ENEM - Dia 1

02
SPP 03 - 1º
1O DIA
DIA
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA
PROVA DE
DE LINGUAGENS,
LINGUAGENS, CÓDIGOS
CÓDIGOS E
E SUAS
SUAS TECNOLOGIAS
TECNOLOGIAS EE REDAÇÃO
REDAÇÃO
PROVA
PROVADE
DECIÊNCIAS
CIÊNCIASHUMANAS
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
TECNOLOGIAS
enem2024
202 em
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4
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CADERNO
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BRANCO
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AMARELO
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1O DIA 1O DIA 1O DIA 1O DIA 1O DIA

24 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 EN
24 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 EN
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafiausual,
com sua caligrafia usual,considerando
considerando as
as letras
letras maiúsculas
maiúsculaseeminúsculas,
minúsculas,aaseguinte
seguintefrase:
frase:
Saudade é canto magoado.
Encare cada desafio como uma chance de crescimento.
LEIA
LEIA ATENTAMENTE
ATENTAMENTE AS
AS INSTRUÇÕES
INSTRUÇÕES SEGUINTES:
SEGUINTES:
1.1. Este
EsteCADERNO
CADERNO DEDEQUESTÕES
QUESTÕES contém
contém 90 90
questões
questões numeradas
numeradas de 01dea01
90ae90
a Proposta de Redação,
e a Proposta de Re-
dispostas da seguinte maneira:
dação, dispostas da seguinte maneira:
a)a)questões
questõesdedenúmero
número0101a a45, 45,relativas
relativasà àárea
áreadedeLinguagens,
Linguagens,Códigos
Códigose esuas
suasTecnologias;
Tecnologias;
b)b)Proposta
PropostadedeRedação;
Redação;
c)c)questões
questõesdedenúmero
número4646a a90, 90,relativas
relativasà àárea
áreadedeCiências
CiênciasHumanas
Humanase esuassuasTecnologias.
Tecnologias.
ATENÇÃO:
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deveráresponder
as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responderapenas
apenas
àsàsquestões
questõesrelativas
relativasà àlíngua
línguaestrangeira
estrangeira(inglês
(inglêsououespanhol)
espanhol)escolhida
escolhidanonoato
atodedesuasuainscrição.
inscrição.
2.2. Confira
Confirasese a quantidade
a quantidade e aeordem
a ordem
das das questões
questões do seu do CADERNO
seu CADERNO DE QUESTÕES
DE QUESTÕES estão
estão de de
acordo
acordo
com com as instruções
as instruções anteriores. anteriores. Caso o esteja
Caso o caderno caderno esteja incompleto,
incompleto, tenhaou
tenha defeito defeito ou apresente
apresente qualquer
qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.tome as providências cabíveis.
3.
3. ParaParacada
cada umauma dasdasquestões
questões objetivas, sãosão
objetivas, apresentadas 5 opções.
apresentadas ApenasApenas
5 opções. uma responde correta-
uma responde
mente à questão.
corretamente à questão.
4. OOtempo
4. tempodisponível
disponívelparaparaestas
estasprovas cincohoras
provasé édedecinco horase etrinta
trintaminutos.
minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados
6. Os narascunhos
avaliação.e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
7.8. Somente
Quando serão
terminarcorrigidas
as provas,as redações
acene para transcritas
chamar o naaplicador
FOLHA DE REDAÇÃO.
e entregue este CADERNO DE QUES-
8. Quando terminar as provas, acene para
TÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
9. Você poderá
poderá levardeixar o local deDE
seu CADERNO prova somente ao
QUESTÕES após decorridas
deixar duas ahoras
em definitivo doprova
sala de inícionos
da 30
aplicação
minutose
poderá levar seu CADERNO
que antecedem o término das provas.DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos
que antecedem o término das provas.
*010275AM1*
enem2024
Exame Nacional do Ensino Médio
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 02
ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024 ENEM 2024
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês) Turning Brown
QUESTÃO 01 A four-year-old boy was eating an apple in the

back seat of the car, when he asked, “Daddy, why is my
Steve Jobs: A life Remembered 1955-2011 apple turning brown?”
Readersdigest.ca takes a look back at Steve Jobs, and “Because,” his dad explained, “after you ate the
his contribution to our digital world. skin off, the meat of the apple came into contact with
the air, which caused it to oxidize, thus changing the
CEO. Tech-Guru. Artist. There are few corporate molecular structure and turning it into a different color.”
figures as famous and well-regarded as former-Apple There was a long silence. Then the son asked
CEO Steve Jobs. His list of achievements is staggering, softly, “Daddy, are you talking to me?”
and his contribution to modern technology, digital media,
and indeed the world as a whole, cannot be downplayed. Disponível em: http://hayspost.com. Acesso em: 10 nov. 2011.
With his passing on October 5, 2011,
readersdigest.ca looks back at some of his greatest Considerando os participantes da conversa nessa piada,
achievements, and pays our respects to a digital pioneer nota-se que o efeito de humor é obtido em função
who helped pave the way for a generation of technology,
and possibilities, few could have imagined. A da dificuldade que o pai estava enfrentando para dar
uma resposta ao filho.
Disponível em: www.readersdigest.ca. B de o pai dizer que a maçã tem carne e que muda de
Acesso em: 25 fev. 2012.
cor em contato com o ar.
Informações sobre pessoas famosas são C de um menino de quatro anos entender uma explica-
recorrentes na mídia, divulgadas de forma impressa ou ção científica sobre a oxidação.
virtualmente. D do fato de a criança não saber por que a maçã que
estava comendo era marrom.
Em relação a Steve Jobs, esse texto propõe E da escolha inadequada do tipo de linguagem para se
A expor as maiores conquistas da sua empresa. conversar com uma criança.
B descrever suas criações na área da tecnologia. QUESTÃO 03
C enaltecer sua contribuição para o mundo digital.
D lamentar sua ausência na criação de novas tecnologias. My brother the star, my mother the earth
E discutir o impacto de seu trabalho para a geração digital. my father the sun, my sister the moon,
to my life give beauty, to my
body give strength, to my corn give
goodness, to my house give peace, to
my spirit give truth, to my elders give
wisdom.
Disponível em: www.blackhawkproductions.com. Acesso em: 8 ago. 2012.
Produções artístico-culturais revelam visões de mundo

próprias de um grupo social. Esse poema demonstra a
estreita relação entre a tradição oral da cultura indígena
norte-americana e a
A transmissão de hábitos alimentares entre gerações.
B dependência da sabedoria de seus ancestrais.
C representação do corpo em seus rituais.
D importância dos elementos da natureza.
E preservação da estrutura familiar.
2 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

enem2024
QUESTÃO 04 QUESTÃO 05
Orientações à população são encontradas também em

sites oficiais. Ao clicar no endereço eletrônico mencio-
nado no cartaz disponível na internet, o leitor tem acesso
aos(às)
A ações do governo local referentes a calamidades.
B relatos de sobreviventes em tragédias marcantes.
C tipos de desastres naturais possíveis de acontecer.
Implementar políticas adequadas de alimentação e nu-
D informações sobre acidentes ocorridos em Connecticut.
trição é uma meta prioritária em vários países do mundo.
E medidas de emergência a serem tomadas em A partir da campanha If you can’t read it, why eat it?, os
catástrofes. leitores são alertados para o perigo de
A acessarem informações equivocadas sobre a formu-
lação química de alimentos empacotados.
B consumirem alimentos industrializados sem o inte-
resse em conhecer a sua composição.
C desenvolverem problemas de saúde pela falta de co-
nhecimento a respeito do teor dos alimentos.
D incentivarem crianças a ingerirem grande quantidade
de alimentos processados e com conservantes.
E ignorarem o aumento constante da obesidade cau-
sada pela má alimentação na fase de desenvolvimento
da criança.
enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 3

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS del Uruguay al candombe, caracterizado por el toque
Questões de 01 a 05 (opção espanhol) de los tambores denominados chico, repique y piano,
su danza y canto, creado por los afrouruguayos a partir
QUESTÃO 01
del legado ancestral africano, sus orígenes rituales y su
Emigrantes contexto social como comunidad.”
ANDRADE, S. Disponível em: http://alainet.org.

En todo emigrante existen dos posibles Acesso em: 22 fev. 2012 (adaptado).
actitudes vitales: una la de considerar su experiencia
como aventura pasajera, vivir mental y emocionalmente O status atual do candombe, resultante de um conjunto
en la patria de origen, cultivando su nostalgia, y definir de mudanças ocorridas no país, contrasta com um
la realidad presente por comparación con el mundo que passado marcado por preconceitos. Segundo o texto,
se ha dejado; la otra es vivir el presente tal como viene esse status se deve à
dado, proyectarlo en el futuro, cortar raíces y dominar
nostalgias, sumergirse en la nueva cultura, aprendería A definição dada por dicionários atuais.
y asimilaría. El drama personal del emigrante reside en B receptividade crescente pela sociedade.
el hecho de que casi nunca es posible esa elección en C crítica às festas barulhentas.
términos absolutos y, al igual que el mestizo, se siente D conservação da herança africana.
parte de dos mundos sin integrarse por completo en uno
de ellos con exclusión del otro.
E visão da dança como obscena.
QUESTÃO 03
DEL CASTILLO, G. C. “América hispánica” (1492-1892). In: DE
LARA, M. T. Historia de España. Barcelona: Labor, 1985.
Caña
O texto apresenta uma reflexão sobre a condição do
imigrante, o qual, para o autor, tem de lidar com o dilema El negro
da junto al cañaveral.
El yanqui sobre el cañaveral.
A constatação de sua existência no entre-lugar. La tierra
B instabilidade da vida em outro país. bajo el cañaveral.
C ausência de referências do passado. !Sangre
que se nos va!
D apropriação dos valores do outro.
E ruptura com o país de origem. GUILLÉN, N. Sóngoro cosongo. Disponível em: www.cervantesvirtual.
com. Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento).
QUESTÃO 02
Nesse poema de Nicolás Guillén, no qual o poeta reflete
El candombe es participación sobre o plantio de cana-de-açúcar na America Latina, as
preposições junto, sobre e bajo são usadas para indicar
Bastaría nombrar al tambor en nuestro país, y ya metaforicamente
estaría implícita la referencia al candombe, patrimônio
cultural uruguayo y, desde setiembre del 2009, A desordens na organização da lavoura de cana-de-
Patrimonio Inmaterial de la Humanidad, reconocido por açúcar.
las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la B relações diplomáticas entre os países produtores de
Cultura – Unesco. Proceso que se remonta a la época
cana-de-açúcar.
colonial, cuando era tenido como un mero baile de negros
esclavos, ruidoso y obsceno, definición que toman incluso
C localidades da América Latina nas quais a cana-de-
algunos diccionarios antiguos y no tanto, viéndolo como -açúcar e cultivada.
divertimento de pésima categoría por su procedencia D relações sociais dos indivíduos que vivem do plantio
racial. Esto fue cambiando merced al combate sin tregua da cana-de-açúcar.
a los prejuicios, siempre en crecimiento su aceptación E funções particulares de cada profissional na lavoura
por el conjunto de la sociedad, hasta llegar a nuestros
da cana-de-açúcar.
días, cuando el Gobierno progresista en el 2006
promovió la ley 18059, consagrando los 3 de diciembre
como Día del Candombe, la Cultura Afrouruguaya y
la Equidad Racial, que en su artículo 5to y final dice:
“Declárese patrimonio cultural de la República Oriental

