Modelo de Artigo Cientifico

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ELIZANGELA MARIA SOARES BOA SORTE

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


a importância da atividade física e a conscientização corporal do educando

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ELIZANGELA MARIA SOARES BOA SORTE

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


a importância da atividade física e a conscientização corporal do educando

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO FÍSICA.

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2023

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


a importância da atividade física e a conscientização corporal do educando

Elizangela Maria Soares Boa Sorte,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto
no trabalho”.

RESUMO- As atividades nas aulas de Educação Física levam o educando a momentos e oportunidades
de aprendizagens únicas que nenhuma outra disciplina consegue passar. Oportunidades essas de se
expressar não somente por meio da fala mais também de forma corporal, pois a Educação Física é
totalmente corpo. Diante disso, é relevante tratar desse assunto para o desenvolvimento da criança nas
aulas, uma vez que é necessário e fundamental que elas aconteçam. As atividades são como um
passaporte para a inclusão e interação dos alunos na educação básica, pois podem proporcionar
benefícios indispensáveis para a construção e desenvolvimento do ser humano, como o biopsicossocial,
por meio da vivência de atividades com ações que priorizem práticas físicas, mentais e sociais no
processo de ensino-aprendizagem. Nisso, os resultados e discussões apontaram sobre a importância das
atividades por meio das aulas de Educação Física, além de discutir e mostrar o quanto a conscientização
corporal se faz necessária na aprendizagem dos alunos, e isso deve ser respeitado e refletido aula após
aula. Para isso, essa pesquisa foi desenvolvida para destacar a importância da Educação Física escolar
e a conscientização corporal do educando, tendo como base os documentos norteadores da BNCC, as
DCNs, a LDB e materiais científicos, como livros, revistas e artigos.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Física. Atividade física. Conscientização Corporal. Educação básica.


