Atos 11 - Estudo 09-03-2024

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Título: Capítulo 11 de Atos dos Apóstolos - A Abertura da Igreja aos

Gentios.

Introdução: O capítulo 11 de Atos dos Apóstolos narra a visita de Pedro ao


gentio Cornélio em Cesareia e sua defesa sobre o encontro, incluindo a visão
anterior de Pedro e o derramamento do Espírito Santo sobre os gentios durante
a passagem de Pedro na casa de Cornélio.

TEXTO:

¹ Os apóstolos e os irmãos de toda a Judéia ouviram falar que os gentios também


haviam recebido a palavra de Deus.

² Assim, quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram do partido dos


circuncisos o criticavam, dizendo:

³ "Você entrou na casa de homens incircuncisos e comeu com eles".

⁴ Pedro, então, começou a explicar-lhes exatamente como tudo havia


acontecido:

⁵ "Eu estava na cidade de Jope orando; caindo em êxtase, tive uma visão. Vi
algo parecido com um grande lençol sendo baixado do céu, preso pelas quatro
pontas, e que vinha até o lugar onde eu estava.

⁶ Olhei para dentro dele e notei que havia ali quadrúpedes da terra, animais
selvagens, répteis e aves do céu.

⁷ Então ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-se, Pedro; mate e coma’.

⁸ "Eu respondi: De modo nenhum, Senhor! Nunca entrou em minha boca algo
impuro ou imundo.

⁹ "A voz falou do céu segunda vez: ‘Não chame impuro ao que Deus purificou’.

¹⁰ Isso aconteceu três vezes, e então tudo foi recolhido ao céu.

¹¹ "Na mesma hora chegaram à casa em que eu estava hospedado três homens
que me haviam sido enviados de Cesaréia.

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¹² O Espírito me disse que não hesitasse em ir com eles. Estes seis irmãos
também foram comigo, e entramos na casa de um certo homem.

¹³ Ele nos contou como um anjo lhe tinha aparecido em sua casa e dissera:
‘Mande buscar, em Jope, a Simão, chamado Pedro.

¹⁴ Ele lhe trará uma mensagem por meio da qual serão salvos você e todos os
da sua casa’.

¹⁵ "Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós
no princípio.

¹⁶ Então me lembrei do que o Senhor tinha dito: ‘João batizou com água, mas
vocês serão batizados com o Espírito Santo’.

¹⁷ Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que nos dera quando cremos no Senhor
Jesus Cristo, quem era eu para pensar em opor-me a Deus? "

¹⁸ Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo:


"Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios! "

¹⁹ Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com


a morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a
mensagem apenas aos judeus.

²⁰ Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a


falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor
Jesus.

²¹ A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao


Senhor.

²² Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles


enviaram Barnabé a Antioquia.

²³ Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a


permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração.

²⁴ Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas
foram acrescentadas ao Senhor.

²⁵ Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo

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²⁶ e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro
Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia,
os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos.

²⁷ Naqueles dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia.

²⁸ Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome
sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de
Cláudio.

²⁹ Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram


providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judéia.

³⁰ E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e


Saulo.

Explicando o Contexto do Texto:

• Vamos ver em Atos 11 um resumo dos fatos ocorridos anteriormente,


desde a visão de Pedro em Jope (Atos 10:9-16) até a visita a Cornélio, o
centurião romano, por orientação divina (Atos 10:1-8), também vemos
Pedro sendo questionado por ter estado com gentios e explicando aos
questionadores a ação do Espirito Santo e qual foi seu papel e seu
entendimento sobre aquele acontecimento.

QUESTIONAMENTOS RETIRADOS DO TEXTO:

1 – Qual a razão da descriminação dos crentes de origem judaica para com os


gentios.

2 – Porque Deus passa a considerar puro o que antes havia ordenado como
impuro.

3 – A importância de ouvir o Espírito Santo e principalmente se deixar conduzir


por ele.

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4 – Porque Pedro tinha que levar a mensagem a Cornélio, se o próprio Anjo
poderia ter dado a mensagem da salvação de forma direta, sendo o Anjo uma
prova da existência de Deus – (Ponto para reflexão: A mensagem ou lição era
mesmo para Cornélio ou o principal destinatário do proposito de Deus seria
Pedro).

