NUTRIÇÃO APLICADA À FISIOTERAPIA - 2a Edição 2010
NUTRIÇÃO APLICADA À FISIOTERAPIA - 2a Edição 2010
NUTRIÇÃO APLICADA À FISIOTERAPIA - 2a Edição 2010
SUMRIO
INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato As Protenas Os Lipidios Os Minerais As Vitaminas A gua 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Neuro-funcional A Pneumo-funcional 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
INTRODUO
inegvel que a Fisioterapia atingiu um patamar diferenciado no cenrio atual das profisses da sade, e o fez de forma muito veloz em relao ao pouco tempo da regulamentao profisso no Brasil. Desta forma, a cobrana e a responsabilidade por esta situao de autonomia profissional, no permite que haja desculpas para o desconhecimento de fundamentos para a sua atuao. Como o principal objeto de anlise e tratamento pelo Fisioterapeuta o movimento humano, obviamente, ter conhecimentos do que possa interferir com o padro mais normal de funcionamento do mesmo, faz parte da atividade profissional Fisioteraputica. E no conjunto de situaes que possam interferir com o bom funcionamento do aparelho de movimento humano, encontra-se primordialmente os aspectos nutricionais do indivduo. Este texto procura se desenvolver por caminhos que facilitem a atuao do profissional Fisioterapeuta, servindo no como um livro texto, mas sim como um material que possa fazer com que o profissional desenvolva um senso crtico em relao aos aspectos nutricionais e o eventual dficit fsico-funcional que seu cliente possa apresentar. Este pensamento crtico pode ser o suficiente para promover uma integrao maior com profissionais da nutrio e do exerccio fsico especfico, para que interdisciplinarmente promovam benefcios fundamentados e duradouros clientela.
Ricardo Wallace das Chagas Lucas CREFITO 10 14404 F Florianpolis/SC 2010
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CONCEITOS
Boa alimentao sinnimo de boa sade. Desta forma, para que fique garantida uma vida sadia e mais longa, com mais disposio para o trabalho, para o estudo, para o divertimento e uma aparncia esttica melhor, necessitamos de uma alimentao nutritiva, bem escolhida e bem preparada. O QUE NUTRIO ? ao de se nutrir. Composta do processo de se retirar do meio em que vivemos os alimentos necessrios para a sustentao do nosso organismo, pela assimilao das substncias essenciais e pela eliminao daquelas que no necessitam mais serem aproveitadas, via de regra. O QUE ALIMENTO ? Se resume a tudo o que podemos comer ou beber e que indispensvel para a manuteno do processo de vida, de crescimento, de reproduo e prpria sade. No existindo desta forma alimento que, sozinho fornea todos os elementos que o organismo necessite. Portanto, se faz necessrio dispor de perfil variado de alimentao. O QUE SO NUTRIENTES ? So os elementos constituintes dos alimentos, que de uma forma didtica so chamados de Hexagrama Nutricional, divididos em: 1. Macronutrientes - Carboidratos Protenas e Lipdios 2. Micronutrientes- Vitaminas, Minerais e gua
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ALIMENTAO HUMANA
O homem biolgico e o homem social; a fisiologia e o imaginrio esto estreitamente, misteriosamente envolvidos no ato de se alimentar. (Fischler, 1990) O apetite do homem civilizado mais de ordem psquica e visa mais a satisfao do prazer de comer, do que a satisfao de suas necessidades de Nutrio (Queiroz, 1988)
... Comer, ao praticada pelo homem diariamente, impossvel de ser suprimida, no pode resumir-se alimentao de clulas ... ... O comer percorre a existncia do homem e coexiste com valores instalados na nossa cultura, com significados para o indivduo e para a sociedade... (Garcia, 1992)
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INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato As Protenas Os Lipidios Os Minerais As Vitaminas A gua 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Neuro-funcional A Pneumo-funcional 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
BIOENERGTICA
Todas as plantas e animais dependem da energia para a manuteno da vida. Sendo humanos, obtemos essa energia dos alimentos. Praticamente todos os alimentos que ingerimos fornecem energia para a atividade celular normal ou energia, que pode ser armazenada para ser utilizada posteriormente. Muitos dicionrios definem o termo energia com a capacidade de realizar trabalho. Infelizmente, isso no diz nada a respeito das muitas funes biolgicas que dependem da produo e da libertao de energia. A energia pode assumir varias formas, como: Qumica, Eltrica, Eletromagntica,Trmica, Mecnica e Nuclear Segundo as leis da termodinmica, todas as formas de energia so intercambiais. A energia eltrica armazenada numa bateria, a qual ento pode ser utilizada para a realizao de um trabalho mecnico atravs da alimentao de um motor. A energia nunca e perdida ou criada. Em vez disso, ela sofre um degradao constante de uma forma a uma outra e, finalmente, transforma-se em calor. Tipicamente, 60% a 70% da energia total consumida pelo corpo humano so degradados em calor , enquanto a energia remanescente e utilizada para a atividade muscular e os processos celulares.
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INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato As Protenas Os Lipidios Os Minerais As Vitaminas A gua 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Neuro-funcional A Pneumo-funcional 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
O HEXAGRAMA NUTRICIONAL
INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato PROTENAS As Protenas Os Lipidios Os Minerais LIPDIOS As Vitaminas CARBOIDRATOS A gua 3. O CONTROLE METABLICO FSICO-FUNCIONAL A Assessoria Metablica O Emagrecimento Controlado 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Pneumo-funcional A Neuro-funcional MINERAIS A Fisioterapia do Trabalho 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
VITAMINAS
GUA
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O CARBOIDRATO
Os carboidratos so as biomolculas mais abundantes no planeta e esto presentes em todos os vegetais. Em ltima instncia seu principal objetivo metablico oferta final de glicose ao organismo. A celulose ento, como a maior parte integrante dos vegetais, tambm classificada como carboidrato. Por esta razo na construo didtica do hexagrama nutricional, no h necessidade de criar uma rea para as fibras, pois estas so carboidratos. Os carboidratos so divididos metabolicamente pela velocidade em que ele capaz de ofertar glicose corrente sangunea. Assim podem ser considerados carboidratos: de Baixo ndice Glicmico, Moderado ndice Glicmico e Alto ndice Glicmico, que respectivamente seriam de baixa, mdia e alta velocidade. Os carboidratos de alto ndice glicmico so a base da dieta na maior parte do mundo e a oxidao dos carboidratos a principal via metablica fornecedora de energia na maioria das clulas no-fotossintticas. So grandes as evidncias que mostram que os mecanismos da Obesidade e do Diabetes tipo II tem relao direta com o consumo desta modalidade de carboidrato processados, que em funo disso so compostos de baixa quantidade de fibras vegetais. As fibras, como polmeros insolveis de carboidrato funcionam tanto como elementos estruturais quanto de produo nas paredes celulares bacterianas e vegetais e nos tecidos conjuntivo de animais.
