIÇÕES)
São aquelas que possuem uma extremidade soldável (termofusão ou EF) e a outra para junta
mecânica. Normalmente são utilizadas para transições entre tubos de materiais diferentes,
como plástico com metal, ou elementos de tubulação, como válvulas, bombas, ventosas,
instrumentos de medição, etc.PE (PP) x AÇO, PE (PP) x LATÃO, PE (PP) x Flange,
PE (PP)x Roscas. Também são designadas por Adaptadores ou Juntas de Transição.
● Conexões Tipo Ponta - para união de Topo por Termofusão ou por Eletrofusão
Eletro
• Formas de Produção:
• Usinadas:: DE 20 a 1600.
1 Basicamente para Tampões (cap), Reduções e Colarinhos,
mas algumas empresas oferecem peças especiais como Tês e Cotovelos também.
• Gomadas ou Segmentadas:
Segmentadas DE 250 a 1600. Basicamente
amente para Tês e Curvas
Limites de aplicação:
aplicação DE ≥ 250
PN das peças: Curvas: 0,8.PN do tubo de sua fabricação
Tês: 0,5.PN do tubo de sua fabricação
O PN das conexões deve ser maior ou igual à MPO (máxima pressão de operação) de
projeto da tubulação, caso contrário, para
p compensar a reduçãoda classe de pressãode
pressão
20% para curvas e 50% para Tês em relação ao tubo de sua fabricação, as peças são
produzidas com tubos de PN maiores (SDR menor) e/ou ou de diâmetros maiores,
maiores e suas
extremidades são usinadas para as dimensões dos tubos a que se destinam.
Suas dimensões nas extremidades são equivalentes ao tubo que se destina (DE e SDR). São
disponíveis em PONTAS CURTAS e PONTAS LONGAS (polivalentes).
(
As PONTAS LONGAS são também ditas Polivalentes, pois permitem tanto a solda de topo por
termofusão, quanto a solda
olda por eletrofusão, com a incorporação de Luvas EF e, via de regra,
são as únicas aceitas pelas normas de aplicações típicas, como de distribuição de água e gás,
pois são de fácil utilização em obras,
obras, permitindo a união por um ou outro método e não
exigindo
ndo máquina de solda de topo com acessórios especiais.
especiais
Onde:
D1 = diâmetro externo médio da extremidade que será soldada, medido em qualquer plano paralelo à
extremidade e à distância máxima L1 da extremidade. Deve ter dimensões e tolerâncias do tubo
equivalente;
D2 = diâmetro externo médio do corpo da conexão;
D3 = menor diâmetro interno que permite o escoamento do fluido através da conexão;
Ec = espessura da parede do corpo da conexão. A espessura de parede em qualquer ponto da conexão deve ser
maior ou igual à espessura mínima de parede do tubo equivalente;
Es = espessura da parede na área de soldagem, isto é, a espessura da parede medida à distância máxima L1 da
extremidade. Deve ter dimensões e tolerâncias do tubo equivalente;
L1 = comprimento da região de soldagem
L2 = comprimento tubular da conexão que permita:
- o uso de braçadeiras quando for utilizada solda de topo, ou;
- a soldagem com conexões de eletrofusão.
• Material: Hoje, praticamente só disponível em PPR para tubos de água quente e fria e
aplicações industriais.
ISO EN 15.874- parte 3, ISO EN 15.494 e DIN 16.962 para PP e DIN 16.963 e BGC PS/PL2
– parte 2 para PE.
Suas dimensões nas extremidades de solda são definidas nas normas, por:
Onde:
D1 = diâmetro interno médio da conexão na entrada da bolsa. O ponto de medida é definido pela intersecção
entre a extensão do buraco da bolsa e a face da conexão. Quando o raio da bolsa não permitir a leitura
direta do diâmetro interno, a medida deve ser definida por extrapolação da medida feita a 5 mm da
extremidade e da medida de D2. A tolerância para a medida individual de D1 é de+0,05 mm sobre o valor
médio máximo admitido e de -0,05 mm sobre o valor médio mínimo admitido. D1 deve ser maior que D2;
D2 = diâmetro interno médio da conexão medido à distância L2 da extremidade. A tolerância para a medida
individual de D2 é de +0,05 mm sobre o valor médio máximo admitido e de -0,05 mm sobre o valor médio
mínimo admitido;
A máxima ovalização admitida para D1 e D2 é de 0,015. DE;
D3 = menor diâmetro interno que permita o escoamento do fluido através da conexão;
E= espessura da parede da conexão em qualquer ponto da conexão. Deve ser maior ou igual a “e” em qualquer
ponto da conexão localizado a uma distância mínima de 2.L2/3 da extremidade;
L1 = comprimento nominal de penetração do tubo no interior da conexão;
L2 = comprimento de referência para medida do diâmetro interno D2;
L3 = comprimento nominal da área de soldagem. Deve ser maior que L2;
e = espessura mínima de parede do tubo equivalente.
DIMENSÕES DE CONEXÕES
CONEXÕES DE TERMOFUSÃO TIPO SOQUETE – DIN E BGC
D1 D2 L2 D3 L1
DE max min max min min
mm mm mm mm mm mm mm
20 19,5 19,2 19,3 19,0 14,5 13 12,0
25 24,5 24,1 24,3 23,9 16,0 18 13,0
32 31,5 31,1 31,3 30,9 18,1 23,8 14,6
40 39,45 39,05 39,2 38,8 20,5 29,8 17,0
50 49,45 48,95 49,2 48,7 23,5 37,4 21,0
63 62,5 62,0 62,1 61,6 27,4 47,4 24,0
75 74,8 74,3 73,5 73,0 30,0 56,2 26,0
90 89,9 89,3 88,5 87,9 33,0 67,8 29,0
110 109,9 109,3 108,5 107,9 37,5 82,6 32,0
125 125,0 124,4 123,2 122,6 40,0 94,2 35,0
São oferecidas em vários tipos: luvas de união, redução, Tês, cotovelos, além de peças
específicas para instalações prediais e acessórios.
Como essas peças são utilizadas apenas na fabricação de peças especiais de derivação de
grande diâmetro, como Tês de Redução para solda de topo por termofusão, não há interesse
prático de serem abordadas em maior profundidade aqui, devendo ser tratadas e qualificadas
como conexões tipo ponta.
● Conexões de Eletrofusão
• Material: Hoje, praticamente só disponível em PE 100, que pode ser soldada a tubos e
conexões de PE 80 também. Há versões em PPR para tubos de água quente e aplicações
industriais.
• Formas de Produção:
• Injetadas: DE 20 a 315. Normalmente PE 100 SDR 11 (PN 16), que se aplica a tubos
de SDR 17 a 11. Existem fabricantes que oferecem conexões para SDR 7,4
(PN 25) e SDR> 17 para tubos de parede fina como SDR 26 e 32.
• Usinadas: DE 315 a 800. Disponíveis apenas na forma de Luva de União. São usinadas
de tubos e com o elemento resistivo para solda inserido posteriormente.
Suas dimensões nas extremidades de solda (bolsa) são padronizadas nessas normas, por:
Onde:
D1 = diâmetro interno médio na área de soldagem, medido em um plano paralelo ao da extremidade da conexão
à distância de L3 + L2/2 desta face;
D2 = menor diâmetro interno que permita o escoamento do fluido através da conexão;
E= espessura da parede da conexão em qualquer ponto da conexão. Deve ser maior ou igual a “e” em qualquer
ponto da conexão localizado a uma distância mínima de 2.L1/3 da extremidade;
L1 = comprimento de penetração do tubo no interior da conexão;
L2 = comprimento da área de soldagem;
L3 = comprimento nominal de “não aquecimento” na extremidade da conexão, isto é, a distância entre a
extremidade da conexão e o início da área de soldagem. Deve ser maior ou igual a 5 mm;
e= espessura mínima de parede do tubo equivalente.
As conexões de sela podem ser do tipo Sela Simples (Tê de Sela ou Colar de Tomada) ou Sela
com punção (Tê de serviço ou TappingTee), destinadas a derivações sem ou com carga,
respectivamente.
A maioria das normas estabelece que as conexões devem possuir um indicador de fusão (um
tipo de pino que se levanta quando ocorre a fusão adequada) e código de barras afixado nas
peças, conforme padrão ISO/TR 13950, permitindo a soldagem por equipamento automático
universal.
O código de barras contém informações como: marca do fabricante, tipo da peça (união,
cotovelo, etc), diâmetro, tensão de solda, tempo de fusão, tempo de resfriamento, parâmetro
para compensação do tempo de solda em função da temperatura ambiente e valor ôhmico da
resistência elétrica, permitindo que o equipamento de solda leia o código de barras, através de
leitor ótico, e se auto-programe, inclusive monitorando qualquer problema durante a
soldagem ou defeito da peça.
São peças que promovem a transição entre tubos de PE ou PP com outros tipos de tubos ou
elementos de tubulação. Uma das suas extremidades é conectada a tubos de PE ou PP através
de solda de topo de Termofusão ou Eletrofusão ou mesmo através de juntas mecânicas do tipo
conexão de compressão, e a outra extremidade permite acoplamentos por roscas ou flanges.
• Material: Hoje, praticamente só disponíveis em PE 100, que podem ser soldadas a tubos e
conexões de PE 80 também. Há versões em PPR para tubos de água quente e aplicações
industriais.
• Formas de Produção:
Aquelas aplicáveis a conexões soldáveis, quais sejam: NBR 15.593, NBR 14.463, NTS 193,
ISO 8085-parte 2, EN 1555-parte 3, EN 12.201-parte 3, BGC PS/PL 2-parte 2, DIN 16.962 e
DIN16.963
Os flanges são oferecidos em aço carbono, ou inox, ou PRFV ou mesmo aço carbono com
revestimentos especiais, como galvanização a fogo ou plástico.
Flange Solto
Aquelas aplicáveis a conexões soldáveis, quais sejam: NBR 15.593, NBR 14.463, ISO 8085-parte
2, EN 1555-parte 3, EN 12.201-parte 3, BGC PS/PL 2-parte 2, DIN 16.962 e DIN 16.963.
● Juntas Mecânicas
• Material:A grande maioria disponível em PP, tendo algumas versões especiais em POM
(poliacetal) ou PVC, ou metálicas, como latão ou ferro maleável. Os elementos de vedação
devem ser adequados ao fluido. Normalmente EPDM para água, NBR para gás e Viton para
fluidos altamente agressivos.
• Formas de Produção:
• Injetadas: Conexões de Compressão: DE 20 a 63 PN 16;
DE 75 a 160 normal PN 10, mas há oferta PN 16
Colar de Tomada: DE 32 a 315 com saídas de ½’ a 4”. PN 10 ou PN 16
União Redução
Tê Igual Tê Fêmea
Nos tipos destinados a derivações e ramais, há versões para instalação sem carga, Colar de
Tomada, e as para instalação com carga, Tês de Serviço, normalmente empregadas em ligação
de ramais de redes de água.
MÓDULO 2
2.1 - MATÉRIAS PRIMAS
Os materiais devem ser pré-qualificados através de certificados de qualificação contendo seu
MRS e com suas características típicas, emitidos por organismos/laboratórios reconhecidos.
Todo lote de produção de material deve ser acompanhado de seu certificado de qualidade,
que permita sua rastreabilidade.
● Normas Aplicáveis
●O que exigir
• Certificado de Qualificação – MRS e ensaios específicos conforme a norma aplicável;
• Certificado de Qualidade do Lote
• Somente materiais com certificado de lote e rastreáveis, virgens ou regranulados da própria
produção do transformador do tubo ou conexão
• Em caso de dúvida, solicitar NF de origem da matéria prima, com quantidades compatíveis
ao produto comprado;
• Qualificação com os ensaios e requisitos para compostos PP-B 80, PP-R 80 e PP-H 100
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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - ABPE 2013
MÓDULO 2
2.3 - CONEXÕES
Os fabricantes e as conexões devem ser pré-qualificados através de certificados de qualificação
emitidos por organismos/laboratórios reconhecidos, ou pelo próprio sistema de qualificação
do cliente, quando houver, ou ABPE.
Todo lote de produção de conexões deve ser acompanhado de seu certificado de qualidade,
que permita sua rastreabilidade, contemplando ao menos os requisitos das Tabelas a seguir,
bem como do certificado de lote da matéria prima utilizada, onde exigível pela norma
aplicável.
● Normas Aplicáveis
- ISO TR 9080 – Método de Extrapolação para Determinar a Curva de Regressão e o MRS
- ISO 12.162 – Classificação e Denominação dos Materiais Termoplásticos
- EN 1555 –3 – Sistemas de Tubulações Plásticas para Distribuição de Gás Combustível –
Polietileno (PE) – Parte 1 – Requisitos de Conexões Soldáveis
- EN 12.201 –3 - Sistemas de Tubulações Plásticas para Distribuição de Água – Polietileno
(PE) – Parte 1 – Requisitos de Conexões Soldáveis
- ISO 4427 –3 - Tubulação de Polietileno para Fornecimento de Água – Parte 3 - Conexões
- ISO 4437 –3 - Tubulação de Polietileno para Fornecimento de Gás Combustível – Parte 3 -
Conexões
- BGC PS/PL 2 – partes 2/4/6 – Tubos de Polietileno (PE) e Conexões para Gás Natural e Gás
Manufaturado – Conexões Soldáveis – Especificação
- DIN 16.963 – partes 1 a 15 – Uniões de Tubos e seus elementos para tubos de polietileno
de alta densidade (PEAD) sob pressão – Requisitos Gerais e Dimensões
- DIN 16.962 – partes 1 a 10 – Uniões de Tubos e seus elementos para tubos de
polipropileno (PP) sob pressão – Requisitos Gerais e Dimensões
- EN ISO 15.874 – partes 3 e 5 - Tubulações para Instalação de Água Quente e Fria –
Polipropileno (PP) – Especificações para Componentes e Sistema
- EN ISO 15.494 – Tubulações para Instalação Industrial – Polibuteno (PB), Polietileno (PE),
Polipropileno (PP) – Especificações para Componentes e Sistema.
- NBR 15.593 – Sistemas para Distribuição de Água e Esgoto sob pressão – Conexões
Soldáveis de polietileno PE 80 e PE 100 - Requisitos
- NBR 14.463 – Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Requisitos
- NBR 15.803 – Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgoto sob pressão – Requisitos para conexões de compressão para junta
mecânica, tê de serviço e tê de ligação para tubulação de polietileno de
diâmetro nominal entre 20 mm e 160 mm.
● O que exigir
• Certificado de Qualificação e do lote da matéria Prima, quando exigível.
• Certificado de Qualificação do Fabricante e do Lote da Conexão.
• Caso o fabricante não pertença a um Programa de Qualidade reconhecido, acompanhar
fabricação e/ou ensaios de recebimento de lote de materiais conforme definido nas normas
aplicáveis.
• Embalagens e Acondicionamento adequados.
• Procedimento de Transporte e Recebimento na obra ou armazém do cliente, que assegure
integridade e adequada proteção das conexões.
• Em caso de dúvida, solicitar NF de origem da matéria prima, com quantidades compatíveis
ao produto comprado.
• Em caso de dúvida, solicitar ao fabricante da matéria prima, ou à ABPE, análise do material
ou do produto fabricado.
● Conexões Soldáveis
Devem trazer de forma indelével marcação que contemple, além da marca do fabricante e
dimensões, código relativo ao lote de fabricação que permita rastrear os dados do composto
de sua fabricação e os ensaios de durante a fabricação.
Os ensaios de todas as peças (tipos, modelos e dimensões) devem ser executados conforme as
tabelas abaixo, e atender às demais características específicas, como segue:
• Requisitos Específicos
specíficos para Conexões Injetadas (vide módulo 1.3)
- as dimensões da conexão e dos valores ôhmicos (eletrofusão) devem ser validados e
fazer parte dos documentos de qualificação;
- deve ser definida a matéria prima e seu MRS, classes de pressão (PN) e SDRs.
• Requisitos Específicos
specíficos para Conexões Gomadas ou Usinadas (vide módulo 1.3)
- as dimensões da conexão e dos tubos usados na sua confecção devem ser validadas
validada e
fazer parte dos documentos de qualificação;
qualificação
- deve ser definida a matéria prima e seu MRS, classes de pressão (PN) e SDRs;
- deve ser acompanhada do certificado de qualidade do tubo, tarugo ou placa de
origem usados na sua confecção, com o respectivo certificado da matéria prima;
- as conexões gomadas devem ser acompanhadas do certificado de qualificação do
soldador que a produziu;
- as dimensões das extremidades devem estar adequadas ao SDR a que se destina;
- as dimensões devem estar adequadas ao PN desejado para sua aplicação:
Curvas: 80% PN tubo usado na sua confecção
Tês: 50% PN tubo usado na sua confecção
- não devem ter reforços externos, como revestimentos de PRFV ou outros
Devem trazer de forma indelével marcação que contemple, além da marca do fabricante e
dimensões, código relativo ao lote de fabricação que permita rastrear os dados do composto
de sua fabricação e os ensaios de durante a fabricação.
Os ensaios de todas as peças (tipos, modelos e dimensões) devem ser executados conforme a
tabela abaixo, e atender às normas aplicáveis e demais características específicas, como segue:
VERIFICAÇÃO DE MRS
Temp Duração Tensão deensaio
Material da conexão de ensaio
o
do ensaio MPa* Requisitos
C h
ABS 70 1000 4
PP-H homopolímero 95 1000 3,5
Nenhuma
PP-B copolímero 95 1000 2,6 falha
durante o
ensaio
PP-R copolímerorandômico 95 1000 3,5
PVC 60 1000 10
POM copolímero 95 400 6
POM homopolímero 60 1000 10
Nota: Ensaio realizado em tubo produzido com o composto da conexão
TEMPERATURA DE ESTUFA
Material do componente Temperatura (°C)
ABS (140 ± 2)
PE (110 ± 2)
PP H homopolímero (150 ± 2)
PP-B copolímero (150 ± 2)
PP R copolímero randômico (135 ± 2)
PVC (140 ± 2)
POM copolímero (140 ± 2)
POM homopolímero (150 ± 2)
Outros materiais amorfos 20°C abaixo da região de transição de
termoelásticopara termoplástico
Outros materiais cristalinos 20°C abaixo da temperatura
de cristalização
Nota: Quando submetidas à temperatura acima por 4 h, não deve apresentar rachaduras, bolhas ou
escamas que comprometam a qualidade do componente, exceto no ponto de injeção, onde o
defeito pode ocorrer desde que não ultrapasse a 20% da espessura do componente.
