Lei Estadual 5245-2022

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GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA

GOVERNADORIA
LEI N° 5.245, DE 7 DE JANEIRO DE 2022.
(Publicado no DIOF n° 4, de 7/1/2022)
(Republicação dos artigos 20, 25 e 31 da Lei nº 5.245, de 7 de janeiro de 2022, por ter constado incorreção material,
quanto ao original, na Edição nº 4 do Diário Oficial do Estado de 7 de janeiro de 2022, conforme Diário Oficial
Eletrônico do Estado de Rondônia n° 6, de 11/01/2022)
(Republicação do artigo 14, § 3° do artigo 18, § 2° do artigo 29, inciso I do artigo 37 e artigo 41, por ter constado
incorreção material, quanto ao original, na Edição n° 4 do Diário Oficial do Estado de 7 de janeiro de 2022,
conforme Diário Oficial Eletrônico do Estado de Rondônia n° 50, de 18/3/2022)

Alterações:
Alterada pela Lei n° 5.326, de 4/4/2022.
Alterada pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022.
Alterada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022.

Dispõe sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares do


Estado de Rondônia - SPSM/RO, e revoga dispositivos do
Decreto-Lei n° 9-A, de 9 de março de 1982, da Lei n° 1.063,
de 10 de abril de 2002, de 3 de janeiro de 1983.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
Seção I
Das Disposições Gerais do Sistema de Proteção Social dos Militares Estaduais

Art. 1° Fica estabelecido o modelo de gestão do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado
de Rondônia - SPSM/RO, além de outras disposições necessárias para regular o funcionamento do
Sistema de Proteção criado pelos arts. 24-A a 24-J do Decreto-Lei Federal no 667, de 2 de julho de 1969,
regulamentando o inciso XXI do art. 22 da Constituição Federal de 1988, com redação dada pela Emenda
Constitucional n° 103, de 12 de novembro de 2019.

§ 1° O Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Rondônia - SPSM/RO, é o conjunto


integrado de direitos, serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão Militar, saúde
e assistência.

§ 2° Os benefícios de saúde e assistência deverão ser regulamentados por legislação específica.

Seção II
Dos Princípios

Art. 2° São princípios do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Rondônia -
SPSM/RO:
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I - a observância da simetria entre o sistema de proteção social dos militares do Estado de Rondônia
e o das Forças Armadas;

II - a contributividade obrigatória e solidária entre os militares ativos, inativos e pensionistas;

III - a promoção da sustentabilidade do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de


Rondônia - SPSM/RO;

IV - a irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - vedação à criação, majoração ou extensão de qualquer benefício sem a correspondente fonte


de custeio total;

VI - a paridade remuneratória entre os militares ativos, inativos e pensionistas como forma de


reajustamento dos benefícios; e

VII - valor mensal de proventos de inatividade e pensões não inferior ao salário mínimo e
observando, quanto a seu limite máximo, o disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal,
ressalvadas as exceções constitucionalmente estabelecidas.

Seção III
Dos Conceitos Básicos

Art. 3° Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I - acidente em serviço: o evento ocorrido no exercício do posto ou graduação e que se relacione,


direta ou indiretamente, com as atribuições do militar e provoque lesão corporal ou transtorno mental
que impliquem a perda temporária ou permanente da capacidade laboral;

II - benefício: a Reserva Remunerada, a Reforma e a Pensão Militar;

III - beneficiário: observadas as condições legais, cada um daqueles declarados pelo militar que
têm a expectativa de direito de receber pensão Militar;

IV - caráter contributivo: a previsão expressa em lei das alíquotas de contribuição obrigatória dos
militares ativos, inativos e dos pensionistas;

V - caráter solidário: a obrigação constituída entre o Estado de Rondônia, os militares ativos,


inativos e os pensionistas, no custeio dos benefícios do SPSM/RO, na proporção de suas capacidades
contributivas;

VI - dependência econômica: a situação em que determinada pessoa vive às expensas do militar,


em razão da inexistência ou da insuficiência de recursos para o sustento próprio;

VII - incapacidade definitiva: a situação em que o militar fica impossibilitado, total e


permanentemente, para o serviço militar, e não pode ser aproveitado em atividade-meio militar;
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VIII - invalidez: a situação em que o militar fica impossibilitado, total e permanentemente, para
qualquer trabalho, e não pode prover os meios de subsistência;

IX - moléstia profissional: a doença decorrente das condições próprias do serviço militar ou do seu
meio restrito, expressamente assim caracterizada por junta médica da respectiva corporação;

IX - moléstia profissional: a doença decorrente das condições próprias do serviço militar ou do seu
meio restrito, expressamente assim caracterizada por Junta Médica de Saúde da Corporação Militar;
(Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

X - pensão Militar: o benefício pago aos beneficiários do militar em virtude de sua morte;

XI - pensionista: o familiar do militar em gozo do benefício de pensão Militar;

XII - regime de repartição simples: contribuições arrecadadas em cada competência destinadas ao


custeio dos benefícios em gozo na mesma competência;

XIII - remuneração de inatividade: o rendimento referente aos proventos da transferência para a


reserva remunerada e da reforma;

XIV - tempo de exercício de atividade de natureza militar: o tempo exercido em posto ou


graduação, ainda que seja de provimento temporário nas instituições militares das Forças Armadas ou
forças auxiliares; e

XV - tempo de serviço: o tempo exercido em atividade de natureza militar acrescido dos períodos
de tempo de contribuição em regimes obrigatórios de previdência, devidamente averbados, na forma
desta Lei.

Seção IV
Das Finalidades

Art. 4° O SPSM, organizado por esta Lei, atenderá às seguintes finalidades:

I - proporcionar ao segurado e aos seus dependentes benefícios de inatividade e pensão Militar;

II - garantir o pagamento da remuneração da inatividade decorrente de ato de concessão praticado


pelas autoridades competentes; e

III - dar cobertura aos eventos de incapacidade permanente para o trabalho, morte e idade
avançada.

CAPÍTULO II
DA INATIVIDADE
Seção I
Da Reserva Remunerada
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Art. 5° A passagem do Militar do Estado à situação de inatividade, mediante transferência para a


Reserva Remunerada, se efetua:

I - a pedido; e

II - ofício.

II - de ofício. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 6° A transferência para a Reserva Remunerada oficio verificar-se-á sempre que o Militar do
Estado:

Art. 6° A transferência para a Reserva Remunerada de oficio verificar-se-á sempre que o Militar
do Estado: (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

I - completar o Oficial Superior 6 (seis) anos de permanência no último posto existente na


corporação, desde que também conte com 35 (trinta e cinco) anos de serviço, para os militares que
ingressarem após 31 de dezembro de 2021;

I - completar o Oficial Superior 3 (três) anos de permanência no último posto existente na


corporação, desde que também conte com 35 (trinta e cinco) anos de serviço, para os militares que
ingressarem após 31 de dezembro de 2021; (Redação dada pela Lei n° 5.326, de 4/4/2022)

II - completar o Oficial Superior 6 (seis) anos de permanência no último posto existente na


corporação, desde que também conte 30 (trinta) anos de serviço, para os militares que ingressaram até
31 de dezembro de 2021, acrescido de 17% (dezessete por cento) sobre tempo de serviço faltante para
atingir o tempo mínimo;

II - completar o Oficial Superior 3 (três) anos de permanência no último posto existente na


corporação, desde que também conte 30 (trinta) anos de serviço, para os militares que ingressaram até
31 de dezembro de 2021, acrescido de 17% (dezessete por cento) sobre tempo de serviço faltante para
atingir o tempo mínimo. (Redação dada pela Lei n° 5.326, de 4/4/2022)

III - quando Oficial, considerado não habilitado para o acesso, em caráter definitivo, no momento
em que vier a ser objeto de apreciação para o ingresso em Quadro de Acesso;

IV - ultrapassar 2 (dois) anos contínuos, ou não, em licença para tratar de interesse particular;

V - ultrapassar 2 (dois) anos contínuos em licença para tratamento de saúde de dependente


legalmente reconhecido;

VI - ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuos ou não, agregado em virtude de ter sido
empossado em cargo público civil, temporário, não eletivo, inclusive da Administração Indireta; e

VII - for diplomado em cargo eletivo, na forma estabelecida na legislação específica.

