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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O papel da tecnologia da informação e comunicação na transformação de aula


presencial e virtual
Silvano Jaime Rodrigues Isac Código: 708214133

Licenciatura em ensino
De história

Didáctica da historiaIII
4°Ano

cuamba , 2024

1
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Metodologia.....................................................................................................................................3

A implementação das tecnologias no contexto educacional............................................................4

O papel da tecnologia de informação e de comunicação na aula presencial e virtual.....................5

O uso dos recursos tecnológicos na sala de aula.............................................................................6

Impacto das tecnologias de informação no processo educacional...................................................7

Analise das percepções dos professores e atitudes dos professores em relação o uso das
tecnologias de informação e comunicação na sala de aula..............................................................8

Política de Tecnologias de Informação e Comunicação no âmbito da Educação.........................10

Abordagens pedagógicas para o uso da Internet no ensino a distância.........................................11

EaD e sua organização...................................................................................................................12

Conclusão......................................................................................................................................13

Referências bibliográficas.............................................................................................................14

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Introdução

O presente trabalho tem como tema: o papel da tecnologia de informação e comunicação na


transformação da aula presencial e virtual, Na actualidade, muito se fala em Educação a
Distância (EAD), novas metodologias A EAD, apesar de não ser um termo recente, nos últimos
anos ganhou força em virtude do uso das TIC, as quais possibilitam a alunos de diversas partes
do mundo realizarem seus estudos recorrendo à internet, fazendo uso de seus computadores,
tablets, smartphones etc. de aprendizagem, Assim as inovações tecnológicas, especialmente as
tecnologias de informação e comunicação, também chamada de tecnologia digital, inserem-se no
quotidiano de quase todos os sectores de actividade, evidenciando novas maneiras de se
comunicar, trabalhar e produzir conhecimento, o que provocam transformações radicais nas
concepções de ciência, sociedade e educação

Metodologia
Neste trabalho optou-se por um estudo bibliográfico, que, é uma pesquisa elaborada a partir de
materiais que já foram publicados, tais como livros, revistas, artigos, entre outros. Os dados
obtidos a partir de livros e artigos foram analisados e por isso consta nas referências
bibliográficas

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A implementação das tecnologias no contexto educacional
Revendo a história da inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação na
educação pública, pode-se notar que esta já passou por várias fases. Segundo Almeida (2001),
por volta dos anos 90 (noventa), a primeira versão do Programa Nacional de Informática em
Educação visava à preparação de professores para o uso da informática com seus estudantes e a
criação de centros de informática educativa, localizados nas Secretarias Estaduais de Educação,
que eram responsáveis pela preparação de professores e pelo atendimento aos educandos de
escolas públicas no que diz respeito ao uso do computador. Esse programa apenas formou
professores em pequena escala e não conseguiu chegar à sala de aula. Já, um programa mais
recente do MEC, ProInfo, que se desenvolve por meio de parceria com as Secretarias Estaduais
de Educação, começa a concretizar o uso da TIC, ao inserir o computador na escola para ser
incorporado à prática pedagógica de diferentes áreas de conhecimento, favorecendo a
aprendizagem do aluno. Esse programa prioriza a formação de professores e educadores em um
processo que integra o domínio da tecnologia, teorias educacionais e prática pedagógica com o
uso dessa tecnologia (Almeida, 2003). , destaca que:
[..] dentre as razões oficiais para a implantação dos computadores nas escolas, a
aproximação da escola dos avanços da sociedade no que se refere ao armazenamento, à
transformação, à produção e à transmissão de informações, favorecendo a diminuição da
lacuna existente entre o mundo da escola e a vida do aluno – o que diminuiria também
"[...] as diferenças de oportunidade entre a escola pública e a particular, cada vez mais
informatizada." Por outro lado, ela ressalta que "[...] pouco se discute quais os modos de
informatização que estão sendo trabalhados e com que finalidade."( p. 51).

