Atividade 2 - NPJ

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA

TRABALHISTA DA COMARCA DA CAPITAL – RJ

WILLIAM DA COSTA, brasileiro, solteiro, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o


nº 201.321.123-52, residente e domiciliado à Rua da Feira, nº 10, Bangu/RJ, por seus advogados
in fine assinados (procuração em anexo), vem, a presença de Vossa Excelência, propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de MAGIC SALÃO GOURMET 21, inscrita no CNPJ sob o nº XXXX, com
sede na Rua Uruguaiana, nº23, Centro, Rio de Janeiro/RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir
aduzidos, vem expor e requerer o que se segue:

REQUERIMENTO DE JUSTIÇA GRATUITA

Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o Reclamante declara, para os devidos
fins e sob as penas da lei, ser pobre na forma da lei, não tendo como arcar com o pagamento de
custas e demais despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela
Constituição Federal, art. 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 do CPC, art. 98 e seguintes.

I- DOS FATOS
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 10 de dezembro de 2019 para exercer a
função de técnico de instruções comerciais.
O Reclamante laborou na empresa até a data de 10 de novembro de 2020, de segunda a
sexta-feira, das 10 às 20h, com intervalo de 20 minutos para refeição, tendo sido demitido por
justa causa na data supramencionada, recebendo apenas o saldo de salário referente ao último mês
de trabalho.
Cumpre informar que em CTPS consta o recebimento de salário base de R$ 1.500,00 (mil
e quinhentos reais) para exercer a função de técnico programador e que conforme demonstrado
através de contracheques anexados à exordial constam descontos referentes a vale transporte,
FGTS e INSS.
Por fim, o motivo da demissão por justa causa assinado na CTPS é de “comportamento
aparentemente inadequado”, motivo este que não fora esclarecido para o Reclamante, que até o
presente não obteve explicações legais por parte da Reclamada sobre o que ocasionou sua
demissão por justa causa.
II- DOS FUNDAMENTOS

a) Da suspensão por justa causa sem justo motivo


A Reclamada dispensou por justa causa, sem que o Reclamante tivesse cometido qualquer
falta grave. Para configuração de justa causa, exige-se algum dos motivos estabelecidos no art.
482 da CLT, portanto, a dispensa do Reclamante não se enquadra nos motivos previstos no artigo
supracitado.
Assim, requer o Reclamante a reversão da justa causa para dispensa sem justa causa, com
a condenação da Reclamada ao pagamento de todas as verbas rescisórias, quais sejam:

• Décimo terceiro proporcional ao período trabalhado (10/12)


• Férias proporcionais acrescido de 1/3 constitucional
• Aviso Prévio indenizado
• Multa rescisória de 40% sobre o FGTS vinculada a presente relação de emprego
• Por fim, requer o Reclamante, todos os documentos que comprovem a extinção
contratual aos órgãos competentes, bem como as anotações da CTPS relativo a
extinção do contrato de trabalho, documento hábil para requerer o benefício
seguro-desemprego e a movimentação da conta vinculada no FGTS nos termos
do art. 477 da CLT

b) Suspensão do intervalo intrajornada


De acordo com o art. 71 da CLT, em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6
(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será
o mínimo de uma hora.
Como aduzido, o Reclamante usufruía tão somente de 20 (vinte) minutos por intervalo
intrajornada durante os anos trabalhados na Reclamada. Como trabalhava 5 (cinco) dias na
semana, faz jus o Reclamante ao pagamento de horas extras mensais, haja vista que não é
permitido trabalhar no intervalo intrajornada.
Trata-se de hora com natureza salarial e não indenizatória, razão pela qual deverá ser
utilizada como reflexo nas demais parcelas.
c) Do FGTS e Multa compensatória
A Reclamada não efetuou o depósito do FGTS, portanto, requer que seja reconhecida a
aplicação da multa prevista no art. 477, parágrafo 8º da CLT.
Assim sendo, requer o depósito do FGTS não depositado com multa indenizatória de 40%
sobre o valor atualizado, devendo a Reclamada realizar o depósito de imediato, sob pena de
indenização substitutiva.
O art. 477, a e b da CLT, estabelece multa quando não ocorre o pagamento da rescisão,
patente a violação do prazo legal para o pagamento dos títulos rescisórios, deve haver o
pagamento da multa a base de um salário normal.
d) Art. 467 da CLT
A legislação consolidada determina que as verbas rescisórias incontroversas sejam pagas
na primeira audiência. Caso a Reclamada não vier a satisfazer as verbas solicitadas na presente
demanda, em primeira audiência como se trata títulos incontroversos, a sentença deverá observar
o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) nos termos do art. 467 da CLT.
e) Dos Honorários Advocatícios

O Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições


de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados
pelo seu patrono em defesa dos seus interesses.
Requer, pois, a condenação da Reclamada em honorários sucumbenciais no percentual de
15% (quinze por cento) sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como medida apta a
custear o trabalho advocatício.

III- DOS PEDIDOS


Diante do exposto, visando a reparação da lesão dos seus direitos, vem pugnar pelo
pagamento das seguintes verbas rescisórias, seus reflexos e extensões, tudo pleiteado mês a mês,
com atualização monetária na forma legal:
Requer o Reclamante a condenação do Reclamado ao pagamento dos seguintes títulos:
1. Pagamento do décimo terceiro salario proporcional a 10/12
2. Pagamento de férias proporcionais a 10/12
3. Pagamento de férias proporcionais acrescidas de 1/3
4. Pagamento de aviso prévio trabalhado de acordo com o último salário auferido pelo
Reclamante
5. Pagamento de multa de 40% do FGTS
6. Pagamento da multa do art. 477, parágrafo 8
7. requer o Reclamante, todos os documentos que comprovem a extinção contratual aos
órgãos competentes, bem como as anotações da CTPS relativo a extinção do contrato de
trabalho, documento hábil para requerer o benefício seguro-desemprego e a
movimentação da conta vinculada no FGTS nos termos do art. 477 da CLT
8. seja deferido o pedido de justiça gratuita
9. pagamento de honorários advocatícios na importância de 15% sobre o valor da causa, nos
termos do art. 85 do CPC

IV- DAS PROVAS


Protesta o alegante provar o alegado através de todos os meios de prova em direito
admitidos, sobretudo a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal do preposto da
Reclamada.

Dá-se o valor da causa a importância de R$ XXXXX

Termos em que,
Pede Deferimento
Rio de Janeiro, 03 de Abril de 2021
ADV.
OAB/RJ nº

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