LIV-003 - Verdades Que Incomodam

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ufo

Uma publicação do Biblioteca

Centro Brasileiro de Pesquisas


de Discos Voadores (CBPDV)

Verdades
que Incomodam
Alberto Romero
Verdades que Incomodam

Verdades
que Incomodam

Alberto Romero

Centro Brasileiro
de Pesquisas de
Discos Voadores
Biblioteca UFO

Copyright: Alberto Romero, Verdades que Incomodam, 1999.

Ilustrações: Alberto Romero

Capa: Alberto Romero (layout e produção)


Anthony R. Worley (fotografia)

Direitos reservados desta edição:


Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV)

Revisão:
Danielle Rodrigues de Oliveira
Mariane Andrade

Editoração Eletrônica:
Equipe UFO

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Verdades que Incomodam

Verdades
que Incomodam

Alberto Romero

Centro Brasileiro
de Pesquisas de
Discos Voadores

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Agradecimentos e dedicatória
Com toda minha especial gratidão e carinho, dedico este
trabalho às pessoas que mais me apoiaram e incentivaram:

Irene San Martín Romero, no decorrer de muitos anos.


Cleonice Santos, pela paciência com que revisou meus textos.
Valmir de Souza, meu amigo-irmão, companheiro de tantas
jornadas ufológicas nestes últimos 20 anos. A todos
os companheiros do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais
Zênite (G-PAZ), desde sua fundação até os dias de hoje.
Às nossas fontes, abduzidos e testemunhas, elos vitais
sem os quais nossas pesquisas não teriam acontecido.
Ademar José Gevaerd e a toda Equipe UFO.
E, enfim, a todos os meus colegas ufólogos.

In memorian
Dedico esta obra a um verdadeiro patriota, o coronel Uyrangê
Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, falecido em outubro
de 1997, e aos companheiros do G-PAZ José Andrade Sobrinho
e Luiz José de Souza e Silva, que foram ver outros
mundos mais de perto.

E não poderia deixar de agradecer também a todos aqueles que


foram (e são) nossos detratores, que grampearam nossos telefo-
nes e leram correspondências alheias. Aos que tiveram o trabalho
de seguir-nos, espionar-nos e até tentar nos assustar para ver se
desistiríamos. Sem esse “incentivo extra”, estas Verdades que
Incomodam perderiam um pouco o sentido...

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Sobre o autor

Alberto Romero é um argentino de 61 anos radicado no Brasil desde


1963, há 30 anos residindo na Bahia. Publicitário, artista plástico e jornalista,
dedicou 48 anos de sua vida ao estudo e pesquisa da Ufologia. Colaborou
durante vários anos com a revista argentina 4a Dimensión. Em 1970, fundou
o Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ). De 1968 a 1978 escre-
veu uma página semanal aos domingos no Jornal da Bahia, onde publicou
diversas séries de matérias sobre Ufologia.
Em 1972, criou um programa de tevê sobre Ufologia na emissora
Itapoã, de Salvador, com o nome Vamos Analisar?, onde contava com a
presença de pesquisadores locais e convidados. O programa sofreu censura
e foi tirado do ar por abordar assuntos que incomodavam as autoridades
eclesiásticas. Em 1975, organizou a 1° Expo UFO no Teatro Castro Alves, de
Salvador, trazendo como convidado de honra o general Alfredo Moacyr
Uchôa. Em 1978, realizou o 1° Seminário sobre Vida no Universo, com a
participação de Húlvio Brant Aleixo e professores da Universidade Federal da
Bahia (UFBA). Desde o início de sua carreira ufológica tem sido um dos mais
freqüentes conferencistas ufológicos do país..
Fez palestra para o grupo de elite da Secretaria de Segurança Pública
da Bahia, em 1968, e para o 6° Batalhão da Polícia Militar, em 1990, além de
ser convidado pelo Governo Estadual baiano para fazer uma exposição e
ministrar palestras no Museu de Ciência e Tecnologia do Estado, em 1980.
No ano de 1979, foi convidado a palestrar no 1° Congresso Internacional
de Ufologia (CIUFO), em Brasília. O grande
momento de sua prestigiada carreira deu-se
ao participar, em 1997, do 1° Fórum Interna-
cional de Ufologia, em Brasília.
Desde 1985, é integrante assíduo do
Conselho Editorial da Revista UFO, onde,
além de escrever matérias de impacto, é um
de seus melhores ilustradores de capas e
Anthony Worley

histórias em quadrinhos sobre Ufologia. Foi o


coordenador da edição UFO Especial 18,
sobre discos voadores em seu Estado.