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Desde Nápoles hasta Johannesburgo, desde
Buenos Aires hasta Barcelona, los actos de xenofobia
y racismo indican que nos encontramos ante un fe-
nómeno global. Definida por la Real Academia de la
Lengua como el “odio, repugnancia y hostilidad a los
extranjeros”, la xenofobia va de la mano con los flujos
migratorios por razones económicas o ambientales, y
el desplazamiento forzado provocado por los conflictos
armados internos y las guerras. El otro, el que viste,
habla y tiene otra cultura y una religión diferente es
visto con sospecha, desconfianza y temor en los países
del llamado primer mundo. Los políticos de derecha y
los grandes medios “ensalzan lo propio y denigren lo
ajeno” contribuyendo a crear un clima de miedo y odio
hacia el extraño y desconocido.
TAMAYO, G. E. Disponível em: www.alainet.org. Acesso em: 23 fev. 2012.
No texto, a relação entre o fenômeno discriminatório e

a postura de políticos de direita e de grandes meios de
comunicação tem a função de
A denunciar as práticas que encobrem as diferenças.
B tornar públicas as razões econômicas da xenofobia.
O texto publicitário objetiva a adesão do público a uma C criticar aqueles que favorecem a aparição do medo.
campanha ambiental. A relação estabelecida entre o D reclamar das atitudes tomadas pelos países
enunciado “Lo que le haces al planeta, te lo haces a ti” desenvolvidos.
e os elementos não verbais pressupõe que as atitudes E apontar as causas que determinam os fluxos
negativas do homem para com o planeta
migratórios.
A aceleram o envelhecimento da pele.
B provocam a ocorrência de seca.
C aumentam o dano atmosférico.
D prejudicam o próprio homem.
E causam a poluição industrial.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 07
Embora particularidades na produção mediada
QUESTÃO 06
pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso
não significa que as pessoas estejam escrevendo
Conceitos e importância das lutas
errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da
linguagem ao suporte utilizado: “O contexto é que define
Antes de se tomarem esporte, as lutas ou as artes mar-
o registro de língua. Se existe um limite de espaço, natu-
ciais tiveram duas conotações principais: eram pratica-
ralmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria
das com o objetivo guerreiro ou tinham um apelo filo-
no papel”, afirma um professor do Departamento de Lin-
sófico como concepção de vida bastante significativo.
guagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma,
Atualmente, nos deparamos com a grande expansão
é preciso considerar a capacidade do destinatário de
das artes marciais em nível mundial. As raízes orientais
interpretar corretamente a mensagem emitida. No en-
foram se disseminando, ora pela necessidade de luta
tendimento do pesquisador, a escola, às vezes, insiste
pela sobrevivência ou para a defesa pessoal”, ora pela
em ensinar um registro utilizado apenas em contextos
possibilidade de ter as artes marciais como própria filo-
específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que
sofia de vida.
não vê sentido em empregar tal modelo em outras situa-
CARREPO. E.A. Educação Física na Escola: Implicações para a prática ções. Independentemente dos aparatos tecnológicos da
pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (fragmento). atualidade, o emprego social da língua revela-se muito
mais significativo do que seu uso escolar, conforme res-
Um dos problemas da violência que está presente prin- salta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A
cipalmente nos grandes centros urbanos são as brigas dinâmica da língua oral é sempre presente. Não falamos
e os enfrentamentos de torcidas organizadas, além da ou escrevemos da mesma forma que nossos avós”. So-
formação de gangues, que se apropriam de gestos das me-se a isso o fato de os jovens se revelarem os princi-
lutas, resultando, muitas vezes, em fatalidades. Por- pais usuários das novas tecnologias, por meio das quais
tanto, o verdadeiro objetivo da aprendizagem desses conseguem se comunicar com facilidade. A professora
movimentos foi mal compreendido, afinal as lutas ressalta, porém, que as pessoas precisam ter discerni-
mento quanto às distintas situações, a fim de dominar
A se tornaram um esporte, mas eram praticadas com o outros códigos.
objetivo guerreiro a fim de garantir a sobrevivência.
B apresentam a possibilidade de desenvolver o auto- SILVA JR., M. G.; FONSECA. V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51,
set.-nov. 2012 (adaptado).
controle, o respeito ao outro e a formação do caráter.
C possuem como objetivo principal a defesa pessoal Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de infor-
por meio de golpes agressivos sobre o adversário. mação e de comunicação, usos particulares da escrita
D sofreram transformações em seus princípios filosófi- foram surgindo. Diante dessa nova realidade, segundo
cos em razão de sua disseminação pelo mundo. o texto, cabe à escola levar o aluno a
E se disseminaram pela necessidade de luta pela so- A interagir por meio da linguagem formal no contexto
brevivência ou como filosofia pessoal de vida. digital.
B buscar alternativas para estabelecer melhores conta-
tos on-line.
C adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes
suportes tecnológicos.
D desenvolver habilidades para compreender os textos
postados na web.
E perceber as especificidades das linguagens em dife-
rentes ambientes digitais.

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Seu nome define seu destino Antiga viola
“O nome pode ter uma força determinante sobre A minha antiga viola
o seu destino”, diz James Bruning, professor da Univer- Feita de pau de pinhero
sidade de Ohio, nos Estados Unidos, que passou 20 É minha eterna lembrança
anos estudando a psicologia dos nomes. “Na maioria Do meu tempo de violero
das vezes, o impacto vem da expectativa que ele cria A saudade dos fandango
nas demais pessoas. É comum julgarmos alguém com Do meu sertão brasilero.
base no nome, mesmo que isso seja um bocado injusto.” O recortado e catira
Ele cita um exemplo óbvio: espera-se que alguém com Faiz lembrá dos mutirão
nome oriental seja bom em matemática, por isso é pos- O xote alembro as gaúchas
sível que um empregador dê preferência a um nome ja- O churrasco no galpão
ponês para uma vaga de programador. As moda de viola é triste
“O nome próprio da pessoa marca a sua identi- Faiz chorá quem tem paixão.
dade e a sua experiência social, e por isso é um dado O baião é lá do Norte
essencial na sua vida”, diz Francisco Martins, professor Paulista é o cateretê
do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília e Quando escuto Cana-Verde
autor do livro Nome próprio (editora UnB). “Mas não dá Alembro de Tietê
para dizer que ele conduz a um destino específico. É Numa festa do Divino
você que constrói a sua identidade. Existe um processo Que me encontrei com você.
de elaboração, em que você toma posse do nome que A valsa é uma serenata
lhe foi dado. Então, ele pesa, mas não é decisivo.” De Na janela das morena
acordo com Martins, essa apropriação do nome se dá O rasqueado faiz lembrá
em várias fases: na infância, quando se desenvolve a O cantar das siriema
identidade sexual; na adolescência, quando a pessoa Do tempo de boiadero
começa a assinar o nome; no casamento, quando ela Nas madrugada serena.
adiciona (ou não) o sobrenome do marido ao seu. “O Cantei muitos desafio
importante é a pessoa Já fui cabra fandanguero
Na congada já fui rei
CHAMARY, J. V.; GIL, M. A. Knowledge, Jul. 2010. Em todo sertão minero
Hoje só canto a saudade
O título do texto propõe uma discussão em que são Do folclore brasilero.
evocadas as opiniões de dois especialistas. Há a re-
lativização do valor dado ao nome próprio, a qual se TONICO E TINOCO. Cantando para o Brasil, 1963. Disponível em:
configura na http://letras.terra.com.br. Acesso em: 24 set. 2011.
A argumentação desenvolvida pelo professor James A letra da música de Tonico e Tinoco revela que, entre
Bruning. tantas funções da língua, ela contribui para a preserva-
B tese proposta pelo autor do livro Nome próprio, da ção da identidade nacional sertaneja. No texto, o que
editora UnB. caracteriza linguisticamente essa identidade?
C ideia refutada pelos dois professores universitários A O uso de adjetivos qualificadores das experiências
citados no texto. do enunciador.
D ideia defendida pelo professor Francisco Martins, que B O emprego de palavras contrárias à destruição da
endossa a proposição do professor James Bruning. natureza.
E hipótese apresentada pelo professor James Bruning, C As escolhas lexicais caracterizadoras da fala co-
que é confirmada pelo professor Francisco Martins. loquial.
D As palavras sugestivas do caráter romântico do
homem sertanejo.
E A marca pronominal indicativa de um interlocutor
feminino.

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Contam, numa anedota, que certo dia Rui Bar- A última edição deste periódico apresenta mais
bosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quan- uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo
tidade de erros existentes nas placas das casas comer- caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informa-
ciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em ção agora passa pelo problema do material jogado na
dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estrada vicinal que liga o município de Rio Claro ao dis-
estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui trito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a repor-
Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encon- tagem encontrou mais uma forma errada de destinação
trou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso
momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da al- fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram
faiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate pre- o lixo de suas residências e, em vez de um destino cor-
miado, que disse: reto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma si-
– Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”! tuação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para
jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponí- local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo
vel em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012. que não é correto para sua região possa ser para outra.
A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente
A variação linguística afeta o processo de produção dos e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos
sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o
emprego das marcas de variação objetiva errado. Um perigo!
A evidenciar a importância de marcas linguísticas valo- Disponível em: http://jornaldacidade.uol.com.br.
rizadoras da linguagem coloquial. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).
B demonstrar incômodo com a variedade característica
de pessoas pouco escolarizadas. Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notí-
cia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das
C estabelecer um jogo de palavras a fim de produzir
funções sociais desse gênero textual, que é
efeito de humor.
D criticar a linguagem de pessoas originárias de fora A apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo pró-
dos centros urbanos. prio veículo.
E estabelecer uma política de incentivo à escrita correta B chamar a atenção do leitor para temas raramente
das palavras. abordados no jornal.
C provocar a indignação dos cidadãos por força dos ar-
gumentos apresentados.
D interpretar criticamente fatos noticiados e considera-
dos relevantes para a opinião pública.
E trabalhar uma informação previamente apresentada
com base no ponto de vista do autor da notícia.

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QUESTÃO 12 O anúncio publicitário Garoto propaganda e o poema Eu
etiqueta, embora pertençam a gêneros textuais diferen-
TEXTO I tes, abordam a mesma temática, com vistas a
A submeter à crítica do leitor a sujeição a que a socie-

dade é obrigada pelo mercado.
B manifestar desagrado aos anúncios-itinerantes e às
etiquetas impostas pelo mercado.
C descrever minuciosamente o cotidiano do homem
que anuncia desde seu nascimento.
D caracterizar o mercado da moda como elemento de
inserção do homem à sociedade.
E comparar as diversidades de etiquetas e modas exis-
tentes na sociedade capitalista.
QUESTÃO 13
Essa pequena
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra

Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
TEXTO II
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Eu etiqueta
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Não canso de contemplá-la
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Feito avarento, conto os meus minutos
Meu copo, minha xícara,
Cada segundo que se esvai
Minha toalha de banho e sabonete,
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Meu isso, meu aquilo.
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
Às vezes ela pinta a boca e sai
São mensagens,
Fique à vontade, eu digo, take your time
Letras falantes,
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
Gritos visuais,
O blues já valeu a pena
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permanência, CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br.
Indispensabilidade, Acesso em: 31 jun. 2012.
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada. O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva
Estou, estou na moda. do enunciador, trabalhada em uma linguagem informal,
comum na música popular. Observa-se, como marca da
ANDRADE, C. D. Disponível em: http://pensador.uol.com.br. variedade coloquial da linguagem presente no texto, o
Acesso em: 10 nov. 2011 (fragmento).
uso de
A palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso

inusitado no português.
B expressões populares, que reforçam a proximidade
entre o autor e o leitor.
C palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
D formas pronominais em primeira pessoa.
E repetições sonoras no final dos versos.