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Outros polmeros de carboidratos agem como lubrificantes das articulaes esquelticas e participam do reconhecimento e coeso entre as clulas. Polmeros mais complexos de carboidratos, ligados a covalentemente lipdeos ou protenas, agem como sinais que determinam a localizao intracelular ou o destino metablico dessas molculas hibridas, denominadas glicoconjugadas. Os carboidratos so poliidroxialdedos ou poliidroxicetonas ou substncias que liberam essas substncias por hidrlise. Muitos carboidratos, mais no todos, tm a mesma base em sua frmula; alguns tambm contm nitrognio, fsforo ou enxofre. Os carboidratos so divididos em trs classes principais, de acordo com seu tamanho: Monossacardeos, Oligossacardeos e Polissacardeos. Os monossacardeos, ou aucares simples, consistem de uma nica unidade de poliidroxialdedo ou cetona. O monossacardeo mais abundante na natureza o acar com seis tomos de carbono na molcula (dextrose). Os monossacardeos com mais de quatro carbonos tende a ter estruturas acclicas. Os oligossacardeos so compostos por cadeias curtas de unidades monossacardeos, ou resduos, unidos entre sim por ligaes caractersticas, chamadas ligaes glicosidicas. Os mais abundantes so os dissacardeos, formados por duas unidades de monossacardeos. A sacarose, ou acar de cana, o representante tpico desta classe. Ela composta de dois monossacardeos, cada um com seis atamos de carbono, Dextrose e Frutose. Todos os monossacardeos e dissacardeos comuns tm nomes que terminam com o sufixo ose.
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Nas clulas, a maioria dos oligossacardeos com trs ou mais unidades no ocorrem como entidades livres, mas so unidos a molculas de no-acares (lipdeos ou protenas), formando glicoconjugados. O glicognio um polissacardeo, assim como o amido e a celulose (contm mais de 20 unidades de monossacardeos). E a diferena bsica entre ambos onde se encontram. O amido e a celulose se encontram nos vegetais, enquanto o glicognio armazenado no corpo (fgado e msculos). De uma maneira geral, necessitamos consumir no mnimo 40% de toda a nossa alimentao dia em carboidratos (preferencialmente os complexo-baixo a mdio ndice glicmico), e no mximo 60% de carboidrato. Metabolicamente, baseado nos Fatores de Atwater, para simplificao dos clculos fisiolgicos, 01 (um) grama de carboidrato possui um perfil energtico de por volta de 04 (quatro) kcal. Em relao ao processo de reparao e desenvolvimento do corpo humano, o carboidrato o macronutriente com o maior poder de anabolizao. Qualidade esta relativamente, bvia j que o mesmo o que mais devemos consumir e em funo disto est presente quantitativamente em vrios processos processos biolgicos: principal combustvel para o sistema nervoso, regulador do metabolismo dos lipdeos e das protenas, responsvel pelo glicognio armazenado nos msculos e no fgado (consequentemente responsvel por exerccios de moderada a alta intensidade e pela nutrio do sistema nervoso no jejum).
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INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato As Protenas Os Lipidios Os Minerais As Vitaminas A gua 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Neuro-funcional A Pneumo-funcional 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
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AS PROTENAS
As protenas so as molculas orgnicas mais abundantes nas clulas e perfazem no mnimo 40% do seu peso seco, mantendo uma mdia de 50%. So compostos orgnicos (biomolcula/macromolcula) formados por pequenas unidades de aminocidos. So encontradas em todas as partes de todas as clulas, uma vez que so fundamentais sob todos os aspectos da estrutura e funo celulares, com nfase produo hormonal. Existem muitas espcies diferentes de protenas, cada uma especializada para uma funo biolgica diversa. Como exemplo, a maior parte de nossa informao gentica expressa pelas protenas. As protenas, diferente dos carboidratos, podem ter procedncia vegetal ou animal. As protenas de origem vegetal costumam possui baixo valor biolgico, em funo da carncia de aminocidos essenciais (aqueles que o corpo no capaz de produzir). Vrias so as funes das protenas no nosso organismo: Reparam protenas corpreas gastas (anabolismo), resultantes do contnuo desgaste natural (catabolismo) que ocorre no organismo; Constroem novos tecidos; Fonte de calor e energia (fornecem 4 Kcal por grama); Contribuem para diversos fludos e secrees corpreas essenciais, como leite, esperma e muco; Transportam substncias; Defendem o organismo contra corpos estranhos (anticorpos contra antgenos); Exercem funes especficas sobre rgos ou estruturas do organismo (hormnios);Catalisam reaes qumicas (enzimas).
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Na desempenhar de uma atividade fsico-funcional, e de perfil teraputico, alguns conceitos envolvem o estudo das protenas. Dentre eles podemos citar a Desnaturao Protica e o Balano Nitrogenado. O primeiro caracteriza-se pela quebra das cadeias lipoproticas com a conseqente desorganizao da estrutura interna da protena. Ocorre quando uma protena modificada em sua conformao, de tal modo que perde suas funes biolgicas, e o segundo a diferena de nitrognio (das protenas) que ingerido e a quantidade que excretado, podendo ser caracterizado de 03 (trs) formas: Balano nitrogenado equilibrado: Quando a quantidade de nitrognio ingerido igual a excretado. Ex.: adultos normais que no esto perdendo e nem aumentando a sua massa magra (msculos). Balano nitrogenado negativo: Quando a quantidade de nitrognio ingerido menor que o excretado. Ex.: estado de jejum, dieta pobre em protenas, dieta restritiva, doenas altamente catablicas como cncer e AIDS, etc. Balano nitrogenado positivo: Quando a quantidade de nitrognio ingerido maior que o excretado. Ex.: crianas (fase de crescimento), gestantes, treino de musculao com o objetivo de hipertrofia muscular, etc. Quando se fala de necessidades dirias de protena, vamos encontrar na literatura dados que informam que do consumo calrico total dia, em indivduos no doentes e no atletas, de 12,5 a no mximo 25% deve ser de protena, se mantendo um equilbrio entre as de origem vegetal e as de origem animal. Tambm encontram-se dados relativos massa corporal total (peso), dizendo que si-
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tuam-se em torno de 0,8 a 1,4 gramas por quilo de massa corporal ativa (para indivduos obesos devem realizar calorimetria, ou ser elaborado clculo de ajustado). Em relao s fontes alimentares, podemos dizer que de origem animal teramos protenas advindas das carnes (mamferos, aves, pescados, etc.), vsceras, ovos, leite e derivados, e de origem vegetal teramos leguminosas secas (feijes, ervilha, lentilha, gro-de-bico, etc.) e cereais integrais (milho, trigo, etc.). As protenas de origem animal so consideradas completas, ou possuidoras de grande valor biolgico, por conter todos os aminocidos essenciais, que so em nmero de 09 (nove): isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina juntamente com a histidina que essencial para as crianas. De uma maneira resumida apresentamos o texto de RAMIA, J.A.A, que para fins de nosso estudo possui a certa medida: Todos os 22 (vinte e dois) aminocidos so necessrios ao organismo para a sntese das protenas, individualmente eles tm papel importante nos modernos programas nutricionais. O organismo no absorve protenas, pois estas quando ingeridas sofrem ao de enzimas que transformam as protenas em aminocidos, que sero os nicos nutrientes a se integrarem economia orgnica. L-ARGININA: pode favorecer a liberao do hormnio de crescimento, aumentando a massa muscular e o metabolismo das gorduras, participando na sntese da Creatina. Ajuda a reduzir a obesidade sendo vital para o funcionamento da glndula pituitria e tambm importante no aumento de quantidade e mobilidade do esperma, melhorando o desempenho sexual masculino.