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Sobre a Biblioteca UFO

Lançada em maio de 1998 como Coleção Biblioteca UFO e agora


rebatizada apenas de Biblioteca UFO, esta série foi criada devido a necessi-
dade de se tratar de temas específicos dentro da Ufologia de forma profissio-
nal e aprofundada. Com este objetivo, a biblioteca vem conquistando cada
vez mais adeptos pelo Brasil – não somente entre leitores, que se tornam
assíduos, mas também entre autores, que passam a submeter seus manus-
critos para serem publicados.
O primeiro número da série foi O Povo do Espaço, de Paulo Carvalho-
Neto, que tratou da instigante questão do folclore extraterrestre fazendo uma
comparação entre as aparições ufológicas de todo o país com crenças
populares. Paulo logrou êxito em demonstrar como surgiam e se dissemina-
vam crendices míticas e folclóricas a partir da observação de UFOs e ETs por
nossos antepassados. Já o segundo livro da Biblioteca UFO coube ao pes-
quisador Marco Petit, um dos mais renomados do país. Sua obra, Terra –
Laboratório Biológico Extraterrestre, foi um verdadeiro apanhado sobre
Ufologia, dando ênfase numa questão primordial: seriam os seres humanos
descendentes ou criação de extraplanetários? Defendendo esta tese de forma
soberba, Petit fez com que seu livro consagrasse definitivamente a série.
Agora chegou a vez do ufólogo Alberto Romero ter sua chance. Argen-
tino radicado na Bahia há 30 anos, Romero é um dos grandes conhecedores
de Ufologia do país. Dono de um currículo invejável, o autor reuniu num só
volume questões primordiais para o entendimento do Fenômeno UFO, abor-
dando desde as mutilações de animais até as temidas abduções. A ênfase de
seu notável trabalho, no entanto, está no próprio título de seu livro: Romero
busca expor aqui verdades sempre reprimidas e negadas pela estrutura ofi-
cial do saber terrestre, seja ele
governamental, religioso, científico
ou militar. Verdades que Incomo-
dam mostra nua e cruamente um
conjunto de ações que buscam
omitir da opinião pública a todo
custo, a verdade sobre nossos nem
sempre tão amistosos visitantes.

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Índice

Verdades que Incomodam

I Prefácio do autor 13
A Humanidade pode dar certo

II Introdução 17
Sim, os UFOs existem!

III Capítulo 1 21
Ciência, Espiritualidade, Ecologia e Ufologia

IV Capítulo 2 27
Prenúncios do contato

V Capítulo 3 67
Alianças espúrias

VI Capítulo 4 83
Um governo mundial

VII Capítulo 5 95
A verdade sobre o Programa Guerra nas Estrelas

VIII Capítulo 6 135


Mortes misteriosas

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Biblioteca UFO

IX Capítulo 7 147
Acidentes aéreos

X Capítulo 8 163
Os ufonautas

XI Capítulo 9 179
Abduções alienígenas

XII Capítulo 10 209


Manipulação biológica

XIII Capítulo 11 233


Mortes e mutilações

XIV Capítulo 12 265


Caso Guarapiranga

XV Capítulo 13 279
Ossos do ofício

XVI Capítulo 14 289


Após o contato

XVII Capítulo 15 293


A mais incômoda das verdades

XVIII Apêndice 317


A pesquisa de ufológica

XIX Palavras finais 335


Certezas e dúvidas

XX Post Script 337


De Gilda Moura

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Verdades que Incomodam

Prefácio do Autor

A Humanidade pode dar certo

“Eu, de fato, não sou um homem de ciência. Não sou um


pesquisador nem um pensador. Por temperamento não sou nada
a não ser um conquistador ou um aventureiro – com toda a
curiosidade e a tenacidade desse tipo de gente.”
– Sigmund Freud

A
determinação de escrever este trabalho é derivada de um antigo
sonho. Para ser mais preciso, um sonho que surgiu em 1967,
quando comecei a imaginar como colocar em prática algo que
s e n t i a
necessidade de fazer. No decorrer dos anos, o projeto foi tomando forma,
se modificando, evoluindo, como uma enorme gravidez. Os primeiros
capítulos da primitiva idéia viraram uma série de artigos publicados a partir
de 1968 no extinto Jornal da Bahia, onde trabalhei por dez anos. Esses
primeiros artigos propiciaram a aproximação de pessoas interessadas nos
discos voadores, que me incentivaram a criar um grupo para debater esses
fenômenos, e em 6 de janeiro de 1970 nasceu o Grupo de Pesquisas
Aeroespaciais Zênite (G-PAZ)*.
O saudoso amigo José Andrade Sobrinho, nosso primeiro vice-
presidente, foi o “incentivador-mor” para que eu levasse adiante a idéia desse
livro, que mais uma vez, devido à evolução do Fenômeno UFO e ao nosso
crescimento como pesquisadores, foi sofrendo mais modificações. Sem falar
nos tempos difíceis da ditadura e na economia do país. Finalmente, os