MÓDULO 3
3.1 - QUALIFICAÇÃO DE INSTALADOR, INSPETOR, SOLDADOR E SOLDA DE
TOPO POR TERMOFUSÃO E DE ELETROFUSÃO
O INSTALADOR, ou empresa instaladora, para ser qualificada como instaladora de tubos
poliolefínicos deve atender aos seguintes requisitos:
Essa documentação deve ser exigida pela Contratante para assinatura do Contrato de Serviços.
● Normas Aplicáveis
- NBR 14.464 - Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Execução de Solda de Topo (EM REVISÃO – aguardar versão 2013);
- NBR 14.472 – Tubo de Polietileno PE 80 e PE 100 – Qualificação do Soldador;
- UNI 9737 – Classificação e Qualificação de Soldadores de Tubos e Conexões de PE por
Solda de topo ou Eletrofusão para Gás, Água e Outros fluidos sob pressão;
- ABPE P 011 – Tubos de polietileno PE e conexões- Qualificação de Empresa Instaladora;
- ABPE P 009 – Tubos e conexões de polietileno PE - Qualificação de Soldas, Soldadores,
Inspetores e Instaladores – Procedimento;
- DVS 2207-1 - Soldagem de Materiais Termoplásticos – Soldagem de Tubos, Conexões e
Placas – Parte 1 – Procedimentos
- DVS 2202-1 - Teste de Produtos Semi-Acabados de Polietileno -Avaliação de Solda
- DVS 2203 - Ensaios de Soldas de Materiais termoplásticos – Requisitos;
- DVS 2212 - Soldagem de Materiais Termoplásticos – Qualificação de Soldadores;
- ISO 21307 - Tubos e Conexões Plásticas – Procedimentos de Solda de Topo para tubos e
conexões de Polietileno (PE) para distribuição de água e gás combustível;
- DS/INF 70-2 - Tubulações plásticas – Procedimento de Solda de Termofusão de Topo
- DS/INF 70-3 - Tubulações Plásticas – Solda de termofusão de Topo – Inspeção Visual
- ISO 11.413 - Tubos Plásticos e Conexões – Preparação de Corpos-de-prova para
Soldagem de Eletrofusão;
- ISO 11.414 - Tubos Plásticos e Conexões – Preparação de Corpos-de-prova para
Soldagem de Topo por Termofusão;
- ISO 13.953 - Tubos e Conexões de PE – Determinação da Resistência à Tração e do Tipo
de Ruptura em Solda de Topo por Termofusão.
●Qualificação do Soldador
O soldador deve ser treinado por organismos ou entidades reconhecidas, porémqualificado e
certificado por organismos de certificação credenciados.
A qualificação é válida por 2 anos, desde que não fique mais de 6 meses sem executar
soldagens.A norma brasileira NBR 14.472, DVS 2212, a italiana UNI 9737, a EN 13.067e a ABPE
P 009 são boas referências para a qualificação de soldadores. O guia do Candidato do SENAI
GC02 apresenta referências do perfil e competências do Soldador de polietileno.
●Qualificação do Inspetor
O inspetor deve ser treinado por organismos ou entidades reconhecidas, porémqualificado e
certificado por organismos de certificação credenciados.
Para tanto, o inspetor deve receber treinamentoprático e teórico, com maior ênfase no
teórico, não sendo necessário avaliar sua habilidade prática de execução de soldas, mas sim,
na avaliação da qualidade dessas.
A qualificação é válida por 5anos, desde que não fique mais de 6 meses sem executar
inspeções. Não há normas específicas para qualificação de inspetores.
Nesses casos, além da análise visual e do adequado registro e controle dos procedimentos e
parâmetros, são executados ensaios destrutivos, mais comumente os apresentados na Tabela
abaixo.
QTDE.
ENSAIOS PARA SOLDA DE ELETROFUSÃO NORMA
CP's
Resistência à Pressão de longa duração –
3 NBR 8415
1000h/80°C (1)
ISO 13954/ 13955 ou DVS 2207ou
Resistência Coesiva e Peeling (2) 3
NBR 14.467
Resistência ao Impacto (3) 3 NBR 14.470 ou EN 1716
(1) Para solda de termofusão ou eletrofusão. Se a conexão for do tipo Tê de serviço, o teste deve ser feito com o
tubo já furado pelo punção. Para efeito de análise provisória pode-se adotar o teste de pressão a 165 horas/80°C.
(2) Somente para solda de conexões de eletrofusão ou termofusão tipo sela e soquete
(3) Somente para solda de conexões de eletrofusão ou termofusão tipo Tê de Serviço ou de Sela
•Fator de Solda
Para análise da solda, é bastante que as amostras atendam aos valores definidos nas normas
para os testes da Tabela acima, entretanto, para fins de pesquisa pode ser desejável a
determinação do fator de solda.
A determinação desse fator, ou seja a resistência da solda em relação ao tubo, pode ser feita
pelo teste de pressão ou pelo de tração.
Através do ensaio de pressão hidrostática, submetem-se várias amostras de tubos sem solda e
de tubos com solda a diferentes níveis de pressão, normalmente a 80°C, até sua ruptura,
similarmente à determinação do fator de resistência química.
Assim, o fator de solda em relação à tensão fσ= σsolda /σtubodeve ser maior ou igual a 0,8. Esse
fator define a tensão de ruptura da amostra com solda em relação à amostra sem solda para
um mesmo tempo de vida útil.
b) Ensaio de tração
Executado conforme ISO 13.953, mais aplicado à solda de topo por termofusão. Para
determinação da tensão de ruptura e analise do tipo da ruptura, dúctil ou frágil.
Ainda que a solda por termofusão seja considerada como uma estrutura contínua, a interface
de solda apresenta diferenças em relação ao tubo, tanto na geometria (cordões de solda e
diferenças de espessura e alinhamento), quanto na densidade, geralmente maior que a do
tubo devido ao resfriamento mais lento da solda que o da produção do tubo, bem como no
alinhamento molecular, mais radial que o do tubo original.
O ensaio de tração deve ser executado com extremo rigor na confecção dos corpos-de-prova,
corpos
sob pena de erros grosseiros de avaliação.
MÓDULO 3
3.2 - QUALIFICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE INSTALAÇÃO
O INSTALADOR, ou empresa instaladora, deve utilizar equipamentos e ferramentas de
soldagem e estrangulamento qualificados conforme os requisitos a seguir.
Os equipamentos
ntos devem atender às especificações aqui descritas e conforme ISO 12.176 ou
DVS 2208-1 e seus métodos de ensaio,
ensaio, onde aplicáveis. Devem ser certificados por organismo
reconhecido e,, antes de sua utilização, o Contratante dos serviços de soldagem deve
assegurar-se
se de suas boas condições
condiç de operação com base nas Listas de Verificação
erificação sugeridas
neste documento.
● Normas Aplicáveis
- ABPE E 006 – Tubos de Polietileno PE e Conexões – Equipamentos e Ferramentas de
Soldagem e Instalação;
- DVS 2208-1 – Soldagem de Termoplásticos – Máquinas e Ferramentas
- ISO 12.176 - 1/2 – Tubos e Conexões Plásticas – Equipamentos para Soldagem de PE.
Parte 1 – Solda de Topo. Parte 2 –Eletrofusão
- Para uso em campo deve ter ao menos 4 abraçadeiras, 2 fixas e 2 móveis. Para soldagem
de conexões curtas, pode permitir retirar uma das abraçadeiras para que a conexão seja
fixada em apenas uma abraçadeira. Para uso em fábrica ou ”pipeshop”,, para confecção de
conexões ou isométricos,, pode possuir
possuir apenas uma abraçadeira de cada lado;
- As abraçadeiras devem permitir a boa fixação dos tubos/conexões sem provocar danos a
estes, minimizar ovalizações e assegurar o alinhamento da solda;
- Deve ter facilidade para a colocação da placa de aquecimento
aquecimento e do faceador sem que
comprometa o movimento das da abraçadeiras e tampouco o alinhamento da solda.
Fig.– Faceador
e) Dispositivos auxiliares: Suporte para Placa de Solda e Faceador, para evitar danos e
prover isolamento térmico à placa de solda, cronômetro, termômetro de contato ou por
infravermelho e roletes para apoio para auxílio no alinhamento e redução da força de
arraste do tubo a ser movimentado durante a soldagem.
•ESPECIFICAÇÕES
ESPECIFICAÇÕES DE DESEMPENHO DO EQUIPAMENTO DE SOLDA DE TOPO
Deve ser construído e atender aos requisitos da norma ISO 12.176-1,
12.176 , ou DVS 2208, ou similar.
similar
O fabricante do equipamento deve fornecer certificado de conformidade
conformidade com essa norma.
norma
Para a qualificação do equipamento, seja para atendimento de um programa de qualidade,
com validade de 2 anos, ou a critério do cliente para a execução de obras específicas,
específica além do
certificado de conformidade com a ISO 12.176-1,
12.176 ou DVS 2208, ou similar, o equipamento deve
atender aos pontos de verificação descritos a seguir, resumidos na Lista de Verificação incluída
neste documento.
- Deve ter tabela de soldagem que apresente a correlação entre a pressão de solda e a
pressão a ser aplicada nos cilindros da máquina, fornecendo o fator de correlação. Se
necessário, medir e calibrar a pressão real aplicada para conferir o fator de correlação;
- A força de atrito intrínseca da máquina (COM A MÁQUINA LIVRE, SEM TUBOS OU CONEXÕES FIXADOS)
não deve ultrapassar a 20% da máxima força de solda definida para o maior diâmetro e SDR
de tubo especificado para o equipamento, não devendo ser maior que 800 N, para tubos
até 250 mm e 1200 N para tubos maiores que 250 mm e até 630 mm. Em qualquer ponto
do percurso de abertura e fechamento da máquina a força de atrito não deve variar mais
de 10%;
- Deve ser capaz de manter a força/pressão em cada etapa da solda pelo tempo necessário.
No caso de alavancas de acionamento de pressão e movimento, a alavanca deve ser
mantida acionada pelo tempo necessário à estabilização da pressão (aprox.. 15 s). Durante
o tempo em que a pressão deve ser mantida, admite-se uma queda máxima de 10% da
pressão inicial aplicada;
- No caso de equipamentos manuais, deve dispor de dispositivo que permita travar e manter
a força aplicada durante o tempo necessário.
• Faceador
- Deve facear os dois lados simultaneamente e ter capacidade de facear o menor e o maior
diâmetro de tubo e classes de pressão (SDR) especificados para o equipamento, tal que a
fresta máxima após o faceamento(gap)
faceamento não ultrapasse os seguintes valores:
0,5 mm para tubos de DE≤
DE 355;
1,0 mm para tubos de 400< DE ≤ 630;
1,3 mm para tubos de 630 < DE ≤ 800;
1,5 mm para tubos de 800 < DE ≤ 1000;
2,0 mm para tubos de DE> 1000-
10
- As lâminas devem ser substituíveis e assegurar que o material cortado seja direcionado
para fora da superfície de corte,
c do furo do tubo e do próprio faceador;
- Deve ter chave de segurança (switch) que só permita seu funcionamento quando alojado na
estrutura básica da máquina de solda.
• Placa de Aquecimento
- Deve ter indicador visível de que a placa está ligada e aquecendo e não permitir mudanças
acidentais da temperatura pré-ajustada;
pré
- Deve
eve apresentar diferenças de temperatura<
temperatura 7°Cdentro
entro da área útil de soldagem;
- A temperatura da placa de aquecimento deve ser controlada por dispositivo capaz de
manter o valor ajustado com variação máxima de ± 2°C.DEVE SER CALIBRADO A CADA 12 MESES NO
MÁXIMO;
- Deve ter um termômetro que indique a temperatura da placa de solda com diferença
máxima de ± 5°C. DEVE SER CALIBRADO
CALIBRAD A CADA 12 MESES NO MÁXIMO;
• Características elétricas
Deve prover segurança ao operador, com adequado isolamento elétrico de cabos e carcaças e
proteções contra curtos circuitos e operar normalmente sob variações de tensões de pelo
menos ± 15% da tensão nominal de alimentação, e em condições de distorções harmônicas,
indutância e reatância aceitáveis para geradores elétricos de uso profissional..
ESPECIFICAÇÃO
- Possui certificado fornecido pelo fabricante de que está em
conformidade com a norma ISO 12.176-1, ou DVS 2208, ou similar
Conjunto
- Apresenta todos componentes e acessórios necessários ao trabalho
(DE e SDR) e Tabela de Solda específica do equipamento
- Cilindros e pistões sem vazamento de óleo e danos nos eixos, como
empenamentos, poros e ranhuras
• Gabaritos de Aquecimento
- O revestimento anti-aderente (PTFE ou similar) deve ser adequado, resistente à
temperatura de solda e apresentar boas condições, evitando que o material fundido grude
na placa, e não introduzindo marcas, tampouco se transferindo à massa fundida. Não deve
ser utilizado nenhum spray anti-aderente durante a solda. Não deve apresentar ranhuras,
poros ou outros defeitos aparentes. Alternativamente pode ser utilizado cromo duro ou aço
inoxidável;
- O revestimento deve suportar ao menos 1 h à 270°C e após ser resfriado à temperatura
ambiente e reaquecido à temperatura de solda deve manter as propriedades antiaderente
sem soltar-se ou grudar material.
- Durante o tempo de aquecimento, a temperatura dos gabaritos de aquecimento medida o
mais próximo possível da área de contato com o tubo/conexão não deve variar mais que
± 5°C em relação à temperatura dos gabaritos medidas nos mesmos pontos quando em
repouso, sem o tubo/conexão.
ESPECIFICAÇÃO
- Possui certificado fornecido pelo fabricante de que está em
conformidade com a norma DVS 2208-1 ou similar
Conjunto
- Apresenta todos componentes e acessórios necessários ao trabalho
(DE e SDR) e Tabela de Solda específica do equipamento
- Dimensões e área útil corretas à gama da máquina
- Termômetro e Controlador de temperatura calibrados e na validade
Placa de Aquecimento - Variações de temperatura dentro das tolerâncias
- Condições elétricas e de manuseio adequadas (temperatura de cabo
de suporte)
- Dimensões dos gabaritos OK
- Revestimento antiaderente em bom estado e sem grudar no
Gabaritos de Aquecimento
tubo/conexão. Teste a 270°C
- Variações de temperatura dentro das tolerâncias
Corta-tubos - Verificação de capacidade de corte dentro das tolerâncias
Máquina de Solda
(para tubos > DE 63) - Verificação da operação e adequado alinhamento de tubo/conexão
Nota.: As calibrações devem ser executadas pelo fabricante ou por entidades habilitadas
k) Leitor de código de barrasapto a códigos padrão ISO/TR 13950, tipo 2/5 intercalado;
l) Cabosde alimentação com comprimento mínimo de 3 m e secundário (solda) com no
mínimo 2,5 m. Facilidade para enrolar e guardar os cabos;
m) Conectores elétricos adequados ao tipo da conexão (bornes de Ø 4,0 e 4,7 mm);
ESPECIFICAÇÃO
- Possui certificado fornecido pelo fabricante de que está em
conformidade com a norma ISO 12.176-2
- Apresenta as calibrações na validade (12 meses no máximo)
Máquina de Solda - Atende aos requisitos e características exigidos para o equipamento,
vide este texto, itens a) até o)
- Tem potência adequada às dimensões dos tubos/conexões. Vide item h)
- Condições elétricas, de conservação e de operação adequadas
- Raspadores OK
Dispositivos auxiliares - Alinhadores OK
obrigatórios - Corta-tubos OK
- Desovalizadores e endireitadores, se necessários OK
Nota.: As calibrações devem ser executadas pelo fabricante ou por entidades habilitadas
● Estrangulador de Vazão
Dispositivo utilizado para estancar o fluxo de fluidos da tubulação de polietileno, provido de
roletes e limitadores de esmagamento e unidade de força mecânica, pneumática ou hidráulica.
O equipamento deve ter certificado emitido pelo fabricante que está em conformidade com
aNBR 14473e NBR14.303, e deve cumprir com as seguintes especificações:
Para sua qualificação, válida por 2anos, ou para verificação para liberação para obras, deve
ainda atender aos requisitos a seguir. Deve ser testado para o maior e o menor diâmetro de
tubos, ambos com o maior e o menor SDR de cada de sua gama ou serviço a executar.
• Capacidade de Força
Ser capaz de estrangular tubo de polietileno PE de maior diâmetro e classe de pressão
especificada pelo equipamento, até que a distância entre os cilindros de esmagamento atinja a
80% do dobro da espessura nominal do tubo, com fator de segurança de ao menos 1,5 a
máxima força necessária.
Se for de acionamento hidráulico ou pneumático, deve possuir uma trava mecânica, que
impeça o retorno do pistão hidráulico em caso de falha durante a operação.
• Limitação de Esmagamento
O estrangulador deve possuir limitadores de esmagamento ajustáveis em função do diâmetro
e espessura do tubo (SDR) para que o esmagamento não ultrapasse a 20% do dobro da
espessura do tubo, ou seja, o esmagamento deve ser interrompido quando a distância entre os
roletes de esmagamento atingir a 80% do dobro da espessura. Por exemplo, se o tubo tem
espessura de 10 mm, a distância entre os roletes de esmagamento não deve ser menor que 16
mm (80% de 20 mm);
- Os roletes de esmagamento devem ter os diâmetros mínimos apresentados na Tabela
abaixo e não devem deformar-se sob a ação da força de esmagamento;
- O estrangulador de vazão deve poder ser facilmente operado dentro de vala por não mais
do que duas pessoas.
MÓDULO 4
4.1 - PROCEDIMENTOS DE ESTOCAGEM E MANUSEIO
A estocagem e o manuseio de tubos e conexões devem obedecer a preceitos mínimos que
assegurem a integridade dos materiais, bem como o desempenho esperado.
O negligenciamento dessas questões tem sido causa de insucessos e retrabalhos significativos
em obras.
● ESTOCAGEM DE TUBOS
O estoque de tubos deve ser feito em locais de chão firme e plano, com mínima declividade,
de forma a evitar-se deformação dos tubos. Deve-se evitar estocar os tubos diretamente sobre
o solo.
Recomenda-se usar paletes, suportes ou calços largos de vigas de madeira ou tablados. Os
paletes podem ser de madeira ou outro material que não danifique os tubos. A distância entre
os suportes ou calços deve ser inferior a 2 m.
Genericamente, recomenda-se que a altura máxima de estocagem (h) seja de 3 m:
Ao empilhar bobinas, a altura da pilha não deve ser superior a 3 m. As bobinas devem ser
estocadas preferencialmente na horizontal.