INTRODUÇÃO

A Educação Física na escola é uma disciplina que vai além da teoria e do brincar,
pois, assim como o próprio nome já diz, com ela é trabalhada todo o corpo humano, e é
por essa questão que esse trabalho foi pensado e construído, apresentando assim as
possíveis soluções para uma Educação Física escolar adequada e justa. Desse modo,
os educandos e todos os que fazem parte do corpo escolar conseguirão usufruir do que
realmente ela é, tendo uma visão e um conhecimento positivo e correto da disciplina, de
suas diversidades de conteúdos e ainda mais de ter um conhecimento além do que se
vê através de cada atividade elaborada pelo professor, levando em conta as aulas
teóricas e práticas. Quanto às aulas práticas, esse é o momento do ‘vamos ver’,
momento esse de suma importância para o desenvolvimento e desempenho dos
alunos, visando sempre a necessidade e as características dos educandos. De acordo
com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), nº 9394/96, a Educação Física
adquire o caráter de um componente que compõe o currículo da escola e, nesse caso,
é responsável por um conjunto de conhecimentos que são oriundos do universo da
cultura corporal de movimento. O documento deixa claro que a Educação Física não é
uma atividade extra curricular, não é uma brincadeira, não é um passatempo. A
Educação Física é um componente que irá estudar uma determinada cultura, essa
cultura que entendemos como cultura corporal do movimento. Com isso, é percebível
ainda que nos tempos de hoje a Educação Física na escola é tratada como uma
disciplina de apenas diversão ou recreação, que só fazem brincar por brincar, para
descontrair os alunos. Infelizmente, isso realmente vem a acontecer, e existem graves
motivos para que isso ocorra, um deles é o profissional de Educação de Física
incapacitado de exercer sua prática de ensino, que deixa suas aulas a desejar, fazendo
somente o brincar por brincar. Diversas causas existem para que o público/aluno tenha
uma visão errônea sobre o que de fato é a disciplina de Educação Física, e como
mencionado, uma dessas causas infalíveis é acometida pelo profissional incapacitado,
entre tantas outras causas que vêm prejudicando não só essa disciplina, mas os alunos
também.
Mas, é certo afirmar que a aula tem o peso que o professor dá a ela, simplificando
ainda mais, as aulas só acontecem através do profissional/professor que estará à frente
dela, fazendo ter sentido na vida dos educandos ou não. Segundo Queiroz (1998), o
professor é a pessoa responsável por moldar o valor educativo das aulas. Com isso, é
importante frisar também da importância do planejamento. Para que consiga chegar a
seus objetivos nas aulas, o professor deve ter seus planos de aula bem flexíveis, para
que não venha se prejudicar e prejudicar os alunos depois, sendo que nem tudo sai
como é planejado. Por essa questão, é que o planejamento deve ser flexível e bem
estruturado com base nos seus alunos, tendo sempre um plano A, B e/ou C. De acordo
com Peres (2001), o professor de Educação Física deve no planejamento de suas aulas
implementar atividades que proporcionem ao discente usar a criatividade e a
imaginação, de modo a oportunizar experiências que possibilitem desenvolver
habilidades motoras fundamentais por meio de padrões básicos de movimentos. Ainda
nesse sentido, o docente deve despertar a motivação dos alunos em suas aulas,
através da renovação de conteúdos que visem aos anseios dos educandos, e assim
analisar os interesses dos alunos de forma qualitativa, com base nos interesses dos
mesmos (NISTA-PICCOLO, 2012).
Nisso, as aulas de Educação Física devem acontecer com base nas características
dos alunos, são com base neles que o professor irá desenvolver seu planejamento,
respeitando as faixas etárias e a cultura deles também. O professor deve, antes de
mais nada, ter um ponto de partida sobre seus alunos, como, por exemplo, saber do
comportamento deles dentro da escola e fora da escola, saber também se eles
possuem algum tipo de doença, saber do convívio deles com a família e etc., e com
base nessas informações desenvolver seu planejamento. Conforme afirma Sidney
(1988), em se tratando de ensino, você não tem atores, músicas e etc., mas você tem
que despertar nos alunos atitudes mentais nas aulas. Essas informações servem como
base para desenvolver seu plano de aula/plano de ensino, levando o professor a
conhecer e saber melhor sobre seus alunos, facilitando na construção dos
planejamentos e no desenvolvimento dos alunos nas aulas. Sendo assim, surge o
seguinte problema de pesquisa: como o profissional de Educação Física pode estar
levando aos alunos a importância das atividades físicas juntamente com a
conscientização corporal por meio das atividades nas aulas de Educação física.
Conforme Brasil (1996), neste sentido a educação física hoje é caracterizada pelo seu
processo de desenvolvimento em busca da transformação do ser humano em
sociedade, buscando assim uma formação integral do mesmo, através das propostas
pedagógicas que a Educação Física apresenta no contexto escolar. Sendo de grande
colaboração no desenvolvimento de atitudes, habilidades e hábitos essenciais no
convívio do meio social. Dessa forma, se faz importante, diante da atividade proposta
pelo professor, que os alunos se sintam à vontade para participar, principalmente
quando são de faixas etárias menores, pois nessa fase a criança aprende de maneira
mais rápida e com tudo em sua volta, principalmente, por meio do lúdico. Assim como
diz Benda (1999), todas as aulas deveriam ir ao encontro das necessidades, interesses
e possibilidades da criança. Por isso, o professor deve ter um plano de aula flexível,
principalmente com a metodologia lúdica, pois tudo depende da necessidade de troca
que se estabelece durante a aula, entre o aluno, o meio e o professor. O mesmo autor
ainda traz que o lúdico deverá estar presente em ambientes que envolvam
aprendizagens, principalmente, com crianças (BENDA, 1999). Ainda mais, Velasco