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Deve ser evitado em grvidas, amamentao e em pessoas propensas erupo de herpes. Fontes alimentares: carnes, leite, ovos, queijos, alho, ervilhas, gros e chocolates. CIDOASPRTICO: Ajuda a aumentar a resistncia do organismo e a diminuir a fadiga crnica, Junto com o Clcio e o Magnsio d suporte ao sistema cardiovascular, sendo tambm um aminocido neuro-excitante. L-CARNITINA: Ajuda a regular o metabolismo da gordura no corao e nos msculos do esqueleto, servindo de transportador para levar cidos graxos at a mitocndria. O metabolismo dos cidos graxos nas pessoas "pessoas gordas" tem sido melhorado com a suplementao da Carnitina. A L-Carnitina considerada pela maioria como sendo um aminolcido, mas, na verdade, tecnicamente um cido metlico. L-CISTENA: Importante componente antioxidante que trabalha em conjunto com a Vitamina E e o Selnio para proporcionar proteo celular dos perigosos componentes dos radicais livres. um excelente desintoxicante do lcool e poluentes ambientais (metais txicos) e tambm auxilia na formao da Queratina que a principal protena do cabelo, pelo e unhas. Ajuda a combater os malefcios do cigarro, melhora doenas de pele como a psorase e alivia as dores articulares. L-GLUTAMINA: Melhora a memria e a atividade mental. Ajuda na luta contra a fadiga crnica(cansao) e a depresso. Reduz o desejo de tomar bebidas alcolicas e a ingesto de doces, e um anticido natural, pois ajuda a manter o ph do estmago em nveis normais. muito eficiente no combate Sndrome do "Overtreino Sendo o msculo um grande armazenador de glutamina, a sua ingesto importante para atletas que treinam pesado. um excelente anti-catablico.
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GLICINA: um inibidor neurolgico, sendo uma das principais fontes de crescimento e desenvolvimento muscular. Auxilia na sade da prstata, age tambm como um anticido natural. Ajuda na recuperao da pele e tecido muscular. HISTIDINA: Ajuda o organismo a resistir das reaes alrgicas e auxilia na produo de clulas vermelhas (do sangue) saudveis. Tambm benfica para a circulao do sangue em funo de seu efeito dilatador sobre os vasos sanguneos. til na manuteno da flexibilidade das juntas e na ajuda produo de Hcl e da pepsina. L-ISOLEUCINA: um regulador do acar no sangue e, quando utilizado juntamente com a Leucina e a Valina, ajuda no metabolismo dos msculos. L-LEUCINA: uma das principais fontes de energia durante exerccios prolongados. Tambm aumenta a sntese e armazenamento de protenas. A l-leucina faz parte dos aminocidos de cadeia contnua, estes so metabolizados somente no tecido muscular, tornando-os um importante componente de qualquer programa de exerccios fsicos. L-LISINA: Ajuda na produo de anticorpos, hormnios e das enzimas necessrias cicatrizao dos tecidos. Ajudando tambm no desenvolvimento dos ossos e auxiliando na utilizao do clcio. Junto com a Vitamina C tambm muito til no controle do vrus do Herpes. L-METIONINA: A principal fonte de aminocido do enxofre orgnico que precisa ser reposto diariamente. Ajuda na manuteno e sade do fgado e do sistema digestivo. um lipotrpico (emulsificador de gorduras) que auxilia na queima e dissoluo das gorduras, controlando tambm o colesterol. Funciona tambm como antialrgico e ajuda na depresso.
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L-ORNITINA: Ajuda a estimular o sistema imunolgico e tem grande influncia na energia corporal, ajudando tambm na regenerao da clula heptica. No deve ser usada em pessoas com tendncia esquizofrenia. L-FENILALANINA: um precursor dos neuro-transmissores epinefrina e do hormnio de supresso do apetite CCK, por isso, pode ser muito til durante as dietas alimentares de emagrecimento, porm, deve ser evitado em grvidas e portadores de hipertenso arterial e alteraes cardiovasculares no tratadas. DL-FENILALANINA: Tm-se relatado um efeito analgsico principalmente nas dores de cabea e dores crnicas nas costas, e tambm excelente no alvio da depresso. TAURINA: Ajuda a estabilizar e a manter a sade do crebro e do sistema nervoso. um dos principais Aminocidos neuroinibidores que reduz a transmisso dos impulsos nervosos de uma clula para outra. tambm importante no metabolismo das gorduras, melhora o sono, ansiedade, depresses leves, estresse e ajuda baixar o colesterol e triglicerdios. L-TREONINA: Importante componente do colgeno, da elastina e da protena do esmalte dos dentes. Ajuda no bom funcionamento do fgado e um bom fator lipotrpico. particularmente til na produo dos lipdios da membrana celular e na promoo de um funcionamento saudvel da glndula do Timo. Ajuda na melhora da doena de Parkinson e artrite reumatide. L-TIROSINA:Auxilia na produo de Melanina, que o pigmento dos cabelos e da pele. A Tirosina usada pelas glndulas tireide e adrenal para produzir seus hormnios naturais. Esses hormnios regulam a capacidade do organismo de produzir energia.
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L-TIROSINA: Auxilia na produo de Melanina, que o pigmento dos cabelos e da pele. A Tirosina usada pelas glndulas tireide e adrenal para produzir seus hormnios naturais. Esses hormnios regulam a capacidade do organismo de produzir energia. A Tirosina tambm auxilia no combate aos desconfortos alrgicos, devem ser evitados em pessoas portadora de melanoma (cncer de pele). L-VALINA: o principal componente da famlia de cadeia contnua que permite o armazenamento das molculas que produzem energia. melhor quando usado em conjunto com dois outros aminocidos de cadeia contnua, a leucina e a isoleucina. TRIPTOFANO: um aminocido usado pelo crebro na produo de serotonina e trabalha em parceria com vrias vitaminas do Complexo B. muito utilizado no estmulo a um sono tranqilo, ajuda tambm na formao muscular. NOTAS IMPORTANTES: BCAA'S (BRANCHED CHAIN AMINO ACIDS) ISOLEUCINA, LEUCINA E VALINA: so aminocidos de cadeia ramificada responsveis pela formao de 35% do tecido muscular. So essencialmente anablicos e muito indicados para atletas por terem importante valor na sntese das protenas e por minimizar a quebra das mesmas, ajudando no ganho de massa muscular com qualidade e definio. Devem ser usados por todos os atletas, pois durante exerccios prolongados, a queda da concentrao dos BCAA no plasma est relacionada com perda de massa muscular.