O desenvolvimento da sociedade depende, hoje, da capacidade de gerar, transmitir, processar,


armazenar e recuperar informações de forma eficiente. Por isso, a escola precisa ter
oportunidades de acesso a esses instrumentos e adquirir capacidade para produzir e desenvolver
conhecimentos utilizando a TIC. As tecnologias ampliam as possibilidades do professor ensinar
e do aluno aprender. Verifica-se que quando utilizadas adequadamente, auxiliam no processo
educacional. Libâneo (2007, p.309) afirma que: “o grande objectivo das escolas é a
aprendizagem dos alunos, e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade
dessa aprendizagem”. Para as escolas e educadores, a necessidade criada pelo uso da TIC, é
saber como aplicar todo o potencial existente no sistema educacional, especialmente nos seus
componentes pedagógicos e processos de ensino e de aprendizagem. Moran discute que, “ensinar

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com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas
convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário,
conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial”. (Moran, 2000, p. 63)

O papel da tecnologia de informação e de comunicação na aula presencial e virtual


No ensino, as TIC também poderão ter um papel importante, no que diz respeito à flexibilização
de alguns processos (Collis & Moonen, 2001), permitindo que se fale num ensino baseado na
metáfora da rede, como propõe autores acima que, em vez de valorizar o individualismo, a
ausência de contexto, a rotina, a mecanização, a passividade, valoriza a comunidade, a
interacção, os contextos, os processos orgânicos, a geometria variável, a complexidade, fluxo, a
mudança.

Para Moran (2005) as tecnologias podem contribuir de várias formas para que o processo de
ensino e de aprendizagem tendo em vista que se constituem em recursos eficientes para tornar as
metodologias mais dinâmicas, eficazes, promovendo uma aprendizagem envolvente e prazerosa.
Assim, é importante destacar que as aulas, as pesquisas de campo, os trabalhos de laboratórios,
as consultas na web, os diferentes recursos mediáticos são ferramentas importantes, mas não
deixam de serem recursos que devem ser utilizados de modo consciente e reflexivo pelo
professor e pelos alunos. Ora é de salientar que TIC tem um papel importante neste projecto de
desenvolvimento curricular. Ao permitirem a troca de informação e acesso a documentos foram
um factor facilitador dos trabalhos deste grupo de professores. O correio electrónico foi o meio
de comunicação mais utilizado, sobretudo na comunicação entre os elementos dos pequenos
grupos, enquanto que a plataforma foi mais encarada como reportório de informação do que
como meio de comunicação tendo-se registado uma utilização moderada das ferramentas
concebidas para facilitar a comunicação. A organização dos participantes em pequenos grupos
facilitou a integração de professores com menor acesso às tecnologias uma vez que esse acesso
podia ser mediado por outro elemento com quem trabalhavam em parceria.

Hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa


em giz e quadro negro, ou mesmo, livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como
currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção concentra-se no
computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as tecnologias mais recentes. E
5
especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet, computadores raramente são
vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede. A fala humana, a escrita e
conseqüentemente, aulas, livros e revistas, currículos e programas, são tecnologias, e muitos
educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade
com essas tecnologias que as torna transparentes a eles.

Pode-se utilizar as tecnologias de informação e comunicação para diversas finalidades


educativas. De acordo com Demo (2008), o uso das TICs, pode ser usado:

 Como fim, que se refere ao aprender sobre a tecnologia, em que o aluno entra em contato
com ela para entendê-la e dominá-la.

 Como ferramenta, que se refere ao uso por professores e alunos para apoio aos seus
próprios trabalhos.

 Como meio, que se refere ao aprender da tecnologia e ao aprender com a tecnologia. O


aprender da tecnologia trabalha com a ideia de que a tecnologia possui o conhecimento
e, que o aprendiz precisa utilizar a mesma como fonte de conhecimento.

As tecnologias digitais podem ser interpretadas como um dispositivo de agravamento de algumas


formas de desigualdade. Ou, apostando no seu potencial para correção de desigualdades, como
mecanismo de inclusão social, humano e digital. Por isso, trata-se de uma questão de opção, uma
escolha que não é determinada apenas pela tecnologia, mas por estrutura, organização, formação
e política educacional; Assim dando o espaço virtual, os computadores e dispositivos eletrônicos
móveis passam a fazer parte de nossas vidas e fzeram surgir uma cultura da conectividade – a
cibercultura. A cibercultura pode ser a articulação entre cultura, tecnologia e sociedade. Ou seja,
valores pensamentos, comportamentos e práticas sociais que operam nas redes sociais/
ciberespaços. O ciberespaço é o ambiente desta socialização e interação, um espaço virtual de
trocas de informação imbricado na vida cotidiana. É um novo modelo digital de comunicação, ou
seja, uma rede social aberta de comunicação;