(1994) diz que o professor deve ter o cuidado de propor atividades que sejam
compatíveis com o nível de habilidade de seus alunos, e assim mediante os desafios
eles devem ser levados a obter sucesso durante todo processo de aprendizagem, se
sentindo competentes. Segundo Velasco (1994), a criança motivada pela brincadeira
tem a possibilidade de resolver seus conflitos.
Respeitar e orientar as crianças a se desenvolverem por meio da brincadeira é uma
forma de garantir bom desempenho, e isso traz bons resultados, não somente na
disciplina de Educação Física, mas em todas as outras também, até mesmo em sua
vida pessoal. Nessa questão, os educandos de certa forma desenvolverão habilidades
corporais que em nenhuma outra disciplina conseguiriam desenvolver, isso através das
aulas de Educação Física bem atrativas e produtivas, que respondam às necessidades
e aos interesses dos alunos. Levando assim, a se identificar posteriormente em alguma
modalidade esportiva, que resultará em um sujeito ativo para toda vida. Conforme
Oliveira (2001), o esporte é um fenômeno sociocultural que exerce uma grande atração
nas pessoas, independentemente da etnia, do sexo ou da ideologia, sendo
extremamente útil numa sociedade em que o homem se exercita cada vez menos, o
que pode ocasionar um desequilíbrio físico, mental e social pela inatividade física.
Assim os conteúdos dos esportes possuem grande relevância para a interação social e
a formação de hábitos saudáveis.
É apresentado neste trabalho o objetivo geral que é o de discutir a importância da
atividade física e a conscientização corporal do educando nas aulas de Educação
Física Escolar, por meio de estudos científicos. Buscamos apresentar a importância
das atividades físicas para a conscientização corporal do educando; apresentar a
importância do planejamento nas aulas escolares; analisar a contribuição que a
Educação Física escolar traz para a formação do aluno; e discutir o que é conteúdo
corporal da Educação Física. Quanto ao tipo de pesquisa, essa tese encaminha-se para
a de caráter bibliográfico, que visa apresentar uma nova maneira de se ensinar
Educação Física, levando para o público/estudante uma base teórica científica da
importância da atividade física para o desenvolvimento e desempenho do aluno, em
especial da conscientização corporal por meio das aulas de tal disciplina. Segundo
Marconi e Lakatos (2014), esta orientação metodológica tem a capacidade de
estabelecer uma aproximação entre o pesquisador e o tema de estudo, garantindo
maior respaldo científico sobre o objeto de investigação. Por isso, esse trabalho vem ao
encontro das necessidades e dos interesses que as crianças demonstram nas aulas de
Educação Física. Destacando assim a importância da atividade física para o
desempenho do aluno e de principal da conscientização corporal que os alunos devem
ter diante do que está sendo realizado, por meio de cada movimento feito. Sendo que
essas atividades devem ser feitas com base nas características que cada aluno
apresenta, por essa questão é que o professor ao planejar uma aula deve conter
principalmente a avaliação que é feita, a anotação do desenvolvimento e o
desempenho do educando, essa é uma forma justa de se saber o que aluno precisa ou
não melhorar. É importante ressaltar que as atividades físicas não são somente uma
diversão para os alunos, além da recreação escolar, são aulas articuladas e
estruturadas para melhorar o desenvolvimento corporal, que resulta em benefícios à
saúde da criança. Os conteúdos a serem trabalhados são diversos, para que assim o
professor não fique apenas repetindo os mesmos conteúdos em toda etapa da
educação básica. O professor deve ter conhecimento disso, e ter como base alguns
documentos fundamentais e importantes para poder se planejar diante da turma que irá
ensinar, como a BNCC e a LDB.
O esporte é um dos conteúdos que pode ser bem trabalhado na escola. Esse deve ser
vinculado ao ensinamento do desenvolvimento de diferentes vivências do educando,
sendo de grande relevância para a vida pessoal e social, além de abrir um leque de
conhecimentos que servirá de aparato para o desenvolvimento de si mesmo. Dessa
forma, esse conteúdo deve ser de forma lúdico e não voltado ao rendimento. De acordo
com Oliveira (2001), o esporte é um fenômeno sociocultural que exerce uma grande
atração nas pessoas, independentemente da etnia, do sexo ou da ideologia, sendo
extremamente útil numa sociedade em que o homem se exercita cada vez menos, o
que pode ocasionar um desequilíbrio físico, mental e social pela inatividade física.
Ainda quanto à metodologia dessa tese, ela também se respalda a uma pesquisa
bibliográfica, pela qual se discute sobre a Educação Física escolar, a importância da
atividade física e a conscientização corporal do educando. Ademais, por meio dela,
tem-se como intuito afirmar ou não a atividade física na escola como sendo um
fenômeno de interação social e construção do próprio ser, e do que se refere à
conscientização corporal do educando ao longo da vida.
As aulas de Educação Física na escola devem ensinar o esporte como para além de
seus fundamentos, dos gestos culturalmente determinados, permitindo que o aluno
descubra sua história, suas origens, interpretando diferentes aspectos que permeiam a
questão da ética e o que representa o adversário no jogo (NISTAPICCOLO, 2012). Faz-
se importante destacar que o professor de Educação Física em sua prática precisa ir ao
encontro de seus alunos, das suas necessidades e características, causando impactos
positivos. Sendo que já é comprovado cientificamente que a Educação Física contribui
por completo para a nossa sociedade. Neira e Uvinha (2009) defendem que o
profissional deve entender as práticas corporais para além daquelas concebidas na
escola, e procurar identificá-las no contexto de tempo não-obrigação do alunado,
denotando para além do mero caráter físico e espacial, mas também em suas relações
sociais, as quais são carregadas de significados.
1 DESENVOLVIMENTO