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Soneto VII TEXTO I
Onde estou? Este sítio desconheço: Um ato de criatividade pode contudo gerar um
Quem fez tão diferente aquele prado? modelo produtivo. Foi o que ocorreu com a palavra sam-
Tudo outra natureza tem tomado; bódromo, criativamente formada com a terminação -(ó)
E em contemplá-lo tímido esmoreço. dromo (= corrida), que figura em hipódromo, autódromo,
cartódromo, formas que designam itens culturais da alta
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço burguesia. Não demoraram a circular, a partir de então,
De estar a ela um dia reclinado: formas populares como rangódromo, beijódromo, came-
Ali em vale um monte está mudado: lódromo.
Quanto pode dos anos o progresso!
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa.
Árvores aqui vi tão florescentes, São Paulo: Publifolha, 2008.
Que faziam perpétua a primavera: TEXTO II
Nem troncos vejo agora decadentes.
Existe coisa mais descabida do que chamar de
Eu me engano: a região esta não era; sambódromo uma passarela para desfile de escolas de
Mas que venho a estranhar, se estão presentes samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de correr,
Meus males, com que tudo degenera! lugar de corrida”, dai as palavras autódromo e hipó-
dromo. É certo que, às vezes, durante o desfile, a escola
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: se atrasa e é obrigada a correr para não perder pontos,
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012. mas não se desloca com a velocidade de um cavalo ou
de um carro de Formula 1.
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação
da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br.
transparece uma Acesso em: 3 ago, 2012.
A angústia provocada pela sensação de solidão. Há nas línguas mecanismos geradores de palavras.
B resignação diante das mudanças do meio ambiente. Embora o Texto II apresente um julgamento de valor
C dúvida existencial em face do espaço desconhecido. sobre a formação da palavra sambódromo, o processo
D intenção de recriar o passado por meio da paisagem. de formação dessa palavra reflete
E empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra. A o dinamismo da língua na criação de novas palavras.
B uma nova realidade limitando o aparecimento de
novas palavras.
C a apropriação inadequada de mecanismos de criação
de palavras por leigos.
D o reconhecimento da impropriedade semântica dos
neologismos.
E a restrição na produção de novas palavras com o ra-
dical grego.

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QUESTÃO 16 Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta
de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam
TEXTO I a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos
textos, constata-se que a(as)
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez
deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me A carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das
que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocen- primeiras manifestações artísticas dos portugueses
tos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas,
em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a
que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa
que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-dispostos, estética literária.
tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito B tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos
agradavam. pintados, cuja grande significação é a afirmação da
arte acadêmica brasileira e a contestação de uma lin-
CASTRO, S. “A carta de Pero Vaz de Caminha”.
Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento). guagem moderna.
C carta, como testemunho histórico-político, mostra o
TEXTO II olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pin-
tura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos
nativos.
D duas produções, embora usem linguagens diferentes
— verbal e não verbal —, cumprem a mesma função
social e artística.
E pintura e a carta de Caminha são manifestações de
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo
momentos histórico, retratando a colonização.
QUESTÃO 17
A charge retrata um comportamento recorrente nos dias

atuais: a insatisfação das pessoas com o peso. No en-
tanto, do ponto de vista orgânico, o peso corporal se
torna um problema à saúde quando
A estimula a adesão à dieta.

B aumenta conforme a idade.
C expressa a inatividade da pessoa.
D provoca modificações na aparência.
E acomete o funcionamento metabólico.

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O seu cérebro é capaz de quase qualquer coisa. Futebol de rua
Ele consegue parar o tempo, ficar vários dias numa boa
sem dormir, ler pensamentos, mover objetos a distância Pelada é o futebol de campinho, de terreno
e se reconstruir de acordo com a necessidade. Pare- baldio. Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudi-
cem superpoderes de histórias em quadrinhos, mas são mentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do
apenas algumas das descobertas que os neurocientis- futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer ter-
tas fizeram ao longo da última década. Algumas dessas reno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Se você é
façanhas sempre fizeram parte do seu cérebro e só brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou fa-
agora conseguimos perceber. Outras são fruto da ciên- lando. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada
cia: ao decifrar alguns mecanismos da nossa mente, os de senhora.
pesquisadores estão encontrando maneiras de realizar Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nos-
coisas que antes pareciam impossíveis. O resultado é talgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas
uma revolução como nenhuma outra, capaz de mudar seriam mais ou menos assim:
não só a maneira como entendemos o cérebro, mas DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio
também a imagem que fazemos do mundo, da realidade da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado
e de quem somos nós. Siga adiante e entenda o que e – nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é
está acontecendo (e aproveite que, segundo uma das jogar-se só no meio da rua.
mais recentes descobertas, nenhum exercício para o DA DURAÇÃO DO JOGO – Até a mãe chamar
seu cérebro é tão bom quanto a leitura). ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos,
até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
KENSKI, R. A revolução do cérebro. Superinteressante, ago. 2006. DA FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de
jogadores em cada equipe varia, de um a setenta para
Nessa introdução de uma matéria de popularização da cada lado.
ciência, são usados recursos linguísticos que estabele- DO JUIZ – Não tem juiz.
cem interação com o leitor, buscando envolvê-lo. Desses DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você
recursos, aquele que caracteriza a persuasão pretendida deve estar brincando.
de forma mais incisiva se dá pelo emprego de(do)
VERISSIMO, L. F. In: Para gostar de ler: crônicas 6.
A pronome possessivo como em “O seu cérebro é São Paulo: Ática, 2002 (fragmento).
capaz de quase qualquer coisa”.
B verbos na primeira pessoa do plural como Nesse trecho de crônica, o autor estabelece a seguinte
relação entre o futebol de rua e o futebol oficial:
“entendemos” e “somos”.
C pronomes em primeira pessoa do plural como “nossa” A As regras do futebol de rua descaracterizam o futebol
e “nós”. de campo, uma vez que entre as duas práticas não
D verbos no modo imperativo como “siga” e “aproveite”. há similaridades.
E estruturas linguísticas avaliativas como “tão bom B As condições materiais do futebol de rua impedem
quanto a leitura”. o envolvimento das pessoas e o caráter prazeroso
desta prática.
C O futebol de rua expressa a possibilidade de autoria
das pessoas para a prática de esporte e de lazer.
D O futebol de rua é necessariamente um futebol de
menor valor e importância em relação ao futebol oficial.
E A ausência de regras formalizadas no futebol de rua
faz com que o jogo seja desonesto em comparação
com o futebol oficial.

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14 coisas que você não deve jogar na privada Anfíbio com formato de cobra é
descoberto no Rio Madeira (RO)
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o Animal raro foi encontrado por biólogos em
que contamina o ambiente e os animais. Também deixa canteiro de obras de usina. Exemplares estão
mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. no Museu Emilio Goeldi, no Pará
Alguns produtos podem causar entupimentos:
O trabalho de um grupo de biólogos no canteiro
- cotonete e fio dental; de obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio
- medicamento e preservativo; Madeira, em Porto Velho, resultou na descoberta de um
- óleo de cozinha; anfíbio de formato parecido com uma cobra. Atretocho-
- ponta de cigarro; ana eiselti é o nome científico do animal raro descoberto
- poeira de varrição de casa; em Rondônia. Até então, só havia registro do anfíbio no
- fio de cabelo e pelo de animais; Museu de História Natural de Viena e na Universidade
- tinta que não seja à base de água; de Brasília. Nenhum deles tem a descrição exata de lo-
- querosene, gasolina, solvente, tíner. calidade, apenas “América do Sul”. A descoberta ocor-
reu em dezembro do ano passado, mas apenas agora
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns foi divulgada.
deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta,
podem ser levados a pontos de coleta especiais, que XIMENES, M. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 1 ago. 2012.
darão a destinação final adequada.
A notícia é um gênero textual em que predomina a
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. função referencial da linguagem. No texto, essa predo-
Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado). minância evidencia-se pelo(a)
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do A recorrência de verbos no presente para convencer o
foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa leitor.
da linguagem, predomina também nele a função refe- B uso da impessoalidade para assegurar a objetividade
rencial, que busca
da informação.
A despertar no leitor sentimentos de amor pela natu- C questionamento do código linguístico na construção
reza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que be- da notícia.
neficiarão a sustentabilidade do planeta. D utilização de expressões úteis que mantêm aberto o
B informar o leitor sobre as consequências da desti- canal de comunicação com o leitor.
nação inadequada do lixo, orientando-o sobre como E emprego dos sinais de pontuação para expressar as
fazer o correto descarte de alguns dejetos. emoções do autor.
C transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mos-
trando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do
texto em relação ao planeta.
D estabelecer uma comunicação com o leitor, procu-
rando certificar-se de que a mensagem sobre ações
de sustentabilidade está sendo compreendida.
E explorar o uso da linguagem, conceituando detalha-
damente os termos utilizados de forma a proporcionar
melhor compreensão do texto.

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Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara Capítulo LIV — A pêndula
o lenço e contemplara por alguns instantes as feições
defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir;
inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada.
Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu
podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal;
livro adúltero [...]. esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida.
outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo Imaginava então um velho diabo, sentado entre dois
rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as sacos, o da vida e o da morte, e a contá-las assim:
lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor — Outra de menos…
calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, — Outra de menos…
onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor — Outra de menos…
moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa. — Outra de menos…
O mais singular é que, se o relógio parava, eu
ASSIS, M. A causa secreta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater
Acesso em: 9 out. 2015. nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes
perdidos. Invenções há, que se transformam ou acabam;
No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e
acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singula- perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol
riza esse procedimento narrativo é o registro do(a) frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber
a hora exata em que morre.
A indignação face à suspeita do adultério da esposa.
Naquela noite não padeci essa triste sensação
B tristeza compartilhada pela perda da mulher amada. de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias
C espanto diante da demonstração de afeto de Garcia. tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras,
D prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio. à semelhança de devotas que se abalroam para ver
E superação do ciúme pela comoção decorrente da o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes
morte. perdidos, mas os minutos ganhados.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro:

Nova Aguilar, 1992 (fragmento).
O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas

revive a sensação do beijo trocado com Virgília, casada
com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio
desconstrói certos paradigmas românticos, porque
A o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em

seus encontros adúlteros.
B como “defunto autor”, Brás Cubas reconhece a inutili-
dade de tentar acompanhar o fluxo do tempo.
C na contagem das horas, o narrador metaforiza o
desejo de triunfar e acumular riquezas.
D o relógio representa a materialização do tempo e re-
direciona o comportamento idealista de Brás Cubas.
E o narrador compara a duração do sabor do beijo à
perpetuidade do relógio.

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Vida obscura Soneto
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro, Oh! Páginas da vida que eu amava,
ó ser humilde entre os humildes seres, Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
embriagado, tonto de prazeres, Ardei, lembranças doces do passado!
o mundo para ti foi negro e duro. Quero rir-me de tudo que eu amava!
Atravessaste no silêncio escuro E que doido que eu fui! como eu pensava

a vida presa a trágicos deveres Em mãe, amor de irmã! em sossegado
e chegaste ao saber de altos saberes Adormecer na vida acalentado
tornando-te mais simples e mais puro. Pelos lábios que eu tímido beijava!
Ninguém te viu o sentimento inquieto, Embora – é meu destino. Em treva densa

magoado, oculto e aterrador, secreto, Dentro do peito a existência finda
que o coração te apunhalou no mundo, Pressinto a morte na fatal doença!
Mas eu que sempre te segui os passos A mim a solidão da noite infinda!

sei que cruz infernal prendeu-te os braços Possa dormir o trovador sem crença.
e o teu suspiro como foi profundo! Perdoa minha mãe – eu te amo ainda!
SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961. AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo bra- A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década
sileiro, Cruz e Sousa transpôs para seu lirismo uma sen- de 1850, período conhecido na literatura brasileira como
sibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da
soneto, essa percepção traduz-se em exacerbação romântica identifica-se com o(a)
A sofrimento tácito diante dos limites impostos pela dis- A amor materno, que surge como possibilidade de sal-
criminação. vação para o eu lírico.
B tendência latente ao vício como resposta ao isola- B saudosismo da infância, indicado pela menção às fi-
mento social. guras da mãe e da irmã.
C extenuação condicionada a uma rotina de tarefas de- C construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas
gradantes. com aparência melancólica.
D frustração amorosa canalizada para as atividades in- D presença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado pelo
telectuais. seu desejo de dormir.
E vocação religiosa manifesta na aproximação com a E fixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o leva a
fé cristã. sentir um tormento constante.