VIII - atingir a idade-limite de 63 (sessenta e três) anos. (Acrescido pela Lei n° 5.326, de
4/4/2022)
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Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos IV, V, VI, VII a remuneração de inatividade poderá ser
proporcional ao tempo de serviço.

§ 1° Nas hipóteses dos incisos IV, V, VI, VII e VIII, a remuneração de inatividade poderá ser
proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Lei n° 5.326, de 4/4/2022)

§ 2° . (VETADO na Lei n° 5.326, de 4/4/2022)

Art. 6°-A Os casos de transferência para a Reserva Remunerada, previstos nos incisos I e II do
artigo 6°, não se aplicam aos ocupantes dos cargos de Comandante-Geral, Subcomandante-Geral e de
Chefe do Estado-Maior das Corporações Militares do Estado de Rondônia, no período que
permanecerem nos respectivos cargos. (Acrescido pela Lei n° 5.326, de 4/4/2022)

Art. 6°-B Por ocasião da exoneração do cargo de Comandante-Geral, de Subcomandante-Geral ou


de Chefe do Estado- Maior das Corporações Militares, no caso do militar já ter ultrapassado o período
previsto nos incisos I e II do artigo 6° será imediatamente transferido para a Reserva Remunerada, caso
não tenha ultrapassado o período previsto, poderá permanecer na ativa, no Quadro Especial, durante pelo
tempo que ainda restar. (Acrescido pela Lei n° 5.326, de 4/4/2022)

Art. 7° A transferência do Militar do Estado para a Reserva Remunerada poderá ser suspensa na
vigência de estado de guerra, estado de sítio, em caso de mobilização ou em caso de emergente
necessidade de segurança pública.

Art. 8° A remuneração na inatividade terá por base a remuneração do Posto ou da Graduação que
o Militar possuir por ocasião da transferência para a inatividade remunerada, e será:

I - integral, desde que cumprido o tempo mínimo de 35 (trinta e cinco) anos de serviço, dos quais
no mínimo 30 (trinta) anos de exercício de atividade de natureza militar ou de interesse militar; ou

II - proporcional, com base em tantas quotas de remuneração do Posto ou da Graduação quantos


forem os anos de serviço, se transferido para a inatividade sem atingir o referido tempo mínimo.

Parágrafo único. No caso de o Militar do Estado haver realizado qualquer curso ou estágio, de
duração superior a 6 (seis) meses, por conta do Estado, sem haver decorrido 3 (três) anos de seu término,
a transferência para a Reserva Remunerada só será concedida mediante indenização de todas as despesas
correspondentes à realização do referido curso ou estágio, inclusive, as diferenças de vencimentos. O
cálculo da indenização será efetuado pelo órgão competente da Corporação.

Parágrafo único. No caso de o Militar do Estado haver realizado qualquer curso ou estágio, de
duração superior a 6 (seis) meses, por conta do Estado, no exterior ou no país fora das instituições
militares, sem haver decorrido 3 (três) anos de seu término, a transferência para a Reserva Remunerada
a pedido só será concedida mediante indenização de todas as despesas correspondentes à realização do
referido curso ou estágio, inclusive as diferenças de vencimentos, sendo o cálculo da indenização
efetuado pelo órgão competente da Corporação. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)
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Art. 9° A remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista automaticamente na mesma
data da revisão da remuneração dos militares da ativa, para preservar o valor equivalente à remuneração
do militar da ativa do correspondente Posto ou Graduação.

Seção II
Da Reforma De Oficio

Art. 10. A passagem do Militar do Estado à situação de inatividade, mediante reforma, será sempre
de oficio e aplicada ao mesmo, desde que:

I - atinja as seguintes idades-limites de permanência na Reserva Remunerada:

a) para Oficiais Superiores: 64 (sessenta e quatro) anos;

b) para Capitães e Oficiais Subalternos: 64 (sessenta e quatro) anos; e

c) para Praças: 64 (sessenta e quatro) anos;

II - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo da Polícia Militar;

II - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo das Corporações Militares do
Estado; (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

III - esteja agregado há mais de 2 (dois) anos, por ter sido julgado incapaz, temporariamente,
mediante homologação da Junta de Médica, ainda que se trate de moléstia curável;

IV - seja condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por decisão transitada
em julgada;

V - sendo Oficial, tiver determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado, em julgamento por ele
efetuado, em consequência de Conselho de Justificação a que foi submetido; e

VI - sendo Aspirante a Oficial, ou Praça com estabilidade assegurada, for para tal indicado ao
comandante da Corporação respectiva, em julgamento do Conselho de Disciplina.

VII - se temporário: (Inciso acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

a) for julgado inválido; (Alínea acrescida pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

b) for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo do CBM/RO, quando ferido em ato
de serviço, na preservação da ordem pública, ou por ter contraído enfermidade nessa situação ou que
nela tenha sua causa eficiente. (Alínea acrescida pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

Parágrafo único. O Militar do Estado, reformado na forma dos incisos V ou VI, só poderá
readquirir a situação de Militar do Estado, anterior, respectivamente, por decisão transitada em julgada
e nas condições nela estabelecidas ou por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar e
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar.
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Art. 11. Anualmente, no mês de fevereiro, a Corporação competente organizará a relação dos
Militares do Estado que houverem atingido a idade-limite de permanência na Reserva Remunerada, a
fim de serem reformados.

Art. 12. A situação de inatividade do Militar do Estado da Reserva Remunerada, quando reformado
por limite de idade, não sofre solução de continuidade, exceto quanto às condições de mobilização.

Art. 13. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:

I - ferimento recebido/acidentes, em ato de serviço, na preservação da ordem pública, ou


enfermidade contraída nessa situação ou que nela tenha sua causa eficiente;

I - ferimento recebido em operações e/ou ações policiais/bombeiro militares, na preservação da


ordem pública ou defesa civil e/ou acidente em ato de serviço ou enfermidade contraída nessas situações
ou que nelas tenham sua causa eficiente; (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

II - doença, moléstia ou enfermidade adquirida que tenha relação de causa e efeito com as
condições inerentes ao serviço;

III - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave mal de parkinson, pênfigo, espondiloartrose, nefropatia
grave, e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da medicina especializada; e

IV - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem relação de causa e efeito com o serviço.