A atividade física na escola possibilita os alunos a se expressarem de forma


corporal e teórica sobre tudo, adquirindo assim boas condições de convívio no espaço
escolar e na sociedade como um todo. Além do mais, a criança que se movimenta
aprende por meio deles e adquirem uma ótima qualidade de vida. Santos (2005) diz
que o movimento é a primeira forma de expressão da criança, pois desde o ventre de
sua mãe realiza movimentos com o corpo, logo, o movimento é fundamental para o ser
vivo. Desse modo, não se deve impedir que a criança se movimente, uma vez que
quando ela se movimenta, ela aprende. Assim, com a atividade física proposta nas
aulas, os educandos têm a possibilidade de trabalhar/enfrentar seus problemas e
conflitos na vida escolar e na vida social. Posto que, com as atividades físicas o corpo é
trabalhado por inteiro, de forma natural. Por isso, o incentivo para as práticas de
atividade física deve acontecer não somente na escola, mas fora dela também, isso
com a ajuda dos pais para que a criança se movimente sempre, desenvolvendo hábitos
saudáveis.
Lembrando que os alunos aprendem no espaço escolar e levam esse
aprendizado para fora dele. Então as aulas devem ser cooperativas, atrativas e
inclusivas. Tais adjetivos só apresentam resultados positivos ao estudante quando as
aulas forem bem elaboradas e estruturadas com base nas características e precisão
desses alunos, fazendo com que eles as contemplem livremente por vontade própria,
como um real aprendiz, além das atividades realizadas em horário curricular. Segundo
Galhahue, Ozman e Newell (2013), os seres humanos apresentam a capacidade de
interagir com o ambiente através dos movimentos.