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O uso dos recursos tecnológicos na sala de aula
A inserção dos recursos tecnológicos na sala de aula requer um planejamento de como introduzir
adequadamente as TICs para facilitar o processo didático-pedagógico da escola, buscando
aprendizagens significativas e a melhoria dos indicadores de desempenho do sistema educacional
como um todo, onde as tecnologias sejam empregadas de forma eficiente e eficaz. A partir das
concepções que os alunos têm sobre as tecnologias, sugere-se que as instituições educacionais
elaborarem, desenvolvam e avaliem práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de
uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos.

Para Moraes, (1997). “o simples acesso à tecnologia, em si, não é o aspecto mais importante,
mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas sociais a partir do
uso dessas novas ferramentas”. É preciso conhecer e saber incorporar as diferentes ferramentas
computacionais na educação.

Masetto (2000, p. 140), afirma, sobre o processo de ensino e de aprendizagem: “considero haver
uma grande diferença entre o processo de ensino e o processo de aprendizagem quanto as suas
finalidades e à sua abrangência, embora admita que é possível se pensar num processo
interactivo de ensino- aprendizagem”. As mídias integradas em sala de aula passam a exercer um
papel importante no trabalho dos educadores, se tornando um novo desafio, que podem ou não

produzir os resultados esperados. Demo (2008), sobre as Tecnologias de Informação e


Comunicação, aponta: “Toda proposta que investe na introdução das TICs na escola só pode dar
certo passando pelas mãos dos professores. O que transforma tecnologia em aprendizagem, não é
a máquina, o programa eletrônico, o software, mas o professor, em especial em sua condição
socrática. Devemos considerar como ideal um ensino usando diversos meios, um ensino no qual
todos os meios deveriam ter oportunidade, desde os mais modestos até os mais elaborados: desde
o quadro, os mapas e as transparências de retroprojetor até as antenas de satélite de televisão. Ali
deveriam ter oportunidade também todas as linguagens: desde a palavra falada e escrita até as
imagens e sons, passando pelas linguagens matemáticas, gestuais e simbólicas. (Demo, 2008, p.
136). A tecnologia educacional está presente nas escolas para melhoria do processo ensino
aprendizagem.

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Impacto das tecnologias de informação no processo educacional
As tecnologia que pode nos transformar e ajudar-nos em busca do conhecimento, também pode
nos sobrecarregar a ponto de não conseguirmos trabalhar com tantas informações obtidas ao
mesmo tempo. Por isso não se descarta a presença de um professor, seja presencial ou a
distância, tendo em vista que este tem o papel de guia do aprendiz.

Quando se usa tecnologia em sala de aula, nivelar o aprendizado entre todos os alunos pode ser
mais simples. Ao respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um, o professor pode oferecer uma
aula na qual o aluno participa ativamente: Essas novas tecnologias trouxeram grande impacto
sobre a Educação, criando novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e
especialmente, novas relações entre professor e aluno. Existe hoje grande preocupação com a
melhoria da escola, expressa, sobretudo, nos resultados de aprendizagem dos seus alunos. Estar
informado é um dos fatores primordiais nesse contexto. Assim sendo, as escolas não podem
permanecer alheias ao processo de desenvolvimento tecnológico ou à pena de perder-se em meio
a todo este processo de reestruturação educacional. por um lado o uso das novas tecnologias tem
seus méritos, o acesso à todas estas ferramentas, conteúdos digitais e os diversos recursos que as
novas tecnologias proporcionam ainda se revela uma tarefa desafiadora: Quanto mais avança a
tecnologia, mais se torna importante termos educadores maduros intelectual e emocionalmente,
pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais
valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos (Moran, 2005, p.12).

Analise das percepções dos professores e atitudes dos professores em relação o uso das
tecnologias de informação e comunicação na sala de aula
Santos et al, ( 2010) afirma que o desenvolvimento das novas tecnologias na sala de aula não
diminui o papel dos educadores, pelo contrário, ele deixa de ser o transmissor do saber,
tornando-se um elemento do conjunto, organizando o saber coletivo.