5 – Avaliar a ação do Espírito Santo ter sido derramado sobre os gentios da


MESMA FORMA que ocorreu em atos 2 – no pentecostes.

6 – Qual o significado teológico da abertura aos gentios, incluindo a


universalidade do Evangelho e a igualdade na salvação em Cristo.

7 – A ida de Barnabé a Antioquia e sua missão junto a Paulo.

8 – Os profetas em Antioquai e a professia de Agabo

VERSÍCULO A VERSICULO:

1 – Qual a razão da descriminação dos crentes de origem judaica para com


os gentios.

¹ Os apóstolos e os irmãos de toda a Judéia ouviram falar que os gentios também


haviam recebido a palavra de Deus.

² Assim, quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram do partido dos


circuncisos o criticavam, dizendo:

³ "Você entrou na casa de homens incircuncisos e comeu com eles".

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⁴ Pedro, então, começou a explicar-lhes exatamente como tudo havia
acontecido:

Circuncisão: a circuncisão era uma prática religiosa essencial na tradição


judaica, estabelecida na Lei de Moisés como um sinal da aliança entre Deus e o
povo de Israel (Gênesis 17:10-14).

Então partido dos circuncisos nesse contexto aqui, são os crentes de origem
judaica.

O que explica a discriminação dos Judeus pra com os Gentios.

1. Tradição Judaica: A tradição judaica por milênios ensinou a distinção


entre judeus e gentios. Os judeus eram o povo escolhido de Deus e
seguiam um conjunto específico de leis e práticas religiosas. Os gentios,
por outro lado, eram vistos como estrangeiros ou não pertencentes ao
povo eleito.
2. Leis Religiosas: As leis judaicas, especialmente aquelas relacionadas à
pureza ritual, proibiam a interação próxima com gentios. Isso incluía
restrições alimentares, regras sobre tocar em objetos impuros, como
cadáveres, e outras práticas que mantinham uma distinção clara entre
judeus e gentios.
3. Cultura e História: A história do povo judeu estava repleta de opressão
e invasões por nações gentias. Isso contribuiu para um sentimento de
separação e, às vezes, desconfiança em relação aos gentios.
4. Interpretação das Escrituras: Algumas interpretações das Escrituras
judaicas poderiam ser usadas para justificar a discriminação contra os
gentios. Por exemplo, as promessas feitas a Abraão e ao povo de Israel
poderiam ser vistas como exclusivas para os descendentes de Abraão.

2 – Porque Deus passa a considerar puro o que antes havia ordenado como
impuro.

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⁵ "Eu estava na cidade de Jope orando; caindo em êxtase, tive uma visão. Vi
algo parecido com um grande lençol sendo baixado do céu, preso pelas quatro
pontas, e que vinha até o lugar onde eu estava.

⁶ Olhei para dentro dele e notei que havia ali quadrúpedes da terra, animais
selvagens, répteis e aves do céu.

⁷ Então ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-se, Pedro; mate e coma’.

⁸ "Eu respondi: De modo nenhum, Senhor! Nunca entrou em minha boca algo
impuro ou imundo.

⁹ "A voz falou do céu segunda vez: ‘Não chame impuro ao que Deus purificou’.

¹⁰ Isso aconteceu três vezes, e então tudo foi recolhido ao céu.

A ideia de que Deus passa a considerar puro o que anteriormente havia


ordenado como impuro está relacionada ao contexto da revelação
progressiva na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Há algumas
maneiras de abordar essa questão:

1. Cumprimento em Cristo: Muitos ensinamentos e práticas do Antigo


Testamento encontram seu cumprimento em Jesus Cristo. Ele é retratado
como o Messias esperado, aquele que cumpre as promessas e profecias
antigas. Por exemplo, as leis cerimoniais, como as regras dietéticas e rituais
de purificação, foram instituídas no Antigo Testamento como uma parte do
pacto entre Deus e Israel. Com a vinda de Cristo, essas leis foram cumpridas
e, portanto, não são mais necessárias em sua forma original. Em Cristo, a
plenitude da revelação de Deus é manifestada, e as exigências dessas leis
cerimoniais são superadas.
2. Nova Aliança e Graça: O Novo Testamento apresenta a ideia da "Nova
Aliança" que é estabelecida por meio do sacrifício de Jesus na cruz e é
caracterizada pela graça e pelo perdão. Em contraste, a Antiga Aliança,
representada pelas leis e práticas do Antigo Testamento, que se baseava na
obediência às leis cerimoniais e morais.