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Biblioteca UFO

próprios eventos ufológicos no Brasil e no mundo foram delineando o cami-


nho e dando forma quase definitiva a esse trabalho. Descobertas pessoais e
experiências novas, em quase 50 anos dedicados ao estudo e pesquisas, e
uma chama que começou a me consumir por dentro, me levaram mais uma
vez à luta, à derradeira batalha. As “contrações” tinham começado…
Agora quero falar sobre este trabalho, que me orgulho em dizer, foi
muito difícil e cheio de obstáculos que não vêm ao caso explicitar em
detalhes, mas que consegui superar e o coloco, a partir desse momento,
nas suas mãos, para avaliação. Já tinham sido abordados assuntos como a
casuística – na imensa maioria – e outros mais específicos: espiritualistas,
místicos, psicológicos, metafísicos, científicos, folclóricos, históricos e
outros, sobre abordagens variadas, e mais recentemente, sobre os que
ousaram se expor, assumindo suas condições de abduzidos, sobre os
trabalhos dos que dedicam-se a estudá-los e algumas denúncias contra a
política do silêncio e a desinformação.
Consumidos avidamente, não apenas pelos que se interessam pelo
tema, mas também pelas pessoas que procuram informação séria e isenta,
demos um grande passo à frente, graças ao trabalho meticuloso de muitos
ufólogos, como Ademar José Gevaerd, que lutou denodadamente, através
de todos esses anos, para implantar (e sedimentar) a nossa Revista UFO, que
acabou dando frutos, como essa coleção. Conseguimos em alguns casos,
de certa forma, derrubar barricadas dos que defendem o sigilo e o acoberta-
mento, levando a mentira como bandeira, desnudando-os no meio da rua,
expondo suas vergonhas ao escândalo público. Não por vingança, mas pela
necessidade de mostrar ao mundo esta realidade – boa ou ruim – pela qual
atravessamos, porque já crescemos o suficiente para não termos que nos
esconder embaixo da cama. Temos sim que olhar de frente, encarando os
problemas e nos conscientizando das prováveis soluções.
A Humanidade – como um todo – está assombrada com essa situação
que já se alastra por meio século (ou mais) com os UFOs, e com o que eles
significam e fazem. Existem guerras no espaço – e até aqui na Terra – que
parecem saídas de história de ficção científica (mas que são assustadora-
mente reais) e que os mensageiros do escurantismo querem que ignoremos.
Somos tão incapazes assim? E se fôssemos, por isso não teríamos o direito
de saber o que está acontecendo acima de nossas cabeças ou dentro de

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Verdades que Incomodam

nossas casas, que nos atinge indiscriminadamente e interage em nossas


vidas? Bem ou mal, conseguimos chegar onde estamos e sei que ainda
podemos continuar nossa jornada, apesar dos que querem o contrário,
evoluindo, mesmo que devagar. Porque acredito que a Humanidade pode
dar certo. Creio que ainda é tempo de acordar e tentar consertar tudo o que
fizemos de errado, conosco e com o planeta.
É só nos esforçarmos por isso e lutar para que os outros também
ajudem. Em determinados momentos, um tapa na cara pode servir não
como agressão, mas para fazer reagir, respirar fundo, clarear as idéias. E é
exatamente isso que procuro conseguir com estas Verdades que Incomo-
dam…

Alberto Romero,
Salvador (BA),
Novembro de 1998.

* Endereço do autor:
Caixa Postal 2113,
Agência Rio Vermelho,
40210-970 Salvador (BA).

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Introdução

Sim, os UFOs existem!

“A Ciência fez de nós deuses, antes mesmo de


merecermos ser homens.”
– Jean Rostand

E
sta frase poderia – quem sabe – resumir todo o resto. Mas não posso
nem devo silenciar por mais tempo aquilo que me propus dizer, que se
para alguns não constitui nenhuma novidade, para outros aparenta-
rão divagações. Mas infelizmente, são evidências contundentes de uma
verdade que, teimosamente, certas pessoas ou instituições tentam varrer
para debaixo do tapete. São informações, dados, denúncias, e um árduo
trabalho de estudo e pesquisa desenvolvidos por longos anos. Para os
mais céticos poderia dizer que não são elucubrações doentias nem estou
procurando os “15 minutos de fama.” São dados que estão – e sempre
estiveram – ao alcance e à vista de todos os que se interessam pelo assun-
to, e que por estarem talvez tão expostos, muitos deles passaram desper-
cebidos ou não lhes foi prestado a devida atenção.
Reconheço que a maior parte são verdades que incomodam e até
assustam, mas são necessárias para que possamos compreender melhor o
que está acontecendo. E se não está em nossas mãos tomarmos providên-
cias, pelo menos – tenho certeza – possuímos o direito de saber. É pena
que não sejam as autoridades ou os cientistas, os informantes destes fatos,
embora muitos deles os conheçam sobejamente. É uma pena que justifi-
quem o seu silêncio com mentiras, e dessa forma, colaborem com o

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Biblioteca UFO

escurantismo que querem nos impor, não se importando com as conse-


qüências. Infelizmente, querem esconder dessa maneira suja e egoísta
fatos que dizem respeito a todos nós pois, ao contrário do que pensam,
não somos apenas meros algarismos na contabilidade planetária e sim
indivíduos, gente que não pode nem deve assistir passivamente à
demonstração de incapacidade e talvez de orgulho ou ambição exacerba-
dos por parte dos que, na maior parte dos países, foram investidos nos
seus cargos para dirigir e governar exatamente pelos que eles menospre-
zam.
Felizmente existem pessoas honestas e esclarecidas que não temem
colocar seus pontos de vista nem divulgá-los, e como exemplo, transcre-
vo uma declaração da principal antropóloga e antiga presidente da
Associação Americana para o Progresso da Ciência, a já falecida doutora
Margaret Mead, durante uma discussão científica sobre UFOs: “... Sim,
existem objetos voadores não identificados que mesmo após as mais
cautelosas e conscienciosas investigações não podem ser justificados.
Sem dúvida, um grande número de pessoas são amedrontadas pela idéia
de que em algum lugar, num espaço distante, há seres que têm tecnolo-
gia mais avançada que a nossa. Hoje, ao que parece, são precisamente
aqueles mais bem informados sobre nossas capacidades tecnológicas
que mais se perturbam com a idéia de que seres superiores, vindos de
um planeta desconhecido, estão demonstrando interesse, um inexplicá-
vel interesse por nosso planeta.”
E continua mais adiante: “Se essas criaturas têm vindo aqui por
centenas ou milhares de anos, por que estariam fazendo isso? A explica-
ção mais provável é que elas estejam simplesmente observando o que
estamos fazendo. Uma sociedade responsável, fora do nosso sistema
solar, está tomando conta de nós para certificar-se de que não estamos
iniciando uma reação em cadeia que poderia ter repercussões além do
nosso sistema solar...”
Outra declaração de respeitável peso científico foi publicada na
revista Time de 10 de setembro de 1973, por ninguém menos que um dos
responsáveis pela descoberta da estrutura do DNA, o professor Francis
Crick, laureado em 1963 por essa descoberta com o Prêmio Nobel, junta-
mente com o doutor James Watson. Nessa entrevista à Time, ele declara