§ 1° Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste artigo, serão provados por atestado de origem,
ou inquérito sanitário de origem sendo os termos de acidente, baixa do hospital, papeletas de tratamento
nas enfermarias e hospitais e os registros de baixa, meios subsidiários para esclarecer a situação.

§ 2° As Juntas Médicas, nos casos de tuberculose, deverão basear seus julgamentos,


obrigatoriamente, em observações clínicas acompanhadas de repetidos exames subsidiários, de modo a
comprovar, com segurança, a atividade da doença, após acompanhar sua evolução até três períodos de
seis meses de tratamento clínico-cirúrgico metódico, atualizado e, sempre que necessário, nosocomial,
salvo quando se tratar de formas “grandemente avançadas”, no conceito clínico, sem qualquer
possibilidade de regressão completa, as quais terão parecer imediato de incapacidade definitiva.

§ 3° O parecer definitivo a adotar nos casos de tuberculose, para os portadores de lesões


aparentemente inativas, ficará condicionado a um período de consolidação extra-nosocomial, nunca
inferior a seis meses, contados a partir da época da cura.

§ 4° Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou neuro-mental grave


persistente, no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, permaneça alteração completa ou
considerável, na personalidade, destruindo a autodeterminação do pragmatismo e tornando o indivíduo
total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. Ficam excluídas do conceito de
alienação mental, as epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pelas Juntas Médicas.

§ 5° Considera-se paralisia todo o caso de neuropatia grave e definitiva que afeta a motilidade,
sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas, no qual, esgotados os meios habituais de tratamento,
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permaneçam distúrbios graves, extensos e definitivos que tornem o indivíduo total e permanentemente
impossibilitado para qualquer trabalho.

§ 6° São também e equiparados às paralisias, os casos de afecção osteomuscular e articulares


graves e crônicos (reumatismo grave e crônico ou progressivo e doenças similares), nos quais, esgotados
os meios habituais de tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definitivos, quer osteomuscular e
articulares, residuais, quer secundários das funções nervosas, motilidade, troficidade ou mais funções,
que tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado para o trabalho.

§ 7° São equiparados à cegueira, não só os casos de afecções crônicas progressivas e incuráveis,


que conduzirão à cegueira total, como também os de visão rudimentar que apenas permitam a percepção
de vultos, não susceptíveis de correção por lente, nem removíveis por tratamento médicocirúrgico.

Art. 14. O Militar do Estado reformado por incapacidade definitiva, que for julgado apto em
inspeção de saúde por Junta Superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo
ou ser transferido para a Reserva Remunerada, conforme o disposto no Estatuto da
PMRO. (Republicado)

Art. 14. O Militar do Estado reformado por incapacidade definitiva que for julgado apto em
inspeção de saúde por junta superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo, a
qualquer momento, desde que não tenha adquirido o tempo de aposentadoria, ou ser transferido para a
Reserva Remunerada, conforme o disposto no Estatuto dos Militares do Estado. (Dispositivo vetado
pelo Governador do Estado em 28/09/2022 e mantido o texto pela Assembleia Legislativa em
17/11/2022)

§ 1° O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reformado não


ultrapassar 2 (dois) anos, observado o disposto no Estatuto dos Militares do Estado de Rondônia.

§ 2° A transferência para a Reserva Remunerada, observado o limite de idade para a permanência


nessa Reserva, ocorrerá se o tempo transcorrido na situação de reformado ultrapassar 2 (dois) anos.

Art. 15. O Militar do Estado reformado por alienação mental, enquanto não ocorrer a designação
judicial de curador, terá sua remuneração paga aos beneficiários, desde que estes o tenham sob sua
guarda e responsabilidade e lhe dispensem tratamento humano e condigno.

Art. 15. O Militar do Estado reformado por alienação mental e o militar inativo considerado
civilmente incapaz, que possua severo impedimento de manifestação de vontade terá sua remuneração
paga ao cônjuge ou companheiro, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta e por período
não superior a 6 (seis) meses, o pagamento a herdeiro necessário, mediante termo de compromisso
firmado no ato do recebimento. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Parágrafo único. A necessidade de apresentação pelo interessado de termo de curatela é exigida


no caso de o militar reformado por alienação mental e o militar inativo considerado civilmente incapaz
apresentar grave prejuízo de discernimento constatado em laudo médico-pericial ou no caso de não
possuir cônjuge ou companheiro, pai, mãe. (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 16. O Militar do Estado na inatividade, reformado por invalidez, fará jus, mensalmente, a um
adicional de invalidez, no valor de 10% (dez por cento) incidentes sobre o seu provento, desde que
satisfaça a uma das seguintes condições, devidamente constatadas por Junta Médica Oficial:
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I - necessitar de internações especializadas, em organização hospitalar; e

II - necessitar de assistência médica ou cuidados permanentes de enfermagem.

CAPÍTULO II-A
DO MILITAR TEMPORÁRIO
(Acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

Art. 16-A. O Militar Temporário contribuirá de acordo com o disposto no Capítulo IV desta Lei e terá
direito à reforma por invalidez, conforme alíneas “a” e “b” do inciso VII do art. 10 desta Lei. (Artigo
acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

§ 1° Cessada a vinculação do Militar Temporário junto às instituições militares estaduais, o tempo de


serviço militar será objeto de contagem recíproca para fins de aposentadoria no Regime Geral de
Previdência Social ou em Regime Próprio de Previdência Social, sendo devida a compensação financeira
entre os regimes. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

§ 2° No caso de morte do Militar Temporário decorrente de ferimento em ato de serviço, na


preservação da ordem pública, ou por ter contraído enfermidade nessa situação ou que nela tenha sua causa
eficiente, será devida pensão militar aos seus beneficiários. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 5.372, de
30/6/2022)

§ 3° Aplica-se aos Militares Temporários o previsto no § 1° do art. 13 desta Lei. (Parágrafo


acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

§ 4° Não se aplica aos Militares Temporários o previsto nos arts. 39 e 44 desta Lei. (Parágrafo
acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

Art. 16-B. O militar temporário que estiver enquadrado em uma das hipóteses previstas nos incisos II,
III e IV do caput do art. 13 desta Lei, mas não for considerado incapaz definitivamente para qualquer
atividade laboral, pública ou privada, será licenciado ou desincorporado na forma prevista na legislação.
(Artigo acrescido pela Lei n° 5.372, de 30/6/2022)

CAPÍTULO II-B
DA AVERBAÇÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
(Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 16-C. Compete à Gerência do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Rondônia
da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania - GESPM-SESDEC a emissão de Certidão de Tempo de
Contribuição - CTC para os ex-militares do Estado e a averbação de tempo de contribuição do Militar do
Estado, após o requerimento do interessado e instrução dos autos pelas instituições militares. (Acrescido
pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)
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Parágrafo único. As instituições militares estaduais ficam responsáveis pelos atos administrativos
posteriores e anotações dos períodos averbados nos assentamentos funcionais do requerente. (Acrescido
pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 16-D. O Militar terá direito de averbar, para a concessão da inatividade de que trata esta Lei,
observado o disposto no art. 8° e no art. 38, o tempo de contribuição na administração pública direta e
indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como na iniciativa privada,
mediante a apresentação da Certidão de Tempo de Contribuição - CTC original, quando for física, ou por
meio eletrônico, emitida nos termos da legislação aplicável. (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Parágrafo único. Continuam válidas, para a averbação no SPSM/RO, as certidões de tempo de serviço
emitidas em data anterior à publicação da Emenda Constitucional Federal n° 20, de 15 de dezembro de
1998: (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

