Programa CCB Prévio
Programa CCB Prévio
Programa CCB Prévio
UM CHÃO COMUM
Orquestras Ópera Sexta Maior
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Concursos
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O Centro Cultural de Belém elegeu, como seu lema, uma ideia muito clara: a
de que, como instituição dedicada às artes, tem como tarefa encontrar um chão comum entre
as diferentes práticas artísticas, um campo de contacto entre os artistas e os públicos e
estabelecer diálogos entre as diferenças de que as artes são constituídas.
Esta ideia simples é também uma reflexão sobre os tempos em que vivemos,
demasiado clivados entre posições que não se questionam e que não parecem abertas a
negociações. Parece-nos, como instituição cultural e artística, que a abertura ao outro, ao
diverso e ao que não sabemos classificar é urgente e reflete uma necessidade social, estética e
mesmo política. Desta forma, a programação que propomos para a temporada 2023/24 assenta
nesta noção de abertura e diálogo iniciada na temporada anterior, agora que o Centro
Cultural de Belém retomou a gestão plena dos seus espaços, com o Centro de Artes
Performativas, a Fábrica das Artes dirigida a públicos jovens, ao Centro de Arquitetura/
Garagem Sul e o Museu de Arte Contemporânea, que inaugurará, de forma plena, no outono.
Por fim, esta ideia de chão comum reflete-se na continuação das parce-
rias com organizações com as quais desenvolvemos coproduções (como a Metropolitana, a
OPART, os Teatros Nacionais D. Maria II e São João, o Teatro Municipal do Porto, os festivais
de Almada, Temps d’Images, Cumplicidades ou Alkantara).
Este será o nosso (dos artistas e dos públicos) chão comum: feito de diferenças
e mudança, de abertura e diálogo.
Passo a passo, venham connosco pisar este chão.
Temporada 2023/2024
www.ccb.pt
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Música Erudita
Para descobrir todos os palcos do CCB em formatos diferenciadores e
horários específicos, a programação de música erudita para a temporada 2023/2024 traz o
grande reportório ao longo dos tempos, em viagens cruzadas. A descoberta de sonoridades
novas para a música portuguesa interpretada por músicos internacionais, a presença de
nomes incontornáveis e solistas convidados.
Cesário Costa
Programador de Música Erudita
Ciclos
Orquestras
O ciclo Orquestras apresenta algumas das obras mais emblemáticas do repertório
sinfónico e coral-sinfónico. Organizado em regime de coprodução com a Orquestra
Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, nas tardes de domingo,
no Grande Auditório do CCB, ouviremos a Oitava Sinfonia de Bruckner, a Oitava
Sinfonia de Shostakovich, a Terceira Sinfonia «Heroica» de Beethoven, a integral
dos concertos para piano e orquestra de Beethoven, os concertos para violino e
orquestra de Brahms e Prokofiev, a Quarta Sinfonia de Joly Braga Santos, entre
outras obras de referência. Com a participação do Coro do Teatro Nacional de São
Carlos, que em 2023 assinala os seus 80 anos, será apresentado o Te Deum de
Bruckner, a Missa Glagolítica de Janáček e Dixit Dominus de Händel.
Neste ciclo destacam-se os solistas Frank Peter Zimmermann, François-Frédéric
Guy, Artur Pizarro, Veriko Tchumburidzer, Julia Hagen, Dora Rodrigues, Maria
Luísa de Freitas, Misha Didik, Jozef Benci e João Barradas, entre outros, e os maestros
Antonio Pirolli, Pedro Neves, Enrico Onofri, Julia Jones, Jan Wierzba, José Eduardo
Gomes e Sebastian Perlowski.
Em estreia absoluta serão apresentadas duas obras de compositores portugueses:
o Concerto para acordeão e orquestra de Luís Tinoco e o Concerto para orquestra
de Miguel Azguime.
Os tradicionais concertos de Ano Novo e de Carnaval marcam, mais uma vez,
presença na programação, esta temporada em dose dupla, com concertos ao final
da manhã e à tarde.
Por último, com o objetivo de aproximar o público da música clássica, serão
apresentadas, antes de alguns concertos, sessões explicativas sobre o repertório que
será interpretado.
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17 setembro 2023
Dom, 19h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
Programa
Anton Bruckner (1824-1896) Sinfonia n.º 8 em Dó menor, WAB 108
Ficha artística
Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
29 outubro 2023
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana
Programa
Luigi Boccherini (1743-1805) Sinfonia n.º 17, G. 519
Luigi Boccherini Concerto para violoncelo e orquestra n.º 9
Felix Mendelssohn-Bartholdy Sinfonia n.º 4 Italiana
Ficha artística
Violoncelo Julia Hagen
Direção musical Enrico Onofri
Orquestra Metropolitana de Lisboa
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26 novembro 2023
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana
Programa
Pedro Lima (n. 1994) Talkin(g) (A)bout My Generation
Luís Tinoco (n. 1969) Concerto para acordeão e orquestra
(estreia absoluta/encomenda CCB)
Ludwig van Beethoven (1770-1827) Sinfonia n.º 3 Heroica
Ficha artística
Acordeão João Barradas
Direção musical Pedro Neves
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Atividade paralela
Instalação sonora com as gravações de Archipelago e
Alepo e outros silêncios de Luís Tinoco
22 a 28 de novembro, Black Box
17 dezembro 2023
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
Programa
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Concerto n.º 9 em Mi bemol Maior
para piano e orquestra, K. 271
Georg Friedrich Händel (1686-1759) Dixit Dominus, HWV 232
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Ficha artística
Piano Artur Pizarro Soprano Raquel Alão
Soprano Carolina Raposo Meio-soprano Ana Ferro
Tenor João Rodrigues Barítono Carlos Pedro Santos
Direção musical José Eduardo Gomes
1 janeiro 2024
Seg, 11h00 e 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana
A leveza frutada das valsas. O bruto e o seco das marchas. A segunda fermentação
das polcas. Música fina, é tudo o que se espera do tradicional Concerto de Ano Novo
da Metropolitana no CCB. É ocasião para desejar saúde, felicidade, prosperidade,
paz… projetar novos filmes e novos guiões sobre os quais teremos sempre uma palavra
a dizer. É tempo de escolher a banda sonora ideal para todas as situações. É o brinde
perfeito!
Programa
Stanisław Moniuszko (1819-1872) Abertura da ópera Halka
Josef Strauss (1827-1870) Moulinet - Polka française op. 57
Johann Strauss II (1825-1899) Frühlingsstimmen op. 410
Joly Braga Santos (1924-1988) Romance
Johann Strauss II Neue Pizzicato-Polka op. 449
Johann Strauss II Tritsch-Tratsch-Polka op. 214
Stanisław Moniuszko Mazurka da ópera Halka
Johann Strauss II Stadt und Land - Polka-Mazurka op. 322
José Santos Rosa (1931-2020) Polka da Risota
Johann Strauss II Im Krapfenwald
Johann Strauss II Unter Donner unt Blitz
Johann Strauss II An der schönen blauen Donau op. 314
Ficha artística
Direção musical Sebastian Perłowski
Orquestra Metropolitana de Lisboa
11 fevereiro 2024
Seg, 11h00 e 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana
Concerto de Carnaval
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Ficha artística
Direção musical Jan Wierzba
Orquestra Metropolitana de Lisboa
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2 e 3 março 2024
Sáb, 21h00, Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana
Programa
2 março
Ludwig van Beethoven (1770-1827) Concerto para piano e orquestra n.º 2
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra n.º 3
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra n.º 4
3 março
Ludwig van Beethoven (1770-1827) Concerto para piano e orquestra n.º 1
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra n.º 5
Ficha artística
Piano e direção musical François-Frédéric Guy
Orquestra Metropolitana de Lisboa
28 março 2024
Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
Programa
Leoš Janáček (1854-1928) Missa glagolítica
Úvod - Einleitung - Introduction
Gospodi pomiluj - Herr, erbarme dich - Kyrie
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Slava - Ehre - Gloria
Vĕruju - Ich glaube - Credo
Svet - Heilig - Sanctus
Agneče Božij - Lamm Gottes - Angus Dei
Varhany solo - Orgel solo - (Postludium)
Intrada (Exodus)
Ficha artística
Soprano Dora Rodrigues
Meio-soprano Maria Luísa de Freitas
Tenor Misha Didik
Baixo Jozef Benci
Direção musical Antonio Pirolli
28 abril 2024
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
Programa
Dmitri Shostakovitch (1906-1975) Sinfonia n.º 8 em Dó menor, op. 65
Ficha artística
Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
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19 maio 2024
Dom, 19h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana
Programa
Joly Braga Santos (1924-1988) Nocturno, op. 11
Miguel Azguime (n. 1960) Concerto para orquestra
(estreia absoluta/encomenda Metropolitana)
Johannes Brahms (1833-1897) Concerto para violino e orquestra, op. 77
Ficha artística
Violino Frank Peter Zimmermann
Direção musical Pedro Neves
Orquestra Metropolitana de Lisboa
26 maio 2024
Dom, 19h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
Programa
Sergei Prokofiev (1891-1953) Concerto para violino e orquestra n.º 1, op. 10
Joly Braga Santos (1924-1988) Sinfonia n.º 4, op. 16
Ficha artística
Violino Veriko Tchumburidzer
Direção musical Julia Jones
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
(Maestro titular Giampaolo Vessella)
Orquestra Sinfónica Portuguesa
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Ópera
A temporada de 2023/2024 apresenta quatro produções cénicas. A primeira, Fidelio,
de Ludwig van Beethoven, é uma co-apresentação CCB, OPART/Teatro Nacional de
São Carlos da produção do Staatsoper Hamburg e do Teatro Comunale di Bologna,
com encenação de George Delnon e direção musical de Graeme Jenkins.
As restantes três produções serão dedicadas à música operática portuguesa. Com
encenação de Ricardo Neves-Neves e direção musical de João Paulo Santos, será
apresentada a opereta a Maria da Fonte de Augusto Machado. Esta obra, recuperada
pelo Laboratório de Ópera Portuguesa, foi estreada no Teatro da Trindade, em 1879,
e é apresentada, nesta temporada, em estreia moderna.
Estreada no 1º Festival de Vilar de Mouros, em 1971, a Cantata Dom Garcia de Joly
Braga Santos, será apresentada na programação do CCB com encenação de Fernando
Gomes e direção musical de António Costa.
Por fim, em parceria com o Operafest Lisboa 2023, será apresentado o espetáculo
Grandes Cantores para a Ópera de Hoje, construído a partir de árias ou excertos de
óperas oriundos de compositores contemporâneos portugueses, num espetáculo encenado
e interpretado por jovens cantores.
6 setembro 2023
Qua, 19h00, Pequeno Auditório, M/6
Parceria Centro Cultural de Belém, Companhia de Ópera do Castelo – Associação
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12 e 14 novembro 2023
Dom, 17h00, Ter, 10h30 – Sessão para escolas
Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos,
APARM-Academia Portuguesa de Artes Musicais, Santa Casa Misericórdia de
Lisboa, Égide – Associação Portuguesa das Artes, Teatro do Eléctrico, Culturproject
Ficha artística
Libreto e encenação Ricardo Neves-Neves
Direção musical João Paulo Santos
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maria da Fonte Cátia Moreso
Abade Cortições Luís Rodrigues
Ludovino Marco Alves dos Santos
Joana Eduarda Melo
Perpétua Inês Simões
Onofre André Henriques
Vilar Tiago Matos
Aniceto João Merino
21 e 23 janeiro 2024
Dom, 16h00, Ter, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Co-apresentação CCB, OPART/Teatro Nacional de São Carlos da Produção
do Staatsoper Hamburg e do Teatro Comunale di Bologna
Fidelio, de Beethoven
Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa
Foi em 1804 que Beethoven começou a trabalhar naquela que seria a sua única ópera
– Fidelio. O projeto consistia numa nova versão da história de Leonore, uma história
de amor, marcada por fortes ideais revolucionários, e que encaixava perfeitamente
na personalidade e na ideologia beethoveniana – um jovem nobre, defensor da liberdade,
é preso por um usurpador tirânico; uma mulher fiel e corajosa faz-se passar por um
homem para salvar o prisioneiro da morte; um ministro faz triunfar a justiça libertando
todos os prisioneiros políticos. Nessa altura, Viena tinha acabado de ser ocupada
pelas forças napoleónicas e, como é óbvio, uma história destas não iria ser bem
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vista pelas autoridades. Mesmo assim, Beethoven ainda conseguiu que a ópera fosse
apresentada algumas vezes. Contudo, só em 1814, e após uma substancial revisão da
ópera, é que esta teve condições para ser recebida com o sucesso de que ainda hoje é alvo.
Programa
Fidelio, op. 72b
Uma ópera de Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Libretista Joseph Ferdinand Sonnleithner (1766-1835)
Ficha artística
Encenação Georges Delnon
Direção musical Graeme Jenkins
30 junho 2024
Dom, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coprodução Centro Cultural de Belém, ARTPRODES
Programa
Dom Garcia, op. 50
Uma ópera de Joly Braga Santos (1924-1988)
Libreto Natália Correia (1923-1993) e David Mourão-Ferreira (1927-1996)
Ficha artística
Encenação Fernando Gomes
Direção musical António Costa
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Direção do coro Jorge Alves
Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública
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D. Fernando José Raposo
D. Garcia Mário Redondo
D. Afonso Miguel Raposo
D, Urraca Leonor Seixas
D. Elvira Sara Belo
Jogral João Terleira
Virgem Bárbara Barradas
Três avelaneiras Filipa Bastos, Rita Mourão Tavares e Sara Afonso
Sexta Maior
O ciclo Sexta Maior levará o público numa viagem desde a música antiga à música
dos nossos dias. Teremos o IV Livro de Madrigais de Monteverdi interpretado pelo
Concerto Italiano e dirigido por Rinaldo Alessandrini. Os Sete Lágrimas apresentam
novos vilancicos sobre poesia portuguesa do século XVI, de Gil Vicente, Bernardim
Ribeiro e Pêro de Andrade Caminha, entre outros autores.
O Divino Sospiro dá-nos a conhecer excertos de ópera, serenata e oratória do século
XVIII de compositores portugueses, que foram determinantes na afirmação da
linguagem musical no período barroco, em paralelo com a música de compositores
europeus da mesma época. Os Músicos do Tejo apresentam por seu lado um progra-
ma com repertório barroco que inclui a estreia absoluta da Suite Barroca, do compositor
Filipe Raposo, inspirada nas danças mais comuns desse período.