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Quando Deus redimiu da tirania
Da mão do Faraó endurecido
O Povo Hebreu amado, e esclarecido,
Páscoa ficou da redenção o dia.
Páscoa de flores, dia de alegria

Àquele Povo foi tão afligido
O dia, em que por Deus foi redimido;
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia.
Pois mandado pela alta Majestade

Nos remiu de tão triste cativeiro,
Nos livrou de tão vil calamidade.
Quem pode ser senão um verdadeiro

Deus, que veio estirpar desta cidade
O Faraó do povo brasileiro.
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas:

Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de

mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de
Gregório de Matos apresenta temática expressa por
A visão cética sobre as relações sociais.

B preocupação com a identidade brasileira.
C crítica velada à forma de governo vigente.
D reflexão sobre os dogmas do cristianismo.
E questionamento das práticas pagãs na Bahia.
Anúncios publicitários geralmente fazem uso de ele-
mentos verbais e não verbais. Nessa peça publicitária,
a imagem, que simula um manual, e o texto verbal, que
faz uso de uma variedade de língua específica, combi-
nados, pretendem
A fazer a gradação de comportamentos e de atitudes em

termos da gravidade de efeitos da bebida alcoólica.
B aconselhar o leitor da peça publicitária a não “pegar”
a namorada do amigo para o “bicho não pegar”.
C promover a mudança de comportamento dos jovens
em relação ao consumo do álcool e à direção.
D demonstrar que a viagem de ônibus ou de táxi é mais
segura, independentemente do consumo de álcool.
E incentivar a prática da carona em carros de motoris-
tas do sexo feminino.

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O mulato Além da Revolução da Informação
Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramá- O impacto da Revolução da Informação está
tica do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudi- apenas começando. Mas a força motriz desse impacto
mentos de francês e tocava modinhas sentimentais ao não é a informática, a inteligência artificial, o efeito dos
violão e ao piano. Não era estúpida; tinha a intuição per- computadores sobre a tomada de decisões ou a elabo-
feita da virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara ração de políticas ou de estratégias. É algo que pratica-
não ser mais instruída. Conhecia muitos trabalhos de mente ninguém previu, nem mesmo se falava há 10 ou
agulha; bordava como poucas, e dispunha de uma gar- 15 anos: o comércio eletrônico – aparecimento explo-
gantazinha de contralto que fazia gosto de ouvir. sivo da internet como um canal importante, talvez prin-
Uma só palavra boiava à superfície dos seus cipal, de distribuição mundial de produtos, serviços e,
pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transfor- surpreendentemente, de empregos de nível gerencial.
mando-se em tenebrosa nuvem, que escondia todo o Essa nova realidade está modificando profundamente
seu passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as economias, mercados e estruturas setoriais, os produ-
outras ideias. tos e serviços e seu fluxo, a segmentação, os valores
– Mulato! e o comportamento dos consumidores, o mercado de
Esta só palavra explicava-lhe agora todos os trabalho.
mesquinhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão O impacto, porém, pode ser ainda maior nas so-
usara para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas ciedades e nas políticas empresariais e, acima de tudo,
famílias a quem visitara; as reticências dos que lhe fa- na maneira como encaramos o mundo e nós mesmos
lavam de seus antepassados; a reserva e a cautela dos dentro dele. O impacto psicológico da Revolução da In-
que, em sua presença, discutiam questões de raça e de formação, como o da Revolução Industrial, foi enorme.
sangue. Talvez tenha sido mais forte na maneira como as crian-
ças aprendem. Já aos 4 anos (e às vezes até antes), as
AZEVEDO, A. O Mulato. São Paulo: Ática, 1996 (fragmento). crianças desenvolvem habilidades de computação, logo
ultrapassando seus pais. Os computadores são seus
O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Natura- brinquedos e suas ferramentas de aprendizado. Daqui
lismo, vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o a 50 anos, talvez concluamos que não houve nenhuma
narrador expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois crise educacional no mundo – apenas ocorreu uma in-
congruência crescente entre a maneira como as crian-
A relaciona a posição social a padrões de comporta- ças do século XX aprendiam.
mento e à condição de raça.
DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker: obra completa.
B apresenta os homens e as mulheres melhores do que São Paulo: Nobel, 2002.
eram no século XIX.
C mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de O artigo apresenta uma reflexão sobre a Revolução da
saberes entre homens e mulheres. Informação, que assim como a Revolução Industrial,
D ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de provocou impactos significativos nas sociedades con-
temporâneas. Ao tratar da Revolução da Informação o
ascender socialmente.
autor enfatiza que o
E critica a educação oferecida às mulheres e os
maus-tratos dispensados aos negros. A comércio eletrônico é um dos canais mais importan-
tes dessa revolução.
B computador desenvolve na criança uma inteligência
maior que a dos pais.
C aumento no número de empregos via internet é uma
realidade atualmente.
D colapso educacional é fruto de uma incongruência no
ensino do século XX.
E advento da Revolução da Informação causará impac-
tos nos próximos 50 anos.

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As narrativas indígenas se sustentam e se per- E como manejava bem os cordéis de seus títe-
petuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as res, ou ele mesmo, títere voluntário e consciente, como
histórias verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco, como
e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de se desfazia de suas articulações e de seus reflexos
ficção, como aquelas da onça e do macaco). De fato, as quando achava nisso conveniência. Também ele sou-
comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da bera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita de
América do Sul” (o que exclui as montanhas dos Andes, sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade,
por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita de insônia e submissão, de silêncios e rompantes, de
como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata para
escrita do português), sejam ideogramáticos (como a o momento preciso, a frase picante ou obscena no am-
escrita dos chineses) ou outros. Somente nas socieda- biente adequado, o tom humilde diante do superior útil,
des indígenas com estratificação social (ou seja, já divi- o grosseiro diante do inferior, o arrogante quando o po-
didas em classes), como foram os astecas e os maias, deroso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situ-
é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita ações equivocadas, e armar intrigas das quais se saía
parece mesmo mostrar claramente isso: que ela surge sempre bem, e sabia, por experiência própria, que a for-
e se desenvolve - em qualquer das formas - apenas em tuna se ganha com uma frase, num dado momento, que
sociedades estratificadas (sumérios, egípcios, chineses, este momento único, irrecuperável, irreversível, exige
gregos etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, um estado de alerta para sua apropriação.
por exemplo, não empregavam um sistema de escrita,
mas garantiram a conservação e continuidade dos co- RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo.
Rio de janeiro: GRD, 1963 (fragmentado).
nhecimentos acumulados, das histórias passadas e,
também, das narrativas que sua tradição criou, através
da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do
transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram personagem no manejo de discursos diferentes segun-
poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram dos a posição do interlocutor na sociedade. A crítica à
plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando conduta do personagem está centrada
o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as
A Na imagem do títere ou fantoche em que o persona-
morangas e muitas outras mais (e também as desen-
volveram muito; por exemplo, somente do milho criaram gem acaba por se transformar, acreditando dominar
cerca de 250 variedades diferentes em toda a América). os jogos de poder na linguagem.
B Na alusão à falta de articulações e reflexos do per-
D’ANGELIS, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indíge- sonagem, dando a entender que ele não possui o
nas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em:
www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012. manejo dos jogos discursivos em todas as situações.
C No comentário, feito em tom de censura pelo autor,
A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem sobre as frases obscenas que o personagem emite
diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas socie- em determinados ambientes sociais.
dades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou a(o) D Nas expressões que mostram tons opostos nos dis-
A conservação e a valorização dos grupos detentores cursos empregados aleatoriamente pelo personagem
de certos saberes. em conversas com interlocutores variados.
B preservação e a transmissão dos saberes e da me- E No falso elogio à originalidade atribuída a esse perso-
mória cultural dos povos. nagem, responsável por seu sucesso no aprendizado
C manutenção e a reprodução dos modelos estratificadas regras de linguagem da sociedade.
dos de organização social.
D restrição e a limitação do conhecimento acumulado a
determinadas comunidades.
E reconhecimento e a legitimação da importância da
fala como meio de comunicação.

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Sermão da Sexagésima
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pre-

gações, nem tantos pregadores como hoje. Pois se
tanto se semeia a palavra de Deus, como é tão pouco
o fruto? Não há um homem que em um sermão entre
em si e se resolva, não há um moço que se arrependa,
não há um velho que se desengane. Que é isto? Assim
como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua
palavra não é hoje menos poderosa do que dantes era.
Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a pala-
vra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que não
vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta,
tão grande e tão importante dúvida, será a matéria do
sermão. Quero começar pregando-me a mim. A mim
será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar;
a vós, que aprendais a ouvir.
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965.
No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira ques-

tiona a eficácia das pregações. Para tanto, apresenta
como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas
quais têm por objetivo principal vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem
forte influência do rococó europeu e está representada
A provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom
o conteúdo que será abordado no sermão. Jesus de Matosinho, em Congonhas, (MG), esculpido
B conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os em pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente reli-
temas abordados nas pregações. giosa, sua obra revela
C apresentar questionamentos para os quais a Igreja A liberdade, representando a vida de mineiros à pro-
não possui respostas. cura da salvação.
D inserir argumentos à tese defendida pelo pregador B credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres
sobre a eficácia das pregações. de Minas Gerais.
E questionar a importância das pregações feitas pela C simplicidade, demonstrando compromisso com a
Igreja durante os sermões. contemplação do divino.
D personalidade, modelando uma imagem sacra com
feições populares.
E singularidade, esculpindo personalidade do reinado
nas obras divinas.

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QUESTÃO 34 A construção de frases curtas a fim de conferir dinami-
cidade ao texto.
Manter as contas sob controle e as finanças sau- B presença de advérbios de lugar para indicar a pro-
dáveis parece um objetivo inatingível para você? Tenha
gressão dos fatos.
certeza de que você não está sozinho. A bagunça na
vida financeira compromete os sonhos de muita gente C alternância de tempos do pretérito para ordenar os
no Brasil. É por isso que nós lançamos, pelo terceiro acontecimentos.
ano consecutivo, este especial com informações que D inclusão de enunciados com comentários e avalia-
ajudam a encarar a situação de forma prática. Sem ma- ções pessoais.
labarismos – mas com boa dose de disciplina! – é pos- E alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do
sível quitar as dívidas, organizar os gastos, fazer planos
escritor.
de consumo que caibam em seus rendimentos mensais
e estruturar os investimentos para fazer o dinheiro que QUESTÃO 36
sobra render mais.
Ter dinheiro para viver melhor está diretamente Em 1866, tendo encerrado seus estudos na
relacionado a sua capacidade de se organizar e de Escola de Belas Artes, em Paris, Pedro Américo ofere-
eleger prioridades na hora de gastar. Aceite o desafio e ceu a tela A Carioca ao imperador Pedro II, em reconhe-
boa leitura! cimento ao seu mecenas. O nu feminino obedecia aos
cânones da grande arte e pretendia ser uma alegoria fe-
Você S/A, n. 16, 2011 (adaptado).
minina da nacionalidade. A tela, entretanto, foi recusada
por imoral e licenciosa: mesmo não fugindo à regra oito-
No trecho apresentado, são utilizados vários argumen-
centista relativa à nudez na obra de arte, A Carioca não
tos que demonstram que o objetivo principal do produtor
pôde, portanto, ser absorvida de imediato. A sensuali-
do texto, em relação ao público-alvo da revista, é
dade tangível da figura feminina, próxima do orientalismo
A conscientizar o leitor de que ele é capaz de econo- tão em voga na Europa, confrontou-se não somente com
os limites morais, mas também com a orientação estética
mizar.
e cultural do Império. O que chocara mais: a nudez frontal
B levar o leitor a envolver-se com questões de ordem ou um nu tão descolado do que se desejava como nudez
econômica. nacional aceitável, por exemplo, aquela das românticas fi-
C ajudar o leitor a quitar suas dívidas e organizar sua guras indígenas? A Carioca oferecia um corpo simultane-
vida financeira. amente ideal e obsceno: o alto – uma beleza imaterial – e
D persuadir o leitor de que ele não é o único com pro- o baixo – uma carnalidade excessiva. Sugeria uma mis-
tura de estilos que, sem romper com a regra do decoro
blemas financeiros.
artístico, insinuava na tela algo inadequado ao repertório
E convencer o leitor da importância de ler essa edição simbólico oficial. A exótica morena, que não é índia – nem
especial da revista. mulata ou negra – poderia representar uma visualidade
feminina brasileira e desfrutar de um lugar de destaque
QUESTÃO 35 no imaginário da nossa monarquia tropical”?
Em junho de 1913, embarquei para a Europa a OLIVEIRA, C. Disponível em: http://anpuh.org.br. Acesso em: 20 maio 2015.
fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de Cla-
vadel, perto de Davos-Platz, porque a respeito dele me O texto revela que a aceitação da representação do belo
falara João Luso, que ali passara um inverno com a se- na obra de arte está condicionada à
nhora. Mais tarde vim a saber que antes de existir no
lugar um sanatório, lá estivera por algum tempo Antônio A incorporação de grandes correntes teóricas de uma
Nobre. “Ao cair das folhas”, um de seus mais belos so- época, conferindo legitimidade ao trabalho do artista.
netos, talvez o meu predileto, está datado de “Clavadel, B atemporalidade do tema abordado pelo artista, garan-
outubro, 1895”. Fiquei na Suíça até outubro de 1914.
tindo perenidade ao objeto de arte então elaborado.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: C inserção da produção artística em um projeto estético
Nova Aguilar, 1985. e ideológico determinado por fatores externos.
D apropriação que o pintor faz dos grandes temas uni-
No relato de memórias do autor, entre os recursos
versais já recorrentes em uma vertente artística.
usados para organizar a sequência dos eventos narra-
dos, destaca-se a
E assimilação de técnicas e recursos já utilizados por
movimentos anteriores que trataram da temática.

