Programa CCB Prévio

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Temporada 2023 — 2024

UM CHÃO COMUM
Orquestras Ópera Sexta Maior
4 11 14

Atravessar o fogo Concertos Comentados


20 23

Concursos
28

Festivais Dança Teatro


29 32 39

Há Fado no Cais Take Off


45 48

Cinema Pensamento Fábrica das Artes


54 55 60

Centro de Arquitetura/Garagem Sul Museu CCB


72 74

A programação da Temporada 2023-2024 pode ser alterada por motivos imprevistos.


Consulte sempre a programação atualizada em ccb.pt
Centro Cultural de Belém
Temporada 2023/2024 – Um Chão Comum

O Centro Cultural de Belém elegeu, como seu lema, uma ideia muito clara: a
de que, como instituição dedicada às artes, tem como tarefa encontrar um chão comum entre
as diferentes práticas artísticas, um campo de contacto entre os artistas e os públicos e
estabelecer diálogos entre as diferenças de que as artes são constituídas.

Esta ideia simples é também uma reflexão sobre os tempos em que vivemos,
demasiado clivados entre posições que não se questionam e que não parecem abertas a
negociações. Parece-nos, como instituição cultural e artística, que a abertura ao outro, ao
diverso e ao que não sabemos classificar é urgente e reflete uma necessidade social, estética e
mesmo política. Desta forma, a programação que propomos para a temporada 2023/24 assenta
nesta noção de abertura e diálogo iniciada na temporada anterior, agora que o Centro
Cultural de Belém retomou a gestão plena dos seus espaços, com o Centro de Artes
Performativas, a Fábrica das Artes dirigida a públicos jovens, ao Centro de Arquitetura/
Garagem Sul e o Museu de Arte Contemporânea, que inaugurará, de forma plena, no outono.

Na articulação entre estas diversas valências, a temporada inclui projetos


que se desdobram nos vários espaços, mantendo, no entanto, a atenção às áreas a que o CCB se
tem, regularmente, dedicado, como a música erudita, a música improvisada, a dança, o teatro
e a arquitetura, a que se juntam agora as artes visuais e a performance.
A programação assume, ainda, uma outra dimensão da mesma ideia de chão comum: o olhar
retrospetivo para o passado, reapresentando projetos ao público que merecem ser revisitados,
no pressuposto de que o presente e o futuro das práticas artísticas é feito de retornos e me-
mórias que não se podem apagar.

Também a mediação e a educação serão focos centrais deste chão comum,


com o surgimento do programa Vem cá!, que reúne toda a enorme oferta do CCB na sua
relação com o ensino, os professores e as escolas, mas também para as famílias, com uma
particular atenção às questões da acessibilidade, quer em termos sociais, quer no cuidado
com os públicos com necessidades específicas.
A próxima temporada trará, ainda, um festival de música em março, retomando uma tradi-
ção interrompida pela pandemia, mas agora aberto a várias formas musicais, sempre procu-
rando a excelência artística.

Por fim, esta ideia de chão comum reflete-se na continuação das parce-
rias com organizações com as quais desenvolvemos coproduções (como a Metropolitana, a
OPART, os Teatros Nacionais D. Maria II e São João, o Teatro Municipal do Porto, os festivais
de Almada, Temps d’Images, Cumplicidades ou Alkantara).

Este será o nosso (dos artistas e dos públicos) chão comum: feito de diferenças
e mudança, de abertura e diálogo.
Passo a passo, venham connosco pisar este chão.

Temporada 2023/2024
www.ccb.pt

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Música Erudita
Para descobrir todos os palcos do CCB em formatos diferenciadores e
horários específicos, a programação de música erudita para a temporada 2023/2024 traz o
grande reportório ao longo dos tempos, em viagens cruzadas. A descoberta de sonoridades
novas para a música portuguesa interpretada por músicos internacionais, a presença de
nomes incontornáveis e solistas convidados.

Em 2024, assinala-se o centenário do nascimento de Joly Braga Santos


(1924-1988). Para assinalar esta efeméride, ao longo da temporada, a música deste compositor
português, eleito pela UNESCO como um dos dez melhores compositores de música
contemporânea da sua época, será apresentada por diferentes intérpretes em vários concertos,
revelando a sua música para orquestra, coro, música de câmara, música para piano solo e
a cantata cénica Dom Garcia, estreada, em 1971, no 1.º Festival de Vilar de Mouros. Ainda
transversal à programação é a produção musical contemporânea de Luís Tinoco.

A programação de música erudita pensada para todo o tipo de públicos,


invade os mais variados espaços, convencionais e não convencionais – em que há lugar até
para a experimentação alternativa de atravessar o fogo nos sábados à noite. Está assim
organizada em ciclos (Orquestras, Ópera, Sexta Maior, Concertos Comentados e Atravessar
o Fogo), com dias e horários específicos e que permitem a fácil identificação da proposta,
com o objetivo de permitir uma melhor fruição por parte do público.

Para facilitar a aproximação à música ou o seu aprofundamento, há vários mecanismos de


mediação, tanto em forma de concerto comentado, como em sessões breves de introdução
para que serão convidadas figuras com diferentes formas de ligação à música.

Cesário Costa
Programador de Música Erudita

Ciclos

Orquestras
O ciclo Orquestras apresenta algumas das obras mais emblemáticas do repertório
sinfónico e coral-sinfónico. Organizado em regime de coprodução com a Orquestra
Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, nas tardes de domingo,
no Grande Auditório do CCB, ouviremos a Oitava Sinfonia de Bruckner, a Oitava
Sinfonia de Shostakovich, a Terceira Sinfonia «Heroica» de Beethoven, a integral
dos concertos para piano e orquestra de Beethoven, os concertos para violino e
orquestra de Brahms e Prokofiev, a Quarta Sinfonia de Joly Braga Santos, entre
outras obras de referência. Com a participação do Coro do Teatro Nacional de São
Carlos, que em 2023 assinala os seus 80 anos, será apresentado o Te Deum de
Bruckner, a Missa Glagolítica de Janáček e Dixit Dominus de Händel.
Neste ciclo destacam-se os solistas Frank Peter Zimmermann, François-Frédéric
Guy, Artur Pizarro, Veriko Tchumburidzer, Julia Hagen, Dora Rodrigues, Maria
Luísa de Freitas, Misha Didik, Jozef Benci e João Barradas, entre outros, e os maestros
Antonio Pirolli, Pedro Neves, Enrico Onofri, Julia Jones, Jan Wierzba, José Eduardo
Gomes e Sebastian Perlowski.
Em estreia absoluta serão apresentadas duas obras de compositores portugueses:
o Concerto para acordeão e orquestra de Luís Tinoco e o Concerto para orquestra
de Miguel Azguime.
Os tradicionais concertos de Ano Novo e de Carnaval marcam, mais uma vez,
presença na programação, esta temporada em dose dupla, com concertos ao final
da manhã e à tarde.
Por último, com o objetivo de aproximar o público da música clássica, serão
apresentadas, antes de alguns concertos, sessões explicativas sobre o repertório que
será interpretado.

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17 setembro 2023
Dom, 19h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos

Concerto Inaugural – Sinfonia n.º 8 de Bruckner


Orquestra Sinfónica Portuguesa

A Sinfonia n.º 8 do austríaco Anton Bruckner, a última que o compositor deixou


completa, continua, desde a sua estreia nos finais do século XIX, a colocar a humanidade
em estado de exaltada perplexidade. É uma das mais assombrosas sinfonias de
todos os tempos e a verdadeira obra-prima deste compositor, considerado por
muitos o maior autor sinfónico romântico. É uma construção gigantesca que nos
obriga a percorrer vastas e variadíssimas paisagens formais e emocionais.
Ouvir o seu monumental e sublime Adagio, um dos grandes e mais perturbantes
monumentos do sinfonismo romântico, é uma experiência que nos pode convulsionar
interiormente, é certo, mas Bruckner sabe salvar-nos dos abismos, purificando-nos
com um titânico derradeiro andamento. Uma verdadeira catarse.
A desmesura da obra obriga-nos a apreciá-la não como um quadro ou uma estátua.
A única imagem apropriada é a de uma imensa catedral gótica.

Programa
Anton Bruckner (1824-1896) Sinfonia n.º 8 em Dó menor, WAB 108

Ficha artística
Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa

29 outubro 2023
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana

Sinfonia n.º 4 Italiana de Mendelssohn


Orquestra Metropolitana de Lisboa

Pela primeira vez, o maestro Enrico Onofri e a Orquestra Metropolitana de Lisboa


interpretam juntos a mais célebre sinfonia inspirada em terras de Itália. Mas a viagem
começa antes disso, com uma sinfonia dedicada em 1788 ao Rei da Prússia e selada
em Espanha, onde Boccherini viveu as últimas quatro décadas da sua vida.
O compositor italiano deixou-nos também uma dúzia de concertos para violoncelo.
O Concerto em Si Bemol Maior terá sido composto por volta de 1770 e deve a sua
popularidade à desenvoltura melódica do primeiro andamento, o que o torna
incontornável no repertório dos grandes virtuosos do nosso tempo. É o caso da
jovem violoncelista austríaca Julia Hagen. Seguem-se, por fim, as memórias recolhidas
por Mendelssohn em 1830 aquando da sua visita a cidades como Veneza, Roma, Nápoles,
Génova e Milão.

Programa
Luigi Boccherini (1743-1805) Sinfonia n.º 17, G. 519
Luigi Boccherini Concerto para violoncelo e orquestra n.º 9
Felix Mendelssohn-Bartholdy Sinfonia n.º 4 Italiana

Ficha artística
Violoncelo Julia Hagen
Direção musical Enrico Onofri
Orquestra Metropolitana de Lisboa

5
26 novembro 2023
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana

Sinfonia n.º 3 Heroica de Beethoven


Orquestra Metropolitana de Lisboa

A música desperta impressões de lugares próximos e distantes, de tempos passados


e futuros. Porém, venha de onde vier, é um fenómeno presente, próprio do momento
em que acontece. Os compositores sabem isso bem. Este programa junta duas obras
que, à distância de dois séculos, dialogam explicitamente com o mundo que as rodeia.
A Heroica de Beethoven retratava em 1804 a luta do indivíduo por uma causa maior,
fruto de uma idealização profundamente romântica. Já em 2019, Pedro Lima
percorreu os horizontes da sua geração, tremidos pela crise climática, pela distopia
digital e pela ameaça de um fim iminente. Pelo meio, Luís Tinoco estreia mais um
concerto para solista e orquestra. Depois da trompa, do saxofone, do clarinete e do
violoncelo, é chegada a vez do acordeão.

Programa
Pedro Lima (n. 1994) Talkin(g) (A)bout My Generation
Luís Tinoco (n. 1969) Concerto para acordeão e orquestra
(estreia absoluta/encomenda CCB)
Ludwig van Beethoven (1770-1827) Sinfonia n.º 3 Heroica

Ficha artística
Acordeão João Barradas
Direção musical Pedro Neves
Orquestra Metropolitana de Lisboa

Atividade paralela
Instalação sonora com as gravações de Archipelago e
Alepo e outros silêncios de Luís Tinoco
22 a 28 de novembro, Black Box

17 dezembro 2023
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos

Concerto de Natal – Dixit Dominus de Händel


Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa

Em primeiro lugar, o Concerto n.º 9 para piano e orquestra de Mozart, vulgarmente


conhecido como Jeunehomme, escrito aos 21 anos em Salzburgo e composto para
Victoire Jenamy, que Mozart conhecera em Viena em 1773, filha do famoso bailarino
e coreógrafo Jean-Georges Noverre. A obra apresenta traços surpreendentes para a
época, como a intervenção do solista logo no início. «Uma das grandes maravilhas
do mundo», como a caracterizou Alfred Brendel.
O Dixit Dominus comprova o extraordinário êxito que Händel obteve na sua primeira
estadia em Roma, em 1707, sob a proteção do influente cardeal Carlo Ottoboni.
Foi este que contratou o jovem músico luterano para escrever motetos latinos para
festividades de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Händel musicou, assim, entre
abril e julho desse ano, alguns Salmos. Este Dixit Dominus em nove andamentos
apresenta, como o texto exige, ambientes e climas musicais diversificadíssimos,
da mais brilhante exuberância ao mais intenso dramatismo. É o mais antigo
autógrafo musical de Händel e apresenta a linguagem do barroco italiano em todo
o seu esplendor.

Programa
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Concerto n.º 9 em Mi bemol Maior
para piano e orquestra, K. 271
Georg Friedrich Händel (1686-1759) Dixit Dominus, HWV 232

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Ficha artística
Piano Artur Pizarro Soprano Raquel Alão
Soprano Carolina Raposo Meio-soprano Ana Ferro
Tenor João Rodrigues Barítono Carlos Pedro Santos
Direção musical José Eduardo Gomes

Coro do Teatro Nacional de São Carlos


(Maestro titular Giampaolo Vessella)
Orquestra Sinfónica Portuguesa

1 janeiro 2024
Seg, 11h00 e 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana

Concerto de Ano Novo


Orquestra Metropolitana de Lisboa

A leveza frutada das valsas. O bruto e o seco das marchas. A segunda fermentação
das polcas. Música fina, é tudo o que se espera do tradicional Concerto de Ano Novo
da Metropolitana no CCB. É ocasião para desejar saúde, felicidade, prosperidade,
paz… projetar novos filmes e novos guiões sobre os quais teremos sempre uma palavra
a dizer. É tempo de escolher a banda sonora ideal para todas as situações. É o brinde
perfeito!

Programa
Stanisław Moniuszko (1819-1872) Abertura da ópera Halka
Josef Strauss (1827-1870) Moulinet - Polka française op. 57
Johann Strauss II (1825-1899) Frühlingsstimmen op. 410
Joly Braga Santos (1924-1988) Romance
Johann Strauss II Neue Pizzicato-Polka op. 449
Johann Strauss II Tritsch-Tratsch-Polka op. 214
Stanisław Moniuszko Mazurka da ópera Halka
Johann Strauss II Stadt und Land - Polka-Mazurka op. 322
José Santos Rosa (1931-2020) Polka da Risota
Johann Strauss II Im Krapfenwald
Johann Strauss II Unter Donner unt Blitz
Johann Strauss II An der schönen blauen Donau op. 314

Ficha artística
Direção musical Sebastian Perłowski
Orquestra Metropolitana de Lisboa

11 fevereiro 2024
Seg, 11h00 e 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana

Concerto de Carnaval
Orquestra Metropolitana de Lisboa

Os músicos da Orquestra Metropolitana de Lisboa têm umas contas a ajustar com as


obras-primas da música clássica. Afinal, porque é que umas são mais primas do que
as outras? Não estará na altura de chamar este assunto à razão? O Carnaval é pretexto
sem igual. Falemos então de breves e colcheias, prelúdios e serenatas, pífaros e contrabaixos.
Música, maestro!

Ficha artística
Direção musical Jan Wierzba
Orquestra Metropolitana de Lisboa

7
2 e 3 março 2024
Sáb, 21h00, Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana

Integral dos Concertos para piano de Beethoven


Orquestra Metropolitana de Lisboa

Um dos aspetos que melhor distingue a música de Beethoven é a impressão de que


nunca se restringe numa função recreativa, tão-pouco no aparato do virtuosismo técnico.
Apresenta-se enquanto expressão de ideais, sugerindo uma relação privilegiada com
o mundo e com a posteridade. Tornou-se assim universal, de tal modo que nos é hoje
possível contemplá-la com a familiaridade de uma voz sempre presente, apesar de
contar mais de dois séculos de existência. Esta aura resoluta da figura de Beethoven
corresponde, porém, ao período intermédio da sua carreira, que foi anunciado pela
Sinfonia Heroica. Já os seus cinco concertos para piano, permitem acompanhar o
trajeto criativo que até aí o trouxe. Os primeiros três pertencem a uma fase anterior,
quando as referências de Haydn e Mozart foram modelo para construir uma identidade
própria. Os dois últimos espelham de forma mais evidente o ímpeto e a audácia que
se tornaram sua «imagem de marca».

Programa
2 março
Ludwig van Beethoven (1770-1827) Concerto para piano e orquestra n.º 2
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra n.º 3
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra n.º 4
3 março
Ludwig van Beethoven (1770-1827) Concerto para piano e orquestra n.º 1
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra n.º 5
Ficha artística
Piano e direção musical François-Frédéric Guy
Orquestra Metropolitana de Lisboa

28 março 2024
Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos

Concerto de Páscoa – Te Deum de Bruckner


Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Esta versão do hino Te Deum laudamus, clara demonstração da veemência da Fé de


Anton Bruckner, foi estreada em janeiro de 1886 no Musikverein de Viena. Gustav
Mahler, seu grande admirador, escreveu na sua cópia da partitura: «para coro, solistas,
orquestra e órgão ad libitum e para buscadores de Deus e corações castigados».
Bruckner considerava a obra o «orgulho da sua vida». O início instala-nos imediatamente
num ambiente intenso, com o coro em uníssono a proclamar em fortíssimo o louvor
a Deus, ambiente que alterna com secções pacíficas e outras quase apocalípticas.
É, seguramente, uma das mais veementes manifestações de Fé em toda a música do
século XIX.
A outra obra em programa é a Missa glagolítica de Leoš Janáček, estreada em Brno
em finais de 1927 e considerada uma das mais notáveis e importantes obras religiosas
da primeira metade do século XX. A obra segue o Ordinário da Missa Católica, mas
em vez da língua latina usa a antiga língua eslava. Daí o seu título. Tal como a obra
de Bruckner, inicia-se com uma exuberante demonstração de Fé, musicalmente
concretizada por triunfantes fanfarras dominadas pelos metais. Com esta obra,
Janáček tentava uma celebração da cultura eslava.

Programa
Leoš Janáček (1854-1928) Missa glagolítica
Úvod - Einleitung - Introduction
Gospodi pomiluj - Herr, erbarme dich - Kyrie

8
Slava - Ehre - Gloria
Vĕruju - Ich glaube - Credo
Svet - Heilig - Sanctus
Agneče Božij - Lamm Gottes - Angus Dei
Varhany solo - Orgel solo - (Postludium)
Intrada (Exodus)

Anton Bruckner (1824-1896) Te Deum, WAB 45


Te deum laudamus – Allegro
Te ergo quaesumus – Moderato
Aeterna fac - Allegro, Feierlich, mit Kraft
Salvum fac populum tuum – Moderato
In te, Domine, speravi - Mäßig bewegt

Ficha artística
Soprano Dora Rodrigues
Meio-soprano Maria Luísa de Freitas
Tenor Misha Didik
Baixo Jozef Benci
Direção musical Antonio Pirolli

Coro do Teatro Nacional de São Carlos


(Maestro titular Giampaolo Vessella)
Orquestra Sinfónica Portuguesa

28 abril 2024
Dom, 17h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos

Sinfonia n.º 8 de Shostakovich


Orquestra Sinfónica Portuguesa

A Sinfonia n.º 8 de Dmitri Shostakovich (Sinfonia Stalinegrado) foi estreada em


Moscovo em novembro de 1943. Estruturada em cinco andamentos (o primeiro dos
quais é um poderoso e surpreendente Adagio), é considerada uma das mais trágicas
obras deste que foi, inquestionavelmente, um dos mais importantes sinfonistas do
século XX.
A obra foi considerada como contrarrevolucionária e antissoviética. Não se percebia
por que escrevia Shostakovich uma tão otimista Sétima Sinfonia (a Leningrado) no
início da guerra, quando o Exército Vermelho estava em retirada, e escrevia música
tão trágica quando o nazismo estava a ser destruído.
Segundo o compositor, queriam que ele escrevesse uma fanfarra, uma ode triunfal
ao regime. Mais tarde clarificaria que as duas obras eram músicas de requiem.
Ele deixara uma explicação algo enganadora aquando da estreia: «A minha recente
Oitava Sinfonia não pôde deixar de ser influenciada pelas felizes notícias das vitórias
do Exército Vermelho. Porém, não há acontecimentos concretos nela descritos.
Marcada por conflitos interiores dramáticos e trágicos, é no fundo uma obra otimista.»
«Otimismo» que, todos o sentiram, era difícil de se fazer ouvir.

Programa
Dmitri Shostakovitch (1906-1975) Sinfonia n.º 8 em Dó menor, op. 65

Ficha artística
Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa

9
19 maio 2024
Dom, 19h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, Metropolitana

Concerto para violino e orquestra de Brahms


Orquestra Metropolitana de Lisboa

O Concerto para violino e orquestra de Brahms sempre dividiu opiniões. O aparato


sinfónico leva alguns a entenderem-no como um Concerto «contra» o violino, ao passo
que outros, ao invés, acham ser um Concerto para violino «contra» a orquestra. Todos
lamentam, ainda assim, que não tenha composto mais obras neste formato. Desen-
rola-se num equilíbrio que inquieta, numa sucessão de concordâncias, sobressaltos e
melodias vibrantes. São quarenta minutos sublimes, assim confiados à interpretação
do prestigiado violinista alemão Franz Peter Zimmermann e do maestro Pedro Neves à
frente da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Antes disso, o belíssimo Nocturno com-
posto por Joly Braga Santos aos dezoito anos de idade abre caminho à estreia absoluta
de mais uma obra de Miguel Azguime – bem a propósito, um Concerto para orquestra.

Programa
Joly Braga Santos (1924-1988) Nocturno, op. 11
Miguel Azguime (n. 1960) Concerto para orquestra
(estreia absoluta/encomenda Metropolitana)
Johannes Brahms (1833-1897) Concerto para violino e orquestra, op. 77

Ficha artística
Violino Frank Peter Zimmermann
Direção musical Pedro Neves
Orquestra Metropolitana de Lisboa

26 maio 2024
Dom, 19h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos

Sinfonia n.º 4 de Joly Braga Santos


Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa

Quem ouve o eletrizante segundo andamento (Scherzo vivacissimo), do Concerto n.º 1


para violino de Prokofiev, compreenderá a paixão que de imediato assolou Joseph
Szigeti, presente na mornamente aplaudida estreia mundial da obra em outubro de
1923, em Paris. Foi paixão à primeira audição. O grande violinista passou a apresentar
regularmente o concerto a todos os públicos do mundo. Estes, obviamente, ficaram
também conquistados até aos nossos dias.
Joly Braga Santos morreu em 1988, com 64 anos, no apogeu da sua criatividade.
Grande amante de ópera, deixou-nos uma vasta produção repartida por vários géneros.
A sua Quarta Sinfonia teve duas versões, a segunda das quais, coral-sinfónica, foi
estreada em 1968. Esta versão propunha um magnífico epílogo coral que permane-
ce como uma das mais veementes homenagens à juventude na história da música
portuguesa. O seu avassalador crescendo final continua a arrebatar-nos entusiasti-
camente – uma das razões, sem dúvida, para que tivesse sido proposto como Hino
Mundial da Juventude.

Programa
Sergei Prokofiev (1891-1953) Concerto para violino e orquestra n.º 1, op. 10
Joly Braga Santos (1924-1988) Sinfonia n.º 4, op. 16

Ficha artística
Violino Veriko Tchumburidzer
Direção musical Julia Jones
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
(Maestro titular Giampaolo Vessella)
Orquestra Sinfónica Portuguesa

10
Ópera
A temporada de 2023/2024 apresenta quatro produções cénicas. A primeira, Fidelio,
de Ludwig van Beethoven, é uma co-apresentação CCB, OPART/Teatro Nacional de
São Carlos da produção do Staatsoper Hamburg e do Teatro Comunale di Bologna,
com encenação de George Delnon e direção musical de Graeme Jenkins.
As restantes três produções serão dedicadas à música operática portuguesa. Com
encenação de Ricardo Neves-Neves e direção musical de João Paulo Santos, será
apresentada a opereta a Maria da Fonte de Augusto Machado. Esta obra, recuperada
pelo Laboratório de Ópera Portuguesa, foi estreada no Teatro da Trindade, em 1879,
e é apresentada, nesta temporada, em estreia moderna.
Estreada no 1º Festival de Vilar de Mouros, em 1971, a Cantata Dom Garcia de Joly
Braga Santos, será apresentada na programação do CCB com encenação de Fernando
Gomes e direção musical de António Costa.
Por fim, em parceria com o Operafest Lisboa 2023, será apresentado o espetáculo
Grandes Cantores para a Ópera de Hoje, construído a partir de árias ou excertos de
óperas oriundos de compositores contemporâneos portugueses, num espetáculo encenado
e interpretado por jovens cantores.