O tenor Ian Bostridge e o pianista Luís Duarte levam-nos por uma viagem bucólica
pelo lied, através da Bela Moleira de Schubert. Os gostos da sociedade lisboeta em
finais do século XIX são o ponto de partida para o recital de piano de João Costa
Ferreira com obras, entre outros compositores, de Vianna da Motta e Chopin.
O Quarteto Leipzig apresenta com obras de Joly Braga Santos, Shostakovich e uma
obra em estreia absoluta do compositor António Pinho Vargas. O DSCH – Schostakovich
Ensemble dedica um recital à música de câmara de Schostakovich e os Drumming
apresentam, logo a abrir este ciclo, um programa dedicado à música do compositor
Luís Tinoco.
6 outubro 2023
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Percussão
Archipelago
Drumming GP
Programa
Luís Tinoco (n. 1969)
Short Cuts (F)
Mind the Gap
Steel Factory
Archipelago
Spiralling
Fados Geneticamente Modificados
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10 novembro 2023
Sexta-feira, 21h00, Sala a definir, M/6
Recital de piano
Florilégio Romântico
João Costa Ferreira
Programa
Vianna da Motta (1868-1948) Fantasia brilhante sobre a ópera Il Guarany de
Carlos Gomes, op. 34
Frédéric Chopin (1810-1849) Fantaisie-impromptu, op. 66
Vianna da Motta Praia das Conchas, Quadrilha de Contradanças, op. 22
Vianna da Motta O Dia 20 de Maio, Quadrilha de Valsas, op. 44
Frédéric Chopin Valsa op. 64 n.º 2
Vianna da Motta Resignação, Melodia para a mão esquerda
Vianna da Motta Rondino, op. 52
António Fragoso (1897-1918) Nocturno em Ré bemol Maior
Joly Braga Santos (1924-1988) Variações
Vianna da Motta Variações sobre um tema original, op. 47
15 dezembro 2023
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Música Antiga
Folia Nova – Nova Música Antiga sobre Poesia
Portuguesa dos séculos XV e XVI
Sete Lágrimas
O termo «folia» surge em fontes portuguesas do final do século XV e inícios do século XVI
sendo referida no Auto da Sibila Cassandra do dramaturgo português Gil Vicente
(c.1465–c.1536), escrito por volta de 1513, como uma dança interpretada por pasto-
res. Durante um século esta estrutura musical (harmónica e rítmica) conquista toda
a Península e afirma-se como um modelo popular em Itália, França ou Inglaterra, nos
séculos XVII e XVIII. Musicalmente, a folia divide-se em duas eras: a antiga que
se estende de 1577 até 1674; e a tardia que se expande de 1672 a 1750 em França e
Inglaterra. Em 2023, Filipe Faria e Sérgio Peixoto visitam a história desta estrutura
para compor, em Folia Nova, novos vilancicos sobre poesia portuguesa do século
XVI de Gil Vicente (c.1465 – c.1536), Bernardim Ribeiro (1482? – 1552?) e Pêro de
Andrade Caminha (1520-1589), entre outros.
Ficha artística
Sete Lágrimas
Direção artística Filipe Faria e Sérgio Peixoto
Atividade paralela
Lançamento de livro de fotografia de Filipe Faria
15 dez, Sala de Leitura, horário a definir
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12 janeiro 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
À data da sua morte prematura aos 31 anos, em 1828, Franz Schubert havia já produzido
um legado de cerca de 600 Lieder – género do romantismo alemão que une,
intrinsecamente, poesia e música. A Bela Moleira, o primeiro grande ciclo do compositor
austríaco, reúne poesia de Wilhelm Müller (poeta, filologista e historiador) e
proporciona uma viagem bucólica que oscila entre um otimismo naïve e a angústia e
o desespero perante um amor não correspondido.
Programa
Franz Schubert (1797—1828) A Bela Moleira, op.25, D 795
Das Wandern
Wohin?
Halt!
Danksgesang an den Bach
Am Feierabend
Der Neugierige
Ungeduld
Morgengruss
Des Müllers Blumen
Tränenregen
Mein!
Pause
Mit dem grünen Lautenbande
Der Jäger
Eifersucht und Stolz
Die liebe Farbe
Die böse Farbe
Trockne Blumen
Der Müller und der Bach
Des Baches Wiegenlied
16 fevereiro 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Música de Câmara
Schostakovich e Estaline
DSCH – Schostakovich Ensemble
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e a repressão. Neste concerto, serão interpretadas obras-primas do seu legado
criativo, entre as quais a Sonata para violoncelo e piano, composta na década de
1930, quando Schostakovich sofreu os primeiros e violentos ataques no Pravda,
jornal oficial do Partido Comunista soviético, e o célebre Quinteto com piano, pelo qual
Schostakovich recebeu em 1941 o Prémio Estaline.
Programa
Dmitri Schostakovich (1906-1975)
Trio n.º 1, op. 8
Sonata para violoncelo e piano, op. 40
5 Peças para 2 violinos e piano
Quinteto com piano, op. 57
8 março 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Música de Câmara
O Som do Silêncio
Quarteto Leipzig
Pouco parecerá, a uma primeira impressão, unir os três quartetos de cordas de Joly
Braga Santos, António Pinho Vargas e Dmitri Shostakovich propostos neste recital.
No entanto, é mais aquilo que os une do que o que os separa. Escritos com apenas
três anos de intervalo (1957 e 1960), os quartetos de Braga Santos e Shostakovich
revelam um momento de viragem na obra dos seus autores, o português em direção
a uma música mais áspera e despojada, e o soviético em direção aos seus últimos
quartetos, obras de uma imensa concentração expressiva e conteúdo autobiográfico.
António Pinho Vargas, cuja música partilha com a de Shostakovich um certo pathos
trágico, pathos que denota uma inquietação existencial única na música portuguesa
recente, dar-nos á a conhecer o seu 5.º Quarteto, confirmando-se assim como o
compositor português moderno mais significativo no que toca a este género maior da
música de câmara.
Programa
Joly Braga Santos (1924-1988) Quarteto n.º 2
António Pinho Vargas (n. 1951) Quarteto n.º 5 (estreia absoluta/encomenda CCB)
Dmitri Schostakovich (1906-1975) Quarteto n.º 8
5 abril 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Música Barroca
Suite (a + b) Suites de Compositores Barrocos e de Filipe Raposo
Os Músicos do Tejo
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poderia ser um mote de inspiração. Allemandes, menuets, courantes, sarabandes,
passepieds, gigues, entre outras, são um terreno fértil para a criatividade jorrar.
Combinámos também que o próprio compositor irá integrar a orquestra, desta feita
tocando órgão positivo. É também uma forma de manter os músicos alerta para novas
exigências que estimulem proficiência musical e técnica pois serão certamente confrontados
com harmonias e ritmos diferentes do habitual e, por seu torno, poderão contribuir
também com a sua visão experienciada dos modelos utilizados. Foi também muito
positiva a abertura do CCB, instituição com a qual temos uma relação com um gran-
de historial (aliás, foi neste espaço cultural que começámos a nossa existência) para
este tipo de programação inovadora.
Estamos em crer que será uma experiência inesquecível e a primeira pedra de uma
nova linha de desenvolvimento do nosso percurso. – Os Músicos do Tejo
Programa
Filipe Raposo (n. 1979) Suite Barroca
(estreia absoluta/encomenda d’Os Músicos do Tejo)
Obras de J. S. Bach, J. B. Lully, M. Marais, A. C. Destouches e F. Raposo
Ficha artística
Direção musical Marcos Magalhães e Marta Araújo
3 maio 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Música Barroca
Della Gloria e Dell’Onore
Divino Sospiro
Com este programa, a orquestra Divino Sospiro propõe um ponto de vista sobre a
produção e circulação da Ópera, da Serenata e da Oratória, possivelmente estes últimos,
os dois géneros musicais mais frequentes em Portugal durante o século XVIII,
centrando-se no contributo desta nação, e propondo um percurso paralelo, dividido
em duas partes pelas principais etapas de afirmação estético-musical que se desenvolveram
na Europa e em particular, em Portugal, exemplificadas por autores que foram
fundamentais na determinação do caminho e da afirmação da linguagem musical
do Barroco, para o que viria a ser o estilo Clássico. O resultado é um quadro rico em
pontos de contacto, mas não isento de traços de originalidade e extravagância. Um
ponto de vista sobre a produção e circulação dos mais elevados modelos estéticos na
produção musical europeia, centrando-se nos seus reflexos na produção portuguesa
e no seu contributo para a circulação musical da época. Somos confrontados com
uma visão da Europa através do filtro desse cosmopolitismo, que sempre foi uma
chave de leitura aguda e peculiar na história sociopolítica e cultural de Portugal, e
que faz deste país um dos lugares mais identificáveis daquilo a que hoje chamamos a
pátria cultural europeia.
Programa
1.ª parte
A vanguarda europeia
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Do Galante às vanguardas do clássico
J. A. Hasse (1699-1783) Dueto
O estilo reformado
N. Jommelli (1714-1774) Recitativo accompagnato
O come al sonno alletta, da serenata Endimione (R.F.)
2.ª parte
A prospetiva de Portugal
Do Galante
P. A. Avondano (1714-1782) Ária Questi al cor da oratória Morte d’Abel (A.Q.)
As vanguardas do clássico
J. Sousa Carvalho (1745-c.1798) - Ária Se l’interno affanno mio,
da ópera Alcione (mezzo) (R.F.)
O estilo reformado
N. Jommelli Recitativo e Dueto, finale 1.ª parte, Tante volte, mio tesoro,
da Serenata Endimione (A.Q. / R.F.)
Ficha artística
Soprano Ana Quintans
Meio-soprano Rita Filipe
Direção musical e artística Massimo Mazzeo
Divino Sospiro
7 junho 2024
Sexta-feira, 21h00, Foyer do Grande Auditório (Piso 2), M/6
Música Antiga
Monteverdi: IV Livro de Madrigais
Concerto Italiano
O Concerto Italiano, criado por Rinaldo Alessandrini, nasceu em 1984. A sua história
sobrepõe-se à história do renascimento da música primitiva em Itália. Monteverdi,
Bach e Vivaldi foram os principais compositores sobre os quais o grupo foi capaz de
renovar a linguagem da música antiga, revelando completamente um novo aspeto
estético e retórico. Após 33 anos, as gravações do Concerto Italiano ainda são consideradas,
por críticos e público, versões de referência, refletindo o significado definitivo que o
grupo tem sido capaz de dar aos seus esforços e às suas realizações. Neste concerto,
ouviremos IV Livro de Madrigais de Monteverdi, a cinco vozes, composto em 1603,
com textos de Giovanni Battista Guarini, Ridolfo Arlotti, Torquato Tasso, entre outros.
Programa
Claudio Monteverdi (1567-1643) IV Livro de Madrigais
Ah dolente partita, SV 75
Cor mio, mentre vi miro, SV 76
Cor mio, non mori?, SV 77
Sfogava con le stelle un infermo d’amore, SV 78
19
Volgea l’anima mia soavemente, SV 79
Anima mia, perdona a chi tè cruda, SV 80ª
Che se tu se’ il cor mio, SV 80b
Luci serene e chiare voi mincendete, SV 81
La piaga c’ho nel core donna onde lieta sei, SV 82
Voi pur da me partite, anima dura, SV 83
A un giro sol de’ bell’ occhi lucenti, SV 84
Ohimè se tanto amate, SV 85
Io mi son giovinetta, SV 86
Quel augellin che canta sì dolcemente, SV 87
Non più guerra pietate occhi miei belli, SV 88
Sì ch’io vorrei morire hora ch’io bacio amore, SV 89
Anima dolorosa che vivendo, SV 90
Anima del cor mio poi che da me misera me, SV 91
Longe da te, cor mio, struggomi di dolore, SV 92
Piagn’e sospira e quandi caldi raggi, SV 93
Ficha artística
Direção musical Rinaldo Alessandrini
Concerto Italiano
Atravessar o fogo
Atravessar o fogo é ver o que se esconde do lado de lá. Um ato de libertação e
curiosidade que se traduz num ciclo de oito concertos entre outubro de 2023 e
maio de 2024, com a curadoria de Martim Sousa Tavares e a presença de alguns
dos intérpretes mais singulares no plano nacional e internacional.
Música para quebrar barreiras, em horários e espaços menos comuns, que convida
a novas formas de estar e de escutar.
14 outubro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório, M/6
Programa
Gabriel Prokofiev (n. 1975)
Quarteto de cordas n.º 1
Quarteto de cordas n.º 2
20
4 novembro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório, M/6
De Bristol para o mundo, os Spindle Ensemble gravam para a muito seletiva Hidden
Note, numa linguagem que conjuga o prazer dos timbres frescos com a mistura
desassombrada entre géneros. Clássica, contemporânea, vanguardista, low-fi,
improvisatória e imprevisível, a música dos Spindle Ensemble é a viagem que eles
querem e nós também.
Programa
Música do disco INKLING dos Spindle Ensemble
2 dezembro 2024
Sábado, 22h30, Foyer da Sala Sophia de Mello Breyner Andresen, M/6
Quarteto de pianos
884 ou Piano ao Quadrado
Kukuruz Quartet
Não é todos os dias que se juntam quatro pianos. Também não é todos os dias que
se ouve a música hipercarregada de energia, provocação e libertinagem de Julius
Eastman. O Kukuruz Quartet traz na mala um programa cheio de música fresca para
qualquer par de ouvidos, onde o ponto alto promete ser a catarse sonora a jorrar das
composições de Eastman.
Programa
Julius Eastman (1940-1990) Fuga n.º 7 para 4 pianos
Mark Applebaum (n. 1967) Estreia mundial de peça para quatro pianos
Julie Herndon (n. 1986) When the machine rhymes with my body
Anicia Kohler (n. 1982) Lueget
Julius Eastman Evil Nigger
20 janeiro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório (Piso 2), M/6
Os Echo Collective caracterizam-se por trazer o público para uma atmosfera de som
em que se esbatem quaisquer barreiras entre quem ouve e quem toca, tal como os
géneros, estéticas e linguagens em que navegam.