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CREATINA: Sua presena no tecido muscular principalmente em sua forma fosforilada (creatinafosfato) representa uma das principais formas de reserva de energia para nutrir os msculos. A sntese biolgica da creatina deriva dos aminocidos Arginina, Glicina e Metionina. A Arginina metabolizada nos rins, com o auxlio da Glicina em guanidinoacetato, que por sua vez metilado no tecido heptico, pela ao da metionina, transformando-se em Creatina. A suplementao com Creatina aumenta a concentrao de creatina-fosfato nos msculos, melhorando a sua performance e capacidade de exploso muscular nos exerccios de alta intensidade, por perodos curtos. Aumenta significativamente a fora muscular, o volume e o peso dos msculos. Uma vez que a captao da Cretatina pelos msculos depende de Insulina, preconiza-se sua ingesto com bebidas com acar, Cromo e Vandio. Outros aminocidos podem ser citados no estudo das protenas, mas o aprofundamento dos j mencionados e a apresentao destes fogem ao objeto deste texto:, Hidroxiprolina, Prolina, Serina, Citrulina, cido gama aminobutrico, e beta-alanina dentre outros
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INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato As Protenas Os Lipidios Os Minerais As Vitaminas A gua 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Neuro-funcional A Pneumo-funcional 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
OS LIPDIOS
So biomolculas encontrados nos organismos vivos, geralmente insolveis em gua e solveis em solventes orgnicos. Nesta classe esto includos os leos, gorduras, ceras, hormnios esteroidais, colesterol, vitaminas lipossolveis e os fosfolipdeos, dentre outros que fogem ao interesse imediato do texto aplicado. So caracterizados por suas funes, como: reservas alimentares, por fornecem energia de 2 (duas) a 03 (trs) vezes mais calorias do que os carboidratos e protenas; por fornecerem proteo mecnica contra choques (tecido adiposo); por serem isolantes trmicos (ex. nos lees marinhos, focas, baleias, etc.); por serem impermeabilizantes trmicos (gorduras das penas de aves, ceras das folhas das plantas, etc.); e por serem os principais componentes das membranas celulares, representado pelos fosfolipdios. Por esta razo, a idia de achar que lipidios e gorduras so a mesma coisa, se caracteriza como um equvoco de propores metablicas.Como componente dos lipdios encontramos a presena comum dos cidos graxos, que compe o maior percentual estrutural nas categorias de lipdios. Ento, no estudo do metabolismo energtico vemos que a nmina gordura na realidade acmulo de triacilgliceris (triglicerdeos) armazenados no tecido adiposo, e estes por sua vez so compostos de combinaes de cidos graxos (que so os componentse lipdicos estruturais) e glicerol (ou lcool doce) , que se constitui em uma estrutura de carboidrato. Pelo fator de Atwater temos que 01 (um) grama de cido graxo equivale a 09 (nove) kcal. Isto, quando lanado nos clculos metablicos para fins de emagrecimento, por exemplo, pode fazer muito diferena. Pois 01 (um) grama de triglicerdeo armazenado tem por volta de 7,75 kcal.
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Assim, se o profissional da atividade fsica e do exerccio levar em considerao que gordura cido graxo, pode acabar expondo seu cliente a uma superestimao em valores calricos em sua atividade prescrita. Invariavelmente o estudo dos lipideos tem como foco primordial (e no somente) nos estudos dos cidos graxos, e desta forma podemos dizer que os cidos graxos so divididos em 03 (trs) classes: cidos Graxos Saturados, cidos Graxos Insaturados e cidos Graxos Trans. Os cidos Graxos Saturados so geralmente slidos temperatura ambiente. As gorduras contendo cidos graxos saturados so chamadas de gorduras saturadas. Exemplos de alimentos ricos em gorduras saturadas incluem banha, bacon, toucinho, manteiga, leite integral, creme de leite, ovos, carne vermelha, chocolate e gorduras slidas que na realidade podem ser classificadas como ceras. As evidncias cientficas confirmam que o excesso de gorduras saturadas tem um peso determinante no aumento do risco crdio-metablico. Importante lembrar que o aumento deste risco no tem as gorduras saturadas como o principal vilo, pois a ingesto de carboidratos de alto ndice glicmico tem se comportado cientificamente como um item de alta relevncia nas doenas cardiometablicas. No podemos deixar de levar em considerao que no somente nas gorduras de origem animal que temos a presena de cidos Graxos Saturados, pois alguns vegetais tambm pode ter ndice elevado, tais como: coco e a palma.
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Contudo, apesar de saturada, a gordura do coco e de palma contm um tipo especial de cidos graxos, denominados de cadeia mdia (entre 8 e 12 tomos de carbono) e que no causam aumento de nveis significantes de colesterol no sangue. Um detalhe metablico que a presena da gordura saturada, em quantidade ideal na alimentao, um bom elemento de saciedade (pela ativao da CCK entre outros processos), sendo assim, retir-la totalmente pode desregular todo o mecanismo de fomedo indivduo. E pior se este indivduo no consome a gordura saturada e consome em consequncia muito carboidrato de alto ndice glicmico. A construo de uma molcula de cido Graxo Saturado caracterizada por uma linha constante, de baixa angulao conformacional, e com a ausncia de duplas ligaes, j o modelo de uma molcula de cido Graxo Insaturado (que pode ser melhor dito como menos saturado) possui angulao e dficit de hidrognio em sua cadeia. Fig. 01 Molculas de cidos graxos saturados e insaturados.
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Os cidos Graxos Insaturados podem ser divididos, para fins de estudo em: Monoinsaturados e Poliinsaturados. Os cidos graxos monoinsaturados, pela prpria definio possuem somente uma dupla ligao, conforme o apresentado na figura 01. Bons exemplos de uma molcula de cido graxo monoinsaturado so encontrados no abacate, nozes, azeite de oliva e nos leos de canola e de amendoim. Um muito conhecido o azeite de oliva, pelo que a cincia demonstra um leo neutro, capaz de benefcios oferecidos tanto ao cido graxo saturado quanto ao polinsaturado. Dentre outras denominaes tambm conhecido como Olico ou como 9, sendo este mega o equivalente a posio da primeira dupla ligao, contando o nmero de carbonos a partir da cauda. Veja: Fig.02 Molcula de cido graxo monoinsaturado olico
Os cidos Graxos Poliinsaturados possuem mais de uma dupla ligao no seu arranjo molecular. Os mais conhecidos no cenrio metablico so os denominados 3, ou Linolnico e o 6, ou Linolico, cujas denominaes mega seguem os mesmos princpios, e em estudos mais aprofundados podem receber denominaes diversas, como prefixos alfa e gama. Podem ser encontrados em leo de girassol, leo de milho, leo de soja, leos de peixe e tambm em oleaginosas como a amndoa e a castanha.
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muito importante considerar que um determinado tipo de leo possui as trs modalidade de cidos graxos. Veja: Fig. 03 Percentual de cidos graxos em leos , gorduras e ceras (Modificado de McArdle, 2006).
Os cidos Graxos trans so um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por cidos graxos saturados ou insaturados na configurao cis, (que significa ao mesmo lado de) contm cidos graxos insaturados na configurao trans. So considerados especiais devido sua conformao estrutural. Nos cidos graxos cis, que como geralmente so encontrados os cidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas dupla ligao encontram-se do mesmo lado, de modo que a molcula tenha uma conformao em curva, e nos cidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molcula, em sua conformao mais estvel, linear.
