Contestação
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Processo Nº 98.765
Na reclamação Trabalhista que lhe move CAROLINA TAVARES, já qualificada nos autos em
epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
Ao ser cientificada de que estava sendo colocada em aviso prévio, a autora Carolina Tavares
teve uma reação violenta e injustificada, gritando com o empregador na frente de todos os
presentes causando uma situação vexatória. Chegando ao ponto que a segurança ser acionada
uma vez que chegado ao ponto em que a autora representava um risco aos presentes.
1. PRELIMINAR DE MÉRITO
Ocorre que, nos termos do Art. 114, IX da Constituição Federal, compete a Justiça
do Trabalho julgar e processar as controvérsias decorrentes da relação de
trabalho, não abrangendo desta forma a esfera criminal e tampouco as
penalidades criminais, sendo assim está corte incompetente para tal.
Ademais, segundo o Art. 377,II, do Código de Processo Civil, cabe ao réu, antes
de discutir o mérito realizar a alegação de incompetência absoluta e relativa.
Isto posto, o pedido de aplicação de penalidade criminal não deve prosperar
contra os sócios da empresa ré, não pode ser pleiteado, em razão da
incompetência absoluta da Justiça do Trabalho.
2. PREJUDICIAL DE MÉRITO
Assim, preceitua o Art. 7º, XXIX da Constituição Federal e Art.11 da CLT que
relação a pretensão a créditos trabalhistas prescreve em cinco anos após a
extinção do contrato de trabalho. Juntamente a Súmula 308, I do Tribunal
Superior do Trabalho dispõe que a respeitado o biênio subsequente à cessação
contratual, a prescrição quinquenal conta-se da data do ajuizamento da
reclamação trabalhista.
3. MÉRITO
Nesse sentido, a Súmula 342 do TST dispõe que são válidos os descontos
salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para
ser integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o que não afronta o disposto no Art.
462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o
ato jurídico, não sendo este o caso.
A Reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adição de
50%, em razão da jornada de trabalho, posto que laborava de segunda a sexta-feira, das 10h às
20h, com 2h de intervalo para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h sem intervalo, totalizando
44h semanais.
Sendo assim, a Reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras
pleiteadas, pois o módulo constitucional de 8h diárias e 44h semanais não foi
ultrapassado.
N. termos,
P. Deferimento