Em ambiente de proximidade, o ensemble originário da Bélgica irá propor o conceito
de som 4D, trabalhando a fluidez tímbrica entre os diferentes instrumentos, sempre
tocados por apenas dois instrumentistas. Mirror Image é uma experiência sonora
imersiva que foi concebida em 2023 pela dupla e já apresentada em Bruxelas,
Amesterdão e Londres.
Programa
Apresentação do concerto MIRROR IMAGE, composição e interpretação de
Margaret Heimant e Neil Leiter
21
24 fevereiro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório, M/6
Quarteto de Cordas
Is This The Real Life
Attacca Quartet
Programa
Apresentação do disco REAL LIFE ao vivo.
16 março 2024
Sábado, 22h30, Foyer da Sala Sophia de Mello Breyner Andresen, M/6
Quantos músicos haverá que um dia estão a gravar as suites de Händel e no seguinte
a fazer um set de três horas numa discoteca? Provavelmente só Francesco Tristano.
O pianista, improvisador e mago das linguagens da pista de dança traz a Lisboa a
sua visão 2.0 para o que pode ser um recital de piano, enriquecido por um arsenal de
sintetizadores, pedais de efeitos e ferramentas para sequenciar a música ao vivo.
Programa
Música escolhida e improvisada no momento por Francesco Tristano
20 abril 2024
Sábado, 22h00 + 00h00, Centro de Arquitetura/Garagem Sul, M/6
É no contexto do primeiro Salon Rose+Croix que Joséphin Péladin cria a peça teatral
Le fils des étoiles, com música de Erik Satie. Passados mais de 130 anos desde a
estreia, Joana Gama resgata essa partitura da escuridão e apresenta-a num ritual
inspirado no ambiente místico e artístico da época. Música celestial, sem princípio
nem fim, tão forte quanto suave. Música que se evapora, que se ouve de olhos
fechados. Os movimentos são lentos, solenes. Ao fundo, uma visão do Sublime.
Programa
Erik Satie (1866-1925) Le fils des étoiles
Ficha artística
Conceção e interpretação Joana Gama
Design de som Suse Ribeiro
Design de luz Frederico Rompante
22
18 maio 2024
Sábado, 22h30, Jardim do Pequeno Auditório, M/6
Programa
James Tenney (1934-2006) Septet
Larry Polansky (n. 1954) Septet
Lois V. Vierk (n. 1951) Go Guitars
Steve Reich (n. 1936) Electric Counterpoint
Concertos Comentados
Os concertos comentados de domingo de manhã, às 11 horas, apresentam uma
programação pensada para as famílias e para todos aqueles que pretendem conhecer
os segredos de uma partitura e as histórias que os compositores quiseram contar
com a sua música.
Num ambiente informal, o público poderá descobrir O Carnaval dos Animais de
Saint-Säens, os Carnavais para piano de Schumann, As Quatro Estações de Vivaldi
(na versão de Dresden com instrumentos de sopro), a música de câmara de Joly Braga
Santos, Côrte-Real e Fauré, a música coral, os Cantos Sefardins de Lopes-Graça, e
por último, uma viagem pelos sons imaginários e da natureza, através da música
para percussão de Philip Glass.
Cesário Costa
Programador de Música Erudita
1 outubro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6
Música Coral
EmCantos
Coro Ars Vocalis
O Coro Ars Vocalis apresenta-se num concerto que respira leveza, levar um novo
ambiente coral, com uma linguagem eclética, entre o espírito meditativo e de oração,
sempre abraçados pela energia africana, e harmonias quentes dos espirituais negros.
Um concerto premiado com a obra Breeze of Peace, do compositor Rui Paulo Teixeira,
encomenda do Coro Ars Vocalis.
Concerto comentado por Catarina Furtado
Programa
Michael Barrett & Ralf Schmitt (arr.) Indodana
John Newton (arr. Steven Milloy) Hlohonofatsa
Rui Paulo Teixeira Breeze of Peace
John Newton (arr. Steven Milloy) Amazing Grace
Edwin R. Hawkins Oh happy day
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Greg Gilpin & John Parker Nothing gonna Stumble
Daniel Hughes Babethadanza
Christopher Tin Baba Yetu
Jacob Narverud Kuimba Nafsi yangu
Jacob Narverud Sisi Ni Moja
Paul Halley Freedom Trilogy
Jeffery L. Ames (Trad. Zulu) Tshotsholoza
19 novembro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6
Música de Câmara
Centenários
Trio Pangea
10 dezembro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6
Duração: 70 min.
Música Coral
VERBUM
Nova Era Vocal Ensemble
Programa
Johannes Brahms (1833-1897) Drei Quartette, op. 112
Maurice Ravel (1875-1937) Trois Chansons
Joly Braga Santos (1924-1988) Quatro Canciones
Eric Whitacre (n. 1970) Five Hebrew Love Songs
John Rutter (n. 1945) Five Traditional Songs
Miguel Carvalho (n. 1997) IA
(estreia absoluta/encomenda do Nova Era Vocal Ensemble)
Anders Edenroth (n. 1963) Words
Ficha artística
Direção musical João Barros
Piano Maria João Maia
Violino Markéta Chumová
24
4, 5 e 7 janeiro 2024
Quinta e sexta, 11h00 e 14h30 – Sessões para escolas
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6
Percussão
…Até Ao Mar
Pulsat Percussion Group
4 fevereiro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6
Música Barroca
As Quatro Estações de Vivaldi
Ludovice Ensemble
As Quatro Estações de Vivaldi são das obras mais famosas de toda a História da Música.
Será possível encontrar uma «versão alternativa» destes acrobáticos concertos para
violino, com ainda mais cores e efeitos surpreendentes? Como soariam quando tocadas
pelo grande violinista alemão Pisendel, aluno e amigo de Vivaldi, e a orquestra da
corte de Dresden, na Saxónia? Tão imaginativa e rica de contrastes como os concertos
«con molti strumenti» que o compositor veneziano escreveu para o seu amigo e para
a mais famosa orquestra europeia do seu tempo? Neles, a par do omnipresente violino
— aqui um incrível instrumento de Francesco Rugeri, feito em Cremona em 1680, e
esplendorosamente tocado pela virtuosa Alfia Bakieva — brilham pares de flautas,
oboés e trompas, mas também o fagote, o violoncelo e o cravo. Uma oportunidade
única para redescobrir obras-primas de Vivaldi, as mais e as menos conhecidas,
todas elas interpretadas com a combinação do rigor histórico e o entusiasmo sempre
atual a que nos habituou o Ludovice Ensemble.
Programa
Antonio Vivaldi (1678-1741) Concerto para a orquestra de Dresden
Antonio Vivaldi Concerto L’Primavera, op. 8 n.º 1
Antonio Vivaldi Concerto L’Estate, op. 8 n.º 2
Antonio Vivaldi Concerto Il Proteo ò il mondo al rovverscio
Antonio Vivaldi Concerto L’Autunno, op. 8 n.º 3
Antonio Vivaldi Concerto L’Inverno, op. 8 n.º 4
Ficha artística
Ludovice Ensemble
Violino solo Alfia Bakieva
Cravo, direção musical e comentários Fernando Miguel Jalôto
25
14 abril 2024
Domingo, 11h00, Sala a definir, M/6
Recital de piano
Os Carnavais de Schumann
Jorge Moyano
Programa
Robert Schumann (1810-1856) Papillons, op. 2
Robert Schumann Carnaval, op. 9
Joly Braga Santos (1924-1988) Pastoral
Robert Schumann Carnaval de Viena, op. 26
Ensemble instrumental
O Carnaval dos Animais de Saint-Saëns
Camerata Alma Mater
Programa
Camille Saint-Saëns (1835-1921) O Carnaval dos Animais
Ficha artística
Piano Paulo Oliveira
Piano Francisco Cabral
Camerata Alma Mater
Desenho em tempo real JAS
2 junho 2024
11h00, Pequeno Auditório, M/6
Este programa ergue-se em torno das doze canções de inspiração sefardita compostas
por Fernando Lopes-Graça entre 1969 e 1971, tendo por base uma coletânea de
cantos que lhe teria sido dada a conhecer por Michel Giacometti. Não são claros os
26
motivos pelos quais Lopes-Graça se interessou pela música de tradição judaica
hispano-portuguesa, podendo apenas especular sobre o assunto.
Só muito recentemente dadas em estreia, na sua versão para voz e piano — seis, de
entre elas, foram orquestradas em 1971— permanecem, em grande medida, desconhecidas do
público português. São, contudo, um notável conjunto de canções de cariz profano,
evidência da mestria da escrita pianística do compositor. Outros, refletem nas suas
opções pelos temas da música judaica, a sua própria herança cultural, casos de
Darius Milhaud e de Leonard Bernstein, também neste programa, que termina com
uma seleção dos cantos hebraicos de Lord Byron, escritos para o amigo e cantor judeu
Isaac Nathan. Seguindo o modelo da poesia sacra, Byron demonstra nelas a sua empatia
e solidariedade para com a causa judaica, de um povo disperso e apátrida, ele, que
foi sempre um defensor das causas dos mais desvalidos.
Na reinvenção que faz dos textos bíblicos do Antigo Testamento, Byron não ilude
uma certa transgressividade da norma, e a sensualidade travestida dos seus versos
conseguiu, à época, suscetibilizar as sensibilidades mais religiosas.
PROGRAMA
Fernando Lopes-Graça Doze Cantos Sefardins
1. A la una nací yo
2. Noches, noches
3. A la nana
4. Arvolera, arvolera
5. Arvoles yoran
6. Cuando el rey Nimrod
7. Si savías, gyoya mia
8. Durmo la nochada
9. Una noche yo me armí
10. Morenica sos
11. El s’asentó
12.Un cavritico
Maurice Ravel Duas melodias hebraicas
Kaddisch; L’enigme éternelle (O enigma eterno)
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Concursos
7 outubro 2023
Sáb, 19h00, Sala Luís de Freitas Branco, M/6
Parceria Centro Cultural de Belém
Ficha artística
Direção musical Rui Pinheiro
Meio-soprano Susana Teixeira
Flauta João Pereira Coutinho
Clarinete Luís Gomes
Violino José Sá Machado
Viola Ricardo Mateus
Violoncelo Jorge Sá Machado
Harpa Inês Cavalheiro
Piano Dana Radu
Percussão Fátima Juvandes
3 dezembro 2023
Dom, 11h00, Sala a definir, M/6
Parceria Centro Cultural de Belém
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Festivais
Temps D’Images
13 e 14 outubro 2023
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Pequeno Auditório, M/16
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Temps D’Images
Teatro
Temos apenas o presente de Manuela Marques
Duas pessoas perdidas, num espaço etéreo, procuram uma saída, amparando-se
mutuamente. Neste particular lugar é difícil decifrar e imaginar o exterior, porque
importa mais dar corpo e voz ao que é interior, a tudo o que é invisível e, ainda,
incompreendido pelo ser humano. Mesmo sendo delicado, é imperativo trazer para
o plano da perceção certas dores, estigmatizadas e relevadas.
«X» e «Y» são os eixos da trama, que se perspetiva com a atenção de «Z».
Quem? Onde? Como? Ou porquê? São perguntas para as quais, decerto, não se terá
uma resposta fácil. Ninguém está imune de sair do eixo, porque há, claramente, zo-
nas encobertas em todos os indivíduos, o que contamina as suas relações: existir.
Ficha artística
Direção artística e texto Manuela Marques
Interpretação Mariana Monteiro e Mauro Hermínio
Realização Rita Nunes
Cenografia Diogo Dias João
Tradução Eva Tecedeiro
Desenho de luz Daniel Worm D’ Assumpção
Fotografia e sonoplastia João Hasselberg
Grafismos Tomás Gouveia
Produção executiva Lysandra Domingues
Equipa de filmagem A definir
Produção má-da-faca
Temps D’Images
10 e 11 novembro 2023
Sex e Sáb, 21h00, Black Box
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Temps D’Images
Teatro
O Cavalo de André de Campos
Temps D’Images
Cavalo é a última peça da trilogia dos animais, começada em 2019 por André de
Campos. Esta nova criação segue a linha de pensamento de Sapo, na busca da
representatividade autobiográfica, dando continuidade à abordagem das mesmas
questões de luta de classes, carimbadas na sociedade portuguesa.
Em Cavalo, é feita uma ponte temporal entre a década de noventa e a atualidade,
focando-se na problemática da toxicodependência nos bairros periféricos da zona
de Lisboa. Partindo de um ponto de vista pessoal, retratando questões relacionadas
com a família, o artista transpõe-se como exemplo, para uma problemática ainda
bastante presente, um flagelo que afeta comunidades inteiras, omitida pelos meios
de comunicação, pelo «embelezamento» de uma cidade e segregação de classes
sociais mais empobrecidas.
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Ficha artística
Conceito e performance André de Campos
Sonoplastia Diogo Melo
Figurinos Eloisa d’Ascensão
Desenho de luz Vera Martins
Assistência dramatúrgica Maurícia Barreira Neves
Olhar externo Ana Rocha
Temps D’Images
1 e 2 junho 2024
Sáb e Dom, 19h00, Black Box
Coprodução Centro Cultural de Belém, Temps D’Images
Teatro
Cosmic Phase/Stage
Alkantara Festival
17, 18 e 19 novembro 2023
Sex, 21h00, Sáb, 19h00 e 21h00, Dom, 16h00 e 19h00, Black Box
Coprodução Centro Cultural de Belém, Alkantara Festival
Dança
Pai para Jantar de Gaya de Medeiros
Entre um encontro íntimo e a magia do palco há muita coisa, mas qual a menor
distância entre essas duas instâncias? Pai para Jantar é um jogo entre Gaya, Gil e o
público, que tenta esmiuçar a masculinidade de forma poética e bem-humorada.
A performance brinca com os modos como agenciamos palavras, afetos e arquétipos
ao redor da ideia de «ser homem». Feita em grupos pequenos, a performance sugere
um caminho subjetivo em direção ao lastro dos nossos pais que perdura na nossa
personalidade e que está na base de muitos desejos e fracassos. Um encontro entre
uma mulher-talho e um minotauro que se perdeu no seu próprio labirinto.
