Cistos e Tumores Odontogênicos PDF

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Cistos não odontogênicos, neoplasias

benignas e malignas do sistema


estomatognático
Definição
Nomenclatura
Classificação OMS Tumores Odontogênicos, 2005

Tumores do epitélio odontogênico com estroma fibroso


maduro, sem participação do ectomesênquima

- Ameloblastoma e variantes

- Tumor odontogênico escamoso

- Tumores odontogênico epitelial calcificante (TOEC/Pindborg)

- Tumor odontogênico adenomatoide (TOA)

- Tumor odontogênico queratocístico


Classificação OMS Tumores Odontogênicos, 2005

Tumores do epitélio odontogênico, com participação do


ectomesênquima, com ou sem formação de tecido dentário duro

- Fibroma ameloblástico

- Fibrodentinoma ameloblástico

- Fibro-odontoma ameloblástico

- Odontoma (complexo e composto)

- Odontoameloblastoma

- Tumor odontogênico cístico calcificante

- Tumor dentinogênico de células fantasmas


Classificação OMS Tumores Odontogênicos, 2005

Tumores do ectomesênquima com ou sem epitélio odontogênico

- Fibroma odontogênico

- Mixoma (mixofibroma)

- Cementoblastoma
Classificação OMS Tumores Odontogênicos, 2005

Classificação dos tumores odontogênicos malignos

- Ameloblastoma metastático

- Carcinoma ameloblástico tipo primário

Carcinoma ameloblástico tipo secundário intraósseo

Carcinoma ameloblástico tipo secundário periférico

Carcinoma espinocelular

Carcinoma de células escamosas derivado do tumor queratocístico

Carcinoma de células escamosas derivados de cistos odontogênicos

- Carcinoma odontogênico de células claras

- Carcinoma odontogênico de células fantasmas


Ameloblastoma
É uma neoplasia benigna - agressiva e
invasiva.

Origem do epitélio odontogênico.

Apresenta crescimento lento,


geralmente é indolor e afeta a
mandíbula, sendo 70% na região de
molares e ramo ascendente e 20% na
região de pré-molares e incisivos.

Costuma aparecer na quarta ou quinta


década de vida, com exceção do tipo
unicístico, usualmente visto na segunda e
terceira décadas.
Ameloblastoma
Três variantes:

1. Sólido convencional ou multicístico


(corresponde a 86% dos casos).
2.Unicístico (13% dos casos).
3.Periférico ou extraósseo (1% dos casos).

Radiograficamente radiolúcida unilocular


ou multilocular, com margens denteadas,
podendo se assemelhar a bolhas de
sabão quando as loculações são grandes,
ou a favos de mel quando pequenas.

Podem expandir e perfurar corticais


ósseas e invadir tecidos moles
adjacentes.

Perda da lâmina dura, reabsorção e


erosão das raízes dentárias e
deslocamento de dentes também
Ameloblastoma
Ameloblastoma
Variante mais prevalente em pacientes
jovens.

A lesão radiolúcida, envolvida ou não


com a coroa de um dente.

O ameloblastoma periférico é incomum e


apresenta-se como uma lesão da mucosa
alveolar ou gengival, pedunculada ou
séssil, não ulcerada e indolor. O osso
alveolar subjacente pode estar erodido.

O tratamento dos ameloblastomas é


cirúrgico com margem de segurança,
porém, uma abordagem menos agressiva
tem sido adotada para o tipo unicístico.

O extraósseo é tratado com a excisão


cirúrgica local.
Ameloblastoma

FORMA SÓLIDA MULTILOCULAR


Ameloblastoma

IMAGEM MULTILOCULAR
EM “FAVO DE MEL”

IMAGEM MULTILOCULAR
EM “BOLHA DE SABÃO”
Ameloblastoma

OS AMELOBLASTOMAS PROVOCAM EXPANSÃO ÓSSEA E


ATINGEM GRANDE DIMENSÃO. OBSERVE A REABSORÇÃO DA
RAIZ MESIAL DO PRIMEIRO MOLAR INFERIOR.
Tumor odontogênico adenomatoide (TOA)
Tumor benigno, não invasivo e de
crescimento lento - Reg Ant dos
Maxilares

Mulheres - 1ª e 2ª décadas.

Formas extraósseas que se assemelham a


nódulos gengivais.

Geralmente é um achado radiográfico,


mostrando uma imagem radiolúcida
circunscrita, que pode envolver a coroa
de um dente incluso.

Pode não estar associada a um dente


incluso, e sim entre as raízes dentárias de
dentes irrompidos. A imagem radiolúcida
pode conter calcificações em seu interior
que se assemelham a flocos de neve.
Tumor odontogênico adenomatoide (TOA)
Tumor odontogênico adenomatoide (TOA)

EMBORA A IMAGEM LEMBRE UM CISTO DENTÍGERO NOTA-SE QUE


ELA NÃO SE INSERE NA JUNÇÃO CEMENTO-ESMALTE.
Tumor odontogênico epitelial calcificante (Pindborg)

O tumor epitelial calcificante representa


de 0.6% a 1.7 % dos tumores
odontogênicos.

Descritos algo em torno de 200 casos.

São descritas duas variantes principais


desse tumor segundo a sua localização:
intraóssea ou central que representa 90%
dos casos e a extraóssea ou periférica que
ocorre na região anterior como uma
tumefação gengival.

Forma periférica é responsável por 5%


dos casos. A forma central afeta
principalmente a região de molares e o
ramo da mandíbula (82%).
Tumor odontogênico epitelial calcificante (Pindborg)

Radiograficamente mostra-se como uma


imagem radiolúcida uni ou multilocular,
com margens festonadas, que pode estar
associada a um dente incluso. Pode
apresentar material radiopaco no seu
interior.

Tende a ser menos agressivo do que o


ameloblastoma e o tratamento é
cirúrgico com margem de segurança.
Tumor odontogênico queratocístico
Os ceratocistos uniloculares apresentam
área radiolúcida bem evidenciada, com
cortical bem definida radiopaca
circundando a lesão. Podem atingir
grandes proporções na região posterior
da mandíbula e ramo ascendente e
tornarem-se multiloculares.

DD radiografico com cisto dentígero,


cisto radicular ou com outros tumores,
como o ameloblastoma unicístico.

A completa remoção do ceratocisto por


enucleação é muito difícil, devido à sua
cápsula, que é fina e friável.

Alto índice de recindivas, mas com bom


prognóstico
Tumor odontogênico queratocístico

SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ
Odontoma
Anomalia de desenvolvimento conhecida
como hamartoma.

O odontoma composto é constituído de


dentículos, múltiplas estruturas
semelhantes a dentes e é mais comum na
maxila.

O odontoma complexo consiste em uma


massa de dentina e esmalte, que não
lembra o formato de um dente e é mais
comum na posterior de mandíbula.

É comum nas primeiras décadas de vida e


muitas vezes é detectado em exames
radiográficos de rotina ou quando há
falha na erupção de um dente.

O tratamento é a enucleação cirúrgica.


Odontoma

EXAME RADIOGRÁFICO MOSTRA UM ODONTOMA COMPLEXO, NÃO


SENDO POSSÍVEL IDENTIFICAR IMAGENS DE DENTÍCULOS.
ANALISE A SUA RELAÇÃO COM O SEIO MAXILAR E COM O DENTE
INCLUSO.
Odontoma

INDEPENDENTE DO FATO DE SER


COMPOSTO OU COMPLEXO O
ODONTOMA PODE IMPEDIR A
ERUPÇÃO DE UM OU MAIS DENTE.
Odontoma

CONFORME A POSIÇÃO O
ODONTOMA PODE PROVOCAR
EXPANSÃO ÓSSEA.
Mixoma
Lesão exclusiva dos ossos gnáticos,
acomete adultos, jovens, sendo que a
mandíbula é um pouco mais atingida do
que a maxila.

Seu crescimento pode ser rápido devido


ao acúmulo de substância mixoide no
tumor.

As lesões menores podem ser


assintomáticas e descobertas em um
exame radiográfico, e as maiores podem
levar a uma expansão óssea indolor.

Radiograficamente podem mostrar uma


imagem uni ou multilocular, com
margens irregulares ou festonadas, como
finas trabéculas de osso residual no seu
interior. Os mixomas grandes podem
mostrar uma imagem semelhante a
bolhas de sabão ou degraus de escada.
Cementoblastoma
A maioria dessas neoplasias ocorre na
região de molares inferiores, afetando
mais pacientes com menos de 25 anos.

São lesões de crescimento lento que


podem levar a uma expansão local,
podendo ou não estar associadas à dor.

Ao exame de imagem massa radiopaca


intimamente associada à raiz de um
dente, sendo que o contorno da raiz
perde a definição devido à reabsorção
radicular e fusão do tumor ao dente.

Há um halo radiolúcido uniforme


contornando a massa radiopaca.

O tratamento consiste na exodontia do


elemento dental envolvido e remoção do
tumor.
Neoplasias não odontogênicas benignas do
complexo maxilomandibular

• Epitelial – papiloma e queratoacantoma.

• Conjuntiva – fibroma e lipoma.

• Muscular – leiomioma e rabdomioma.

• Vascular – hemangioma e linfangioma.

• Nervosa – neurilemoma, neurofibroma, epúlide congênita do recém-nascido, tumor


melanocítico neuroectodérmico.

• Óssea – osteoma, osteomaosteoide e osteoblastoma.


Neoplasias não odontogênicas benignas do
complexo maxilomandibular
Cisto nasolabial

Localiza-se em tecido mole, na região da


asa do nariz, derivado de remanescentes
do ducto nasolacrimal ou da porção
inferior do ducto maduro.
Displasia Fibrosa

É uma lesão benigna, autolimitante, não


capsulada.

Maxila 1ª e 2ª décadas de vida.

Crânio e ossos gnáticos são atingidos com


frequência - assimetria.

Nessa lesão o osso é substituído por


tecido fibroso celular, com ilhas e
trabéculas de osso metaplásico.

Pode ser dividida em monostótica (mais


de 80% dos casos) ou poliostótica, que
atinge vários ossos.
Displasia Fibrosa
A displasia fibrosa poliostótica pode ser do
tipo Jaffe, quando + de ¾ do esqueleto estão
envolvidos, ou fazer parte da Síndrome de
McCune-Albright, na qual os pacientes
apresentam múltiplas áreas de pigmentação
cutânea e hiperfunção autônoma de uma ou
mais glândulas endócrinas.

Característica radiográfica - vidro despolido.

Os pacientes portadores da síndrome de


McCune-Albright possuem a pigmentação
café au lait, que consiste em máculas
bronzeadas bem definidas, geralmente
unilateral, na área do tronco e pernas.

Não evoluem após a puberdade.

Raramente sofre malignização


Displasia Óssea
A displasia cemento-óssea tem evolução
assintomática e dividida-se em periapical,
focal ou florida.

A periapical acomete mais mulheres negras


e atinge a região periapical anterior inferior.

É uma condição assintomática e


autolimitante. Os dentes associados
costumam apresentar vitalidade, sendo que
as lesões iniciais se apresentam como
imagem radiolúcida circunscrita na região
apical de um dente e, conforme a lesão
evolui, a área radiolúcida mistura-se com
áreas radiopacas até tornar-se radiopaca.

É necessário apenas o acompanhamento.

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