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Blog é concebido como um espaço onde o blo- Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha
gueiro é livre para expressar e discutir o que quiser na mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os ca-
atividade da sua escrita, com a escolha de imagens e belos e eu parti.
sons que compõem o todo do texto veiculado pela inter- Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha
net, por meio dos posts. Assim, essa ferramenta deixa instalação.
de ter como única função a exposição de vida e/ou rotina Ateneu era o grande colégio da época. Afamado
de alguém — como em um diário pessoal —, função por um sistema de nutrido reclame, mantido por um di-
para qual serviu inicialmente e que o popularizou, permi- retor que de tempos a tempos reformava o estabeleci-
tindo também que seja um espaço para a discussão de mento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os
ideias, trocas e divulgação de informações. negociantes que liquidam para recomeçar com artigos
A produção dos blogs requer uma relação de de última remessa; o Ateneu desde muito tinha conso-
troca, que acaba unindo pessoas em torno de um ponto lidado crédito na preferência dos pais, sem levar em
de interesse comum. A força dos blogs está em possibi- conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações
litar que qualquer pessoa, sem nenhum conhecimento o bombo vistoso dos anúncios.
técnico, publique suas ideias e opiniões na web e que O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida
milhões de outras pessoas publiquem comentários família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o im-
sobre o que foi escrito, criando um grande debate aberto pério com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de
a todos. propaganda pelas províncias, conferências em diversos
pontos da cidade, a pedidos, à substância, atochando
LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as redes sociais. Disponível a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros
em: www.fateczl.edu.br. Acesso em: 29 abr. 2013 (adaptado). elementares, fabricados às pressas com o ofegante e es-
baforido concurso de professores prudentemente anôni-
De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função mos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em
inicial e vem se destacando como Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte
com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas,
A estratégia para estimular relações de amizade.
em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-
B espaço para exposição de opiniões e circulação de -se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos
ideias. confins da pátria. Os lugares que os não procuravam
C gênero discursivo substituto dos tradicionais diários eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita,
pessoais. espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a fa-
D ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação rinha daquela marca para o pão do espírito.
virtual escrita. POMPEIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.
E recurso para incentivar a ajuda mútua e a divulgação
da rotina diária. Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o
narrador revela um olhar sobre a inserção social do co-
légio demarcado pela
A ideologia mercantil da educação, repercutida nas vai-

dades pessoais.
B interferência afetiva das famílias, determinantes no
processo educacional.
C produção pioneira de material didático, responsável
pela facilitação do ensino.
D ampliação do acesso à educação, com a negociação
dos custos escolares.
E cumplicidade entre educadores e famílias, unidos
pelo interesse comum do avanço social.

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Palavras jogadas fora O primeiro contato dos suruís com o homem
branco foi em 1969. A população indígena foi dizimada
Quando criança, convivia no interior de São por doenças e matanças, mas, recentemente, voltou a
Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por crescer. Soa contraditório, mas a mesma modernidade
lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar que quase dizimou os suruís nos tempos do primeiro
fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” contato promete salvar a cultura e preservar o terri-
(pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas tório desse povo. Em 2007, o líder Almir Suruí, de 37
palavras que ouvi menos na capital do estado e, por anos, fechou uma parceria inédita e levou a tecnologia
conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas às tribos. Os índios passaram a valorizar a história dos
se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas anciãos. E a resguardar, em vídeos e fotos on-line, as
como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos tradições da aldeia. Ainda se valeram de smartphones e
falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de GPS para delimitar suas terras e identificar os desmata-
existir tão logo essa geração antiga morrer. mentos ilegais.
As palavras são, em sua grande maioria, re-
sultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de RIBEIRO, A. Não temos o direito de ficar isolados.
Época, n. 718, 20 fev. 2012 (adaptado).
nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de en-
tregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valo-
res culturais). O rompimento da tradição de uma palavra Considerando-se as características históricas da relação
equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas entre índios e não índios, a suposta contradição obser-
vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais vada na relação entre suruís e recursos da modernidade
forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é justifica-se porque os índios
associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente
A aderiram à tecnologia atual como forma de assimilar
pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o
seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há a cultura do homem branco.
pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado B fizeram uso do GPS para identificar áreas propícias a
à extinção? novas plantações.
É louvável que nos preocupemos com a extin- C usaram recursos tecnológicos para registrar a cultura
ção de ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, do seu povo.
mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma
D fecharam parceria para denunciar as vidas perdidas
comoção, como não nos comovemos com a extinção
de insetos, a não ser dos extraordinariamente belos. por doenças e matanças.
Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é E resguardaram as tradições da aldeia à custa do isola-
incentivada. mento provocado pela tecnologia moderna.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa. n. 77, mar. 2012 (adaptado).
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo

“pinchar” nos traz uma reflexão sobre a linguagem e
seus usos, a partir da qual compreende-se que oas)
A palavras esquecidas pelos falantes devem ser des-

cartadas dos dicionários, conforme sugere o título.
B cuidado com espécies animais em extinção é mais
urgente do que a preservação de palavras.
C abandono de determinados vocábulos está associado
a preconceitos socioculturais.
D gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de
uma língua.
E mundo contemporâneo exige a inovação do vocabu-
lário das línguas.

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QUESTÃO 41
– Não, mãe. Perde a graça. Este ano, a senhora vai ver. Compro um barato.
– Barato? Admito que você compre uma lembrancinha barata, mas não diga isso a sua mãe. É fazer pouco-
-caso de mim.
– Ih, mãe, a senhora está por fora mil anos. Não sabe que barato é o melhor que tem, é um barato!
– Deixe eu escolher, deixe...
– Mãe é ruim de escolha. Olha aquele blazer furado que a senhora me deu no Natal!
– Seu porcaria, tem coragem de dizer que sua mãe lhe deu um blazer furado?
– Viu? Não sabe nem o que é furado? Aquela cor já era, mãe, já era!
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
O modo como o filho qualifica os presentes é incompreendido pela mãe, e essas escolhas lexicais revelam diferen-
ças entre os interlocutores, que estão relacionadas
A à linguagem infantilizada.
B ao grau de escolaridade.
C à dicotomia de gêneros.
D às especificidades de cada faixa etária.
E à quebra de regras da hierarquia familiar.
QUESTÃO 42
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro
e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apa-
receu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da
grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem
os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha
parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava
de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não
tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça
não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Constava
também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia
exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta.
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina
Mascarenhas como “parenta” de Aurélia Camargo assimila práticas e convenções sociais inseridas no contexto do
Romantismo, pois o(as)
A trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina na sociedade brasileira da época.
B trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos no enredo de seu romance.
C características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação do narrador romântico.
D narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente independente.
E narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade daquele período histórico.

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QUESTÃO 43
Essa propaganda visa convencer as mães de que o canal de televisão é adequado aos seus filhos. Para tanto, o
locutor dirige-se ao interlocutor por meio de estratégias argumentativas de
A manipulação, ao detalhar os programas infantis que compõem a grade da emissora.
B persuasão, ao evidenciar as características da programação dirigida ao público infantil.
C intimidação, ao dirigir-se diretamente às mães para chamá-las à reflexão.
D comoção, ao tranquilizar as mães sobre a qualidade dos programas da emissora.
E comparação, ao elencar os serviços oferecidos por outras emissoras ao público infantil.

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QUESTÃO 44 A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas
linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo
LXXVIII (Camões, 1525?-1580) contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos
Leda serenidade deleitosa, A apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo

Que representa em terra um paraíso; unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos
Entre rubis e perlas doce riso; usados no poema.
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa; B valorizarem o excesso de enfeites na apresentação
pessoa e na variação de atitudes da mulher, eviden-
Presença moderada e graciosa,
ciadas pelos adjetivos do poema.
Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso, C apresentarem um retrato ideal de mulher marcado
Como por natureza, ser fermosa; pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela pos-
tura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos
Fala de quem a morte e a vida pende, usados no poema.
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; D desprezarem o conceito medieval da idealização da
Repouso nela alegre e comedido:
mulher como base da produção artística, evidenciado
Estas as armas são com que me rende pelos adjetivos usados no poema.
E me cativa Amor; mas não que possa E apresentarem um retrato ideal de mulher marcado
Despojar-me da glória de rendido. pela emotividade e o conflito interior, evidenciados
pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema.
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 2008.
QUESTÃO 45
O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa

evolução ocorreu de várias formas. No que concerne
à evolução digital, o homem percorreu longo trajeto da
pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em
um problema físico habitual, ilustrado na imagem, que
propicia uma piora na qualidade de vida do usuário, uma
vez que o(a)
A evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de
cabeça, o estresse e a falta de atenção à família.
B vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas
se tem diminuído problemas de visão cansada.
C utilização demasiada do computador tem propor-
cionado o surgimento de cientistas que apresentam
lesão por esforço repetitivo.
D homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera
várias ações antes feitas pelas pessoas, tornando-as
sedentárias ou obesas.
E uso contínuo do computador de forma inadequada
tem ocasionado má postura corporal.

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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
4.2 fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
TEXTO I
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem
causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito
Aedes aegypti (significa “odioso do Egito”). No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorial-
mente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR). Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada
(endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos
sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do sorotipo predominante, acompanhando a
expansão do mosquito vetor. Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o sa-
neamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor,
com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus.
Texto adaptado. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue>. Acesso em: 25 mar. 2024.
TEXTO II
Disponível em: <https://www.poder360.com.br/saude/brasil-registra-mais-34-408-casos-provaveis-de-dengue/>. Acesso em: 25 mar. 2024.