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Com a vinda de Cristo, uma nova dispensação é inaugurada, na qual a
salvação é oferecida pela graça mediante a fé em Jesus, não pela observância
rigorosa da Lei ou pela pratica de obras.
3. Expansão da Comunidade Cristã: O ensinamento de Jesus e dos apóstolos
também inclui a expansão da comunidade cristã para além das fronteiras
étnicas e culturais de Israel. Isso significa que os gentios, anteriormente
considerados impuros de acordo com as leis judaicas, são agora recebidos
na comunidade cristã sem a necessidade de circuncisão ou observância das
leis cerimoniais judaicas. Isso reflete uma mudança na compreensão da
identidade do povo de Deus, que agora é caracterizada pela fé em Cristo,
não pela ascendência étnica ou pela observância das práticas religiosas.

Esses princípios mostram que, com a revelação progressiva de Deus ao longo


da história bíblica, houve uma mudança na ênfase e na aplicação das leis e
práticas religiosas, à medida que Deus revelava mais plenamente seu plano de
salvação por meio de Jesus Cristo.

3 – A importância de ouvir o Espírito Santo e principalmente se deixar


conduzir por ele.

¹¹ "Na mesma hora chegaram à casa em que eu estava hospedado três homens
que me haviam sido enviados de Cesaréia.

¹² O Espírito me disse que não hesitasse em ir com eles. Estes seis irmãos
também foram comigo, e entramos na casa de um certo homem.

Primeiro vemos Pedro sendo exortado 3 vezes para aceitar a mensagem que a
visão do lençol queria lhe passar, já em seguida vemos Pedro obedecendo o
Espirito Santo sem hesitar.

1. Guia para a Verdade: Jesus ensinou que o Espírito Santo é o


"Consolador" ou "Advogado" que Ele enviaria para guiar os crentes na
verdade (João 14:26). O Espírito Santo nos ajuda a compreender e aplicar
os ensinamentos de Jesus em nossas vidas.

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João 14:26: Mas aquele Consolador, o aEspírito Santo, que o Pai enviará em
meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto
vos tenho dito.

2. Ajuda na Oração: Paulo ensina que o Espírito Santo intercede por nós
em nossas fraquezas e nos ajuda em nossas orações (Romanos 8:26-
27). Ele nos ajuda a orar de acordo com a vontade de Deus, mesmo
quando não sabemos como orar corretamente.

Romanos 8:26-27: E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas


fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que
examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo
Deus intercede pelos santos.

3. Transformação Interior: O Espírito Santo trabalha em nós para produzir


frutos espirituais, como amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade,
mansidão e autocontrole. Ele nos transforma à imagem de Cristo e nos
capacita a viver vidas que glorificam a Deus.

4. Discernimento espiritual: O Espírito Santo nos concede discernimento


espiritual para entender as coisas de Deus e distinguir entre o bem e o
mal. Ele nos ajuda a discernir falsas doutrinas e nos capacita a tomar
decisões sábias e justas.
5. Unidade do Corpo de Cristo: O Espírito Santo une os crentes em uma
comunidade de fé, a igreja. Ele concede dons espirituais aos crentes para
edificação mútua e para a obra do ministério. Ele nos capacita a viver em
harmonia e amor uns pelos outros.
6. Testemunho Eficaz: Jesus prometeu que o Espírito Santo nos
capacitaria a ser suas testemunhas em todo o mundo (Atos 1:8). Ele nos

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dá coragem, sabedoria e poder para proclamar o evangelho e fazer
discípulos de todas as nações.

Atos 1:8 ⁸ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

Em resumo, é importante ouvir o Espírito Santo e se deixar conduzir por Ele


porque Ele é nosso guia, consolador, intercessor e transformador interior. Ele
nos capacita a viver vidas que glorificam a Deus, discernir a vontade divina e
testemunhar o amor de Cristo ao mundo.

4 – Porque Pedro tinha que levar a mensagem a Cornélio, se o próprio Anjo


poderia ter dado a mensagem da salvação de forma direta, sendo o Anjo
uma prova da existência de Deus – (Ponto para reflexão: A mensagem ou
lição era mesmo para Cornélio ou o principal destinatário do proposito de
Deus seria Pedro).