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Verdades que Incomodam

que está trabalhando – desta vez com Leslie Orgel, do Salk Institute, da
Califórnia – sobre o mistério da origem da vida. Os dois cientistas teorizam
que a vida na Terra pode ter surgido de pequenos organismos vindos de
um planeta distante, enviados aqui por uma nave espacial como parte de
uma ação deliberada de semeadura. “Por que razão esses distantes seres
inteligentes teriam iniciado tal projeto? Para demonstrar capacidade
tecnológica ou por algum tipo de zelo missionário”, dizem Crick e Orgel...
O próprio teólogo Pierre Teilhard de Chardin já tinha se formulado
perguntas que muito se aproximam das palavras de Crick e Orgel. Ele não
podia compreender como existia esse abismo entre o chamado homem de
Neanderthal, tão distante do Cromagnon, sem evolução lógica entre ambos.
Era como se este último tivesse aparecido de repente sobre a Terra – e
sabemos que a natureza não dá saltos... E para encerrar esta introdução,
gostaria de reproduzir um trecho do livro Objetos Voadores Não Identifica-
dos – Ciência Introdutória do Espaço, do major da Força Aérea dos Estados
Unidos Donald C. Carpenter, do Departamento de Física da Academia da
USAF. Ao abordar o possível motivo pelo qual os alienígenas não fizeram
contato aberto com os governos da Terra, Carpenter conjectura:

“(1) Nós podemos ser objeto de estudo sociológico e


psicológico intensivo. Em tais casos, em geral, se evita per-
turbar o ambiente do objeto do teste.

(2) Não se entra em contato com uma colônia de formi-


gas, e os humanos podem parecer assim para qualquer
alienígena (variação: zoológico é divertido de se visitar, mas
você não entra em contato com os lagartos).

(3) Tal contato já pode ter acontecido secretamente ou


ocorrido num plano diferente de consciência, e ainda não
somos sensíveis para comunicações a tal ponto.”

Precisamos dizer mais alguma coisa?

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Capítulo 1

Ciência, espiritualidade,
ecologia e Ufologia

“Fazer ciência é caminhar para além do empirismo, que oferece um


conhecimento esparso, paradoxalmente positivo e fugidio, porque
leva a conceitos sem qualquer abrangência, por isso mesmo
transitórios e mutáveis ao sabor da própria experiência.”
– General Alfredo Moacyr Uchôa,
em Mergulho no Hiperespaço

P
arece uma mistura estranha que pode causar arrepios nos ufólogos
que seguem firmemente a pesquisa científica, aos ditos ufólatras e
finalmente dar um nó na cabeça dos ufófilos. Existem coisas que o
bom senso afirma que não se misturam. Será mesmo? Durante a maior parte
da minha vida ufológica, procurei não me afastar, dentro das possibilidades,
da Ufologia científica. Sempre respeitei as outras áreas, mas sem ousar me
adentrar, como se fossem um campo minado. Claro que parte desse temor
era por não ter conhecimentos suficientes sobre “esse outro mundo.”
Quando conheci o saudoso general Uchôa, em 1975, e tive a chance
de conversar longamente com ele durante sua estada em Salvador, quan-
do aceitou prontamente nosso convite para uma palestra e inaugurar o
primeiro evento do G-PAZ, sua personalidade começou a me fascinar.
Depois li seus três primeiros livros sobre parapsicologia, hiperespaço,
discos voadores e espiritualismo, e foram um impacto muito grande para