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O ngulo das duplas ligaes na posio trans menor que em seu ismero cis e sua cadeia de carboidratos mais linear, resultando em uma molcula mais rgida, com propriedades fsicas diferentes, inclusive no que se refere sua estabilidade termodinmica, e nas estruturas formadas a partir dela. Os cidos graxos trans no so sintetizados no organismo humano, sendo que so resultantes de um processo chamado de hidrogenao. O objetivo desse processo adicionar tomos de hidrognio nos locais das duplas ligaes, eliminandoas. Mas a hidrogenao geralmente parcial, ou seja, h a conservao de algumas duplas ligaes da molcula original e estas podem formar ismeros, mudando da configurao cis para transaturados. Veja: Fig, 04 Mudana de um cido graxo monoinsaturado da forma cis para a forma trans.
Em consensos cientficos h acordo que o volume consumido de lpideos dia deve ser por volta da metade do que se consome em carboidrato. Sendo que a proporo entre a ingesto de cidos graxos saturados e insaturados deve ser desequilibrada. Como regra fcil em relao orientao clientes, pode-se dizer que o volume de gordura saturada que acompanha a protena animal j suficiente, caso o volume protico esteja obviamente correto.
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INTRODUO / CONCEITOS / ALIMENTAO HUMANA 1. O METABOLISMO ENERGTICO Bioenergtica 2. O HEXAGRAMA NUTRICIONAL O Carboidrato As Protenas Os Lipidios Os Minerais As Vitaminas A gua 4. TPICOS RELACIONADOS S ESPECIALIDADES FISIOTERAPUTICAS A Dermato-funcional A Traumato-funcional A Neuro-funcional A Pneumo-funcional 5. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
AS VITAMINAS
Partindo do princpio que o processo nutricional est adequado, se entende que o consumo dos Macronutrientes seja capaz de suprir a demanda dos Micronutrientes, onde esto enquadradas as Vitaminas. Estas so compostos orgnicos biologicamente ativo, necessrios ao organismo em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais. Como as enzimas, representam um autntico biocatalizador, que intervm em funes bsicas dos seres vivos, como o metabolismo, o equilbrio mineral do organismo e a conservao de certas estruturas e tecidos. As vitaminas diferem entre si consideravelmente quanto a estrutura, propriedades qumicas e biolgicas e atuao no organismo. As necessidades vitamnicas de um indivduo variam de acordo com fatores como idade, clima, atividade que desenvolve e estresse a que submetido. A quantidade de vitaminas presente nos alimentos tambm no constante. Varia de acordo com a estao do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de cozimento do alimento As vitaminas receberam nomes cientficos, mas so vulgarmente conhecidas por letras maisculas ou por um termo associado doena produzida pela carncia da vitamina no organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, chamada tambm antixeroftlmica. A classificao geral das vitaminas feita de acordo com sua solubilidade em gua ou gordura. Sendo assim nominadas de Vitaminas Hidrossolveis e Vitaminas Lipossolveis.
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As vitaminas hidrossolveis so as que compem o complexo vitamnico B (B1, B2, B6 e B12) e a vitamina C. As lipossolveis compreendem as vitaminas A, D, E e K. As vitaminas solveis em gua so absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatrio at os tecidos em que sero utilizadas. O grau de solubilidade varia de acordo com cada vitamina e influi no caminho que essa substncia percorre no organismo. Quando ingeridas em excesso, as vitaminas hidrossolveis so armazenadas at uma quantidade limitada nos tecidos orgnicos, mas a maior parte secretada na urina: A VITAMINA B1 ou TIAMINA importante no metabolismo de alguns cidos orgnicos. Sua carncia provoca uma doena nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o beribri. A B1 encontrada em diversos alimentos, principalmente na casca do arroz. A VITAMINA B2, ou RIBOFLAVINA - Cumpre importante papel na chamada cadeia transportadora de eltrons, processo bsico na respirao celular e na obteno de energia por parte da clula. abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficincia produz distrbios visuais, fissuras nos lbios e inflamao da lngua. A VITAMINA B6 ou PIRIDOXINA - Intervm no metabolismo dos aminocidos e sua deficincia provoca insnia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de andar e convulses. So ricos nesta vitamina alimentos como cereais integrais, legumes e leite. A VITAMINA B12 ou COBALAMINA - Est associada maturao dos glbulos vermelhos no sangue. A carncia dessa vitamina se traduz em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa. Presente principalmente na carne de fgado.
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A vitamina PP ou NIACINA Tambm conhecida como cido nicotnico, tambm um dos elementos do complexo B. Sua carncia causa a pelagra, doena que se caracteriza por erupes na pele, alm de distrbios neurolgicos e gastrintestinais. A VITAMINA C ou CIDO ASCRBICO - abundante nas frutas ctricas e vegetais verdes. Suas funes no organismo so mltiplas: participa da sntese do colgeno (protena importante na formao da pele saudvel, tendes, ossos e tecidos de sustentao e na cicatrizao de feridas); da manuteno das paredes dos vasos sangneos; do metabolismo de alguns aminocidos; e da sntese ou liberao de hormnios da glndula supra-renal. Sua deficincia produz o escorbuto, doena caracterizada por leses nas gengivas, queda de dentes e hemorragias por todo o corpo, que podem levar morte. A hiptese de que a vitamina C ajuda a prevenir ou mesmo curar certas doenas (como o resfriado comum ou algumas doenas malignas e infecciosas) continua a ser pesquisada, mas sem nenhum dado cientfico que a comprove. As vitaminas solveis em gorduras so absorvidas no intestino humano com a ajuda de sais biliares segregados pelo fgado. O sistema linftico as transporta a diferentes partes do organismo. O corpo pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolveis do que dehidrossolveis. As vitaminas A e D so armazenadas sobretudo no fgado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos rgos reprodutores. O organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Ingeridas em excesso, algumas vitaminas hidrossolveis podem alcanar nveis txicos no interior do organismo. A VITAMINA A - encontrada na gema do ovo, na manteiga e nas carnes de fgado e de peixes. No est presente nas plantas, mas muitas verduras e frutas contm alguns tipos de pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo pode converter em vitamina A. A cenoura, por exemplo, excelente fonte de betacaroteno. fundamental para a viso e sua ca-
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rncia produz, entre outras doenas, o ressecamento da crnea e da conjuntiva do olho (xeroftalmia) e a ceratomalcia (amolecimento da crnea, com infiltrao e ulcerao), alm de srios problemas gastrintestinais. A hipervitaminose A caracterizada por diversos sintomas, como nusea, alteraes do cabelo (que ficam speros e caem facilmente), ressecamento e escamao da pele, dor nos ossos, fadiga e sonolncia. Tambm so comuns problemas de viso, dores de cabea, distrbios de crescimento e aumento do fgado. A VITAMINA D - Pode ser obtida do leo de fgado de bacalhau e tambm pela ao da luz ultravioleta sobre alguns esteris. Os mais importantes desses esteris so o 7-diidrocolesterol, formado por processos metablicos animais, e o ergosterol (presente em leos vegetais). A ao da luz solar converte essas duas substncias em colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2), respectivamente. As duas participam dos processos de absoro do clcio na corrente sangnea e de formao dos ossos. Sua carncia causa o raquitismo, em crianas, e a osteomalcia, em adultos, principalmente mulheres. A hipervitaminose D pode provocar fraqueza, fadiga, perda de apetite, nusea e vmitos. A VITAMINA E ou TOCOFEROL - Protege as gorduras insaturadas da oxidao por perxidos ou outros radicais livres. Ocorre no grmen de trigo, na gema de ovo, em verduras e legumes. Atua no organismo como um inibidor dos processos de oxidao em tecidos orgnicos. A VITAMINA K ou NAFTOQUINONA encontrada nas folhas das plantas. Suas fontes mais abundantes so o leo de soja, o espinafre e a couve. necessria na sntese orgnica de quatro fatores de coagulao do sangue: protrombina e fatores VII, IX e X. A deficincia de vitamina K no organismo prolonga o tempo de coagulao do sangue e pode causar hemorragias internas .