¹³ Ele nos contou como um anjo lhe tinha aparecido em sua casa e dissera:
‘Mande buscar, em Jope, a Simão, chamado Pedro.

¹⁴ Ele lhe trará uma mensagem por meio da qual serão salvos você e todos os
da sua casa’.

A história de Pedro e Cornélio, encontrada em Atos dos Apóstolos, capítulo 10,


oferece insights sobre por que Pedro foi escolhido para levar a mensagem da
salvação a Cornélio, em vez de o próprio anjo fazê-lo diretamente. Aqui estão
algumas razões possíveis:

1. Papel dos seres humanos na divulgação do Evangelho: Ao longo da


Bíblia, vemos que Deus frequentemente escolhe usar pessoas como
instrumentos para comunicar sua mensagem e realizar sua vontade. Isso

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reflete a natureza do relacionamento de Deus com a humanidade, onde
ele nos convida a participar de seu plano de redenção e salvação.
2. Pedro como líder da igreja primitiva: Pedro era uma figura central na
igreja primitiva e um dos apóstolos mais proeminentes. Sua aceitação de
Cornélio, um gentio, foi um passo crucial na expansão da fé cristã para
além do judaísmo. Ao escolher Pedro para essa tarefa, Deus demonstrou
que a mensagem do Evangelho era para todas as pessoas,
independentemente de sua origem étnica.
3. Ação divina e humana combinadas: Embora o anjo pudesse ter
entregado a mensagem diretamente a Cornélio, Deus escolheu usar
Pedro como parte do processo. Isso não diminui a ação divina, mas
mostra como Deus frequentemente trabalha por meio de instrumentos
humanos para realizar seus propósitos.
4. Testemunho e relacionamento pessoal: Ao enviar Pedro a Cornélio,
Deus permitiu que houvesse um encontro pessoal entre os dois, o que
permitiu um relacionamento significativo e a oportunidade de testemunhar
do poder de Deus na vida de Pedro e de Cornélio. Isso pode ter sido mais
eficaz do que uma mensagem puramente sobrenatural.

Em resumo, a escolha de Pedro para levar a mensagem a Cornélio reflete a


maneira como Deus frequentemente trabalha através de pessoas para realizar
seus propósitos, bem como a importância do relacionamento humano e do
testemunho pessoal na divulgação do Evangelho.

5 – Avaliar a ação do Espírito Santo ter sido derramado sobre os gentios da


MESMA FORMA que ocorreu em atos 2 – no pentecostes.

¹⁵ "Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós
no princípio.

¹⁶ Então me lembrei do que o Senhor tinha dito: ‘João batizou com água, mas
vocês serão batizados com o Espírito Santo’.

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¹⁷ Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que nos dera quando cremos no Senhor
Jesus Cristo, quem era eu para pensar em opor-me a Deus? "

¹⁸ Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo:


"Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios ! "

- Ou Seja : Nem o nosso arrependimento é fruto de nós mesmo, ele é


concedido por Deus.

Ao avaliarmos a ação do Espírito Santo sendo derramado sobre os gentios da


mesma forma que ocorreu em Atos 2 envolve considerar os paralelos e as
diferenças entre esses dois eventos. Aqui está uma análise:

1. Derramamento do Espírito Santo: Tanto em Atos 2 quanto em Atos 10,


há um claro derramamento do Espírito Santo sobre um grupo específico
de pessoas. Em Atos 2, o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos
reunidos no Dia de Pentecostes, enquanto em Atos 10, o Espírito Santo
foi derramado sobre os gentios reunidos na casa de Cornélio.

2. Manifestações sobrenaturais: Em ambos os eventos, há manifestações


visíveis e audíveis do Espírito Santo. Em Atos 2, houve o som de um vento
impetuoso e línguas de fogo que pousaram sobre cada um dos discípulos,
e eles começaram a falar em outras línguas. Em Atos 10, os gentios
começaram a falar em línguas e glorificar a Deus depois de receberem o
Espírito Santo.

3. Testemunho e proclamação do Evangelho: Após receberem o Espírito


Santo, tanto os discípulos em Atos 2 quanto os gentios em Atos 10 foram
capacitados a testemunhar e proclamar o Evangelho. Em ambos os
casos, houve um impacto significativo na disseminação da mensagem
cristã.