Gaya de Medeiros
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Belém SoundCheck
21 a 24 março 2024
Qui a dom
Coprodução Centro Cultural de Belém, Égide - Associação Portuguesa das Artes
Festival de Almada
12 e 13 julho 2024
Sex, 21h00. Sáb, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Festival de Almada
Dança
Relative Calm de Lucinda Childs/Robert Wilson
Festival de Almada
Em meados dos anos setenta, pedi à Lucinda para participar na minha produção de
Einstein on the Beach, a ópera que criei com Philip Glass. Desde então, ela atuou
em várias das minhas obras. Alguns anos mais tarde, em 1981, perguntou-me se eu
poderia fazer a iluminação e cenário para uma peça de dança que estava a criar com
música de Jon Gibson no Kitchen. 40 anos mais tarde - durante os dias de isolamento
da pandemia – decidimos criar um novo trabalho juntos e pensámos em começar a
partir desta memória. Depois de um workshop em Toulouse, em julho, e um segundo
workshop em Roma, quisemos alargar o trabalho inicial que tínhamos feito e surgiu
a sugestão de coreografar a Pulcinella de Stravinsky. Gostei da ideia de Stravinsky
ser um contraponto central às composições contemporâneas de Jon Gibson e John
Adams. Por isso, estruturámos a obra para ser em três partes e fazer uma noite completa
de dança, música, imagens e luzes.
Gosto do trabalho de Stravinsky. É um mundo completamente diferente, com diferente
espectro de cores, diferente e, portanto, estruturalmente interessante para mim.
Lidei com o Pulcinella da mesma forma como lido sempre com as obras existentes:
Respeito o mestre, mas não quero tornar-me escravo do mestre, por isso faço-o à minha
maneira. Todo o meu teatro é, de certa forma, uma máscara de música e texto; a
imagem cénica é algo que vemos e o que ouvimos é algo diferente. Neste sentido, é
clássico, como no teatro grego, os atores eram todos mascarados, ou no teatro Noh
e no Bunraku do Japão, o Kathakali da Índia. Eu vejo no meu trabalho - em todos os
meus trabalhos - a imagem do palco, o cenário como sendo uma máscara, e por trás
da máscara ouvimos algo.
Embora o meu trabalho tenha mudado ao longo dos anos - comecei a fazer teatro no
final dos anos 1960, início dos anos 1970 até hoje - é sempre a mesma mão e o mesmo
corpo e é como uma árvore: às vezes está numa tempestade ou às vezes perde as folhas,
mas é sempre a mesma árvore. Todo o meu trabalho é uma coisa só nesse sentido.
Com a Lucinda partilho um sentido de tempo e de estrutura, e isso é muito raro, por
isso as nossas colaborações são, de certa forma, de segunda mão, não precisamos de
falar muito porque pensamos da mesma maneira. - Robert Wilson
31
Dança
Com a reposição de uma peça de Francisco Camacho, GUST, em parceria
com o Teatro Municipal do Porto, inicia-se a nova temporada, em setembro, mês
também para revisitar e comemorar os 10 anos da dupla Jonas&Lander, com duas
peças marcantes do seu percurso - Lento e Largo, Coin Operated e Cascas d’Ovo.
Pela primeira vez em Lisboa iremos receber duas companhias de dança espanholas, com
raízes no flamenco, Estévez y Paños, com La Confluencia, em novembro, e em
fevereiro de 2024, Manuel Liñan, também em estreia nacional, com Viva! Dois
nomes que têm vindo a ganhar grande visibilidade internacional.
O Ballet Nacional de Cuba, companhia criada por Alicia Alonso e que esteve
em Portugal em 1975, regressa em maio ao Grande Auditório, com a superior qualidade
da sua escola de dança clássica.
23 set 2023
Sáb, 19h00, Grande Auditório
Francisco Camacho
GUST9723
Gust é uma obra de 1997, dirigida por Francisco Camacho com dramaturgia de André
Lepecki, inspirada pela fotografia A Sudden Gust of Wind (Uma Súbita Rajada de
Vento), de Jeff Wall. Os corpos são projetados em movimento por causas exteriores,
complicando a noção de livre vontade. Constrói-se sobre os escombros e sombras de
uma paisagem imaginária, onde o acidente promete a mudança.
Considerada por muitos como a obra mais emblemática de Camacho da década de
1990, a construção de Gust é enquadrável enquanto devising performance, sem um
guião pré-definido e num processo colaborativo. Em Gust9723, o trabalho foi o de fazer
com que aquele Gust de então venha não do (seu) passado, mas de uma renovada
vontade de lhe oferecer um (outro) futuro.
O Centro Cultural de Belém e o Teatro Municipal do Porto uniram-se para remontar
uma obra marcante do património coreográfico português. Sete membros do elenco
original e outros oito novos intérpretes fazem parte desta remontagem, cruzando
corpos marcados pelo tempo e outros, que começam agora a acumular memórias.
Francisco Camacho
Ficha artística
Direção artística Francisco Camacho
Dramaturgia André Lepecki
Assistente de direção artística Pietro Romani
Música Sérgio Pelágio
Cenário Rafael Alvarez
Desenho de luz e direção técnica Frank Laubenheimer
Interpretação Beatriz Marques Dias, Beatriz Valentim, Begoña Mendéz,
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Bruno Senune, Carlota Lagido, Filipa Francisco, Francisco Rolo, João
Oliveira, Magnum Soares, Mariana Tengner Barros, Marta Coutinho,
Miguel Pereira, Rolando San Martín, Sara Vaz, Sofia Kafol
Direção de produção Lucinda Gomes
Produção executiva e administração financeira Teresa de Brito
Produção executiva Tiago Sgarbi
Produção Eira
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Municipal do Porto
22 e 24 set 2023
Sex, 21h00, Dom, 19h00, Black Box
Jonas&Lander | 10 Anos
Cascas d’OvO
22 e 24 set 2023
Sex, 19h00, Dom, 17h00, Foyer do Grande Auditório (Piso 2)
Jonas&Lander | 10 Anos
Coin Operated
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29 set 2023
Sex, 21h00, Pequeno Auditório
Jonas&Lander | 10 Anos
Lento e Largo
18 nov 2023
Sáb, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Estévez/Paños y Compañía
La Confluencia
La Confluencia é uma nova interpretação das raízes dos códigos da arte flamenca.
O flamenco é a nossa língua principal. A sua grande variedade de estilos, possibilidades
e nuances cria um ponto de encontro no qual todos os conceitos e essências do que
desejamos expressar são procurados e encontrados. A arte flamenca nasce das culturas
caucasiana, cigana, judaica, mourisca e negritude que se juntam em solo andaluz
espanhol. O objetivo do projeto denominado La Confluencia é a criação de uma coreografia
que utiliza a linguagem da dança flamenca contemporânea e procura inspiração no
seu passado e na arte contemporânea. La Confluencia é o próprio flamenco!
Rafael Estévez & Valeriano Paños
26 e 27 jan 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00
Pequeno Auditório
Cassiel Gaube
Soirée d´études
Soirée d’études nasceu da paixão de Cassiel Gaube pelo vocabulário da dança doméstica,
da qual explora as potenciais intersecções com as abordagens composicionais da
dança contemporânea. Concebida como uma série de peças curtas e interligadas,
esta soirée [noite] coreográfica é um pas de deux para três, com os bailarinos a passarem
o chão uns para os outros para comporem duos diferentes.
Sustentada por um processo de mapeamento das possibilidades cinestésicas desta
prática, Soirée d’études desconstrói o léxico da house dance para melhor brincar
com ela. Desde o seu groove característico até às várias formas de trabalho de pés,
os diferentes aspetos deste estilo são sucessivamente examinados, trazidos à luz e
honrados. Um étude, no sentido musical da palavra, é uma composição concebida
como uma ocasião para explorar as possibilidades de uma técnica particular, a fim
de experimentar com elas. Aqui, Cassiel Gaube, inspirado em particular pelas obras
de Bruno Beltrão e William Forsythe, explora a lógica corporal e musical do seu
estilo de dança mais amado.
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Coreografia Cassiel Gaube
Interpretação Cassiel Gaube, Alesya Dobysh, Anna Benedicte Andresen/
Waithera Schreyeck
Dramaturgia Liza Baliasnaja, Matteo Fargion, Manon Santkin,
Jonas Rutgeerts
Som Marius Pruvot
Apoio técnico e luz Luc Schaltin
Produção Hiros
Distribuição ART HAPPENS
26 jan 2024
Sex, 14h00, Sala SEGA, Duração: 2h, M/16
Para alunos e profissionais de dança
Cassiel Gaube
Soirée d´études – Masterclass
16 e 17 fev 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório
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Ficha artística
Direção, direção coreógráfica e interpretação Manuel Liñán
Apoio à cena Alberto Velasco
Direção coreógráfica Manuel Liñán
Bailarinos e coreógrafos Manuel Liñán, Manuel Betanzos, Jonatán Miro,
Hugo López, Miguel Heredia, Víctor Martin e Yoel Ferrer
Música Francisco Vinuesa, Victor Guadiana e Kike Terron
Conselheiros musicais David Carpio e Antonio Campos
Guitarra Francisco Vinuesa
Canto David Carpio y Antonio Campos
Violino Victor Pitarch Pronk «Guadiana»
Percussão Kike Terrón
Desenho de luz Alvaro Estrada
Figurinos Yaiza Pinillos
Confeção de figurinos Gabi Besa, José Galván (Batas de colas)
Sapatos Arte Fyl
Desenho de som Enrique Cabañas
Direção de cena Octavio Romero
Caracterização e maquilhagem Mauro Gastón
Fotografia marcosGpunto
Texto Adaptação de Juego y teoría del duende, de Federico García Lorca
Produção executiva, management e distribuição Ana Carrasco,
Peineta Producciones
7 e 8 mar 2024
Qui e Sex, 21h00, Grande Auditório
Duração: 70 min.
Marina Otero
FUCK ME
«Sempre me imaginei no meio do palco, como heroína, a vingar-me de tudo. Mas o
meu corpo não aguentava tanta luta. Hoje, cedo o meu espaço aos intérpretes. Vou
ver como emprestam o corpo deles à minha causa narcisista.»
Neste projeto, Marina Otero procura criar uma peça teatral interminável sobre a
sua vida. FUCK ME é a terceira parte de uma trilogia, depois de Andrea e Recordar
30 años para vivir 65 minutos. Esta nova peça analisa a passagem do tempo e as
marcas deixadas no corpo. FUCK ME vai além das fronteiras entre documentário e
ficção, dança e performance, acaso e representação.
Ficha artística
Direção e dramaturgia Marina Otero
Intérpretes Augusto Chiappe, Juanfra López Bubica, Fred Raposo,
Matías Rebossio, Miguel Valdivieso, Cristian Vega, Marina Otero
Assistente de direção Lucrecia Pierpaoli
Produção Mariano de Mendonça
Espaço, luz e direção técnica David Seldes, Facundo David
Espaço e desenho de luz Adrián Grimozzi
Design de figurinos Uriel Cistaro
Desenho de som e música Julián Rodríguez Rona
Aconselhamento dramatúrgico Martín Flores Cárdenas
Assistente de coreografia Lucía Giannoni
Artista visual Lucio Bazzalo
Montagem técnica audiovisual Florencia Labat
Styling de figurino Chu Riperto
Figurino Adriana Baldani
Fotografia M. Kedak, D. Astarita, A. Carmona, M. De Noia, M. Roa
Produção Marcia Rivas
Produção executiva Mariano de Mendonça
Distribuição e produção delegada Otto Productions, T4, Studio Grompone,
PTC Teatro
Este espetáculo estreou-se em coprodução com o Festival Internacional de Buenos
Aires (FIBA). Inclui cenas de nudez total.
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10 e 11 mai 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório
“Se tivesse que reduzir, numa só palavra, aquilo que me move e me define enquanto
artista, diria que funciono e trabalho com o que “resta”. O que fica para trás evoca
(e convoca) a passagem de uma presença. O que “resta” permite-nos viver numa
fuga permanente para coisas que ainda não são, para coisas que podem (de)vir.
Atrai-me esta ideia de que algo esteve cá antes de mim e que aquilo que ficou,
resistiu.”
João Fiadeiro
PROGRAMAÇÃO
A programação espalhar-se-á por 10 fins-de-semana (entre 9 de Maio e 7 de Julho)
onde os visitantes/espectadores poderão aceder, nas galerias do MAC/CBB, Black
Box e Pequeno Auditório, a apresentações de dispositivos dramatúrgicos e coreográficos;
happenings e improvisações; reenactments de espetáculos; conferências-performance;
aulas abertas ou visitas guiadas. Toda uma panóplia de modos de operar a composição, o
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tempo e o real que João Fiadeiro tem desenvolvido ao longo de 30 anos.
Estes 10 fins-de-semana serão divididos por três blocos: “Corpo no Trabalho” (3 semanas);
“Corpo e Trabalho” (3 semanas); e “Corpo de Trabalho” (3 semanas).
I. CORPO NO TRABALHO
Esta fase começa no dia 20 de Junho com a vernissage da exposição RESTOS, RASTROS
E TRAÇOS, onde se apresentará a conferência-performance “(body) OF/AT (work)”,
que junta João Fiadeiro à ensaísta Liliana Coutinho, profunda conhecedora da história
de João Fiadeiro e da RE.AL. Esta conferência-performance revisita o arquivo a solo
do artista, explorando a sua performatividade enquanto prática de investigação,
transmissão e partilha. A performance-duracional VEXATIONS, criada durante a
DES|OCUPAÇÃO do Atelier Real em 2019 com a pianista Joana Gama, a partir da
musica homónima de Eric Satie, fará a dobra com esta conferência-performance e
funcionará, pelo modo como João Fiadeiro se deslocará pelo espaço, enquanto
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“visita guiada performada” à exposição.
No dia 21 de Junho terá inicio a programação DAR CORPO que, como o nome
indica, será composto por uma seleção de obras de João Fiadeiro que serão alvo de
apropriações, mutações e reenactments por parte de 6 performers-alunos do PACAP.
As obras a serem apresentadas nos primeiros dois fins-de-semana (21-23 e 28-30 de
Junho) serão as seguintes:
Os solos Self(ish)-Portrait (1995) e I am sitting in a room different from the one you are
in now (1997)
Os dispositivos performáticos Grace & John (2006) e Ça Va Exploser (2020),
No último fim-de-semana (5-7 de Julho) de DAR CORPO (e da INTROSPECTIVA)
serão apresentados:
A peça de grupo O que fazer daqui para trás (2015), dançado pelo cast original
Carolina Campos, Márcia Lança, Daniel Pizamiglio, Ivan Haidar, Adaline Anobile
e Julian Pacómio.