I - pelos órgãos da administração direta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e
de suas autarquias e fundações públicas, quando estiverem vinculados a regime estatutário, de
responsabilidade dos referidos entes; e (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

II - pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, com relação ao tempo de efetivo serviço prestado
com filiação ao RGPS. (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 16-E. O tempo de efetivo serviço público prestado ao Estado de Rondônia será averbado mediante
a apresentação de Certidão de Tempo de Contribuição - CTC, a ser emitida pelo Instituto de Previdência
dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, nos termos da legislação aplicável. (Acrescido
pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 16-F. As averbações realizadas até o dia 31 de dezembro de 2019 pelo IPERON e as realizadas
pelas Corporações Militares do Estado no período de 1° de janeiro de 2020 até a fixação da competência
da GESPM-SESDEC para fins de emissão de Certidão de Tempo de Contribuição - CTC, serão
consideradas válidas para contabilização junto ao SPSM/RO, salvo posterior verificação de
desconformidade e respeitada a compensação de regimes, nos termos da legislação aplicável. (Acrescido
pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

CAPÍTULO III
DA PENSÃO MILITAR
Seção I
Normas gerais

Art. 17. Aplicam-se aos Militares do Estado, as seguintes normas gerais relativas à pensão Militar:

I - o benefício da pensão Militar é igual ao valor da remuneração do Militar da ativa ou em


inatividade; e
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II - o benefício da pensão Militar é irredutível e deve ser revisto automaticamente, na mesma data
da revisão das remunerações dos Militares da ativa, para preservar o valor equivalente à remuneração
do Militar da ativa do Posto ou Graduação que lhe deu origem.

Seção II
Do processo de habilitação

Art. 18. A pensão Militar será devida ao conjunto dos beneficiários do militar que falecer, inativo
ou não, a contar da data:

I - do óbito, quando for requerida até 30 (trinta) dias após o falecimento;

II - do requerimento, quando ultrapassar 30 (trinta) dias da data do óbito; e

III - da data da decisão judicial, em caso de declaração de morte presumida ou ausência.

§ 1° Nos casos em que houver trânsito em julgado de sentença judicial ou acórdão de


reconhecimento de união estável a pensão Militar será devida a partir do requerimento administrativo.

§ 2° A apresentação de documentação incompleta não poderá constituir motivo de recusa à


autuação do requerimento da pensão Militar e, se houver alguma pendência, a análise ficará apenas
sobrestada até o cumprimento da diligência saneadora, também a pensão Militar só será devida a partir
da data da juntada da documentação faltante e essencial à sua concessão.

§ 3° O prazo para o cumprimento da diligência de que trata o § 2° será de 15 (quinze) dias da data
do recebimento da notificação ou da ciência no próprio ato da autuação incompleta e, caso o beneficiário
não cumpra esse prazo, o processo será arquivado, sem análise de mérito, e o novo pedido ficará sujeito
a autuação própria. (Republicado)

Art. 19. A pensão Militar é deferida em processo de habilitação, com base na declaração de
beneficiários preenchida em vida pelo Militar, na ordem de prioridade e nas condições a seguir:

I - primeira ordem de prioridade:

a) cônjuge ou companheiro designado ou que comprove união estável familiar;

b) pessoa separada de fato, separada judicialmente ou divorciada do instituidor, ou ex-convivente,


desde que perceba pensão alimentícia judicialmente arbitrada;

b) O ex-cônjuge separado, inclusive de fato, ou divorciado, e o ex-companheiro que na data do


falecimento do segurado esteja recebendo pensão alimentícia judicial ou por escritura pública. (Redação
dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

c) filhos ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou até 24 (vinte e quatro) anos de idade, se
estudantes universitários, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
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c) filhos ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou até 24 (vinte e quatro) anos de idade,
se estudantes, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez; (Redação dada pela Lei n° 5.435, de
27/9/2022)

d) menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante universitário, até
24 (vinte e quatro) anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a invalidez;

d) menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e
quatro) anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a invalidez; (Redação dada pela Lei n° 5.435, de
27/9/2022)

II - segunda ordem de prioridade, a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do


Militar; e

III - terceira ordem de prioridade, o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante
universitário, até 24 (vinte e quatro) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, comprovada
a dependência econômica do Militar.

III - terceira ordem de prioridade, o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante,
até 24 (vinte e quatro) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, comprovada a dependência
econômica do Militar. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

§ 1° A concessão da pensão aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I
do caput exclui desse direito os beneficiários referidos nos incisos II e III do caput deste artigo.

§ 2° A pensão será concedida integralmente aos beneficiários referidos na alínea “a” do inciso I,
exceto se for constatada a existência de beneficiário que se enquadre no disposto nas alíneas “b”, “c” e
“d”.

§ 3° A quota destinada à pessoa separada de fato, separada judicialmente ou divorciada do Militar


ou ao ex-convivente, desde que perceba pensão alimentícia, corresponderá à pensão alimentícia
judicialmente arbitrada.

§ 3° A quota destinada ao ex-cônjuge separado, inclusive de fato, ou divorciado, e o ex-


companheiro a que se refere a alínea “b” do inciso I do caput do art. 19, corresponderá ao percentual
fixado judicialmente ou por escritura pública de separação consensual, divórcio consensual ou
dissolução de união estável, enquanto permanecer a condição. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de
27/9/2022)

§ 4° Após deduzido o montante de que trata o § 3°, metade do valor remanescente caberá aos
beneficiários referidos na alínea “a” do inciso Ido caput deste artigo, hipótese em que a outra metade
será dividida, em partes iguais, entre os beneficiários indicados nas alíneas “c” e “d”.

§ 5° A quota destinada ao filho ou enteado cessará automaticamente ao completar 21 (vinte e um)


anos de idade, ficando o pagamento condicionado à apresentação da comprovação da condição de
estudante de forma periódica junto à Corporação.

§ 6° A dependência econômica de que trata os incisos II e III deverá ser comprovada junto à
Corporação Militar, mediante sindicância administrativa social, na forma de regulamento próprio.
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§ 7° Nos casos em que houver ajuizamento de ação judicial para reconhecimento da condição de
dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte,
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da
respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva sentença judicial.

§ 8° Nas ações judiciais em que o Estado de Rondônia for parte, este poderá proceder de oficio à
habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os valores
referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da cota reservada até o trânsito em
julgado da respectiva sentença judicial.

§ 9° O companheiro não designado na declaração de beneficiários deverá comprovar a união


estável por meio de:

I - decisão judicial de reconhecimento de união estável com trânsito em julgado;

II - certidão de casamento entre o militar instituidor da pensão e o requerente;

III - escritura pública declaratória de união estável atualizada feita em vida entre o instituidor e o
requerente; ou

IV - disposições testamentárias em que o militar instituidor da pensão declare o requerente como


companheiro.

§ 10. Caso seja necessário, a administração militar poderá requisitar outros documentos que
comprovem a existência da união estável, inclusive, com instauração de sindicância administrativa
social.