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OS MINERAIS
Os minerais so elementos de formao do corpo que, embora existam em quantidade relativamente pequena, so vitais para o correto funcionamento celular. Estes elementos existem livremente na natureza, principalmente nas guas dos rios, lagos e oceanos, na superfcie do solo e debaixo dela. Eles tm como funes principais compor as estruturas dos ossos e dos dentes, auxiliar na manuteno do ritmo cardaco normal e na conduo nervosa. Ajudam, tambm, como reguladores do metabolismo celular, e so componentes das enzimas e dos hormnios que alteram e regulam a atividade celular. Podem ser divididos em Macrominerais, Microminerais e Eletrlitos: Os Macrominerais so: CLCIO (Ca): No organismo humano h mais clcio do que qualquer outro mineral. Quase todo o clcio do organismo (por volta de 1 kg e meio) se encontra nos dentes e nos ossos. Vinte por cento do clcio nos ossos de uma pessoa adulta reabsorvido e substitudo todos os anos. O clcio mantm dentes e ossos fortes, combatendo o raquitismo, a osteomalcia e a osteoporose. Mantm os batimentos regulares do corao, alm de ajudar no sistema nervoso, transmitindo impulsos. Pode ser encontrado no leite e laticnios, todos os tipos de queijo, soja, sardinha, salmo, amendoim, sementes de girassol, nozes, feijo e verduras. FSFORO (P): O fsforo est presente em cada clula do corpo. necessrio para uma boa formao ssea e dentria. Este mineral importante para a regularidade do corao e essencial para o funcionamento dos rins. A dose diria recomendada para adultos de 800 a 1200 mg, sendo que gestantes e lactantes devem ingerir nveis maiores de fsforo. Ajuda no crescimento, aumenta a energia e o vigor, auxiliando no metabolismo de gorduras e amidos. Alivia a dor da artrite. Pode ser encontrado no peixe, carne, galinha, cereais integrais, ovos, nozes e sementes.
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MAGNSIO (Mg): Conhecido como o mineral anti-stress, j que combate a tenso nervosa, o magnsio indispensvel para o bom funcionamento dos nervos e msculos. Alcoolistas, geralmente, tm deficincia de magnsio. A dosagem recomendada para adultos de 300 a 450 mg ao dia, sendo que grvidas e mulheres que amamentam precisam de um pouco mais. O corpo humano contm 21g de magnsio. Ajuda no combate depresso. Promove a sade do sistema cardiovascular e ajuda na preveno de infartos. Mantm os dentes saudveis. Evita a formao de pedra nos rins e na vescula. Alivia a indigesto. Pode ser encontrado no limo, figo, amndoa, nozes, sementes, milho amarelo, verduras e ma. Os Microminerais, tambm denominados oligoelementos, so: CROMO (Cr): Funciona com a insulina no metabolismo do acar. Tambm ajuda a levar as protenas no lugar onde so necessrias. No possui uma dosagem especfica, mas o consumo mdio de um adulto deve ser de 50 a 200 mcg (microgramas). medida que envelhecemos, retemos menos cromo no organismo. Ajuda no crescimento, evita e abaixa a presso e combate a diabetes. Pode se encontrado na carne, galinha, mariscos, mexilhes, leo de milho e levedo de cerveja. COBALTO (Co): Este mineral parte da vitamina B12 e indispensvel para as clulas vermelhas do sangue. No possui dosagem especfica, mas pequenas quantidades j so suficientes (8 mcg). Mantm a energia, ajudando na absoro do ferro. Pode ser encontrado na carne, rim, fgado, leite, ostra e mexilhes. COBRE (Cu): indispensvel para a utilizao da vitamina C. No h dose especfica, mas recomenda-se de 2 a 3 mg para adultos. Mantm a energia, ajudando a absorver o ferro. Pode ser encontrado na ervilha, trigo integral, ameixa, fgado e vitelo de boi, camaro e a maioria dos frutos do mar.
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FLOR (F): parte do composto sinttico fluoreto de sdio (que adicionado gua potvel) e do fluoreto de clcio. Reduz a crie dentria, alm de fortalecer os ossos. gua fluorada, frutos do mar e gelatina. IODO (IODETO): Dois teros do iodo do corpo esto na glndula tireide. Como esta glndula controla o metabolismo, um suprimento insuficiente de iodo pode causar lentido mental, excesso de peso e falta de energia. O iodo ajuda na dieta queimando o excesso de gordura. Promove o crescimento adequado. Aumenta a energia, melhorando a acuidade mental. Promove a sade dos cabelos, unhas, pele e dentes. Evita a gota e o hipotireoidismo. Pode ser encontrado nas algas, vegetais provenientes de solo rico em iodo, cebola e todos os frutos do mar. FERRO (Fe): essencial para a vida, responsvel pela formao da hemoglobina, da mioglobina e de certas enzimas. Apenas 8% do ferro ingerido so absorvidos e entram na corrente sangnea. A dose diria recomendada de 10 a 18mg para adultos e de 30 a 60mg para gestantes ou lactantes. Caf ou ch em grandes quantidades inibem a absoro de ferro. O ferro ajuda no crescimento, promove a resistncia s doenas, evita a fadiga, a anemia e garante uma boa tonalidade pele. Pode ser encontrado no fgado de porco, rim, corao e fgado de boi, fcula de batata, mariscos crus, pssego seco, carne mal passada, ostra, gema de ovo, nozes, aspargo, feijo, aveia e melado. MANGANS (Mn): necessrio para uma boa estrutura ssea, alm de ser importante na formao da tiroxina, o principal hormnio da glndula tireide. No h uma dosagem diria estabelecida para este mineral, entretanto considera-se que 2,5 a 5,0mg satisfaam as necessidades de um adulto. O mangans ajuda a eliminar a fadiga, melhora os reflexos musculares e a memria, alm de reduzir a irritao nervosa. Pode ser encontrado nas nozes, verduras, gema de ovo, nabo, ervilha e cereais integrais.