O solo I Am Here”(2003), dançado por João Fiadeiro
Teatro
O Grupo A Barraca irá apresentar-se no Pequeno Auditório com a peça
Mary para Mary, com encenação de Maria do Céu Guerra. Já em 2024, teremos a
oportunidade de ver The Confessions, criação de um dos mais importantes
encenadores europeus, Alexander Zeldin.
A Barraca
Mary para Mary
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feminista que visa através da arte promover o diálogo com o espectador, consciencializar
o público da necessidade de se comprometer com a luta pela igualdade de género.
Em cena está uma mulher que nas palavras da sua filha foi «um desses raros seres
que apenas surgem uma vez por geração com a missão de fazer jorrar sobre a humanidade
um raio de luz sobrenatural. Ela brilha mesmo que pareça obscurecer-se e os homens
creiam que está apagada, mas de súbito reanima-se para brilhar eternamente.»
5 e 6 abr 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório
Alexander Zeldin
The Confessions
The Confessions é uma dramatização da vida de uma mulher australiana, através dos
seus amores, desde o seu nascimento em 1943 até à sua morte, quando esta peça é
representada. Começa na Austrália antes da sua partida para Londres e do seu anseio
por casa. É a história íntima de uma vida, abordada através das suas passagens mais
secretas, mas que também contém a história de um tempo coletivo, das forças que
moldaram o nosso presente, contada através da epopeia pessoal de uma mulher.
Teatro significa «lugar onde se olha» («theatron» em grego antigo). Observar a vida
de uma mulher da classe trabalhadora desde 1943 até aos dias de hoje permite-nos
contar a história de algumas das forças que moldaram o nosso tempo, de falar de
algumas das imensas mudanças que tiveram lugar nos últimos oitenta anos.
Esta é a história da Austrália, que começa após a guerra e nos leva ao nosso século, a
viagem de uma mulher originária da pequena cidade de Kiama, que se encontra no
exílio em Londres, uma viagem que muitas pessoas fazem quando deixam o seu país,
para se perder depois. The Confessions conta a história da vida de uma mulher através
dos seus amores. É o retrato de um coração que se está a preparar para parar de
bater. As marcas e amolgadelas que suporta, os hematomas e as cicatrizes, manchas
frágeis e fissuras nos nossos corações.
3 e 4 mai 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional São João,
Theatro Circo, Teatro Aveirense
Fado Alexandrino
De António Lobo Antunes
Encenação Nuno Cardoso
António Lobo Antunes escreveu Fado Alexandrino (1983) para responder ao desafio
lançado pelo seu pai, que queria que ele fizesse um livro sobre Portugal, confidenciou
numa entrevista dada ao jornal Público, em 2018. «Pensei: como é que vou juntar
pessoas de classes sociais diferentes que não se dão entre elas?» Reunindo à mesa
de jantar cinco ex-combatentes da guerra colonial – um tenente-coronel, um alferes,
um comandante, um soldado e um tenente – seria a resposta. Fado Alexandrino é
um livro de memórias ficcionado, que narra o regresso e o reencontro de um grupo
de amigos retornados há dez anos de Moçambique. Durante uma noite, madrugada e
manhã, contam, cada um à sua maneira, como a vida se lhes transtornou e se des-
truiu, desde o dia em que chegaram da guerra até então. Num encontro de desilusões
e de reflexões sobre o triunfalismo militar prometido e a glória perdida, as personagens
vão divagando, partilhando uma intriga de acontecimentos múltiplos e surpreendentes
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peripécias de timbre trágico-cómico, do quotidiano banal ao sucesso mais insólito. Atra-
vés de uma narrativa articulada, por vezes irresistivelmente divertida, dividida em três
partes – antes da revolução, a revolução e depois da revolução – António Lobo Antunes
apresenta uma crítica profunda à sociedade portuguesa da década de 1970, descrevendo
os usos e costumes que há cinquenta anos, como hoje, abundavam. A essa soma-se
a crítica política ao país antes e depois do 25 de Abril de 1974. Da passagem de um
regime autoritário a um regime democrático, do horror de África à decadência de
Lisboa, é um romance que põe a descoberto um Portugal violento e insalubre. Nas
palavras do próprio António Lobo Antunes: «No fundo, Fado Alexandrino é uma
História de Portugal.» Marcada temporalmente por factos históricos, é uma obra sobre o
absurdo da existência, cuja história mergulha o interlocutor num mar de emoções e
conflitos humanos. Com um inesperado desenlace, Fado Alexandrino permite também
submergir no traumático mundo da guerra através das palavras de um dos mais rele-
vantes escritores portugueses.
Ficha artística
De António Lobo Antunes
Encenação Nuno Cardoso
24 a 26 mai 2024
Sex, 21h00, Sáb e dom, 16h00, Pequeno Auditório
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional D. Maria II
Pérola Sem Rapariga é a primeira de duas criações que compõem DÍPTICO, projeto
que resulta do encontro entre a encenadora Zia Soares e a escritora Djaimilia Pereira
de Almeida que, em 2023, se propõem desenvolver processos em que texto, dramaturgia
e encenação se construam em simultâneo, em atrito ou em harmonia, abrindo um
fluxo dialógico entre ambas, que finalmente derive em discurso para cena. Pérola
Sem Rapariga parte de uma leitura livre de Voyage of the Sable Venus and Other
Poems, da poeta americana Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto
Henschel, um dos mais importantes fotógrafos que atuaram no Brasil na segunda
metade do século XIX, alemão, chegado ao Recife, em 1866, autor de uma série de
retratos de africanos e afrodescendentes.
Se Voyage of the Sable Venus indaga o lugar do corpo feminino negro na História da
Arte Ocidental, a partir da colagem e reconfiguração de legendas de obras do cânone,
este espetáculo explora a natureza da relação entre a superfície do corpo e aquilo que
sobre ele somos capazes de dizer; entre legenda e imagem; entre a pele e o salvamento;
entre consciência e superfície.
O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando direções possíveis
para o conflito entre o corpo e os modos mais ou menos opressivos de o representar.
Ficha artística
Texto Djaimilia Pereira de Almeida
Direção e encenação Zia Soares
Com Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça
Artista visual Kiluanji Kia Henda
Instalação e figurinos Neusa Trovoada
Composição e design de som Xullaji
Design de iluminação Carolina Caramelo
Vídeo promocional António Castelo
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Assistência geral Aoaní d’Alva
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, SO WING
Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, projeto cofinanciado
pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.
28 a 30 jun 2024
Sex, 21h00, Sáb e dom, 16h00, Pequeno Auditório
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional D. Maria II
Os Idiotas
Teatro Nacional D. Maria II | Odisseia Nacional
Um grupo de atores e atrizes junta-se para questionar o seu ofício e a sua existência
enquanto agentes do acontecimento teatral. É a partir desse lugar que se ensaiam
possibilidades do teatro, problematizando o contexto onde o trabalho de ator/atriz
se confronta com o que neles se refaz e desfaz, nos limites dos seus corpos e da ficção
que constroem e habitam. É este o tema recorrente em Os Idiotas: o trabalho dos
atores e atrizes enquanto motor de experimentação dos binómios ficção/realidade e,
consequentemente, performers/público.
Ficha artística
Conceção Ana Gil, Nuno Leão, Óscar Silva
Criação Ana Gil, Miguel Castro Caldas, Nuno Leão, Óscar Silva
Texto Miguel Castro Caldas
Interpretação Ana Gil, Filipa Matta, Óscar Silva, Tiago Barbosa e Vera
Kalantrupmann
Ator convidado Diogo Dória
Desenho de luz e som pedro fonseca/colectivo, ac
Design de comunicação Cátia Santos
Registo de vídeo e fotografia do processo Tiago Moura
Produção executiva Rita Boavida
Apoio à produção Bruno Esteves
Produção Terceira Pessoa
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II e Teatro-Cine de Torres Vedras
Apoios e acolhimento Município de Castelo Branco, Teatro Municipal de Ourém,
Centro Cultural Município do Cartaxo, Centro Cultural de Celorico da
Beira, Teatro Viriato em Viseu, Teatro Gil Vicente de Barcelos, Teatro
Municipal de Bragança, Cine Teatro João Verde em Monção
Residências de criação Fábrica da Criatividade, O Espaço do Tempo, 23
Milhas, Teatro do Silêncio, Ajidanha, Teatromosca, Rua das Gaivotas 6
e Cão Solteiro
Parceiros media Antena 2 e CoffeePaste
Financiamento Direção-Geral das Artes / República Portuguesa - Cultura
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Instalações
1 a 14 jul 2024
Praça CCB, Entrada livre
Coprodução Fundição Progresso, Teatro Municipal do Porto / DDD – Festival Dias
da Dança
Gustavo Ciríaco
Paisagem Boldo
PAISAGEM BOLDO resgata a rica experiência cinética que informa a poética espacial
do coreógrafo brasileiro João Saldanha e o seu encontro com a arquitetura modernista
brasileira dos anos 1960 no Rio de Janeiro. Nesta instalação interativa ao ar livre
criada pela colaboração entre o coreógrafo brasileiro Gustavo Ciríaco e o arquiteto
português João Gonçalo Lopes, os cobogós, as rampas, as curvas dos jardins, a
simplicidade dos elementos estruturais e os volumes e texturas da arquitetura modernista
brasileira presentes nas diferentes camadas da experiência corporificada de Saldanha
reaparecem transfiguradas na paisagem construída deste circuito de bicicletas.
Ficha artística
Conceção e direção artística Gustavo Ciríaco
Artista convidado João Saldanha
Projeto arquitetónico e colaboração artística João Gonçalo Lopes
Construção e conceção de montagem Patrick Hubmann e João Gonçalo Lopes
Assistentes de construção e montagem A definir
Administração e gerência financeira Missanga Antunes | Performática
Direção de produção Sinara Suzin
Coprodução Fundição Progresso, Teatro Municipal do Porto /
DDD – Festival Dias da Dança
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1 a 14 jul 2024
Praça CCB, Entrada livre
Coprodução Fundição Progresso, NAVE, Serralves-Museu de Arte Contemporânea
Gustavo Ciríaco
Vastidão
Desde a sua perceção infantil do mundo exterior através de uma porta de vidro,
aos desafios vividos no espaço público, por vezes demasiado grande e hostil, dos
ambientes imersivos das festas techno e ao mergulho sensorial nos primórdios dos
atos de respirar e ver nas suas criações, para a coreógrafa brasileira Michelle
Moura, a paisagem é uma experiência gradual de conquista do espaço, um espaço
em contínua entropia. Pensando nessa intrincada forma de ver/perceber a paisagem,
Vastidão joga com a estrutura básica das diagonais presentes na dança cénica para
engendrar um intrincado jogo cinético, onde aproximações e distâncias, adições e
subtrações fazem convergir plano e experiência, controlo e empatia.
Michelle Moura é uma coreógrafa e bailarina brasileira. Nas suas peças minimalistas
e minuciosas, ela cria constrangimentos físicos para explorar mudanças psicológicas
e físicas – entre a imersão nos fluxos do corpo, a protuberância da ação e a escrita de
um passo que se torna dança.
Ficha artística
Coreografia e direção artística Gustavo Ciríaco
Artista convidada Michelle Moura
Performers Alina Folini, Bartosz Ostrowski, Bibi Dória, Filipe Caldeira,
Giulia Romitelli, Mário Martins Fonseca, Sara Zita Correia, Tiago Barbosa*
Música Hypnotic Brass Ensemble, António Saraiva
(composições originais)
Fotografia Daniel Delhaye, Felipe Pardo, Filipe Sardinha, Mila Ercoli
Administração e gestão financeira Missanga Antunes / Performática
Direção de produção Sinara Suzin
Coprodução Fundição Progresso (Rio de Janeiro/BR), NAVE (Santiago/
CL), Serralves-Museu de Arte Contemporânea
Apoio Institucional THIRD – DAS Research - Dance and Theatre Academy –
Amsterdam University of the Arts
Apoio a residência artística Devir/CAPA, Pico do refúgio, Arquipélago –
Centro de Artes Contemporâneas, 23 Milhas, Galeria ZDB & Novo Negócio,
NAVE, Instável – Centro Coreográfico, Serralves-Museu de Arte
Contemporânea, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM
Apoio financeiro República Portuguesa – Cultura, Direção-Geral das Artes,
IBERESCENA - Apoio à coprodução de Espetáculo 2020-2021
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Há Fado no Cais
O fado tem uma dimensão cada vez mais importante na vida cultural
portuguesa e tem alcançado uma crescente projeção internacional, que culminou
com a sua integração no elenco do Património Imaterial da Humanidade, decidida
em 2011 pela UNESCO.
26 outubro 2023
Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Marco Rodrigues
Marco Rodrigues apresenta ao vivo Judite, o seu mas recente disco, integrado na
digressão Saudade em Teu Lugar. Em homenagem à mãe do fadista, Judite foi
inteiramente criado e produzido após o seu desaparecimento prematuro, sendo,
por isso, o álbum mais emotivo de Marco Rodrigues.
Desafiante só por si, o álbum combina o fado tradicional com grandes canções
escritas por alguns dos mais conceituados compositores da música pop. É o caso
de Diogo Piçarra que, depois do estrondoso sucesso de O Tempo, assina novamente
um novo clássico, Amar Para Sofrer.
Acompanhado por um trio de fado e um set de bateria e percussão, Marco Rodrigues
apresentará, além dos temas de Judite, muitos dos sucessos que marcaram a sua
carreira, como O Tempo, Homem do Saldanha, Rosinha dos Limões e alguns fados
tradicionais.
Ficha artística
Guitarra portuguesa Pedro Viana
Viola de fado Nelson Aleixo
Baixo Frederico Gato
Bateria e percussão Sertório Calado
Teclados Tiago Machado
24 novembro 2023
Sex, 21h0, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
António Chainho
Ficha artística
Guitarra portuguesa António Chainho
Baixo acústico e acordeão Ciro Bertini
Viola de fado Tiago Oliveira
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Naked Lunch:
Violino Francisco Ramos
Violino Fernando Sá
Viola João Paulo Gaspar
Violoncelo Tiago Rosa
7 dezembro 2023
Qui, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Bela Ensemble
Nasceram em Alfama, no seio da Tasca da Bela, uma das casas de fado mais
representativas da tradição musical deste pitoresco bairro de Lisboa.