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Biblioteca UFO

mim, me provocando no início, tremenda confusão. Não era possível que


um homem, com tamanha bagagem científica, além do cargo atingido,
lúcido – tremendamente lúcido –, fosse apenas um fanático espírita e,
sobretudo, com a coragem de assumir sua posição em plena era da dita-
dura. Tinha (eu pressentia sem conseguir assimilar ainda) alguma coisa
muito forte e verdadeira por trás de tudo isso. Em todo caso, antes de me
posicionar, decidi ler e estudar muito mais para poder emitir minha opi-
nião com firmeza e assim passaram-se alguns anos.
Hoje, analisando diversos depoimentos de abduzidos e testemunhas,
vislumbramos fatos que extrapolam todos os graus de estranheza, onde
encontramos viagens astrais, experiências similares às de quase morte,
entidades que atravessam paredes e portas, em total desrespeito às
nossas leis físicas. Elas interagem em nossa realidade e talvez na deles,
simultaneamente, numa subversão completa de tudo que sabemos e que
nos foi ensinado pelos nossos professores e cientistas. E como se isso fosse
pouco, pessoas que não são e que nunca foram místicas, que relatam
mensagens de cunho eminentemente religioso e até encontros com
entidades divinas, descrevendo, inclusive, que elas próprias teriam trans-
cendido e interagido em outra dimensão. Como vemos, o saudoso general
Uchôa já tinha percebido tudo isso há muito tempo atrás…
Se respeitadíssimos profissionais da área de saúde mental realiza-
ram inúmeros testes e exames com essas pessoas e as classificaram
como absolutamente normais, quem somos nós para contestá-los?
Nosso bom senso se agita, em evidente desconforto, mas será que estes
profissionais teriam feito uma espécie de pacto para nos iludir, despis-
tando os depoimentos dos abduzidos, manipulando informações e
colocando suas reputações em jogo? Para que? Por que? São muitas as
dúvidas que podem atingir a descrença ou o ceticismo total. Mas quan-
do sabemos que secretamente os governos norte-americano e da ex-
URSS aplicaram cifras fabulosas nas pesquisas paranormais e que, em
especial, o norte-americano – através de diversas faculdades e universi-
dades, entre as quais o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT),
além da Força Aérea Norte-Americana (USAF) e a Agência Espacial
Norte-Americana (NASA) – se preocupou com as propriedades parafísi-
cas dos UFOs e seus ocupantes, tudo isso começa a fazer sentido. Além

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Verdades que Incomodam

das instituições antes mencionadas, e não seria pra menos, a própria


Agência Central de Inteligência (CIA) se interessou em investigar as
pessoas que tinham percepção extra sensorial (PES) porque suspeita-
vam que existia uma ligação entre elas e os ocupantes dos UFOs.
Como vemos, aos poucos as peças deste gigantesco quebra-cabeças
cósmico começam a se encaixar e a nos revelar imagens, das quais pouco
ou nada podemos observar que nos dê uma idéia global, embora nos
permita descobrir algumas coisas. Enumerar a série de estudos e projetos
realizados (dos quais temos conhecimento) seria longo demais. De alguns
desses pontos nos ocuparemos mais adiante. Em todo caso, isto nos dá
uma possibilidade de análise para exercitarmos nossa capacidade deduti-
va. Falta comentar sobre o teor de algumas mensagens recebidas pelos
abduzidos e que indicam uma grande preocupação, por parte dos aliení-
genas, no que diz respeito ao nosso planeta, à degradação que estamos
lhe impondo, poluindo nossos mares e rios, arrasando nossas florestas e
condenando à extinção milhares de espécies (inclusive a nossa).
As imagens apocalípticas que segundo os abduzidos lhe são mostradas
(inundações, terremotos e maremotos) provocam pânico nessas pessoas.
Como exemplo, podemos citar o testemunho de um senhor costa-riquenho,
que assiste, junto de outros abduzidos a bordo de um UFO, um gigantesco
meteoro caindo no mar e levantando uma onda de centenas de metros de
altura que destrói completamente sua ilha, deixando apenas visível o topo da
mais alta montanha da região, parecendo uma minúscula ilhota. Convenha-
mos que descrever uma cena com tanta precisão e detalhamento, como ele
o faz, demonstraria uma capacidade inventiva além de sua capacidade
intelectual, se a mesma for de sua criação.
Encontramos outros exemplos não menos chocantes nas páginas do
livro Abduções, do professor John E. Mack, onde vários abduzidos descre-
vem catástrofes muito semelhantes, e aí cabe a pergunta: será que todas
estas pessoas se conheciam entre si e decidiram inventar histórias coeren-
temente similares, apenas para nos pregar uma peça? Eu, particularmente,
não sei se isso poderia verdadeiramente ocorrer, se são cenas captadas no
futuro e mostradas de alguma maneira a essas pessoas, se são testes
realizados pelos alienígenas para observar os seres humanos e avaliar a
resistência emocional e física dos mesmos perante situações limite, ou se é

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Biblioteca UFO

uma forma didática de mostrar o que podemos conseguir com nossa


insensatez, se não nos conscientizarmos de que a Terra é uma só e que não
podemos continuar assim. Em todo caso, verdadeira ou não, ao meu ver, é
uma mensagem positiva. É muita estupidez o que o animal homem, dito
inteligente, está cometendo. E por falar em inteligente, alguém conhece
algum tipo de animal, grande, pequeno, selvagem ou doméstico, que
destrua por prazer sua toca, seu habitat, que mate por satisfação e que não
se importe com a explosão demográfica de sua espécie?
Então, devemos menosprezar estas mensagens? Eu penso, e coloco
aqui, especialmente para os cientistas mais radicais: é científico quando se
realiza um trabalho de pesquisa, jogar fora alguma coisa apenas porque
ela não está inserida em nosso contexto, em nossos pré-conceitos, antes
mesmo de estudá-la e analisá-la com todo o rigor do conhecimento
científico? Não é isso que a ortodoxia científica nos ensina? Então, que tal
tentarmos compreender melhor estes fatores estranhos às nossas convic-
ções? Ou será que ainda temos certeza de que a Terra é plana e que não
adianta tentarmos chegar até o horizonte, para não correr o risco de cair?
Em todo caso, estudando esses novos dados, analisando-os com o
máximo rigor científico e tendo a humildade necessária para reconhecer
quando erramos – sem vergonha de voltar atrás em nossos passos e
explorar um novo caminho – é que conseguiremos chegar a algum lugar.
Caso contrário, podemos apostar, sim, que ficaremos irremediavelmente
perdidos e, algum dia, seremos sepultados pomposamente, envoltos
pelas sedas de nossos preconceitos e orgulhos. Na época em que nossos
cientistas achavam – e com toda seriedade – que a Terra era plana,
suspensa no espaço sobre o lombo de um elefante, ou acreditavam que
os meteoritos não existiam porque eram pedras – e as pedras não pode-
riam cair do céu –, eles estavam convictos do que diziam. Afinal, seus
mestres tinham lhes ensinado isso. Mas o que seria da Humanidade sem
os audazes, loucos, aventureiros e destemidos que atravessaram conti-
nentes e singraram mares tenebrosos?
Sem irmos tão longe, em 1900, por exemplo, quem imaginasse que o
homem iria caminhar – ou rodar – num veículo na superfície da Lua, seria
apenas um delirante, louco. Ora, nem o Ford T tinha sido inventado! E
mais recentemente, em ocasião das primeiras missões lunares, havia