Art. 20. A habilitação dos beneficiários obedecerá à ordem de preferência estabelecida


no art. 19 desta Lei. (Republicado)

Parágrafo único. O beneficiário será habilitado com a pensão integral, porém, no caso de mais de
um com a mesma precedência, a pensão será rateada em cotas iguais entre eles.

Art. 21. A concessão da pensão não será protelada pela falta de habilitação de outro possível
beneficiário ou qualquer outra habilitação posterior, que importe em exclusão ou inclusão de dependente,
somente produzirá efeito a contar da data da habilitação.

Art. 22. Os processos relacionados à pensão Militar terão prioridade de tramitação em relação aos
demais processos que envolvam concessão de direitos remuneratórios.

Seção III
Da Declaração De Beneficiários

Art. 23. Todo Militar é obrigado a fazer sua declaração de beneficiário que, salvo prova em
contrário, prevalecerá para qualificação destes à pensão Militar.
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§ 1° A declaração de que trata este artigo deverá ser feita no ato de ingresso na Corporação Militar
e atualizada anualmente no mês de aniversário do Militar, sob pena de suspensão provisória da
remuneração, a partir de 90 (noventa) dias após a data natalícia.

§ 2° Ato do Comandante-Geral da respectiva Instituição Militar definirá o formulário eletrônico


padronizado, a ser disponibilizado para cumprimento da exigência do caput.

§ 3° A declaração feita em conformidade com o caput deve acompanhar a documentação


necessária para comprovação das informações apresentadas.

§ 4° Qualquer fato que importe em alteração da declaração feita em consonância com o caput deste
artigo, obriga o Militar a proceder à imediata atualização.

Art. 24. Constatada a falta de declaração de beneficiário ou se estiver incompleta ou oferecer


margem a dúvidas, a repartição competente exigirá dos interessados, certidões ou quaisquer outros
documentos necessários até que haja comprovação suficiente que atenda aos requisitos para a
habilitação.

Parágrafo único. Se a documentação apresentada não for satisfatória ao saneamento da dúvida, a


prova será feita mediante sindicância administrativa social.

Seção IV
Recadastramento Dos Beneficiários

Art. 25. É dever do beneficiário da pensão Militar, independente de notificação da administração,


atualizar seu cadastro junto à Instituição Militar, anualmente, no mês do respectivo aniversário, mediante
formulário próprio, disponibilizado por meio eletrônico, sob pena de suspensão provisória dos proventos, a
partir de 90 (noventa) dias seguinte à data natalícia. (Republicado)

Art. 25-A. A comprovação da condição de matriculado em estabelecimento de ensino para os


beneficiários estudantes acima de 21 (vinte e um) anos até 24 (vinte e quatro) anos, deverá ser realizada a
cada 6 (seis) meses, junto ao setor de inativos e pensionistas da respectiva corporação, sob pena de cessação
do beneficio. (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Seção V
Da Vedação De Acúmulo De Pensões

Art. 26. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou
companheiro, no âmbito do mesmo Sistema de Proteção Social dos Militares, ressalvadas as pensões do
mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição
Federal.

Parágrafo único. Para efeitos da aplicação das regras de acumulação de pensão Militar e redutores,
deverão ser observadas as disposições dos §§ 1°, 2°, 3°, e 4° do art. 24 da Emenda Constitucional n°
103, de 2019.
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Seção VI
Da perda da condição de beneficiário

Art. 27. Perderá o direito à pensão Militar o beneficiário que:

I - se válido e capaz, atinja os limites de idade estabelecidos nesta Lei;

II - renuncie expressamente ao direito;

III - tenha sido condenado por crime de natureza dolosa, do qual resulte a morte do instituidor da
pensão Militar;

IV - tenha seu vínculo matrimonial com o Militar instituidor anulado por decisão exarada após a
concessão da pensão ao cônjuge; e

V - sendo cônjuge, companheiro ou companheira se comprovada, em processo judicial, a qualquer


tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, com o fim exclusivo de constituir
benefício previdenciário bem como a separação de fato há mais de dois anos anteriores à data do óbito.

Parágrafo único. A renúncia expressa detém caráter irrevogável, salvo os casos de comprovação
de fraude.

Art. 28. A morte do beneficiário que estiver no gozo da pensão, bem como a cessação do direito a
esta, em qualquer dos casos do art. 27, importarão na transferência do direito aos demais beneficiários
da mesma ordem, sem que isto implique em reversão; não os havendo, a pensão reverterá para os
beneficiários da ordem seguinte.

§ 1° A hipótese de reversão da pensão para os beneficiários da ordem seguinte, poderá ocorrer


somente uma vez.

§ 2° São documentos essenciais à reversão de pensão ou à transferência de direito:

I - requerimento da parte interessada;

II - certidão de óbito do beneficiário ou prova de perda da pensão;

III - declaração de recebimento de vencimentos, proventos ou pensões; e

IV - provas complementares, quando solicitadas.

CAPÍTULO IV
DAS CONTRIBUIÇÕES
CAPÍTULO IV
DO PLANO DE CUSTEIO
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(Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 29. Incide contribuição sobre a totalidade da remuneração dos Militares do Estado, ativos
ou inativos, e do benefício de seus pensionistas, cuja receita é destinada ao custeio da pensão Militar e
da inatividade dos Militares, nos termos do art. 24-C do Decreto-Lei Federal n° 667, de 2 de julho de
1969.

§ 1° Compete ao Poder Executivo a cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes


do pagamento da pensão Militar e da remuneração da inatividade, que não têm natureza contributiva.

§ 2° As contribuições dos Militares estaduais, ativos ou inativos, e de seus pensionistas serão


compensadas diretamente no Tesouro Estadual. (Republicado)

Art. 30. A alíquota de contribuição dos policiais militares da ativa e os policiais que passarem
para a reserva remunerada a partir de 1° de janeiro de 2022 será de 10,5% (dez e meio por cento).
(Dispositivo vetado pelo Governador do Estado em 7/1/2022, mantido o texto pela Assembleia
Legislativa em 23/3/2022)

Art. 30. A alíquota de contribuição dos policiais militares da ativa, policiais da inatividade e
pensionistas, a partir de 1° de janeiro de 2022 será de 10,5% (dez e meio por cento). (Redação dada
pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022) (Medida Cautelar concedida para suspender a aplicação do
dispositivo, em 16/12/2022, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-
91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público) (Declarada a inconstitucionalidade formal e
material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435, de 2022, com efeitos ex tunc, em 4/12/2023,
constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo
Ministério Público)

Parágrafo único. Não incide a alíquota sobre quaisquer verbas de caráter indenizatório ou
parcelas de natureza não remuneratória definidas em Lei. (Dispositivo vetado pelo Governador do
Estado em 7/1/2022, mantido o texto pela Assembleia Legislativa em 23/3/2022) (Medida Cautelar
concedida para suspender a aplicação do dispositivo, em 16/12/2022, constante da Ação Direta de
Inconstitucionalidade n° 0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público) (Declarada
a inconstitucionalidade formal e material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435, de 2022, com
efeitos ex tunc, em 4/12/2023, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-
91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)

Art. 30-A. A alíquota de contribuição dos policiais que passarem para a reserva remunerada até
a data de 31 de dezembro de 2021 obedecerá aos seguintes percentuais: (Dispositivo vetado pelo
Governador do Estado em 7/1/2022, mantido o texto pela Assembleia Legislativa em 23/3/2022)
(Declarada a inconstitucionalidade formal e material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435,
de 2022, com efeitos ex tunc, em 4/12/2023, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n°
0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)