Uma casa que respira tradição, mas que é também uma montra da Alfama contemporânea,
habituada a conviver, desde sempre, com culturas e gentes de todos os cantos do
mundo.
Fados com letras de poetas antigos como Henrique Rego, Gabriel de Oliveira e João
Dias, entre outros, são aqui cuidadosamente revestidos com uma roupagem musical
arrojada e contemporânea. Autêntica música urbana portuguesa que nasce da
cultura viva da cidade de Lisboa.
Neste processo criativo e musical, a carga emocional e poética da tradição é o veículo
perfeito para o arrojo de novos arranjos e para a desconstrução rítmica, a fim de
alcançar o ponto de convergência entre a tradição e a experimentação.
Os Bela Ensemble apostam numa mistura cuidada de ritmos e balanços oriundos de
outras latitudes, com especial influência de músicas do mundo como o flamenco, a
música afro-latina de Cuba e do Peru, o samba de raiz brasileira, o rock, o metal e a
música progressiva.
Ficha artística
Percussão Carlos Mil-Homens
Contrabaixo João Penedo
Violino Otto Pereira
Voz Ana Margarida
Guitarra de 7 cordas Rafael Brides
2 fevereiro 2024
Sex, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Cristina Branco
Ficha artística
Voz Cristina Branco
Guitarra portuguesa Bernardo Couto
Piano Luís Figueiredo
Contrabaixo Bernardo Moreira
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7 março 2024
Qui, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Sérgio Onze
Iniciou-se na aprendizagem da música aos seis anos. Tem sido distinguido, desde
muito jovem, com vários prémios de Fado, cantando nalgumas das mais emblemáticas
casas de Fado de Lisboa: Luso, Adega Machado, Tasca do Chico, O Faia, Tasca da
Bela e Parreirinha de Alfama.
Com um timbre forte e seguro, aliado a uma capacidade de interpretação intensa e
genuína, apresenta agora o seu primeiro disco editado pelo Museu do Fado.
11 abril 2024
Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Ricardo Ribeiro
Um dos nomes maiores do Fado contemporâneo. Com seis discos gravados e os mais
diversos prémios incluindo vários discos de ouro, o fadista Ricardo Ribeiro já pisou
palcos um pouco por todo o mundo: Itália, França, Inglaterra, Espanha,
Finlândia, Bélgica, Marrocos, Estados Unidos da América, Canadá, Rússia, Irão,
Jordânia e México, entre outros. Hoje apresentará, ao vivo, no ciclo Há Fado no
Cais, o seu mais recente álbum, um disco de regresso às origens e à música que
conhece como ninguém: o Fado tradicional.
24 maio 2024
Sex, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Ângelo Freire
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21 junho 2024
Sex, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado
Beatriz Felício
Nascida numa família sem ligações à música, Beatriz Felício descobriu ainda criança
que queria ser fadista. Nas casas de fado em Lisboa aprendeu com os mais velhos
e escolheu as suas referências. Atualmente, canta em espaços tão icónicos como a
Mesa de Frades, o Faia, a Parreirinha de Alfama, a Casa de Linhares e Fado Menor.
Em 2022, Beatriz Felício foi a grande vencedora do Prémio Novos Talentos Ageas,
uma parceria entre a Fundação Casa da Música e o Grupo Ageas e atuou na
Cerimónia de Abertura da Womex 2022, em Lisboa. Este será o concerto de apresentação
do seu álbum de estreia, editado pelo Museu do Fado.
Take Off
A programação desta temporada fará incursões em vários territórios musicais,
desde o jazz mais clássico ao mais experimental, da canção pop ao radicalismo
experimental da percussão e da eletrónica, da música indie ao hip hop, desenhando
assim propostas tão diversas quanto a criatividade da cena musical nacional.
Roomful of Teeth, Luís Vicente, André Rosinha, Mano a Mano, Silly (em estreia
nacional), Rodrigo Amado, Hélio Morais, Fred ou Wolf Manhatan, são alguns dos
nomes presentes nesta temporada. Há ainda a destacar a Festa do Jazz, iniciativa da
Sons da Lusofonia em colaboração com o CCB.
7 setembro 2023
Qui, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Roomful of Teeth
Conjunto vocal norte-americano, vencedor de um Grammy, dedicado a explorar a
capacidade expressiva sem limites da voz humana.
Inspirado por estilos de canto de todo o mundo, o fundador Brad Wells imaginou
um projeto vocal sem os constrangimentos do canto clássico tradicional ocidental.
Combinando mestres técnicos de vários estilos de canto com cantores excecionais
treinados em técnicas clássicas, o grupo Roomful of Teeth procura alargar a sua
paleta sónica de modo a criar música vocal contemporânea vibrante e excitante.
No CCB apresentam o concerto The Detail of the Pattern, durante o qual propõem
aos espectadores que mergulhem nas paisagens sonoras de dois compositores
próximos do grupo: Caroline Shaw (n. 1982) e Caleb Burhans (n. 1980).
Do enérgico texto shakespeariano de Shaw às referências de Burhans a Buffy,
a Caçadora de Vampiros, estas obras mostram o estilo de performance vocal
característico do Roomful of Teeth.
Programa
Caroline Shaw (n. 1982) The Isle
Caleb Burhans (n. 1980) Beneath
Caroline Shaw Partita for 8 Voices
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Ciclo Ricardo Jacinto
Ricardo Jacinto (Lisboa, 1975) desenvolve uma prática artística nas fronteiras entre
géneros e tipologias. Com formação em arte, arquitetura e música, tem vindo a
desenvolver projetos que, de uma forma quase informal, atravessam as artes visuais,
a música e a utilização do som.
Após mais de duas décadas, chegou o momento de olhar para a diversidade da sua
produção artística nas várias formas que pode e tem assumido. O ciclo que o Centro
Cultural de Belém lhe dedica, atravessando duas temporadas, permitirá, a partir
do seu trabalho performativo, tomar contacto com a amplitude e fluidez da sua
produção no cruzamento das várias heranças e tradições disciplinares que
permanentemente questiona.
Desta forma, o repto que foi lançado a Ricardo Jacinto, a solo ou nas formações
que tem vindo a ativar, em concerto ou em instalações, permitirá rever (ou tomar
conhecimento) com um dos percursos mais singulares e únicos nas fronteiras das
práticas artísticas, estendendo-se, também, às práticas pedagógicas que desenvolve.
Delfim Sardo
Administrador
23 setembro 2023
Pequeno Auditório
Atraso
Programa
Ricardo Jacinto (n. 1975) Atraso: para ensemble de instrumentos acústicos e
altifalante pendular
Ficha artística
Voz e altifalante pendular A definir
Violoncelo Ricardo Jacinto
Contrabaixo Gonçalo Almeida
Percussão Nuno Morão
Espacialização sonora Suse Ribeiro
Desenho de luz Frederico Rompante
Composição e direção artística Ricardo Jacinto
3 novembro 2023
Black Box
O Rapto de Europa (#2)
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Creta. Partindo de um gesto performativo que articula os movimentos migratórios
contemporâneos e esta travessia mitológica, o dispositivo será ativada pelo artista
através de uma performance, na qual uma série de ressonâncias gritantes de
feedback resultarão do contato manipulado entre as duas estruturas.
Uma primeira iteração desta instalação-performance foi apresentada em diálogo
direto com a obra INFINI #1, uma vídeo-instalação dirigida pelo coreógrafo e artista
visual Arkadi Zaides. Mais info: https://www.medodofuturo.cubiculo.phenomena.pt/
Programa
Ricardo Jacinto (n. 1975)
O Rapto de Europa (#2): estruturas ressonantes,
sistema de áudio feedback e violoncelo
4 novembro 2023
Black Box e deambulação pelo edifício do CCB
SILÊNCIO & HORIZONTE ACÚSTICO
Masterclass com Ricardo Jacinto
4 outubro 2024
Qua, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Ficha artística
Trompete Luís Vicente
Saxofone tenor John Dikeman
Contrabaixo William Parker
Bateria Hamid Drake
50
7 outubro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Ficha artística
Eletrónica Burnt Friedman
Bateria João Pais Filipe
13 janeiro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Ficha artística
Piano João Paulo Esteves da Silva
Contrabaixo André Rosinha
Bateria Marcos Cavaleiro
51
10 fevereiro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Silly
Miguela
Este é o ano em que Silly apresenta ao vivo o seu disco de estreia, Miguela. Miguela
é uma viagem da infância até ao momento presente, produzido junto com Fred e
gravado entre o Alentejo, Lisboa e os Açores. Depois do seu bem-recebido EP Viver
Sensivelmente, em 2021, Silly regressa com uma nova narrativa.
Ficha artística
Voz, teclados e guitarra Maria Miguel Bentes
Bateria Fred
Sintetizadores Eduardo Cardinho
Baixo José Garcia
17 fevereiro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Mano a Mano
Trilogia das Sombras
Ficha artística
Guitarra e cordofones madeirenses Bruno Santos
Guitarra e cordofones madeirenses André Santos
Movement Tiago Martin
9 mar 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Hélio Morais
2023 chega com Hélio Morais em nome próprio, na primeira pessoa. O abrandamento
imposto pela pandemia veio depositar no seu colo um conjunto de canções que nunca
imaginou escrever. Fez um disco que acaba por ser uma reflexão sobre a sua história
pessoal e familiar. Um disco íntimo, sobre vulnerabilidade. Um disco importante
para Hélio Morais se poder redescobrir; na música e na vida. Um disco que trará
caras novas para o palco, em 2024, ano da sua edição.
Ficha artística
Voz, percussões e piano Hélio Morais
Viola acústica, voz e pandeiro Larie (aka Labaq)
Teclados, guitarra e percussão Miguel Ferrador
Percussões e samples João Vairinhos
Percussões Cíntia Pinheiro
Percussões Méli Huart
Som Ângelo Lourenço
Desenho de luz Fred Rompante
Road manager Pedro Cobrado
52
6 abr 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
O saxofonista Rodrigo Amado apresenta-se com o seu novo projeto, no qual se alia a
três grandes nomes do jazz contemporâneo, vindos da Europa e dos EUA.
Ficha artística
Saxofone tenor Rodrigo Amado
Piano Alexander von Schlippenbach
Contrabaixo Ingebrigt Håker Flaten
Bateria Gerry Hemingway
24 e 25 abr 2024
Qua, 22h30, Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
4 mai 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Wolf Manhattan
Uma verdadeira criação do inquieto músico, compositor, produtor João Vieira que depois
de marcar o panorama musical nacional com projetos tão díspares como complementares
como os X-Wife, as festas Club Kitten e o alter-ego eletrónico White Haus, regressa
agora transfigurado na personagem Wolf Manhattan. Num extravaso que nasce de
uma urgência criativa em plena pandemia, João Vieira socorreu-se de referências
lo-fi para construir esta nova persona folk-punk-garage. Adam Green e os seus Moldy
Peaches, Jonathan Richman sem os Modern Lovers, os Velvet Underground e o
nome maior que é Daniel Johnston foram os companheiros de viagem para escrever
esta história e criar uma nova sonoridade que se apresenta como um antídoto para
neutralizar as complexidades do dia-a-dia.
53
17 mai 2024
Sex, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
FRED
Series Vol. 2
Depois de em 2018 ter lançado o primeiro álbum em nome próprio, O amor encontra-te
no fim, em 2021 Fred lançou o segundo álbum intitulado Series Vol 1 - Madlib, trabalho
este que faz a homenagem ao produtor americano Madlib, viajando e fazendo uma
re-interpretação do vasto repertório do mesmo. Ao longo dos últimos dois anos,
Fred, acompanhado por Eduardo Cardinho no vibrafone, Tomás Marques no saxofone,
José Garcia no baixo e Karlos Rotsen e Diogo Santos nos pianos e sintetizadores,
respetivamente, viajou um pouco por todo o país onde apresentou o seu álbum ao
vivo passando por festivais como Kalorama, Super Bock Super Rock, e alguns auditórios
e clubes de norte a sul. Hoje será apresentado o novo trabalho, Series Vol. 2, a sair
no segundo semestre de 2024.
Ficha artística
Bateria Fred
Vibrafone Eduardo Cardinho
Baixo José Garcia
Saxofone Tomás Marques
Piano e Fender Rhodes Karlos Rotsen
Piano e sintetizadores Diogo Santos
Cinema
30 set 2023
Sáb, 16h00, Grande Auditório
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Ficha artística
Realização Manthia Diawara
Produção Maumaus/Lumiar Cité
Produção executiva Jürgen Bock
Comissariado por Sharjah Art Foundation, cocomissariado por TBA21
ThyssenBornemisza Art Contemporary, financiamento de Mellon Foundation,
financiamento adicional de Fundação Centro Cultural de Belém e República
Portuguesa–Cultura/Direção-Geral das Artes
Pensamento
28 set, 12 e 26 out, 9 e 23 nov, 7 dez 2023
Quintas-feiras, 18h30
Qual o pressuposto que rege as nossas vidas? A crença num destino marcado à nascença,
em que a sorte e o azar determinam a nossa trajetória? Ou, como herdeiros do
espírito cartesiano ocidental, acreditamos no livre-arbítrio e na possibilidade de
termos sempre, à nossa disposição, a hipótese de escolha? Este dilema tem ocupado
filósofos, artistas, pensadores ou simples mortais que desejam ardentemente possuir
um qualquer controlo sobre as suas vidas e se veem, por vezes, confrontados com o
absurdo e o inesperado. Desde a terrível maldição lançada sobre a família de Édipo,
passando pela das bruxas que atormentam o rei Macbeth e passando pelo irónico
Diderot, podemos ainda rever as histórias igualmente contundentes, contadas por
Fox, Eliot e Romagnolo. Chegaremos a alguma conclusão? Será difícil, mas não
impossível. Boas leituras. – Helena Vasconcelos
Programa
28 set – Rei Édipo, Sófocles (Edições 70, Clássicos Gregos e Latinos)
12 out – Middlemarch, George Eliot (ed. Relógio D’Água)
26 out – Destino, Raffaela Romagnolo (ed. Asa)
9 nov - O Bom Soldado, Ford Maddox Ford (ed. Relógio D’Água)
23 nov - Macbeth, William Shakespeare (ed. Penguin Clássicos)
7 dez - Jacques, o Fatalista, Denis Diderot (ed. Tinta da China)
55
Programa
7 mar - Novas Cartas Portuguesas, Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta,
Maria Isabel Barreno (ed. Dom Quixote)
14 mar - A Estrada Subterrânea, Colson Whitehead (ed. Alfaguara)
4 abr - O Jogador, Fiódor Dostoiévski (Porto Editora)
18 abr - História de uma Serva, Margaret Atwood (ed. Bertrand)
9 mai - As Primas, Aurora Venturini (ed. Alfaguara)
23 mai - Se o disseres na Montanha, James Baldwin (ed. Alfaguara)
SESSÕES ACESSÍVEIS
Sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa
SESSÕES ACESSÍVEIS
Sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa
Revoluções
A História é feita de momentos de transformação. São estes momentos que ao longo
da história da Humanidade promoveram mudanças políticas, económicas, sociais e
culturais significativas. Vamos olhar para eles escolhendo apenas algumas revoluções,
entendendo as suas causas e as suas consequências, para melhor compreendermos
o passado e refletirmos sobre o futuro. Ao delinearmos este ciclo escolhemos
personalidades de diversas áreas da nossa sociedade para nos proporcionarem
diferentes pontos de vista, ajudando-nos a compreender estes eventos históricos e
impulsionando uma reflexão sobre as transformações sociais e humanas da
sociedade dos dias de hoje.