6 setembro 2023
Qua, 19h00, Pequeno Auditório, M/6
Parceria Centro Cultural de Belém, Companhia de Ópera do Castelo – Associação

Grandes Cantores para a Ópera de Hoje


Operafest Lisboa 2023

O Operafest Lisboa 2023 apresenta, em parceria com o Centro Cultural de Belém,


o espetáculo Grandes Cantores para a Ópera de Hoje, no âmbito do concurso de
ópera contemporânea Maratona Ópera XXI, este ano apostando em cantores emergentes
e na interpretação da ópera do nosso tempo, em português, em coprodução com o MPMP,
Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa.
O concurso Maratona Ópera XXI tem como principal missão projetar esta forma de arte
total no futuro, promovendo a emergência de novos compositores, novas óperas, novos
criativos e intérpretes, potenciando a criação de mais ópera contemporânea e trazendo-a
para mais próximo dos intérpretes, do público e do mundo de hoje. O desafio é partindo
de um alinhamento empolgante com árias ou excertos de óperas oriundos das últimas
décadas de compositores portugueses como Alexandre Delgado, António Chagas Rosa,
Daniel Moreira, Francisco Fontes, Sara Ross, entre outros, num espetáculo encenado
interpretado por jovens cantores selecionados, avaliar os seus dotes na interpretação de
ópera contemporânea portuguesa, e em particular em língua portuguesa, potenciando
assim o fortalecimento da tradição do canto em português e a apropriação, especialização
e difusão de repertório português de ópera contemporânea por novas gerações de
intérpretes. Aos vencedores será atribuído o Prémio Carlos de Pontes Leça.
Ficha artística
Encenação Rodrigo Aleixo
Direção musical Rita Castro Blanco
Ensemble MPMP
Direção técnica e desenho de luz Pedro Santos
Legendagem Francisco Lima da Silva
Produção Operafest Lisboa
Coprodução MPMP
Júri:
Soprano e direção artística do OPERAFEST Lisboa Catarina Molder
Maestro e direção artística do MPMP Jan Wierzba
Maestro e programador do CCB Cesário Costa
Atriz e encenadora Sandra Faleiro
Musicólogo Rui Vieira Nery

11
12 e 14 novembro 2023
Dom, 17h00, Ter, 10h30 – Sessão para escolas
Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos,
APARM-Academia Portuguesa de Artes Musicais, Santa Casa Misericórdia de
Lisboa, Égide – Associação Portuguesa das Artes, Teatro do Eléctrico, Culturproject

Maria da Fonte, de Augusto Machado


Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa

Maria da Fonte, uma opereta muito nossa.


Maria da Fonte é o segundo título recuperado pelo Laboratório de Ópera Portuguesa,
criado em 2022 e sediado no CCB. Trata-se de uma opereta de natureza cómica e
satírica, bem ao jeito dos cânones da Geração de 70. Foi escrita por Augusto Machado,
a partir de um libreto original da autoria de Batalha Reis, Gervásio Lobato e João
Francisco de Eça Leal, tendo sido estreada no Teatro da Trindade em 1879. Muito
embora o libreto não tenha chegado até aos nossos dias, a qualidade musical e a pertinência
do tema justificou a sua escolha. Com direção musical de João Paulo Santos e
encenação de Ricardo Neves-Neves, autor do libreto atual, a opereta Maria da Fonte
apresenta a heroína popular como uma mulher intensa, corajosa, que, apesar de
não se revelar com a força e convicções de uma Joana d’Arc, não se demite de uma
certa consciência social. As maranhas originais não se perderam na recuperação da
opereta de Machado. Falamos da intriga que envolve a própria personagem Maria da
Fonte, o seu amante Ludovino (um agricultor rico) e a sua irmã, Joana, assente em
fortes suspeitas de traição; e de uma conspiração entre o administrador local, Vilar,
e o abade Cortições, que se subentende ser pai de Maria da Fonte e de Joana, para
enviar os rapazes para o exército combater a ralé.

Ficha artística
Libreto e encenação Ricardo Neves-Neves
Direção musical João Paulo Santos
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maria da Fonte Cátia Moreso
Abade Cortições Luís Rodrigues
Ludovino Marco Alves dos Santos
Joana Eduarda Melo
Perpétua Inês Simões
Onofre André Henriques
Vilar Tiago Matos
Aniceto João Merino

21 e 23 janeiro 2024
Dom, 16h00, Ter, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Co-apresentação CCB, OPART/Teatro Nacional de São Carlos da Produção
do Staatsoper Hamburg e do Teatro Comunale di Bologna

Fidelio, de Beethoven
Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa

Foi em 1804 que Beethoven começou a trabalhar naquela que seria a sua única ópera
– Fidelio. O projeto consistia numa nova versão da história de Leonore, uma história
de amor, marcada por fortes ideais revolucionários, e que encaixava perfeitamente
na personalidade e na ideologia beethoveniana – um jovem nobre, defensor da liberdade,
é preso por um usurpador tirânico; uma mulher fiel e corajosa faz-se passar por um
homem para salvar o prisioneiro da morte; um ministro faz triunfar a justiça libertando
todos os prisioneiros políticos. Nessa altura, Viena tinha acabado de ser ocupada
pelas forças napoleónicas e, como é óbvio, uma história destas não iria ser bem

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vista pelas autoridades. Mesmo assim, Beethoven ainda conseguiu que a ópera fosse
apresentada algumas vezes. Contudo, só em 1814, e após uma substancial revisão da
ópera, é que esta teve condições para ser recebida com o sucesso de que ainda hoje é alvo.

Programa
Fidelio, op. 72b
Uma ópera de Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Libretista Joseph Ferdinand Sonnleithner (1766-1835)

Ficha artística
Encenação Georges Delnon
Direção musical Graeme Jenkins

Coro do Teatro Nacional de São Carlos


Orquestra Sinfónica Portuguesa

Florestan Nikolai Schukoff


Leonore Gabriella Scherer
Rocco Joshua Bloome
Marzelina Susana Gaspar
Don Pizarro Boaz Daniel
Jaquino Leonel Pinheiro
Primeiro Prisioneiro Sérgio Martins
Segundo Prisioneiro Nuno Dias

30 junho 2024
Dom, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coprodução Centro Cultural de Belém, ARTPRODES

Dom Garcia, de Joly Braga Santos


Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública

Em 1971, António Barge, médico de Vilar de Mouros, encomendou a três grandes


vultos da cultura portuguesa uma obra emblemática para a inauguração do Festival
de Vilar de Mouros: a Cantata Cénica Dom Garcia. Joly Braga Santos foi o compositor.
Natália Correia e David Mourão Ferreira, autores do libreto. A referida obra foi composta
para a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, grande coro sinfónico,
cinco solistas cantores e seis declamadores.
Esta grandiosa Cantata é inspirada na história de D. Garcia e seus quatro irmãos
(D. Sancho, D. Afonso, D. Elvira e D. Urraca), filhos do Rei D. Fernando, de Castela.
A trama desenrola-se em torno da desavença entre os irmãos, quando o pai anuncia
a divisão do reino. São travadas lutas fratricidas que culminam com o cativeiro de
D. Garcia (tio-avô de D. Afonso Henriques, fundador de Portugal) no Castelo de
Luna, local onde viria a sucumbir.
A memorável estreia desta obra esteve a cargo da Banda da Guarda Nacional
Republicana, sob a direção do maestro Silva Dionísio.

Programa
Dom Garcia, op. 50
Uma ópera de Joly Braga Santos (1924-1988)
Libreto Natália Correia (1923-1993) e David Mourão-Ferreira (1927-1996)

Ficha artística
Encenação Fernando Gomes
Direção musical António Costa
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Direção do coro Jorge Alves
Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública

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D. Fernando José Raposo
D. Garcia Mário Redondo
D. Afonso Miguel Raposo
D, Urraca Leonor Seixas
D. Elvira Sara Belo
Jogral João Terleira
Virgem Bárbara Barradas
Três avelaneiras Filipa Bastos, Rita Mourão Tavares e Sara Afonso

Sexta Maior
O ciclo Sexta Maior levará o público numa viagem desde a música antiga à música
dos nossos dias. Teremos o IV Livro de Madrigais de Monteverdi interpretado pelo
Concerto Italiano e dirigido por Rinaldo Alessandrini. Os Sete Lágrimas apresentam
novos vilancicos sobre poesia portuguesa do século XVI, de Gil Vicente, Bernardim
Ribeiro e Pêro de Andrade Caminha, entre outros autores.
O Divino Sospiro dá-nos a conhecer excertos de ópera, serenata e oratória do século
XVIII de compositores portugueses, que foram determinantes na afirmação da
linguagem musical no período barroco, em paralelo com a música de compositores
europeus da mesma época. Os Músicos do Tejo apresentam por seu lado um progra-
ma com repertório barroco que inclui a estreia absoluta da Suite Barroca, do compositor
Filipe Raposo, inspirada nas danças mais comuns desse período.
O tenor Ian Bostridge e o pianista Luís Duarte levam-nos por uma viagem bucólica
pelo lied, através da Bela Moleira de Schubert. Os gostos da sociedade lisboeta em
finais do século XIX são o ponto de partida para o recital de piano de João Costa
Ferreira com obras, entre outros compositores, de Vianna da Motta e Chopin.
O Quarteto Leipzig apresenta com obras de Joly Braga Santos, Shostakovich e uma
obra em estreia absoluta do compositor António Pinho Vargas. O DSCH – Schostakovich
Ensemble dedica um recital à música de câmara de Schostakovich e os Drumming
apresentam, logo a abrir este ciclo, um programa dedicado à música do compositor
Luís Tinoco.

6 outubro 2023
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Percussão
Archipelago
Drumming GP

ARCHIPELAGO apresenta ao vivo obras gravadas no CD homónimo que foi lançado em


2019 pela editora norte-americana Odradek. Disco vencedor dos Prémios Play para
melhor CD de música clássica/erudita 2019 e que obteve as melhores críticas nacionais
e internacionais.
Este projeto resulta de uma longa colaboração entre o compositor Luís Tinoco e o
Drumming Grupo de Percussão, e apresenta obras para um variado leque de combinações
instrumentais, desde solos a quartetos de percussão passando por trios a quintetos de
percussão com eletrónica.

Programa
Luís Tinoco (n. 1969)
Short Cuts (F)
Mind the Gap
Steel Factory
Archipelago
Spiralling
Fados Geneticamente Modificados

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10 novembro 2023
Sexta-feira, 21h00, Sala a definir, M/6

Recital de piano
Florilégio Romântico
João Costa Ferreira

De fantasias, danças, peças líricas e variações se compõe este recital centrado em


obras de Vianna da Motta que refletem os gostos da sociedade lisboeta dos finais do
século XIX. A influência de Chopin faz-se representar pelas célebres Fantaisie-Im-
promptu e na Valsa op. 64 n.º 2, ao passo que o Nocturno de Fragoso espelha as
tendências modernistas da época. Inclui-se as Variações de Joly Braga Santos numa
efémera homenagem por ocasião antecipada da celebração dos 100 anos do seu nascimento.

Programa
Vianna da Motta (1868-1948) Fantasia brilhante sobre a ópera Il Guarany de
Carlos Gomes, op. 34
Frédéric Chopin (1810-1849) Fantaisie-impromptu, op. 66
Vianna da Motta Praia das Conchas, Quadrilha de Contradanças, op. 22
Vianna da Motta O Dia 20 de Maio, Quadrilha de Valsas, op. 44
Frédéric Chopin Valsa op. 64 n.º 2
Vianna da Motta Resignação, Melodia para a mão esquerda
Vianna da Motta Rondino, op. 52
António Fragoso (1897-1918) Nocturno em Ré bemol Maior
Joly Braga Santos (1924-1988) Variações
Vianna da Motta Variações sobre um tema original, op. 47

15 dezembro 2023
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Música Antiga
Folia Nova – Nova Música Antiga sobre Poesia
Portuguesa dos séculos XV e XVI
Sete Lágrimas

O termo «folia» surge em fontes portuguesas do final do século XV e inícios do século XVI
sendo referida no Auto da Sibila Cassandra do dramaturgo português Gil Vicente
(c.1465–c.1536), escrito por volta de 1513, como uma dança interpretada por pasto-
res. Durante um século esta estrutura musical (harmónica e rítmica) conquista toda
a Península e afirma-se como um modelo popular em Itália, França ou Inglaterra, nos
séculos XVII e XVIII. Musicalmente, a folia divide-se em duas eras: a antiga que
se estende de 1577 até 1674; e a tardia que se expande de 1672 a 1750 em França e
Inglaterra. Em 2023, Filipe Faria e Sérgio Peixoto visitam a história desta estrutura
para compor, em Folia Nova, novos vilancicos sobre poesia portuguesa do século
XVI de Gil Vicente (c.1465 – c.1536), Bernardim Ribeiro (1482? – 1552?) e Pêro de
Andrade Caminha (1520-1589), entre outros.

Ficha artística
Sete Lágrimas
Direção artística Filipe Faria e Sérgio Peixoto

Voz Filipe Faria


Voz Sérgio Peixoto
Vihuela e alaúde Tiago Matias
Contrabaixo João Hasselberg

Atividade paralela
Lançamento de livro de fotografia de Filipe Faria
15 dez, Sala de Leitura, horário a definir

15
12 janeiro 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Recital de canto e piano


A Bela Moleira de Schubert
Ian Bostridge e Luís Duarte

À data da sua morte prematura aos 31 anos, em 1828, Franz Schubert havia já produzido
um legado de cerca de 600 Lieder – género do romantismo alemão que une,
intrinsecamente, poesia e música. A Bela Moleira, o primeiro grande ciclo do compositor
austríaco, reúne poesia de Wilhelm Müller (poeta, filologista e historiador) e
proporciona uma viagem bucólica que oscila entre um otimismo naïve e a angústia e
o desespero perante um amor não correspondido.

Programa
Franz Schubert (1797—1828) A Bela Moleira, op.25, D 795
Das Wandern
Wohin?
Halt!
Danksgesang an den Bach
Am Feierabend
Der Neugierige
Ungeduld
Morgengruss
Des Müllers Blumen
Tränenregen
Mein!
Pause
Mit dem grünen Lautenbande
Der Jäger
Eifersucht und Stolz
Die liebe Farbe
Die böse Farbe
Trockne Blumen
Der Müller und der Bach
Des Baches Wiegenlied

16 fevereiro 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Música de Câmara
Schostakovich e Estaline
DSCH – Schostakovich Ensemble

O DSCH – Schostakovich Ensemble apresenta um concerto dedicado à música de


um dos mais fulgurantes e geniais compositores da História da Música do século XX:
Dmitri Schostakovich.
O ensemble foi criado pelo pianista Filipe Pinto-Ribeiro em 2006, aquando do
centenário do nascimento de Schostakovich, a quem presta homenagem na sua
designação exaltando assim o seu ideal artístico do compositor de autenticidade e
humanismo, de rigor e paixão, expresso no enigma musical de cariz autobiográfico
encerrado na assinatura musical DSCH, um criptograma criado pelo compositor com
base nas primeiras letras do seu nome e apelido, ou seja, o motivo musical temático
«Ré - Mi bemol - Dó – Si», utilizado em algumas das suas obras mais significativas.
Falecido em 1975 em Moscovo, Schostakovich é lembrado pelo seu relacionamento
complexo com a União Soviética, numa época em que Estaline e as autoridades
soviéticas atacaram as artes — incluindo a de Shostakovich — que consideravam
desalinhadas com a sua visão nacionalista. Durante a sua vida, Shostakovich
escreveu música em protesto implícito ao domínio soviético, bem como obras
intensamente nacionalistas, navegando numa vida dupla entre a liberdade artística

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e a repressão. Neste concerto, serão interpretadas obras-primas do seu legado
criativo, entre as quais a Sonata para violoncelo e piano, composta na década de
1930, quando Schostakovich sofreu os primeiros e violentos ataques no Pravda,
jornal oficial do Partido Comunista soviético, e o célebre Quinteto com piano, pelo qual
Schostakovich recebeu em 1941 o Prémio Estaline.

Programa
Dmitri Schostakovich (1906-1975)
Trio n.º 1, op. 8
Sonata para violoncelo e piano, op. 40
5 Peças para 2 violinos e piano
Quinteto com piano, op. 57

8 março 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Música de Câmara
O Som do Silêncio
Quarteto Leipzig

Pouco parecerá, a uma primeira impressão, unir os três quartetos de cordas de Joly
Braga Santos, António Pinho Vargas e Dmitri Shostakovich propostos neste recital.
No entanto, é mais aquilo que os une do que o que os separa. Escritos com apenas
três anos de intervalo (1957 e 1960), os quartetos de Braga Santos e Shostakovich
revelam um momento de viragem na obra dos seus autores, o português em direção
a uma música mais áspera e despojada, e o soviético em direção aos seus últimos
quartetos, obras de uma imensa concentração expressiva e conteúdo autobiográfico.
António Pinho Vargas, cuja música partilha com a de Shostakovich um certo pathos
trágico, pathos que denota uma inquietação existencial única na música portuguesa
recente, dar-nos á a conhecer o seu 5.º Quarteto, confirmando-se assim como o
compositor português moderno mais significativo no que toca a este género maior da
música de câmara.

Programa
Joly Braga Santos (1924-1988) Quarteto n.º 2
António Pinho Vargas (n. 1951) Quarteto n.º 5 (estreia absoluta/encomenda CCB)
Dmitri Schostakovich (1906-1975) Quarteto n.º 8

5 abril 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Música Barroca
Suite (a + b) Suites de Compositores Barrocos e de Filipe Raposo
Os Músicos do Tejo

Este projeto fundamenta-se na nossa convicção em implicar e implicarmo-nos na


criação atual. Pensamos que é muito saudável não só nos dedicarmos à redescoberta
do património musical português e repertório barroco, mas também lançarmos novos
desafios aos nossos criadores contemporâneos. Exemplos passados são convites
ao realizador Pedro Costa, ao guitarrista e compositor Miguel Amaral, ao videasta
Nuno Cera, ao compositor Eero Hämeenniemi. Neste sentido, lançámos o repto ao
compositor e pianista Filipe Raposo, com o qual partilhamos afinidades artísticas
e pessoais. Admiramos muito o seu trabalho, quer na música improvisada quer na
composição e, depois de assistirmos à música que escreveu para acompanhar o filme
Metropolis, de Fritz Lang, a ideia do Filipe Raposo compor para o nosso grupo
começou a germinar. Como o Filipe Raposo gosta muito de música barroca e depois
de várias conversas preparatórias, chegámos à conclusão que a Suite Barroca de danças

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poderia ser um mote de inspiração. Allemandes, menuets, courantes, sarabandes,
passepieds, gigues, entre outras, são um terreno fértil para a criatividade jorrar.
Combinámos também que o próprio compositor irá integrar a orquestra, desta feita
tocando órgão positivo. É também uma forma de manter os músicos alerta para novas
exigências que estimulem proficiência musical e técnica pois serão certamente confrontados
com harmonias e ritmos diferentes do habitual e, por seu torno, poderão contribuir
também com a sua visão experienciada dos modelos utilizados. Foi também muito
positiva a abertura do CCB, instituição com a qual temos uma relação com um gran-
de historial (aliás, foi neste espaço cultural que começámos a nossa existência) para
este tipo de programação inovadora.
Estamos em crer que será uma experiência inesquecível e a primeira pedra de uma
nova linha de desenvolvimento do nosso percurso. – Os Músicos do Tejo

Programa
Filipe Raposo (n. 1979) Suite Barroca
(estreia absoluta/encomenda d’Os Músicos do Tejo)
Obras de J. S. Bach, J. B. Lully, M. Marais, A. C. Destouches e F. Raposo

Ficha artística
Direção musical Marcos Magalhães e Marta Araújo

3 maio 2024
Sexta-feira, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Música Barroca
Della Gloria e Dell’Onore
Divino Sospiro

Com este programa, a orquestra Divino Sospiro propõe um ponto de vista sobre a
produção e circulação da Ópera, da Serenata e da Oratória, possivelmente estes últimos,
os dois géneros musicais mais frequentes em Portugal durante o século XVIII,
centrando-se no contributo desta nação, e propondo um percurso paralelo, dividido
em duas partes pelas principais etapas de afirmação estético-musical que se desenvolveram
na Europa e em particular, em Portugal, exemplificadas por autores que foram
fundamentais na determinação do caminho e da afirmação da linguagem musical
do Barroco, para o que viria a ser o estilo Clássico. O resultado é um quadro rico em
pontos de contacto, mas não isento de traços de originalidade e extravagância. Um
ponto de vista sobre a produção e circulação dos mais elevados modelos estéticos na
produção musical europeia, centrando-se nos seus reflexos na produção portuguesa
e no seu contributo para a circulação musical da época. Somos confrontados com
uma visão da Europa através do filtro desse cosmopolitismo, que sempre foi uma
chave de leitura aguda e peculiar na história sociopolítica e cultural de Portugal, e
que faz deste país um dos lugares mais identificáveis daquilo a que hoje chamamos a
pátria cultural europeia.

Programa
1.ª parte
A vanguarda europeia

A Grande Tradição do Barroco Italiano


G. Bononcini (1670–1747) Ária Fugge il tempo, da oratória
La conversione di Maddalena (A.Q.)

O ápice do estilo europeu


G.F. Händel (1685-1759) Recitativo accompagnato e ária Pure del cielo - Tu del
Ciel ministro eletto da oratória Il trionfo del tempo e del disinganno

A Escola instrumental italiana e a disseminação na Europa


G. Tartini (1692-1770) Concerto para cordas D6 (estreia mundial)

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Do Galante às vanguardas do clássico
J. A. Hasse (1699-1783) Dueto

O estilo reformado
N. Jommelli (1714-1774) Recitativo accompagnato
O come al sonno alletta, da serenata Endimione (R.F.)

2.ª parte
A prospetiva de Portugal

A Escola instrumental italiana e a disseminação na Europa


C. Seixas (1704-1742) Sinfonia em Sol menor

O ápice do estilo italiano


F. A. Almeida (c.1702 - 1755?) Dueto para Perché soffri i falli miei,
da serenata Ippolito, (A.Q./ R.F.)

A. Mazzoni (1717-1785) Abertura, da ópera Antigono

Do Galante
P. A. Avondano (1714-1782) Ária Questi al cor da oratória Morte d’Abel (A.Q.)

As vanguardas do clássico
J. Sousa Carvalho (1745-c.1798) - Ária Se l’interno affanno mio,
da ópera Alcione (mezzo) (R.F.)

O estilo reformado
N. Jommelli Recitativo e Dueto, finale 1.ª parte, Tante volte, mio tesoro,
da Serenata Endimione (A.Q. / R.F.)

Ficha artística
Soprano Ana Quintans
Meio-soprano Rita Filipe
Direção musical e artística Massimo Mazzeo
Divino Sospiro

7 junho 2024
Sexta-feira, 21h00, Foyer do Grande Auditório (Piso 2), M/6

Música Antiga
Monteverdi: IV Livro de Madrigais
Concerto Italiano

O Concerto Italiano, criado por Rinaldo Alessandrini, nasceu em 1984. A sua história
sobrepõe-se à história do renascimento da música primitiva em Itália. Monteverdi,
Bach e Vivaldi foram os principais compositores sobre os quais o grupo foi capaz de
renovar a linguagem da música antiga, revelando completamente um novo aspeto
estético e retórico. Após 33 anos, as gravações do Concerto Italiano ainda são consideradas,
por críticos e público, versões de referência, refletindo o significado definitivo que o
grupo tem sido capaz de dar aos seus esforços e às suas realizações. Neste concerto,
ouviremos IV Livro de Madrigais de Monteverdi, a cinco vozes, composto em 1603,
com textos de Giovanni Battista Guarini, Ridolfo Arlotti, Torquato Tasso, entre outros.

Programa
Claudio Monteverdi (1567-1643) IV Livro de Madrigais
Ah dolente partita, SV 75
Cor mio, mentre vi miro, SV 76
Cor mio, non mori?, SV 77
Sfogava con le stelle un infermo d’amore, SV 78

19
Volgea l’anima mia soavemente, SV 79
Anima mia, perdona a chi tè cruda, SV 80ª
Che se tu se’ il cor mio, SV 80b
Luci serene e chiare voi mincendete, SV 81
La piaga c’ho nel core donna onde lieta sei, SV 82
Voi pur da me partite, anima dura, SV 83
A un giro sol de’ bell’ occhi lucenti, SV 84
Ohimè se tanto amate, SV 85
Io mi son giovinetta, SV 86
Quel augellin che canta sì dolcemente, SV 87
Non più guerra pietate occhi miei belli, SV 88
Sì ch’io vorrei morire hora ch’io bacio amore, SV 89
Anima dolorosa che vivendo, SV 90
Anima del cor mio poi che da me misera me, SV 91
Longe da te, cor mio, struggomi di dolore, SV 92
Piagn’e sospira e quandi caldi raggi, SV 93

Ficha artística
Direção musical Rinaldo Alessandrini
Concerto Italiano

Atravessar o fogo
Atravessar o fogo é ver o que se esconde do lado de lá. Um ato de libertação e
curiosidade que se traduz num ciclo de oito concertos entre outubro de 2023 e
maio de 2024, com a curadoria de Martim Sousa Tavares e a presença de alguns
dos intérpretes mais singulares no plano nacional e internacional.
Música para quebrar barreiras, em horários e espaços menos comuns, que convida
a novas formas de estar e de escutar.

14 outubro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório, M/6

Quarteto de cordas com eletrónica e DJ set


Ouvidos para que vos quero
Gabriel Prokofiev e Quarteto Ignius

Gabriel Prokofiev, compositor, DJ e produtor visionário, emerge da cena londrina


para se apresentar pela primeira vez em Lisboa num DJ set em tempo real,
misturando a batida dos seus quartetos para cordas, tocados ao vivo pelo Quarteto
Ignius. Se temos ouvidos, não é para isto que servem?