Art. 30-A. A alíquota de contribuição dos policiais da inatividade e pensionistas até a data de 31
de dezembro de 2021 obedecerá aos seguintes percentuais: (Dispositivo vetado pelo Governador do
Estado em 28/09/2022 e mantido o texto pela Assembleia Legislativa em 17/11/2022) (Medida
Cautelar concedida para suspender a aplicação do dispositivo, em 16/12/2022, constante da Ação
Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)
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(Declarada a inconstitucionalidade formal e material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435,
de 2022, com efeitos ex tunc, em 4/12/2023, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n°
0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)

I - até 5% (cinco por cento) para Soldado a 3° Sargento; (Dispositivo vetado pelo Governador
do Estado em 7/1/2022, mantido o texto pela Assembleia Legislativa em 23/3/2022) (Medida
Cautelar concedida para suspender a aplicação do dispositivo, em 16/12/2022, constante da Ação
Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)
(Declarada a inconstitucionalidade formal e material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435,
de 2022, com efeitos ex tunc, em 4/12/2023, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n°
0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)

II - 6% (seis por cento) para 2° Sargento a Subtenente. (Dispositivo vetado pelo Governador
do Estado em 7/1/2022, mantido o texto pela Assembleia Legislativa em 23/3/2022) (Medida
Cautelar concedida para suspender a aplicação do dispositivo, em 16/12/2022, constante da Ação
Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)
(Declarada a inconstitucionalidade formal e material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435,
de 2022, com efeitos ex tunc, em 4/12/2023, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n°
0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)

III - 7% para Aspirante a 1° Tenente. (Dispositivo vetado pelo Governador do Estado em


7/1/2022, mantido o texto pela Assembleia Legislativa em 23/3/2022) (Medida Cautelar concedida
para suspender a aplicação do dispositivo, em 16/12/2022, constante da Ação Direta de
Inconstitucionalidade n° 0808188-91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público) (Declarada
a inconstitucionalidade formal e material dos art. 30 e 30-A da Lei Estadual n° 5.435, de 2022, com
efeitos ex tunc, em 4/12/2023, constante da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 0808188-
91.2022.8.22.0000, ajuizada pelo Ministério Público)

Art. 30-B. São contribuintes obrigatórios do SPSM/RO, mediante desconto mensal em folha de
pagamento, os Militares ativos, inativos e pensionistas. (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 30-C. Também constituem fontes de custeio do SPSM/RO: (Acrescido pela Lei n° 5.435,
de 27/9/2022)

I - compensação financeira entre regimes e sistemas na forma estabelecida no § 9°-A do art. 201
da Constituição Federal; (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

II - juros, atualização monetária e multas por quantias devidas ao Sistema de Proteção Social dos
Militares, em relação a Militares ativos, inativos e pensionistas; (Acrescido pela Lei n° 5.435, de
27/9/2022)

III - aportes orçamentários e financeiros efetuados pelo Estado de Rondônia; (Acrescido pela
Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

IV - fontes de desvinculação; e (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

V - outros bens, recursos e direitos que lhe forem destinados e incorporados. (Acrescido pela
Lei n° 5.435, de 27/9/2022)
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CAPÍTULO V
DA GESTÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS MILITARES DO ESTADO

Art. 31. A Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania - SESDEC, em conjunto com a
Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, são responsáveis pela implantação, manutenção e
gestão da inativação e pensão dos integrantes do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado.
(Republicado)

§ 1° O Poder Executivo poderá instituir de fundo específico para o custeio da remuneração de


inatividade e pensão dos Militares do Estado, gerido, em conjunto, pelas Corporações Militares.

§ 2° A Instituição Militar deve adotar todas as providências necessárias para as boas práticas da
gestão do Sistema de Proteção Social dos Militares.

§ 3° O processamento dos benefícios de inatividade dos Militares e da pensão Militar cabe a cada
Instituição Militar, a quem também compete a análise, o processamento, a elaboração dos atos de
concessão, bem como a sua publicação.

Art. 32. Finalizado o processamento do ato na respectiva Corporação Militar, este será remetido
para a Gerência do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Rondônia da Secretaria de
Segurança, Defesa e Cidadania - GESPM-SESDEC, ou órgão congênere, responsável pela análise
jurídica, homologação dos cálculos, análise de conformidade, dentre outros aspectos previstos em
regulamento próprio.

§ 1° Gerência de Proteção Social dos Militares do Estado será composta por um diretor, um
representante indicado pelo Comandante de cada Instituição Militar, uma Comissão Mista e de seis
núcleos.

§ 2° A Comissão Mista é composta pelo gerente da GESPM-SESDEC, e pelos representantes


indicados pelos Comandantes de cada Corporação Militar.

§ 3° Cabe à Comissão Mista, emitir relatórios, acompanhar os processos, propor as melhorias


necessárias ao aprimoramento do Sistema de Proteção dos Militares, além de manter estreito
alinhamento entre os Comandantes Gerais e a SESDEC.

§ 4° As propostas de melhorias elaboradas pela Comissão Mista serão submetidas ao Secretário


da SESDEC, que decidirá em conjunto com os Comandantes de cada Corporação quanto a viabilidade
de sua implantação.

Art. 33. O Chefe do Poder Executivo regulamentará os procedimentos necessários à gestão do


Sistema de Proteção, o funcionamento da GESPM-SESDEC, seus fluxos internos, e demais aspectos
relevantes.

Art. 34. Após a publicação em Diário Oficial do Estado, do respectivo ato administrativo conjunto,
o pagamento da remuneração de inatividade e da pensão Militar oriundos do Sistema de Proteção Social
dos Militares do Estado caberá à Superintendência de Gestão de Pessoas - SEGEP.
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Art. 35. O Instituto Previdência do Estado de Rondônia auxiliará a SESDEC, a Policia Militar e o
Corpo de Bombeiros Militar, na implantação do Sistema de Proteção Social dos Militares.

Parágrafo único. O Instituto Previdência do Estado de Rondônia disponibilizará acesso aos meios
necessários à migração da gestão dos inativos e pensionistas para o Sistema de Proteção Social dos
Militares do Estado, que se implementará no máximo de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 36. As despesas com a implantação e gestão do Sistema de Proteção Social dos Militares do
Estado Rondônia serão custeadas pelas dotações orçamentárias de Pessoal da Secretaria de Estado da
Segurança, Defesa e Cidadania.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 37. O militar do Estado da ativa que tiver ingressado na Corporação até o dia 31 de dezembro
de 2021 e que não houver completado o tempo mínimo de serviço até esta data, deve cumprir os dois
requisitos:

Art. 37. O militar do Estado da ativa que tiver ingressado na Corporação até o dia 31 de dezembro
de 2021 e que não houver completado o tempo mínimo de serviço até esta data, deve cumprir os dois
requisitos cumulativamente: (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

I - no mínimo, o tempo de serviço faltante calculado em dias, do dia 1° de janeiro de 2022 até
completar 30 (trinta) anos de serviço, se militar do Estado masculino, ou completar 25 (vinte e cinco)
anos, se militar do Estado feminino, com acréscimo de 17% (dezessete por cento) sobre este tempo de
serviço faltante; e (Republicado)

II - o tempo mínimo de 25 (vinte e cinco) anos de exercício de atividade de natureza militar ou de


interesse militar, com o acréscimo de 4 (quatro) meses a cada ano de serviço faltante, calculado em dias,
do dia 1° de janeiro de 2022 até completar 30 (trinta) anos de serviço, se militar do Estado masculino,
ou completar 25 (vinte e cinco) anos, se militar do Estado feminino, limitado a 5 (cinco) anos de
acréscimo.