Programa
7 out - Revolução Inglesa (entre 1640 e 1688), Jaime Nogueira Pinto
14 out - Revolução Americana (1776), Bernardo Pires de Lima
28 out - Revolução Francesa (1789), Rui Tavares
4 nov - Revolução Russa (1917), Ana Isabel Xavier
11 nov - Revolução Cubana (1953 -1959), Manuel Loff
18 nov - Revolução Cultural Chinesa, Fernando Rosas
25 nov – 25 de Abril (1974), Nuno Severiano Teixeira
2 dez - Primavera Árabe *
* orador(a) a definir
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3, 4 e 5 nov 2023
Exposição
She’s Gone
Keren Yehezkeli-Goldstein
She’s Gone é uma instalação artística que pretende chamar a atenção para o fenómeno
global do homicídio baseado no género, cometido por cônjuges ou outros membros
da família. Através da exposição de peças de roupa de mulheres que foram alvo
de violência doméstica, interpela-nos em nome de todas as vítimas inocentes que foram
assassinadas. Keren Goldstein e Adi Levy
12 nov 2023
Conferências Maria da Fonte
A Mulher Portuguesa no decurso da História: Uma Questão de Género
Sessão de encerramento
11h00 às 13h00, Entrada livre
Organização:
Jenny Silvestre (Laboratório de Ópera Portuguesa no CCB)
Luísa Cymbron (CESEM/NOVA FCSH)
23 e 24 nov 2023
Conferência Internacional
Por Uma Causa Maior: Arte, Cidadania e Idadismo no Envelhecimento
10h00 às 19h00, Entrada Livre
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13 jan 2024
Conferência
Fidelio de Beethoven
Rui Vieira Nery
11h00
23 mar 2024
Dia Mundial da Poesia
Os Poetas de Abril
Vários Espaços, 15h00 às 19h00, Entrada Livre
em parceria com o Plano Nacional de Leitura
O CCB volta a assinalar o Dia Mundial da Poesia, este ano sob o tema Os Poetas de
Abril. Muitos foram os poetas que escreveram canções que marcaram a época pré
e pós 25 de Abril, de Sophia de Mello Breyner Andresen a José Afonso, de Ary dos
Santos a Manuel Alegre. Textos poéticos plenos de ideais que contribuíram para a
construção de um mundo sem censura.
Não podemos deixar passar em branco as comemorações dos 500 anos do nascimento
de Luís Vaz de Camões, considerado por muitos um dos expoentes máximos da literatura
portuguesa. Escolhemos assim celebrar a sua Poesia Lírica e a sua linguagem rica e
expressiva, unindo desta forma duas comemorações históricas de grande relevo
nacional.
58
23 abr 2024
Dia Mundial do Livro
Programa a anunciar
Entrada Livre
Como ler Os Lusíadas a partir de certas Estórias? Em quatro sessões António Carlos
Cortez partilha connosco as estórias de Adamastor, de Veloso na Ilha dos Amores,
o canto de desgosto de Leonardo na mesma Ilha e a subida ao Paraíso de Vasco da
Gama. Venha conhecer ou relembrar alguns dos heróis desta epopeia.
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Fábrica das Artes
Artes Performativas para Jovens Públicos
Quanto vale a liberdade? – dramaturgias da revolução
“Quanto vale a liberdade?” foi, pois, a interrogação que sustentou, há já 15
anos, a conceção da primeira programação da Fábrica das Artes do CCB, quando
António Mega Ferreira a desafiou a conceber também atividades para públicos
jovens que integrassem o seu ciclo programático “O Nazismo e a Cultura”.
Madalena Wallenstein
Programadora e coordenadora da Fábrica das Artes
20 e 21 out 2023
Big Bang 2023
Festival de música e aventura para públicos jovens
O festival ideal para quem tem ouvidos curiosos e espíritos destemidos regressa
para a sua 13ª edição. Os jovens espetadores percorrem este labirinto de aventuras
musicais no encontro com um programa colorido e diverso de espetáculos
multidisciplinares, instalações interativas, músicas de muitos estilos e formatos,
o Big Bang oferece muita aventura e uma viagem aliciante para crianças, jovens e
adultos.
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Projeto Nómadas - A Ilha dos Ventos
Victor Gama com Conservatório de Lisboa
Grande auditório, M/4 – 45 min
Em migração pela galáxia um grupo de humanos chega a Eguanalam, o planeta púrpura,
parte de um sistema solar a 12 anos-luz da Terra. Uma expedição de cientistas
inicia a exploração da única ilha situada no enorme oceano Outibol que cobre 99% da
superfície de Eguanalam e constitui a única massa continental. Aí descobrem que a
ilha com as suas montanhas, vales, florestas e desertos é a origem de todos os ventos
do planeta. O compositor e criador de instrumentos Victor Gama trabalha com um
grupo de alunos do conservatório de Lisboa para criar os sons e a música dos ventos,
pássaros, animais e muito outros que os cientistas terão encontrado durante a sua
expedição.
Composição e conceito Victor Gama
Músicos Salomé Pais Matos (toha), Victor Gama (acrux, toha),
Nuno Cintrão e alunos do Conservatório de Lisboa (Dinis Spencer e
Gabriel Santos (violinos), Gustavo Silva e Tiago Silva (Viola D’ Arco), Duarte
Gomes e Vicente Sequeira (violoncelos), Margarida Inácio, Leonor Pena
Martins e Manuel João Martinho Costa (percussão)
Direção técnica e operação de som Paulo Machado
Desenho e operação de luz João Fontinha
Video Alfred Marseil, Robin Noorda, Victor Gama, Rui Peralta
Projeção de video Rui Peralta
Produção PangeiArt
Instrmnts
Victor Gama
Instalação performativa, Sala Almada Negreiros, M/4 – 45 min
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Hey Meredith!
Zonzo Compagnie
Espetáculo, Pequeno Auditório, M/6 - 60 min
Meredith Monk sempre foi única. Escreve música, dança, cria performances e toca
o piano, mas acima de tudo é cantora. Em vez de cantar músicas para um texto, ela
brinca com as infinitas possibilidades da voz. Cantando Heydldiedendo sem tropeçar
a língua, inspirou cantores por todo o mundo a procurarem os seus próprios sons.
A Zonzo Compagnie ficou conhecida por apresentar espectáculos inspirados em
compositores famosos como John Cage, Bach, Miles Davis e Purcell, e agora - pela
primeira vez - adiciona uma compositora contemporânea a essa lista. Em tempos,
Meredith Monk criou um espetáculo para a Zonzo Compagnie, agora é a vez da
Zonzo Compagnie fazer uma performance sobre ela.
Uma produção da Zonzo Compagnie em coprodução com a STUK & Perpodium. Com
o apoio DE SINGEL& o abrigo fiscal do governo federal Belga via Cronos Invest.
62
Galandum Galundaina
Concerto, Sala Luís Freitas Branco, M/4 – 45 Min
Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Galandum Galundaina trazem ao Big Bang um património musical e etnográfico
único, da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano,
que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 25 anos o grupo
contribuiu para o estudo, preservação e divulgação do Mirandês e dos instrumentos
populares em extinção. Das memórias da Sanfona, da gaita-de-foles mirandesa, da
flauta pastoril, do rabel, do saltério, do cântaro, do pandeiro mirandês, do bombo
e da caixa de guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências,
lugares, intensidades, tempos.
Voz, sanfona, gaita-de-fole mirandesa, dulçaina, flauta pastoril e tamboril Paulo Preto
Voz, rabel, gaita-de-fole, realejo, pandeireta, pandeiro mirandês Paulo Meirinhos
Voz, caixa de guerra, bombo, pandeireta, pandeiro mirandês, tamboril, cântaro
Alexandre Meirinhos
Voz, flauta pastoril, flauta de osso, tamboril, saltério, flauta transversal, bombo,
pandeiro mirandês, charrascas João Pratas
Oficina
Galandum Galundaina
Sala Luís Freitas Branco, 45 min / 20 out, 12h15 / 21 out, 11h00, M/6
Antes do espetáculo, os Galandum Galundaina fazem uma oficina para nos conduzir
pelos mistérios da língua e das canções cantadas em mirandês. Durante o concerto,
os participantes, enquanto espectadores do espetáculo, poderão acompanhar melhor
o seu universo.
Esta Orquestra Tradicional é composta por jovens da Casa Pia de Lisboa que
frequentam as atividades musicais de percussão tradicional, gaita de foles e banda
filarmónica juvenil. O repertório tem na sua matriz a música etnográfica portuguesa
de tradição oral e escrita, perpetuando desta forma a valorização e transmissão do
património musical português. Aprendizes e mestres juntam-se neste concerto para
fazer ecoar no espaço do Big Bang a sua música e a alegria.
Peace Unity Love And Have Fun And Never Waste Your Talent
Lisbonbreakers
Dança – Espetáculo de rua, Praça CCB, Todos / Entrada livre
Lisbonbreakers
Bboy PHflava (Paulo Henrique Pereira Santos)
Bboy Rafex (Rafael Rocha Rodrigues)
Bboy Hk (Matheus Ibiapina da Silva)
Bboy wess (Wesley Gomes)
Bboy Smiglock (Tiago de Souza Melo)
Bboy Tiubrown (José Nicolas Sales Moreira)
Bboy Dim (Gabriel Rosa)
Música DJ Jiabo
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Embaixadores Big Bang 2023
João Estrada
O projeto Embaixadores Big Bang é uma iniciativa que tem integrado todas as
edições do festival Big Bang desde 2015, tanto em Lisboa como pela Europa fora.
Nesta iniciativa, convidamos crianças a integrar as equipas de comunicação de cada
instituição e agir como equipa de reportagem do festival.
Embaixadores 2023:
Bartolomeu Costa, Gabriel Barahona, Gaspar Teigas, Maria Carolina
Ferreira, Laura Santos, Rita Sá Pires, Vicente Salgado, Mariana cruz
Bora lá Laborar
Um Mini Museu Vivo
Rádio Benjamim
Quanto Vale a Liberdade
Mundo Oco
Batalha
Descobri-quê
Espetáculos
Quanto vale a Liberdade? — Dramaturgias da Revolução
Para celebrar o 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, a Fábrica das Artes convida
todas as infâncias a percorrer os caminhos da Liberdade para ficarmos a conhecer
melhor a paisagem. O que é, como se parece, quanto vale a Liberdade? Através de
uma instalação permanente que pode ser experimentada por todos os públicos na
Fábrica das Artes entre Abril e Julho, e de um conjunto de cinco solos criados por
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cinco atores e atrizes, lançamos a pergunta ao público para celebrar a democracia e
manter viva a pergunta deste encontro: será que lhe sabemos responder?
19 e 25 abr 2024
Fábrica das Artes, Sexta, feira, 18h00
Quarta-feira, às 11h00
Faixa etária – dos 3 aos 10 anos
Uma acontece no dia 19 de abril, ainda durante a ditadura e a outra, dia 25 de abril,
o dia em que nos libertamos dela. Só nestes dois dias nos poderemos encontrar, ao
mesmo tempo, com a instalação “engenho - engenhoca que é uma maquineta da
Liberdade” e os cinco performers que dão voz aos desdobramentos desta temática.
Construída por Luís Santos, esta instalação é uma máquina/jogo de revoluções. Nela
poderemos reconhecer metáforas para as estruturas que formam a nossa Sociedade:
como estamos ligados uns aos outros e nos influenciamos e o sobre papel único que
cada um de nós tem.
Inspirado pelo mecanismo do relógio, e pela diversidade de propostas de toda a
equipa artística, o cenógrafo cria este invento; um engenho - engenhoca que é uma
maquineta, que é uma nave, que é um veículo para descobrir e para expressar a
Liberdade. No decorrer do processo criativo, contamos com alunos do curso de
relojoaria do Centro de Educação e Desenvolvimento de Pina Manique da Casa Pia
de Lisboa, como parceiros de trabalho.
E a Liberdade? Será que podemos medi-la, pesá-la, cheirá-la, escutá-la? Quem sabe,
até tocá-la?
7 mai a 9 jun
A mesma inquietação — 5 performances
A partir dos 3 anos
André Pardal, Bernardo Souto, David dos Santos, Inês Minor e Nádia Yracema
apresentam-nos diferentes caminhos para responder à interrogação “Quanto vale a
Liberdade?”. Cinco propostas artísticas que se dirigem ao público entre os 3 e os 10
anos para celebrar as cinco décadas da democracia portuguesa. Estes solos estreiam
em abril e cada um terá uma curta carreira na Fábrica das Artes, entre as sessões
especiais de abertura e os meses do verão. Independentes entre si, a cenografia
e a música serão os elementos que unem cada um destes caminhos, que, sendo
diferentes, partilham a mesma inquietação – afinal, quanto vale a Liberdade?