Programa
Gabriel Prokofiev (n. 1975)
Quarteto de cordas n.º 1
Quarteto de cordas n.º 2

20
4 novembro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório, M/6

Quarteto com piano, vibrafone, marimba, violino, violoncelo e harpa


Música em velocidade cruzeiro
Spindle Ensemble

De Bristol para o mundo, os Spindle Ensemble gravam para a muito seletiva Hidden
Note, numa linguagem que conjuga o prazer dos timbres frescos com a mistura
desassombrada entre géneros. Clássica, contemporânea, vanguardista, low-fi,
improvisatória e imprevisível, a música dos Spindle Ensemble é a viagem que eles
querem e nós também.

Programa
Música do disco INKLING dos Spindle Ensemble

2 dezembro 2024
Sábado, 22h30, Foyer da Sala Sophia de Mello Breyner Andresen, M/6

Quarteto de pianos
884 ou Piano ao Quadrado
Kukuruz Quartet
Não é todos os dias que se juntam quatro pianos. Também não é todos os dias que
se ouve a música hipercarregada de energia, provocação e libertinagem de Julius
Eastman. O Kukuruz Quartet traz na mala um programa cheio de música fresca para
qualquer par de ouvidos, onde o ponto alto promete ser a catarse sonora a jorrar das
composições de Eastman.

Programa
Julius Eastman (1940-1990) Fuga n.º 7 para 4 pianos
Mark Applebaum (n. 1967) Estreia mundial de peça para quatro pianos
Julie Herndon (n. 1986) When the machine rhymes with my body
Anicia Kohler (n. 1982) Lueget
Julius Eastman Evil Nigger

20 janeiro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório (Piso 2), M/6

Dueto fluído com violinos, harpa, piano e eletrónica


Mirror Image
Echo Collective

Os Echo Collective caracterizam-se por trazer o público para uma atmosfera de som
em que se esbatem quaisquer barreiras entre quem ouve e quem toca, tal como os
géneros, estéticas e linguagens em que navegam.
Em ambiente de proximidade, o ensemble originário da Bélgica irá propor o conceito
de som 4D, trabalhando a fluidez tímbrica entre os diferentes instrumentos, sempre
tocados por apenas dois instrumentistas. Mirror Image é uma experiência sonora
imersiva que foi concebida em 2023 pela dupla e já apresentada em Bruxelas,
Amesterdão e Londres.

Programa
Apresentação do concerto MIRROR IMAGE, composição e interpretação de
Margaret Heimant e Neil Leiter

21
24 fevereiro 2024
Sábado, 22h30, Foyer do Grande Auditório, M/6

Quarteto de Cordas
Is This The Real Life
Attacca Quartet

Se há vezes em que a música contemporânea é boa para adormecer, a do disco REAL


LIFE do Attacca Quartet promete o contrário: é upbeat, do nosso tempo e a puxar o
pé para uma pista de dança imaginária. O aclamado quarteto nova-iorquino, que não
conhece barreiras e já tem um Grammy no bolso, vem a Lisboa fazer amigos novos e
mostrar como se faz.

Programa
Apresentação do disco REAL LIFE ao vivo.

16 março 2024
Sábado, 22h30, Foyer da Sala Sophia de Mello Breyner Andresen, M/6

Piano, sintetizadores e eletrónica


Piano 2.0
Francesco Tristano

Quantos músicos haverá que um dia estão a gravar as suites de Händel e no seguinte
a fazer um set de três horas numa discoteca? Provavelmente só Francesco Tristano.
O pianista, improvisador e mago das linguagens da pista de dança traz a Lisboa a
sua visão 2.0 para o que pode ser um recital de piano, enriquecido por um arsenal de
sintetizadores, pedais de efeitos e ferramentas para sequenciar a música ao vivo.

Programa
Música escolhida e improvisada no momento por Francesco Tristano

20 abril 2024
Sábado, 22h00 + 00h00, Centro de Arquitetura/Garagem Sul, M/6

Recital imersivo com acompanhamento de piano


Le fils des étoiles de Erik Satie
Joana Gama

É no contexto do primeiro Salon Rose+Croix que Joséphin Péladin cria a peça teatral
Le fils des étoiles, com música de Erik Satie. Passados mais de 130 anos desde a
estreia, Joana Gama resgata essa partitura da escuridão e apresenta-a num ritual
inspirado no ambiente místico e artístico da época. Música celestial, sem princípio
nem fim, tão forte quanto suave. Música que se evapora, que se ouve de olhos
fechados. Os movimentos são lentos, solenes. Ao fundo, uma visão do Sublime.

Programa
Erik Satie (1866-1925) Le fils des étoiles

Ficha artística
Conceção e interpretação Joana Gama
Design de som Suse Ribeiro
Design de luz Frederico Rompante

22
18 maio 2024
Sábado, 22h30, Jardim do Pequeno Auditório, M/6

Ensemble de Guitarras Elétricas


Go Guitars
Quinteto de Guitarras

Amplificadas, etéreas, distorcidas, multiformes ou polirrítmicas. Quais cavaleiros


alados do apocalipse, um esquadrão de cinco guitarras elétricas aterra num jardim
suspenso no CCB, com vista rasgada a dar para o Tejo e uma paisagem de sons raras
vezes ouvida. No bolso, uma mão cheia de música nova e o já lendário Electric
Counterpoint, que Steve Reich escreveu para Pat Metheney.

Programa
James Tenney (1934-2006) Septet
Larry Polansky (n. 1954) Septet
Lois V. Vierk (n. 1951) Go Guitars
Steve Reich (n. 1936) Electric Counterpoint

Concertos Comentados
Os concertos comentados de domingo de manhã, às 11 horas, apresentam uma
programação pensada para as famílias e para todos aqueles que pretendem conhecer
os segredos de uma partitura e as histórias que os compositores quiseram contar
com a sua música.
Num ambiente informal, o público poderá descobrir O Carnaval dos Animais de
Saint-Säens, os Carnavais para piano de Schumann, As Quatro Estações de Vivaldi
(na versão de Dresden com instrumentos de sopro), a música de câmara de Joly Braga
Santos, Côrte-Real e Fauré, a música coral, os Cantos Sefardins de Lopes-Graça, e
por último, uma viagem pelos sons imaginários e da natureza, através da música
para percussão de Philip Glass.
Cesário Costa
Programador de Música Erudita

1 outubro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6

Música Coral
EmCantos
Coro Ars Vocalis

O Coro Ars Vocalis apresenta-se num concerto que respira leveza, levar um novo
ambiente coral, com uma linguagem eclética, entre o espírito meditativo e de oração,
sempre abraçados pela energia africana, e harmonias quentes dos espirituais negros.
Um concerto premiado com a obra Breeze of Peace, do compositor Rui Paulo Teixeira,
encomenda do Coro Ars Vocalis.
Concerto comentado por Catarina Furtado

Programa
Michael Barrett & Ralf Schmitt (arr.) Indodana
John Newton (arr. Steven Milloy) Hlohonofatsa
Rui Paulo Teixeira Breeze of Peace
John Newton (arr. Steven Milloy) Amazing Grace
Edwin R. Hawkins Oh happy day

23
Greg Gilpin & John Parker Nothing gonna Stumble
Daniel Hughes Babethadanza
Christopher Tin Baba Yetu
Jacob Narverud Kuimba Nafsi yangu
Jacob Narverud Sisi Ni Moja
Paul Halley Freedom Trilogy
Jeffery L. Ames (Trad. Zulu) Tshotsholoza

19 novembro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6

Música de Câmara
Centenários
Trio Pangea

Em 1924, morre o compositor francês Gabriel Fauré e nasce o compositor português


Joly Braga Santos. Em 2024, celebram-se assim dois centenários, uma dupla efemé-
ride que o Trio Pangea assinala num concerto de homenagem a estas duas figuras
emblemáticas da história da música ocidental.
Concerto comentado por Alexandre Delgado
Programa
Joly Braga Santos (1924-1988) Trio op. 64
Nuno Côrte-Real (n. 1971) Sonata holandesa, op. 30
Gabriel Fauré (1845-1924) Trio em Ré menor, op. 120

10 dezembro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6
Duração: 70 min.

Música Coral
VERBUM
Nova Era Vocal Ensemble

VERBUM é um programa que explora a abordagem dos compositores europeus no


século XIX e XX ao texto poético. Durante o espetáculo, o público poderá escutar ciclos
de canções de Johannes Brahms, Maurice Ravel, Joly Braga Santos, Eric Whitacre
e John Rutter, que se interligam na busca pela harmonização de melodias, algumas
das quais populares. Foi encomendada uma peça ao compositor Miguel Carvalho,
utilizando o recurso à Inteligência Artificial (IA). O texto utilizado nesta estreia será
criado pela IA, como resumo dos poemas utilizados no concerto.
Um conceito que será utilizado na música coral pela primeira vez em Portugal.
Concerto comentado por Alexandre Delgado

Programa
Johannes Brahms (1833-1897) Drei Quartette, op. 112
Maurice Ravel (1875-1937) Trois Chansons
Joly Braga Santos (1924-1988) Quatro Canciones
Eric Whitacre (n. 1970) Five Hebrew Love Songs
John Rutter (n. 1945) Five Traditional Songs
Miguel Carvalho (n. 1997) IA
(estreia absoluta/encomenda do Nova Era Vocal Ensemble)
Anders Edenroth (n. 1963) Words

Ficha artística
Direção musical João Barros
Piano Maria João Maia
Violino Markéta Chumová

24
4, 5 e 7 janeiro 2024
Quinta e sexta, 11h00 e 14h30 – Sessões para escolas
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6

Percussão
…Até Ao Mar
Pulsat Percussion Group

Baseado na curta-metragem infantil realizada por Bill Mason e produzida pela


National Film Board Canada, Paddle to the Sea é uma jornada pelo mundo aquático
e um verdadeiro hino à natureza. Neste concerto, evoca-se um dos mais importantes
recursos do planeta, a Água. Numa viagem pelos canais de rios e mares, o público
é transportado para um mundo de sons imaginários e da natureza – uma ousadia à
versatilidade da percussão.
Concerto comentado por Susana Henriques
Programa
Mátyás Wettl (n. 1987) Nocturne
Philip Glass (n. 1937) Paddle to the Sea
Philip Glass Águas da Amazónia (excertos)
Ficha artística
Percussão André Dias, Marco Fernandes, Nuno Simões, Pedro Góis

4 fevereiro 2024
Domingo, 11h00, Pequeno Auditório, M/6

Música Barroca
As Quatro Estações de Vivaldi
Ludovice Ensemble

As Quatro Estações de Vivaldi são das obras mais famosas de toda a História da Música.
Será possível encontrar uma «versão alternativa» destes acrobáticos concertos para
violino, com ainda mais cores e efeitos surpreendentes? Como soariam quando tocadas
pelo grande violinista alemão Pisendel, aluno e amigo de Vivaldi, e a orquestra da
corte de Dresden, na Saxónia? Tão imaginativa e rica de contrastes como os concertos
«con molti strumenti» que o compositor veneziano escreveu para o seu amigo e para
a mais famosa orquestra europeia do seu tempo? Neles, a par do omnipresente violino
— aqui um incrível instrumento de Francesco Rugeri, feito em Cremona em 1680, e
esplendorosamente tocado pela virtuosa Alfia Bakieva — brilham pares de flautas,
oboés e trompas, mas também o fagote, o violoncelo e o cravo. Uma oportunidade
única para redescobrir obras-primas de Vivaldi, as mais e as menos conhecidas,
todas elas interpretadas com a combinação do rigor histórico e o entusiasmo sempre
atual a que nos habituou o Ludovice Ensemble.

Concerto comentado por Fernando Miguel Jalôto

Programa
Antonio Vivaldi (1678-1741) Concerto para a orquestra de Dresden
Antonio Vivaldi Concerto L’Primavera, op. 8 n.º 1
Antonio Vivaldi Concerto L’Estate, op. 8 n.º 2
Antonio Vivaldi Concerto Il Proteo ò il mondo al rovverscio
Antonio Vivaldi Concerto L’Autunno, op. 8 n.º 3
Antonio Vivaldi Concerto L’Inverno, op. 8 n.º 4

Ficha artística
Ludovice Ensemble
Violino solo Alfia Bakieva
Cravo, direção musical e comentários Fernando Miguel Jalôto

25
14 abril 2024
Domingo, 11h00, Sala a definir, M/6

Recital de piano
Os Carnavais de Schumann
Jorge Moyano

Neste programa percorrem-se os três Carnavais escritos ao longo da década 1830-40,


na qual toda a sua produção é consagrada ao piano. Dos Papillons op. 2 – 1830 –
que ilustram musicalmente um baile de máscaras extraído de uma obra literária,
ao Carnaval de Viena – 1839 – concebido após uma estadia pouco feliz na capital
austríaca. Pelo meio, o Carnaval op. 9 – 1835 – galeria de retratos em que Chopin ou
Paganini contracenam com Pierrot e Arlequim, sem esquecer as duas personalidades
do próprio Schumann, Florestan e Eusebius.

Concerto comentado por Jorge Moyano

Programa
Robert Schumann (1810-1856) Papillons, op. 2
Robert Schumann Carnaval, op. 9
Joly Braga Santos (1924-1988) Pastoral
Robert Schumann Carnaval de Viena, op. 26

12, 14 e 15 maio 2024


Domingo, 11h00
Terça e quarta-feira, 11h00 e 14h30 – Sessões para escolas
Pequeno Auditório, M/6

Ensemble instrumental
O Carnaval dos Animais de Saint-Saëns
Camerata Alma Mater

O Carnaval dos Animais de Saint-Saëns é uma suite em catorze andamentos que


apresenta sucessivamente o desfile de diferentes animais. Pensada para ser inter-
pretada numa Terça-feira de Carnaval, esta «fantasia musical zoológica» tornou-se
uma das obras mais famosas do compositor francês. Neste concerto serão solistas os
pianistas Paulo Oliveira e Francisco Cabral.

Concerto comentado e narrado por Beatriz Brás

Programa
Camille Saint-Saëns (1835-1921) O Carnaval dos Animais

Ficha artística
Piano Paulo Oliveira
Piano Francisco Cabral
Camerata Alma Mater
Desenho em tempo real JAS

2 junho 2024
11h00, Pequeno Auditório, M/6

Recital de Canto e Piano


CANTOS SEFARDINS E OUTROS...
André Baleiro, Ana Ferro e José Brandão

Este programa ergue-se em torno das doze canções de inspiração sefardita compostas
por Fernando Lopes-Graça entre 1969 e 1971, tendo por base uma coletânea de
cantos que lhe teria sido dada a conhecer por Michel Giacometti. Não são claros os

26
motivos pelos quais Lopes-Graça se interessou pela música de tradição judaica
hispano-portuguesa, podendo apenas especular sobre o assunto.
Só muito recentemente dadas em estreia, na sua versão para voz e piano — seis, de
entre elas, foram orquestradas em 1971— permanecem, em grande medida, desconhecidas do
público português. São, contudo, um notável conjunto de canções de cariz profano,
evidência da mestria da escrita pianística do compositor. Outros, refletem nas suas
opções pelos temas da música judaica, a sua própria herança cultural, casos de
Darius Milhaud e de Leonard Bernstein, também neste programa, que termina com
uma seleção dos cantos hebraicos de Lord Byron, escritos para o amigo e cantor judeu
Isaac Nathan. Seguindo o modelo da poesia sacra, Byron demonstra nelas a sua empatia
e solidariedade para com a causa judaica, de um povo disperso e apátrida, ele, que
foi sempre um defensor das causas dos mais desvalidos.
Na reinvenção que faz dos textos bíblicos do Antigo Testamento, Byron não ilude
uma certa transgressividade da norma, e a sensualidade travestida dos seus versos
conseguiu, à época, suscetibilizar as sensibilidades mais religiosas.

Concerto comentado por Paulo Ferreira de Castro

PROGRAMA
Fernando Lopes-Graça Doze Cantos Sefardins
1. A la una nací yo
2. Noches, noches
3. A la nana
4. Arvolera, arvolera
5. Arvoles yoran
6. Cuando el rey Nimrod
7. Si savías, gyoya mia
8. Durmo la nochada
9. Una noche yo me armí
10. Morenica sos
11. El s’asentó
12.Un cavritico
Maurice Ravel Duas melodias hebraicas
Kaddisch; L’enigme éternelle (O enigma eterno)

Darius Milhaud Dos Poemas judaicos, op.34


Chant de forgeron (Canto do ferreiro) (anón.)
Chant de nourrice (Canto da ama) (anón.)

Maurice Ravel Dos Cantos populares


Chanson hébraïque (Canção hebraica)

Leonard Bernstein Das Árias e Barcarolas


Oif mayn Khas’neh (No meu casamento) (Yankev-Yitskhok Segal)
Robert Schumann
Mein Herz ist schwer, op. 25, n.º 15 (A minha alma está pesada) (Lord Byron)
An den Mond, op. 95 n. º 2 (À Lua) (Lord Byron)
Hugo Wolf
Sonne der Schlummerlosen (Sol dos que não dormem) (Lord Byron)
Keine gleicht von allen Schönen (Nenhuma das filhas de Vénus) (Lord Byron)

Meio-soprano Ana Ferro


Barítono André Baleiro
Piano José Brandão

27
Concursos
7 outubro 2023
Sáb, 19h00, Sala Luís de Freitas Branco, M/6
Parceria Centro Cultural de Belém

Grupo de Música Contemporânea de Lisboa


6.º Concurso Internacional de Composição Jorge Peixinho

Concerto de apresentação das obras laureadas no VI Concurso Internacional de


Composição Jorge Peixinho/Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, uma
iniciativa do GMCL. Este concurso pretende ser um incentivo à criação musical e à
divulgação do trabalho dos compositores, contribuindo para o incremento do repertório
contemporâneo de música de câmara. O júri é constituído por Ivan Fedele (presidente),
Gerhard Stabler, João Madureira, Carlos Caires, Isabel Soveral, Jaime Reis, Jorge
Sá Machado e Kunsu Shim (convidado especial). Neste concerto realizar-se-á a entrega dos
prémios das obras finalistas ao Prémio GMCL/Cidade de Lisboa. Além das obras
premiadas, o programa do concerto contará com obras de Jorge Peixinho e de
Gerhard Stabler. A edição deste ano conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência
O Presidente da República.

Ficha artística
Direção musical Rui Pinheiro
Meio-soprano Susana Teixeira
Flauta João Pereira Coutinho
Clarinete Luís Gomes
Violino José Sá Machado
Viola Ricardo Mateus
Violoncelo Jorge Sá Machado
Harpa Inês Cavalheiro
Piano Dana Radu
Percussão Fátima Juvandes

3 dezembro 2023
Dom, 11h00, Sala a definir, M/6
Parceria Centro Cultural de Belém

7.º Concurso Internacional de Clarinete de Lisboa

O Concurso Internacional de Clarinete de Lisboa é organizado pela Associação


Cultivarte em parceria com a Fundação Inatel.
De dois em dois anos, este evento traz a Lisboa os melhores jovens clarinetistas a nível
mundial, sendo já uma referência internacional entre os concursos internacionais de
clarinete. A 7.ª edição, que decorrerá entre 30 de novembro e 3 de dezembro de 2023,
contará, como sempre, com um júri internacional de alto prestígio, presidido pelo
professor Michel Arrignon.

28
Festivais
Temps D’Images
13 e 14 outubro 2023
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Pequeno Auditório, M/16
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Temps D’Images

Teatro
Temos apenas o presente de Manuela Marques

Duas pessoas perdidas, num espaço etéreo, procuram uma saída, amparando-se
mutuamente. Neste particular lugar é difícil decifrar e imaginar o exterior, porque
importa mais dar corpo e voz ao que é interior, a tudo o que é invisível e, ainda,
incompreendido pelo ser humano. Mesmo sendo delicado, é imperativo trazer para
o plano da perceção certas dores, estigmatizadas e relevadas.
«X» e «Y» são os eixos da trama, que se perspetiva com a atenção de «Z».
Quem? Onde? Como? Ou porquê? São perguntas para as quais, decerto, não se terá
uma resposta fácil. Ninguém está imune de sair do eixo, porque há, claramente, zo-
nas encobertas em todos os indivíduos, o que contamina as suas relações: existir.

Ficha artística
Direção artística e texto Manuela Marques
Interpretação Mariana Monteiro e Mauro Hermínio
Realização Rita Nunes
Cenografia Diogo Dias João
Tradução Eva Tecedeiro
Desenho de luz Daniel Worm D’ Assumpção
Fotografia e sonoplastia João Hasselberg
Grafismos Tomás Gouveia
Produção executiva Lysandra Domingues
Equipa de filmagem A definir
Produção má-da-faca

Apoios Centro Cultural de Belém, c. e. m.- centro em movimento, Centro Cultural


Malaposta, ETIC – Escola de Tecnologias Inovação e Criação, EMAV – Empresa de Meios
Audiovisuais, Festival Temps D’ Images, GRÄFFENBERG, PARQ. Mag
Agradecimentos Ana do Carmo, Cristina Vilhena, Elisabete Massano, Leonor Fonseca,
Leonardo Marques, Maria João Fiuza, Mariana Brandão, Paula Morais, Sérgio Baptista,
Sofia Neuparth

Temps D’Images
10 e 11 novembro 2023
Sex e Sáb, 21h00, Black Box
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Temps D’Images

Teatro
O Cavalo de André de Campos
Temps D’Images

Cavalo é a última peça da trilogia dos animais, começada em 2019 por André de
Campos. Esta nova criação segue a linha de pensamento de Sapo, na busca da
representatividade autobiográfica, dando continuidade à abordagem das mesmas
questões de luta de classes, carimbadas na sociedade portuguesa.
Em Cavalo, é feita uma ponte temporal entre a década de noventa e a atualidade,
focando-se na problemática da toxicodependência nos bairros periféricos da zona
de Lisboa. Partindo de um ponto de vista pessoal, retratando questões relacionadas
com a família, o artista transpõe-se como exemplo, para uma problemática ainda
bastante presente, um flagelo que afeta comunidades inteiras, omitida pelos meios
de comunicação, pelo «embelezamento» de uma cidade e segregação de classes
sociais mais empobrecidas.

29
Ficha artística
Conceito e performance André de Campos
Sonoplastia Diogo Melo
Figurinos Eloisa d’Ascensão
Desenho de luz Vera Martins
Assistência dramatúrgica Maurícia Barreira Neves
Olhar externo Ana Rocha

Temps D’Images
1 e 2 junho 2024
Sáb e Dom, 19h00, Black Box
Coprodução Centro Cultural de Belém, Temps D’Images

Teatro
Cosmic Phase/Stage

Em Cosmic Phase/Stage o espaço teatral é habitado por seres humanos e não-humanos,


que se movem num mundo pós-digital alternativo e necessariamente especulativo.
A constante alteração do sujeito referencial da ação faz com que o público tenha de
ajustar as suas dinâmicas de interação e perceção. Este objeto funde as separações
entre o espaço da performance e da instalação, tornando-se um lugar de utopia e
filosofia, que procura a reflexão sobre a relação entre arte e tecnologia.

Alkantara Festival
17, 18 e 19 novembro 2023
Sex, 21h00, Sáb, 19h00 e 21h00, Dom, 16h00 e 19h00, Black Box
Coprodução Centro Cultural de Belém, Alkantara Festival

Dança
Pai para Jantar de Gaya de Medeiros
Entre um encontro íntimo e a magia do palco há muita coisa, mas qual a menor
distância entre essas duas instâncias? Pai para Jantar é um jogo entre Gaya, Gil e o
público, que tenta esmiuçar a masculinidade de forma poética e bem-humorada.
A performance brinca com os modos como agenciamos palavras, afetos e arquétipos
ao redor da ideia de «ser homem». Feita em grupos pequenos, a performance sugere
um caminho subjetivo em direção ao lastro dos nossos pais que perdura na nossa
personalidade e que está na base de muitos desejos e fracassos. Um encontro entre
uma mulher-talho e um minotauro que se perdeu no seu próprio labirinto.
Gaya de Medeiros

30
Belém SoundCheck
21 a 24 março 2024
Qui a dom
Coprodução Centro Cultural de Belém, Égide - Associação Portuguesa das Artes

Celebramos o início da primavera com quatro dias de concertos que reúnem


o melhor da música nacional e estrangeira.