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TEXTO III
Em entrevista para o portal da Fiocruz Paraná, a pesquisadora e chefe do Laboratório de Virologia da

unidade, Claudia Nunes Duarte dos Santos, discute sobre o impacto do desequilíbrio ambiental na proliferação
dos mosquitos vetores da dengue e alerta sobre a necessidade de ações integradas de prevenção e vigilância:
A dengue persiste como um considerável desafio para a saúde pública brasileira ao longo dos
anos. Indo direto ao ponto, qual a forma eficaz para combatê-la?
O combate a essa doença demanda um esforço coletivo, envolvendo a intervenção efetiva do poder
público e a participação ativa da população na eliminação dos focos do Aedes aegypti em áreas de residências
e quintais, além de parques, praças e outras áreas comuns, pois se trata de um mosquito que coabita com
humanos. É importante ressaltar que a dengue traz um viés social, evidenciado pela presença de mais casos
em regiões com menos acesso a recursos, em populações mais vulneráveis, e, por isso, medidas educativas
aliadas a práticas preventivas são fundamentais.
Texto adaptado. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/noticia/2024/02/entrevista-virologista-destaca-desafios-e-avancos-no-combate-den-

gue/>. Acesso em: 25 mar. 2024.
TEXTO IV
Nesta sexta-feira (08), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, atualizou o cenário epidemiológico da
dengue no Brasil e reforçou a segurança e a eficácia das recentes vacinas disponíveis no Sistema Único de
Saúde (SUS), como é o caso da vacina contra a dengue. O Ministério da Saúde reforça que, embora o país
conte com as primeiras doses da vacina, essa ainda não é a principal estratégia para reduzir os casos e as
mortes por causa da doença. A melhor forma de se proteger contra a dengue é eliminar os focos de transmissão
combatendo os criadouros.
Texto adaptado. Disponível em: <https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/mobilidade-urbana-sustentavel/>. Acesso em: 10 mar. 2024.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua for-
mação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema “Desafios da prevenção e do combate à dengue no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para a defesa de seu ponto de vista.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 48
Em 2010, de acordo com o IBGE, a expectativa
QUESTÃO 46 de vida do brasileiro era de 73,5 anos e mantinha-se
uma grande disparidade entre a expectativa de vida
Durante a realeza, e nos primeiros anos repu- masculina e feminina. As mulheres viviam, em média,
blicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma 77,3 e os homens, 69,7 anos.
geração para outra. A ausência de uma legislação es-
crita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 19 dez. 2012 (fragmento).
seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conse-
guiram eleger uma comissão de dez pessoas – os de- A disparidade mencionada no texto associa-se à(ao)
cênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a
Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. A maior mortalidade violenta de jovens do sexo
masculino.
COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000. B trabalho mais intenso dos homens em relação às mu-
lheres.
A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo,
descrita no texto, esteve relacionada à C falta de um sistema de saúde universal que atenda
ambos os sexos.
A adoção do sufrágio universal masculino. D menor tempo de trabalho exigido para a aposentado-
B extensão da cidadania aos homens livres. ria das mulheres.
C afirmação de instituições democráticas. E melhores condições físicas de saúde das mulheres
D implantação de direitos sociais. em relação aos homens.
E tripartição dos poderes políticos.
QUESTÃO 49
QUESTÃO 47
As convicções religiosas dos escravos eram
A escravidão não há de ser suprimida no Brasil entretanto colocadas a duras provas quando de sua
por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obri-
atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma gatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam
guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela pode- curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. le-
ria desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como manjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincre-
aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclu- tizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã
siva da população livre. É no Parlamento e não em fa- Buruku, a mais idosa das divindades das águas,
zendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.
das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da
liberdade. VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo.
São Paulo: Corrupio, 1981.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
São Paulo: Publifolha 2000 (adaptado). O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estraté-
gia utilizada pelos negros escravizados para
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto polí-
tico sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no A compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
Brasil, no qual B garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
C preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
A copiava o modelo haitiano de emancipação negra. D integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
B incentivava a conquista de alforrias por meio de E possibilitar a adoração de santos católicos.
ações judiciais.
C optava pela via legalista de libertação.
D priorizava a negociação em torno das indenizações
aos senhores.
E antecipava a libertação paternalista dos cativos.
28 CH - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

enem2024
Dado que, dos hábitos racionais com os quais
captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros,
enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o
cálculo, enquanto o conhecimento científico e a intui-
ção são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro
gênero de conhecimento é mais exato que o conheci-
mento científico, exceto a intuição, e, por outro lado, os
princípios são mais conhecidos que as demonstrações,
e dado que todo conhecimento científico constitui-se
de maneira argumentativa, não pode haver conheci-
mento científico dos princípios, e dado que não pode
haver nada mais verdadeiro que o conhecimento cien-
tífico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto
os princípios.
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da

filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994.
Os princípios, base da epistemologia aristotélica, per-

tencem ao domínio do(a)
De volta do Paraguai A opinião, pois fazem parte da formação da pessoa.
B cálculo, pois são demonstrados por argumentos.
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter
C conhecimento científico, pois admitem provas empíricas.
derramado seu sangue em defesa da pátria e libertado
um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país D intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento
natal para ver sua mãe amarrada a um tronco horrível científico.
de realidade!... E prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a
verdade.
AGOSTINI. “A vida fluminense”, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In:
LEMOS, R. (Org). Uma história do Brasil através da caricatura (1840- QUESTÃO 52
2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado).
Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto

Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de
de não desejar saber como e sob que espécie de consti-
parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na Guerra
tuição os romanos conseguiram em menos de cinquenta
do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao
A negação da cidadania aos familiares cativos. seu governo exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou,
em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente
B concessão de alforrias aos militares escravos.
devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de
C perseguição dos escravistas aos soldados negros. considerar qualquer outro objetivo mais importante que
D punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente. a aquisição desse conhecimento?
E suspensão das indenizações aos proprietários preju-
dicados. POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse

texto escrito no século II a.C., é a
A ampliação do contingente de camponeses livres.

B consolidação do poder das falanges hoplitas.
C concretização do desígnio imperialista.
D adoção do monoteísmo cristão.
E libertação do domínio etrusco.
enem2024 CH - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 29

enem2024
QUESTÃO 53 pelas ciências naturais, um dos principais motivos do
interesse por Aristóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia.

Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação

da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica
A valorizar a investigação científica, contrariando certos

dogmas religiosos.
B declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida
toda a moral religiosa.
C criticar a Igreja Católica, instigando a criação de
outras instituições religiosas.
D evocar pensamentos de religiões orientais, minando
a expansão do cristianismo.
E contribuir para o desenvolvimento de sentimentos an-
tirreligiosos, seguindo sua teoria política.
QUESTÃO 55
A definição de Aristóteles para enigma é to-

talmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer
coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que,
para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa
As trajetórias de participação das regiões Sudeste e formular uma contradição, sua definição quer dizer que
Nordeste, apresentadas no mapa, estão, respectiva- o enigma é uma contradição que designa algo real, em
mente, associadas ao(à) vez de não indicar nada, como é de regra.
A redução da renda média e à flexibilização das leis COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).
ambientais.
B encarecimento da mão de obra e à política de incen- Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar
sobre o enigma, ao argumentar que
tivos fiscais.
C expansão da malha rodoviária e à instalação de gran- A a contradição que caracteriza o enigma é desprovida
des projetos hidrelétricos. de relevância filosófica.
D diminuição da participação do setor de serviços e à B os enigmas religiosos são contraditórios porque indi-
ampliação do agronegócio. cam algo religiosamente real.
E aumento do fluxo migratório inter-regional e à desco- C o enigma é uma contradição que diz algo de real e
berta de novas jazidas de carvão mineral. algo de impossível ao mesmo tempo.
D as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser
QUESTÃO 54
explicadas em vista de sua origem religiosa.
Enquanto o pensamento de Santo Agostinho re- E a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais,
presenta o desenvolvimento de uma filosofia cristã ins- porque ela é desligada de seu fundo religioso.
pirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita
a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita
pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma
leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O
aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo
da obra aristotélica e para a legitimação do interesse

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QUESTÃO 56 A partir da reflexão do historiador, um argumento contrá-
rio à transformação promovida pela Revolução Industrial
Ó sublime pergaminho na relação dos homens com o uso do tempo livre é o(a)
Libertação geral
A princesa chorou ao receber A intensificação da busca do lucro econômico.
A rosa de ouro papal B flexibilização dos períodos de férias trabalhistas.
Uma chuva de flores cobriu o salão C esquecimento das formas de sociabilidade tradicionais.
E o negro jornalista D aumento das oportunidades de confraternização familiar.
De joelhos beijou a sua mão E multiplicação das possibilidades de entretenimento
Uma voz na varanda do paço ecoou:
virtual.
“Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão” QUESTÃO 58
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho.
Disponível em http:// www.letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
TEXTO I
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concep- Não é sem razão que o ser humano procura de
ção acerca do fim da escravidão ainda viva em nossa boa vontade juntar-se em sociedade com outros que
memória, mas que não encontra respaldo nos estudos estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua
históricos mais recentes. Nessa concepção ultrapas- conservação da vida, da liberdade e dos bens a que
sada, a abolição é apresentada como chamo de propriedade.
A conquista dos trabalhadores urbanos livres, que de- LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verda-
deira origem, extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril
mandavam a redução da jornada de trabalho. Cultural, 1978 (adaptado).
B concessão do governo, que ofereceu benefícios aos
negros, sem consideração pelas lutas de escravos e TEXTO II
abolicionistas.
Para que essas classes com interesses eco-
C ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo
nômicos em conflitos não destruam a si mesmas e à
responsável pela otimização da inclusão social dos sociedade numa luta estéril, surge a necessidade de
libertos. um poder que, na aparência, esteja acima da socie-
D fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os dade, que atenue o conflito, mantenha-o dentro dos
agentes históricos envolvidos na questão: fazendei- limites da ordem.
ros, governo e escravos.
ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia. São Paulo:
E forma de inclusão social, uma vez que a abolição pos- Paulus, 2005 (adaptado).
sibilitaria a concretização de direitos civis e sociais
para os negros. Os textos expressam duas visões sobre a forma como
os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões
QUESTÃO 57 apontam, respectivamente, para as concepções:
Se vamos ter mais tempo de lazer no futuro A Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade pri-
automatizado, o problema não é como as pessoas vão vada — Conflituosa, exemplificada pela luta de classes.
consumir essas unidades adicionais de tempo de lazer, B Heterogênea, favorável à propriedade privada —
mas que capacidade para a experiência terão as pes- Consensual, sob o controle de classes com interes-
soas com esse tempo livre. Mas se a notação útil do em-
ses comuns.
prego do tempo se torna menos compulsiva, as pessoas
talvez tenham de reaprender algumas das artes de viver
C Igualitária, baseada na filantropia — Complementar,
que foram perdidas na Revolução Industrial: como pre- com objetivos comuns unindo classes antagônicas.
encher os interstícios de seu dia com relações sociais D Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis
e pessoais; como derrubar mais uma vez as barreiras que se complementam — Individualista, na qual as
entre o trabalho e a vida. pessoas lutam por seus interesses.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura
E Libertária, em defesa da razão humana — Contraditó-
popular tradicional. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). ria, na qual vigora o estado de natureza.

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QUESTÃO 59
O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán
Nos caminhos jazem dardos quebrados;

os cabelos estão espalhados.
Destelhadas estão as casas,
Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém
as tivesse tingido,
Nos escudos esteve nosso resguardo,
mas os escudos não detêm a desolação…
PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).
O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à)
A tragédia causada pela destruição da cultura desse povo.

B tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior.
C extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol.
D dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados.
E profetização das consequências da colonização da América.
QUESTÃO 60
TEXTO I
TEXTO II
A Índia deu um passo alto no setor de teleatendimento para países mais desenvolvidos, como os Estados
Unidos e as nações europeias. Atualmente mais de 245 mil indianos realizam ligações para todas as partes do
mundo a fim de oferecer cartões de créditos ou telefones celulares ou cobrar contas em atraso.
Disponível em: www.conectacallcenter.com.br. Acesso em: 12 nov. 2013 (adaptado).
Ao relacionar os textos, a explicação para o processo de territorialização descrito está no(a)
A aceitação das diferenças culturais.