A Educação Física passou por várias transformações ao longo do tempo, e de


uns anos atrás até a atualidade ela adotou como objeto de estudo a cultura corporal. O
conteúdo da Educação Física vem da dinâmica sociocultural, isso porque o ser humano
sempre se movimentou em jogos, danças, lutas e etc., e outras práticas vêm surgindo.
Dessa forma, é importante e necessário a conscientização corporal, que leva o aluno a
pensar como a sua cultura corporal interfere em seu modo de ser. Passando a entender
que as práticas corporais e o próprio corpo são práticas construtivas de uma cultura.
Assim, a participação dos alunos nas aulas diante das práticas deve estar entrelaçada
com a prática corporal do conteúdo proposto pelo professor, para que os saberes
adquiridos nas aulas sejam coerentes ao que foi vivenciado/é vivenciado pelo discente.
Os saberes são construções sociais, como, por exemplo, alguns conteúdos que não
foram ensinados nas aulas de Educação Física em algum momento da história, mas
que hoje faz parte. A capoeira, a saber, que antes não era tematizado, atualmente faz
parte do processo educacional da Educação Física como conteúdo de ensino. Isso
porque com o passar dos tempos tudo vai se transformando e mudando, uma vez que,
em certo tempo histórico, alguns grupos sociais discutiam e entendiam o que deveria
ser conteúdo pedagógico, mas com o passar tudo muda, inclusive a gestão deles, e
então os conteúdos que surgem ou que eram menosprezados passam a ser
empregados na escola. De acordo com Geertz (1989), a cultura é uma teia de
significados produzida pelos seres humanos. Portanto, a forma com que as crianças se
movimentam e se expressam faz parte de sua cultura familiar e social, e isso deve ser
respeitado e incluído nas aulas de Educação Física.
A Educação Física também é conhecida como cultura corporal de movimento,
isso porque a partir das intencionalidades e finalidades escolares, não basta apenas
professor e aluno para o desenvolvimento pedagógico, é necessário a relação de
escola, professor, aluno e conteúdo. A Educação Física escolar está cada vez mais
importante para a formação do sujeito consciente de seu próprio corpo e que respeita
ao próximo. A Educação Física tem uma facilidade de os alunos experimentarem o que
eles estão aprendendo por meio dos movimentos e entender sobre os seus limites e
capacidades. Nessa perspectiva, quaisquer gestos, movimentos e entendimento sobre
determinada aula tematizada faz parte da cultura corporal, e os conteúdos são
resultados de encontros de significação diferentes. Portanto, todas as práticas corporais
são questionadas e disputadas o tempo inteiro.
É nas aulas de Educação Física que o aluno pode se expressar além da fala, do
argumento. Ele demonstra e se expressa em seus movimentos corporais também,
podendo dizer e responder até mais do que se fala. O professor em seu plano de aula
deverá estar ciente da precisão da avaliação nesse aspecto, em que muda por
completo no desenvolvimento de suas construções de aulas. São com as atividades
que os alunos participaram e que irá dar um suporte maior sobre suas precisões e
necessidades e desempenho nas demais aulas. Uma vez que toda criança reage de
uma forma diferente da outra, algumas bem positivas e outras regulares sobre
determinada atividade, e isto estará contendo nas avaliações do professor, que ajudará
bastante no processo educacional do aluno. Albuquerque (2009) afirma que, cabe ao
profissional de Educação Física estimular e incentivar a participação, para que os
alunos se relacionem cada vez melhor e atribuam valor a essa disciplina, criando a
possibilidade de se tornarem indivíduos ativos e autônomos nos aspectos motor,
cognitivos e socioafetivos. Assim, conforme Venâncio e Darido (2012), através do seu
planejamento, quando busca planejar ações efetivas no processo de ensino e
aprendizagem contrapõe a realidade atual.
O aluno que se faz ativo nas aulas, que participa e interage com o meio, e com
todos em sua volta, aprende mais com isso. Ele consegue conhecer de seus próprios
limites e capacidade corporal, respeitando assim o movimentar do próximo, pois
ninguém é igual a ninguém, todos possuem uma singularidade do ser. Isso faz parte da
conscientização corporal. É quando a criança se percebe e passa a entender sobre as
respostas que seu corpo reage, e passa a respeitar as condições dos outros também.
Segundo Goul e Roberto (1982), a aprendizagem de valores, habilidades, atitudes em
geral, e de padrões de comportamentos determinados culturalmente ocorre muitas
vezes a partir de processos de modelagem e imitação. De acordo com Piaget (1998), o
crescimento cognitivo da criança se dá através de assimilação e acomodação. O
indivíduo constrói esquemas de assimilação mentais e assimila. Ele incorpora a
realidade a seus esquemas de ação, diferente da pessoa que não consegue assimilar
determinada situação. O aluno percebe, então, que o corpo é um instrumento de
comunicação, que através dele pode explorar e observar seus movimentos fazendo
comparações com o de outra criança, adulto e até mesmo animais, apresentando assim
um conhecimento preciso, por meio da conscientização corporal. Portanto, a
conscientização corporal é o conhecimento de si mesmo, que pode ser adquirido com
os movimentos do próprio corpo. Dessa forma, essa conscientização corporal vai
mudando conforme a criança for crescendo e se desenvolvendo por meio dos
movimentos. Então, todas as aulas devem estar relacionadas a essa perspectiva de
conhecimento corporal, e não deixar a aula fluir de qualquer maneira, sem finalidade
para os alunos. Outro ponto importante para se trabalhar com o desenvolvimento dos
alunos nas aulas são as atividades que envolvam pesos, para que os alunos entendam
a diferença que o corpo reage nessa situação, de saber até onde pode chegar ou não
com suas capacidades física.
Contudo, discutir a conscientização corporal da criança por meio dos
movimentos em cada aula proposta, é fundamental e necessária para a construção do
sujeito, levando em conta o seu desenvolvimento corporal e mental nesse processo de
aprendizagem. A criança precisa não somente se desenvolver, mas também saber o
que está acontecendo conforme cada habilidade e movimento desenvolvido. Assim,
advoga Daolio (1995) que não há técnicas corporais superiores ou inferiores, visto que
essas são construídas culturalmente. Ainda nessa perspectiva de movimento e cultura,
o autor compreende a cultura como um campo de produção de significados que dialoga
com os aspectos biológicos, psicológicos e sociais, por considerá-los como elementos
de uma mesma unidade.
Sendo assim, trabalhando com o movimento na escola, o aluno irá passar
adiante sobre o que aprendeu, e isso só dará efeitos positivos quando se tem a
conscientização corporal de si mesmo. Então, em qualquer situação em que a criança
se encontrar por meio de movimentos, ela terá um entendimento mais aprofundado
sobre como seu corpo reage e o porquê ele reage. Portanto, vai depender muito do
professor de Educação Física ao planejar suas aulas com base nessas informações, de
fazer a aula acontecer, com planos de aulas bem elaborados e estruturados com base
nas características e necessidades de seus alunos, assim conforme os Parâmetros
Curriculares Nacionais (1998). Embora contenham enfoques diferentes entre si, a teoria
e a prática, compostos, muitas vezes, divergentes, tem em comum a busca de uma
educação física que articule as múltiplas dimensões do ser humano. Dessa forma, tem-
se em mente que com as atividades físicas na escola, não se procura apenas
desenvolver capacidades físicas e os gestos motores, mas também procurar influenciar
de maneira positiva nas perspectivas sociais, econômicas e éticas dos alunos. Então, é
necessário que o professor em suas aulas dê novos desafios para as crianças,
mostrando que ela é capaz de fazer, e que em cada atividade essas crianças venham
se evoluindo por completo, respeitando as fases dos movimentos delas, para que elas
possam ter desenvolvimento de uma forma muito interessante.
2 CONCLUSÃO