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6 – Qual o significado teológico da abertura aos gentios, incluindo a
universalidade do Evangelho e a igualdade na salvação em Cristo.

¹⁹ Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com


a morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a
mensagem apenas aos judeus.

²⁰ Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a


falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor
Jesus.

²¹ A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao


Senhor.

A abertura aos gentios, como vemos sendo retratada, tem um significado


teológico profundo e abrangente e destaca a universalidade do Evangelho e a
igualdade na salvação em Cristo. E os aspectos mais relevantes são :

1. Universalidade do Evangelho: A aceitação dos gentios na comunidade


cristã demonstra que o Evangelho não é exclusivo para uma nação ou
grupo étnico específico ou pessoas selecionadas, mas é para todas as
pessoas, de todas as culturas e origens. Isso reflete a vontade de Deus
de que todas as nações sejam alcançadas pela mensagem de salvação
em Jesus Cristo.

O versículo que você está procurando é encontrado em Mateus 9:12, onde


Jesus diz: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes." - Essa
declaração de Jesus ocorre em resposta aos fariseus, que questionaram por que

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Ele estava comendo com pecadores e publicanos. Jesus respondeu que veio
para chamar não os justos, mas os pecadores ao arrependimento (Mateus 9:13).
Essa passagem destaca a compaixão de Jesus pelos pecadores e
marginalizados, enfatizando que Ele veio para buscar e salvar os perdidos
(Lucas 19:10).

2. Cumprimento das Promessas do Antigo Testamento: A inclusão dos


gentios na salvação por meio de Cristo é vista como o cumprimento das
promessas feitas a Abraão de que todas as nações seriam abençoadas
por meio de sua descendência. Essa inclusão dos gentios também é
prevista pelos profetas do Antigo Testamento, como Isaías, que profetizou
que a luz de Deus se estenderia às nações (Isaías 49:5,6).

Isaías 49:5-6 (NVI): Agora, porém, diz o SENHOR, aquele que me formou no
ventre para ser o seu servo, para trazer de volta Jacó e reunir Israel a ele, pois
sou honrado aos olhos do SENHOR, e o meu Deus tem sido a minha força; ele
diz: “Para você, é coisa diminuta ser o meu servo para restaurar as tribos de
Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei. Também farei de você
uma luz para os gentios, para que você leve a minha salvação até os confins da
terra”.

3. Unidade em Cristo: A aceitação dos gentios na comunidade cristã


enfatiza a unidade que é encontrada em Cristo. Em Cristo, não há mais
distinção entre judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres;
todos são um em Cristo Jesus (Gálatas 3:28). Isso reflete a ideia de que

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todos os crentes são membros do mesmo corpo de Cristo,
independentemente de sua origem étnica ou social (1 Coríntios 12:13).
4. Igualdade na Salvação em Cristo: A aceitação dos gentios na
comunidade cristã ressalta a igualdade na salvação em Cristo. A salvação
não é obtida por meio de obras da lei ou por mérito humano, mas é um
dom de Deus concedido pela graça mediante a fé em Jesus Cristo
(Efésios 2:8-9). Todos os crentes, judeus e gentios, são salvos pela
mesma graça e estão em pé de igualdade diante de Deus.
5. Testemunho do Amor e Misericórdia de Deus: A aceitação dos gentios
na comunidade cristã é um poderoso testemunho do amor e da
misericórdia de Deus para com toda a humanidade. Ele mostra que Deus
deseja que todos sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade (1
Timóteo 2:4), e que seu amor se estende a todos, sem distinção.

Em resumo, a abertura aos gentios na comunidade cristã tem implicações


profundas para a compreensão da universalidade do Evangelho, a igualdade na
salvação em Cristo e o testemunho do amor e da misericórdia de Deus para com
toda a humanidade. Essa inclusão reflete os propósitos redentores de Deus para
toda a criação e demonstra a amplitude e a profundidade de sua graça salvadora.

7 – A ida de Barnabé a Antioquia e sua missão junto a Paulo.

²² Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles


enviaram Barnabé a Antioquia.

²³ Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a


permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração.

²⁴ Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas
foram acrescentadas ao Senhor.

²⁵ Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo

²⁶ e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro


Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia,
os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos.