Ora Uma peça de giz e quadro-negro ou mesmo um galho e um chão de areia são ferramentas
nas mãos de um mestre tais educadores podem ser professores da escola primária, instrutores
militares, idosos de uma tribo ou educadores de outdoors usando suas ferramentas para ensinar
um aspecto de sua cultura aos aprendizes. De modo similar, equipamentos de videoconferência
ou computadores pessoais podem ser usados como ferramentas educacionais por educadores que
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saibam (a tecnologia de) como usá-las para propósitos pedagógicos. Ferramentas e tecnologias
são tão fundamentais para educação que é difícil imaginá-la sem eles; especialmente os sons e
símbolos como ferramentas, e a escrita e a linguagem como tecnologias. Em uma conjuntura
ladeada de perspectivas positivas por parte dos docentes e discentes no uso das TIC estabelece-se
uma concordância com a visão de Lévy (2000), quando comenta:
A tecnologia não é boa nem má, dependendo das situações, usos e pontos de vista, e
“tampouco neutra, já que é condicionante ou restritiva, já que de um lado abre e de outro
fecha o espectro de possibilidades”. Não se trata de avaliar seus impactos, mas de situar
possibilidades de uso, embora, “enquanto discutimos possíveis usos de uma dada
tecnologia, algumas formas de usar já se impuseram”, tal a velocidade e renovação com
que se apresentam (p. 26).
Em relação às possibilidades de uso da tecnologia da informação e comunicação, portanto, deve-
se lembrar de que alguns contextos, como sociais, culturais e financeiros, estão relacionados
entre o usuário e a tecnologia, no sentido de limitar ou ampliar as relações com as TIC na escola.
Sendo o professor e o aluno usuários dessas TIC, pode-se perceber que muitas escolas, em
especial as escolas da rede pública, ainda não estão preparadas para incorporar diferentes formas
de aprendizagem por meio dessas tecnologias, pois se faz referência, nesses casos, a educadores,
educandos, coordenadores e diretores dessas escolas que podem ser considerados apenas
telespectadores da tecnologia e não disseminadores de conhecimento por meio dela. Assim o
professor deve apresentar as seguintes características :

 O professor deve ser um líder

o professor deve conhecer a TIC inserida para transmitir o conhecimento de um determinado


conteúdo. Ele deve agir estrategicamente e buscar junto aos estudantes soluções colaborativas e
que permitam a participação deles. É necessário lembrar que ser um líder também requer ser
aprendiz.

 O professor deve planejar

o docente deve conhecer seus conteúdos programáticos e planejar o uso das TIC em relação a
eles. De nada adianta utilizar uma TIC sem o planejamento adequado, pois a intenção de uma
ferramenta como esta é auxiliar o professor no processo ensino-aprendizagem e não torná-la um
recurso isolado para ajudar o docente, quando este não possui suas aulas previamente preparadas.

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 O professor deve gerenciar o tempo
muitos usuários acreditaram que as TIC poderiam realizar a demissão de diversos trabalhadores.
Pode-se dizer, nesse sentido, que essa informação é um conceito intangível e inadequado. O
professor deve conhecer o momento certo de trazer para o ambiente escolar a relação entre a
teoria e a prática, e nada mais concreto do que gerenciar o fator tempo para essa finalidade.
Impor a condição de que a TIC é uma forma de aprendizado rápida, é um conceito errôneo, pois
mesmo com a inserção da tecnologia, o tempo de aprendizado é relevante para que o docente
ensine e o aluno aprenda o conteúdo.

 O professor deve harmonizar os conteúdos e as tecnologias


em um ambiente, o docente deve ser o responsável pela escolha das tecnologias com que irá
trabalhar no processo ensino-aprendizagem. Para isso, é preciso que o professor conheça as TIC
disponíveis na escola em que se insere e, dessa forma, saiba utilizá-las de acordo com os
conteúdos ministrados por ele em sala de aula.
 O professor deve fazer a avaliação
o propósito da avaliação com o uso da TIC deixa de ser aquele que está apenas no papel. Com o
uso da tecnologia, os processos de interação e a construção do conhecimento por parte do aluno
permitem que esse construa suas habilidades e demonstre competências de acordo com a
evolução do aprendizado.