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Verdades que Incomodam

cientistas que mandariam internar um dos seus pares se afirmassem que


na superfície do nosso satélite, ou logo abaixo do mesmo, existia água,
como foi divulgado recentemente. Astronautas que realizam experiências
de percepção extra sensorial (PES) no lado oposto da Lua, embora não
reconhecidas oficialmente, seriam também julgados como malucos?
Durante o vôo da Apollo 14 à Lua, entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de
1971, em cuja tripulação se encontravam Alan Sheppard, Edgar Mitchell e
Stuart A. Roosa, aconteceu uma interessante experiência telepática entre
Mitchell e quatro médiuns amigos seus que estavam em Terra. A expe-
riência foi simples, mentalizando números ao acaso, entre 1 e 5, anotando
e controlando rigorosamente os horários de transmissão para ao seu
regresso comparar com as anotações de seus amigos. No geral, foi positi-
va e por causa da indiscrição de um dos seus companheiros, a Imprensa
ficou fazendo a costumeira avalanche de comentários irônicos.
A experiência chegou também aos ouvidos do grande parapsicó-
logo doutor J. B. Rhine, que procurou o astronauta para avaliar com
ele os resultados. Mitchell declarou posteriormente que, durante a
viagem, fizera uma experiência que “acabaria se revelando mais
importante e pioneira do que o próprio vôo. Sem avisar a NASA,
preferi agir em segredo a ter que desobedecer a uma proibição
expressa.” Também falou que sofreu na viagem à Lua impactos psico-
lógicos que determinaram mudanças brutais no seu modo de vida.
Mudanças que o transformaram em um pioneiro de outro campo,
mais amplo e fundamental para o destino da Humanidade. Isso o
salvou, talvez, do destino absurdo sofrido por grande parte dos seus
colegas do projeto espacial. Aldrin enlouqueceu e Armstrong isolou-
se depois de tremendas crises depressivas, por exemplo.
Fotografias da superfície de Marte, mostrando colossais pirâmides,
muitas vezes maiores que as que ainda nos maravilham no Egito… Meus
amigos, chegamos a um ponto que quem não ousar pensar ou realizar, vai
perder, irremediavelmente, o trem da história. Francis Bacon disse a esse
respeito – muito antes de se defrontar com UFOs ou com os “pentágonos
da vida” – algo que poderia ser escrito nas últimas cinco décadas. “Quem
não quer pensar é um fanático, quem não pode pensar é um idiota, quem
não ousa pensar é um covarde.”

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Biblioteca UFO

Temos milhares – pra não dizer milhões – de informações e evidências


sobre UFOs e aliens, o que eles fazem, como o fazem, como somos mani-
pulados e examinados. Então, vamos perder a chance de investigar com
toda a seriedade e dentro da nossa capacidade o que significa tudo isto?
Mesmo que um dia (para os que pensam como eu) tenhamos que dar as
mãos à palmatória, ante os resultados de nossas investigações, chegando
à conclusão de que tudo não passa de falsas lembranças do nosso incons-
ciente coletivo (como querem muitos). É a Humanidade e o nosso planeta
que estão em jogo e, sobretudo, a nossa sanidade mental. Deve ser muito
cômodo deixar tudo como está para ver como é que fica, mas a natureza
nos fez levantar dois membros do chão por alguma coisa – e disso tenho
plena certeza – que não é precisamente o que estamos fazendo.

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Verdades que Incomodam

Capítulo 2

Prenúncios do Contato

“Existem mais mistérios entre o céu e a Terra


do que supõe a nossa vã filosofia.”
– William Shakespeare

C
harles Conrad Junior (tripulante da Apollo 12, 14 a 24 de novembro
de 1969) declarou à revista romena Scientia que viu e fotografou
pegadas humanas na Lua. Eugene Cernan (Apollo 17, 7 a 9 de dezem-
bro de
1972) falou em pirâmides e “coisas” que estariam voando sobre ele e seu
companheiro Harrison Schmidt, chegando a provocar uma pequena explo-
são no topo da sua antena. Essa conversa foi interceptada por radioamadores
quando os astronautas falavam com a NASA. Por razões de tempo e espaço
nesta obra, não vamos entrar em detalhes sobre as evidências da presença
alienígena desde os primórdios da Humanidade, citando dezenas de passa-
gens bíblicas ou copiando trechos de inúmeras páginas dos textos sagrados
hindus ou das obras destinadas ao que se convencionou chamar de Astroar-
queologia ou Ufoarqueologia. Existem muitos autores, em qualquer um
desses campos, que desenvolvem e analisam essa temática com muito mais
propriedades e conhecimentos e que podem ser consultados, tais como
Peter Kolosimo, von Däniken, Zecharia Sitchin, Robert Charroux, etc. Então,
vamos um pouco mais à frente.
Um sigiloso relatório da Força Aérea do Exército Norte-Americano, de