Não armazenar tubos próximos de fontes de calor e evitar contato com agentes químicos
agressivos, como combustíveis e solventes.
Quando estocar feixes de barras de tubos travados (engradados), posicionar as traves uma
sobre a outra. Desta forma o peso do conjunto não recairá sobre os tubos. Neste caso, a altura
máxima da pilha não deve ultrapassar a 4 m.
Para tubos com flanges ou conexões nas extremidades, estocar de forma que a conexão ou
flange não apóie nos tubos inferiores.
● ESTOCAGEM DE CONEXÕES
As conexões devem ser estocadas adequadamente até o momento de sua utilização, dando
preferência à própria embalagem do fabricante.
As conexões tipo eletrofusão devem ser embaladas individualmente em sacos plásticos
fechados. A embalagem só deve ser retirada quando da instalação da conexão, para que não
ocorra sua oxidação precoce.
Deve-se evitar estocar embalagens diretamente sobre o solo.
Não armazenar conexões próximas de fontes de calor e evitar contato com agentes químicos
agressivos, como combustíveis e solventes.
Respeitar as alturas máximas de estocagem das caixas de embalagem definidas pelo
fabricante.
Não colocar outros materiais sobre as embalagens.
Para o caso de tubos e conexões pretos, a matéria prima, composta com (2,5 ± 0,5)% de negro
de fumo, estabilizantes e antioxidantes, assegura grande resistência à exposição aos raios
ultravioleta, dispensando cuidados especiais neste aspecto. Todavia, recomenda-se estocar os
tubos e conexões em locais cobertos e ventilados para evitar a incidência direta de raios
solares.
Os tubos e conexões não pretos devem ser protegidos para não receberem a incidência direta
de raios solares, nem calor excessivo. Além disso, o tempo total de exposição direta não deve
ser superior a 6 meses. Quando esse período se esgotar, os materiais devem ser submetidos a
ensaios de OIT e pressão hidrostática para verificação de manutenção de suas propriedades
antes de sua utilização.
- estocar as pilhas de tubos e conexões de tal forma separadas que seja permitido o acesso
adequado entre elas para combater o incêndio e disseminação do fogo;
- manter os locais de estocagem livres de lixo, mato seco e outros materiais que podem agir
como focos de incêndio, em especial no verão;
- deve-se dispor de suprimento de água adequado para o combate a incêndio, bem como
máscaras contra a fumaça tóxica para as pessoas que combaterão o incêndio;
- os extintores de pó seco são mais adequados para combater o fogo de materiais
poliolefínicos, no entanto outros tipos podem ser utilizados.
A carga e descarga podem ser feitas com auxílio de empilhadeira, tomando-se o cuidado para
que seu garfo não danifique os tubos ou bobinas.
As superfícies dos tubos são lisas e escorregadias, daí deve-se evitar o transporte em
caminhões sem guardas laterais e traseira. Quando os tubos forem carregados de forma a
ficarem fora das guardas do caminhão, devem ser utilizadas redes de segurança para prender a
carga e evitar seu deslocamento. Usar cintas ao invés de correntes e cabos para não danificar a
superfície dos tubos.
Tubos com conexões ou flanges nas extremidades devem ser transportados colocando-se
apoios de madeira entre as camadas de tubos para evitar que as conexões ou flanges apóiem
sobre os mesmos.
Para o transporte de pouca quantidade de bobinas, com diâmetros maiores que a carroceria
do veículo, use uma estrutura para manter as bobinas inclinadas e amarradas de forma que a
altura da carga não ultrapasse a altura limite para o tráfego.
Quando cortar as cintas metálicas que travam o engradado, manter-se de lado, evitando que
as mesmas possam provocar ferimentos ao se soltarem.
● RECEBIMENTO DE MATERIAIS
Após a descarga dos tubos e conexões, deve-se proceder à inspeção de recebimento.
A inspeção deve contemplar os seguintes aspectos:
a) origem (fabricante);
b) tipos de materiais e quantitativos;
c) marcação, data e número de lote de fabricação;
d) certificados de qualidade;
e) liberação do órgão fiscalizador do comprador (quando for o caso);
f) inspeção visual.
A inspeção visual objetiva verificar as condições dos materiais em decorrência de transporte,
carga e descarga. A inspeção deve incluir a verificação da embalagem, homogeneidade,
presença de riscos, ranhuras, rachaduras, deformações, etc. São admitidas ranhuras ou riscos,
que não ultrapassem a profundidade de 10% da espessura do tubo. O inspetor deve preencher
relatório de controle de recebimento, conforme Modelo de Formulário de Controle de
Recebimento.
MÓDULO 4
4.2 - PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO ENTERRADA POR VALA ABERTA
Na instalação de tubulações enterradas, devem ser observadas as características de aterro
estabelecidas em projeto definindo altura e o tipo de solo de reaterro, a especificação da
compactação, as travessias de ruas eestradas, a presença de lençol freático, válvulas, ventosas,
ramais, as curvaturas admissíveis e o adequado manuseio dos tubos e conexões para que não
sejam danificados pela má instalação.
● Normas Aplicáveis
- NBR 15.950 – Sistemas para Distribuição de Água e Esgoto sob pressão – Tubos de
Polietileno PE 80 e PE 100 – Procedimentos de Instalação
- NBR 14.461– Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Tubos de Polietileno PE 80 e PE 100 – Instalação em Obra
- EN 805 - Sistema de Abastecimento de Água – Requisitos para Sistemas e
Componentes Externos às Construções
- EN 12.327 - Sistemas de Abastecimento de Gás – Procedimentos de Comissionamento,
Descomissionamento e Ensaios de Pressão – Requisitos Operacionais
- EN 12.889 - Construção em Galeria e Ensaios de Ramais de Ligação e Coletores de Águas
Residuais
- NP EN 1671 - Sistemas Públicos de Drenagem de Águas Residuais sob Pressão
- NP EN 1610 - Construção e Ensaio de Ramais de Ligação e Coletores de Águas Residuais
●O que exigir
O Instalador deve comprovar sua capacidade e habilitação para instalar tubos poliolefínicos,
com equipamentos adequados e qualificados e soldadores com a qualificação em vigor na data
da obra.
● A Vala
É desejável que a largura da vala para assentamento da tubulação seja a menor possível,
entretanto devendo ser no mínimo suficiente para permitir a compactação mecânica ou
manual entre o tubo e a parede da vala.
Quando inevitável que a solda seja feita dentro da vala, no local deverá proceder-se a
escavação adicional tanto na lateral como naprofundidade (cachimbo), de tal forma que
permita o manuseio do equipamento bem como da tubulação e a execução da soldagem com
segurança.
As valas profundas, para maior estabilidade, devem ter uma seção transversal trapezoidal,
devendo ainda ser escoradas nos seguintes casos:
No início da escavação da vala, quer por processo manual ou mecânico, é necessário afastar o
entulho resultante da quebra do pavimento, ou eventual base de revestimento do solo
(subleito), para longe da borda da vala, evitando-se com isso seu uso indevido no
envolvimento da tubulação. Os materiais não aproveitáveis, resultantes da escavação, devem
ser imediatamente removidos para locais aprovados pela fiscalização, ou contidos em
recipientes apropriados para evitar espalhamento sobre a pista.
Em locais onde o fundo da vala apresente pedras ou formações rochosas deve-se promover
uma escavação adicional de 0,15 a 0,20 m, cobrir o fundo da vala com uma camada de terra
isenta de pedras e entulhos, ou, alternativamente, uma escavação adicional de 0,10 m para
formar um berço de areia desta espessura. Esta camada de terra ou de areia deve ser
devidamente compactada;
Quando o fundo da vala for constituído de material sem condições mínimas de suporte para o
assentamento da tubulação, deve-se executar o assentamento conforme recomendações de
projeto e na inexistência destas recomendações utilizar uma base de brita (cascalho) ou
concreto. A tubulação sobre tais bases deve ser assentada sobre colchão de areia de 0,10 m ou
material escolhido de 0,15 a 0,20 m;
O fundo da vala deve ser uniforme, devendo-se evitar os calos e ressaltos. Para tanto, se
necessário, deve ser regularizado utilizando-se areia ou outro material adequado.
Sempre que possível, os tubos em bobinas devem ser lançados diretamente do carretel para a
vala, sem limitação de extensão, até encontrar mudança de direção acentuada que obrigue a
utilização de conexões.
Ao puxar os tubos para dentro das valas, deve-se cuidar para não arrastá-los sobre superfícies
e pedras cortantes.
Não se deve utilizar tubos que apresentem ranhuras, riscos ou cortes com profundidades
superiores a 10% da espessura de parede.
Sempre que possível, os tubos devem ser soldados fora da vala, em extensões máximas
possíveis, sem prejuízo do lançamento ou provocar deformações.
Deve ser dado o tempo de resfriamento da solda estipulado no procedimento de soldagem,
antes de movimentar a tubulação soldada.
Deve ser dado o tempo mínimo para aplicar pressão após a solda, antes de submeter a
tubulação à pressão ou grandes esforços.
Se a instalação for interrompida, o tubo deve ser tamponado para evitar entrada de
objetosestranhos e animais.
Para temperaturas maiores que 25°C, multiplicar a força de puxamento pelo fator
de redução apresentado na tabela abaixo.
Esta tabela foi montada baseando-se em tubos PE 80, adotando-se uma tensão máxima de
tração de 75 kgf/cm2 (7,5 MPa), o que equivale aproximadamente à tensão circunferencial
mínima admitida de 6,3 MPa multiplicada por 1,5 para um esforço contínuo de 1h,
multiplicada pelo fator de solda de 0,8.
F = σ l ⋅ A = σ t ⋅ 1,5 ⋅ f ⋅ A = 63 ⋅ 1,5 ⋅ 0 ,8 ⋅ A
F = 75 ⋅ A
Não havendo soldas no trecho puxado, a força pode se multiplicada por 1,25.
Para tubos de PE 100 a força também pode ser multiplicada por 1,25.
Deve-se tomar precauções para não embutir, apoiar ou sustentar a tubulação em outras
tubulações.
A tubulação deve estar a uma distância mínima de 30 cm de outras tubulações, como redes de
água, esgoto, linhas telefônicas e elétricas (até a tensão de 1 kV) ou outros obstáculos. Em
relação às linhas elétricas com tensão superior a 1 kV, a tubulação deve estar a uma distância
mínima de 50 cm ou suficientemente protegida com uma tela. Em cruzamentos onde for difícil
manter a distância de 30 cm, admite-se uma separação de 7,5 cm desde que seja
providenciada a inserção de uma manta de borracha (neoprene ou equivalente), com no
mínimo 6 mm de espessura, entre o tubo e a interferência encontrada.
Sempre que possível deve-se utilizar a flexibilidade dos tubos poliolefínicos para fazer curvas,
obedecendo-se aos limites definidos na Tabela abaixo. Para a instalação deve-se adotar o raio
de curvatura permanente. O raio de curvatura provisório pode ser adotado durante
movimentação para a instalação dos tubos, como quando na descida de valas.
Quando forem necessárias curvaturas com raios menores aos especificados, deve-se adotar
curvas injetadas ou gomadas produzidas em fábrica.
Toda água existente na vala deve ser removida antes do assentamento da tubulação. No caso
de assentamento sob lençol freático, devem ser obedecidas as definições do projetista para se
evitar pressões de colapso na tubulação, em especial nos tubos de SDR> 17.
•Tubos SDR ≤ 17
Os tubos de SDR ≤ 17 suportam bem a grande maioria das situações práticas de instalação.
Quanto menor o SDR (maior a espessura) seu comportamento tende a se aproximar dos tubos
rígidos (p. ex. F°F°, concreto). Para esses tubos, a importância do solo e do aterro é
minimizada, entretanto não deve ser desprezada.
compactação necessário, o reaterro poderá ser efetuado com outro material de melhor
qualidade.
Para profundidades de até 2,5 m e solo de boa qualidade, pode-se aceitar o procedimento de
compactação direta na altura total da vala, como normalmente utilizado para os tubos rígidos.
•Tubos SDR> 17
Nesses casos, a escolha do material de reaterro é muito importante, devendo-se priorizar
materiais granulares, como areia grossa lavada, respeitando-se as premissas do projeto da
tubulação, como tipo de solo, grau de compactação, alturas de reaterro, etc.
●Derivações e Ramais
Deve-se assegurar que o tubo, bem como as derivações e conexões, estejam completamente
assentados e apoiados no leito de terra compactado ou areia adensada, evitando-se
momentos fletores que possam estrangular o tubo ou romper a derivação, especialmente
reduções concêntricas, derivações de ramais prediais e tês de redução. Para tanto se
recomenda recobrir a região da derivação ou conexão com areia, promovendo o adensamento
hidráulico (molhando com água), cuidando-se para que a região sob a derivação fique
completamente preenchida e adensada, conforme ilustra a Fig. 10, completando-se o reaterro
como descrito anteriormente.
Os ramais podem ser aterrados com compactação direta na altura total da vala.
As válvulas de linhas de gás combustível devem ser enterradas, de maneira a evitar a possível
formação de um represamento de gás, em caso de vazamento. Nesses casos, as válvulas
devem ser acopladas a um tubo de manobra que permita o acoplamento da haste para o
acionamento manual a partir da superfície. As válvulas devem ser adequadamente ancoradas,
através da compactação do solo que a envolve, preferencialmente com areia adensada, como
na Fig. 10 ou através de bloco de concreto, como na Fig. 12. Opcionalmente, pode-se utilizar
válvulas de PE diretamente soldadas no tubo, como na Fig. 13.
A instalação de Drenos e Ventosas deve ser feita utilizando-se Tês de redução com saída
flangeada, como mostrados na Figura abaixo. Para ventosas e drenos de até 2” pode-se utilizar
peças de transição ou adaptadores de roscas metálicas.
● Ramal Predial
Os ramais prediais podem ser ligados à rede principal quando esta estiver com ou sem carga, conforme
os procedimentos do fabricante das conexões.
A largura da vala deve ser a menor possível, normalmente delimitada a 30 cm.
● Inspeção
Compete ao contratante inspecionar, ou contratar empresas de inspeção para execução dos
trabalhos e assistir a realização dos testes para o recebimento da obra.
A inspeção dos trabalhos deve ser feita objetivando verificar se o executor observa as
condições gerais recomendadas para as diversas fases dos trabalhos e as condições
especificadas para os diversos tipos de tubulações a serem assentadas.
O inspetor da obra pode solicitar a retirada de um pequeno trecho soldado para ensaios.
O inspetor da obra pode solicitar a reavaliação de um procedimento, equipamento ou
soldador, quando os serviços executados justificarem tal medida.
● Documentação
O executor, ao realizar as soldagens (seja por eletrofusão, seja por termofusão), deve
apresentar a credencial de qualificação do soldador dentro do prazo de validade.
Todas as soldas devem possuir um “relatório de solda”.
O executor deve apresentar, para cada trecho assentado, um “cadastro de instalação do
trecho”. Este cadastro deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) Localização completa do local e trecho da obra, incluindo as interferências
encontradas no trecho;
b) Descrição completa da tubulação, tais como Diâmetro Externo (DE), classe de pressão,
códigos que permitam rastrear as produções dos tubos, classificação do tipo de
composto, nome do fabricante, extensões, profundidades e material de recobrimento
da tubulação;
c) Descrição completa das conexões, tais como: Diâmetros, classes de pressão, tipo do
material da conexão e fabricante;
d) Descrição do terreno onde a tubulação está assentada, incluindo as condições do
fundo da vala,
e) Presença ou não de água, solo com que foi realizado o reaterro, e procedimentos de
compactação;
f) Relatórios das soldas;
g) Data da instalação.
MÓDULO 4
4.3 - PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO ENTERRADA POR MND
● Normas Aplicáveis
• Tubos: NBR 15.561; NTS 194; NBR 14.462, EN 12.201-2; Módulo 1.2
• Conexões Soldáveis: NBR 15.593; NTS 193; NBR 14.463, EN 12.201-3; Módulo 1.3
• Diretrizes para Projetos: NBR 15.802; NTS189
• Conexões Mecânicas: NBR 15.803; NTS 192; ISO 14.236; UNI 9561; Módulo 1.3
•Procedimentos de Instalação: NBR 15.950; NTS 190; Módulos 4.2 e 4.3
• Procedimentos de Reparo:NBR 15.979; NTS 191; Módulo 4.5
• Procedimento para Solda de Topo: NTS 060, DVS 2207; Módulo 4.6 e 3.1
• Procedimento de Solda de Eletrofusão: NBR 14.465; DVS 2207; Módulo 4.7 e 3.1
• Requisitos p/qualificação Soldador, Instalador e Fiscal: NBR 14.472; NTS 059; Módulo 3.1
• Procedimento de Teste de Estanqueidade: NBR 15.952; Módulo 4.8
A escolha do melhor método de instalação e sua viabilidade depende das condições locais da
instalação, das condições de operação da linha e das exigências estruturais da tubulação.
Os principais fatores a serem considerados são:
- Caminhamento da tubulação, se substituirá linha velha ou novo caminhamento;
- Desnível projetado da tubulação (possível ou não de ser atendido);
- Espaço para entrada do equipamento de instalação (caminhões-bomba, guinchos, etc);
- Espaço para abertura da vala de entrada e saída da tubulação;
- Ângulo e curvatura de entrada da tubulação;
- Tipo de solo e interferências, entre outros.
A seguir apresentamos os métodos mais utilizados e os cálculos essenciais para sua utilização.
• PROCEDIMENTO BÁSICO:
a) Topografia, Sondagens e Cadastramento das interferências do trajeto da linha e projeto de
definição da travessia. Conveniente usar equipamento de detecção de cabos elétricos.
b) Abertura das caixas (poços) nas duas extremidades da linha, para a entrada e saída da
ferramenta de perfuração. O comprimento de perfuração contínua depende do
equipamento e características do terreno. São comprimentos usuais de até 200 m. Há casos
excepcionais de até 2000 m.
c) Posicionamento da Unidade de Perfuração na caixa de entrada e adequado aterramento da
unidade, protegendo o operador de acidentes por contato com cabos elétricos enterrados
eventualmente não previamente identificados.
d) Em função do terreno, determina-se o tipo de bicos injetores da lama bentonítica instalado
na sonda de perfuração.
e) Posiciona-se a sonda, na caixa de entrada, presa à haste de perfuração, pela qual é
bombeada a lama bentonítica a alta pressão até seus bicos injetores.
A perfuração se estabelece pelos movimentos simultâneos de avanço linear e rotação do
conjunto haste/sonda, ao mesmo tempo em que a lama bentonítica perfura
hidraulicamente o solo, lubrifica a passagem das hastes e reveste e consolida o micro túnel,
para não ocorrer seu desmoronamento. Conforme a perfuração avança, novas hastes são
roscadas a esta linha perfuratriz. Normalmente estas hastes têm comprimentos de 2a 9 m.