Política de Tecnologias de Informação e Comunicação no âmbito da Educação


A criação da Comissão de Política de Informação pelo Decreto Presidencial n. 2/98
(Moçambique, 1998) pode ser considerada como o compromisso do governo moçambicano para
a criação da governança eletrônica. Portanto, a constituição do comitê mostra a consciência do
governo sobre a importância das TICs, especialmente a importância do uso de
computadores/Internet na gestão dos assuntos públicos, o que demonstra o seu compromisso
com a governança eletrônica. Fato que sensibilizou as pessoas para as oportunidades de uso
eficaz de tecnologia, da informação e de intercâmbios que proporcionam condições para
melhorar a governança usando computador/Internet. Outro marco importante ocorreu em 2002,

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quando foi aprovada a “Estratégia de Implementação da Política de Informática”, que incidiu
sobre a contribuição que a informática pode dar para a redução da pobreza absoluta no país. O
primeiro serviço de Internet em Moçambique teve início em 1993 e era fornecido pelo Centro de
Informática da Universidade Eduardo Mondlane. Simultaneamente houve o estabelecimento do
Ministério da Ciência e Tecnologia do Ensino Superior, em 2000, e a renovação das leis do
Ensino Superior de Moçambique, em 2003. Nesta época foram introduzidas políticas de Ciência
e Tecnologia, atividades de divulgação e produção com base na Educação e investigação. Em
2005 foi instituído o Ministério da Ciência e Tecnologia, que dá mais atenção ao componente
ciência e tecnologia para o desenvolvimento. Dado que o país não dispõe de capital financeiro e
humano para a criação de tecnologia, a Política de Ciência e Tecnologia explica que é necessário
“apoiar a transferência de tecnologia e inovação tecnológica, o que terá impacto no setor
produtivo e nas comunidades a um custo acessível e com garantia de qualidade” (Moran, 2011,
p. 57). O uso de TICs no subsistema educacional foi considerado uma ferramenta básica para o
desenvolvimento do país. Esse fato motivou a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia
para formular políticas para esse departamento e desenvolver meios adequados para avaliar e
monitorar o desenvolvimento da ciência e tecnologia (Moran, 2011).

Abordagens pedagógicas para o uso da Internet no ensino a distância


De acordo com Prado e Valente (2002), as abordagens de EAD por meio da Internet podem ser
de três tipos: broadcast, virtualização da sala de aula presencial, ou estar junto virtual. Na
abordagem denominada broadcast, a tecnologia computacional é aplicada para ''entregar a
informação ao aluno'' da mesma forma que ocorre com o uso das tecnologias tradicionais de
comunicação, como o rádio e a televisão. Sob essa abordagem, Versuti (2006) destaca que a
experiência com a broadcast já não atende às expectativas atuais de ensino. O ensino mediado
pela Internet envolve muito mais que tutorias computacionais, livros de instrução programada, e
procedimentos que apenas entrega o material do curso para o aluno utilizando meios
tecnológicos, a exemplo do que ocorreu com o material impresso, rádio, e televisão. Já quando
os recursos das redes telemáticas são utilizados da mesma forma que a sala de aula presencial,
acontece a virtualização da sala de aula. Essa modalidade procura ,transferir para o meio virtual
o paradigma do espaço-tempo da aula e da comunicação bidirecional entre professor e alunos.

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Por ultimo, vem a abordagem do “estar junto virtual”, que explora a potencialida de ,interativa
da Internet propiciada pela comunicação multidimensional, que aproxima os emissores dos
receptores dos cursos, permitindo criar condições de aprendizagem e colaboração. Sobre essa
abordagem, é necessário entender que não basta por os alunos diante da Internet, pois, segundo
Almeida (2003), o conhecimento técnico-científico e de novas tecnologias não é suficiente para
uma adequada abordagem pedagógica do “estar virtual” direcionada para o processo ensino
aprendizagem entre “professor on-line” e “aluno online”.