II - o tempo mínimo de 25 (vinte e cinco) anos de exercício de atividade de natureza militar ou de


interesse militar, com o acréscimo de 4 (quatro) meses a cada ano de serviço faltante, calculado em dias,
do dia 1° de janeiro de 2022 até completar 30 (trinta) anos de serviço, se militar do Estado masculino,
ou o tempo mínimo de 20 (vinte) anos de exercício de atividade de natureza militar ou de interesse
militar, com o acréscimo de 4 (quatro) meses a cada ano de serviço faltante, calculado em dias, do dia
1° de janeiro de 2022 até completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se militar do Estado feminino,
limitado a 5 (cinco) anos de acréscimo. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Parágrafo único. O acréscimo de que trata o inciso II do art. 37 será obtido pelo valor determinado
na tabela constante no Anexo Único, referente à data em que o militar do Estado masculino completará
o tempo de 30 (trinta) anos de serviço ou, se militar do Estado feminino, 25 (vinte e cinco) anos de
serviço.
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CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38. É assegurado o direito adquirido na concessão de inatividade remunerada aos Militares do
Estado, e de pensão Militar aos seus beneficiários, a qualquer tempo, desde que tenham sido cumpridos,
até 31 de dezembro de 2021, os requisitos exigidos pela Lei Estadual para obtenção desse benefício,
observados os critérios de concessão e de cálculo em vigor na data de atendimento dos requisitos, se
mais benéfico.

Art. 38. É assegurado o direito adquirido na concessão de inatividade remunerada aos Militares
do Estado, a qualquer tempo, desde que tenham sido cumpridos, até 31 de dezembro de 2021, os
requisitos exigidos pela Lei Estadual para obtenção desses benefícios, observados os critérios de
concessão e de cálculo em vigor na data de atendimento dos requisitos. (Redação dada pela Lei n°
5.435, de 27/9/2022)

Art. 39. O Militar do Estado da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos
constantes do inciso I, do art. 13 desta Lei, será reformado com remuneração calculada com base no
soldo correspondente ao grau hierárquico imediato ao que possuir na ativa.

Art. 39. O Militar do Estado da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos
constantes do inciso I do art. 13 desta Lei será reformado com remuneração calculada com base no soldo
correspondente ao grau hierárquico imediato ao que possuir na ativa, conforme estatuto dos militares.
(Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 40. O tempo de serviço Militar e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência
Social ou ao Regime Próprio de Previdência Social terão contagem recíproca para fins de inativação
Militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição
referentes aos Militares e as receitas de contribuição previdenciária referentes aos demais regimes.

Parágrafo único. É vedada a desaverbação de tempo de contribuição, quando o tempo averbado


tiver gerado a concessão de direitos ou vantagens remuneratórias ao militar do Estado. (Acrescido pela
Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 41. Sempre que houver alteração nas regras dos Militares das Forças Armadas, as normas
gerais de inatividade e pensão dos Militares do Estado, estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C do
Decreto-Lei Federal no 667, de 1969, devem ser ajustadas para a manutenção da simetria, vedada a
instituição de disposições divergentes que tenham repercussão na inatividade ou na pensão
Militar. (Republicado)

Art. 42. Observadas as normas gerais de competência da União dispostas no inciso XXI do art. 22
da Constituição Federal, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações
especiais dos Militares do Estado de Rondônia são estabelecidos em Lei específica, nos termos do §
1° do art. 42, combinado com o inciso X do § 3° do art. 142 da Constituição Federal.

Art. 43. Os alunos das escolas de formação de Oficiais e de Praças contribuirão nos mesmos
percentuais do art. 30, com os direitos e obrigações previstos no Estatuto dos Militares do Estado de
Rondônia.
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GOVERNADORIA
§ 1° O No caso dos cursos de formação concluídos anteriormente à vigência desta Lei, os Militares
poderão solicitar a contribuição do tempo não contabilizado, com o recolhimento dos valores nos
percentuais definidos no art. 30, com base no vencimento do aluno Oficial ou aluno soldado na data da
solicitação.

§ 1° No caso dos cursos de formação concluídos anteriormente à vigência desta Lei, os Militares
poderão solicitar a contribuição do tempo não contabilizado, com o recolhimento dos valores nos
percentuais definidos no art. 30, com base no vencimento do aluno Oficial ou aluno soldado na data da
solicitação, ou solicitar averbação do período de curso de formação em que comprovadamente tenha
havido pagamento de contribuição, com todos os efeitos da lei à época do curso. (Redação dada pela
Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

§ 2° O pedido de pagamento de tempo de serviço Militar será solicitado pelo Militar interessado
diretamente ao setor de pessoal de sua Instituição Militar.

§ 3° O pagamento poderá ser realizado em até 60 (sessenta) parcelas, o qual findo, será lavrada
Certidão de Contribuição, pela respectiva Corporação Militar.

Art. 44. A remuneração integral sobre o grau superior ou o acréscimo de 20% (vinte por cento) é
devida ao Militar que contribuir ao Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Rondônia,
sobre o grau hierárquico imediatamente superior, ou remuneração normal acrescida de 20% (vinte por
cento) para o Militar do Estado no último grau hierárquico, nos últimos 5 (cinco) anos que antecederam
a passagem para a inatividade.

Art. 44. O Militar do Estado fará jus aos proventos de inatividade calculados sobre a remuneração
do grau hierárquico imediatamente superior ao ocupado ou, se inexistente na carreira, com acréscimo de
20% (vinte por cento) incidentes sobre a remuneração do último grau hierárquico existente, se houver
contribuído sobre a remuneração do grau hierárquico imediatamente superior ao ocupado ou, se
inexistente na carreira, sobre a remuneração do último grau hierárquico existente com acréscimo de 20%
(vinte por cento) incidentes sobre essa mesma remuneração, nos últimos 5 (cinco) anos que antecederem
a passagem para a inatividade, cabendo: (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

I - ao Militar do Estado da ativa formular, expressamente, a opção formal à sua Corporação pela
contribuição calculada sobre a remuneração do grau hierárquico imediatamente superior ao ocupado ou,
se inexistente na carreira, sobre a remuneração do último grau hierárquico existente acrescida de 20%
(vinte por cento) incidentes sobre essa mesma remuneração; (Acrescido pela Lei n° 5.435, de
27/9/2022)

II - à Coordenadoria de Pessoal das Corporações Militares instruir os processos para formalização


e implementação dos descontos e pagamentos sobre a remuneração do grau hierárquico imediatamente
superior ao ocupado ou, se inexistente na carreira, sobre a remuneração do último grau hierárquico
existente acrescida de 20% (vinte por cento) incidentes sobre essa mesma remuneração, e, em havendo
promoção ou outra causa que implique em aumento da remuneração no decurso do tempo, de ofício,
atualizar o valor da contribuição, aproveitando-se as parcelas e os valores já pagos para abatimento no
novo valor devido. (Acrescido pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

§ 1° O pagamento poderá ser realizado no prazo máximo de até 60 (sessenta) parcelas ou ser
quitado de forma integral.
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§ 2° Após o pagamento das 60 (sessenta) parcelas sobre o grau hierárquico imediatamente superior
ou o seu pagamento integral, deverá ocorrer a sustação dos valores.