Deve-se observar o raio de curvatura mínimo admissível das hastes, bem como sua
resistência à tração.
Uma pessoa, através da unidade de monitoramento, segue a sonda identificando sua
posição e dando as devidas orientações ao controlador da Unidade de Perfuração, para
realizar as devidas correções de trajetória. Isto é possível interrompendo-se o giro da
sonda, e prosseguindo o avanço. O formato biselado da sonda e a direção dos jatos da lama
provocam seu desvio para o rumo desejado.
O tipo de solo determinará, ainda, a velocidade de rotação, avanço e pressão de injeção da
lama bentonítica(à ordem de360 bar) e sua concentração.
f) Após a passagem da sonda, constituindo o furo piloto de aproximadamente 2 polegadas,
esta é substituída por uma broca escareadora/alargadora que também possui bicos
injetores de lama bentonítica. Neste caso, em função do diâmetro do escareador e do tubo
a ser instalado, pode-se ter as seguintes situações:
f1) O escareador é suficiente para criar um furo adequado à passagem do tubo de PE (furo
deve ser aproximadamente 50 % maior que o diâmetro do tubo de PE). Neste caso,
prende-se o tubo de PE ao escareador, através de uma conexão que não transmite
rotação à tubulação, e começa-se a puxar a haste de volta promovendo
simultaneamente o alargamento do furo piloto e inserção do tubo de PE.
f2) As condições locais e diâmetro do escareador não permitem a inserção direta do(s)
tubo(s) de PE. Neste caso, instalam-se hastes de perfuração na outra extremidade do
escareador de forma tal que ao atingir a caixa de entrada pode-se repetir o processo de
alargamento, tantas vezes quanto necessárias.
Após inserir o tubo, se faz as conexões necessárias e se recompõem as caixas de entrada e
saída. Pode-se instalar mais de um tubo simultaneamente no mesmo furo de inserção.
Sua grande vantagem reside na possibilidade de se substituir o tubo velho por outro de maior diâmetro.
Adequa-se para substituir tubos cerâmicos, de concreto, ferro fundido e até mesmo alguns tubos
plásticos. Há ferramentas que possibilitam cortar tubos ao invés de rompê-los, como os de aço.
A técnica, ilustrada nas figuras abaixo, consiste de uma ferramenta chamada de cabeçote ou torpedo
rompedor, acionada normalmente por ar comprimido, e que é acoplada ao tubo novo. A mangueira de
ar comprimido passa por dentro do tubo novo para conectar-se e acionar a ferramenta, enquanto ela é
puxada por um guincho do lado de saída do tubo velho, inserindo o tubo novo enquanto quebra o velho,
empurrando os fragmentos contra o solo.
O cabeçote faz contato com o tubo a substituir Os rompedores do cabeçote se abrem, o tubo velhoé
fragmentado e abre-se uma cavidade maior que a original
O comprimento de abertura de vala para permitir a inserção do tubo plástico deve ser
calculado como segue:
l 1 = H (4R - H) (mm)
l 2 = H(2R - H) (mm)
H
tgψ =
l1 - l3
Fig. 8
O comprimento máximo de inserçãopara puxar um trecho de tubo novo dentro do tubo velho
pode ser dado pela equação:
σ adm . f s
l adm = (mm)
ρ p ( µ . cosϕ ± senϕ )
Em linhas com curvas deve-se observar que os raios de curvatura não sejam menores que os
permitidos:
RAIO DE CURVATURA
SDR ADMISSÍVEL
R
41 50.d
32 - 26 40.d
21 - 11 30.d
l adm
E o máximo comprimento de inserção nos trechos com curvas deve ser: l B = (mm)
e µβ
Onde: β = Ângulo da curva (radianos)
µ = Coeficiente de atrito
e = número de nepper
Para tubos de PE 100 e PP a força também pode ser multiplicada por 1,25.
Fig. 10
Neste caso, deve-se analisar a flutuação do tubo plástico, quando o peso específico do
material de preenchimento for maior que o do tubo plástico. Para prevenir que o tubo plástico
flutue, pode-se colocar espaçadores.
Fig. 11
Éimportante, também, verificar que a pressão exercida externamente ao tubo plástico, pelo
material de preenchimento, não ultrapasse a pressão de colapso do tubo. (vide Módulo 4.9).
Fig.12
Caso se faça necessária uma pressão de preenchimento maior do que o tubo pode suportar,
deve-se pressurizar o tubo plástico com água a uma pressão ligeiramente maior que a de
preenchimento.
• Derivações
Normalmente as derivações podem ser executadas após o preenchimento da cavidade,
abrindo uma janela no tubo velho, retirando cuidadosamente o material de preenchimento.
● Swagelining
retorno do tubo a praticamente seu diâmetro original, forçando-o contra a parede interna do
tubo velho.
É utilizado tanto no método de tração a quente, quanto à temperatura ambiente.
Permite a inserção de comprimentos da ordem de 1500metros e tubos com diâmetro entre
100 e 500 mm. Utilizam-se tubos de polietileno de SDR entre 33 e 11.
Fig. 13 - Swagelining
● Rolldowm
O mesmo objetivo e princípio do Swagelining, porém ao invés de tracionado o tubo é
comprimido.
O tubo é empurrado por um equipamento através de uma série de roletes, ao longo da
circunferência, comprimindo o diâmetro do tubo, de forma a rearranjar a estrutura molecular
e diminuir o diâmetro do tubo, aumentando a espessura de parede com uma elongação
mínima.
Após, a passagem total é aplicada pressão interna para recuperar a memória do plástico
fazendo-o recuperar praticamente seu diâmetro original e comprimindo-se (acomodando-se)
ao tubo velho.
Tem as mesmas vantagens e desvantagens do Swagelining.
Fig.14 -Rolldown
Nas derivações, a British Gas desenvolveu um dispositivo hidráulico de corte, que retira uma
janela do tubo velho sem afetar o liner de PE, permitindo a solda por eletrofusão de Tês de
Sela ou de Serviço para o Ramal.
● U-Lining
A técnica de U-Lining consiste em produzir-se tubos de diâmetros especiais que são
conformados, na saída da extrusora ou na obra, através de roletes, como a letra U, ou seja,
curvando a geratriz externa para dentro.
Os tubos são amarrados nessa forma, diminuindo seu diâmetro e introduzidos no tubo velho.
Após a instalação dentro do tubo velho, aplica-se pressão fazendo com que as amarras se
rompam e o tubo readquira a forma original, comprimindo-se contra a parede interna do tubo
velho.
Adequa-se a diâmetros de 75 a 1200 mm e sua principal limitação reside na fabricação de
diâmetros e SDRsespeciais (SDR 26 a 80) para adequar-se ao tubo.
Fig. 14 - U-lining
Maiores detalhes sobre esse módulo, vide Danieletto, José Roberto B.- Manual de Tubulações
de Polietileno e Polipropileno: Características, Dimensionamento e Instalação: 2007
MÓDULO 4
4.4 - PROCEDIMENTOS E DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÃO AÉREA
Nas instalações aéreas devem ser considerados os seguintes aspectos:
Quando em instalações aparentes e expostas ao sol, os tubos devem ter proteção adequada
aos raios ultravioleta (UV), que podem levar à sua degradação precoce com rupturas frágeis.
Os tubos de polietileno preto (PE 80 ou PE 100 ou PERT ou PEX), produzidos com compostos
adequadamente aditivados com 2 a 3% em massa de negro de fumo finamente disperso,
conforme as normas específicas, como a NBR 15.561, ISO 4427, EN 12.201, entre outras,
apresentam excelente resistência aos raios UV, com baixa perda de propriedades ao longo de
sua vida útil, estimadamente superior a 50 anos, respeitadas as especificações de projeto.
Como ponto negativo, absorvem mais calor, com temperaturas superficiais podendo atingir
70oC, o que pode elevar a temperatura do fluido interno e portanto a temperatura média do
conjunto tubo-fluido. Nesse caso, o projetista deve avaliar o SDR do tubo, aplicando o fator de
correção de pressão em função da temperatura média do conjunto tubo-fluido (fT).
Grosso modo, pode-se fazer uma interpolação entre a temperatura externa do tubo e a
interna do fluido para determinar a temperatura média do conjunto tubo-fluido. Exemplo,
temperatura externa do tubo de 70oC e do fluido 25oC, resultando em 47,5oC, adotando 50oC
para fins de projeto.
்݂ ∙ ܰܲ = ܱܲܯ
Fatores de Redução de Pressão (fT) para temperaturas entre 25°C e 50°C para PE 80 e PE 100
Temperatura °C
Composto
25 27,5 30 35 40 45** 50**
Tipo A 1,0 0,90 0,87 0,80 0,74 0,67 0,61
Tipo B 1,0 0,86 0,81 0,72 0,62 0,52 0,43
Nota:** Limitado à vida útil máxima de 15 anos
Fatores de Redução de Pressão para temperaturas entre 30°C e 95°C para PEX e PE-RT
Temperatura °C
Composto
30 40 50 60 70 80** 95**
PEX 0,92 0,83 0,73 0,65 0,60 0,52 0,43
PE-RT T1 0,80 0,70 0,66 0,56 0,47 0,36 0,22
PE-RT T2 0,92 0,77 0,71 0,61 0,58 0,49 0,34
Nota: PEX - Valores extraídos da Tabela DIN 16.893, com fator de segurança de 1,5.
PE-RT - Valores extraídos da Tabela ISO 24.033, com fator de segurança de 1,5.
** Limitado à vida útil máxima de 25 anos p/ 80°C e 10 anos p/ 95°C
Fatores de Redução de Pressão para temperaturas entre 30°C e 95°C para PPB, PPR,PPH
Temperatura °C
Composto
30 40 50 60 70 80** 95**
PPB 80 0,77 0,62 0,41 0,28 0,19 0,16 0,13
PPR 80 0,87 0,74 0,62 0,51 0,34 0,26 0,17
PPH 100 0,90 0,74 0,62 0,50 0,32 0,25 0,17
Nota: PP - Valores extraídos da tabela DIN 8077, com fator de segurança de 1,5, como adotado pela EN 15784
** Limitado à vida útil máxima de 25 anos p/ 80°C e 10 anos p/ 95°C
Os tubos não pretos, se expostos ao sol, devem ser aditivados com protetores anti-UV, que
podem assegurar suas propriedades mesmo em exposições da ordem de 5 anos. Para vida útil
maior do que 5 anos, são necessárias proteções adicionais, como coberturas, ou capas
metálicas ou fitas plásticas refletivas, como as usadas para isolamento térmico.
Para os tubos não pretos, o fabricante deve apresentar certificados de matéria prima que
assegurem a vida útil desejada em relação à instalação exposta ao sol, normalmente atestadas
através de ensaios designados por UV-6, UV-8, etc.
Idealmente, a tubulação deve ser instalada tal que não sofra esforços adicionais à pressão
interna, permitindo que dilate ou contraia livremente, curvando-se ou fletindo-se sem que
provoque esforços sobre seus suportes, nem sofra os consequentes esforços, como momentos
fletores, de flambagem, tração, etc, que poderiam comprometer sua vida útil.
Assim, as calhas, como as usadas em instalações elétricas, são desejáveis, pois a tubulação
poderia ser instalada de maneira a poder mover-se, sem necessidade de suportes mais
avantajados e resistentes a esforços de dilatação.Utilizam-se apenas suportes-guia para que a
tubulação não saia da calha ao mover-se.
Para tubos de pequeno diâmetro (< 110 mm) a instalação continuamente suportada tende a
ser preferida, evitando suportes instalados a muito curta distância um do outro.
Entretanto, nem sempre essa instalação é possível ou mais adequada, sendo também
utilizadas as instalações fixadas em suportes espaçados. Nesses casos é fundamental que os
esforços sobre os suportes e a tubulação sejam avaliados para que não ocorram flechas
indesejáveis da tubulação, rupturas de conexões ou soldas, a quebra dos suportes ou mesmo
vazamentos em juntas.
Assim, os esforços devem ser avaliados para o adequado dimensionamento dos suportes, e
para se determinar amáxima e a mínima distância entre os suportes para que os esforços
sejam minimizados e consequentemente mantendo-os dentro dos limites aceitáveis para a
tubulação.
∆ℓ = ℓ0 . α . ∆T
Logo, se a tubulação for impedida de dilatar-se, surgirá uma tensão axial de contração de:
σ=ε.E
EXEMPLO:
Tubo de PE 80 diâmetro 110 SDR 11 (PN 12,5), com comprimento entre suportes de 10 m,
instalado a 20oC e conduzindo um fluido a 60oC.
Portanto:
σ = ε . E= α .∆T . E
Sendo:
ε = α.∆T = 0,0068 (ou seja, 0,68%)
O valor de Ea ser utilizado na fórmula é o de curta duração, que pode ser determinado através
de um gráfico de tração universal, em função de ε, levantado à temperatura especificada (no
nosso exemplo,Eseria determinado para a deformação ε = 0,68% a 60oC).
Como valores típicos deE (kgf/cm2) de curta duração, podemos adotar os da Tabela abaixo:
o o o o o o
Material 30 C 40 C 50 C 60 C 80 C 100 C
PE 80 7000 5000 3000 2000 - -
PE 100 9000 7000 5000 3000 - -
PPH 12000 8000 7000 5500 4000 3000
PPB 9000 7000 5000 4000 3000 2500
PPR 7000 5000 3500 3000 2500 2000
A = π. (D2 – d2)/4
Onde: D = diâmetro externo do tubo = 11 cm
d= diâmetro interno =9 cm.
Logo: A= π. (112 - 92)/4 = 31,42 cm2
Portanto: F = σ .A = 13,6 kgf/cm2 . 31,42 cm2 = 427,3 kgf
Assim, cada suporte deverá resistir a uma força de:
F/2 = 213,65 kgf
Tal qual a dilatação térmica, a pressão interna, positiva ou negativa, provoca expansão ou
contração na tubulação que resulta em esforços de tração ou compressão, respectivamente,
sobre os suportes, e à própria tubulação.
Quando um tubo é submetido a uma pressão interna, ao mesmo tempo em que se origina uma
expansão diametral, o tubo sofre uma contração longitudinal de magnitude proporcional à
primeira, relacionada pelo fator de Poisson (ν).
Se esta contração longitudinal for impedida, através de suportes, por exemplo, o tubo será
submetido a uma tensão longitudinal proporcional à tensão circunferencial, imposta pela
pressão interna e que pode ser expressa por:
σa = ν .σo
Onde: σa = Tensão longitudinal ou axial(kgf/cm2)
σo = Tensão circunferencial (kgf/cm2)
ν = Coeficiente de Poisson
EXEMPLO:
Qual a força de tração que deve resistir uma junta mecânica, ou um suporte de tubulação,
para um tubo de PE 80, diâmetro 110 mm SDR 11 (PN 12,5) sem soltar-se dos tubos,
considerando-se teste de estanqueidade da linha com pressão de 1,5 PN?
P ⋅ (SDR − 1) 18 ,75 ⋅ 10
σo = = = 93,75 kgf/cm2
2 2
Como: F = σ a ⋅ A = ν ⋅σ o ⋅ A
Nos exemplos dados, o esforço devido à pressão resultou superior ao esforço de dilatação.
య ߜ 6ߨܧ. ሺ ܦସ − ݀ ସ ሻ
ℓ= ඨ ∙
ℓ ݍ
Verifica-se que a relação (δ/ℓ) entre 1/200 e 1/300 resulta em flechas pouco perceptíveis a
olho nú. O valor do módulo de elasticidade do tubo deve ser o de longa duração. Como
referência, podemos adotar os valores da Tabela abaixo:
o o o o o o
Material 30 C 40 C 50 C 60 C 80 C 100 C
PE 80 1500 1200 900 750 - -
PE 100 2000 1600 1200 1000 - -
PPH 3000 2600 2400 2100 1600 1000
PPB 2400 2100 1900 1700 1300 800
PPR 2400 2100 1900 1700 1300 800
య ܧ. ሺ ܦସ − ݀ସ ሻ
ℓ = ሺ0,4 ܽ 0,5ሻ. ඨ
ݍ
A carga (q) é a resultante da soma do peso do tubo com o do fluido interno, assim: q = qT + qf
π . (D 2 - d 2 )
qT = ⋅ ρ T (kgf/cm)
4
Onde: ρT = Peso específico do tubo (kgf/cm3): PEAD: 0,96 . 10-3 ePP: 0,92 . 10-3
π .d 2
qf = ⋅ ρ f (kgf/cm)
4
Logo, os suportes devem suportar o peso deq = 0,093 kgf/cm ou 9,3 kgf/m
Deve-se verificar também oespaçamento máximo admitido entre suportes de fixação para
evitar-se a flambagemdevido à dilatação da tubulação, que pode ser determinado
simplificadamente por:
D2 + d 2
l ≤ 0,357 . π .
α . ∆T
L ≥ k . ∆l . D (cm)
além de exigirem uma força mínima de dilatação por vezes maior que as desenvolvidas pelos
tubos plásticos.
Desta forma, a utilização de recursos como curvas e liras de compensação são normalmente
preferidos.
L ≥ k . ∆l . D (cm)
MÓDULO 4
4.5 - PROCEDIMENTOS DE REPARO
● Normas Aplicáveis
- NBR 15.979 – Sistemas para Distribuição de Água e Esgoto sob pressão – Tubos de
polietileno PE 80 e PE 100 – Procedimentos de Reparo
- NBR 14.461– Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Tubos de polietileno PE 80 e PE 100 – Procedimentos de Instalação
O reparo de linhas sem carga é certamente a maneira mais simples para se fazer reparos. A
dificuldade está em tubos enterrados, quando sua possibilidade de movimentação é mínima
ou inviável.
Por conta disso, certos tipos de conexão são mais práticos para o reparo que outros.
As luvas de eletrofusão e as uniões mecânicas de compressão, ambas sem o batente interno,
ou do tipo removível, facilitam o reparo, permitindo que funcionem como uma luva de correr,
não necessitando movimentar os tubos para serem instaladas.
Existem alguns fabricantes de peças metálicas (normalmente ferro dúctil) específicas para
tubos de PE ou PVC, para pressões de PN 10 e PN 16, com sistemas de travas similar às
conexões de compressão, impedindo que a conexão se solte do tubo (tensileresistant), para
diâmetros de até DE 1600, cujo fator limitante, por vezes, é seu preço elevado. Geralmente
essas peças possuem revestimentos anticorrosivos especiais, como tintas à base de
poliuretano e epóxi ou poliamida. Tais quais as conexões de compressão, não necessitam de
ancoragem.