Parceiros do Festival Égide-Associação Portuguesa das Artes, EGEAC


e Instituto Italiano de Cultura de Lisboa

Festival de Almada
12 e 13 julho 2024
Sex, 21h00. Sáb, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Festival de Almada

Dança
Relative Calm de Lucinda Childs/Robert Wilson
Festival de Almada

Em meados dos anos setenta, pedi à Lucinda para participar na minha produção de
Einstein on the Beach, a ópera que criei com Philip Glass. Desde então, ela atuou
em várias das minhas obras. Alguns anos mais tarde, em 1981, perguntou-me se eu
poderia fazer a iluminação e cenário para uma peça de dança que estava a criar com
música de Jon Gibson no Kitchen. 40 anos mais tarde - durante os dias de isolamento
da pandemia – decidimos criar um novo trabalho juntos e pensámos em começar a
partir desta memória. Depois de um workshop em Toulouse, em julho, e um segundo
workshop em Roma, quisemos alargar o trabalho inicial que tínhamos feito e surgiu
a sugestão de coreografar a Pulcinella de Stravinsky. Gostei da ideia de Stravinsky
ser um contraponto central às composições contemporâneas de Jon Gibson e John
Adams. Por isso, estruturámos a obra para ser em três partes e fazer uma noite completa
de dança, música, imagens e luzes.
Gosto do trabalho de Stravinsky. É um mundo completamente diferente, com diferente
espectro de cores, diferente e, portanto, estruturalmente interessante para mim.
Lidei com o Pulcinella da mesma forma como lido sempre com as obras existentes:
Respeito o mestre, mas não quero tornar-me escravo do mestre, por isso faço-o à minha
maneira. Todo o meu teatro é, de certa forma, uma máscara de música e texto; a
imagem cénica é algo que vemos e o que ouvimos é algo diferente. Neste sentido, é
clássico, como no teatro grego, os atores eram todos mascarados, ou no teatro Noh
e no Bunraku do Japão, o Kathakali da Índia. Eu vejo no meu trabalho - em todos os
meus trabalhos - a imagem do palco, o cenário como sendo uma máscara, e por trás
da máscara ouvimos algo.
Embora o meu trabalho tenha mudado ao longo dos anos - comecei a fazer teatro no
final dos anos 1960, início dos anos 1970 até hoje - é sempre a mesma mão e o mesmo
corpo e é como uma árvore: às vezes está numa tempestade ou às vezes perde as folhas,
mas é sempre a mesma árvore. Todo o meu trabalho é uma coisa só nesse sentido.
Com a Lucinda partilho um sentido de tempo e de estrutura, e isso é muito raro, por
isso as nossas colaborações são, de certa forma, de segunda mão, não precisamos de
falar muito porque pensamos da mesma maneira. - Robert Wilson

31
Dança
Com a reposição de uma peça de Francisco Camacho, GUST, em parceria
com o Teatro Municipal do Porto, inicia-se a nova temporada, em setembro, mês
também para revisitar e comemorar os 10 anos da dupla Jonas&Lander, com duas
peças marcantes do seu percurso - Lento e Largo, Coin Operated e Cascas d’Ovo.
Pela primeira vez em Lisboa iremos receber duas companhias de dança espanholas, com
raízes no flamenco, Estévez y Paños, com La Confluencia, em novembro, e em
fevereiro de 2024, Manuel Liñan, também em estreia nacional, com Viva! Dois
nomes que têm vindo a ganhar grande visibilidade internacional.

Soirée D’Études, peça do bailarino e coreógrafo Cassiel Gaube, apresenta-se


no Pequeno Auditório e no Grande Auditório teremos a estreia em Lisboa da
coreógrafa argentina Marina Otero, com FUCK ME, peça que tem enchido os maiores
teatros europeus.

O Ballet Nacional de Cuba, companhia criada por Alicia Alonso e que esteve
em Portugal em 1975, regressa em maio ao Grande Auditório, com a superior qualidade
da sua escola de dança clássica.

Continuamos a apresentar novos criadores no âmbito das nossas parcerias


com o Festival Temps D’Images, Cumplicidades e Alkantara. O percurso de João
Fiadeiro conhecerá uma ampla abordagem programática que se estenderá por vários
espaços da Fundação sob a designação Introspectiva.

Fernando Luís Sampaio


Programador de Teatro, Dança e Músicas Plurais

23 set 2023
Sáb, 19h00, Grande Auditório

Francisco Camacho
GUST9723

Gust é uma obra de 1997, dirigida por Francisco Camacho com dramaturgia de André
Lepecki, inspirada pela fotografia A Sudden Gust of Wind (Uma Súbita Rajada de
Vento), de Jeff Wall. Os corpos são projetados em movimento por causas exteriores,
complicando a noção de livre vontade. Constrói-se sobre os escombros e sombras de
uma paisagem imaginária, onde o acidente promete a mudança.
Considerada por muitos como a obra mais emblemática de Camacho da década de
1990, a construção de Gust é enquadrável enquanto devising performance, sem um
guião pré-definido e num processo colaborativo. Em Gust9723, o trabalho foi o de fazer
com que aquele Gust de então venha não do (seu) passado, mas de uma renovada
vontade de lhe oferecer um (outro) futuro.
O Centro Cultural de Belém e o Teatro Municipal do Porto uniram-se para remontar
uma obra marcante do património coreográfico português. Sete membros do elenco
original e outros oito novos intérpretes fazem parte desta remontagem, cruzando
corpos marcados pelo tempo e outros, que começam agora a acumular memórias.
Francisco Camacho

Ficha artística
Direção artística Francisco Camacho
Dramaturgia André Lepecki
Assistente de direção artística Pietro Romani
Música Sérgio Pelágio
Cenário Rafael Alvarez
Desenho de luz e direção técnica Frank Laubenheimer
Interpretação Beatriz Marques Dias, Beatriz Valentim, Begoña Mendéz,

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Bruno Senune, Carlota Lagido, Filipa Francisco, Francisco Rolo, João
Oliveira, Magnum Soares, Mariana Tengner Barros, Marta Coutinho,
Miguel Pereira, Rolando San Martín, Sara Vaz, Sofia Kafol
Direção de produção Lucinda Gomes
Produção executiva e administração financeira Teresa de Brito
Produção executiva Tiago Sgarbi
Produção Eira
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Municipal do Porto

A Eira é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal/Ministério


da Cultura e Direção-Geral das Artes.

22 e 24 set 2023
Sex, 21h00, Dom, 19h00, Black Box

Jonas&Lander | 10 Anos
Cascas d’OvO

Cascas d’OvO nasceu da necessidade de explorar uma comunicação telepática,


sobre-humana, enquanto expoente máximo da conexão relacional de um casal.
Cascas d’OvO oferece a experiência de uma nova dimensão de diálogo, onde se
repensam as relações sociais e as suas formas de expressão: o teatro como
microcosmos da sociedade que submerge o público no silêncio e na música de
corpos que comunicam.
Peça distinguida como Priority Company 2014 pela rede europeia Aerowaves.

22 e 24 set 2023
Sex, 19h00, Dom, 17h00, Foyer do Grande Auditório (Piso 2)

Jonas&Lander | 10 Anos
Coin Operated

Coin Operated surge no percurso artístico de Jonas&Lander no seguimento do


convite da BoCA – Biennial of Contemporary Arts. Neste convite, a dupla foi instigada
a desenvolver as suas práticas num contexto museológico, podendo alastrar o seu
interesse para o domínio da escultura, vídeo, música, etc. Surge então o híbrido Coin
Operated, uma instalação-performance direcionada para espaços não convencionais,
onde o diálogo com o público é direto e a continuidade da performance depende das
dinâmicas desse mesmo diálogo. A mutação entre instalação e performance ocorre
através do público que é convidado a introduzir moedas de 1€ na ranhura de dois cavalos
onde Jonas e Lander estão sentados numa imobilidade asfixiante. A partir desse momento,
em que se dá a conexão entre cavalo e moeda, a instalação termina para dar lugar à
performance. Com esta obra, Jonas&Lander pretendem uma nova aproximação ao
espectador, em que o mesmo passa a ter um papel ativo na consequência e dinâmica
da ação, celebrando-se um diálogo inesperado a cada apresentação.

33
29 set 2023
Sex, 21h00, Pequeno Auditório

Jonas&Lander | 10 Anos
Lento e Largo

Lento e Largo introduz um ambiente cénico baseado e influenciado pelo trabalho de


Hieronymous Bosch, onde Jonas&Lander introduzem performers robóticos e humanos
para criar um apocalipse visual. Numa paisagem irreal, ambas as entidades irão
socializar, dançar, beijar, ordenar e obedecer, de igual para igual. Cada intérprete é
capaz de realizar ações impossíveis para outros intérpretes, de forma a serem exploradas
as fronteiras e especificidades de cada organismo. Estes robôs irão dar músculo a um
universo absurdo vestindo e expondo materiais orgânicos como peles, escamas ou
chifres inspirados na taxidermia pária de Enrique Gomez de Molina. Lento e Largo é
uma qualidade específica da música clássica para descrever um certo tempo e atmosfera
inundados pela tristeza. A amplitude desta atmosfera influencia as ações e coreografias
que podem transbordar do palco até os limites da sala.

18 nov 2023
Sáb, 19h00, Grande Auditório
Classificação etária: A classificar pela CCE

Estévez/Paños y Compañía
La Confluencia

La Confluencia é uma nova interpretação das raízes dos códigos da arte flamenca.
O flamenco é a nossa língua principal. A sua grande variedade de estilos, possibilidades
e nuances cria um ponto de encontro no qual todos os conceitos e essências do que
desejamos expressar são procurados e encontrados. A arte flamenca nasce das culturas
caucasiana, cigana, judaica, mourisca e negritude que se juntam em solo andaluz
espanhol. O objetivo do projeto denominado La Confluencia é a criação de uma coreografia
que utiliza a linguagem da dança flamenca contemporânea e procura inspiração no
seu passado e na arte contemporânea. La Confluencia é o próprio flamenco!
Rafael Estévez & Valeriano Paños

26 e 27 jan 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00
Pequeno Auditório

Cassiel Gaube
Soirée d´études

Soirée d’études nasceu da paixão de Cassiel Gaube pelo vocabulário da dança doméstica,
da qual explora as potenciais intersecções com as abordagens composicionais da
dança contemporânea. Concebida como uma série de peças curtas e interligadas,
esta soirée [noite] coreográfica é um pas de deux para três, com os bailarinos a passarem
o chão uns para os outros para comporem duos diferentes.
Sustentada por um processo de mapeamento das possibilidades cinestésicas desta
prática, Soirée d’études desconstrói o léxico da house dance para melhor brincar
com ela. Desde o seu groove característico até às várias formas de trabalho de pés,
os diferentes aspetos deste estilo são sucessivamente examinados, trazidos à luz e
honrados. Um étude, no sentido musical da palavra, é uma composição concebida
como uma ocasião para explorar as possibilidades de uma técnica particular, a fim
de experimentar com elas. Aqui, Cassiel Gaube, inspirado em particular pelas obras
de Bruno Beltrão e William Forsythe, explora a lógica corporal e musical do seu
estilo de dança mais amado.

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Coreografia Cassiel Gaube
Interpretação Cassiel Gaube, Alesya Dobysh, Anna Benedicte Andresen/
Waithera Schreyeck
Dramaturgia Liza Baliasnaja, Matteo Fargion, Manon Santkin,
Jonas Rutgeerts
Som Marius Pruvot
Apoio técnico e luz Luc Schaltin
Produção Hiros
Distribuição ART HAPPENS

Coprodução La Ménagerie de Verre, Centre Chorégraphique National de Caen en Nor-


mandie dans le cadre de l’Accueil-studio, Kunstencentrum BUDA (Kortrijk), workspace-
brussels, wpZimmer, C-TAKT, CCN-Ballet national de Marseille dans le cadre de l’accueil
studio / Ministère de la Culture, KAAP, Charleroi danse, La Manufacture CDCN Nou-
velle-Aquitaine Bordeaux – La Rochelle, Danse élargie 2020, CND Centre national de la
danse, les ballets C de la B dans le cadre de résidence Co-laBo, La Place de la Danse – CDCN
Toulouse /
Occitanie dans le cadre du dispositif Accueil Studio, CNDC Angers, Le Phare – CCN du
Havre Normandie, Le Dancing CDCN Dijon Bourgogne-Franche-Comté
Com o apoio de Flemish Government, Kunstenwerkplaats, Teatro Municipal do Porto,
Iaspis The Swedish Arts Grants Committee’s International Programme for Visual Artists,
Tanzhaus Zürich, School van Gaasbeek, Le Quartz – Scène nationale de Brest, ONDA
Agradecimentos Erik Eriksson, Yonas Perou, Federica «Mia» Miani,
Diego «Odd Sweet» Dolciami

26 jan 2024
Sex, 14h00, Sala SEGA, Duração: 2h, M/16
Para alunos e profissionais de dança

Cassiel Gaube
Soirée d´études – Masterclass

Aproveitando as apresentações que Cassiel Gaube vai fazer no CCB, do espetáculo


Soirée d’études (dias 26 e 27 janeiro), propomos uma masterclass que pretende
dar a conhecer o estilo próprio deste coreógrafo, proporcionando um momento de
conhecimento e formação a alunos e profissionais de dança.
O bailarino e coreógrafo Cassiel Gaube formou-se na Performing Arts Research and
Training Studios (P.A.R.T.S.) em Bruxelas e ao longo de vários anos dedicou-se à
aprendizagem da prática da House dance. Atualmente o seu trabalho coreográfico
situa-se na interseção da dança contemporânea com as danças de rua e de
discoteca. Desde 2019 que Cassiel Gaube assimila e enriquece o vocabulário deste
estilo de dança em peças com uma energia aparentemente inesgotável.
Com duas horas de duração, a masterclass terá um nível intermédio, para pessoas
maiores de 16 anos e com alguma experiência de dança. As aulas serão dadas em
inglês. Não se esqueça de trazer roupa confortável e uma garrafa de água.

16 e 17 fev 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório

Compañía Manuel Liñán


¡VIVA!

¡VIVA! é uma canção à liberdade de movimento, onde os papéis de género, num


mundo codificado como o flamenco, são quebrados com alegria e prazer, criando
novos terrenos que, embora inexplorados, não estão distantes.
Um intérprete generoso e sedutor de poder vertiginoso, Manuel Liñán há muito que
é elogiado pela sua generosidade e sinceridade, com a qual quebra as regras do flamenco.
¡VIVA! apresenta bailarinos masculinos vestidos com trajes tradicionalmente
femininos, expondo as muitas expressões de identidade vivas dentro de cada corpo
humano. Uma transformação que nem sempre implica uma forma de mascarar, mas
sim uma nudez, uma revelação. Numa chave celebrativa, Liñán propõe a pluralidade
da dança flamenca, tanto através das suas diferentes formas como da sua singularidade.
E fá-lo com seis bailarinas/os, que se encarregarão de explorar e mergulhar neste
universo fascinante do flamenco queer.

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Ficha artística
Direção, direção coreógráfica e interpretação Manuel Liñán
Apoio à cena Alberto Velasco
Direção coreógráfica Manuel Liñán
Bailarinos e coreógrafos Manuel Liñán, Manuel Betanzos, Jonatán Miro,
Hugo López, Miguel Heredia, Víctor Martin e Yoel Ferrer
Música Francisco Vinuesa, Victor Guadiana e Kike Terron
Conselheiros musicais David Carpio e Antonio Campos
Guitarra Francisco Vinuesa
Canto David Carpio y Antonio Campos
Violino Victor Pitarch Pronk «Guadiana»
Percussão Kike Terrón
Desenho de luz Alvaro Estrada
Figurinos Yaiza Pinillos
Confeção de figurinos Gabi Besa, José Galván (Batas de colas)
Sapatos Arte Fyl
Desenho de som Enrique Cabañas
Direção de cena Octavio Romero
Caracterização e maquilhagem Mauro Gastón
Fotografia marcosGpunto
Texto Adaptação de Juego y teoría del duende, de Federico García Lorca
Produção executiva, management e distribuição Ana Carrasco,
Peineta Producciones

7 e 8 mar 2024
Qui e Sex, 21h00, Grande Auditório
Duração: 70 min.

Marina Otero
FUCK ME
«Sempre me imaginei no meio do palco, como heroína, a vingar-me de tudo. Mas o
meu corpo não aguentava tanta luta. Hoje, cedo o meu espaço aos intérpretes. Vou
ver como emprestam o corpo deles à minha causa narcisista.»
Neste projeto, Marina Otero procura criar uma peça teatral interminável sobre a
sua vida. FUCK ME é a terceira parte de uma trilogia, depois de Andrea e Recordar
30 años para vivir 65 minutos. Esta nova peça analisa a passagem do tempo e as
marcas deixadas no corpo. FUCK ME vai além das fronteiras entre documentário e
ficção, dança e performance, acaso e representação.
Ficha artística
Direção e dramaturgia Marina Otero
Intérpretes Augusto Chiappe, Juanfra López Bubica, Fred Raposo,
Matías Rebossio, Miguel Valdivieso, Cristian Vega, Marina Otero
Assistente de direção Lucrecia Pierpaoli
Produção Mariano de Mendonça
Espaço, luz e direção técnica David Seldes, Facundo David
Espaço e desenho de luz Adrián Grimozzi
Design de figurinos Uriel Cistaro
Desenho de som e música Julián Rodríguez Rona
Aconselhamento dramatúrgico Martín Flores Cárdenas
Assistente de coreografia Lucía Giannoni
Artista visual Lucio Bazzalo
Montagem técnica audiovisual Florencia Labat
Styling de figurino Chu Riperto
Figurino Adriana Baldani
Fotografia M. Kedak, D. Astarita, A. Carmona, M. De Noia, M. Roa
Produção Marcia Rivas
Produção executiva Mariano de Mendonça
Distribuição e produção delegada Otto Productions, T4, Studio Grompone,
PTC Teatro
Este espetáculo estreou-se em coprodução com o Festival Internacional de Buenos
Aires (FIBA). Inclui cenas de nudez total.

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10 e 11 mai 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório

Ballet Nacional de Cuba

No repertório do Ballet Nacional de Cuba, os ballets clássicos ocupam um lugar de


honra e, por esta razão, a companhia recebeu reconhecimento universal.

Ao mesmo tempo, o seu trabalho é continuamente enriquecido pela incorporação


de criações de coreógrafos contemporâneos, tanto cubanos como estrangeiros, das
quais este programa é uma amostra representativa.

30 abr a 7 jul 2024


INTROSPECTIVA
Retro-prospectiva do corpo de (e no) trabalho de João Fiadeiro
Centro Cultural de Belém entre de 30 de abril e 7 de julho de 2024

Ser ocupado por um corpo. Manter-me ocupado com um corpo.


Desaparecer no óbvio. (Re)aparecer na ausência.
Tornar-me coisa, duração, acontecimento.
João Fiadeiro

INTROSPECTIVA será composto pelos “restos, rastos e traços” que o corpo de


trabalho de João Fiadeiro foi “deixando para trás” ao longo de mais de 30 anos de
percurso. Mas esta INTROSPECTIVA não será uma retrospectiva.
Nem uma futurospectiva. Seria mais justo dizer que INTROSPECTIVA será uma
retro-prospectiva que, como nos diz Brian Massumi, “olha para a frente na direção
do passado e para trás na direção do futuro”.
Se não recua nem avança, pode-se dizer que esta INTROSPECTIVA será sobre o
presente. Mas mesmo essa designação não reflecte a experiência temporal que João
Fiadeiro ambiciona (re)tratar com esta iniciativa. O tempo de que Fiadeiro fala não
se reduz a um ponto “estático” numa linha. Ele movimenta-se por um tempo torcido,
expandido, espalhado. É um tempo que se encontra dentro do tempo. Algures entre
o “já não” e o “ainda não”.
O conceito de “agora” talvez seja aquele que melhor sintetiza a experiência temporal
que esta programação procurará explorar e partilhar. “O tempo de agora é o tempo
que o tempo leva para acabar. [É] o tempo que resta”. Esta definição de “agora”
(e daquilo que “resta”) do filosofo Giorgio Agamben, acolhe de forma precisa e precisa
o modo de operar de João Fiadeiro. Tanto enquanto artista, como enquanto
investigador, professor ou curador. Será esse o tempo a atravessar a programação
desta INTROSPECTIVA.

“Se tivesse que reduzir, numa só palavra, aquilo que me move e me define enquanto
artista, diria que funciono e trabalho com o que “resta”. O que fica para trás evoca
(e convoca) a passagem de uma presença. O que “resta” permite-nos viver numa
fuga permanente para coisas que ainda não são, para coisas que podem (de)vir.
Atrai-me esta ideia de que algo esteve cá antes de mim e que aquilo que ficou,
resistiu.”
João Fiadeiro

PROGRAMAÇÃO
A programação espalhar-se-á por 10 fins-de-semana (entre 9 de Maio e 7 de Julho)
onde os visitantes/espectadores poderão aceder, nas galerias do MAC/CBB, Black
Box e Pequeno Auditório, a apresentações de dispositivos dramatúrgicos e coreográficos;
happenings e improvisações; reenactments de espetáculos; conferências-performance;
aulas abertas ou visitas guiadas. Toda uma panóplia de modos de operar a composição, o

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tempo e o real que João Fiadeiro tem desenvolvido ao longo de 30 anos.
Estes 10 fins-de-semana serão divididos por três blocos: “Corpo no Trabalho” (3 semanas);
“Corpo e Trabalho” (3 semanas); e “Corpo de Trabalho” (3 semanas).

I. CORPO NO TRABALHO

INTROSPECTIVA começa numa galeria do MAC/CCB. No início o espaço estará


vazio, em modo “open space”. Lentamente o espaço irá sendo ocupado pelas intervenções
dos performers e da equipa de João Fiadeiro, constituída por 6 performers-alunos
oriundos dos cursos de formação PACAP (Programa Avançado de Criação em
Artes Performativas) do Forum Dança; por Márcia Lança, “artista foco” da
INTROSPECTIVA; por Gustavo Sumpta, “artista convidado” da INTROSPECTIVA;
e por Bibi Dória, assistente de João Fiadeiro e responsável pelo desenho da
documentação da experiência, com vista a uma publicação futura.
Este momento-estaleiro da iniciativa estará aberto aos visitantes que, ao passarem
pelo espaço, poderão atravessá-lo, acedendo à prática diária da Composição em
Tempo Real, tendo como referência os “objetos-tese” de João Fiadeiro: O que eu sou
não fui sozinho (2000) e Existência (2002). Nos sábados 11, 18 e 25 de Maio e 1 de
Junho haverá apresentações públicas do resultado do trabalho semanal em torno do
estudo e ocupação dos “dispositivos de criação” Aicnetsixe (2001); Para onde vai a
luz quando se apaga? (2006); O que fazer daqui para trás (2015-18) e
Ça Va Exploser (2000). Estes são dispositivos que representam abordagens distintas
de João Fiadeiro na aplicação da Composição em Tempo Real na criação coreográfica
de grupo.
Essas apresentações serão acompanhadas durante a semana por um/a pensador/a
convidado/a que, no fim da semana, darão uma conferência influenciada pela
experiência que testemunharam e experimentaram. André Lepecki, Maria Filomena
Molder, André Barata e António Alvarenga são algumas das pessoas já convidadas.

II. CORPO E TRABALHO

Nesta fase dar-se-á atenção, separadamente, ao corpo da exposição RESTOS,


RASTROS E TRAÇOS e ao trabalho de ensaio para os espetáculos da programação
DAR CORPO a acontecer na próxima fase. Estas montagens serão dirigidas por
Walter Laurerer e Leticia Skrycky, colaboradores de longa data de João Fiadeiro,
respectivamente ao nível do desenho do espaço e da iluminação.
Nas galerias do MAC/CCB organizar-se-á o espaço expositivo que irá receber
RESTOS, RASTROS E TRAÇOS, adicionando às intervenções da primeira fase,
documentação visual nas paredes (vídeos, fotografias ou textos); e a (re)construção
de dispositivos cênicos criados a partir de projetos colaborativos entre João Fiadeiro
e outros artistas (como Pedro Costa, Rui Xavier, Patrícia Almeida, Fernanda
Eugénio, Francisco Vidal, Luciana Fina, Cristina Guerreiro ou Violaine Lochu).
Nos estúdios do CCB, terão lugar os ensaios da programação Dar Corpo a
apresentar na Black Box e no Pequeno Auditório. Os ensaios serão orientados por
João Fiadeiro com a assistência de Márcia Lança e Carolina Campos, performers
que colaboraram durante muitos anos com Fiadeiro e que serão responsáveis pela
partilha, na “primeira pessoa”, de algumas das performances em que participaram
e/ou co-criaram.
Nos fins de semana 8-9 e 15-16 de Junho serão apresentados, em formato double
bill, dos filmes Nada Pode Ficar e Pele Nómada (em fase de edição), realizados
respectivamente pelas cineastas Maria João Guardão e Aline Belfort a partir de
guiões-dispositivos desenhados por João Fiadeiro.

III. CORPO DE TRABALHO

Esta fase começa no dia 20 de Junho com a vernissage da exposição RESTOS, RASTROS
E TRAÇOS, onde se apresentará a conferência-performance “(body) OF/AT (work)”,
que junta João Fiadeiro à ensaísta Liliana Coutinho, profunda conhecedora da história
de João Fiadeiro e da RE.AL. Esta conferência-performance revisita o arquivo a solo
do artista, explorando a sua performatividade enquanto prática de investigação,
transmissão e partilha. A performance-duracional VEXATIONS, criada durante a
DES|OCUPAÇÃO do Atelier Real em 2019 com a pianista Joana Gama, a partir da
musica homónima de Eric Satie, fará a dobra com esta conferência-performance e
funcionará, pelo modo como João Fiadeiro se deslocará pelo espaço, enquanto

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“visita guiada performada” à exposição.
No dia 21 de Junho terá inicio a programação DAR CORPO que, como o nome
indica, será composto por uma seleção de obras de João Fiadeiro que serão alvo de
apropriações, mutações e reenactments por parte de 6 performers-alunos do PACAP.
As obras a serem apresentadas nos primeiros dois fins-de-semana (21-23 e 28-30 de
Junho) serão as seguintes:
Os solos Self(ish)-Portrait (1995) e I am sitting in a room different from the one you are
in now (1997)
Os dispositivos performáticos Grace & John (2006) e Ça Va Exploser (2020),
No último fim-de-semana (5-7 de Julho) de DAR CORPO (e da INTROSPECTIVA)
serão apresentados:
A peça de grupo O que fazer daqui para trás (2015), dançado pelo cast original
Carolina Campos, Márcia Lança, Daniel Pizamiglio, Ivan Haidar, Adaline Anobile
e Julian Pacómio.
O solo I Am Here”(2003), dançado por João Fiadeiro

Teatro
O Grupo A Barraca irá apresentar-se no Pequeno Auditório com a peça
Mary para Mary, com encenação de Maria do Céu Guerra. Já em 2024, teremos a
oportunidade de ver The Confessions, criação de um dos mais importantes
encenadores europeus, Alexander Zeldin.