B adequação da posição geográfica.
C incremento do ensino superior.
D qualidade da rede logística.
E custo da mão de obra local.

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QUESTÃO 61 A crítica contida no texto sobre a sociedade contempo-
rânea enfatiza a(os)
A prática identitária autorreferente.

B dinâmica política democratizante.
C produção instantânea de notícias.
D processos difusores de informações.
E mecanismos de convergência tecnológica.
QUESTÃO 63
Há cerca de um ano, 248 famílias de baixa renda

que moravam em área de deslizamento do Morro do
Preventório, em Niterói (RJ), ganharam apartamentos
em um condomínio. Com uma renda média mensal de
dois salários mínimos e um apartamento com padrão de
classe média, as famílias foram às compras de móveis e
eletrodomésticos. Mas acabaram surpreendidas com as
primeiras contas que não pagavam na favela: a maior
O processo registrado no gráfico gerou a seguinte con- parte está endividada.
sequência demográfica:
SPITZ, C. Entre o céu e o purgatório da inclusão social.
A Decréscimo da população absoluta. O Globo, 10 jun. 2011 (adaptado).
B Redução do crescimento vegetativo.
Uma política pública relacionada com a contradição des-
C Diminuição da proporção de adultos.
crita e uma ação que reduziria seus efeitos estão identi-
D Expansão de políticas de controle da natalidade. ficadas, respectivamente, em:
E Aumento da renovação da população economica-
mente ativa. A financeira – expansão das linhas de crédito para as
classes médias.
QUESTÃO 62 B habitacional – apoio a geração de emprego e renda
entre os mais pobres.
Na sociedade contemporânea, onde as rela-
ções sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, C demográfica – restrição à migração e incentivo ao re-
a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria torno das famílias de migrantes.
do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida D ambiental – preservação de encostas e parques eco-
de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento lógicos.
e da atenção pública. Aparecer é então mais do que E educacional – combate ao analfabetismo e a evasão
ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito,
escolar em comunidades pobres.
a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que
acena democraticamente para as massas com os su-
postos “ganhos distributivos” (a informação ilimitada, a
quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha
cultura disseminada na esfera pública. A participação
nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e
ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “es-
pelhamento”.
SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br.

Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).

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QUESTÃO 64
“As tendências da moda, literatura, música, cinema, esportes, política, vida familiar refletem a mentalidade
de uma época. E os mercados de ações registram, da mesma forma, essa mentalidade prevalecente. Os preços
das ações são o melhor indicador do grau de otimismo, da disposição, da psicologia das multidões,” afirma Robert
Prechter, em Cultura Popular e o Mercado de Ações (1985).
Época. Ed. 549, 24 nov. 2008.
O texto mostra como as práticas sociais estão relacionadas com os valores predominantes em uma determinada
época, em que os fatores influenciadores são ações
A econômicas isoladas.
B sociais interativas.
C psicológicas individuais.
D intuitivas herdadas.
E culturais locais.
QUESTÃO 65
O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do dinheiro, da maior quantidade possível de dinheiro não
tem, em si mesma, nada que ver com o capitalismo. Tal impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que tem
sido comum a toda sorte e condição humanas em todos os tempos e em todos os países, sempre que se tenha
apresentada a possibilidade objetiva para tanto. O capitalismo, porém, identifica-se com a busca do lucro, do lucro
sempre renovado por meio da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem com-
pletamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não tirasse vantagem das oportunidades de obter
lucros estaria condenada à extinção.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2001 (adaptado).
O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta como característica fundamental a
A competitividade decorrente da acumulação de capital.

B implementação da flexibilidade produtiva e comercial.
C ação calculada e planejada para obter rentabilidade.
D socialização das condições de produção.
E mercantilização da força de trabalho.

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QUESTÃO 66
A evolução na estrutura etária apresentada influenciou o Estado a formular ações para
A garantir a igualdade de gênero.

B priorizar a construção de escolas.
C reestruturar o sistema previdenciário.
D investir no controle da natalidade.
E fiscalizar a entrada de imigrantes.

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QUESTÃO 67
A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à
A resistência do campo virtual à adulteração de dados.

B interatividade dos programas de entretenimento abertos.
C confiança do telespectador nas notícias veiculadas.
D credibilidade das fontes na esfera computacional.
E autonomia do internauta na busca de informações.
QUESTÃO 68
O principal articulador do atual modelo econômico chinês argumenta que o mercado é só um instrumento
econômico, que se emprega de forma indistinta tanto no capitalismo como no socialismo. Porém os próprios chine-
ses já estão sentindo, na sua sociedade, o seu real significado: o mercado não é algo neutro, ou um instrumental
técnico que possibilita à sociedade utilizá-lo para a construção e edificação do socialismo. Ele é, ao contrário do
que diz o articulador, um instrumento do capitalismo e é inerente à sua estrutura como modo de produção. A sua
utilização está levando a uma polarização da sociedade chinesa.
OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa. Caros Amigos, 31 jan. 2011 (adaptado).
No texto, as reformas econômicas ocorridas na China são colocadas como antagônicas à construção de um país
socialista. Nesse contexto, a característica fundamental do socialismo, à qual o modelo econômico chinês atual se
contrapõe é a
A desestatização da economia.
B instauração de um partido único.
C manutenção da livre concorrência.
D formação de sindicatos trabalhistas.
E extinção gradual das classes sociais.

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Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os O acúmulo gradual de sais nas camadas supe-
mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito riores do solo, um processo chamado salinização, re-
apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma tarda o crescimento das safras, diminui a produção das
personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre culturas e, consequentemente, mata as plantas e arru-
foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são ína o solo. A salinização mais grave ocorre na Ásia, em
uma fonte de informações importantes para que se com- especial na China, na Índia e no Paquistão.
preenda, por exemplo, a vida política das sociedades.
MILLER, G. Ciência ambiental. São Paulo: Thomson, 2007.
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepul-
tamentos, O fenômeno descrito no texto representa um grande im-
pacto ambiental em áreas agrícolas e tem como causa
A na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram des- direta o(a)
valorizadas, porque o mais importante era a demo-
A rotação de cultivos.
cracia experimentada pelos vivos.
B associação de culturas.
B na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre
C plantio em curvas de nível.
os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a sal-
D manipulação genética das plantas.
vação da alma.
E instalação de sistemas de irrigação.
C no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igre-
jas era regido pela observância da hierarquia social. QUESTÃO 72
D na época da Reforma, o catolicismo condenou os ex-
cessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar
seus mortos.
E no período posterior à Revolução Francesa, devido
as grandes perturbações sociais, abandona-se a prá-
tica do luto.
QUESTÃO 70
O Império Inca, que corresponde principalmente

aos territórios da Bolívia e do Peru, chegou a englobar
enorme contingente populacional. Cuzco, a cidade sa-
grada, era o centro administrativo, com uma sociedade
fortemente estratificada e composta por imperadores,
nobres, sacerdotes, funcionários do governo, artesãos,
camponeses, escravos e soldados. A religião contava
com vários deuses, e a base da economia era a agricul-
tura. principalmente o cultivo da batata e do milho. Os eventos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001
geraram mudanças sociais nos Estados Unidos, que
A principal característica da sociedade inca era a
A ampliaram o isolacionismo e autossuficiência da eco-
A ditadura teocrática, que igualava a todos. nomia norte-americana.
B existência da igualdade social e da coletivização da B mitigaram o patriotismo e os laços familiares em
terra. razão das mortes causadas.
C estrutura social desigual compensada pela coletiviza- C atenuaram o xenofobismo e a tensão política entre os
ção de todos os bens. países do Oriente e Ocidente.
D existência de mobilidade social, o que levou à compo- D aumentaram o preconceito contra os indivíduos de
sição da elite pelo mérito. origem árabe e religião islâmica.
E impossibilidade de se mudar de extrato social e a E diminuíram a popularidade e legitimidade imediata do
existência de uma aristocracia hereditária. chefe de Estado para lidar com o evento.

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QUESTÃO 73 O processo indicado no gráfico demonstra um au-
mento significativo da população urbana em relação
Torna-se claro que quem descobriu a África no à população rural no Brasil. Esse fenômeno pode ser
Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios afri- explicado pela
canos trazidos como escravos. E esta descoberta não
se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se A atração de mão de obra pelo setor produtivo concen-
também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. trado nas áreas urbanas.
Há razões para pensar que os africanos, quando mis-
B manutenção da instabilidade climática nas áreas
turados e transportados ao Brasil, não demoraram em
perceber a existência entre si de elos culturais mais pro- rurais.
fundos. C concentração da oferta de ensino nas áreas urbanas.
D inclusão da população das áreas urbanas em progra-
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do
mas assistenciais.
Brasil. Revista USP, n.º 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).
E redução dos subsídios para os setores da economia
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos localizados nas áreas rurais.
de diferentes partes da África, a experiência da escravi-
dão no Brasil tornou possível a QUESTÃO 75
A formação de uma identidade cultural afro-brasileira. Quando surgiram as primeiras notícias sobre a
B superação de aspectos culturais africanos por antigas presença de seres estranhos, chegados em barcos gran-
des como montanhas, que montavam numa espécie de
tradições europeias.
veados enormes, tinham cães grandes e ferozes e pos-
C reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos. suíam instrumentos lançadores de fogo, Montezuma e
D manutenção das características culturais específicas seus conselheiros ficaram pensando: de um lado, talvez
de cada etnia. Quetzalcóatl houvesse regressado, mas, de outro, não
E resistência à incorporação de elementos culturais in- tinham essa confirmação.
dígenas.
PINSKY, J. et. al. História da América através de textos. São Paulo:
Contexto, 2007 (adaptado).
QUESTÃO 74
A dúvida apresentada inseria-se no contexto da che-
gada dos primeiros europeus à América, e sua origem
estava relacionada ao
A domínio da religião e do mito.

B exercício do poder e da política.
C controle da guerra e da conquista.
D nascimento da filosofia e da razão.
E desenvolvimento da ciência e da técnica.

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Para a compreensão da realidade global, é in-
dispensável o entendimento do que é a vida nas dife-
rentes regiões; de seus funcionamentos específicos, de
suas espacializações, de suas relações, enfim, de seu
arranjo particular. Um mesmo elemento – um banco,
um shopping center, uma casa de comércio de insumos
agrícolas, uma escola superior, a verticalização da ha-
bitação, financiamentos governamentais, uma autoes-
trada, um aeroporto etc. – terá impactos diferentes em
áreas distintas de um país ou do planeta.
SANTOS, M. Metamorfose do Espaço Habitado: Fundamentos

Teóricos e Metodológicos da geografia. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 20018 (fragmento).
Ao tratar das diferenciações espaciais, o autor provoca

uma reflexão sobre as relações entre espaços diversos,
que são exemplificadas no(na)
A espaço rural atual, que apresenta uma desvinculação

da produção agrícola e do consumo alimentar. Há,
também, uma articulação mais aguçada entre o agrí-
cola e o industrial, fenômeno que não estava claro até
meados do século XX.
B análise dos espaços urbanos, como historicamente
relacionados à industrialização, o que não se pode
afirmar dos espaços rurais, que vêm passando por Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc.
processos de modernização tecnológica, mas con- XIX pode ser identificado a partir da análise do vestuário
do casal retratado acima?
servando a desarticulação com as cidades.
C transição do modo de produção feudal para o modo A O uso de trajes simples indica a rápida incorporação
de produção capitalista, em que a cidade surgiu como dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano.
um espaço de reprodução das relações servis dos B A presença de acessórios como chapéu e sombrinha
feudos. Somente após processos revolucionários, as aponta para a manutenção de elementos culturais de
cidades passaram a representar a liberdade. origem africana.
D desarticulação entre os espaços rurais e urbanos que C O uso de sapatos é um importante elemento de dife-
se deu, historicamente, pelo fato de o campo não ter renciação social entre negros libertos ou em melho-
se subordinado à cidade, no que se refere à questão res condições na ordem escravocrata.
das técnicas e tecnologias. Esse fato explica, hoje, o D A utilização do paletó e do vestido demonstra a tenta-
grande avanço tecnológico na agricultura. tiva de assimilação de um estilo europeu como forma
E espaço urbano onde é possível perceber uma desar- de distinção em relação aos brasileiros.
ticulação entre os processos sociais, econômicos e E A adoção de roupas próprias para o trabalho domés-
territoriais. Essa desarticulação se manifesta nas dife- tico tinha como finalidade demarcar as fronteiras da
rentes e desiguais paisagens presentes nas cidades. exclusão social naquele contexto.