- Se o reparo não puder ser efetuado imediatamente após o corte da região danificada,
as extremidades dos tubos devem ser tamponadas.
a) O estrangulamento deve ser feito a uma distância não inferior a 500 mm ou 4.DE, o que for
maior, de qualquer união, derivação, ou estrangulamento feito anteriormente;
b) Se necessário, usar dois ou mais estranguladores consecutivos a montante do trecho a ser
cortado, respeitando-se a distância de 500 mm entre eles ou 4.DE, o que for maior. Se
necessário, manter a pressão da linha tanto a montante, quanto a jusante do trecho a ser
substituído usar estranguladores nos dois lados do trecho;
c) Uma vez estancado o fluxo, cortar fora o trecho danificado e proceder ao reparo;
d) Após o término da operação, o local estrangulado deve ser marcado com fita adesiva
indelével, para não se repetir o estrangulamento no mesmo lugar.
•PARA LINHAS DE GÁS: define-se que para tubos maiores que DE 63 deve-se utilizar 2
estranguladores de cada lado do trecho a ser cortado, e deve-se soldar um Tê de serviço ou
um Tê de serviço com válvula incorporada na seção a ser substituída para purgar o gás
contido neste trecho. Deve ser assegurado que não esteja havendo vazamento de gás, antes
de se fazer os cortes.
• ANTES DE SE CORTAR O TUBO, deve-se aterrar o trecho a ser cortado, para evitar cargas
elétricas estáticas que possam haver como decorrência do atrito do gás natural (que é seco),
no tubo, eliminando a possibilidade de ocorrer uma faísca que levaria à explosão.
O aterramento pode ser feito usando-se uma haste de cobre com uma fita de algodão, para
ser enrolada no trecho a ser cortado. Finca-se a haste no solo para prover o aterramento e
molha-se com água a região envolvida com a fita. Para melhorar a condução elétrica
recomenda-se usar água misturada com sal grosso. Existe a possibilidade de uso de tintas
condutivas em spray no local do corte, enrolando-se então um fio de cobre conectado à
haste de aterramento.
b) Se a falha ocorrer na solda da sela da peça ao tubo da rede, corte e retire o trecho do
tubo da rede com a solda defeituosa e substitua por um trecho novo, de comprimento
adequado para proceder à nova solda;
c) Se a falha ocorrer na solda da sela da peça ao tubo da rede e a linha estiver em carga,
antes de efetuar a substituição do trecho e instalar nova peça, estancar a linha.
MÓDULO 4
4.6 - PROCEDIMENTOS DE SOLDA DE TOPO
É a forma mais tradicional e utilizada de soldagem de tubos de polietileno e polipropileno,
sendo aplicada, mais comumente, em tubos de DE ≥ 63. É chamada de topo, pois os tubos são
soldados face a face (de topo).
Somente são soldáveis materiais de mesma família, como PE x PE ou PP x PP, porém admite a
soldagem de materiais diferentes, tipo PE80 x PE100, p. ex, desde que compatíveis,
(normalmente materiais com MFI5 entre 0,3 e 1,4 g/10 min são compatíveis), mas os tubos e
conexões devem ter a mesma espessura (mesmo SDR).
Oferece grande segurança, confiabilidade e um fator de solda a tração entre 0,8 e 1,0, onde
fator de solda a tração (fs) é a relação entre a resistência a tração da solda e a do tubo.
Verifica-se, na prática, que o fator de solda de topo, em função da pressão interna no tubo, é
maior que 1,0.
● Normas Aplicáveis
- NBR 14.464 - Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Execução de Solda de Topo (EM REVISÃO – aguardar versão 2013);
- NBR 14.472 – Tubo de Polietileno PE 80 e PE 100 – Qualificação do Soldador (Módulo 3);
- NTS 060 - Tubos de Polietileno PE 80 e PE 100 para redes de água e adutoras –
procedimento de solda de topo;
- DVS 2207-1 - Soldagem de Materiais Termoplásticos – Soldagem de Tubos, Conexões e
Placas –Parte 1 – Procedimentos;
- DVS 2202-1 - Teste de Produtos Semi-Acabados de Polietileno -Avaliação de Solda;
- ISO 21307 - Tubos e Conexões Plásticas – Procedimentos de Solda de Topo para Tubos e
Conexões de Polietileno (PE) para Distribuição de Água e Gás Combustível;
- DS/INF 70-2 - Tubulações plásticas – Procedimento de Solda de Termofusão de Topo;
- DS/INF 70-3 - Tubulações Plásticas – Solda de termofusão de Topo – Inspeção Visual.
●Equipamento
Este método exige um equipamento de soldagem constituído, basicamente, de:
Estrutura Básica, onde os tubos a serem soldados são presos horizontalmente por
abraçadeiras (4), e que através de uma unidade de força (mecânica, hidráulica ou pneumática)
movimenta as abraçadeiras no sentido de afastar os tubos ou pressioná-los topo a topo.
Geralmente um jogo de abraçadeiras é fixo e o outro móvel (duas de cada lado). Seu
funcionamento é semelhante a uma prensa horizontal;
Faceador é basicamente uma plaina rotativa de acionamento manual tipo catraca, ou elétrica,
cuja função é facear (aplainar) as extremidades dos tubos a serem soldadas, tornando-as
tornando
perfeitamente paralelas para garantir o pleno contato de toda a superfície
superfície e a distribuição
igual da força de solda;
Fig.– Faceador
Placa de Solda ou de Aquecimento é o elemento térmico que leva os materiais a fusão. Deve
ter as superfícies em contato com os tubos revestida com material anti-aderente,
anti
normalmente PTFE. O revestimento pode ser por filme substituível ou por camada de
PTFE;Deve ter controle de temperatura e termômetro incorporado.
Casquilhos de Redução (adaptadores) são peças alojáveis nas abraçadeiras para reduzir seu
diâmetro interno, permitindo fixar tubos e conexões de vários diâmetros na máquina. As
máquinas de solda são dimensionadas para atender a soldagem de uma gama de diâmetros,
por exemplo DE 90 a 250, DE 63 a 180, etc. Por isso suas abraçadeiras têm a dimensão
adequada ao maior diâmetro comportado pelo equipamento e quando se vai soldar diâmetros
menores utilizam-se
se os casquilhos de redução. Para soldagem de conexões curtas admite-se
admite
usar apenas uma abraçadeira
deira para prender a peça.
A preparação é de extrema importância para uma boa soldagem. Essa etapa compreende:
- Alinhamento dos tubos e/ou conexões;
- Limpeza das superfícies de solda;
- Faceamento das extremidades de solda, assegurando o perfeito paralelismo das partes
e a remoção de possível camada oxidada;
- Medição da pressão de arraste.
O aquecimento subdivide-se
se em 2 fases: pré-aquecimento
pré aquecimento e aquecimento propriamente dito.
- O pré-aquecimento objetiva, primordialmente, assegurar que as superfícies de solda
estejam totalmente em contato com a placa de aquecimento, é de
de curta duração com
pressão elevada.
1 Preparação da solda
1.2. Fixar e alinhar os tubos e/ou conexões nas abraçadeiras. Assegurar-se que as
extremidades dos tubos tenham comprimento suficiente para realizar a soldagem. Use todos
os recursos para facilitar o alinhamento e diminuir o atrito para o arraste dos tubos, tais como:
- colocar roletes ou calços de madeira sob os tubos;
- girar os tubos até encontrar o melhor alinhamento. Lembre-se que os tubos são
normalmente ovalizados. O alinhamento é facilitado se for usada como referência a
linha de marcação dos tubos;
- -deslocar os tubos lateralmente para compensar curvaturas.
1.3. Tampar
ampar as extremidades externas dos tubos para evitar que o vento entre pelos
próprios tubos prejudicando a soldagem;
1.4. Alojar o faceador na máquina e facear as extremidades dos tubos. Para tanto, regular a
pressão de faceamento tal que seja suficiente para
para que o faceador tire cavacos finos e
contínuos dos tubos. Pressões muito altas danificam o faceador e resultam em mau
faceamento;
LEMBRE-SE:: O faceador deve ser ligado antes de aproximar os tubos contra si e deve
ser desligado somente após a reabertura da máquina. Isto evita sobrecarregar o motor
do faceador e dá um bom acabamento às superfícies de solda, eliminando ressaltos,
degraus e ranhuras.
Se não estiver conseguindo bom faceamento, regular ou trocar as lâminas do faceador.
Fig.- Posicionamento
Posicioname das peças adjacentes ao dispositivo de faceamento
1.6. Verificar alinhamento com paquímetro. Máximo desvio(b) de 10% da espessura tubo;
1.7. Determinar a Pressão de Arraste – pressão de atrito, decorrente do próprio atrito dos
cilindros da máquina e da força para puxar/arrastar os tubos.: Para tanto, abrir a máquina,
zerar a pressão e acionar a alavanca para fechar a máquina. Aumentar gradativamente a
pressão até que a máquina inicie o movimento. Aguardar que os tubos se encostem e ler o
valor da pressão no manômetro.
2 Aquecimento
2.2. Limpar as superfícies a serem soldadas e a placa de solda com papel adequado
embebido em álcool isopropílico ou etílico, ou acetona. Nunca usar objetos que danifiquem a
placa, nem tecidos que soltem fiapos. É importante que o álcool tenha baixo teor de água e
seja de rápida evaporação, (pureza igual ou melhor que 96°GL). A acetona deve ser de alta
pureza. Outros líquidos de limpeza de rápida evaporação também podem ser usados, como
tricloroetano ou cloroetileno;
2.4. Posicionar a placa de solda na máquina de solda. Ao manusear a placa de solda, tomar
cuidado para não se queimar nem bater a placa contra objetos que possam danificá-la ou ao
seu revestimento anti-aderente. Recomenda-se o uso de luvas adequadas;
2.7. Após o Tempo de Aquecimento, abrir a máquina e retirar a placa de solda. Verificar
rapidamente se ficou material fundido grudado na placa (arrancamento de material) ou houve
deformação da superfície de solda. Caso afirmativo, interromper o processo, limpar a placa e
reiniciar a etapa 1. Antes, verificar se há necessidade de substituir o revestimento anti-
aderente da placa;
3 Solda
3.1. Fechar a máquina novamente, comprimindo as superfícies dos tubos, uma contra a
outra,com a Pressão de Solda(Pressão da Tabela mais a Pressão de Arraste). O tempo entre a
abertura, retirada da placa de solda, e fechamento da máquina deve ser no máximo o valor
estipulado na Tabela de Soldagem.
Nas máquinas mais modernas a Pressão de Solda já estará pré-ajustada, pois é igual à
Pressão de Pré-Aquecimento, precisando somente colocar a alavanca na posição FECHAR; que
a máquina subirá até a pressão de solda e estabilizará;
4 Resfriamento
Anotar com caneta apropriada, do lado da solda, a hora de término do resfriamento. Após o
resfriamento, retornar a pressão a zero e tirar o tubo da máquina. Não comandar a abertura
da máquina antes do tempo estipulado, pois isto resultará na perda da solda. O resfriamento
deve ser natural, não podendo ser forçado com água ou ventiladores, pois incorreria em
tensões adicionais de resfriamento.
Nota: uma boa prática é marcar com um sinete (punção) o cordão de solda, antes de seu total
resfriamento, com o código do soldador.
Os tempos de resfriamento são definidos visando que a temperatura da solda caia abaixo da
temperatura de cristalização dos materiais. Via de regra, após o tempo de resfriamento a
região da solda estará com uma temperatura entre 70 e 110 °C, o que não permite que os
tubos sejam submetidos à pressão ou grandes esforços.
Assim, após o tempo de resfriamento, deve-se aguardar um tempo adicional para aplicar
pressões, para que a solda atinja a faixa da temperatura ambiente.
Por exemplo, para um tubo de espessura (e) de 10 mm, aguardar no mínimo 20 min além do
tempo de resfriamento para aplicar pressão. Todavia, é importante assegurar-se que a solda
esteja à temperatura ambiente.
Ciclo alternativo
Fig.– Temperatura de solda de PE80 ± 10 °C. Para PE 100 usar 220°C ,conforme DVS 2207
Visando diminuir o tempo de solda, para torná-las mais econômicas e a obra mais produtiva,
alguns fabricantes de equipamentos de solda oferecem máquinas com controles automáticos,
que incluem em seu software um algoritmo que corrige o tempo de resfriamento em função
da temperatura ambiente (Controle de Tempo de Resfriamento ou Cooling Time Control).
Onde B = (Bmax + Bmin)/2;; e a diferença entre a máxima largura do cordão (Bmax) e a mínima
(Bmin) não deve ser maior que 10% de B. A diferença entre os sub-cordões
cordões (b1 e b2) de cada
lado da solda também
bém deve ser medida.
medida
A soldagem de tubos de materiaisde
materiais procedências diferentes, ou mesmo PE 100 x PE 80, bem
como de tubo com conexão, pode apresentar diferençasmaiores de cada lado do cordão de
solda. As normas têm definido os seguintes critérios para avaliar o cordão de solda total (B) e
de cada lado da solda (b1
b1 e b2, definidos por cordões simples ou sub-cordões
cordõesde solda):
O cordão de solda retirado, além de analisado quanto a sua formação e dimensões, deve ser
dobrado manualmente, contra sua curvatura, para verificar a ocorrência de contaminações,
bolhas ou se a solda rompe (solda fria).
A retirada do cordão não é uma prática usual, sendo mais empregada por companhias
distribuidoras de gás, objetivando um controle de qualidade melhor documentado, e, mesmo
assim, restringindo-se à retirada do cordão externo.
A retirada do cordão interno exige equipamentos relativamente caros e sua prática é restrita a
tubulações para condução de alimentos (para evitar incrustação e deterioração de alimentos
nos cordões) ou na inserção de cabos telefônicos ou de energia, evitando um possível dano em
seu revestimento isolante.
Recomenda-se que, além da avaliação visual de 100% das soldas e de seu relatório, retirar
amostras para ensaios de tração e/ou pressão, conforme Módulo 3 – Qualificação do
Instalador, Soldador, Soldas e Equipamentos.A frequência para retirada de amostras deve ser
definida entre o cliente e o inspetor.
● Relatório de Soldagem
O Relatório de Soldagem de Topo deve apresentar, no mínimo, os seguintes dados:
a) Identificação dos tubos e conexões, incluindo o DE, SDR, tipo de material, nomes dos
fabricantes do tubo e conexão e códigos do lote de fabricação, que permitam rastrear as
produções dos mesmos nos programas de qualidade dos fabricantes;
b) Controle visual do bulbo final de solda, informando sua aparência, uniformidade,
contaminações, etc.;
c) Medidas dos cordões de solda e sub-cordões e do alinhamento.
d) Parâmetros de Solda Padrões e o Real Medido;
e) Nome, assinatura; código do Soldador e do Inspetor responsável;
f) Data de execução da solda.
MÓDULO 4
4.7 - PROCEDIMENTOS DE SOLDA DE ELETROFUSÃO
Vem se tornando cada vez mais competitiva em custo, e nas instalações de distribuição de
água e gás substituíram, praticamente em todo o mundo, as soldas soquete e sela por
termofusão, por sua grande praticidade e confiabilidade.
Com fator de solda tão bom quanto a solda de topo por termofusão, é mais prática para
reparos e locais de difícil acesso e ainda permite a soldagem de materiais com grandes
diferenças de MFI e de tubos e conexões com SDRs (espessuras) diferentes.
● Normas Aplicáveis
- NBR 14.472 – Tubo de Polietileno PE 80 e PE 100 – Qualificação do Soldador (vide Mód3);
- NBR 14.465 - Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Execução de Solda por Eletrofusão;
- DVS 2207 - Soldagem de Materiais Termoplásticos – Soldagem de Tubos, Conexões e
Placas –Procedimentos
- DVS 2202 -1 - Teste de Produtos Semi-Acabados de Polietileno -Avaliação de Solda.
●Equipamento
Este método exige um equipamento de soldagem constituído, basicamente, de uma fonte
regulada de tensão (normalmente de corrente alternada), com regulagem e controle de
intensidade e do tempo de aplicação da tensão.
No início de sua aplicação havia grandes diferenças entre os fabricantes das conexões, com
tensões de soldagem variando de 10 a 220 V e diversos tipos de plugs/conectores das
conexões, exigindo equipamentos de soldagem exclusivos para cada fabricante, dificultando
para o usuário.
O código de barras é definido pela ISO/TR 13950, sendo do tipo 2/5 interleaved (intercalado)
Alinhadores
Desovalizadores e Endireitador
Quando se aplica uma tensão elétrica nos terminais (conectores) da conexão, surge uma
corrente elétrica na resistência inserida no corpo, gerando calor, por efeito Joule, que leva à
fusão a superfície interna da conexão e a superfície externa do tubo.
Para que esse processo realmente funcione, as seguintes condições são obrigatoriamente
necessárias:
b) Como as conexões não podem ser raspadas, como os tubos, para eliminação da camada
oxidada da superfície de solda, somente devem ser retiradas de suas embalagens no
momento de sua soldagem, para evitar o contato prolongado com o ar (oxigênio) que as
levariam à oxidação.
c) As chamadas zonas frias das conexões, nas extremidades, devem ser adequadamente
dimensionadas para que não se fundam, funcionando como uma barreira ou tampão,
impedindo o escape do material fundido entre a conexão e o tubo, obrigando que
realmente expandam um contra o outro, gerando a pressão de solda necessária à
interação (mistura das massas).
d) O corte dos tubos, seu alinhamento com a conexão, e seu diâmetro e ovalização
também devem ser adequados para assegurar o princípio das zonas frias. Daí a
obrigatoriedade de corta-tubos, alinhadores e desovalizadores.
e) Durante a soldagem, até o fim do tempo deresfriamento, as peças em solda devem ser
mantidas alinhadas e imóveis, com o auxílio de ferramentas alinhadoras, pois quando se
inicia a fusão a resistência elétrica interna flutua na massa fundida, e se não houver
nada que impeça o movimento das peças, a resistência irá deslocar-se, provocando
curto-circuitos entre suas espiras, alterando a corrente, sobreaquecendo, por vezes até
furando ou derretendo as peças. Essa questão é particularmente grave em tubos
bobinados e/ou desalinhados.
2. Medir a área de soldagem e marcar o tubo com caneta apropriada, para definir a
profundidade de penetração e a área a ser raspada e limpa;
4. Verificar a ovalização dos tubos. Caso a ovalização seja superior a 1,5% do diâmetro, com o
máximo de 3mm, utilize dispositivo arredondador para eliminar o problema.