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MOLIBDNIO (Mo): Este mineral auxilia o metabolismo de carboidratos e gorduras, sendo parte vital da enzima responsvel pela utilizao do ferro. No h uma dosagem diria estabelecida para o molibdnio, mas geralmente o consumo adequado fica entre 150 a 500mcg. O molibdnio ajuda na preveno da anemia, promovendo o bem-estar geral. Pode ser encontrado nas verduras verde-escuras, cereais integrais e legumes. SELENIO (Se): Descoberto h pouco mais de trinta anos, o selnio um antioxidante e reduz o envelhecimento e o amadurecimento dos tecidos pela oxidao. Acredita-se que o homem precise mais de selnio do que a mulher, pois quase a metade de suprimento do seu organismo est concentrada nos testculos e em partes do duto seminal adjacente prstata. Embora ainda no se tenha uma dosagem especfica para este mineral, recomenda-se uma quantidade de 50 a 200mcg; acima disso, desaconselhvel. Ajuda a manter a elasticidade dos tecidos e alivia as ondas de calor e os incmodos menstruais. Auxilia no tratamento e na preveno da caspa. Possui ao anticancergena. Pode ser encontrado no germe de trigo, farelo, atum, cebola, brcolis, tomate. VANDIO (V): Inibe a formao do colesterol nos vasos sangneos. A dosagem diettica no foi estabelecida. Ajuda na preveno de ataques cardacos. encontrado no peixe, e assim como com o cromo participa da utilizao adequada da insulina pelo organismo. Zinco: um mineral essencial para a sntese de protenas. Ele tambm atua dirigindo a contratibilidade dos msculos e auxiliando na formao da insulina. Outro fator importante que o zinco age na estabilizao sangnea, mantendo o equilbrio cido-bsico do organismo. A dose diria recomendada de 15mg para adultos, sendo ligeiramente aumentada para grvidas e lactantes. Acelera a cicatrizao de ferimentos internos e externos. Elimina manchas brancas das unhas. Evita problemas de prstata. Promove o crescimento e a acuidade mental. Diminui os depsitos de colesterol, alm de ajudar no tratamento de distrbios mentais. encontrado na carne de boi, de carnei-
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ro, lombo de porco, germe de trigo, levedo de cerveja, semente de abbora, ovo, leite desidratado sem gordura e mostarda em p. Enxofre (S) : um mineral indispensvel no tratamento da pele. Ele ajuda a manter o equilbrio do oxignio necessrio para o bom funcionamento do crebro, alm de auxiliar o fgado na secreo da bile. No existe uma dosagem diria especfica para o enxofre, mas uma dieta com protena suficiente garante a quantidade necessria. Melhora a colorao da pele e torna os cabelos mais brilhantes e ajuda a combater infeces bacterianas. Pode ser encontrado em carne magra, peixe, feijo, ovo, repolho. Os Eletrlitos so o Cloro, Potssio e o Sdio. Alguns autores incluem a gua nesta categoria mineral: CLORO (Cl): Regula o equilbrio cido-bsico do sangue, alm de ajudar na eliminao dos metablitos do organismo, auxiliando o funcionamento do fgado. No h uma dosagem pr-estabelecida para o cloro, porm se for ingerido diariamente, atravs do sal marinho (de cozinha), o organismo no ter problemas de carncia da substncia. Auxilia na digesto, ajudando na flexibilidade do organismo. Pode ser encontrado no Sal, alga e azeitona. POTSSIO (K): um mineral que, quando associado ao sdio, regula o equilbrio da gua no organismo e normaliza o ritmo do corao. No h uma dosagem diria pr-estabelecida de potssio, mas recomenda-se para os adultos o consumo de 1.825 a 5.625 mg. O potssio contribui para o raciocnio claro, enviando oxignio ao crebro. Auxilia na eliminao das matrias inteis do organismo e na reduo da presso sangnea. Pode ser encontrado na banana, batata, frutas ctricas, melo, tomate, agrio, verduras, hortel e sementes de girassol.
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SDIO (Na): O sdio foi descoberto juntamente com o potssio. essencial para o crescimento normal. No entanto, cuidado: as dietas com alto teor de sdio so causadoras de muitos casos de presso alta. No existe uma dosagem diria especfica para este mineral, porm recomenda-se s 1g de cloreto de sdio para cada quilo de gua bebida. Melhora a colorao da pele, alm de dar mais brilho aos cabelos. Ajuda a combater as infeces bacterianas. Pode ser encontrado no sal, mariscos, beterraba, cenoura, charque, alcachofra, miolo, rim e bacon.
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A GUA
Conhecida como o solvente universal, a gua o nutriente mais importante para o homem. O corpo humano contm por volta de 75% de gua. Ela o solvente bsico de todos os produtos da digesto, alm de ser indispensvel para regular a temperatura do corpo e eliminar resduos. No existe uma dosagem para a gua, pois sua perda varia com o clima. Admite-se que mais de 50% da gua necessria ao nosso organismo acompanhe os alimentos, e que por este motivo a ingesto de alimentos in natura (vegetais) ser fundamental tambm para hidratao. Metabolicamente, como o corpo necessita de um perfil calrico mnimo para funcionar, obviamente o volume mnimo de gua necessrio deve ser compatvel a este perfil calrico. Desta forma, existe uma relao direta da necessidade mnima de gua com a taxa metablica basal (de repouso), j que as pesquisas metablicas utilizaram a gua como determinar o referencial de caloria. Lembrando que 1 Kcal a quantidade de energia necessria para elevar em 1C 1 litro de gua. Ento um indivduo, que por exemplo, possua uma taxa metablica basal de 1200 Kcal, necessita no mnimo de 1200 ml de gua. importante observar que necessitar de um valor determinado de gua, no quer dizer ter que bebereste total, pois como dito os alimentos (principalmente os vegetais in natura) possuem considerveis quantidades de gua. Sendo assim, entendemos que a necessidade real de gua para ser determinada, deve passar no mnimo pela anlise calorimtrica mnima a qual um indivduo necessite. para Pois na realidade, o mnimo um ponto de partida
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a determinao do total ideal, que somente laboratorialmente que se poderia chegar ao valor exato. A gua est presente em diversos compartimentos comporais, com volumes diferenciados, e sendo utilizada funcionalmente tambm com volumes diferenciados. Veja: Fig. 05 Emprego de gua no organismo.
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Na ocorrncia de alguma doena que cause hipoproteinemia (a principal a albumina), ou o cliente esteja ingerindo
quantidade inferiores de protenas, existe uma tendncia a se formar edemas, mesmo que a presso intravenosa esteja normal.
Quando a ingesto alimentar de eletrlitos est desbalanceada, normalmente com aumento de Sdio na forma A ingesto alimentar de carboidratos de alto ndice glicmico contribui indiretamente para o aparecimento de
edemas, em funo da caracterstica que o carboidrato possui de necessitar de por volta de 2,7 g de gua para o seu metabolismo. CICATRIZAO
O estado nutricional interfere diretamente na reparao tecidual. Desnutrio protica est associada menos
cicatrizao por reduo da produo de fiboblastos, neoangiognese e sntese de colgeno alm de menor capacidade de remodelao tecidual.
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O paciente desnutrido global ou especfico pode ser prejudicado. A deficincia de um nico nutriente pode prejudicar todo o processo de reparao tecidual. Macro e micronutrientes e o aporte hdrico fornecido ao paciente podem interferir no processo de cicatrizao. a evoluo do processo cicatricial.
lipossolveis (A e E) hidrossolveis (C e Tiamina) e oligoelementos (zinco, magnsio) podem modificar negativamente Da mesma forma o dficit, ou desequilbrio entreos cidos graxos poliinsaturados, principalmente 3 e 6, contribui
negativamente para a cicatrizao e reparao tecidual, j que estes participam intensamente no processo inflamatrio. A pouca ingesto de alimentos que contenham o Linolico (6) por exemplo, interferem com a cascata do cido graxo aracdnico, que um derivado deste cido graxo poliinsaturado. Isso faz com que haja um desbalanceamento do processo inflamatrio, produzindo dentre outras coisas o aumento de radicais livres (EROS). PELE/ENVELHECIMENTO
A ingesto de volumes excessivos de cido graxo saturado contribui diretamente para o aumento da viscosidade
sangunea, que interfere com o trnsito dos capilares, causando hipxia, e levando a morte de tecido epitelial como consequncia. Isto caracteriza uma perda da qualidade das estruturas da derme e epiderme.