O Teatro Nacional São João regressa ao Grande Auditório com Fado


Alexandrino, a partir de António Lobo Antunes e com encenação de Nuno Cardoso,
e o Teatro Nacional D. Maria II apresentará duas criações – Pérola Sem Rapariga e
Os Idiotas.

A temporada teatral encerra-se com duas propostas no âmbito da nossa parceria


com o Festival de Almada – A Mãe Coragem, com encenação de António Pires.

Fernando Luís Sampaio


Programador de Teatro, Dança e Músicas Plurais

27, 28 e 29 out 2023


Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Dom, 16h00, Black Box
Classificação etária: A classificar pela CCE
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro A Barraca

A Barraca
Mary para Mary

Mary Wollstonecraft (1759-1797), escritora inglesa e uma das pioneiras do pensamento


feminista, encontra-se gravemente doente na sequência do parto da sua filha Mary.
No delírio provocado pela febre, Wollstonecraft acredita estar perante uma
audiência a quem está a dar uma conferência. O seu único público é na verdade a sua
filha recém-nascida que passados anos se converteria na aclamada escritora Mary
Shelley, autora de um dos clássicos da literatura mundial: Frankenstein. A «Avó de
Frankenstein» morreria poucos dias depois do parto. É nesse preâmbulo da morte
que arranca a trama de Mary para Mary. Mary para Mary é um projeto de teatro

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feminista que visa através da arte promover o diálogo com o espectador, consciencializar
o público da necessidade de se comprometer com a luta pela igualdade de género.
Em cena está uma mulher que nas palavras da sua filha foi «um desses raros seres
que apenas surgem uma vez por geração com a missão de fazer jorrar sobre a humanidade
um raio de luz sobrenatural. Ela brilha mesmo que pareça obscurecer-se e os homens
creiam que está apagada, mas de súbito reanima-se para brilhar eternamente.»

5 e 6 abr 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório

Alexander Zeldin
The Confessions

The Confessions é uma dramatização da vida de uma mulher australiana, através dos
seus amores, desde o seu nascimento em 1943 até à sua morte, quando esta peça é
representada. Começa na Austrália antes da sua partida para Londres e do seu anseio
por casa. É a história íntima de uma vida, abordada através das suas passagens mais
secretas, mas que também contém a história de um tempo coletivo, das forças que
moldaram o nosso presente, contada através da epopeia pessoal de uma mulher.
Teatro significa «lugar onde se olha» («theatron» em grego antigo). Observar a vida
de uma mulher da classe trabalhadora desde 1943 até aos dias de hoje permite-nos
contar a história de algumas das forças que moldaram o nosso tempo, de falar de
algumas das imensas mudanças que tiveram lugar nos últimos oitenta anos.
Esta é a história da Austrália, que começa após a guerra e nos leva ao nosso século, a
viagem de uma mulher originária da pequena cidade de Kiama, que se encontra no
exílio em Londres, uma viagem que muitas pessoas fazem quando deixam o seu país,
para se perder depois. The Confessions conta a história da vida de uma mulher através
dos seus amores. É o retrato de um coração que se está a preparar para parar de
bater. As marcas e amolgadelas que suporta, os hematomas e as cicatrizes, manchas
frágeis e fissuras nos nossos corações.

Coprodução Centro Cultural de Belém, Wiener Festwochen, Comédie de


Genève, Odéon-Théâtre de l’Europe, Théâtre de Liège, Festival
d’Avignon, Festival d’Automne à Paris, Athens Epidaurus Festival,
Piccolo Teatro di Milano - Teatro d’Europa, Adelaide Festival,
Centre Dramatique National de Normandie-Rouen

3 e 4 mai 2024
Sex, 21h00, Sáb, 19h00, Grande Auditório
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional São João,
Theatro Circo, Teatro Aveirense

Fado Alexandrino
De António Lobo Antunes
Encenação Nuno Cardoso

António Lobo Antunes escreveu Fado Alexandrino (1983) para responder ao desafio
lançado pelo seu pai, que queria que ele fizesse um livro sobre Portugal, confidenciou
numa entrevista dada ao jornal Público, em 2018. «Pensei: como é que vou juntar
pessoas de classes sociais diferentes que não se dão entre elas?» Reunindo à mesa
de jantar cinco ex-combatentes da guerra colonial – um tenente-coronel, um alferes,
um comandante, um soldado e um tenente – seria a resposta. Fado Alexandrino é
um livro de memórias ficcionado, que narra o regresso e o reencontro de um grupo
de amigos retornados há dez anos de Moçambique. Durante uma noite, madrugada e
manhã, contam, cada um à sua maneira, como a vida se lhes transtornou e se des-
truiu, desde o dia em que chegaram da guerra até então. Num encontro de desilusões
e de reflexões sobre o triunfalismo militar prometido e a glória perdida, as personagens
vão divagando, partilhando uma intriga de acontecimentos múltiplos e surpreendentes

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peripécias de timbre trágico-cómico, do quotidiano banal ao sucesso mais insólito. Atra-
vés de uma narrativa articulada, por vezes irresistivelmente divertida, dividida em três
partes – antes da revolução, a revolução e depois da revolução – António Lobo Antunes
apresenta uma crítica profunda à sociedade portuguesa da década de 1970, descrevendo
os usos e costumes que há cinquenta anos, como hoje, abundavam. A essa soma-se
a crítica política ao país antes e depois do 25 de Abril de 1974. Da passagem de um
regime autoritário a um regime democrático, do horror de África à decadência de
Lisboa, é um romance que põe a descoberto um Portugal violento e insalubre. Nas
palavras do próprio António Lobo Antunes: «No fundo, Fado Alexandrino é uma
História de Portugal.» Marcada temporalmente por factos históricos, é uma obra sobre o
absurdo da existência, cuja história mergulha o interlocutor num mar de emoções e
conflitos humanos. Com um inesperado desenlace, Fado Alexandrino permite também
submergir no traumático mundo da guerra através das palavras de um dos mais rele-
vantes escritores portugueses.

Projeto Comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril

Ficha artística
De António Lobo Antunes
Encenação Nuno Cardoso

Dramaturgia Florian Hirsch


Cenografia F. Ribeiro
Desenho de luz Nuno Meira
Música e desenho de som Pedro “Peixe” Cardoso
Figurinos TNSJ
Elenco a anunciar

24 a 26 mai 2024
Sex, 21h00, Sáb e dom, 16h00, Pequeno Auditório
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional D. Maria II

Pérola Sem Rapariga


Teatro Nacional D. Maria II | Odisseia Nacional

Pérola Sem Rapariga é a primeira de duas criações que compõem DÍPTICO, projeto
que resulta do encontro entre a encenadora Zia Soares e a escritora Djaimilia Pereira
de Almeida que, em 2023, se propõem desenvolver processos em que texto, dramaturgia
e encenação se construam em simultâneo, em atrito ou em harmonia, abrindo um
fluxo dialógico entre ambas, que finalmente derive em discurso para cena. Pérola
Sem Rapariga parte de uma leitura livre de Voyage of the Sable Venus and Other
Poems, da poeta americana Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto
Henschel, um dos mais importantes fotógrafos que atuaram no Brasil na segunda
metade do século XIX, alemão, chegado ao Recife, em 1866, autor de uma série de
retratos de africanos e afrodescendentes.
Se Voyage of the Sable Venus indaga o lugar do corpo feminino negro na História da
Arte Ocidental, a partir da colagem e reconfiguração de legendas de obras do cânone,
este espetáculo explora a natureza da relação entre a superfície do corpo e aquilo que
sobre ele somos capazes de dizer; entre legenda e imagem; entre a pele e o salvamento;
entre consciência e superfície.
O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando direções possíveis
para o conflito entre o corpo e os modos mais ou menos opressivos de o representar.

Ficha artística
Texto Djaimilia Pereira de Almeida
Direção e encenação Zia Soares
Com Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça
Artista visual Kiluanji Kia Henda
Instalação e figurinos Neusa Trovoada
Composição e design de som Xullaji
Design de iluminação Carolina Caramelo
Vídeo promocional António Castelo

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Assistência geral Aoaní d’Alva
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, SO WING

Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, projeto cofinanciado
pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.

28 a 30 jun 2024
Sex, 21h00, Sáb e dom, 16h00, Pequeno Auditório
Coapresentação Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional D. Maria II

Os Idiotas
Teatro Nacional D. Maria II | Odisseia Nacional

Um grupo de atores e atrizes junta-se para questionar o seu ofício e a sua existência
enquanto agentes do acontecimento teatral. É a partir desse lugar que se ensaiam
possibilidades do teatro, problematizando o contexto onde o trabalho de ator/atriz
se confronta com o que neles se refaz e desfaz, nos limites dos seus corpos e da ficção
que constroem e habitam. É este o tema recorrente em Os Idiotas: o trabalho dos
atores e atrizes enquanto motor de experimentação dos binómios ficção/realidade e,
consequentemente, performers/público.

Ficha artística
Conceção Ana Gil, Nuno Leão, Óscar Silva
Criação Ana Gil, Miguel Castro Caldas, Nuno Leão, Óscar Silva
Texto Miguel Castro Caldas
Interpretação Ana Gil, Filipa Matta, Óscar Silva, Tiago Barbosa e Vera
Kalantrupmann
Ator convidado Diogo Dória
Desenho de luz e som pedro fonseca/colectivo, ac
Design de comunicação Cátia Santos
Registo de vídeo e fotografia do processo Tiago Moura
Produção executiva Rita Boavida
Apoio à produção Bruno Esteves
Produção Terceira Pessoa
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II e Teatro-Cine de Torres Vedras
Apoios e acolhimento Município de Castelo Branco, Teatro Municipal de Ourém,
Centro Cultural Município do Cartaxo, Centro Cultural de Celorico da
Beira, Teatro Viriato em Viseu, Teatro Gil Vicente de Barcelos, Teatro
Municipal de Bragança, Cine Teatro João Verde em Monção
Residências de criação Fábrica da Criatividade, O Espaço do Tempo, 23
Milhas, Teatro do Silêncio, Ajidanha, Teatromosca, Rua das Gaivotas 6
e Cão Solteiro
Parceiros media Antena 2 e CoffeePaste
Financiamento Direção-Geral das Artes / República Portuguesa - Cultura

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Instalações
1 a 14 jul 2024
Praça CCB, Entrada livre
Coprodução Fundição Progresso, Teatro Municipal do Porto / DDD – Festival Dias
da Dança

Gustavo Ciríaco
Paisagem Boldo

Uma instalação interativa para bicicletas, carrinhos de bebé, patins, patinetes


e cadeiras de rodas.

PAISAGEM BOLDO resgata a rica experiência cinética que informa a poética espacial
do coreógrafo brasileiro João Saldanha e o seu encontro com a arquitetura modernista
brasileira dos anos 1960 no Rio de Janeiro. Nesta instalação interativa ao ar livre
criada pela colaboração entre o coreógrafo brasileiro Gustavo Ciríaco e o arquiteto
português João Gonçalo Lopes, os cobogós, as rampas, as curvas dos jardins, a
simplicidade dos elementos estruturais e os volumes e texturas da arquitetura modernista
brasileira presentes nas diferentes camadas da experiência corporificada de Saldanha
reaparecem transfiguradas na paisagem construída deste circuito de bicicletas.

Ficha artística
Conceção e direção artística Gustavo Ciríaco
Artista convidado João Saldanha
Projeto arquitetónico e colaboração artística João Gonçalo Lopes
Construção e conceção de montagem Patrick Hubmann e João Gonçalo Lopes
Assistentes de construção e montagem A definir
Administração e gerência financeira Missanga Antunes | Performática
Direção de produção Sinara Suzin
Coprodução Fundição Progresso, Teatro Municipal do Porto /
DDD – Festival Dias da Dança

Apoio institucional THIRD – Das Research - Dance and Theatre Academy –


Amsterdam University of the Arts

Apoios a residência DEVIR – Centro de Artes Performativas do Algarve


(Faro/Pt), Pico do refúgio (Rabo de Peixe/Pt), Arquipélago – Centro
de Artes Contemporâneas (Ribeira Grande/Pt), 23 Milhas / Fábrica de
Ideias (Gafanha de Nazaré/Pt), GNRation (Braga/Pt), Casa de Dança de
Almada (Almada/Pt), Cia Instável e Museu Fundação de Serralves (Porto/
Pt) e Espaço Novo Negócio/ZDB (Lisboa/Pt)

Apoio República Portuguesa – Cultura | DgARTES – Direção-Geral das


Artes

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1 a 14 jul 2024
Praça CCB, Entrada livre
Coprodução Fundição Progresso, NAVE, Serralves-Museu de Arte Contemporânea

Gustavo Ciríaco
Vastidão

Desde a sua perceção infantil do mundo exterior através de uma porta de vidro,
aos desafios vividos no espaço público, por vezes demasiado grande e hostil, dos
ambientes imersivos das festas techno e ao mergulho sensorial nos primórdios dos
atos de respirar e ver nas suas criações, para a coreógrafa brasileira Michelle
Moura, a paisagem é uma experiência gradual de conquista do espaço, um espaço
em contínua entropia. Pensando nessa intrincada forma de ver/perceber a paisagem,
Vastidão joga com a estrutura básica das diagonais presentes na dança cénica para
engendrar um intrincado jogo cinético, onde aproximações e distâncias, adições e
subtrações fazem convergir plano e experiência, controlo e empatia.

Michelle Moura é uma coreógrafa e bailarina brasileira. Nas suas peças minimalistas
e minuciosas, ela cria constrangimentos físicos para explorar mudanças psicológicas
e físicas – entre a imersão nos fluxos do corpo, a protuberância da ação e a escrita de
um passo que se torna dança.

Coreografia de Gustavo Ciríaco inspirada na experiência de paisagem da coreógrafa


Michelle Moura, VASTIDÃO é a terceira obra da coleção Cobertos pelo Céu, conjunto de
performances e instalações pensadas a partir de experiências marcantes de paisagem
vividas por artistas europeus e latino-americanos dos mais diversos campos da arte.

Ficha artística
Coreografia e direção artística Gustavo Ciríaco
Artista convidada Michelle Moura
Performers Alina Folini, Bartosz Ostrowski, Bibi Dória, Filipe Caldeira,
Giulia Romitelli, Mário Martins Fonseca, Sara Zita Correia, Tiago Barbosa*
Música Hypnotic Brass Ensemble, António Saraiva
(composições originais)
Fotografia Daniel Delhaye, Felipe Pardo, Filipe Sardinha, Mila Ercoli
Administração e gestão financeira Missanga Antunes / Performática
Direção de produção Sinara Suzin
Coprodução Fundição Progresso (Rio de Janeiro/BR), NAVE (Santiago/
CL), Serralves-Museu de Arte Contemporânea
Apoio Institucional THIRD – DAS Research - Dance and Theatre Academy –
Amsterdam University of the Arts
Apoio a residência artística Devir/CAPA, Pico do refúgio, Arquipélago –
Centro de Artes Contemporâneas, 23 Milhas, Galeria ZDB & Novo Negócio,
NAVE, Instável – Centro Coreográfico, Serralves-Museu de Arte
Contemporânea, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM
Apoio financeiro República Portuguesa – Cultura, Direção-Geral das Artes,
IBERESCENA - Apoio à coprodução de Espetáculo 2020-2021

*Com a participação de + 8 bailarinos de Lisboa por open call

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Há Fado no Cais
O fado tem uma dimensão cada vez mais importante na vida cultural
portuguesa e tem alcançado uma crescente projeção internacional, que culminou
com a sua integração no elenco do Património Imaterial da Humanidade, decidida
em 2011 pela UNESCO.

Enlaçando de modo muito característico as artes da poesia e da música, quer


de matriz popular, quer de matriz «cultivada», e permitindo, simultaneamente, uma
grande liberdade na criação e utilização das formas e dos conteúdos literários e musicais,
o fado foi objeto de um protocolo de colaboração e coprodução assinado em 2012
entre a Fundação CCB e o Museu do Fado/EGEAC, que tem continuidade em 2024.

Todos os concertos do ciclo Há Fado no Cais têm interpretação em Língua Gestual


Portuguesa.

26 outubro 2023
Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Marco Rodrigues

Marco Rodrigues apresenta ao vivo Judite, o seu mas recente disco, integrado na
digressão Saudade em Teu Lugar. Em homenagem à mãe do fadista, Judite foi
inteiramente criado e produzido após o seu desaparecimento prematuro, sendo,
por isso, o álbum mais emotivo de Marco Rodrigues.
Desafiante só por si, o álbum combina o fado tradicional com grandes canções
escritas por alguns dos mais conceituados compositores da música pop. É o caso
de Diogo Piçarra que, depois do estrondoso sucesso de O Tempo, assina novamente
um novo clássico, Amar Para Sofrer.
Acompanhado por um trio de fado e um set de bateria e percussão, Marco Rodrigues
apresentará, além dos temas de Judite, muitos dos sucessos que marcaram a sua
carreira, como O Tempo, Homem do Saldanha, Rosinha dos Limões e alguns fados
tradicionais.

Ficha artística
Guitarra portuguesa Pedro Viana
Viola de fado Nelson Aleixo
Baixo Frederico Gato
Bateria e percussão Sertório Calado
Teclados Tiago Machado

24 novembro 2023
Sex, 21h0, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

António Chainho

António Chainho levou a guitarra portuguesa aos cinco continentes ao longo de


quase 60 anos de carreira. O seu novo disco O Abraço da Guitarra é um trabalho de
tributo a grandes compositores e guitarristas de fado como Raul Nery, Armandinho,
Jaime Santos e José Nunes. Neste concerto de apresentação, conta com os cúmplices
Ciro Bertini no baixo acústico e acordeão, Tiago Oliveira na viola de fado, o quarteto
de cordas Naked Lunch e alguns dos convidados que participam no disco.

Ficha artística
Guitarra portuguesa António Chainho
Baixo acústico e acordeão Ciro Bertini
Viola de fado Tiago Oliveira

45
Naked Lunch:
Violino Francisco Ramos
Violino Fernando Sá
Viola João Paulo Gaspar
Violoncelo Tiago Rosa

Vídeo Tiago Figueiredo

7 dezembro 2023
Qui, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Bela Ensemble

Nasceram em Alfama, no seio da Tasca da Bela, uma das casas de fado mais
representativas da tradição musical deste pitoresco bairro de Lisboa.
Uma casa que respira tradição, mas que é também uma montra da Alfama contemporânea,
habituada a conviver, desde sempre, com culturas e gentes de todos os cantos do
mundo.
Fados com letras de poetas antigos como Henrique Rego, Gabriel de Oliveira e João
Dias, entre outros, são aqui cuidadosamente revestidos com uma roupagem musical
arrojada e contemporânea. Autêntica música urbana portuguesa que nasce da
cultura viva da cidade de Lisboa.
Neste processo criativo e musical, a carga emocional e poética da tradição é o veículo
perfeito para o arrojo de novos arranjos e para a desconstrução rítmica, a fim de
alcançar o ponto de convergência entre a tradição e a experimentação.
Os Bela Ensemble apostam numa mistura cuidada de ritmos e balanços oriundos de
outras latitudes, com especial influência de músicas do mundo como o flamenco, a
música afro-latina de Cuba e do Peru, o samba de raiz brasileira, o rock, o metal e a
música progressiva.

Ficha artística
Percussão Carlos Mil-Homens
Contrabaixo João Penedo
Violino Otto Pereira
Voz Ana Margarida
Guitarra de 7 cordas Rafael Brides

2 fevereiro 2024
Sex, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Cristina Branco

Embaixadora da cultura e da língua portuguesa, com 26 anos de carreira, 17 álbuns


editados e inúmeros concertos por todo o mundo, Cristina Branco apresenta o seu
mais recente álbum. O fado e a música tradicional são a sua principal raiz, mas a
influência do jazz, da literatura e dos músicos com quem partilha o palco, imprimem
à sua música um cariz universal.

Ficha artística
Voz Cristina Branco
Guitarra portuguesa Bernardo Couto
Piano Luís Figueiredo
Contrabaixo Bernardo Moreira

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7 março 2024
Qui, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Sérgio Onze

Iniciou-se na aprendizagem da música aos seis anos. Tem sido distinguido, desde
muito jovem, com vários prémios de Fado, cantando nalgumas das mais emblemáticas
casas de Fado de Lisboa: Luso, Adega Machado, Tasca do Chico, O Faia, Tasca da
Bela e Parreirinha de Alfama.
Com um timbre forte e seguro, aliado a uma capacidade de interpretação intensa e
genuína, apresenta agora o seu primeiro disco editado pelo Museu do Fado.

11 abril 2024
Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Ricardo Ribeiro

Um dos nomes maiores do Fado contemporâneo. Com seis discos gravados e os mais
diversos prémios incluindo vários discos de ouro, o fadista Ricardo Ribeiro já pisou
palcos um pouco por todo o mundo: Itália, França, Inglaterra, Espanha,
Finlândia, Bélgica, Marrocos, Estados Unidos da América, Canadá, Rússia, Irão,
Jordânia e México, entre outros. Hoje apresentará, ao vivo, no ciclo Há Fado no
Cais, o seu mais recente álbum, um disco de regresso às origens e à música que
conhece como ninguém: o Fado tradicional.

24 maio 2024
Sex, 21h00, Grande Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Ângelo Freire

Fadista, guitarrista, compositor e produtor. Aos 11 anos venceu a Grande Noite do


Fado na categoria «Juvenis» e, poucos anos depois, o concurso internacional Bravo
Bravíssimo.
Na guitarra portuguesa, que toca com raro virtuosismo, já acompanhou nomes como
Ana Moura, António Zambujo, Carlos do Carmo, Carminho, Mariza, Mísia, Mafalda
Arnauth e Sara Correia, entre muitos outros. Em 2004 recebeu na Grande Noite
do Fado o Prémio de Melhor Instrumentista de Guitarra Portuguesa, em 2007 o
Prémio Francisco Carvalhinho e em 2012 foi distinguido como Melhor Guitarrista
nos Prémios Amália Rodrigues. Já tocou nas maiores salas do mundo como o
Olympia, o Carnegie Hall, o Barbican Centre, o Queen Elizabeth Hall e a Sidney
Opera House, entre outros.
Hoje, Ângelo Freire apresentará o seu disco de estreia como fadista e guitarrista, pela
editora Museu do Fado Discos. Um registo aguardado há muito, que apresenta agora
ao vivo no ciclo Há Fado no Cais.

47
21 junho 2024
Sex, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Coprodução Centro Cultural de Belém, EGEAC-Museu do Fado

Beatriz Felício

Nascida numa família sem ligações à música, Beatriz Felício descobriu ainda criança
que queria ser fadista. Nas casas de fado em Lisboa aprendeu com os mais velhos
e escolheu as suas referências. Atualmente, canta em espaços tão icónicos como a
Mesa de Frades, o Faia, a Parreirinha de Alfama, a Casa de Linhares e Fado Menor.
Em 2022, Beatriz Felício foi a grande vencedora do Prémio Novos Talentos Ageas,
uma parceria entre a Fundação Casa da Música e o Grupo Ageas e atuou na
Cerimónia de Abertura da Womex 2022, em Lisboa. Este será o concerto de apresentação
do seu álbum de estreia, editado pelo Museu do Fado.

Take Off
A programação desta temporada fará incursões em vários territórios musicais,
desde o jazz mais clássico ao mais experimental, da canção pop ao radicalismo
experimental da percussão e da eletrónica, da música indie ao hip hop, desenhando
assim propostas tão diversas quanto a criatividade da cena musical nacional.
Roomful of Teeth, Luís Vicente, André Rosinha, Mano a Mano, Silly (em estreia
nacional), Rodrigo Amado, Hélio Morais, Fred ou Wolf Manhatan, são alguns dos
nomes presentes nesta temporada. Há ainda a destacar a Festa do Jazz, iniciativa da
Sons da Lusofonia em colaboração com o CCB.