§ 3° A remuneração integral sobre o grau superior não representa promoção para quaisquer fins.

§ 4° A contribuição a que se refere o caput do artigo deverá ser quitada integralmente antes da
passagem do Militar para a inatividade.

§ 1° A contribuição a que se refere o caput deste artigo será adimplida com a versão de 65
(sessenta e cinco) parcelas, cujo montante poderá ser diluído em quantidade inferior de parcelas ou
mesmo em cota única, a critério do militar, e cuja comprovação, em qualquer caso, deverá ocorrer até o
mês subsequente ao de quitação da totalidade do montante devido, desde que em momento anterior à
publicação do ato concessório ou do decreto de transferência do militar no Diário Oficial. (Redação
dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

§ 2° Os descontos efetuados na forma de que trata o caput deste artigo cessarão após o seu
adimplemento realizado em conformidade com o § 1° deste artigo. (Redação dada pela Lei n° 5.435,
de 27/9/2022)

§ 3° A percepção de proventos de inatividade calculados sobre a remuneração do grau hierárquico


imediatamente superior ao ocupado ou, se inexistente na carreira, com acréscimo de 20% (vinte por
cento) incidentes sobre a remuneração do último grau hierárquico existente, não representa promoção
para quaisquer efeitos. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

§ 4° O previsto no caput e nos §§ 1° e 2° deste artigo aplicam-se apenas aos casos dos Militares
que se enquadram na regra de transição de que trata o art. 37 desta Lei ou nas novas regras de inatividade
estabelecidas nesta Lei. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 45. O Ato Concessório que antecede a passagem para inatividade, deverá ser publicado até 90
(noventa) dias.

Art. 45. O Ato Concessório que antecede a passagem para inatividade, deverá ser publicado até 90
(noventa) dias, exceto se houver pendências a sanar. (Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

Art. 46. Os atos de transferência para a Reserva Remunerada, a Reforma e a concessão de pensão
Militar serão encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia - TCERO, para apreciação e
registro, ressalvadas as modificações posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

Art. 47. Não se aplica ao Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Rondônia, a
legislação dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos.

Art. 48. A promoção post mortem será regulada pelo Estatuto dos Militares Estaduais de
Rondônia.

Art. 49. São válidos os atos necessários ao regular o funcionamento e efetivação do Sistema de
Proteção dos Militares do Estado, praticados entre a vigência da Lei Federal n° 13.954, de 16 de
dezembro de 2019, e a entrada em vigor desta Lei.

Art. 50. Ficam revogados os dispositivos abaixo:


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I - do Decreto-Lei n° 9-A, de 9 de março de 1982: os incisos II e III, os §§ 1°, 2°, 3°, 4°, 5°, 6°,
7° e incisos, o § 8° e § 9° todos do art. 50, o art. 55 e § único, e o caput do art. 56 e o § único e caput art.
58 e §§1°, 2°, 3°, 4° e 5°, caput do art. 70, art. 71, inciso I e II, caput do art. 92, os incisos I, II e §§ 1° e
2° com seus incisos, caput do art. 93 e todos os incisos e parágrafos e caput do art. 94, art. 95, incisos
I, II, III, IV, V, VI, § único e caput do art. 96, art. 97, art. 98 e os incisos I, II, III,IV e V e os §§ 1°, 2°,
3°, 4°, 5°, 6°, 7° e caput do art. 99, art. 100, §§ 1° e 2° com seus incisos I, II e III, e os §§ 3°, 4°, 5°,
6° e caput do art. 101, incisos I e II e caput do art. 102, e os §§ 1° e 2° do art. 103, e o §1° e § 2° com
seus incisos I e II, e os § 3°e caput do art. 104.

II - da Lei n° 1.063, de 10 de abril de 2002: o art. 25 e § único, art. 26, art. 28 e § único, art. 29 e
incisos I e II, art. 30, art. 31, art. 32 e incisos I e II.

III - do Decreto-Lei n° 42, de 3 de janeiro de 1983.

Art. 51. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em 7 de janeiro de 2022, 134° da República.

MARCOS JOSÉ ROCHA DOS SANTOS


Governador

ANEXO ÚNICO
TEMPO DE ATIVIDADE DE NATUREZA MILITAR A SER CUMPRIDO A QUE SE REFERE O §
1° DO ART. 37

Período Cômputo de tempo de serviço


31/12/2022 25 anos
01/01/2023 a 31/12/2023 25 anos e 04 meses
01/01/2024 a 31/12/2024 25 anos e 08 meses
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GOVERNADORIA

01/01/2025 a 31/12/2025 26 anos


01/01/2026 a 31/12/2026 26 anos e 04 meses
01/01/2027 a 31/12/2027 26 anos e 08 meses
01/01/2028 a 31/12/2028 27 anos
01/01/2029 a 31/12/2029 27 anos e 04 meses
01/01/2030 a 31/12/2030 27 anos e 08 meses
01/01/2031 a 31/12/2031 28 anos
01/01/2032 a 31/12/2032 28 anos e 04 meses
01/01/2033 a 31/12/2033 28 anos e 08 meses
01/01/2034 a 31/12/2034 29 anos
01/01/2035 a 31/12/2035 29 anos e 04 meses
01/01/2036 a 31/12/2036 29 anos e 08 meses
01/01/2037 a 31/12/2037 30 anos

ANEXO ÚNICO
TEMPO DE ATIVIDADE DE NATUREZA MILITAR A SER CUMPRIDO A QUE SE REFERE O
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 37
(Redação dada pela Lei n° 5.435, de 27/9/2022)

PERÍODO COMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO MILITAR


MASCULINO FEMININO
31/12/2022 25 anos 20 anos
01/01/2023 a 31/12/2023 25 anos e 4 meses 20 anos e 4 meses
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA
GOVERNADORIA

01/01/2024 a 31/12/2024 25 anos e 8 meses 20 anos e 8 meses


01/01/2025 a 31/12/2025 26 anos 21 anos
01/01/2026 a 31/12/2026 26 anos e 4 meses 21 anos e 4 meses
01/01/2027 a 31/12/2027 26 anos e 8 meses 21 anos e 8 meses
01/01/2028 a 31/12/2028 27 anos 22 anos
01/01/2029 a 31/12/2029 27 anos e 4 meses 22 aos e 4 meses
01/01/2030 a 31/12/2030 27 anos e 8 meses 22 anos e 8 meses
01/01/2031 a 31/12/2031 28 anos 23 anos
01/01/2032 a 31/12/2032 28 anos e 4 meses 23 anos e 4 meses
01/01/2033 a 31/12/2033 28 anos e 8 meses 23 aos e 8 meses
01/01/2034 a 31/12/2034 29 anos 24 anos
01/01/2035 a 31/12/2035 29 aos e 4 meses 24 anos e 4 meses
01/01/2036 a 31/12/2036 29 anos e 8 meses 24 anos e 8 meses
01/01/2037 a 31/12/2037 30 anos 25 anos

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