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A igreja de Jerusalém enviou Barnabé a Antioquia devido à necessidade de
fortalecer e encorajar a comunidade cristã em Antioquia. Barnabé, que era um
líder respeitado na igreja primitiva, foi enviado para ajudar a ensinar, discipular e
fortalecer os novos convertidos em Antioquia. Além disso, a igreja de Jerusalém
reconheceu a importância de estabelecer uma conexão e comunhão entre as
diferentes comunidades cristãs, e enviou Barnabé como um representante para
fortalecer os laços entre Jerusalém e Antioquia.

Barnabé foi a Tarso procurar Saulo porque reconheceu o potencial e a


importância do ministério de Saulo (que mais tarde seria conhecido como Paulo)
para a obra de Deus. Saulo era um fariseu convertido que havia tido uma
experiência poderosa com Jesus Cristo e se tornara um ardente defensor da fé
cristã.

Barnabé, que já tinha uma relação de confiança com Saulo, sabia que ele
poderia contribuir significativamente para o trabalho em Antioquia. Além disso,
Barnabé sabia que a presença e o ensino de Saulo seriam valiosos para
fortalecer e ensinar a comunidade cristã em Antioquia.

Portanto, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo para convidá-lo a se juntar a ele em
Antioquia, a fim de trabalharem juntos no ministério e na expansão do evangelho
naquela região. Juntos, Barnabé e Saulo desempenhariam papéis fundamentais
na propagação do cristianismo e no estabelecimento de igrejas em várias
regiões.

8 – Os profetas em Antioquai e a professia de Agabo

²⁷ Naqueles dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia.

²⁸ Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome
sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de
Cláudio.

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²⁹ Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram
providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judéia.

³⁰ E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e


Saulo.

Naqueles dias, alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia porque a


cidade de Antioquia era um importante centro para a expansão do cristianismo
na época. Os profetas desempenhavam um papel crucial na igreja primitiva, pois
eram responsáveis por transmitir mensagens de Deus, ensinar, encorajar e
edificar a comunidade cristã.

A descida dos profetas de Jerusalém para Antioquia pode ter sido motivada pela
necessidade de fortalecer e orientar a comunidade cristã local, bem como de
confirmar e validar o trabalho que estava sendo realizado ali. A presença dos
profetas era vista como uma bênção e uma confirmação divina do trabalho que
estava sendo realizado em Antioquia.

Além disso, a vinda dos profetas de Jerusalém para Antioquia também


simbolizava a unidade e comunhão entre as diferentes comunidades cristãs,
mostrando que a igreja primitiva estava conectada e buscava crescer e se
fortalecer mutuamente.

A revelação do período de fome a Ágabo pode ter diversas razões, de acordo


com a vontade e propósito de Deus naquela situação específica. Aqui estão
algumas possíveis razões:

1. Advertência e preparação: A revelação da fome poderia servir como um


aviso para que os cristãos se preparassem e tomassem medidas para
ajudar aqueles que seriam afetados. Isso demonstra a preocupação de
Deus com o bem-estar de Seu povo e a importância de agir em
solidariedade e amor ao próximo.

2. Testemunho da veracidade da profecia: Ao revelar antecipadamente


um evento futuro, como a fome, Deus demonstra Sua soberania e o dom
de profecia em ação. Isso fortalece a fé dos crentes e mostra que Deus
está no controle de todas as coisas.

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3. Oportunidade de demonstrar generosidade e compaixão: A revelação
da fome poderia ser uma oportunidade para os cristãos demonstrarem
generosidade, compaixão e solidariedade uns com os outros. Isso
fortalece a comunhão na igreja e reflete os princípios do Reino de Deus.

4. Cumprimento das Escrituras: A fome profetizada por Ágabo poderia


estar alinhada com as profecias do Antigo Testamento ou com o plano
divino para aquela época específica. Deus muitas vezes usa profecias
para cumprir Seus propósitos e revelar Sua vontade aos Seus servos.

A revelação do período de fome a Ágabo pode ter sido para advertência,


preparação, fortalecimento da fé, oportunidade de ação e cumprimento dos
planos divinos naquela situação específica.

A profecia de Ágabo destaca a importância dos dons proféticos na igreja primitiva


e como essas revelações ajudaram a orientar e fortalecer a comunidade cristã
em momentos de desafio e dificuldade.