Fernando Luís Sampaio


Programador de Teatro, Dança e Músicas Plurais

7 setembro 2023
Qui, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Roomful of Teeth
Conjunto vocal norte-americano, vencedor de um Grammy, dedicado a explorar a
capacidade expressiva sem limites da voz humana.
Inspirado por estilos de canto de todo o mundo, o fundador Brad Wells imaginou
um projeto vocal sem os constrangimentos do canto clássico tradicional ocidental.
Combinando mestres técnicos de vários estilos de canto com cantores excecionais
treinados em técnicas clássicas, o grupo Roomful of Teeth procura alargar a sua
paleta sónica de modo a criar música vocal contemporânea vibrante e excitante.
No CCB apresentam o concerto The Detail of the Pattern, durante o qual propõem
aos espectadores que mergulhem nas paisagens sonoras de dois compositores
próximos do grupo: Caroline Shaw (n. 1982) e Caleb Burhans (n. 1980).
Do enérgico texto shakespeariano de Shaw às referências de Burhans a Buffy,
a Caçadora de Vampiros, estas obras mostram o estilo de performance vocal
característico do Roomful of Teeth.
Programa
Caroline Shaw (n. 1982) The Isle
Caleb Burhans (n. 1980) Beneath
Caroline Shaw Partita for 8 Voices

48
Ciclo Ricardo Jacinto

Ricardo Jacinto (Lisboa, 1975) desenvolve uma prática artística nas fronteiras entre
géneros e tipologias. Com formação em arte, arquitetura e música, tem vindo a
desenvolver projetos que, de uma forma quase informal, atravessam as artes visuais,
a música e a utilização do som.
Após mais de duas décadas, chegou o momento de olhar para a diversidade da sua
produção artística nas várias formas que pode e tem assumido. O ciclo que o Centro
Cultural de Belém lhe dedica, atravessando duas temporadas, permitirá, a partir
do seu trabalho performativo, tomar contacto com a amplitude e fluidez da sua
produção no cruzamento das várias heranças e tradições disciplinares que
permanentemente questiona.
Desta forma, o repto que foi lançado a Ricardo Jacinto, a solo ou nas formações
que tem vindo a ativar, em concerto ou em instalações, permitirá rever (ou tomar
conhecimento) com um dos percursos mais singulares e únicos nas fronteiras das
práticas artísticas, estendendo-se, também, às práticas pedagógicas que desenvolve.

Delfim Sardo
Administrador

23 setembro 2023
Pequeno Auditório
Atraso

Atraso é o título de mais um dos dispositivos cenográfico-instrumentais que Ricar-


do Jacinto desenvolveu no âmbito do projeto PARQUE e que será agora revisitado
numa adaptação ao palco do Pequeno Auditório do CCB. Centrado na performa-
tividade cenográfica e sonora de um «altifalante pendular», esta é uma peça que
convoca o ritual do balanço pendular para a definição do tempo e estrutura musical,
focando a composição musical na relação entre o som direto dos instrumentos acús-
ticos e a deformação sonora resultante de uma difusão eletroacústica em movimento.
As distâncias e diferenças entre escultura, música e corpos performativos são nesta
peça obliteradas e tudo concorre para a apresentação de um «ritual» de ativação do
espaço que o recebe.

Programa
Ricardo Jacinto (n. 1975) Atraso: para ensemble de instrumentos acústicos e
altifalante pendular

Ficha artística
Voz e altifalante pendular A definir
Violoncelo Ricardo Jacinto
Contrabaixo Gonçalo Almeida
Percussão Nuno Morão
Espacialização sonora Suse Ribeiro
Desenho de luz Frederico Rompante
Composição e direção artística Ricardo Jacinto

3 novembro 2023
Black Box
O Rapto de Europa (#2)

O Rapto de Europa (# 2) é uma peça que dá continuidade à colaboração entre


Ricardo Jacinto e Arkadi Zaides, que se concretizou no desenvolvimento de um
dispositivo cenográfico-instrumental evocando questões geopolíticas através de um
foco no conceito de «fronteira». O Rapto de Europa (#2) é uma performance e
instalação sonora composta por dois corpos escultóricos liminais que reproduzem
no seu desenho parte do contorno das costas grega e turca, onde a travessia do
mediterrâneo por refugiados em embarcações precárias foi mais intensa e
devastadora. O título do projeto faz também alusão a uma das narrativas mitológicas
envolvendo a deusa Europa, que neste caso foi violenta e enganosamente raptada
por Zeus, na forma de um touro branco, da costa da Fenícia e trazida para a ilha de

49
Creta. Partindo de um gesto performativo que articula os movimentos migratórios
contemporâneos e esta travessia mitológica, o dispositivo será ativada pelo artista
através de uma performance, na qual uma série de ressonâncias gritantes de
feedback resultarão do contato manipulado entre as duas estruturas.
Uma primeira iteração desta instalação-performance foi apresentada em diálogo
direto com a obra INFINI #1, uma vídeo-instalação dirigida pelo coreógrafo e artista
visual Arkadi Zaides. Mais info: https://www.medodofuturo.cubiculo.phenomena.pt/

Programa
Ricardo Jacinto (n. 1975)
O Rapto de Europa (#2): estruturas ressonantes,
sistema de áudio feedback e violoncelo

4 novembro 2023
Black Box e deambulação pelo edifício do CCB
SILÊNCIO & HORIZONTE ACÚSTICO
Masterclass com Ricardo Jacinto

Sendo o horizonte acústico definido pela «maior distância, em cada direção,


até à qual os sons podem ser ouvidos», podemos sugerir que só além desse limite
percetivo existe silêncio, e que este é imaginado. O silêncio torna-se assim um
exercício especulativo e apresenta-se como o horizonte do som. Como podemos
explorar criativamente este horizonte?
Iniciando com uma apresentação do conceito de horizonte acústico e da atenção à
«distância» enquanto um dos instrumentos principais na performance do espaço
através do som, o grupo de participantes recorrerá a sistemas de gravação portátil
para mapeamento das paisagens sonoras em diferentes locais do edifício, bem como
das ressonâncias internas de estruturas ou objetos encontrados nos seus trajetos.
A partir deste exercício de relação entre uma absoluta proximidade ou afastamento
paisagístico aos corpos vibratórios iremos especular sobre o «silêncio» das coisas
animadas

4 outubro 2024
Qua, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Luís Vicente, John Dikeman, William Parker, Hamid Drake

O prolífico trompetista português Luís Vicente, cuja atividade na última década o


levou do festival Jazz em Agosto a Bimhuis em Amesterdão, atuou continuamente
por toda a Europa, colaborando com pessoas respeitadas - Julien Deprez, Mark
Sanders, Akira Sakata, Mars Williams ou Vasco Trilla - mas também liderando um
trio com Gonçalo Almeida e Pedro Melo Alves. Com mais de trinta álbuns gravados,
colabora assiduamente com o expatriado americano John Dikeman, um saxofonista
em ascensão com sede na Holanda, cuja língua tem sido continuamente melhorada
em numerosas colaborações e digressões. Vicente salta agora para a grande liga,
juntando-se à poderosa secção de ritmo do baixista americano William Parker e do
baterista-percussionista Hamid Drake, parceiros nos últimos trinta anos, como duo,
em bandas de William Parker, ou com pesos pesados como Peter Brötzmann, Frode
Gjerstad, David S. Ware, Fred Anderson ou Kidd Jordan.

Ficha artística
Trompete Luís Vicente
Saxofone tenor John Dikeman
Contrabaixo William Parker
Bateria Hamid Drake

50
7 outubro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Burnt Friedman & João Pais Filipe

Encontro afortunado e pleno de sentido, com trabalho regular de pesquisa,


conversas e ensaios desde 2018, entre Burnt Friedman, o mago germânico
da eletrónica com um currículo de calibre lendário atravessando quatro décadas,
e o baterista, percussionista e escultor João Pais Filipe, ambos sediados no Porto.
A sua música, um celestial fluxo hipnótico e circular que os próprios denominam
de «automatic music», conheceu edição com o disco Automatic Music Vol.1 –
Mechanics of Waving em 2022.

Ficha artística
Eletrónica Burnt Friedman
Bateria João Pais Filipe

13 janeiro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

André Rosinha Trio


Triskel

Triskel dá nome ao terceiro álbum de André Rosinha. A etimologia da palavra grega


que nos chega até hoje, tríscele, é original da cultura Celta, e significa três pernas. A
simbologia ligada a este termo representa uma roseta que a partir de um centro comum
se enrola numa espiral com três linhas curvas. O movimento criado a partir da união
destes traços refere-se à ideia de ciclo, ação e progresso e remete-nos também para
o equilíbrio dos três elementos fundamentais da cultura Celta: Terra, Água e Ar;
evocando ainda a interação divina entre Corpo, Mente e Alma. É a partir desta Trindade
simbólica de complemento que o trio agora se apresenta. O disco Triskel surge assim
enquanto evolução do projeto Árvore, que permitiu ao grupo conhecer-se melhor
musicalmente e criar uma linguagem cada vez mais coesa e consolidada. Avançando
agora por novos territórios, o repertório é inteiramente da autoria de André Rosinha,
especialmente desenhado para ser interpretado pelos músicos João Paulo Esteves
da Silva, no piano, Marcos Cavaleiro, na bateria e, claro, pelo próprio Rosinha no
contrabaixo. Compreendendo cada vez melhor as potencialidades do trio, as músicas
foram mais trabalhadas a nível composicional, preservando, no entanto, o tão importante
espaço para a improvisação livre. Em Triskel, foi mantida a atenção à melodia, agora
com mais exploração do arco no contrabaixo e ainda momentos de uníssono entre
piano e cordas. Respeitaram-se algumas das influências do álbum anterior, desta vez
com maior ênfase na música clássica e na estética lírica do jazz europeu. Depois do
sucesso e reconhecimento do anterior álbum, faz sentido expandir e continuar a
desenvolver as afinidades musicais de André Rosinha Trio.

Ficha artística
Piano João Paulo Esteves da Silva
Contrabaixo André Rosinha
Bateria Marcos Cavaleiro

51
10 fevereiro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Silly
Miguela

Este é o ano em que Silly apresenta ao vivo o seu disco de estreia, Miguela. Miguela
é uma viagem da infância até ao momento presente, produzido junto com Fred e
gravado entre o Alentejo, Lisboa e os Açores. Depois do seu bem-recebido EP Viver
Sensivelmente, em 2021, Silly regressa com uma nova narrativa.

Ficha artística
Voz, teclados e guitarra Maria Miguel Bentes
Bateria Fred
Sintetizadores Eduardo Cardinho
Baixo José Garcia

17 fevereiro 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6
Mano a Mano
Trilogia das Sombras

A obra de Lourdes Castro é o embrião e ponto de partida para o novo espetáculo


de Mano a Mano, com cenário concebido pelo Ponto Atelier e um 3.º elemento,
Tiago Martins, que atrás de uma tela e inspirado pelo Teatro de Sombras de Lourdes
Castro, move-se e interage com a música dos Manos.

Ficha artística
Guitarra e cordofones madeirenses Bruno Santos
Guitarra e cordofones madeirenses André Santos
Movement Tiago Martin

9 mar 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Hélio Morais

2023 chega com Hélio Morais em nome próprio, na primeira pessoa. O abrandamento
imposto pela pandemia veio depositar no seu colo um conjunto de canções que nunca
imaginou escrever. Fez um disco que acaba por ser uma reflexão sobre a sua história
pessoal e familiar. Um disco íntimo, sobre vulnerabilidade. Um disco importante
para Hélio Morais se poder redescobrir; na música e na vida. Um disco que trará
caras novas para o palco, em 2024, ano da sua edição.

Ficha artística
Voz, percussões e piano Hélio Morais
Viola acústica, voz e pandeiro Larie (aka Labaq)
Teclados, guitarra e percussão Miguel Ferrador
Percussões e samples João Vairinhos
Percussões Cíntia Pinheiro
Percussões Méli Huart
Som Ângelo Lourenço
Desenho de luz Fred Rompante
Road manager Pedro Cobrado

52
6 abr 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Rodrigo Amado The Bridge

O saxofonista Rodrigo Amado apresenta-se com o seu novo projeto, no qual se alia a
três grandes nomes do jazz contemporâneo, vindos da Europa e dos EUA.

Ficha artística
Saxofone tenor Rodrigo Amado
Piano Alexander von Schlippenbach
Contrabaixo Ingebrigt Håker Flaten
Bateria Gerry Hemingway

24 e 25 abr 2024
Qua, 22h30, Qui, 21h00, Grande Auditório, M/6

Concerto de Comemoração dos 50 Anos do 25 de Abril

O 25 de Abril, que trouxe liberdade a Portugal, instituindo o regime democrático,


teve óbvias repercussões nos processos de independência das antigas colónias
portuguesas, onde os movimentos de libertação de cada um dos territórios tiveram
uma ação decisiva no desenlace político desses países.
Os países africanos de expressão portuguesa, assim como os movimentos de
oposição ao regime de Salazar, em Portugal, usaram a canção como um dos meios de
luta e consciencialização social, apelando à autonomia dos territórios africanos e ao
fim da guerra colonial.
Além das ações armadas, a criação de um repertório musical desempenhou um papel
importante na tomada de consciência política e cívica que reclamava o fim do regime
autoritário. Em Portugal e nos países africanos de expressão portuguesa a luta foi
comum.
Ao celebrarmos os 50 anos do 25 de Abril, desejamos reunir num só palco artistas
e músicos que nos recordem as canções de protesto de antes de Abril e as de
intervenção que se seguiram ao pós-25 de Abril. Deste modo, creio ser importante
a participação de músicos e cantores oriundos dos países africanos de expressão
portuguesa na comemoração de meio século de liberdade e que partilhem connosco
as canções que marcaram o seu percurso de luta. A escolha do repertório deverá, por
isso, incluir no seu alinhamento uma presença africana. Fernando Luís Sampaio

4 mai 2024
Sáb, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

Wolf Manhattan

Uma verdadeira criação do inquieto músico, compositor, produtor João Vieira que depois
de marcar o panorama musical nacional com projetos tão díspares como complementares
como os X-Wife, as festas Club Kitten e o alter-ego eletrónico White Haus, regressa
agora transfigurado na personagem Wolf Manhattan. Num extravaso que nasce de
uma urgência criativa em plena pandemia, João Vieira socorreu-se de referências
lo-fi para construir esta nova persona folk-punk-garage. Adam Green e os seus Moldy
Peaches, Jonathan Richman sem os Modern Lovers, os Velvet Underground e o
nome maior que é Daniel Johnston foram os companheiros de viagem para escrever
esta história e criar uma nova sonoridade que se apresenta como um antídoto para
neutralizar as complexidades do dia-a-dia.

53
17 mai 2024
Sex, 21h00, Pequeno Auditório, M/6

FRED
Series Vol. 2

Depois de em 2018 ter lançado o primeiro álbum em nome próprio, O amor encontra-te
no fim, em 2021 Fred lançou o segundo álbum intitulado Series Vol 1 - Madlib, trabalho
este que faz a homenagem ao produtor americano Madlib, viajando e fazendo uma
re-interpretação do vasto repertório do mesmo. Ao longo dos últimos dois anos,
Fred, acompanhado por Eduardo Cardinho no vibrafone, Tomás Marques no saxofone,
José Garcia no baixo e Karlos Rotsen e Diogo Santos nos pianos e sintetizadores,
respetivamente, viajou um pouco por todo o país onde apresentou o seu álbum ao
vivo passando por festivais como Kalorama, Super Bock Super Rock, e alguns auditórios
e clubes de norte a sul. Hoje será apresentado o novo trabalho, Series Vol. 2, a sair
no segundo semestre de 2024.

Ficha artística
Bateria Fred
Vibrafone Eduardo Cardinho
Baixo José Garcia
Saxofone Tomás Marques
Piano e Fender Rhodes Karlos Rotsen
Piano e sintetizadores Diogo Santos

Cinema
30 set 2023
Sáb, 16h00, Grande Auditório

Angela Davis: A World of Greater Freedom


De Manthia Diawara

Após a sua apresentação na Bienal de Sharjah, a estreia portuguesa do filme-ensaio


Angela Davis: A World of Greater Freedom (2023), da autoria de Manthia Diawara,
acontece no Centro Cultural de Belém. Produzido por Maumaus/Lumiar Cité e co-
financiado pela Fundação Centro Cultural de Belém, o filme reflete sobre a vida e a
obra da ativista norte-americana Angela Davis, mas não se constrói como uma biografia
ou uma narrativa fictícia. Em vez disso, as imagens de Diawara, intercaladas com
material de arquivo, apresentam-se como um compêndio poético do pensamento
crítico de Davis e uma inspiração para traçar novos imaginários e relações dentro de
um emergente mundo novo.

Manthia Diawara (Mali) é escritor, cineasta e professor na New York University.


Para além de ser autor de diversas publicações sobre o cinema de África e das suas
diásporas, contribuiu com ensaios sobre arte e política para Artforum, Mediapart,
LA Times, Libération e The New York Times Magazine, entre muitos outros. Entre
os seus filmes destacam-se: AI: African Intelligence (2022), A Letter from Yene
(2022), An Opera of the World (2017), Negritude: A Dialogue between Soyinka and
Senghor (2015), Édouard Glissant, One World in Relation (2010), Maison Tropicale
(2008), e Rouch in Reverse (1995). A sua obra foi apresentada em festivais, bienais e
exposições, incluindo: 34.ª Bienal de São Paulo; Biennale de Dakar; Centre Pompidou,
Paris; documenta 14, Kassel; Festival Internacional de Cinema de Berlim; Haus der
Kulturen der Welt, Berlim; Lumiar Cité; MOCA Busan; Museo Nacional Centro de
Arte Reina Sofía, Madrid; Museu de Serralves; e Serpentine, Londres.

54
Ficha artística
Realização Manthia Diawara
Produção Maumaus/Lumiar Cité
Produção executiva Jürgen Bock
Comissariado por Sharjah Art Foundation, cocomissariado por TBA21
ThyssenBornemisza Art Contemporary, financiamento de Mellon Foundation,
financiamento adicional de Fundação Centro Cultural de Belém e República
Portuguesa–Cultura/Direção-Geral das Artes

Pensamento
28 set, 12 e 26 out, 9 e 23 nov, 7 dez 2023
Quintas-feiras, 18h30

Formas de Ler: A Força do Destino


Com Helena Vasconcelos

Qual o pressuposto que rege as nossas vidas? A crença num destino marcado à nascença,
em que a sorte e o azar determinam a nossa trajetória? Ou, como herdeiros do
espírito cartesiano ocidental, acreditamos no livre-arbítrio e na possibilidade de
termos sempre, à nossa disposição, a hipótese de escolha? Este dilema tem ocupado
filósofos, artistas, pensadores ou simples mortais que desejam ardentemente possuir
um qualquer controlo sobre as suas vidas e se veem, por vezes, confrontados com o
absurdo e o inesperado. Desde a terrível maldição lançada sobre a família de Édipo,
passando pela das bruxas que atormentam o rei Macbeth e passando pelo irónico
Diderot, podemos ainda rever as histórias igualmente contundentes, contadas por
Fox, Eliot e Romagnolo. Chegaremos a alguma conclusão? Será difícil, mas não
impossível. Boas leituras. – Helena Vasconcelos

Programa
28 set – Rei Édipo, Sófocles (Edições 70, Clássicos Gregos e Latinos)
12 out – Middlemarch, George Eliot (ed. Relógio D’Água)
26 out – Destino, Raffaela Romagnolo (ed. Asa)
9 nov - O Bom Soldado, Ford Maddox Ford (ed. Relógio D’Água)
23 nov - Macbeth, William Shakespeare (ed. Penguin Clássicos)
7 dez - Jacques, o Fatalista, Denis Diderot (ed. Tinta da China)

7 e 14 mar, 4 e 18 abr, 9 e 23 mai 2024


Quintas-feiras, 18h30

Formas de Ler: Caminho para a Liberdade


Com Helena Vasconcelos

Quando se assinalam os cinquenta anos da Revolução de 1974, é importante mencionar o


conceito de liberdade, a falta dela e a forma como a vivemos. Tem sido tema de reflexão
ao longo dos séculos e invocamo-la, tanto em nome de ideais, como a propósito das
ações mais comezinhas do dia-a-dia. É a base dos sistemas democráticos e re-
presenta o anseio de independência, autodeterminação e espontaneidade de todo o
ser humano. A liberdade está ligada ao Direito, à Filosofia, à Política e aos movimentos
mais legítimos das sociedades e dos povos. Na Literatura, e neste ciclo em particular,
não poderíamos eximirmo-nos da releitura das Novas Cartas Portuguesas, símbolo
de resistência e inconformismo. Analisaremos, ainda, os traumas ligados à falta de
liberdade provocada pelo totalitarismo (Atwood), pela escravatura (Whitehead), pelo
vício (Dostoiévski), pela pressão da religião numa comunidade (Baldwin) ou pela
incapacidade física (Venturini). Boas leituras. – Helena Vasconcelos

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Programa
7 mar - Novas Cartas Portuguesas, Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta,
Maria Isabel Barreno (ed. Dom Quixote)
14 mar - A Estrada Subterrânea, Colson Whitehead (ed. Alfaguara)  
4 abr - O Jogador, Fiódor Dostoiévski (Porto Editora)
18 abr - História de uma Serva, Margaret Atwood (ed. Bertrand)
9 mai - As Primas, Aurora Venturini (ed. Alfaguara)  
23 mai - Se o disseres na Montanha, James Baldwin (ed. Alfaguara)

1 out, 5 nov, 3 dez 2023


Domingos, 7 jan, 4 fev, 3 mar, 7 abr, 5 mai, 2 jun 2024, 11h00
Sala a definir

SESSÕES ACESSÍVEIS
Sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

Química a 2 – Casais da História


Nesta temporada continuamos o ciclo Química a 2, no qual o jornalista Luís Osório
conversa com um convidado sobre a forma como alguns Casais da História marca-
ram a sua época e se influenciaram, complementaram ou mesmo antagonizaram
mutuamente. Nas três últimas sessões de 2023 vamos conversar sobre casais que se
destacaram na área da pintura, da ciência e da música.
Temas das sessões de 2024 a divulgar posteriormente.
Moderação de Luís Osório
1 out – Carlos Fiolhais fala sobre Marie e Pierre Currie
5 nov – Joana Vasconcelos fala sobre Maria Helena Vieira da Silva
e Arpad Szenes
3 dez – Laborinho Lúcio fala sobre John Lennon e Yoko Ono

7 jan, 4 fev, 3 mar, 7 abr, 5 mai e 2 jun


(Temas a divulgar posteriormente)

7, 14 e 28 out, 4, 11, 18 e 25 nov, 2 dez 2023


Sábados, 11h00

SESSÕES ACESSÍVEIS
Sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

Revoluções
A História é feita de momentos de transformação. São estes momentos que ao longo
da história da Humanidade promoveram mudanças políticas, económicas, sociais e
culturais significativas. Vamos olhar para eles escolhendo apenas algumas revoluções,
entendendo as suas causas e as suas consequências, para melhor compreendermos
o passado e refletirmos sobre o futuro. Ao delinearmos este ciclo escolhemos
personalidades de diversas áreas da nossa sociedade para nos proporcionarem
diferentes pontos de vista, ajudando-nos a compreender estes eventos históricos e
impulsionando uma reflexão sobre as transformações sociais e humanas da
sociedade dos dias de hoje.

Programa
7 out - Revolução Inglesa (entre 1640 e 1688), Jaime Nogueira Pinto
14 out - Revolução Americana (1776), Bernardo Pires de Lima
28 out - Revolução Francesa (1789), Rui Tavares
4 nov - Revolução Russa (1917), Ana Isabel Xavier
11 nov - Revolução Cubana (1953 -1959), Manuel Loff
18 nov - Revolução Cultural Chinesa, Fernando Rosas
25 nov – 25 de Abril (1974), Nuno Severiano Teixeira
2 dez - Primavera Árabe *
* orador(a) a definir

56
3, 4 e 5 nov 2023
Exposição

She’s Gone
Keren Yehezkeli-Goldstein

Galeria Mário Cesariny


Coprodução Centro Cultural de Belém, Embaixada de Israel em Portugal
Entrada livre

She’s Gone é uma instalação artística que pretende chamar a atenção para o fenómeno
global do homicídio baseado no género, cometido por cônjuges ou outros membros
da família. Através da exposição de peças de roupa de mulheres que foram alvo
de violência doméstica, interpela-nos em nome de todas as vítimas inocentes que foram
assassinadas. Keren Goldstein e Adi Levy

12 nov 2023
Conferências Maria da Fonte
A Mulher Portuguesa no decurso da História: Uma Questão de Género
Sessão de encerramento
11h00 às 13h00, Entrada livre

No âmbito da apresentação da opereta Maria da Fonte, de Augusto Machado, pelo


CCB em coprodução com o Teatro Nacional de São Carlos, vamos acolher a sessão
de encerramento das conferências que têm como mote a representação histórica e
simbólica feminina encarnada pela lenda de Maria da Fonte. o diretor musical João Paulo
Santos e o encenador Ricardo Neves-Neves.
Em conjunto irão contribuir para o debate sobre a recuperação e execução desta obra
de Augusto Machado.

Organização:
Jenny Silvestre (Laboratório de Ópera Portuguesa no CCB)
Luísa Cymbron (CESEM/NOVA FCSH)

23 e 24 nov 2023
Conferência Internacional
Por Uma Causa Maior: Arte, Cidadania e Idadismo no Envelhecimento
10h00 às 19h00, Entrada Livre

Esta conferência acontece no âmbito do projeto Causa Maior, integrado no programa


PARTIS & Art For Change, que desde 2021 faz parte da vida da Companhia Maior.
Partindo deste caso único no país, propomos uma reflexão coletiva e interdisciplinar
para demarcar um terreno de investigação partilhado pela atividade cultural, a criação
artística, as ciências sociais e as políticas públicas.
São temas aglutinadores: as políticas públicas e práticas sociais para o envelhecimento
ativo; projetos artísticos e educativos de referência; estética e criatividade na idade
maior; e acesso e representação na cultura.