5. Verificar a folga entre a conexão e o tubo. O fabricante da conexão deve definir qual a
máxima folga admitida (na falta dessa informação, pode-se orientar pelo gráfico
apresentado mais adiante). Se houver folga excessiva, definir se a causa é a conexão, o
tubo, ou raspagem excessiva. Eliminar a causa e repetir a operação 3;
11 No caso de conexões tipo sela, como Tês de Sela ou Tês de Serviço, a diferença do
procedimento reside na montagem da conexão no tubo. Algumas conexões são auto-
fixáveis ao tubo (com abraçadeiras ou cintas, etc), outras necessitam de dispositivos
especiais para serem afixadas ao tubo, e que são removidos após a soldagem. De qualquer
maneira, a sela da conexão deve moldar-se perfeitamente à circunferência do tubo. A
montagem não pode ser movida enquanto se solda. Certificar-se da correta conformação
da conexão ao tubo (sem folgas), alinhamento, ovalização, e da ausência de esforços na
montagem (tubo-conexão), pois são aspectos fundamentais para se obter uma boa solda;
NO CASO DE INTERRUPÇÃO DA SOLDAGEM POR QUEDA DE ENERGIA ELÉTRICA, POR EXEMPLO, PODE-SE
AGUARDAR QUE O CONJUNTO (CONEXÃO/TUBO) RETORNE À TEMPERATURA AMBIENTE (como
referência, deve-se aguardar no mínimo o tempo para se aplicar pressão definido pelo fabricante) E
REINICIAR O CICLO DE SOLDA.
MÓDULO 4
●O que exigir
• Equipamentos e instrumentos de medição calibrados e na precisão requerida;
• Equipamentos de sinalização de segurança e EPI´s adequados;
• Equipe habilitada à realização de ensaios de pressão com supervisão e inspeção;
• Equipamentos de registro de pressão e relatórios adequados
- O trecho a ser testado deve ser isolado com flanges cegos e colarinhos soldados ao tubo,
ou outros tipos de dispositivos de fechamento mecânicos específicos, adequadamente
dimensionados e ancorados para suportar as pressões de ensaio. As extremidades do tubo
deverão possuir dispositivos para purga de ar, enchimento de água e medição de pressão.
Se possível, registradores de pressão são aconselháveis.
- Sempre que possível, a pressurização deve ser no ponto mais baixo da linha para facilitar a
expulsão de ar durante o enchimento da mesma. Esta posição também registra a máxima
pressão e facilita o controle se necessária alguma liberação de água. Quando não for
possível aplicar a pressão pelo ponto mais baixo, descontar da pressão de ensaio a altura
manométrica entre o ponto mais baixo da linha e o de entrada de pressão.
- A linha deverá estar enterrada e com o aterro adequadamente compactado. As juntas
mecânicas deverão estar expostas. Recomenda-se que, se possível, as juntas soldadas
também fiquem expostas durante o ensaio.
- Se o trecho possuir ventosas ou outros dispositivos de ventilação/proteção, durante o
enchimento da linha esses dispositivos devem estar abertos para permitir a purga de ar.
Recomenda-se que inclusive ventosas automáticas sejam checadas e tenham as bolas de
vedação temporariamente retiradas para assegurar-se a expulsão de ar.
- Proceder ao enchimento da linha lentamente.
- Deve-se cuidar para expulsar todo ar da linha.
log e P1 - log e P2
N1 =
log e T2 - log e T1
log e P2 - log e P3
N2 =
log e T3 - log e T2
O volume de água medido após 1 hora de ensaio deve ser menor que o valor calculado
usando-se a fórmula:
1 ܦ
∆ܸ݉ܽ = ݔ1,2ܸ ∙ ∆ ൬ + ൰
ܧ ∙ ݁ ݓܧ
• Ensaio Alternativo
Apesar de se demonstrarem métodos bastante bons de avaliação, os ensaios hidrostáticos de
estanqueidade expostos acima são um tanto complexos.
Algumas instalações menos críticas podem justificar uma forma mais simplificada para avaliar-
se a estanqueidade.
Uma maneira de se contornar o efeito do creep é aplicar um tempo de estabilização
relativamente grande, a seguir diminuir a pressão, ocorrendo a “recuperação” gradual do
módulo de plastodeformação (creepmodulus), provocando a diminuição da deformação
(diminuição do diâmetro) e o volume interno do tubo durante um período curto, dentro do
qual se faz a avaliação.
O procedimento é apresentado a seguir:
- Pressurizar a tubulação com 1,5 vezes a pressão nominal por 4 horas, sempre
compensando eventuais quedas de pressão;
- Abaixar a pressão para 0,5 bar e aguardar de 1 a 2 horas, não devendo haver queda de
pressão nesse período.
log e P1 - log e P2
N1 = =
log e T2 - log e T1
log e P2 - log e P3
N2 = =
log e T3 - log e T2
N1/N2 =
Conclusão: _____________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________
Nome Assinatura
Inspetor:
_____________________________________________________
Nome Assinatura
MÓDULO 4
4.8.2 - PROCEDIMENTOS DE TESTES DE ESTANQUEIDADE
PARA LINHAS DE POLIETILENO PARAGASES E AR COMPRIMIDO
● Normas Aplicáveis
- NBR 14.462– Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Tubos de polietileno PE 80 e PE 100 – Requisitos
- NBR 14.461 - Sistemas para Distribuição de Gás Combustível para Redes Enterradas –
Tubos de polietileno PE 80 e PE 100 – Instalação em Obra
- EN 12.327 - Sistemas de Abastecimento de Gás – Procedimentos de Comissionamento,
Descomissionamento e Ensaios de Pressão – Requisitos Operacionais
- BGC DIS 5.5 - Construção de Tubulações – Ensaio de Pressão de Linhas de Serviço e
Distribuição
●O que exigir
• Equipamentos e instrumentos de medição calibrados e na precisão requerida;
• Equipamentos de sinalização de segurança e EPI´s adequados;
• Equipe habilitada à realização de ensaios de pressão com supervisão e inspeção;
• Equipamentos de registro de pressão e relatórios adequados
PROCEDIMENTO:
- O trecho a ser testado deve ser isolado com dispositivos de fechamento específicos ou
conexões, tais como caps, flanges cegos e colarinhos soldados ao tubo, adequadamente
dimensionados e ancorados para suportar as pressões.Se possível, registradores de
pressão são aconselháveis.
- A linha deve estar enterrada e preferencialmente com as juntas expostas.
- Pressurizar a tubulação com ar comprimido ounitrogênio entre 100 mbar a 350 mbar.
- Verificar todas as juntas, válvulas e acessórios com solução de água e sabão, quanto à
existência de vazamentos. O sabão utilizado não deve ser agressivo ao polietileno. Reparar
os vazamentos detectados, limpar as superfícies em que se utilizou água e sabão e reiniciar
o ensaio.
- Aumentar a pressão até atingir a pressão final de teste (1,5 x PN). Aguardar a estabilização
da pressão por um período entre 2 e 24 horas. Quanto maior a extensão da linha e o
período de teste, maior deve ser o tempo de estabilização.
- Normalmente, o período de teste é estabelecido em função do volume da tubulação (V) e
da pressão de ensaio. A British Gas, em sua especificação para teste de estanqueidade de
tubulações - DIS 5.5 – Section 5 – Module 5.5 define as relações para o tempo de ensaio (t)
apresentadas na Tabela abaixo, com o mínimo de 0,25 h (15 minutos). Na mesma
especificação também encontram-se tabelas com as perdas de pressão previstas em
função do tempo de condicionamento e pressãode ensaio, que são da ordem de 8 mbar,
para 2-3 horas de estabilização e de 1 mbar para períodos de até 24 horas.
Tempo de Ensaio de Pressão Pneumático
Pressão de Operação Pressão de Ensaio Tempo de Ensaio (h)
75 mbar (SDR17,6) 350 mbar t = 1,0158 . V
2 bar (SDR 17,6) 3 bar t = 0,877 . V
4 bar (SDR 11) 6 bar t = 0,837 . V
5,5 bar (SDR 11) 7 bar t = 1,121 . V
Conclusão: _____________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________
Nome Assinatura
Inspetor:
_____________________________________________________
Nome Assinatura
MÓDULO 4
4.9 - PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO SUBAQUÁTICA
OU SOB LENÇOL FREÁTICO
π (D 2 − d 2 )
WT = ρ T ⋅ ou WT = ρ T ⋅ π ⋅ e ⋅ (D − e ) (kgf/m)
4
Onde: ρT = peso específico do tubo (PEAD = 9,5 x 105 e PP = 9,2 x 105 kgf/m3)
d = diâmetro interno do tubo (m)
e = espessura do tubo (m)
O peso do fluido interno ao tubo é determinado por:
π ⋅d2
Wl = ρ l ⋅ (kgf/m)
4
Quando sob lençol freático, temos o peso do solo seco (WSS) e o peso do solo molhado (WSL).
Já em instalações subaquáticas enterradas não há a componente do solo seco (WSS = 0).
WSS = ρ S ⋅ (H S − H W ) ⋅ D (kgf/m)
(4 − π )
WSL = ( ρ S − ρW ) ⋅ D 2 + D ⋅ H W (kgf/m)
8
Onde: ρS = peso específico do solo seco (kgf/m3)
HS = altura do solo seco (m)
HW = altura do solo molhado (m)
A somatória das forças contrárias à flutuação podemos chamar de empuxo negativo (EN), pois
se opõe ao empuxo (Ff):
EN = WT + Wl + WSS + WSL
Assim, para que a tubulação não flutue, a seguinte condição deve ser mantida:
F F< E N
As forças de arraste e levantamento são da mesma natureza das geradas pelas correntes,
enquanto que a força inercial é decorrente das oscilações de pressão na passagem das ondas e
que mantêm o próprio movimento da água.
A força inercial, por vezes de magnitude superior às outras duas, ocorre defasadamente
àquelas, ou seja, é máxima quando as outras são mínimas e vice-versa.
São dependentes também do ângulo de incidência da onda na tubulação, da profundidade da
lâmina d´água, e da altura da onda
A determinação das características das ondas é complexa e exige grande especialidade e
pesquisa de campo. Os projetistas procuram definir os dados das ondas centenárias (a maior a
cada 100 anos) para um projeto seguro das ancoragens.
Maiores informações podem ser obtidas emJANSON, Lars Eric – PlasticsPipes for
WaterSupplyandSewageDisposal, Borealis, 1995.
• Blocos de Ancoragem
Quando as forças de deslocamento da tubulação são superiores àquelas que tendem a mantê-
la estável é preciso aplicar cargas de ancoragem, os chamados blocos de ancoragem.
EXEMPLO
Travessia de um rio de baixa correnteza, de uma adutora de água de Tubo PE 80, DE 630 mm
SDR 17 (espessura e = 37,4 mm), assentada sobre o leito subaquático.
- Empuxo: FF
π ⋅ D2 π ⋅ 0,63 2
F f = ρW ⋅ = 10 6 ⋅ = 311,72 (kgf/m)
4 4
- Peso do tubo: WT: Pode ser obtido da Tabela do fabricante, ou pela fórmula
WT = ρ T ⋅ π ⋅ e ⋅ (D − e )
- Cálculo do bloco seco: (BS): (concreto armado com ρB = 2,45 x 106 kgf/m3)
BS> BLρB/(ρB-ρW)=97,17 ⋅ 2,45/(2,45 – 1) = 163,9 (kgf/m)
Se adotarmos um bloco a cada 3 m, teríamos blocos de 491,72 kgf, e podemos adotar por
segurança pesos de 500 kgf, com, por exemplo, a geometria abaixo:
O colapso por flambagem pode ocorrer devido ao impedimento, pelos suportes de fixação, da
expansão longitudinal resultante da compressão diametral oriunda de pressão externa ou
subpressão interna, semelhante ao que ocorre com a dilatação térmica.
Em termos práticos, para evitar-se o colapso por flambagem, podemos representar o
espaçamento L = X.D, sendo D o diâmetro externo do tubo e X dado por:
Por outro lado, como abordaremos a frente, os blocos de ancoragem aumentam a rigidez
aparente da tubulação, e consequentemente sua resistência ao colapso devido à pressões
externas ou subpressões internas.
SDR − 1
1,56
(SDR − 1)3 ≥X>
4
SDR SDR 2
Ou seja, se a resistência ao colapso devido à pressões externas (ou subpressões internas) for
preponderante na instalação, o espaçamento entre os blocos de ancoragem será limitado por
essa questão e não à flambagem.
A tubulação pode estar enterrada, e assim conta com o suporte lateral do solo, ou apenas
apoiada no leito subaquático. Pode ocorrer ainda a situação em que uma tubulação com
pressão interna maior que a pressão externa, logo não sujeita ao colapso por pressão externa,
apresente transientes hidráulicos, com consequentes ondas de subpressão, e nesse instante
receber a carga momentânea (de curta duração) resultante da soma da coluna d’água externa
com a subpressão do transiente.
E e3 E
PC 0 = . ou PC 0 = 2 ⋅ ;
4(1 − v ) rm (1 − v ) ⋅ (SDR − 1)
2 3 2 3
Ouainda PC 0 = 24 ⋅ ST /( 1 − ν 2 )
3 3
Onde: ST = rigidez do tubo: E.I /Dm = E/12(SDR-1)
EL = Módulo de elasticidade de longa duração:
PE 100 PE 80 PPH PPB/PPR
2
EL (kgf/cm ) 2.200 1.900 3.000 2.400
2
EC (kgf/cm ) 11.000 9.000 12.000 11.000
PC = fa ⋅12 ⋅ ST ,
A pressão de colapso expressa em m.c.a (metros de coluna d’água)é dada por PCx 10.
Sendo fa , fator devido à deformação vertical do tubo, normalmente deve ser menor que 2%:
Nessas situações, o solo exerce uma suporte lateral que aumenta a resistência ao colapso da
tubulação, sendo:
PC 1 = fs ⋅ PC 0
Para solos de baixo suporte: ST> 0,0275EtS, pode ser simplificada para:
2 t
PC 1 = 24 ⋅ ST + ES
3
Na falta de valores mais precisos do módulo tangente do solo (EtS), sugerimos abaixo:
t
E S(MPa)/
Condição de Solo Tipo Aterro Proctor
Instalação Modificado
(PrMD)
A pressão de colapso admissível PC, deve ser a PC1 com fator de segurança de mínimo de 2 (FS)
e o fator de redução devido a deformação vertical da tubulação fa. No caso de tubulações
enterradas fa = 1 – 3.δ/Dm; onde δé a deformação (deflexão) vertical.
Os valores de Rigidez de Curta (STC) e de Longa Duração (STL), são apresentados abaixo:
Considera-se água profunda quando a relação entre a profundidade (H) e o diâmetro externo
do tubo (D) é maior ou igual a 15:
β = H/D ≥ 15
Para que a teoria de corrente seja aplicável é preciso que:
Fs.H2≥Ec.Ia
Onde Ec é o módulo de elasticidade de curta duração
(vide Tabela apresentada para cálculo de pressão de colapso) e Ia o momento de inércia axial.
FS Ia 0,028
εS = = ≈
A ⋅ Ec A ⋅ H 2
β2
sendoA = área da seção transversal do tubo = π . (D2-d2)/4
εS=0,07%e εa= 1,7%, ou seja, a Força de puxamento FS provoca uma deformação axial
desprezível diante dos esforços de flexão, mesmo com valores de FS bem superiores ao
mínimo necessário.
Maiores detalhes sobre esse módulo, vide Danieletto, José Roberto B.- Manual de Tubulações
de Polietileno e Polipropileno: Características, Dimensionamento e Instalação: 2007
MÓDULO 4
4.10 - DIMENSIONAMENTODE ISOLAMENTO TÉRMICO
● Isolamento Térmico (Transmissão de Calor)
O cálculo para transferência de calor em tubos plásticos se faz da mesma maneira que em
tubos de outros materiais. Sendo assim, as equações básicas envolvidas em cálculos de
transmissão de calor são as que se seguem.
• Quantidade de Calor
Necessária para elevar ou diminuir a temperatura de um corpo (substância) de uma
temperatura t1 para t2.
Q = M . c (t 2 - t 1 )
Onde: Q = Quantidade de calor (kcal)
M = Massa da substância (kg)
t1 = Temperatura inicial da substância (oC)
t2 = Temperatura final da substância (oC)
c = Calor especifico da substância (kcal/kg.oC)
q = (ti–ta)/R
Em tubulações, temos:
2 . π . L . (t i - t a )
q=
. ln (re ri ) +
1 1 1
+
α . ri λ α s . re
De forma genérica, a transição de calor em tubulações expostas pode ser representada por:
Onde:
ti = Temperatura do fluido interno
Rα = Resistência a convecção do fluido interno p/ o tubo
T1 = Temperatura da superfície interna do tubo
Rλ = ∑ resistências a condução nas paredes do tubo e isolamentos
T2 = Temperatura na superfície externa do tubo ouisolamento
Rre = Resistência a radiação do sol sobre o tubo
Tsol = Temperatura relativa ao sol
Rαs = Resistência a radiação do tubo à atmosfera
Rα = Resistência a convecção para a atmosfera
ta = Temperatura ambiente
qc = Fluxo de calor estabelecido entre a superfície interna e externa do tubo e isolamentos
qe = Fluxo de calor de radiação solar para o tubo
qr = Fluxo de calor de radiação para a atmosfera
qα = Fluxo de calor de convecção para a atmosfera
qs = Fluxo de calor que sai para a atmosfera
qs = qr + qα=qe + qc
EXEMPLO:
Dados:
Tubo diâmetro externo (D) = 450 mm
diâmetro interno (d) = 399 mm
Velocidade de escoamento (v) = 0,32 m/s
Temperatura da superfície externa do tubo devido à
temperatura do solo (t) = 17ºC
Calor específico do álcool (c) = 0,57 kcal/kg.oC
Densidade do álcool (γ) = 785 kg/m3
Coeficiente de condutividade térmica do PEAD a 0oC (λ) = 0,37 kcal/m.h.oC
Q = M .c . (t2 – t1)
π .d2 π . 0,399 2
M = ⋅γ = ⋅ 785 = 98,2 kg/m
4 4
Logo: Q = 98,2 .0,57 . (5 - 0) = 279,9 kcal/m (de tubo)
Desprezando-se a convecção do álcool, para um comprimento de tubo (L) igual a 1 m,
temos:
2 ⋅ π ⋅ 1 ⋅ (17 - 0)
q= = 328,6 kcal/h
1
⋅ 1n (0,45/0,399)
0,37
Portanto, para aumentar a temperatura do álcool de 5oC será necessário o seguinte tempo:
279,9 kcal
T= = 0,852 h = 3066 s
328,6 kcal
Para a velocidade de escoamento de 0,32 m/s, a distância percorrida (comprimento da
tubulação) será de:
• Condensação em Tubulações
EXEMPLO:
Verificar se ocorrerá condensação do ar atmosférico na superfície externa de um tubo de PP
de diâmetro 250 SDR 11, transportando um fluido a 15oC, sendo a temperatura ambiente de
30oC e a umidade relativa do ar de 70%.