Conclusão:

• Recapitulação da importância do capítulo 11 de Atos dos Apóstolos na


expansão do Cristianismo e na compreensão da vontade de Deus para a
salvação de todos os povos.

Esses episódios de Atos 11 desempenha um papel crucial na expansão do


Cristianismo e na compreensão da vontade de Deus para a salvação de TODOS.

Tendo uma narrativa é significativa por várias razões:

1. Superanção de Barreiras Culturais e Étnicas: Pedro, um judeu,


inicialmente relutante em associar-se com os gentios, devido às
diferenças culturais e étnicas. No entanto, após receber uma visão de
Deus e testemunhar o derramamento do Espírito Santo sobre os gentios
na casa de Cornélio, Pedro percebe que o Evangelho é para todas as
pessoas, independentemente de sua origem étnica ou cultural. Isso marca

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um momento crucial na história do Cristianismo, mostrando a superação
de barreiras culturais e étnicas na comunidade cristã primitiva.

2. Expansão do Evangelho: A aceitação dos gentios na comunidade cristã


primitiva impulsionou significativamente a expansão do Evangelho além
das fronteiras judaicas. Isso permitiu que o Cristianismo se tornasse uma
fé verdadeiramente global, abrangendo pessoas de diferentes origens
étnicas, culturais e linguísticas.

3. Revelação da Vontade de Deus: A experiência de Pedro com Cornélio


e sua família não apenas demonstra a expansividade do Evangelho, mas
também revela a vontade de Deus para a salvação de todos os povos.
Essa história enfatiza que Deus não mostra favoritismo, mas deseja que
todos se arrependam e sejam salvos, independentemente de sua raça ou
nacionalidade.

Atos 11 deixa um desafio a todos nós, para aplicarmos as lições de


abertura do evangelho aqueles que não consideramos dignos, inclusão e
amor mútuo em suas próprias vidas e comunidades cristãs.

Aplicar as lições de abertura, inclusão e amor mútuo nas próprias vidas e


comunidades cristãs pode ser um desafio, mas é fundamental para viver os
princípios do Evangelho de maneira autêntica e transformadora de modo a
refletirmos sobre:

1. Autoexame e Arrependimento: O primeiro passo é reconhecer e refletir


sobre quaisquer atitudes ou comportamentos que possam estar
contribuindo para a exclusão ou divisão dentro da comunidade. Isso
requer humildade e disposição para examinar sinceramente o coração em
busca de áreas que precisam ser transformadas pela graça de Deus.

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2. Cultivar a Empatia e a Compaixão: Para praticar a abertura e a inclusão,
é essencial desenvolver uma mentalidade de empatia e compaixão em
relação aos outros. Isso significa estar disposto a compreender as
experiências, perspectivas e necessidades das pessoas que são
diferentes de nós, e responder com amor e cuidado genuínos.

3. Promover a Inclusão: Ativamente buscar oportunidades para promover


a inclusão em todos os aspectos da vida da comunidade, seja na
adoração, no serviço ou nas relações interpessoais. Isso pode envolver a
criação de espaços seguros e acolhedores para pessoas de diferentes
origens étnicas, culturais, socioeconômicas e etc.

4. Praticar o Perdão e a Reconciliação: Reconhecer que o perdão e a


reconciliação são fundamentais para a construção de relacionamentos
saudáveis e para superar divisões e conflitos. Isso requer disposição para
perdoar aqueles que nos magoaram e buscar ativamente a reconciliação,
seguindo o exemplo de Cristo em sua obra redentora

5. Compromisso com a Justiça e a Equidade: Trabalhar ativamente pela


justiça e pela equidade em nossa sociedade, defendendo os direitos e a
dignidade de todos os seres humanos, especialmente dos
marginalizados e oprimidos. Isso significa estar disposto a desafiar
estruturas e sistemas injustos e trabalhar para criar uma comunidade mais
justa e compassiva.

Em resumo, aplicar as lições de abertura, inclusão e amor mútuo em nossas


próprias vidas e comunidades cristãs requer um compromisso contínuo com o
crescimento espiritual, a transformação pessoal e o serviço altruísta aos outros.
É um desafio que exige dedicação, coragem e fé, mas que também traz bênçãos
abundantes e alegria duradoura àqueles que o abraçam.

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