EaD e sua organização


A Educação a distância é tão ou mais complexa que o ensino presencial e para que ela tenha
qualidade precisa ser organizada desde a sua proposta até a sua prática. Ao propor que um curso
seja oferecido nesta modalidade, é preciso pensar em como este será sua estrutura, recursos
humanos, preparação e distribuição do material didático, organização do plano de ensino e das
aulas, organização administrativa e de responsabilidades. A estrutura envolve todos os recursos
materiais e de espaço, necessários e adequados para apoiar a proposta do curso. Trata-se de
recursos como pólos para os estudantes com acesso a Internet e tutores presenciais, bibliotecas,
salas/auditórios para os encontros presenciais ou equipamentos para o uso de videoconferência,
entre outros. Através do item recursos humanos é preciso delinear quem serão os participantes,
suas funções no curso e responsabilidades. Isto envolve coordenadores do curso, pessoal para
atendimento aos alunos, equipe técnica e administrativa, professores e tutores. A preparação e
distribuição do material didático e a construção dos planos de ensino e de aula, são de extrema
importância porque devem estar de acordo com os princípios pedagógicos e técnicos do curso.
Além disso, devem ser pensados em conjunto com a estrutura e perfil dos recursos humanos que
farão parte desta arquitetura pedagógica. Por isso, que a equipe de profissionais envolvidas neste
processo precisa ter clareza dos princípios pedagógicos, objetivos do curso, perfil dos atores
envolvidos e suas especificidades, assim como conhecer como um todo a proposta e seus
relacionamentos.

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Conclusão
Chegado e esta fase final do trabalho é necessário vislumbrar que perante a pesquisa feita
concluiu se que nos espaços educativos novos, e complexos de desafios colocam-se no centro
dos debates entre seus profissionais, os quais ora se voltam para o uso das tecnologias na escola
como a solução para todos os males da educação, ora focam a inevitabilidade e os desacertos
decorrentes do uso inadequado das tecnologias. Hoje se têm evidências concretas de que as
tecnologias, especialmente as digitais, com as potencialidades de registro, busca, recuperação e
actualização constante de informações, comunicação e produção de conhecimento, abrem novas
perspectivas para o desenvolvimento do currículo emancipatório, a prática pedagógica reflexiva,
a formação do profissional. Assim, as tecnologias de suporte ao processo educativo não
garantem uma revolução educacional, mas reconfiguram o campo do possível evidenciando que
o uso de média e respectivas linguagens para expressão e representação das informações trazem
mudanças ao ensino e à aprendizagem, influenciadas pelas propriedades intrínsecas das

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tecnologias empregadas, cujas potencialidades e limitações precisam ser compreendidas a fim de
permitir a criação de condições favoráveis para a aprendizagem.

Referências bibliográficas
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professores .Redesenhando estratégias na própria ação: formação do professor a distância em
ambiente digital. In:. São Paulo: Avercamp,.

Moran, J. M et al. 2000.Novas tecnologias e mediação pedagógica. 6. ed. Campinas: Papirus

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Acesso em: 24 jun. 2018.

_________2011.A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas:
Papirus,

Demo, Pedro. 2008TICs e educação, http://www.pedrodemo.sites.uol.com.br.


14
Masetto, Marcos T. 2000 Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: Moran, José Manuel
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Moraes, M. C. 1997Subsídios para Fundamentação do Programa Nacional de Informática na


Educação. Secretaria de Educação à Distância, Ministério de Educação e Cultura, Jan/.

Libâneo,j.et al. 2007Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 5.ed. São Paulo :
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Sancho, J. M. (org.). 2001Para uma tecnologia educacional. 2. ed. Porto Alegre: Artmed.

Santos, M. et al. 2010 Ensinar e aprender com a metodologia Syllabus, Revista de Educação,
Brasília, n. 150, ano 38, jan./jun., p.21-27.

Ferreira, M. J. M. A. 2014. Novas tecnologias na sala de aula. 121 páginas. Monografia


(Especialização em Fundamentos da Educação: Práticas Pedagógicas Interdisciplinares).
Universidade Estadual da Paraíba.

MOÇAMBIQUE. Decreto Presidencial n. 2. Boletim da República, n. 21, 1º Suplemento, Série


I, de 27de maio de1998.

Lévy, P. 2000Cibercultura. São Paulo: Editora 34,

Versuti, A.C. 2006Educação a Distância: Problematizando Critérios de Avaliação e Qualidade


em Cursos On-Line. Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt16/t162.pdf Acesso:
20/12/

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