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QUESTÃO 78
O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego,
um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as
relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifes-
tando-se no surgimento da filosofia.
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2004 (adaptado).
Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)
A constituição do regime democrático.

B contato dos gregos com outros povos.
C desenvolvimento no campo das navegações.
D aparecimento de novas instituições religiosas.
E surgimento da cidade como organização social.
QUESTÃO 79
A mudança na distribuição das classes de 2005 a 2010 implicou uma expressiva alteração no formato do primeiro para
o segundo gráfico. Um processo associado a essa mudança está indicado no(a)
A expansão do mercado interno.

B concentração da renda nacional.
C persistência da crise internacional.
D crescimento demográfico acelerado.
E fracasso das políticas redistributivas.

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QUESTÃO 80 impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma
A
sociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.
A discreta mas contínua melhora do mercado B extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros
de trabalho nos EUA deve passar despercebida para
nesse contexto e a utilização do Direito como canal de
um grupo cujo problema vai além de achar emprego:
homens de 25 a 64 anos sem diploma universitário, luta pela liberdade.
cuja renda, nos últimos cinco anos, caiu 20%. Com a C rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão,
crise, os ganhos dos menos instruídos caíram a níveis que inviabilizava os mecanismos de ascensão social.
perto da barreira da pobreza na definição do censo D possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio
dos Estados Unidos (US$ 22,3mil ano para família de das elites dominantes, a um mestiço filho de pai português.
quatro pessoas). O dinamismo e a mudança rápida na
E troca de favores entre um representante negro e a elite
economia americana depreciaram as habilidades de
parte dos trabalhadores. agrária escravista que outorgara o direito advocatício ao
mesmo.
Folha de São Paulo, 11 dez. 2011.
QUESTÃO 82
Dentre os fatores que contribuíram para a diminuição da
renda dos trabalhadores, pode-se relacionar TEXTO I
A a interferência do Estado no mercado de trabalho, Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente
privilegiando os portadores de diploma universitário. quando terra e dívida são mencionadas juntas. Logo
B as demandas da globalização, que levaram à importa- depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador” em
ção de mão de obra oriunda dos países emergentes. Atenas, com poderes sem precedentes, porque a exi-
gência de redistribuição de terras e o cancelamento das
C a necessidade de mão de obra qualificada, que dificulta
dívidas não podiam continuar bloqueados pela oligar-
a inserção dos trabalhadores com menos formação. quia dos proprietários de terra por meio da força ou de
D a opção do setor produtivo por empregar trabalhado- pequenas concessões.
res com maior qualificação, a fim de garantir linhas de
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo:
financiamento estatal.
WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado).
E as reformas propostas pelo Estado para o setor da
saúde, privilegiando contratação de mão de obra de TEXTO II
alta qualificação.
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos
QUESTÃO 81 textos fundamentais do direito romano, uma das princi-
pais heranças romanas que chegaram até nos. A publi-
Negro, filho de escrava e fidalgo português, o cação dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante
baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na pois o conhecimento das “regras do jogo” da vida em so-
luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como es- ciedade é um instrumento favorável ao homem comum
cravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo e potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos
ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas poderosos.
de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem
diploma, fez do direito o seu ofício e transformou-se, em FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).
pouco tempo, em proeminente advogado da causa abo-
licionista. O ponto de convergência entre as realidades sociopolíti-
cas indicadas nos textos consiste na ideia de que a
AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de Historia. Ano 1,
n.o 3. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado). A discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia.
B invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias.
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na se- C formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades.
gunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes
D definição de princípios morais encerrou os conflitos de in-
lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia
de Luiz Gama exemplifica a teresses.
E criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de
tratamento.

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QUESTÃO 83
Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absoluta-
mente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são
desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cida-
dania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

A possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época
fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
B era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política pro-
fundamente hierarquizada da sociedade.
C estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da
pólis a participarem da vida cívica.
D tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às ati-
vidades vinculadas aos tribunais.
E vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resol-
ver os problemas da cidade.
QUESTÃO 84
O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 minutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca foi
atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre a bicicleta, seus
pulmões são envenenados com 3,3 microgramas de poluição particulada – poeira, fumaça, fuligem, partículas de
metal em suspensão, sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e outras substâncias nocivas.
ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008.
A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições socioambientais das do professor citado
no texto apresentará uma tendência de
A ampliação da taxa de fecundidade.

B diminuição da expectativa de vida.
C elevação do crescimento vegetativo.
D aumento na participação relativa de idosos.
E redução na proporção de jovens na sociedade.

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A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que Subjaz na propaganda tanto política quanto
começa a ser construída apenas em 1905, foi criada, comercial a ideia de que as massas podem ser con-
ao contrário das outras grandes ferrovias paulistas, para quistadas, dominadas e conduzidas, e, por isso, toda e
ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas qualquer propaganda tem um traço de coerção. Nesse
para a agricultura e povoamento. Até 1890, o café era sentido, a filósofa Hanna Arendt diz que “não apenas a
quem ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas propaganda política, mas toda a moderna publicidade
apenas como auxiliadoras da produção cafeeira. de massa contém um elemento de coerção”.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: AGUIAR, O. A. Veracidade e propaganda em Hannah Arendt. In:
o florescimento da região noroeste paulista. Disponível em: Cadernos de Ética e Filosofia Política 10. São
historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012. Paulo: EdUSP, 2007 (adaptado).
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, du- À luz do texto, qual a implicação da publicidade de
rante a Primeira República, tinha como objetivo a massa para a democracia contemporânea?
A articulação de polos produtores para exportação. A O fortalecimento da sociedade civil.

B criação de infraestrutura para atividade industrial. B A transparência política das ações do Estado.
C integração de pequenas propriedades policultoras. C A dissociação entre os domínios retóricos e a política.
D valorização de regiões de baixa densidade demográfica. D O combate às práticas de distorção de informações.
E promoção de fluxos migratórios do campo para a E O declínio do debate político na esfera pública.
cidade.
QUESTÃO 88
QUESTÃO 86
A sociologia ainda não ultrapassou a era das
A confusão era grande e ficou ainda maior construções e das sínteses filosóficas. Em vez de as-
depois do discurso do presidente norte-americano sumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita
Barack Obama em defesa da guerra, ao receber o do campo social, ela prefere buscar as brilhantes ge-
Prêmio Nobel da Paz de 2009. Como liberal, Obama neralidades em que todas as questões são levantadas
poderia ter utilizado os argumentos do filósofo alemão sem que nenhuma seja expressamente tratada. Não é
Immanuel Kant (1724-1804), que também defendeu, na com exames sumários e por meio de intuições rápidas
sua época, a legitimidade das guerras como meio de di- que se pode chegar a descobrir as leis de uma reali-
fusão da civilização europeia. dade tão complexa. Sobretudo, generalizações às vezes
tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de
FIORI, J. L. A moral internacional e o poder. Revista CULT. Nº 145. nenhum tipo de prova.
São Paulo: Bregantini, abr. 2010.
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia.
O argumento utilizado por Barack Obama ao defender São Paulo: Martins Fontes, 2000.
a guerra em nome da paz constitui um tipo de raciocínio
O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em cons-
A indutivo. truir uma sociologia com base na
B dedutivo.
C paradoxal. A vinculação com a filosofia como saber unificado.
D metafórico. B reunião de percepções intuitivas para demonstração.
E analógico. C formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.
D adesão aos padrões de investigação típicos das ciên-
cias naturais.
E incorporação de um conhecimento alimentado pelo
engajamento político.

enem2024
A memória não é um simples lembrar ou recor- TEXTO I
dar, mas revela uma das formas fundamentais de nossa
existência, que é a relação com o tempo, e, no tempo, Não é possível passar das trevas da ignorância
com aquilo que está invisível, ausente e distante, isto para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor
é, o passado. A memória é o que confere sentido ao sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os
passado como diferente do presente (mas fazendo ou cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser
podendo fazer parte dele) e do futuro (mas podendo per- um seguidor dos Antigos. Para eles irão todos os meus
mitir esperá-lo e compreendê-lo). cuidados e, todos os dias, a aurora me encontrará entre-
gue ao seu estudo.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995 (fragmento).
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade
Com base no texto, qual é o significado da memória? Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
A É a prospecção e retenção de lembranças e re- TEXTO II

cordações.
B É a perda de nossa relação com o presente, pre- A nossa geração tem arraigado o defeito de re-
cusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por
servando o passado.
isso, quando descubro uma ideia pessoal e quero tor-
C É a capacidade mais alargada para lembrar e re- ná-la pública, atribuo-a a outrem e declaro: – Foi fulano
cordar fatos passados. de tal que o disse, não sou eu. E para que acreditem
D É o esforço de apagar o passado e inaugurar o totalmente nas minhas opiniões, digo: – O inventor foi
presente. fulano de tal, não sou eu.
E É o potencial de evocar o passado apontando para BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média:
o futuro. texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
Nos textos são apresentados pontos de vista distintos

sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no
Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem
o(a)
A produção do conhecimento face à manutenção dos

argumentos de autoridade da Igreja.
B caráter dinâmico do pensamento laico frente à estag-
nação dos estudos religiosos.
C surgimento do pensamento científico em oposição à
tradição teológica cristã.
D desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e
razão.
E construção de um saber teológico científico.

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02

1O DIA 1O DIA 1O DIA 1O DIA 1O DIA

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 02

QUESTÃO 01 A four-year-old boy was eating an apple in the

Disponível em: www.blackhawkproductions.com. Acesso em: 8 ago. 2012.

Produções artístico-culturais revelam visões de mundo

2 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

Orientações à população são encontradas também em

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 3

ANDRADE, S. Disponível em: http://alainet.org.

4 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

TAMAYO, G. E. Disponível em: www.alainet.org. Acesso em: 23 fev. 2012.

No texto, a relação entre o fenômeno discriminatório e

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 5

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 07

6 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 7

8 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

QUESTÃO 12 O anúncio publicitário Garoto propaganda e o poema Eu

A submeter à crítica do leitor a sujeição a que a socie-

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra

A palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 9

10 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

QUESTÃO 16 Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta

A charge retrata um comportamento recorrente nos dias

A estimula a adesão à dieta.

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12 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 13

ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro:

O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas

A o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em

14 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

Atravessaste no silêncio escuro E que doido que eu fui! como eu pensava

Ninguém te viu o sentimento inquieto, Embora – é meu destino. Em treva densa

Mas eu que sempre te segui os passos A mim a solidão da noite infinda!

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 15

Páscoa de flores, dia de alegria

Pois mandado pela alta Majestade

Quem pode ser senão um verdadeiro

DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas:

Com uma elaboração de linguagem e uma visão de

A visão cética sobre as relações sociais.

A fazer a gradação de comportamentos e de atitudes em

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enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 17

18 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

Nunca na Igreja de Deus houve tantas pre-

VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965.

No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira ques-

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 19

QUESTÃO 34 A construção de frases curtas a fim de conferir dinami-

20 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação enem2024

A ideologia mercantil da educação, repercutida nas vai-

enem2024 LC - 1° dia | Caderno 3 - BRANCO - 1ª Aplicação 21

VIARO, M. E. Língua Portuguesa. n. 77, mar. 2012 (adaptado).

A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo