001 - Industria Brasileira - Vargas Ao Periodo Militar

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Industrialização Brasileira:

de Vargas ao Governo Militar


P ROF. I VA NI LSON L I M A .
G EOGRA F IA – E M I .
Industrialização Brasileira
PRESSUPOSTOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO.
Origens da Industrialização
Surtos de Industrialização
Segundo quartel do século XIX.
Barão de Mauá: eixo São Paulo – Rio de Janeiro;
Delmiro de Gouveia: Pernambuco.
Origens da Industrialização
Primeira Guerra Mundial
Diversificação fabril por conta da guerra europeia que reduziu o
número de produtos importados dessa região.
1919: 70% dos produtos industriais eram nacionais (bens de consumo
não duráveis).
Tecidos, roupas, alimentos e bebidas.
Origens da Industrialização
Segunda Guerra Mundial
1939: 58% dos bens de consumo não duráveis industrializados.
Diversificação fabril com a inclusão de aço, máquinas e material
elétrico.
Predominância de investimentos de capital privado nacional.
Índices de crescimento econômico das atividades terciárias superiores
aos índices industriais e agrários.
Perda da importância econômica do café na economia.
Origens da Industrialização
Revolução de 1930
Retirada da oligarquia paulista agroexportadora do poder.
Política nacionalista industrial.
A partir da crise de 1929 os índices de crescimento industrial passaram
a ser superiores aos índices agrícolas.

As atividades dos barões do café, sobretudo em São Paulo, com investimento nos
bancos e Bolsas de Valores permitiram o acúmulo de capitais que impulsionaram
as atividades industriais, a construção de um sistema de transporte e a
disponibilidade de mão-de-obra.
Industrialização Brasileira
GOVERNO VARGAS.
Governo Vargas: 1930 a 1945
Modernismo
Movimento cultural consolidado em São Paulo, em paralelo ao avanço
da indústria brasileira.
Influência do modernismo europeu, mas valorizando a cultura
brasileira.
Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral integraram a vanguarda do
Movimento Antropofágico
Governo Vargas: 1930 a 1945
Política do Governo Vargas
No pós-crise o Estado passa a intervir diretamente na economia para
evitar novas crises econômicas.
Criação de indústrias estatais nos setores de bens de produção
infraestrutura.
Substituição das importações: início de medidas fiscais e cambiais que
se voltava para a produção interna.

Valorização da moeda nacional em relação ao dólar; introdução de leis e tributos


que restringiam ou proibiam a importação de bens de consumo.
Governo Vargas: 1930 a 1945
Constituição de 1934 e a CLT
Criação do salário mínimo
Férias anuais remuneradas
Descanso Semanal remunerado

A CLT valia apenas para o trabalhador urbano, nesse momento, não houveram
alterações para o trabalhador rural, visto necessitarem de condições específicas.
Com esse apoio popular garantido Vargas aprova a Constituição de 1937 criando
o chamado Estado Novo (mantendo-se no poder até 1945).
Governo Vargas: 1951 a 1956
Ampliação das Indústrias de Base
CVRD – Companhia Vale do Rio Doce
CSN – Companhia Siderúrgica Nacional
Eletrobrás
Petrobrás
Criação de sistema de financiamento
BNDE (atual BNDES)
Industrialização Brasileira
GOVERNO JUSCELINO KUBISTCHEK.
Governo JK: 1956 a 1961
Plano de Metas (Crescer 50 anos em 5)
Investimento em agricultura, saúde, educação, energia, transportes,
mineração, construção civil
Transferência da capital para Brasília no Centro-Oeste

Tripé da Produção Industrial


I – Bens de Consumo não-duráveis: capital privado nacional;
II – Bens de Produção e Capitais: capital estatal;
III – Bens de Consumo duráveis: capital privado internacional.
Industrialização Brasileira
GOVERNO JOÃO GOULART.
Governo Jango: 1961 a 1964
Regime Parlamentarista
Com renúncia de Jânio Quadros e instauração em 07/09/1961
Inflação e desemprego aumentam a medida que o crescimento econômico reduz.
Regime Presidencialista
Ocorre em 06/01/1963 e encaminha as reformas pelas diretrizes:
I – reforma do sistema tributário, bancário e eleitoral;
II – Regulamentação dos investimentos estrangeiros e remessa dos lucros ao
exterior;
III – Reforma agrária;
IV – Aumento dos investimentos em saúde e educação.
Industrialização Brasileira
GOVERNO MILITAR.
Governo Militar: 1964-1967
Golpe de Estado
1º de abril de 1964 João Goulart é retirado do poder
Mudanças do Governo
Atos Institucionais
Criação do sentimento ufanista
Busca pelo investimento dos EUA
Período de ajuste de contas
Empréstimos dos EUA para controlar a inflação com juros mais baixos, sendo usado para
construção de indústrias de base.
Governo Militar: 1968-1973
Milagre Econômico Brasileiro
Crescimento de 10% a.a.
Controle da inflação (Delfim Netto)
Grande concentração de renda por estímulo à poupança
Distribuição de renda somente depois da concentração de renda

Primeiro o bolo precisa crescer para depois dividir. Antônio Delfim Netto.
Governo Militar: 1973-1979
Primeira Crise do Petróleo
Guerra do Yom Kippur (Israel x Liga Árabe)
Redução dos empréstimos internacionais
Marcha Forçada
Forte controle do Estado (empréstimos governamentais e estatização).
Aumento das contas públicas
Obras faraônicas (Itaipu, Transamazônica, Ponte Rio-Niterói)
Diversas obras para investimento em energia (ProÁlcool, energia
nuclear).
Governo Militar: 1979-1989
Segunda Crise do Petróleo
Revolução Xiita no Irã (governo teocrático fundamentalista)
Desaparecimento dos empréstimos internacionais
Grande aumento dos juros para os empréstimos contraídos
“Década Perdida”
Economia sofre grande recessão (grandes contas públicas)
Mudanças cambiais desvalorizando a moeda nacional
Defasagem tecnológica dos produtos industriais
Aumento dos movimentos sociais, culturais e início da redemocratização com a
“Constituição Cidadã de 1988”.
Governo Militar: 1979-1989
Fim do Estado Interventor
Aumento da dívida externa (equivalente a três Plano Marshall)
Estado com poder mínimo de investimento
Hiperinflação (períodos com inflação acima de 200%, em alguns
momentos superando os 1000%)
Abandono do modelo nacional-desenvolvimentista e início do
Neoliberalismo.

Aumento dos movimentos sociais, culturais e início da redemocratização com a


“Constituição Cidadã de 1988”.
Referências
MOREIRA, J. C. SENE, E. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e
globalização. 3ª Ed. Vol. 3. São Paulo: Scipione, 2017.

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