Comissão organizadora: Companhia Maior Associação Cultural; Associação


A3S; IHA – NOVA / FCSH, IN2PAST- Universidade Nova de Lisboa; CIES
/ Iscte - Instituto Universitário de Lisboa; INET-md-Polo FMH - Universidade
Técnica de Lisboa
Parceria: Fundação Centro Cultural de Belém

57
13 jan 2024
Conferência
Fidelio de Beethoven
Rui Vieira Nery
11h00

A propósito da apresentação da ópera Fidelio no CCB, em coprodução com o Teatro


Nacional de São Carlos, convidámos Rui Vieira Nery para nos dar a conhecer esta
obra, única ópera composta por Beethoven, estreada em Viena em 1805. A obra aborda
temas como a liberdade, a justiça e o poder do amor.

20 jan, 3 e 17 fev, 2 mar 2024


Estórias da Arte - Cinema
Pedro Mexia
20 jan – 16h00
3 e 17 fev – 16h00
2 mar – 16h00

Venha conhecer o universo da Sétima Arte. Atores, realizadores, argumentos baseados


em histórias verídicas ou ficcionadas, a escolha será de Pedro Mexia, que nos contará
as suas estórias de cinema.

23 mar 2024
Dia Mundial da Poesia
Os Poetas de Abril
Vários Espaços, 15h00 às 19h00, Entrada Livre
em parceria com o Plano Nacional de Leitura

O CCB volta a assinalar o Dia Mundial da Poesia, este ano sob o tema Os Poetas de
Abril. Muitos foram os poetas que escreveram canções que marcaram a época pré
e pós 25 de Abril, de Sophia de Mello Breyner Andresen a José Afonso, de Ary dos
Santos a Manuel Alegre. Textos poéticos plenos de ideais que contribuíram para a
construção de um mundo sem censura.
Não podemos deixar passar em branco as comemorações dos 500 anos do nascimento
de Luís Vaz de Camões, considerado por muitos um dos expoentes máximos da literatura
portuguesa. Escolhemos assim celebrar a sua Poesia Lírica e a sua linguagem rica e
expressiva, unindo desta forma duas comemorações históricas de grande relevo
nacional.

6, 13, 20 e 27 abr 2024


Canções da Revolução
Nuno Galopim
Sessões gravadas pela Antena 1
16h00

A música foi uma das primeiras expressões artísticas da Humanidade. Contudo, só


quando começou a ser acompanhada de letra ganhou estatuto enquanto agente de
mudança. A partilha de ideias transmitindo mensagens de esperança e de consciência
social transformaram algumas canções em símbolos.
No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, Nuno Galopim
levará o público numa viagem musical pelas canções que desempenharam um papel
ativo no caminho para a liberdade.

58
23 abr 2024
Dia Mundial do Livro
Programa a anunciar
Entrada Livre

15, 22 e 29 mai e 5 jun 2024


Estórias d’Os Lusíadas
António Carlos Cortez
15, 22 e 29 mai – 18h30
5 jun – 18h30

Como ler Os Lusíadas a partir de certas Estórias? Em quatro sessões António Carlos
Cortez partilha connosco as estórias de Adamastor, de Veloso na Ilha dos Amores,
o canto de desgosto de Leonardo na mesma Ilha e a subida ao Paraíso de Vasco da
Gama. Venha conhecer ou relembrar alguns dos heróis desta epopeia.

59
Fábrica das Artes
Artes Performativas para Jovens Públicos
Quanto vale a liberdade? – dramaturgias da revolução
“Quanto vale a liberdade?” foi, pois, a interrogação que sustentou, há já 15
anos, a conceção da primeira programação da Fábrica das Artes do CCB, quando
António Mega Ferreira a desafiou a conceber também atividades para públicos
jovens que integrassem o seu ciclo programático “O Nazismo e a Cultura”.

Esse acontecimento desenhou o manifesto inicial da Fábrica das Artes de


considerar a dimensão política das infâncias todas e a sua relação com a indeterminação
da criação artística, da qual surge uma novidade, onde o novo, o estranho e a subjetividade
são possíveis. Trata-se de levar a sério a vida artística dos mais novos; tomá-la inteira,
na sua completude, na sua luz e escuridão mais íntima, tanto no divertimento como
na abstração exigente e tudo refletido na complexidade de uma criação artística
contemporânea.

Passados 50 anos da Revolução dos Cravos, face ao estado do mundo e ao


seu futuro obstruído - das guerras às alterações climáticas; das pandemias aos fascismos;
das desigualdades à ferocidade veloz e alienada em que tudo isto se passa - o que
pensar o futuro hoje? A visão parece apocalítica, logo o futuro está noutro lado.
O que é nascer nisto? O que é ser criança e jovem nisto? As crianças e jovens não
estão imunes a esta realidade. Como é isto? Acaba o mundo e o tempo? Doi? Mata?
Qual será o Chão Comum que releva a nossa humidade e fortalece a dimensão crítica,
estética e política da vida? Mas afinal porque é que o céu continua a querer ser olhado?

O desafio permanece ativo mais do que nunca: Tomar o espaço da Programação


e do Teatro, no sentido do que nos é comum, de uma polis, e como moldura para
pensar hoje, em escuta e diálogo com os nossos públicos jovens, a Democracia, a
Liberdade, a Revolução e as suas ressonâncias…

Madalena Wallenstein
Programadora e coordenadora da Fábrica das Artes

20 e 21 out 2023
Big Bang 2023
Festival de música e aventura para públicos jovens
O festival ideal para quem tem ouvidos curiosos e espíritos destemidos regressa
para a sua 13ª edição. Os jovens espetadores percorrem este labirinto de aventuras
musicais no encontro com um programa colorido e diverso de espetáculos
multidisciplinares, instalações interativas, músicas de muitos estilos e formatos,
o Big Bang oferece muita aventura e uma viagem aliciante para crianças, jovens e
adultos.

O Big Bang é um projeto internacional que envolve vários parceiros internacionais,


com edições a decorrer em doze países europeus e no Canadá. Através deste projeto,
iniciado pela companhia belga Zonzo Compagnie, o CCB/Fábrica das Artes tem aberto
um importante espaço para o intercâmbio de experiências musicais para crianças,
com músicos portugueses e estrangeiros a percorrer os quatro cantos da Europa.

60
Projeto Nómadas - A Ilha dos Ventos
Victor Gama com Conservatório de Lisboa
Grande auditório, M/4 – 45 min
Em migração pela galáxia um grupo de humanos chega a Eguanalam, o planeta púrpura,
parte de um sistema solar a 12 anos-luz da Terra. Uma expedição de cientistas
inicia a exploração da única ilha situada no enorme oceano Outibol que cobre 99% da
superfície de Eguanalam e constitui a única massa continental. Aí descobrem que a
ilha com as suas montanhas, vales, florestas e desertos é a origem de todos os ventos
do planeta. O compositor e criador de instrumentos Victor Gama trabalha com um
grupo de alunos do conservatório de Lisboa para criar os sons e a música dos ventos,
pássaros, animais e muito outros que os cientistas terão encontrado durante a sua
expedição.
Composição e conceito Victor Gama
Músicos Salomé Pais Matos (toha), Victor Gama (acrux, toha),
Nuno Cintrão e alunos do Conservatório de Lisboa (Dinis Spencer e
Gabriel Santos (violinos), Gustavo Silva e Tiago Silva (Viola D’ Arco), Duarte
Gomes e Vicente Sequeira (violoncelos), Margarida Inácio, Leonor Pena
Martins e Manuel João Martinho Costa (percussão)
Direção técnica e operação de som Paulo Machado
Desenho e operação de luz João Fontinha
Video Alfred Marseil, Robin Noorda, Victor Gama, Rui Peralta
Projeção de video Rui Peralta
Produção PangeiArt

Instrmnts
Victor Gama
Instalação performativa, Sala Almada Negreiros, M/4 – 45 min

Instrmnts é uma exposição interativa de instrumentos musicais colaborativos e


instalações sonoras criados e desenvolvidos por Victor Gama. Mais de duas dezenas
de instrumentos contemporâneos estarão ao alcance do público convidando-o a participar
num processo espontâneo de criação e exploração musical, descobrindo os sons de
instrumentos originais como a toha, um tipo de harpa circular que pode ser tocada
por dois músicos, o acrux inspirado na constelação do Cruzeiro do Sul ou o tipaw que
se inspira na história de um tigre que fugira de um jardim zoológico e se refugiara
num museu, entre muitos outros. Para além destes momentos de livre acesso e
fruição, haverá́ concertos, oficinas e demonstrações dirigidos ao público em geral.

Criação de instrumentos e direção Victor Gama


Montagem Paulo Machado, Victor Gama
Assistência à produção Luciana Lopes
Produção PangeiArt

Uma e a outra / One and the other (FR)


Sophie Boucher e Magali Benvenuti
Espetáculo/Performance, Black Box, M/4 – 35 min

Desfrute de uma mistura de guitarra, percussão corporal e dança neste delicioso


espetáculo sobre uma música e uma bailarina - duas amigas que estão a descobrir
como tocar(brincar) juntas.
Uma é morena. A outra é loira. Uma é música. A outra é bailarina.
Uma precisa do seu espaço. A outra precisa de contacto. Uma é organizada,
arrumada, meticulosa. A outra é espontânea; ela corre para a multidão.
Lune e Lautre, personagens com personalidades opostas, encontram-se, descobrem-se
e confrontam-se, e finalmente concordam. Cada uma delas joga com e para a outra...
Uma história cheia de sons e barulhos, gestos e gesticulações. Uma história absurda
e poética, onde tudo é um jogo a dois. A música comanda a dança, a dança conduz a
música e os ritmos tomam conta desta encantada e louca dupla!

Criação e Performance Sophie Boucher and Magali Benvenuti


Co-produção Compagnie Tancarville e La Braslavie

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Hey Meredith!
Zonzo Compagnie
Espetáculo, Pequeno Auditório, M/6 - 60 min

Meredith Monk sempre foi única. Escreve música, dança, cria performances e toca
o piano, mas acima de tudo é cantora. Em vez de cantar músicas para um texto, ela
brinca com as infinitas possibilidades da voz. Cantando Heydldiedendo sem tropeçar
a língua, inspirou cantores por todo o mundo a procurarem os seus próprios sons.
A Zonzo Compagnie ficou conhecida por apresentar espectáculos inspirados em
compositores famosos como John Cage, Bach, Miles Davis e Purcell, e agora - pela
primeira vez - adiciona uma compositora contemporânea a essa lista. Em tempos,
Meredith Monk criou um espetáculo para a Zonzo Compagnie, agora é a vez da
Zonzo Compagnie fazer uma performance sobre ela.

A cantora Naomi Beeldens, o trombonista Nabou Claerhout, a pianista Anthe


Huybrechts, a diretora Ine Van Baelen e o videógrafo Stijn Grupping exploram
em Hey Meredith! uma obra de quase 60 anos, seguindo a voz de Meredith Monk.
Voz e dramaturgia Naomi Beeldens
Trombone Nabou Claerhout
Voz e piano Anthe Huybrechts
Composição Meredith Monk
Arranjos Karel Stulens
Direção, video e cenografia Ine Van Baelen, Stijn Grupping
Coreografia Inga Huld Hárkonadóttir
Figurinos Sabrina Transiskus
Luz e design técnico Wim Bernaers

Uma produção da Zonzo Compagnie em coprodução com a STUK & Perpodium. Com
o apoio DE SINGEL& o abrigo fiscal do governo federal Belga via Cronos Invest.

Quartos dos Músicos


Novos Criadores das Infâncias
Espetáculo, M/4 – 45 min

Jovens músicos ocuparam as salas de ensaio para aí permanecerem nos caminhos de


criação. Durante o Big Bang, vamos poder percorrer os corredores que nos levam a eles.
Músicos
Longo, Guilherme Fortunato, Nazaré Silva e Duarte Carvalho

Jangada (uma peça de embalar)


Ricardo Jacinto | Colectivo Osso
Instalação Performativa, M/6 – 30 min

A Jangada (uma peça de embalar) é um concerto que se faz teatro através de


um dispositivo cenográfico-instrumental que é, ao mesmo tempo, um grande
instrumento de percussão ou uma superfície espelhada onde o público e um
violoncelista surgem refletidos durante o espetáculo.
Este dispositivo traz a figura da “plateia”, aqui experimentada e como uma grande
jangada, para o centro da dramaturgia musical explorando plasticamente a
“distância entre performer e espectador” enquanto um território “líquido e instável”.
Som, espaço, luz, arquitetura e convenções na relação entre performers e
espectadores são articuladas num pequeno onde o público sobrevive à imersão,
flutuando.

Violoncelo, eletrónica e composição Ricardo Jacinto


Percussão e eletrónica Manuel Pinheiro
Som Suse Ribeiro
Luz Frederico Rompante
Produção OSSO

62
Galandum Galundaina
Concerto, Sala Luís Freitas Branco, M/4 – 45 Min
Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Galandum Galundaina trazem ao Big Bang um património musical e etnográfico
único, da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano,
que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 25 anos o grupo
contribuiu para o estudo, preservação e divulgação do Mirandês e dos instrumentos
populares em extinção. Das memórias da Sanfona, da gaita-de-foles mirandesa, da
flauta pastoril, do rabel, do saltério, do cântaro, do pandeiro mirandês, do bombo
e da caixa de guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências,
lugares, intensidades, tempos.

Voz, sanfona, gaita-de-fole mirandesa, dulçaina, flauta pastoril e tamboril Paulo Preto
Voz, rabel, gaita-de-fole, realejo, pandeireta, pandeiro mirandês Paulo Meirinhos
Voz, caixa de guerra, bombo, pandeireta, pandeiro mirandês, tamboril, cântaro
Alexandre Meirinhos
Voz, flauta pastoril, flauta de osso, tamboril, saltério, flauta transversal, bombo,
pandeiro mirandês, charrascas João Pratas

Oficina
Galandum Galundaina
Sala Luís Freitas Branco, 45 min / 20 out, 12h15 / 21 out, 11h00, M/6

Antes do espetáculo, os Galandum Galundaina fazem uma oficina para nos conduzir
pelos mistérios da língua e das canções cantadas em mirandês. Durante o concerto,
os participantes, enquanto espectadores do espetáculo, poderão acompanhar melhor
o seu universo.

Com Paulo Preto, Paulo Meirinhos, Alexandre Meirinhos, João Pratas

Orquestra Tradicional da Casa Pia de Lisboa


(Banda juvenil, gaitas de foles e percussão)
Concerto, Entrada CCB, Para todos, 20 min

Esta Orquestra Tradicional é composta por jovens da Casa Pia de Lisboa que
frequentam as atividades musicais de percussão tradicional, gaita de foles e banda
filarmónica juvenil. O repertório tem na sua matriz a música etnográfica portuguesa
de tradição oral e escrita, perpetuando desta forma a valorização e transmissão do
património musical português. Aprendizes e mestres juntam-se neste concerto para
fazer ecoar no espaço do Big Bang a sua música e a alegria.

Peace Unity Love And Have Fun And Never Waste Your Talent
Lisbonbreakers
Dança – Espetáculo de rua, Praça CCB, Todos / Entrada livre

Vamos fechar o Big Bang de 2023 com diversão e breakdance!


Este ano, para celebrarmos o final de cada dia do Festival Big Bang convidamos o
coletivo LisbonBreakers a ocupar a Praça CCB. O grupo de B-boys do “Chiado” vai
trazer os ritmos e batidas do hip hop num espetáculo espontâneo, cheio de energia e
de movimento. Acompanhados por um DJ, vamos fechar cada dia com uma grande
festa de dança e beats na Praça CCB!

Lisbonbreakers
Bboy PHflava (Paulo Henrique Pereira Santos)
Bboy Rafex (Rafael Rocha Rodrigues)
Bboy Hk (Matheus Ibiapina da Silva)
Bboy wess (Wesley Gomes)
Bboy Smiglock (Tiago de Souza Melo)
Bboy Tiubrown (José Nicolas Sales Moreira)
Bboy Dim (Gabriel Rosa)
Música DJ Jiabo

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Embaixadores Big Bang 2023
João Estrada
O projeto Embaixadores Big Bang é uma iniciativa que tem integrado todas as
edições do festival Big Bang desde 2015, tanto em Lisboa como pela Europa fora.
Nesta iniciativa, convidamos crianças a integrar as equipas de comunicação de cada
instituição e agir como equipa de reportagem do festival.

Embaixadores 2023:
Bartolomeu Costa, Gabriel Barahona, Gaspar Teigas, Maria Carolina
Ferreira, Laura Santos, Rita Sá Pires, Vicente Salgado, Mariana cruz

8 nov, 6 dez 2023


10 jan, 28 fev, 13 mar, 10 abr, 8 mai, 5 jun 2024
O Espectador Emancipado
Clube de Jovens
Quarta-feira, Fábrica das Artes, 16h30 às 18h, 15 aos 23 Anos

Ser Espectador Emancipado é escolher por si próprio os espetáculos que te


levarão a construir o teu projeto cultural pessoal autónomo. É abrir uma porta
para encontros com as artes enquanto moldura para sentir e pensar o mundo e o
nosso lugar nele. Para percorrermos estes arcos de transição na programação do
CCB e desenharmos juntos este clube de jovens, Fábrica das Artes do CCB convidou
um conjunto de artistas para realizar plenários de divulgação, debates temáticos
e oficinas de experimentação a partir dos materiais dos espetáculos que serão
apresentados nas nossas salas.
Pertencer a este clube é aproximar-te dos artistas e a sua arte; é dialogar sobre as
suas linguagens e vocabulários; é participar em processos criativos; é conhecer
melhor os bastidores; é interrogar sobre seus processos - os seus modos de imaginar,
inspirar, pesquisar, criar, construir, experimentar, escolher; é pertencer a um
lugar; é ter voz. Pertencendo a este Clube de Jovens, tens acesso a um conjunto de
atividades culturais e artísticas a preços com desconto e assumes o compromisso de
participar nos encontros do clube na primeira quarta-feira de cada mês.

Espetáculos fim de semana para a temporada de 2023/2024


Compra o teu bilhete de Espectador Emancipado com desconto especial para os
seguintes espetáculos:

Bora lá Laborar
Um Mini Museu Vivo
Rádio Benjamim
Quanto Vale a Liberdade
Mundo Oco
Batalha
Descobri-quê

Encontros à quarta-feira - Espectador Emancipado - Clube de jovens com


inscrição prévia.

Espetáculos
Quanto vale a Liberdade? — Dramaturgias da Revolução
Para celebrar o 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, a Fábrica das Artes convida
todas as infâncias a percorrer os caminhos da Liberdade para ficarmos a conhecer
melhor a paisagem. O que é, como se parece, quanto vale a Liberdade? Através de
uma instalação permanente que pode ser experimentada por todos os públicos na
Fábrica das Artes entre Abril e Julho, e de um conjunto de cinco solos criados por

64
cinco atores e atrizes, lançamos a pergunta ao público para celebrar a democracia e
manter viva a pergunta deste encontro: será que lhe sabemos responder?

Quanto vale a Liberdade? — Dramaturgias da Revolução


Sessões especiais de abertura da instalação com apontamentos dos cinco performers

19 e 25 abr 2024
Fábrica das Artes, Sexta, feira, 18h00
Quarta-feira, às 11h00
Faixa etária – dos 3 aos 10 anos

Uma acontece no dia 19 de abril, ainda durante a ditadura e a outra, dia 25 de abril,
o dia em que nos libertamos dela. Só nestes dois dias nos poderemos encontrar, ao
mesmo tempo, com a instalação “engenho - engenhoca que é uma maquineta da
Liberdade” e os cinco performers que dão voz aos desdobramentos desta temática.

25 abr a 30 jun, 10 a 31 jul, 4 a 29 set 2024


Quanto vale a Liberdade? — Instalação Jogo
Fábrica das Artes, quarta-feira a domingo, 10h00 às 13h00 + 14h30 às 17h30, M/3

Construída por Luís Santos, esta instalação é uma máquina/jogo de revoluções. Nela
poderemos reconhecer metáforas para as estruturas que formam a nossa Sociedade:
como estamos ligados uns aos outros e nos influenciamos e o sobre papel único que
cada um de nós tem.
Inspirado pelo mecanismo do relógio, e pela diversidade de propostas de toda a
equipa artística, o cenógrafo cria este invento; um engenho - engenhoca que é uma
maquineta, que é uma nave, que é um veículo para descobrir e para expressar a
Liberdade. No decorrer do processo criativo, contamos com alunos do curso de
relojoaria do Centro de Educação e Desenvolvimento de Pina Manique da Casa Pia
de Lisboa, como parceiros de trabalho.

A música original de Leonardo Outeiro é parte integrante desta máquina de


revoluções, que pode ser visitada e experimentada a sós, em grupo, ou ainda revelada
através dos solos que os atores e as atrizes nos propõem ao longo dos meses.

E a Liberdade? Será que podemos medi-la, pesá-la, cheirá-la, escutá-la? Quem sabe,
até tocá-la?

7 mai a 9 jun
A mesma inquietação — 5 performances
A partir dos 3 anos

André Pardal, Bernardo Souto, David dos Santos, Inês Minor e Nádia Yracema
apresentam-nos diferentes caminhos para responder à interrogação “Quanto vale a
Liberdade?”. Cinco propostas artísticas que se dirigem ao público entre os 3 e os 10
anos para celebrar as cinco décadas da democracia portuguesa. Estes solos estreiam
em abril e cada um terá uma curta carreira na Fábrica das Artes, entre as sessões
especiais de abertura e os meses do verão. Independentes entre si, a cenografia
e a música serão os elementos que unem cada um destes caminhos, que, sendo
diferentes, partilham a mesma inquietação – afinal, quanto vale a Liberdade?

Solo 1: 7 a 12 de maio – Nádia Yracema (+ 8 anos)


Solo 2: 14 a 19 de maio – Bernardo Souto (+ 6 anos)
Solo 3: 21 a 26 de maio – Inês Minor (+ 8 anos)
Solo 4: 28 de maio a 2 de junho – David dos Santos (+ 5 anos)
Solo 5: 4 a 9 de junho – André Pardal (+ 3 anos)

Direção artística Guilherme Gomes e Tânia Guerreiro


Cenografia Luís Santos

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Música e espaço sonoro Leonardo Outeiro
Performers André Pardal, Bernardo Souto, David dos Santos, Inês Minor,
Nádia Yracema
Produção CRETA – laboratório de criação teatral, em coprodução com a
Fábrica das Artes

10 a 12 nov 2023
Bora Lá Laborar
Teatro de Ferro
Espetáculo + conversa
10 nov - Pequeno Auditório - 10 às 11h e 14h30
11 nov, 19h00, 12 nov, 16h, M/12 - 80 minutos
Afinal, para que é que trabalhamos? Para que serve o trabalho? Porque que é
que, para a maioria das pessoas, a vida se organiza à volta do trabalho? Estas
interrogações podem interpelar qualquer pessoa, mas desassossegam-nos mais
em certas fases da vida. Por isso, dedicamos este espetáculo a todas e a todos os
que poderão estar a viver um desses momentos. Construtor da subjetividade e
organizador da sociedade, o trabalho ocupa um lugar central no mundo humano.
Este nosso labor é feito de ideias, de danças, de músicas, de palavras, de canções, de
corpos, de máquinas e de tantas outras coisas. Bora Lá Laborar?
Encenação, cenografia e dramaturgia Igor Gandra
Assistência de encenação Carla Veloso
Letra das canções António Gil
Música Fernando Rodrigues
Interpretação Carla Veloso, Catarina Chora, Eduardo Mendes,
Igor Gandra, Mariana Lamego
Realização plástica Eduardo Mendes
Vídeo LoTA Gandra
Desenho de luz Mariana Figueroa
Figurinos Marta Figueroa
Fotografia de cena Susana Neves
Oficina de construção Eduardo Mendes, Hernâni Miranda, Igor Gandra,
Carla Veloso, Catarina Chora, Mariana Lamego
Participantes no Laboratório Bora Lá Laborar!: Jaime Gamboa, Laura Silva,
Miguel Oliveira e Isabela Martins
Agradecimentos Ana Lúcia Figueiredo
Produção Teatro de Ferro 2023
Coprodução Fábrica das Artes- Centro Cultural de Belém, Fundação
Lapa do Lobo, Teatro Aveirense, Teatro Municipal da Guarda, Teatro
Municipal de Faro
O Teatro de Ferro é uma estrutura financiada pela Républica Portuguesa-Cultura,
Direção-Geral das Artes

28 fev a 3 mar 2024


Um mini museu vivo de memórias do Portugal recente
Teatro do Vestido
Espetáculo + Conversa - Reposição
28, 29 fev + 1 mar – Pequeno Auditório – 10h30 – ESCOLAS
2 + 3 mar, 16h00 – FAMÍLIAS
M/12 – 2º, 3º ciclos e secundário, 1h45 + 45 min de conversa

Baús e arquivos abertos no ano em que se comemora o 50º aniversário do 25 de


Abril, o “dia inicial, inteiro e limpo,” encontramos neste Mini Museu um conjunto
de histórias de pessoas comuns que não foram fixadas nos manuais de história tal
como ela é ensinada nas escolas. Os pequenos objetos, as fotografias de família,
um velho livro de uma biblioteca pessoal, um recorte de jornal guardado entre as
páginas de um diário – testemunhas de outras formas possíveis de lembrar e contar
estes relatos. Uma viagem cronológica pela história do século XX em Portugal e que
começa com a descoberta de uma caixa cheia de panfletos e evidências de um conjunto
de utopias hoje caídas em desuso. Para esta nova versão de 2024 Dúnia Semedo partilha

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o laboratório de memórias com Joana Craveiro, escavando mais a fundo pedaços da
história colonial portuguesa e memórias de Cabo Verde e da sua luta de libertação.
Concepção, texto, espaço cénico e direcção Joana Craveiro
Interpretação Dúnia Semedo, Joana Craveiro
Colaboração criativa Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Tânia
Guerreiro e Rosinda Costa (na versão de 2017)
Desenho de luz João Cachulo
Operação de som a designar
Direcção de produção Alaíde Costa
Assistência de produção Rita Conde
Coprodução Teatro do Vestido e Centro Cultural de Belém / Fábrica das Artes
Um Mini Museu Vivo foi criado originalmente a convite do CCB/Fábrica das
Artes em 2017, inserido no ciclo ‘Memórias de Intenção Política.’
O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa - Cultura | DGARTES,
para o biénio 2023-2024.