Dados:
D= 250 mm = 0,25 m
d= 204,4 mm = 0,2044 m
λ= Coeficiente médio de condutividade térmica do PP entre 12oC e 30oC = 0,18kcal/m.h.oC
t= Temperatura interna do tubo
α= Coeficiente de convecção livre do ar =15 kcal/m2h.oC
to= Temperatura de condensação do ar a 30oC (orvalho) e umidade relativa de 70% = 24oC
te= Temperatura na superfície externa do tubo
Para 1 m de tubo, temosFluxo que atravessa o tubo:
2 . π . (ta - t )
q=
1 1
⋅ 1n (D/d) +
λ α ⋅ D/2
2 . π . (30 - 15)
q= = 57 kcal/h
1 1
⋅ 1n (0,25/0,2044) +
0,18 15 ⋅ 0,125
O fluxo de calor que atravessa o tubo, neste caso, é igual ao fluxo de condução (fluxo pela
parede do tubo). Portanto, o fluxo de condução é:
57
Logo: 57 kcal/h = 5,613 (te - 15)logo; te = + 15 = 25,15º C
5 ,613
Portanto, não ocorre condensação, pois a temperatura da superfície do tubo é maior que a
temperatura de condensação (24oC).
2 . π . (30 - 15)
q= = 176,47 kcal/h
1 1
1n (0,25/0,2044) +
40 15 ⋅ 0,125
- Fluxo de condução:
2 . π . (te - 15)
q= = 1248 (te - 15) = 176,47 kcal/h
1
1n (0,25/0,2044)
40
176 ,47
Logo: te = + 15 = 15,14º C
1248
Portanto, ocorre condensação, pois a temperatura externa do tubo é menor que a
temperatura de condensação (24oC).
(to − t ) ≤ r 1
⋅ ⋅ ln V +
r 1
⋅ ln re( )
λV λT
q V
re ri
S
ocorrem a temperaturas mais baixas. Tabela extraída do livro “Refrigeração” de Ênio Cruz da Costa
EXEMPLO:
Determinar a espessura necessária de revestimento de espuma de poliestireno em um tubo de
PP de DE 32 SDR6 (e = 5,4 mm) conduzindo fluido a 5oC, com uma temperatura ambiente de
25oC e umidade relativa do ar de 80%.
Dados:
λV = condutividade térmica do revestimento:0,032 kcal/m.h.oC
λT = condutividade térmica do tubo: 0,18 kcal/m.h.oC
re = Raio externo do tubo: 0,032 m
ri = Raio interno do tubo: 0,0266 m
ta – to = 3,2oC (da Tabela)
α = coef. de convecção livre do ar de 11 kcal/m2h.oC
q/S=α (ta – to) = 11.(3,2) = 35,2 kcal/m2.h
to = ta – (ta – to)= 25 – 3,2 = 21,8ºC
(to − t ) ≤ r 1
⋅ ⋅ ln V +
r 1
( )
⋅ ln re
q V
λ
V re λT
ri
S
(21,8 − 5 ) ≤ r
35 ,2
V
1
⋅ ⋅ ln V
r + 1 ⋅ ln 0 ,032
0 ,032 0 ,032 0 ,18
(
0 ,0266
)
Fazendo as interações, isto é, arbitrando valores para rV até que a desigualdade acima seja
atingida, concluímos que rV≥ 19,2 mm
MÓDULO 5
5.1 - REDES E RAMAIS DE ÁGUA
1 – Normas Aplicáveis
Procedimentos
entos de Instalação: NBR 15.950;NTS190
15.950;
Procedimentos
dimentos de Reparo:NBR 15.979;NTS
15.979; 191
m mas podem
- Comprimento de Barras: 12 m, m ser fornecidas em outros comprimentos.
comprimentos
DISPONÍVEL PREFERENCIAL
DE CP EF TP CP EF TP
63 X X X X X -
90 X X X - X -
110 X X X - X X
160 - X X - X X
200 - X X - - X
250 - X X - - X
315 - X X - - X
CP: Junta Mecânica de Compressão;EF: Eletrofusão; TP: Topo Termofusão
União de Compressão (CP) Luva de Eletrofusão (EF) União por Solda de Topo (TP)
A conexão do ramal à rede pode ser feita por Tê de Serviço Mecânico ou por Eletrofusão.
Em ligações novas, em especial em loteamentos e condomínios em construção, quando a rede
ainda não está em carga, pode-se optar pelo uso de Colar de Tomada Mecânico ou por
Eletrofusão.
A passagem do tubo do ramal pode ser por vala aberta ou por furo direcional.
Rede Derivação JM EF TP
(DE) DE T CT T CT T
63 63 X - X X X
63 32 - X ou AD X X X
90 90 X AD X X X
90 63 - AD X X X ou R
90 32 - X ou AD R X R
110 110 X AD X - X
110 90 X AD X X X
110 63 - AD X X X
110 32 - X ou AD R X R
160 160 - - X - X
160 110 - AD X - X
160 90 - AD X X X
160 63 - AD X ou R X X ou R
160 32 - AD R X R
200 200 - - X - X
200 160 - - X ou R - X ou R
200 110 - AD X ou R - -
200 90 - AD X ou R X -
200 63 - AD R X -
200 32 - AD - X -
250 250 - - X - X
250 200 - - R - X ou R
250 160 - - R - R
250 110 - AD X - -
250 90 - AD X X -
250 63 - AD - X -
250 32 - - - X -
315 315 - - - - X
315 250 - - - - X ou R
315 200 - - - - R
315 160 - - - - X
315 110 - AD - - X
315 90 - AD - X -
315 63 - AD - X -
315 32 - - - X -
JM: Junta Mecânica; EF: Eletrofusão; TP: Ponta p/ Solda de Topo por Termofusão ou EF
T: Tê igual ou de Redução; CT: Colar de Tomada ou Tê de Sela
R: Tê mais Redução, AD: Colar Tomada Fêmea mais Adaptador Macho
TRANSIÇÕES ROSCADAS
Ligações de torneiras, registros, manômetros e transições p/ tubos de outros materiais até 2”.
2”
Para ligações com roscas metálicas, a peça de plástico deve ser macho ou ter rosca fêmea
metálica ou com reforço externo metálico
Cotovelos e Tês de Transição Macho ou Fêmea de latão ou Inox para solda de topo ou EF
omada de Eletrofusão
Colar de Tomada
TRANSIÇÕES FLANGEADAS
Rede JM JM TP
(DE) PP Fº Dúctil
63 X X X
90 X X X
110 X X X
160 - X X
200 - X X
250 - X X
315 - X X
JM: Junta Mecânica; TP: Ponta
Para transição com outros materiais de tubos, ligações de bombas, válvulas, ventosas, etc.
CT-EF
EF para ventosas de até 2” Com Tê ponta ou EF para todas dimensões
Caixas em Alvenaria
Caixas Plásticas
As caixas plásticas permitem soluções mais práticas e estanques que as em alvenaria, sendo
porém ainda limitadas em dimensões, onde encontram mais alternativas nscixas de calçada
para macromedidores e válvulas redutoras de pressão (VRP).
5 – Dimensionamento da Tubulação
4∙
=
∙
5.1 – Vazão
= ∙
= 1,5 ∙
Para PSO até 1,5 .MPO não há necessidade de se aumentar a classe de pressão do tubo.
Para tubos SDR≤ 17 (SDR 17 e 11) a máxima subpressão admissível para o tubo supera as
pressões negativas práticas encontradas em redes. Não se faz necessário cuidados especiais.
Para tubos SDR≤ 17 (SDR 17 e 11) a máxima profundidade de aterro admissível supera 6 m,
mesmo em condições de aterro sem controle de compactação.
6 – Métodos de Instalação
O método de instalação a ser escolhido, MND ou Vala Aberta, depende de fatores econômicos
e impactos ambientais avaliados. Vide módulo 4 – Métodos de Instalação e Reparo.
A Contratante deve assegurar-se que os materiais nas obras tenham os respectivos certificados
de qualidade e aprovação.
A Contratante deve inspecionar a qualidade das soldas e uniões executadas, bem como o
correto manuseio dos equipamentos e adequados procedimentos de instalação, conforme
Módulo 2–Controle de Qualidade e Módulo 4 – Instalação e Reparo.
A critério da Contratante, podem ser cortadas soldas para ensaios de laboratório, bem como
exigir relatórios de todas as soldas executadas com os dados do soldador e equipamento que a
realizou.
O recebimento da obra deve ser feito com a execução dos adequados procedimentos de
limpeza da rede (higienização), testes de estanqueidade (módulo 4.8), e a entrega de as-built
acompanhado dos relatórios de solda.
11 - Reparo
11.1 – Ramais
11.2 – Redes
MÓDULO 5
5.2 - ADUTORAS DE ÁGUA E LINHAS DE ESGOTO SOB PRESSÃO
1 – Normas Aplicáveis
Esgoto: Preto
Preto com listras Ocre
- Comprimento de Barras: 12 m,
m mas podem
m ser fornecidas em outros comprimentos.
comprimentos
- Dimensões de Bobinas SDR17
SDR a 11:
- Comprimento: 50 ou 100 m,
m, mas podem ser fornecidas em outros comprimentos.
comprimentos
- Diâmetro Interno Mínimo (D):DE 63: 1300 mm
DE 90: 1800 mm
DE 110: 2200 mm
Tubos de SDR> 17 (menor espessura) não devem ser bobinados, causando dobras e sua
inutilização. Sua fabricação não é permitida por normas.
DISPONÍVEL PREFERENCIAL
DE CP EF TP CP EF TP
63 X X X X X -
90 X X X - X -
110 X X X - X X
160 - X X - X X
200 - 800 - X X - - X
> 800 - - X - - X
CP: Junta Mecânica de Compressão;EF: Eletrofusão; TP: Ponta Termofusão
União de Compressão (CP) Luva de Eletrofusão (EF) União por Solda de Topo (TP)
Alguns fabricantes disponibilizam conexões ponta injetadas ou usinadas até DE 630 mm,
porém curtas, demandando máquinas de solda de topo com 1 abraçadeira para soldar a barra
de tubo, ou um prolongamento de tubo para permitir a solda por eletrofusão de uma luva.Vide
Módulo 1.3.
Curvas e Tês de 90o, 60o, 45o, e 30o, casos especiais de 22,5 e 11,5o.
Derivações com Conexões Ponta Gomadas DE ≥ 315 (para Solda de Topo ou Eletrofusão)
Transições Flangeadas
Rede JM JM TP
(DE) PP Fº Dúctil
63 X X X
90 X X X
110 X X X
160 - X X
200 - X X
250 - X X
315 - X X
> 315 X X
JM: Junta Mecânica; TP: Ponta
(JM) Adaptador p/ Flange de CompressãoPP até 110 mm, ou em Ferro Dúctil, até 1200mm
Para transição com outros materiais de tubos, ligações de bombas, válvulas, ventosas, etc.
CT-EF
EF para ventosas de até 2” Com Tê ponta ou EF para todas dimensões
Caixas em Alvenaria
Caixas Plásticas
As caixas plásticas permitem soluções mais práticas e estanques que as em alvenaria, sendo
porém ainda limitadas em dimensões, onde encontram mais alternativas nas caixas de calçada
para macromedidores e válvulas redutoras de pressão (VRP).
Obs: todos os desenhos e figuras desse manual são meramente ilustrativos e não restritivos.
4∙
=
∙
5.1 – Vazão
= ∙
= 1,5 ∙
Para PSO até 1,5 .MPO não há necessidade de se aumentar a classe de pressão do tubo.
Para tubos SDR≤ 17 (SDR 17 e 11) a máxima subpressão admissível para o tubo supera as
pressões negativas práticas encontradas em redes. Não se faz necessário cuidados especiais.
Para tubos SDR> 17 devem ser conduzidos cálculos específicos, conforme NBR 15.802.
Para tubos SDR≤ 17 (SDR 17 e 11) a máxima altura de aterro admissível supera 6 m, mesmo em
condições de aterro sem controle de compactação.
Para tubos SDR> 17, as condições de compactação do solo adquirem maior importância,
podendo levar o tubo ao colapso. Adotar as premissas da NBR 15.802.
6 – Métodos de Instalação
O método de instalação a ser escolhido, MND ou Vala Aberta, depende de fatores econômicos
e impactos ambientais avaliados. Vide módulo 4 – Métodos de Instalação e Reparo.
A Contratante deve assegurar-se que os materiais nas obras tenham os respectivos certificados
de qualidade e aprovação.
A Contratante deve inspecionar a qualidade das soldas e uniões executadas, bem como o
correto manuseio dos equipamentos e adequados procedimentos de instalação, conforme
Módulo 2–Controle de Qualidade e Módulo 4 – Instalação e Reparo.
A critério da Contratante, podem ser cortadas soldas para ensaios de laboratório, bem como
exigir relatórios de todas as soldas executadas com os dados do soldador e equipamento que a
realizou.
O recebimento da obra deve ser feito com a execução dos adequados procedimentos de
limpeza da rede (higienização), testes de estanqueidade (módulo 4.8), e a entrega de as-built
acompanhado dos relatórios de solda.
11 - Reparo
MÓDULO 6
LINHAS ANTI INCÊNDIO
1 – Normas Aplicáveis
● Formas de Fornecimento:
DE 63a DE 125 – BOBINA ou BARRAS
DE > 125 – BARRAS
- Comprimento de Barras: 12 m,
m mas podem
m ser fornecidas em outros comprimentos.
- Dimensões de Bobinas SDR13
SDR a 11:
- Comprimento: 50 ou 100 m,
m, mas podem ser fornecidas em outros comprimentos.
- Diâmetro Interno Mínimo (D): DE 63: 1300 mm
DE 90: 1800 mm
DE 110: 2200 mm
DE 125: 2200 mm
DISPONÍVEL PREFERENCIAL
DE CP EF TP CP EF TP
63 X X X X X -
90 X X X - X -
110 X X X - X X
160 - X X - X X
200 - 630 - X X - - X
CP:: Junta Mecânica de Compressão;EF:
Compressão; Eletrofusão; TP: Ponta Termofusão
União de Compressão (CP) Luva de Eletrofusão (EF) União por Solda de Topo (TP)
(
Família de Conexões
nexões de Compressão (DE 63 a 110)
Alguns fabricantes disponibilizam conexões ponta injetadas ou usinadas até DE 630 mm,
porém curtas, demandando máquinas de solda de topo com 1 abraçadeira para soldar a barra
de tubo, ou com um prolongamento de tubo para permitir a solda por eletrofusão de uma
luva.Vide Módulo 1.3.
Transições Flangeadas
Rede JM JM TP
(DE) PP Fº Dúctil
63 X X X
90 X X X
110 X X X
160 - X X
200 - X X
250 - X X
315 - X X
> 315 X X
JM: Junta Mecânica; TP: Ponta
(JM)) Adaptador p/ Flange de Compressão PP até 110 mm, ou em Ferro Dúctil,, até 1200 mm
Para transição com outros materiais de tubos, ligações de bombas, válvulas, ventosas, etc.
Obs: todos os desenhos e figuras desse manual são meramente ilustrativos e não restritivos.
4∙
=
∙
5.1 – Vazão
= ∙
= 1,5 ∙
Para PSO até 1,5 .MPO não há necessidade de se aumentar a classe de pressão do tubo.
Para tubos SDR≤ 13 (SDR 13,6, 11, 9 E 7,25) a máxima subpressão admissível para o tubo
supera as pressões negativas práticas encontradas em redes. Não se fazem necessários
cuidados especiais.
Para tubos SDR≤ 13 (SDR 13,6, 11, 9 E 7,25) a máxima altura de aterro admissível supera 6 m,
mesmo em condições de aterro sem controle de compactação.
6 – Métodos de Instalação
O método de instalação a ser escolhido, MND ou Vala Aberta, depende de fatores econômicos
e impactos ambientais avaliados. Vide módulo 4 – Métodos de Instalação e Reparo.
A Contratante deve assegurar-se que os materiais nas obras tenham os respectivos certificados
de qualidade e aprovação.
A Contratante deve inspecionar a qualidade das soldas e uniões executadas, bem como o
correto manuseio dos equipamentos e adequados procedimentos de instalação, conforme
Módulo 2 – Controle de Qualidade e Módulo 4 – Instalação e Reparo.
A critério da Contratante, podem ser cortadas soldas para ensaios de laboratório, bem como
exigir relatórios de todas as soldas executadas com os dados do soldador e equipamento que a
realizou.
O recebimento da obra deve ser feito com a execução dos adequados procedimentos de
limpeza da rede (higienização), testes de estanqueidade (módulo 4.8), e a entrega de as-built
acompanhado dos relatórios de solda.
11 - Reparo
MÓDULO 7
7.1 – LINHAS DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
Nas aplicações industriais há diversas utilidades onde os tubos poliolefínicos apresentam-se
como ótima solução técnica-econômica, quais sejam:
்݂ ∙ ܰܲ = ܱܲܯ
Fatores de Redução de Pressão (fT) para temperaturas entre 25°C e 50°C para PE 80 e PE 100
Temperatura °C
Composto
25 27,5 30 35 40 45** 50**
Tipo A 1,0 0,90 0,87 0,80 0,74 0,67 0,61
Tipo B 1,0 0,86 0,81 0,72 0,62 0,52 0,43
Nota: ** Limitado à vida útil máxima de 15 anos
Fatores de Redução de Pressão para temperaturas entre 30°C e 95°C para PPB, PPR, PPH, PEX e PE-RT
Temperatura °C
Composto
30 40 50 60 70 80** 95**
PPB 80 0,77 0,62 0,41 0,28 0,19 0,16 0,13
PPR 80 0,87 0,74 0,62 0,51 0,34 0,26 0,17
PPH 100 0,90 0,74 0,62 0,50 0,32 0,25 0,17
PEX 0,92 0,83 0,73 0,65 0,60 0,52 0,43
PE-RT T1 0,80 0,70 0,66 0,56 0,47 0,36 0,22
PE-RT T2 0,92 0,77 0,71 0,61 0,58 0,49 0,34
Nota: PP - Valores extraídos da tabela DIN 8077, com fator de segurança de 1,5, como adotado pela EN 15784
PEX - Valores extraídos da Tabela DIN 16.893, com fator de segurança de 1,5.