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Música e espaço sonoro Leonardo Outeiro
Performers André Pardal, Bernardo Souto, David dos Santos, Inês Minor,
Nádia Yracema
Produção CRETA – laboratório de criação teatral, em coprodução com a
Fábrica das Artes
10 a 12 nov 2023
Bora Lá Laborar
Teatro de Ferro
Espetáculo + conversa
10 nov - Pequeno Auditório - 10 às 11h e 14h30
11 nov, 19h00, 12 nov, 16h, M/12 - 80 minutos
Afinal, para que é que trabalhamos? Para que serve o trabalho? Porque que é
que, para a maioria das pessoas, a vida se organiza à volta do trabalho? Estas
interrogações podem interpelar qualquer pessoa, mas desassossegam-nos mais
em certas fases da vida. Por isso, dedicamos este espetáculo a todas e a todos os
que poderão estar a viver um desses momentos. Construtor da subjetividade e
organizador da sociedade, o trabalho ocupa um lugar central no mundo humano.
Este nosso labor é feito de ideias, de danças, de músicas, de palavras, de canções, de
corpos, de máquinas e de tantas outras coisas. Bora Lá Laborar?
Encenação, cenografia e dramaturgia Igor Gandra
Assistência de encenação Carla Veloso
Letra das canções António Gil
Música Fernando Rodrigues
Interpretação Carla Veloso, Catarina Chora, Eduardo Mendes,
Igor Gandra, Mariana Lamego
Realização plástica Eduardo Mendes
Vídeo LoTA Gandra
Desenho de luz Mariana Figueroa
Figurinos Marta Figueroa
Fotografia de cena Susana Neves
Oficina de construção Eduardo Mendes, Hernâni Miranda, Igor Gandra,
Carla Veloso, Catarina Chora, Mariana Lamego
Participantes no Laboratório Bora Lá Laborar!: Jaime Gamboa, Laura Silva,
Miguel Oliveira e Isabela Martins
Agradecimentos Ana Lúcia Figueiredo
Produção Teatro de Ferro 2023
Coprodução Fábrica das Artes- Centro Cultural de Belém, Fundação
Lapa do Lobo, Teatro Aveirense, Teatro Municipal da Guarda, Teatro
Municipal de Faro
O Teatro de Ferro é uma estrutura financiada pela Républica Portuguesa-Cultura,
Direção-Geral das Artes
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o laboratório de memórias com Joana Craveiro, escavando mais a fundo pedaços da
história colonial portuguesa e memórias de Cabo Verde e da sua luta de libertação.
Concepção, texto, espaço cénico e direcção Joana Craveiro
Interpretação Dúnia Semedo, Joana Craveiro
Colaboração criativa Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Tânia
Guerreiro e Rosinda Costa (na versão de 2017)
Desenho de luz João Cachulo
Operação de som a designar
Direcção de produção Alaíde Costa
Assistência de produção Rita Conde
Coprodução Teatro do Vestido e Centro Cultural de Belém / Fábrica das Artes
Um Mini Museu Vivo foi criado originalmente a convite do CCB/Fábrica das
Artes em 2017, inserido no ciclo ‘Memórias de Intenção Política.’
O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa - Cultura | DGARTES,
para o biénio 2023-2024.
11 a 14 abr 2024
Mundo Oco
Rosinda Costa / Mãosimmão - Ac
Espetáculo + Conversa - Estreia
11 e 12 abr – Black Box - 11h00 (escolas) / 13 abr – Black Box - 19h00
14 abr – Black Box - 16h00
M/12 - 2º, 3º ciclos — 90 min (70 min + 20 min conversa)
“Tem quinhentos anos que os índios estão resistindo, eu estou preocupado é com os
brancos, como que vão fazer para escapar dessa.”
(Ailton Krenak)
Mundo Oco é um espetáculo de teatro a solo que está alicerçado numa pesquisa de
fundo sobre ecologia e esquecimento. Não se trata tão só de preocupação ambiental,
mas de pós-ocupação ambiental, ou seja, o que está e que é depois do desastre.
Rosinda Costa conta a história da morte do rio Doce e realça o desastre em Mariana
como um ícone catastrófico da nossa era contemporânea transformando-o num
catalisador de reflexão sobre o futuro da relação (física e espiritual) homem-planeta.
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Criação, dramaturgia e interpretação Rosinda Costa
Assistência de encenação Rui M. Silva
Apoio à dramaturgia Ailton Krenak, Eduardo Marinho e Piatan Lube
Moreira
Música e espaço sonoro Tiago Cerqueira
Cenografia e figurinos Hugo F. Matos
Assistência de cenografia Nelson Soares
Desenho de luz e direcção técnica Margarida Moreira
Administração e produção MãoSimMão Associação Cultural
Co-produção Fábrica das Artes CCB, Festival É-Aqui-In-Ócio Varazim Teatro
Residência artísticas Polo Cultural Gaivotas | Boavista, Murta 11
transdisciplinary art lab.
Apoio República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
18 a 21 abr 2024
Batalha
Lama Teatro / TDMII | Odisseia Nacional
Espetáculo + Conversa
18 e 19 abr – Black Box - 11h00 (escolas)
20 abr – Black Box - 19h00 / 21 abr – Black Box - 16h00
M/12 – 2º e 3 º ciclos, 60 minutos + conversa
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8 a 12 mai 2024
descobri-quê?
Cátia Pinheiro, Dori Nigro, José Nunes
Estrutura / TDMII | Odisseia Nacional
Espetáculo + conversa
8 e 9 mai - Black Box - 10h00 + 14h30 (Escolas)
10 mai – Black Box - 14h30 + 19h00 (Escolas)
11 mai – Black Box - 19h00 / 12 mai – Black Box - 16h00
10 aos 15 anos - 2º e 3º ciclos
50min + 30 min conversa (aprox.)
descobri-quê? é um espetáculo que pretende contribuir para a descolonização –
enquanto gesto inacabado, portanto constante e continuado – do ensino do período
histórico designado como “descobrimentos”, quebrando uma série de narrativas
oficiais que romantizam esta época e procurando uma confrontação com o passado
invasor, expansionista e colonialista português.
15 jun 2024
Sononautas – criação comunitária para todas as infâncias
Novos Criadores das Infâncias com a Sonoscopia
Sessão de criação aberta – formação
Fábrica das Artes - 15h às 17h30
Para artistas, professores, educadores, mediadores, pais e curiosos
Novos Criadores das Infâncias 2024 com a Sonoscopia – 6ª edição
Sessão Aberta
Abrimos ao público uma sessão de partilha e experimentação em torno dos
processos de criação de Sononautas; a criação de uma escultura sonora/jogo que
integra cinco artistas emergentes das áreas da música, escultura e vídeo arte em
cocriação com a Sonoscopia. Trata-se de um projeto em residência em 5 momentos a
partir de janeiro de 2024, estreia no festival Big Bang em outubro e permanecerá no
espaço da Fábrica das Artes durante o mês de novembro.
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Um objeto. Lá dentro, num labirinto desdobrável de jogos, experiências e engenhos,
somos levados para um universo onde o som também é visível e palpável. Também
o podemos cheirar e até comer, mas melhor do que tudo isto, é poder ser som. E o
poder aqui é de quem constrói este universo, livre e em crescimento. Neste objeto,
que tem muitos outros objetos lá dentro, encontramos pistas que foram deixadas
pelos exploradores deste universo – os Sononautas. Estes seres, ligados entre si
por ondas sonoras, fazem da partilha uma prática elementar, para se relacionarem,
aprenderem e sentirem. Juntos, partimos numa viagem só de ida, em direção ao
infinito. Sononautas é uma criação comunitária para crianças adultas e adultos
que se recusam veementemente a crescer. É concebido através dos ouvidos da
Sonoscopia, que escuta atentamente as intervenções de um conjunto de Sononautas.
Em conjunto, e ao longo de cinco sessões, é construído um objeto que tem tanto de
armário como de nave espacial, e que pode ser transportado para diferentes espaços.
Depois, dele saem várias aventuras – sons nunca antes ouvidos, experiências
sonocientíficas, sinais de rádio pirata ou puzzlepartituras.
Os Sononautas têm vidas infinitas e o poder da transformação. São músicos,
construtores de instrumentos ou cientistas, e podem ser avistados em concertos, a
pilotarem naves-armário ou a recrutarem militantes para as várias causas do som.
27 abr 2024
Prelúdio para a Liberdade
Companhia da Música
Sessão de criação aberta – formação
Fábrica das Artes - 14h30 às 17h30
Para artistas, professores, educadores, mediadores, pais e curiosos
2h30m / lotação – 20 pessoas
70
20, 21 jan e 3 fev 2024
Receitas para escritores de comédias
Guilherme Gomes / Teatro da Cidade
Oficina
Fábrica das Artes - 15h30 às 17h30, Famílias, 90 minutos
1 a 5 jul 2024
Artes nas Férias do Verão
A LIBERDADE, é um poema?
Oficina em continuidade
Fábrica das Artes - 10h00 às 17h00 (acolhimento a partir das 9h30)
6 aos 10 anos
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Centro de Arquitetura/Garagem Sul
Mecenas para a Temporada 2022—2024
Fundação Millenium bcp
Exposições
Até 10 set
Sala de Aula, um olhar adolescente
Curadoria Joaquim Moreno
A exposição foi inspirada pela condição difícil de uma geração que teve de
experimentar a transição para a vida adulta durante uma pandemia. Para investigar
os indícios desta mudança em curso, uma série de perguntas foram realizadas: Como
foram projetados e concebidos os espaços escolares? Como foram geradas estas
comunidades de aprendizagem? E como é que o ensino profissional reorganiza as
relações entre trabalho e conhecimento?
Até 10 set
Escola do Porto Santo: Uma obra de
Raúl Chorão Ramalho
Curadoria Madalena Vidigal e Diogo Amaro
Nos anos de 1960 fez-se uma escola na ilha do Porto Santo que serviu como espaço
de aprendizagem para várias gerações de porto-santenses e, hoje, classificada como
património, acolhe um programa de atividades e residências artísticas que a projeta
no futuro. Esta exposição apresenta o ambiente, a matéria, o habitat e a arquitetura
desta obra singular.
72
17 out a 28 abr
Habitar Lisboa
Curadoria Marta Sequeira
Desde 2014, o preço da habitação em Portugal tem vindo a subir mais de 6% por
ano. Lisboa foi o município mais afetado do país, contagiando os concelhos em redor
e empurrando os seus habitantes para fora do centro.
A exposição Habitar Lisboa procura apresentar o estado da arte das operações
arquitetónicas de habitação que têm vindo a ser levadas a cabo em Lisboa ao longo
de 50 anos de democracia, tornar visível a situação atual da habitação na cidade e
apresentar desígnios para o futuro, conjugando ideias e propostas de profissionais
de diversas áreas – da Sociologia, da Geografia, da Paisagem e, sobretudo, da
Arquitectura.
28 mai a 15 set
Hestnes Ferreira: forma, matéria, luz
Curadoria Alexandra Saraiva, Patrícia Bento d’Almeida
e Paulo Tormenta Pinto
28 mai a 15 set
L’Amour Fou
Arte arquitetura
No momento em que o Centro de Arquitetura/Garagem Sul se transladou para o
Museu de Arte Contemporânea apresentando a exposição de Marina Tabassum,
recebe esta exposição do MAC/CCB, numa troca que afirma a vocação de diálogo
entre tipologias que define a atividade do CCB. Com o título apropriado à novela de
André Breton de 1937 (e ao filme de Jacques Rivette de 1969), a tónica da exposição
são os encontros e a sedução dos artistas visuais pela arquitetura, por vezes também
os seus desencontros.
Curso
26 out, 2, 16 e 23 nov
Histórias Globais da Arquitetura
Por Elisana Sousa Santos
73
Museu CCB
Até 10 set
Um foco em Paula Rego
Concebida em torno da obra O Impostor (1964), recém-adquirida pela Coleção de
Arte Contemporânea do Estado (CACE), esta apresentação inclui igualmente um
conjunto de peças da artista produzidas no mesmo período.
Até 10 set
Fernanda Fragateiro
Em Bruto: Relações Comoventes
Curadoria Alfredo Puente
Até 31 dez
Dos Pés à Cabeça
Curadoria Cristina Gameiro
74
28 out a 10 mar
Palindroom, 2019
Berlinde de Bruyckere
Berlinde de Bruyckere (n.1964) é uma artista belga que tem desenvolvido um
importante trabalho nos campos da escultura e do desenho. A exposição que
vai apresentar no Museu, para aqui especificamente concebida e a primeira em
contexto museológico da artista em Portugal, centra- -se sobre a figura do anjo
como criatura intermediária, na qual se investem questões contemporâneas de
género, metamorfose e mediação. Ao longo da exposição serão apresentadas duas
performances de Romeu Runa.
Palindroom, 2019
Alt 195 x 286 x 120 cm
Cera, ferro, couro, chumbo, têxtil, epóxi
Foto: Mirjam Devriendt
22 mar a 8 set
Evidence: Soundwalk Collective & Patti Smith
Evidence é uma jornada poética e imersiva através das viagens físicas, sonoras e
visuais do Soundwalk Collective ao entrar em diálogo com as trajetórias poéticas
de Patti Smith. Entre som, filmes, imagens abstratas, objetos e criações recolhidas
ao longo das viagens do coletivo, esta exposição conduz o público por uma vasta
instalação exploratória que une fotos, textos e obras originais de Smith.
18 abr a 22 set
Marina Tabassum: Notícias do Bangladesh
Curadoria Vera Simone Bader e André Tavares
Exposição permanente
Objeto, Corpo e Espaço
A revisão dos géneros artísticos
a partir da década de 1960
O núcleo contemporâneo da Coleção Berardo inicia-se com obras da década de 1960,
partindo das primeiras experiências minimalistas e conceptualistas. As últimas salas
são dedicadas à pintura e escultura do final do século XX e princípio do século XXI,
com peças de ar tistas que trabalham agora num mundo globalizado e culturalmente
diversificado.
75
Exposição permanente
Coleção Berardo do Primeiro Modernismo às Novas
Vanguardas do Século XX
Curadoria Rita Lougares
76
Nova Temporada 2023—2024, Um Chão Comum
*
Mediante apresentação do comprovativo à entrada
77
TEMPORADA UM CHÃO COMUM 2023 — 2024
EMPRESAS CCB
M ECEN A S G A R AG EM S UL