13 a 15, 16 e 17 mar 2024


Rádio Benjamin
Guilherme Gomes / Teatro da Cidade
Espetáculo + conversa - Estreia
13 a 15 mar – Black Box – 11h00 – ESCOLAS
16 E 17 mar – Black Box – 16H00 - FAMÍLIAS
M/6 - 90 minutos

Em casa, quando nos julgamos sozinhos, ouvimos as gravações antigas e começamos


a imaginar que estamos lá, onde a gravação se passa. Então, as personagens
começam a parecer-nos reais. O mundo transforma-se, e é difícil regressar
totalmente ao que ele era antes deste exercício de imaginação.
Este espetáculo convida os espectadores a refletir sobre como se contam as histórias
da sua vida/infância e a importância política da imaginação - encarando os seus
impactos no mundo real. Pretende lembrar que todos somos leitores e criadores de
narrativas. Inspirado em textos de Walter Benjamin e Samuel Beckett, escrito por
Guilherme Gomes para três intérpretes e um gravador, “Rádio Benjamim”
mostra-nos como “contar histórias é uma arte e criar narrativas uma ferramenta.”
Texto e encenação Guilherme Gomes (a partir de Walter Benjamin)
Interpretação Nídia Roque, Bernardo Souto, João Reixa
Música Dennis Xavier
Cenografia a definir
Luz Rui Seabra
Coprodução Teatro da Cidade e Fábrica das Artes/CCB

11 a 14 abr 2024
Mundo Oco
Rosinda Costa / Mãosimmão - Ac
Espetáculo + Conversa - Estreia
11 e 12 abr – Black Box - 11h00 (escolas) / 13 abr – Black Box - 19h00
14 abr – Black Box - 16h00
M/12 - 2º, 3º ciclos — 90 min (70 min + 20 min conversa)
“Tem quinhentos anos que os índios estão resistindo, eu estou preocupado é com os
brancos, como que vão fazer para escapar dessa.”
(Ailton Krenak)
Mundo Oco é um espetáculo de teatro a solo que está alicerçado numa pesquisa de
fundo sobre ecologia e esquecimento. Não se trata tão só de preocupação ambiental,
mas de pós-ocupação ambiental, ou seja, o que está e que é depois do desastre.
Rosinda Costa conta a história da morte do rio Doce e realça o desastre em Mariana
como um ícone catastrófico da nossa era contemporânea transformando-o num
catalisador de reflexão sobre o futuro da relação (física e espiritual) homem-planeta.

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Criação, dramaturgia e interpretação Rosinda Costa
Assistência de encenação Rui M. Silva
Apoio à dramaturgia Ailton Krenak, Eduardo Marinho e Piatan Lube
Moreira
Música e espaço sonoro Tiago Cerqueira
Cenografia e figurinos Hugo F. Matos
Assistência de cenografia Nelson Soares
Desenho de luz e direcção técnica Margarida Moreira
Administração e produção MãoSimMão Associação Cultural
Co-produção Fábrica das Artes CCB, Festival É-Aqui-In-Ócio Varazim Teatro
Residência artísticas Polo Cultural Gaivotas | Boavista, Murta 11
transdisciplinary art lab.
Apoio República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

18 a 21 abr 2024
Batalha
Lama Teatro / TDMII | Odisseia Nacional
Espetáculo + Conversa
18 e 19 abr – Black Box - 11h00 (escolas)
20 abr – Black Box - 19h00 / 21 abr – Black Box - 16h00
M/12 – 2º e 3 º ciclos, 60 minutos + conversa

Texto Sandro William Junqueira


Encenação João de Brito / Teatro Lama
Numa manhã de primavera, na praia do Guincho, o Presidente da República
Portuguesa, tem uma ideia que pode mudar a vida de alguns jovens. Reúne todas
as turmas das escolas secundárias do país numa tômbola e tira uma à sorte. Nesse
mesmo dia, comunica ao país o sorteio que realizou e revela quem foi a contemplada.
A turma X, da Escola Y, da cidade W foi seleccionada para representar Portugal.
A ideia é que esta turma seja responsável por contar a história de Portugal,
numa transmissão mundial (streaming). “Têm três semanas para preparar a
apresentação”, afirma o presidente.

A turma X, da Escola Y, da cidade W, decide arregaçar as mangas e, juntamente com


a professora de História, começam a ensaiar para preparar a sua versão dos factos.
Esta turma, tal como tantas outras, tem muitos jovens, oriundos de vários locais, com
diferentes formas de estar e alguns deles encaixam-se em estereótipos definidos pela
sociedade. A ideia é que todos contribuam, realçando o trabalho da turma enquanto
todo, e a importância do trabalho elaborado em sala de aula, entre matéria e valências
dos alunos, promovendo a inclusão e a participação, independentemente do género,
deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição económica ou outra. A ação do
espectáculo começa precisamente no anúncio feito pelo Presidente da República,
seguida da reação da turma à notícia e os consequentes preparativos e ensaios.
Encenação e dramaturgia João de Brito
Texto Sandro William Junqueira
com Joana Bárcia, João de Brito e seis jovens escolhidos em audição
Desenho de luz Jorge Ribeiro
Cenografia Henrique Ralheta
Sonoplastia Noiserv
Figurinos José António Tenente
Assistência de encenação Inês Ferreira da Silva
Aconselhamento hip hop e apoio à dramaturgia Sir Scratch
Direção técnica Fábio Ventura / Show Ventura
Direção executiva e de produção Sandro Benrós
Produção LAMA Teatro
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Teat
Coprodução LAMA Teatro, Teatro Nacional D. Maria II
e Teatro das Figuras inserido na Odisseia Nacional
Apoio institucional Município de Faro
Estrutura financiada pela Dgartes/República Portuguesa

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8 a 12 mai 2024
descobri-quê?
Cátia Pinheiro, Dori Nigro, José Nunes
Estrutura / TDMII | Odisseia Nacional
Espetáculo + conversa
8 e 9 mai - Black Box - 10h00 + 14h30 (Escolas)
10 mai – Black Box - 14h30 + 19h00 (Escolas)
11 mai – Black Box - 19h00 / 12 mai – Black Box - 16h00
10 aos 15 anos - 2º e 3º ciclos
50min + 30 min conversa (aprox.)
descobri-quê? é um espetáculo que pretende contribuir para a descolonização –
enquanto gesto inacabado, portanto constante e continuado – do ensino do período
histórico designado como “descobrimentos”, quebrando uma série de narrativas
oficiais que romantizam esta época e procurando uma confrontação com o passado
invasor, expansionista e colonialista português.

Este espetáculo é orientado para um público juvenil e resulta da colaboração dos


criadores da Estrutura (Cátia Pinheiro e José Nunes) com o artista, performer e
arte-educador Dori Nigro. Paralelamente, serão desenvolvidas ações de formação
para as escolas e para o público em geral.

descobri-quê? é uma produção da Estrutura em coprodução como o Teatro Nacional


Dona Maria II e o Teatro Académico Gil Vicente e estreará em Março de 2023, no
âmbito do programa Odisseia Nacional.
Criação Cátia Pinheiro, Dori Nigro e José Nunes
Interpretação Joyce Souza, Tiago Jácome e Waldju Kondo
Cenografia Cátia Pinheiro
Figurinos Jordann Santos
Desenho de luz Pedro Nabais
Música e sonoplastia Vasco Zentzua
Vídeo e imagem de divulgação Eddie Oleque Fernandez
Ilustração Mina Velicastelo
Participação em vídeo Bia Ferreira, Cláudia Henriques, Ulé Baldé e Wura Moraes
Assistência de figurinos e cenografia Beatriz Filomeno
Assistência de luz Sara Nogueira
Assistência de vídeo Milton Lopes
Consultoria Cristina Roldão, Melissa Rodrigues e Nuno Coelho
Coordenação de produção Inês Carvalho e Lemos
Produção executiva e comunicação Romana Naruna
Coprodução Estrutura, Teatro Nacional Dona Maria II
e Teatro Académico Gil Vicente
Apoio à residência CRL - Central Elétrica e Teatro Municipal do Porto
Parceiro Media Antena 2
Estreia 17 de Março de 2023, Paredes de Coura

15 jun 2024
Sononautas – criação comunitária para todas as infâncias
Novos Criadores das Infâncias com a Sonoscopia
Sessão de criação aberta – formação
Fábrica das Artes - 15h às 17h30
Para artistas, professores, educadores, mediadores, pais e curiosos
Novos Criadores das Infâncias 2024 com a Sonoscopia – 6ª edição
Sessão Aberta
Abrimos ao público uma sessão de partilha e experimentação em torno dos
processos de criação de Sononautas; a criação de uma escultura sonora/jogo que
integra cinco artistas emergentes das áreas da música, escultura e vídeo arte em
cocriação com a Sonoscopia. Trata-se de um projeto em residência em 5 momentos a
partir de janeiro de 2024, estreia no festival Big Bang em outubro e permanecerá no
espaço da Fábrica das Artes durante o mês de novembro.

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Um objeto. Lá dentro, num labirinto desdobrável de jogos, experiências e engenhos,
somos levados para um universo onde o som também é visível e palpável. Também
o podemos cheirar e até comer, mas melhor do que tudo isto, é poder ser som. E o
poder aqui é de quem constrói este universo, livre e em crescimento. Neste objeto,
que tem muitos outros objetos lá dentro, encontramos pistas que foram deixadas
pelos exploradores deste universo – os Sononautas. Estes seres, ligados entre si
por ondas sonoras, fazem da partilha uma prática elementar, para se relacionarem,
aprenderem e sentirem. Juntos, partimos numa viagem só de ida, em direção ao
infinito. Sononautas é uma criação comunitária para crianças adultas e adultos
que se recusam veementemente a crescer. É concebido através dos ouvidos da
Sonoscopia, que escuta atentamente as intervenções de um conjunto de Sononautas.
Em conjunto, e ao longo de cinco sessões, é construído um objeto que tem tanto de
armário como de nave espacial, e que pode ser transportado para diferentes espaços.
Depois, dele saem várias aventuras – sons nunca antes ouvidos, experiências
sonocientíficas, sinais de rádio pirata ou puzzlepartituras.
Os Sononautas têm vidas infinitas e o poder da transformação. São músicos,
construtores de instrumentos ou cientistas, e podem ser avistados em concertos, a
pilotarem naves-armário ou a recrutarem militantes para as várias causas do som.

Conceção e criação Ana Veloso, Henrique Fernandes e Gustavo Costa


Apoio à criação Vicente Mateus
Jovens Criadores Para a Infância Tiago Mendonça, João Calado,
Guilherme Aguiar, Sofia Sá, Beatriz Costa
Gestão de projecto e produção Patrícia Caveiro
Produção Sonoscopia
Uma encomenda do CCB /Fábrica das Artes

27 abr 2024
Prelúdio para a Liberdade
Companhia da Música
Sessão de criação aberta – formação
Fábrica das Artes - 14h30 às 17h30
Para artistas, professores, educadores, mediadores, pais e curiosos
2h30m / lotação – 20 pessoas

O início de um processo criativo é sempre um momento de efervescência e grande


“liberdade”. A “folha em branco” tem que ficar repleta de ideias (as que se pensam
mas também as que habitam o corpo, as que se ouvem, vêem e sentem) para que
depois o espaço entre elas cresça e dê vez às que querem, ou podem, vir a ser aquilo
que se vê num espectáculo. Juntar pessoas ligadas à educação e à arte à volta de um
“improviso” construído a partir de “materiais de partida” e convidá-las a trazer as
suas próprias memórias e referências (canções, poemas, objectos) para um exercício
de “liberdade criativa” onde se explora o som, o movimento, a palavra, alguns
objetos, é a ideia que se pretende desenvolver com Prelúdio para a Liberdade.
Chamemos-lhe Formação, embora o termo “TransFormação” fosse mais adequado
não só dada a sua natureza “transversal” mas também porque não se pretende “dar
forma” ou “formatar”. Pelo contrário, pretende-se, através da “experiência da arte”,
criar uma “viagem” pelo território da liberdade de criar.

O espetáculo A Liberdade Está A Passar Por Aqui, dirigido a cresces e Jardim de


Infância e aos adultos que as acompanham, estreará no CCB / Fábrica das Artes em
outubro de 2024.

Com Paulo Maria Rodrigues e elementos da equipa criativa da CMT

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20, 21 jan e 3 fev 2024
Receitas para escritores de comédias
Guilherme Gomes / Teatro da Cidade
Oficina
Fábrica das Artes - 15h30 às 17h30, Famílias, 90 minutos

Esta oficina é uma atividade paralela e opcional ao espetáculo Rádio Benjamim do


Teatro da Cidade. Será conduzida pela sua equipa artística, explorando o potencial
da criação de narrativas, em diálogo com os participantes.

Receitas para Escritores de Comédias é o título de um dos textos de Benjamin para


A Hora da Juventude, um dos seus programas de rádio. Esta oficina resultará na
criação de episódios de podcast em que se contam histórias, ou se disserta sobre
a criação de histórias, colocando em diálogo crianças de diferentes contextos, na
criação de uma manta de retalhos radiofónica.

1 a 5 jul 2024
Artes nas Férias do Verão
A LIBERDADE, é um poema?
Oficina em continuidade
Fábrica das Artes - 10h00 às 17h00 (acolhimento a partir das 9h30)
6 aos 10 anos

Durante uma semana vamos percorrer os caminhos criativos que rodeiam a


instalação Quanto vale a liberdade?.
Uma máquina de revoluções que foi criada para comemorar os 50 anos da
democracia portuguesa e que nos propõe infinitas possibilidades de encontro com a
liberdade e as suas múltiplas dimensões.
Serão dias recheados de descoberta, em que através das várias expressões artísticas,
do teatro ao movimento, da música à cenografia, e sempre com muita poesia, cada
um poderá encontrar a sua voz única e a forma de participar nesta incessante busca e
na construção coletiva da liberdade.

Com Guilherme Gomes, Tânia Guerreiro, Luís Santos, André Pardal,


Bernardo Souto, David dos Santos, Inês Minor, Nádia Yracema

Cultura É Educação – CCB/Fábrica das Artes


Cultura É Educação é um programa para quatro anos (2019-2023) que resulta
de uma parceria entre o Agrupamento de Escolas de São Bruno, o CCB/Fábricas das
Artes e o Plano Nacional das Artes.

A partir da programação Fábrica das Artes e envolvendo os seus artistas e


comunidades educativas, o programa foi concebido em três eixos que se interligam -
os planos da fruição de espetáculos, instalações e oficinas, através da experimentação
e reflexão no campo das práticas artísticas no CCB; residências de experimentação
e criação artísticas na escola com artistas e respetivos projetos que integram a
programação FA; e um espaço formativo e de reflexividade entre os profissionais
que aqui se cruzam para, a partir das experiências vividas, explorar mais a dimensão
criativa da construção de conhecimento e a transversalidade disciplinar.
Abrimos nesta temporada um novo ciclo de implementação deste projeto em
diversas escolas e graus de ensino.

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Centro de Arquitetura/Garagem Sul
Mecenas para a Temporada 2022—2024
Fundação Millenium bcp

Exposições

Até 10 set
Sala de Aula, um olhar adolescente
Curadoria Joaquim Moreno

A exposição foi inspirada pela condição difícil de uma geração que teve de
experimentar a transição para a vida adulta durante uma pandemia. Para investigar
os indícios desta mudança em curso, uma série de perguntas foram realizadas: Como
foram projetados e concebidos os espaços escolares? Como foram geradas estas
comunidades de aprendizagem? E como é que o ensino profissional reorganiza as
relações entre trabalho e conhecimento?

Exposição organizada pelo Centro de Arquitetura/Garagem Sul e o Plano


Nacional das Artes, arc en rêve centre d’architecture e Z33 House of
Contemporary Art, Design and Architecture.
Exposição cofinanciada pela União Europeia.

Até 10 set
Escola do Porto Santo: Uma obra de
Raúl Chorão Ramalho
Curadoria Madalena Vidigal e Diogo Amaro

Nos anos de 1960 fez-se uma escola na ilha do Porto Santo que serviu como espaço
de aprendizagem para várias gerações de porto-santenses e, hoje, classificada como
património, acolhe um programa de atividades e residências artísticas que a projeta
no futuro. Esta exposição apresenta o ambiente, a matéria, o habitat e a arquitetura
desta obra singular.

Exposição organizada pelo Centro de Arquitetura/Garagem Sul e a Porta 33

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17 out a 28 abr
Habitar Lisboa
Curadoria Marta Sequeira

Desde 2014, o preço da habitação em Portugal tem vindo a subir mais de 6% por
ano. Lisboa foi o município mais afetado do país, contagiando os concelhos em redor
e empurrando os seus habitantes para fora do centro.
A exposição Habitar Lisboa procura apresentar o estado da arte das operações
arquitetónicas de habitação que têm vindo a ser levadas a cabo em Lisboa ao longo
de 50 anos de democracia, tornar visível a situação atual da habitação na cidade e
apresentar desígnios para o futuro, conjugando ideias e propostas de profissionais
de diversas áreas – da Sociologia, da Geografia, da Paisagem e, sobretudo, da
Arquitectura.

Exposição com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa,


DINÂMIA’CET – Iscte, NOVA IMS, INE e HAGER.

28 mai a 15 set
Hestnes Ferreira: forma, matéria, luz
Curadoria Alexandra Saraiva, Patrícia Bento d’Almeida
e Paulo Tormenta Pinto

Exposição que tenta responder a uma questão: Como compreender e situar a


heterodoxa arquitetura de Raúl Hestnes Ferreira (1931-2018)? A exposição parte
da documentação em arquivo na Fundação Instituto Marques da Silva, com obras
realizadas entre o final dos anos 1960 e a primeira década do século XXI.

Exposição organizada pela Fundação Instituto Marques da Silva

28 mai a 15 set
L’Amour Fou
Arte arquitetura
No momento em que o Centro de Arquitetura/Garagem Sul se transladou para o
Museu de Arte Contemporânea apresentando a exposição de Marina Tabassum,
recebe esta exposição do MAC/CCB, numa troca que afirma a vocação de diálogo
entre tipologias que define a atividade do CCB. Com o título apropriado à novela de
André Breton de 1937 (e ao filme de Jacques Rivette de 1969), a tónica da exposição
são os encontros e a sedução dos artistas visuais pela arquitetura, por vezes também
os seus desencontros.

Curso

26 out, 2, 16 e 23 nov
Histórias Globais da Arquitetura
Por Elisana Sousa Santos

Neste curso serão analisadas várias linhas da historiografia da arquitetura, em que


assistimos à expansão de áreas geográficas, à ampliação de períodos cronológicos e à
multiplicação de vozes autorais.

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Museu CCB

Até 10 set
Um foco em Paula Rego
Concebida em torno da obra O Impostor (1964), recém-adquirida pela Coleção de
Arte Contemporânea do Estado (CACE), esta apresentação inclui igualmente um
conjunto de peças da artista produzidas no mesmo período.

Até 10 set
Fernanda Fragateiro
Em Bruto: Relações Comoventes
Curadoria Alfredo Puente

Partindo de uma estrutura complexa de traves, cavaletes e barrotes que convocam


noções de reconstrução do espaço e da sua reconfiguração, esta exposição de
Fernanda Fragateiro gera uma teia de reflexões sobre o arquitetónico, a cidade, o
espaço e a modernidade.

Exposição produzida pela Fundación Cerezales Antonino y Cinia e pelo


Centro Cultural de Belém

Até 31 dez
Dos Pés à Cabeça
Curadoria Cristina Gameiro

Dos Pés à Cabeça é uma exposição sustentada na representação do corpo nos


diversos suportes artísticos. Pensada especificamente para crianças, mas dirigida a
toda a família, é constituída por obras da Coleção Berardo.

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28 out a 10 mar
Palindroom, 2019
Berlinde de Bruyckere
Berlinde de Bruyckere (n.1964) é uma artista belga que tem desenvolvido um
importante trabalho nos campos da escultura e do desenho. A exposição que
vai apresentar no Museu, para aqui especificamente concebida e a primeira em
contexto museológico da artista em Portugal, centra- -se sobre a figura do anjo
como criatura intermediária, na qual se investem questões contemporâneas de
género, metamorfose e mediação. Ao longo da exposição serão apresentadas duas
performances de Romeu Runa.
Palindroom, 2019
Alt 195 x 286 x 120 cm
Cera, ferro, couro, chumbo, têxtil, epóxi
Foto: Mirjam Devriendt

22 mar a 8 set
Evidence: Soundwalk Collective & Patti Smith
Evidence é uma jornada poética e imersiva através das viagens físicas, sonoras e
visuais do Soundwalk Collective ao entrar em diálogo com as trajetórias poéticas
de Patti Smith. Entre som, filmes, imagens abstratas, objetos e criações recolhidas
ao longo das viagens do coletivo, esta exposição conduz o público por uma vasta
instalação exploratória que une fotos, textos e obras originais de Smith.

18 abr a 22 set
Marina Tabassum: Notícias do Bangladesh
Curadoria Vera Simone Bader e André Tavares

O modo como a arquiteta Marina Tabassum pensa e constrói oferece alternativas à


pressão global dos materiais industriais que resultam na proliferação – fácil e rápida
– de edifícios confusos, impessoais, deslocados e fora de contexto. Dessa prática
resultam obras quem enraízam a arquitetura e uma paleta de materiais que conjuga
o clima com o lugar, a cultura e a história da terra.

Exposição organizada pelo Architekturmuseum der TUM

Exposição permanente
Objeto, Corpo e Espaço
A revisão dos géneros artísticos
a partir da década de 1960
O núcleo contemporâneo da Coleção Berardo inicia-se com obras da década de 1960,
partindo das primeiras experiências minimalistas e conceptualistas. As últimas salas
são dedicadas à pintura e escultura do final do século XX e princípio do século XXI,
com peças de ar tistas que trabalham agora num mundo globalizado e culturalmente
diversificado.

75
Exposição permanente
Coleção Berardo do Primeiro Modernismo às Novas
Vanguardas do Século XX
Curadoria Rita Lougares

O percurso pela Coleção inicia-se no piso 2 do museu com núcleos dedicados às


principais vanguardas históricas da primeira metade do século XX, como o Cubismo,
o Dadaísmo ou o Surrealismo. Seguem-se os movimentos emergentes no pós-guerra,
de que são exemplo o Informalismo, e o Expressionismo Abstrato entre outros.
O Neodadaísmo, o Nouveau Réalisme e os núcleos de Pop Art britânica e norte-
-americana encerram esta primeira parte do percurso.

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Nova Temporada 2023—2024, Um Chão Comum

Descontos habituais Descontos especiais Abertura de Temporada*


50% 50%
Pessoas com necessidades específicas e acompanhante De 22 a 25 de junho 2023: venda com desconto
Profissionais e estudantes da área dos espetáculos * para portadores do Cartão CCB e novas adesões,
Desempregados * limitado a dois bilhetes por espetáculo de produções
e coproduções CCB
30%
Titulares do Cartão CCB
Desconto especial 30 Anos CCB
20%
30%
Maiores de 65 anos
Menores de 30 anos Válido no dia 30 de cada mês, até dezembro 2023
Estudantes Pessoas com 30 anos até 31 dezembro 2023
Grupos + 20 pax

*
Mediante apresentação do comprovativo à entrada

Os descontos apresentados são válidos para a Temporada CCB 2023-2024.


Aplicam-se em bilhetes com valor superior a 12€ referentes a espetáculos e outras atividades culturais de produção e
coprodução CCB. No caso dos portadores do Cartão CCB, os descontos aplicam-se em bilhetes com valor
superior a 8€.
Todos os descontos são aplicáveis quer na Bilheteira física quer na Bilheteira online do CCB. Descontos não
acumuláveis.

A programação da Temporada 2023-2024 pode ser alterada por motivos imprevistos.


Consulte sempre a programação atualizada em ccb.pt.

77
TEMPORADA UM CHÃO COMUM 2023 — 2024

APO IO I NSTITUCI O N AL PA RCEI RO I NSTITU CI O NA L PA RCEI RO M ED I A PA R A P ROJETO C CB - CI DA D E D I G ITA L


A TEMPO R A DA 20 2 3/20 24 C OF I N A N CI A D O POR

EMPRESAS CCB

M ECEN A S G A R AG EM S UL

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