PE-RT - Valores extraídos da Tabela ISO 24.033, com fator de segurança de 1,5.
** Limitado à vida útil máxima de 25 anos p/ 80°C e 10 anos p/ 95°C
A resistência química deve ser avaliada considerando-se não apenas a solução do polímero,
como a ação de tensoativos (stress cracking) e a permeabilidade.
Soluções aquosas diluídas não afetam o PE. Ácidos fortes, bem como agentes oxidantes,
atacam estes polímeros lentamente, sendo estes últimos mais agressivos ao PP.
Hidrocarbonetos alifáticos, aromáticos e clorados atacam estes materiais lentamente.
Somente materiais não voláteis ou pouco voláteis podem causar danos permanentes, uma vez
que as propriedades originais reaparecem após a evaporação do agente inchante.
Devido à maior resistência a temperatura do PP, ele se torna mais apropriado, na maioria dos
casos, à condução de produtos químicos a temperatura acima de 50oC em comparação ao PE.
Os ensaios de pressão resultam num fator de resistência f, que significa a relação entre a
resistência do material num meio agressivo e sua resistência na água, tomada como fator de
resistência igual a 1, determinando-se dois fatores: ft e fσ.
O fator ft (fator de tempo) é definido como sendo a relação entre o tempo de ruptura do tubo
no meio agressivo e o tempo de ruptura em água para a mesma tensão.
ft= tfluido /tágua
Ou seja, para as mesmas condições de temperatura e pressão, a vida útil do tubo com o meio
agressivo será: t = tágua . ft
O fator fσ (fator de tensão) é definido como sendo a relação entre a tensão de ruptura do tubo
no meio agressivo e a tensão de ruptura em água para um certo tempo.
PERMEABILIDADE DO PEAD e PP
3
Alguns valores típicos de permeabilidade (k) do PE e PP, 1 bar [cm /(m.bar.dia)]
o o o o
Fluido PEAD a 20 C PP a 25 C PP a 40 C PP a 50 C
Ar 0,029 0,028 0,072 0,144
Nitrogênio 0,018 0,017 0,052 0,104
Oxigênio 0,072 0,076 0,204 0,368
Dióxido de Carbono 0,28 0,244 0,60 1,08
Hidrogênio 0,22 0,64 1,12 1,88
Hélio 0,15 0,70 1,20 1,76
Argônio 0,066 0,66 0,164 0,32
Monóxido Carbono 0,036 - - -
Dióxido de Enxofre 0,43 - - -
Etanol 0,089 - - -
Gás Natural, Metano 0,056 - - -
Fonte: Basell e Braskem
Ex.: Tubo PEAD SDR 11, com pressão interna de 4 bar, com extensão de 1.000 m. Definir a
difusão de gás natural durante 1 ano.
Dados fornecidos pela Braskem, em ensaios de tubos não pressurizados com combustíveis,
resultam na seguinte permeabilidade e inchamento para tubos de PE 80 pretos a 23oC:
Permeabilidade Inchamento
Fluido 2
(g/m .dia) (%)
Gasolina Comum 5,84 2
Diesel Comum < 1,0 1,4
2 - Isolamento Térmico
Muitas vezes é necessário determinar a perda de calor ou condensação do fluido e seu
isolamento térmico. As premissas e cálculos para os tubos de PE e PP são apresentados no
módulo 4.10 do Manual de Práticas da ABPE.
3 – Dimensões de Tubos
As dimensões e tolerâncias dos tubos e sua forma de fornecimento (bobinas ou barras) são
apresentados no módulo 1.2.
4 – Métodos de União
Os métodos de união utilizados para tubulações pressurizadas, são apresentados a seguir:
DISPONÍVEL PREFERENCIAL
DE CP EF TP CP EF TP
≤ 63 X X X X X -
90 X X X - X -
110 X X X - X X
160 - X X - X X
≥ 200 - X X - - X
CP: Junta Mecânica de Compressão; EF: Eletrofusão; TP: Topo Termofusão
União de Compressão (CP) Luva de Eletrofusão (EF) União por Solda de Topo (TP)
Admitidas somente conexões injetadas monolíticas como NBR 15.593; NTS193; EN 12.201-3.
Para colarinhos e reduções podem ser admitidas peças usinadas.
Peças gomadas (segmentadas) não são aplicáveis em tubulações de DE ≤ 250.
A Contratante deve assegurar-se que os materiais nas obras tenham os respectivos certificados
de qualidade e aprovação.
A Contratante deve inspecionar a qualidade das soldas e uniões executadas, bem como o
correto manuseio dos equipamentos e adequados procedimentos de instalação, conforme
Módulo 2 – Controle de Qualidade e Módulo 4 – Instalação e Reparo.
A critério da Contratante, podem ser cortadas soldas para ensaios de laboratório, bem como
exigir relatórios de todas as soldas executadas com os dados do soldador e equipamento que a
realizou.
O recebimento da obra deve ser feito com a execução dos adequados procedimentos de
limpeza da rede (higienização), testes de estanqueidade (módulo 4.8), e a entrega de as-built
acompanhado dos relatórios de solda.
MÓDULO 7
7.2 – LINHAS DE TRANSPORTE HIDRÁULICO DE SÓLIDOS
Otransporte de sólidos é bastante utilizado em plantas de mineração, onde o desgaste por
abrasão é um dos aspectos preponderantes, entretantoa abrasão ocorre em diversas outras
aplicações, como em linhas de dragagem, transporte de cinzas em termelétricas e até mesmo
em linhas de águas pluviais ou esgoto sanitário, onde sólidos finos em suspensão são comuns,
embora em menor escala.
Em plantas de mineração são ainda presentes diversas outras aplicações de tubulações, onde
os tubos poliolefínicos mostram-se como excelente alternativa técnica-econômica, inclusive
devido a solos e fluidos ácidos normalmente encontrados nessas plantas, quais sejam:
● Redes e Adutoras de Água e Linhas de Esgoto Sanitário: Módulos 5.1 e 5.2;
● Redes de Incêndio: Módulo 6.1;
● Linhas de Efluentes Industriais: Módulo 7.1
● Linhas de Ar Comprimido: Módulo 7.3
● Redes de Gás Enterradas Módulo 9.1
● Linhas de Drenagem e Esgoto por Gravidade Módulo 10.1
Há ainda a possibilidade de diversos métodos de instalação:
• Instalação Enterrada: Módulo 4.2;
• Instalação por Métodos Não Destrutivos: Módulo 4.3;
• Instalação Aérea: Módulo 4.4;
• Instalação Sub-Aquática: Módulo 4.9
choque oblíquo das partículas que podem conter energia cinética suficiente para cisalhar
superficialmente o tubo, arrancando-lhe pequenas lascas.
Aabrasão depende de vários fatores, a saber:
- das características dos sólidos: tamanho e distribuição, dureza, peso específico e forma;
- das características do líquido:corrosividade, densidade, viscosidade, regime do escoamen-
to, se laminar ou turbulento, se heterogêneo ou homogêneo, e da velocidade do fluxo;
- e,de forma preponderante, danatureza das paredes do tubo.
Aresistência à abrasão aumenta com o aumento do peso molecular (menor MFI) e da
densidade, pois é dependente da dureza superficial e da resiliência do material, isto é: maior
dureza e maior resiliência permitem melhor resistência à abrasão.
Os tubos poliolefínicos em geral têm ótima resistência à abrasão no tocante a sólidos finos,
entretanto os tubos de polietileno de alta densidade (PEAD) são especialmente vocacionados a
essas aplicações, também por sua flexibilidade, resistência aos raios UV (quando pretos) e
maior oferta, em especial para tubos de grande diâmetro (maiores que DE 250).
Hoje em dia, os tubos de PE 100 pretos têm sido a principal opção para transporte hidráulico
de sólidos em mineradoras para pressões de até 20 bar.
Adaptado/HOECHST
É muito difícil estabelecer a abrasão que virá a ocorrer numa tubulação, procurando então
calcar-se em dados experimentais para a especificação da tubulação, em função da vida útil
desejada.
Os dados são apresentados como o desgaste médio da parede da tubulação por ano (µm/ano).
Pode-se expressar o desgaste da tubulação pela relação:
A = k.t.vx
Onde:
A = desgaste da parede do tubo (mm)
K = fator função do sólido e regime de fluxo (obtido experimentalmente)
t = tempo
v = velocidade de fluxo
x = aprox. 1,5
Assim, o projetista deve buscar menores velocidades de fluxo, normalmente entre 1 e 3 m/s, e
compensar o desgaste da espessura de parede com tubos mais espessos.
Como o desgaste normalmente apresenta-se maior na parte inferior da tubulação, os
engenheiros costumam adotar o procedimento de girar a tubulação 90o ou 180o a
determinados períodos, aumentando sua vida útil.
Os tubos de PE 100 apresentam-se como excelente solução, em especial em transporte de
sólidos finos e cinzas, tendo enorme aplicação na indústria de mineração de cobre e outros
metais, e em termelétricas, no transporte de cinzas, com vida útil chegando a até 6 vezes a dos
tubos de aço, nas mesmas condições, além da resistência química e aos solos ácidos muito
comuns nas regiões de mineração.
3 –Dimensionamento dosTubos
Os cálculos hidráulicos no transporte hidráulico de sólidos, para determinação de vazão e
perda de carga, são bastante especializados. Detalhes, procedimentos e parâmetros de
cálculos podem ser encontrados em “Manual de Tubulações de Polietileno e Polipropileno –
Características, Dimensionamento e Instalação” de José Roberto B. Danieletto.
P D - e0
σ0 = ⋅
10 2e0
Determinar a tensão circunferencial resultante por ano (σ)X a tensão de ruptura (σruptura)
P D-e
σ= ⋅
10 2e
Então:
Ano e σ σruptura*
0 14,9 4,7 13
1 13,2 5,4 9,5
2 11,4 6,3 9,3
3 9,7 7,4 9,2
4 8,0 9,1 9,1
5 6,3 11,7 9,05
6 4,5 16,2 9,03
* Extraída da curva de regressão do PE 100 acima
Ano e σ σruptura*
0 22,7 3,5 13
1 21,0 3,8 9,5
2 19,2 4,2 9,3
3 17,5 4,6 9,2
4 15,8 5,2 9,1
5 14,1 5,9 9,05
6 12,3 6,7 9,03
7 10,6 7,9 9,02
8 8,9 9,5 9
* Extraída da curva de regressão do PE 100 acima
4 – Dimensões de Tubos
As dimensões e tolerâncias dos tubos e sua forma de fornecimento (bobinas ou barras) são
apresentados no módulo 1.2.
5 – Métodos de União
Os métodos de união utilizados para tubulações pressurizadas, são apresentados
apresenta a seguir:
● Junta Mecânica de Compressão: Material PP – PN 16: NBR 15.803; NTS 192
● Conexões de Eletrofusão: PE 100 – SDR 11 – PN 16:: NBR 15.593; NTS 193
● Conexões de Topo por Termofusão: PE 100 – SDR 17 ou SDR 11:: NBR 15.593; NTS193
DISPONÍVEL PREFERENCIAL
DE CP EF TP CP EF TP
≤ 63 X X X X X -
90 X X X - X -
110 X X X - X X
160 - X X - X X
≥ 200 - X X - - X
CP: Junta Mecânica de Compressão;EF: Eletrofusão; TP: Topo Termofusão
União de Compressão (CP) Luva de Eletrofusão (EF) União por Solda de Topo (TP)
Admitidas somente conexões injetadas monolíticas como NBR 15.593; NTS193; EN 12.201-3.
Para colarinhos e reduções podem ser admitidas peças usinadas.
Peças gomadas (segmentadas) não são aplicáveis em tubulações de DE ≤ 250.
Nas linhas para transporte de sólidos, onde é desejável que de tempos em tempos a tubulação
seja virada em 90o para se homogeneizar o desgaste, que via de regra é maior na parte de
baixo, as conexões mecânicas tipo Colarinho/flange são muitas vezes preferidas, pois
permitem seu desacoplamento.
Muitas vezes são mais adequados Flanges em Inox, em PRFV, ou de Aço CarbonoRevestidos
com PinturaEpóxi ou mesmo revestidos com Poliamida ou Plástico reforçado com fibra de
vidro, como PP com fibra de vidro, para maior resistência à corrosão.
Colarinho/Flange
A Contratante deve assegurar-se que os materiais nas obras tenham os respectivos certificados
de qualidade e aprovação.
A Contratante deve inspecionar a qualidade das soldas e uniões executadas, bem como o
correto manuseio dos equipamentos e adequados procedimentos de instalação, conforme
Módulo 2–Controle de Qualidade e Módulo 4 – Instalação e Reparo.
A critério da Contratante, podem ser cortadas soldas para ensaios de laboratório, bem como
exigir relatórios de todas as soldas executadas com os dados do soldador e equipamento que a
realizou.
O recebimento da obra deve ser feito com a execução dos adequados procedimentos de
limpeza da rede (higienização), testes de estanqueidade (módulo 4.8), e a entrega de as-built
acompanhado dos relatórios de solda.
MÓDULO 7
7.3 – LINHAS DE AR COMPRIMIDO
As linhas de ar comprimido estão presentes nas mais diversas indústrias e aplicações.
Essas características tornam os tubos poliolefínicos uma ótima solução técnica-econômica nas
linhas de ar comprimido, em especial nas aplicações com pressão de até 16 bar. A grande
maioria das aplicações de ar comprimido utiliza pressões menores que 10 bar, (normalmente
na faixa de 7 bar), mas há casos da ordem de 40 bar.
Recomenda-se que o dimensionamento desses tubos seja feito como para os tubos de Gás
Natural, com o Fator de Segurança (C) de 2 (EN 1555 ou ISO 4437).
20 ∙ ܴܵܯ
ܲܰ =
∙ ܥሺܵ ܴܦ− 1ሻ
C= Fator de Segurança recomendado mínimo de 2
MRS = Tensão Circunferencial Padrão a 50 anos/20°C do material
(PE 100 e PPH-100 = 10 MPa, PPB-80 e PPR-80 = 8 MPa)
்݂ ∙ ܰܲ = ܱܲܯ
MPO = Máxima Pressão de Operação
Fatores de Redução de Pressão para temperaturas entre 30°C e 95°C para PPB, PPR, PPH
Temperatura °C
Composto
30 40 50 60 70 80** 95**
PPB 80 0,77 0,62 0,41 0,28 0,19 0,16 0,13
PPR 80 0,87 0,74 0,62 0,51 0,34 0,26 0,17
PPH 100 0,90 0,74 0,62 0,50 0,32 0,25 0,17
Nota: PP - Valores extraídos da tabela DIN 8077, com fator de segurança de 1,5, como adotado pela EN 15784
** Limitado à vida útil máxima de 25 anos p/ 80°C e 10 anos p/ 95°C
DISPONÍVEL PREFERENCIAL
DE CP EF TP SQ CP EF TP SQ
16 X - - X X - - X
20 X X - X X X - X
25 X X - X X X - X
32 X X - X X X - X
40 X X - X X X - X
50 X X - X X X - X
63 X X X X X X - X
90 X X X X - X - -
110 X X X X - X X -
160 - X X - - X X -
200 - X X - - - X -
≥ 250 - X X - - - X -
CP: Junta Mecânica de Compressão; EF: Eletrofusão; TP: Topo Termofusão; SQ: Soquete
União de Compressão (CP) Luva de Eletrofusão (EF) União por Solda de Topo (TP) Luva Soquete (SQ)
Família de Conexões de Eletrofusão em PE 100 ou PPR (DE 20 a 315) - NBR 15.593; NTS 193
As conexões de Eletrofusão devem dimensionadas como para gás natural, ou seja, SDR 11 para
pressão até 10 bar, SDR 9, para pressão até 12,5 bar e SDR 7, para até 16 bar.
Família de Conexões para Solda Topo por Termofusão em PE 100 ou PP (DE 63 a 315) -
NBR 15.593; NTS193
Admitidas somente conexões injetadas monolíticas como NBR 15.593; NTS193; EN 12.201-3.
Para colarinhos e reduções podem ser admitidas peças usinadas.
Peças gomadas (segmentadas) não são aplicáveis em linhas de ar comprimido.
As conexões de Termofusão de Topo devem dimensionadas como para gás natural, ou seja,
SDR 11 para pressão até 10 bar, SDR 9, para pressão até 12,5 bar e SDR 7, para até 16 bar.
Família de Conexões de Soquete (polifusão) em PE 100 ou PPR (DE 16 a 110) – NBR 15.813,
ISO 15.874 e DIN 8077/8078.
A linha de PPR de PN 25 (SDR 6) pode ser usada até 16 bar para ar comprimido, e a PN 20 (SDR
7) até 12,5 bar, e as linhas de PE 100 e PPH-100 devem ser de SDR 7 ou 9, respectivamente.
Sela de Derivação
2.1.4 - Derivações com Conexões Ponta Polivalentes Injetadas (Solda de Topo ou Eletrofusão)
3 – Métodos de Instalação
Normalmente as linhas de distribuição de ar comprimido são aéreas, mas até a linha de
distribuição podem ser enterradas, seja por abertura de vala ou métodos não destrutivos.
Os aspectos relativos a cada um dos métodos de instalação são apresentados nos Módulos 4.2
– Instalação Enterrada, Módulo 4.3 – MND e Módulo 4.4 – Instalação Aérea.
No que concerne especificamente às linhas de ar comprimido, alguns aspectos são
fundamentais, quais sejam:
• Filtros, Secadores, Resfriadores
• Pugadores e Drenos
• Configuração da Linha
4 – Dimensionamento da Tubulação
O dimensionamento da tubulação de ar comprimido é uma especialidade do transporte de
gases, similarmente ao transporte gás natural, considerando a densidade do ar (G = 1) (vide
Manual de Tubulações de Polietileno e Polipropileno – Características, Dimensionamento e
Instalação, de José Roberto B. Danieletto).
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5 – Ensaio de Estanqueidade
São comuns perdas por vazamentos em linhas de ar comprimido, elevando enormemente os
custos com energia elétrica e mau desempenho da linha. Portanto, os testes de estanqueidade
são essenciais e devem ser executados preferencialmente a 1,5.PN da linha, para as linhas de
gás, conforme um dos métodos expostos no Módulo 4.8, desse Manual de Práticas ABPE, e
depois com o próprio ar comprimido, verificando-se em especial as juntas, principalmente as
juntas mecânicas, aplicando-se espuma.