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julho de 1947 [Nesta época a Força Aérea dos EUA pertencia ao Exército,
tendo sido desmembrada algum tempo depois], em um dos seus trechos
diz o seguinte: “No dia 25 de fevereiro de 1942, aviões não identificados
apareceram sobre Los Angeles. Nada menos que 1.430 cartuchos foram
gastos nas baterias antiaéreas, numa tentativa de derrubar aqueles apare-
lhos supostamente japoneses. O fogo da artilharia começou às 03:16 h e
continuou até 04:14 h, quando a 37a Brigada de Artilharia da Costa empre-
gou projéteis HE de 12,8 libras. Três pessoas acabaram sendo mortas
durante o tiroteio. Um enorme objeto oval foi iluminado pelos holofotes de
terra e atingido com mais de 50 balas de canhão durante 12 minutos. O
objeto, então, continuou voando na direção sul a uma velocidade bastante
baixa. O chefe do Estado Maior, general George C. Marshall, informou ao
presidente sobre o incidente no dia seguinte. O Quartel General do Exército
negou oficialmente a ocorrência deste episódio.”
Num outro relatório do Departamento de Pesquisa e Análise do Grupo
Central de Inteligência (antecessor da CIA), no item Recomendações,
podemos ler: “(...) 3) Em virtude da natureza extremamente perturbadora do
fenômeno e de nossa incapacidade de agir, todo o assunto deve ser classifi-
cado na mais alta categoria existente de segredo de Estado, sendo salvo,
inclusive, de uma rigorosa campanha de propaganda centralizada na
negação de tudo. A campanha deve ter penetração social total, de modo
que continue sendo eficiente mesmo se for registrado um elevado número
de desaparecimento de pessoas ocorrido naqueles lugares. 4) Sob circuns-
tância alguma deve-se permitir que o público se conscientize da provável
seriedade desta situação, assim como de nossa incapacidade de agir. A
única maneira de nos certificarmos de que ele continuará ignorante será a
imposição do mais alto nível de segurança jamais alcançado. Se pretende-
mos continuar dando a impressão de que o governo pode propiciar ao seu
povo a segurança essencial, isto deve ser feito a todo e qualquer custo.”
Estes dois textos são suficientemente esclarecedores da gravidade da
situação que se tenta desesperadamente ocultar.
Chegando à 2 Guerra Mundial, entramos de vez no âmago do proble-
a

ma. Já em 1940, a Força Aérea Alemã (Luftwaffe) criou o Projeto Sonderburo


13, sob o comando do professor George Kamper. Anos mais tarde, prova-
velmente em decorrência de descobertas feitas pelos alemães com respeito

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Verdades que Incomodam

aos UFOs, surgiram durante o conflito projetos ousados de aeronaves


revolucionárias para a época, como aviões-foguete, mísseis e jatos de
combate. Isso, muito antes dos Aliados, que provavelmente se tivessem
entrado em operações antes ou em maior número poderiam ter mudado os
resultados da guerra. Entre outras armas, nas quais pode-se perceber
inegável tecnologia alien, podemos citar verdadeiras réplicas de discos
voadores até armas sônicas que poderiam destruir instantaneamente uma
coluna de tanques, desintegrando-a. Para compreender melhor este
contexto, não devemos esquecer que os Aliados começaram a utilizar
aviões a jato, os Gloster Meteor ingleses, nos últimos meses da guerra, e de
início apenas na Grã Bretanha, onde eram utilizados para caçar as bombas
voadoras que caíam sobre Londres.
Se o Estados Unidos e a ex-União Soviética conseguiram ir ao espaço,
devem isso sem nenhuma dúvida aos projetos desenvolvidos pelos ale-
mães a partir das bombas V-2, que viabilizaram a conquista do espaço e as
viagens à Lua. Mas voltando à guerra, houve centenas de relatórios ameri-
canos, ingleses e alemães que falavam de estranhos globos luminosos que
acompanhavam os raids aéreos, circulando livremente entre as aeronaves.
Muitas vezes esses objetos foram vistos atravessando as fuselagens e
percorrendo todo o interior dos aviões ante os olhos aterrorizados dos seus
tripulantes, que temiam uma explosão a qualquer momento. Mas depois de
passear, os globos saíam também através da fuselagem, sem ocasionar
dano algum à mesma.
No final da guerra, as supostas armas secretas, como eram considera-
das, enchiam os arquivos de ambas as partes da contenda, classificadas
como sendo espiões – ora alemães ora dos Aliados – e provando assim que
aquilo não era obra de um ou de outro. Após o fim do conflito, os desconhe-
cidos passaram a freqüentar os céus americanos, russos e de outros países
em desenvolvimento, notadamente preocupados em monitorar os arsenais
abarrotados de armas e principalmente onde se armazenavam artefatos
atômicos, assim como usinas nucleares e fábricas de mísseis, quartéis e
bases militares em geral. O que eram esses misteriosos foo-fighters [Caças
fantasmas], como eram chamados pelos militares? Houve relatos épicos de
combates aéreos entre esses globos luminosos e aviões militares, como o
tão falado caso do tenente Gorman.