Da mesma forma, o pouco consumo de vegetais in natura ricos em antioxidantes, como a vitamina E e a vitamina A,
aceleram o poder destrutivo dos radicais livres, que prejudicam a reparao diria e intensa que a pele necessita fazer. E ingerir alimentos com vitaminas do complexo B potencializa-se a preveno de dermatites.
O dficit nutricional de vitamina C determinante para o envelhecimento precoce, j que a sntese de colgeno tem
relao direta com esta vitamina que tambm citada como grande estimuladora da angiognese, que por sua vez estimulada pelo fluxo vascular adequado. Da a importncia de se possuir um volume mnimo de gua circulante, acompanhando a ingesto de vegetais ou ingerindo
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OBESIDADE
Compreende um captulo parte na Dermato funcional, que no convm aqui ser explanado, que a cincia vem
demonstrando ser causada por gravssimos erros comportamentais alimentares, fora situaes sindrmicas estatisticamente menores.
Por ser caracterizada como doena inflamatria sub-aguda e crnica, fora o controle dos volumes alimentares
ingeridos, que invariavelmente so acima da necessidade metablica, a obesidade por sua muliplicidade de causas no pode ser confrontada com anlises simplistas. Ento, necessrio que o profissional fisioterapeuta observe que rastrear a qualidade e a quantidade alimentar so parmetros mnimos a serem pesquisados em seu cliente, apesar de no necessariamente serem suficientes.
NA FISIOTERAPIA TRAUMATO-FUNCIONAL
DISTURBIOS DE TENDES FASCIAS E LIGAMENTOS
A cidose metablica crnica tem relao direta com as leses e as deficincias na recuperao que acometem as
estruturas referidas. O excesso alimentar de carboidratos de alto ndice glicmico promovem uma produo crnica de sais de lactato, CO2 e on Hidrognio. Isto suficiente para interferir com a sntese de colgeno, que de uma maneira direta responsvel pela integridade destas estruturas.
O consumo de alimentos ricos em vitaminas C, pode ajudar a diminiuir o grau de incapacidade causado pelo dficit
Dficits crnico de Vitaminas do Complexo B potencializam as incapacidades das neuropatias. Normalmente o poder
de absoro de glicose pelo nervo fica comprometido quando o mesmo apresenta um processo inflamatrio. Ento aumentar o consumo de vitaminas do complexo B, principalmente a B12, e tambm ingerir alimentos com poder de ajudar no processo inflamatrio em desequilbrio, so condutas alimentares a serem orientadas. Destacamos como antiinflamatrios os cidos graxos poliinsaturados Linolico e Linolnico. FRATURAS SSEAS / SITUAES SIMILIARES
osteossntese, cursa da mesma forma em relao aos preceitos alimentares. Mas se deve levar em considerao o situao do metabolismo do on clcio e do on fsforo. Assim, observar se o cliente esta fazendo consumo que contemple estes nutrientes pode auxiliar o Fisioterapeuta em seu trabalho.
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NA FISIOTERAPIA NEURO-FUNCIONAL
NOS ACIDENTES VASCULARES ENCEFLICOS
O principal nutriente do crebro a glicose, apesar de em situaes de jejum ele conseguir trabalhar com corpos
cetnicos. Desta forma, o aporte de carboidrato de boa qualidade em relao sua oferta contnua ao crebro, providencial. Isto quer dizer, que por todos os malefcios que o carboidrato de alto ndice glicmico traz, e pelo benefcio que precisamos este sistema nervoso com a glicose adequada, no convm que esta modalidade de paciente (ou similar com alteraoes neurolgicas) consuma alimentos com grande quantidade de carboidratos de alto ndice glicmico.
Permitir que os vasos enceflicos fiquem permeveis fundamental neste tipo de paciente, assim a recomendao
de alimentos promotores do trnsito vascular adequado se faz adequada. Assim, a ao de vitaminas do complexo B e vitamina C podero ser executadas. DOENAS CREBRO-DEGENERATIVAS
Minerais como zinco, fsforo e magnsio, vitaminas A, C, D, E e do complexo B , alm do cido graxo poliinsaturado mega-3, estimulam significante a atividade cerebral e (dentre outras coisas) inibem a depresso Ento, analisar se
nutricionalmente esta modalidade de paciente os est ingerindo e necessrio, e auxiliar ao tratamento fisioteraputico.
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NA FISIOTERAPIA PNEUMO-FUNCIONAL
DPOC
Invariavelmente os pacientes com DPOC possui dficits fsico-funcionais e alimentares crnicos. A fisiopatologia
desta doena determina altos nveis de CO2, e conseqentemente acidose metablica crnica. Por isso especial cuidado deve ser dado pelo Fisioterapeuta que trabalha em UTIs, dieta rica em carboidratos de alto ndice glicmico em pacientes em ventilao mecnica. A recomendao mais comum ento uma dieta hiperlipdica, hipoglicdica e normoproteca, e nos servios de terapia intensiva cabe ao Fisioterapeuta manter contato contnuo com o profissional de Nutrio para que juntos possam minimizar o risco da hipercapnia. ASMA
De forma semelhante ao DPOC, o paciente portador de Asma (nfase s crianas) tambm apresenta
comprometimentos fsico funcionais globais. Desta forma, analisar o perfil quantitativo e qualitativo dos seus aspectos nutricionais se faz necessrio. Esto aparecendo evidncias que alguns tipos de alimentos, principalmente protenas, funcionam como alergenos a este tipo de paciente. As pesquisas mais evidentes marcam principalmente os ovos e o leite (de vaca) neste universo. REABILITAO CARDIOPULMONAR
Existem evidncias demonstrando que alguns alimentos podem ser mais prejudiciais, e s vezes causadores, em
um processo de Reabilitao Cardiopulmonar e Metablica. A deficincia de cido flico e vitaminas B6 e B12, precipitam um aumento no fator homocistena, prejudiciais saude cardaca. Cabe ao Fisioterapeuta estar atento ao equilbrio geral que deve possuir a alimentao desta modalidade de cliente, principalmente em relao ao controle metablico.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CUPPARI, L. Guia de nutrio: nutrio clnica no adulto. Ed. Manole, So Paulo,
2002. MAHAN, L.K.; ARLIN, M.T. Krause: Alimentos, nutrio e dietoterapia. Trad. da
10 ed. Americana. Ed. Roca, So Paulo, 2002 RAMIA, J.A.A - Os Aminocidos - Revista Muscle In form - ano 06 - n32/02 .ROJAS AI, PHILLIPS T.J Patients with chronic leg ulcers show diminished levels of vitamins A and E, carotenes,
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