Por meio das atividades físicas na escola proporcionadas pelas aulas de


Educação Física, o aluno se desenvolve por completo em vários aspectos, tanto
corporal como cognitivo, resultando assim em melhorias no desempenho e
desenvolvimento não somente nas aulas de tal disciplina, mas em todas as outras
também. São por meio das atividades bem planejadas e estruturadas que os alunos
irão garantir sucesso ao longo da vida, uma vez que o corpo é feito para se
movimentar, e além desses movimentos obter a conscientização corporal de seu
próprio corpo, pois esse conhecimento só é despertado quando se faz movimentos.
Educação Física na escola é mais do que movimentos e regras, é
conscientização corporal, é desempenho e desenvolvimento na construção do sujeito
crítico e autônomo, formando sujeitos competentes para a vida além da escola. E o
lúdico é uma ferramenta importante para ser trabalhada na escola em qualquer faixa
etária e em qualquer etapa da educação básica. Com isso, podemos destacar da
importância do professor de Educação Física para administrar suas aulas, contribuindo
dessa forma para a formulação do Projeto Político Pedagógico (PPP), destacando,
além disso, a relevância da disciplina de Educação Física na escola para a formação do
sujeito crítico e independente, que usufrui de comportamentos saudáveis, e um ser
ativo, diante do cenário que se encontra a sociedade sedentária. Nas aulas de
Educação Física, os alunos podem construir saberes para ampliar a consciência de
seus movimentos, desenvolvendo autonomia. As vivências das atividades com relação
a realidade dos alunos podem funcionar como um incentivo para que o estudante faça o
mesmo processo em casa ou em outro lugar, ampliando as possibilidades de práticas
da escola. Com isso, o movimento por meio das atividades propostas pelo professor
deve existir sempre de maneira formal e informal, pois tudo o que é ensinado na escola
deve passar para adiante, e isso é uma forma de aprendizagem, pela qual os alunos
aprendem o real sentido da Educação Física na vida.
No entanto, a escola precisa trazer em seu contexto pedagógico disciplina,
qualificação, com seus professores competentes a ensinar, cumprir com os seus
devidos deveres de educação de qualidade, planejando e aplicando para o
desenvolvimento e desempenho do educando. Uma escola que tem seus alunos como
alvo central de educação possui um grande respeito e gratidão por todos, pois a escola
é a segunda casa da criança, elas passam grande parte de sua vida na escola, e todo
esse tempo deve fazer sentido. Dessa maneira, é preciso conhecer os alunos para
assim desenvolver suas aulas, o professor tendo esse conhecimento, facilmente,
consegue se tornar um facilitador no processo educacional, tendo respeito em relação
ao desenvolvimento e conhecimento corporal que os alunos trazem. Com isso, pode-se
concluir que a Educação Física é de fundamental importância para o quadro de
profissionais que trabalham na educação escolar. Pois a Educação Física contribui
através de conteúdos específicos, como jogos, danças, esportes, brincadeiras e
ginástica para o desenvolvimento corporal e social da criança, levando, dessa forma, a
prática do se movimentar para toda vida, incluindo algum tipo de esporte em que o
aluno com as vivências das aulas poderá se identificar.

3 REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, IV. et al. Dificuldades encontradas na Educação Física Escolar


que influenciam na não-participação dos alunos: reflexões e sugestões.
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