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Era preciso tomar medidas drásticas, já que as notícias, a partir de 24 de


junho de 1947, para ser mais exato, começaram a se espalhar entre a popula-
ção que, evidentemente, começou a fazer perguntas e exigir respostas das
autoridades. Iniciaram-se os rumores sobre os misteriosos homenzinhos
verdes, e os militares não gostaram nada disso. Como aeronaves desconhe-
cidas poderiam violar descaradamente o espaço aéreo da maior nação do
mundo, assim impunemente? Ordens internas e normas específicas come-
çaram a censurar as notícias e silenciar os militares. Ainda não existia a CIA,
mas os órgãos de segurança estavam desesperadamente empenhados em
controlar a situação que estava escapando do controle. Mas em 2 de julho
desse mesmo ano, um fato inesperado quase põe todo o esforço das autori-
dades por água abaixo. Numa pequena localidade do sudoeste norte-
americano, Roswell – conhecida por abrigar na sua base aérea o único
contingente de aviões que permaneciam em alerta contínuo, 24 horas por
dia, carregados de bombas atômicas, o 509° Esquadrão –, houve não apenas
a queda de um UFO, mas talvez o que possa ser descrito como a queda do
céu na cabeça dos militares.
A queda desse pequeno UFO numa noite de tormenta, achado por um
fazendeiro, se transformou num verdadeiro marco da pesquisa no mundo
inteiro. O jornal local estampou a manchete em primeira página noticiando o
fato – numa informação enviada pela própria assessoria de relações públicas
da Base – em que eram descritos os detalhes sobre os milhares de fragmen-
tos de um metal desconhecido. Quando a notícia detonou em Washington,
foi pior que se tivesse caído um bombardeio atômico na Base. Aliás, isso teria
sido ocultado rapidamente, e talvez, se não houvesse contaminação por
radiação ou algo pior, jamais teria sido de conhecimento público. Mas a
notícia da queda de um UFO girou o mundo em poucas horas e o desconfor-
to das autoridades deu margem ao início da maior operação de desinforma-
ção de nosso século.
Poucos dias depois, o então presidente norte-americano Truman,
através de um simples memorando, criou a até agora pouco conhecida
organização chamada Majestic-12, ou Magic, ou simplesmente MJ-12. Este
grupo foi destinado a investigar os casos de quedas de UFOs e criar todos os
mecanismos necessários para que seu trabalho ficasse em rigoroso sigilo,
assim como seus métodos para garantir o êxito das suas missões – seja lá ao

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Verdades que Incomodam

preço que fosse. E para isso respondendo, pelo menos no início, apenas ao
presidente. Depois as coisas mudariam ... para pior.
Naquela época e num curto espaço de tempo, foram vários os aciden-
tes de naves alienígenas na região – sobejamente divulgados em diversos
livros e publicações especializadas. Além disso, a recuperação de dezenas
de pequenos cadáveres e até (se suspeita com quase certeza) de algumas
entidades vivas que teriam sido mantidas em cativeiro durante alguns anos.
Essas entidades, chamadas de Entidades Biológicas Extraterrestres (EBEs),
corresponderiam ao tipo netamente alien, com um organismo diferenciado
dos humanos: 90 cm de estatura, 3,6 kg de peso, cor cinza claro, sem genitá-
lia aparente e mãos com três dedos saindo diretamente dos pulsos.
A estrutura óssea parecia cartilaginosa e apresentava uma cor azul-
esverdeada. Seus órgãos internos não tiveram suas funções determinadas,
não parecendo existir sistema respiratório nem estômago. A maior surpresa
ficou por conta da descoberta de dois corações no peito destas criaturas, com
diversas câmaras e um extenso sistema circulatório. O líquido removido dos
cadáveres, após analisado, revelou ser uma substância vegetal baseada na
clorofila. Mas isso não significa muito, já que falamos apenas de dois cadáve-
res autopsiados possivelmente na base atômica de Los Álamos, EUA. Segun-
do informações, os Estados Unidos teriam em seu poder algo em torno de
133 corpos resgatados em seu próprio território e noutros países do mundo –
até no Brasil.
É lógico imaginarmos que tais corpos não seriam exatamente iguais
entre si, considerando a biodiversidade que encontramos em nosso próprio
planeta, pigmeus da África, índios, orientais e escandinavos, por exemplo.
Poderíamos supor que apenas uma raça alienígena nos visitasse, existindo
milhões de possibilidades de planetas habitados e desenvolvidos? Além
disso, poderíamos pensar na possibilidade de criaturas biologicamente
adaptadas para determinado tipo de missões. No caso Varginha, aconteci-
do em janeiro de 1996 em Minas Gerais, as criaturas eram de dois tipos
diferentes, o que nos leva a imaginar um tipo de animal inteligente. E assim,
chegamos a um ponto capitular na história da Humanidade e suas conquis-
tas.
A partir do primeiro Sputnik, colocado em órbita pelos russos, a nossa
vida deu literalmente um salto. Escrevermos sobre a conquista espacial

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Biblioteca UFO

pode nos parecer quase tão distante como falarmos sobre Colombo ou
Pedro Álvares Cabral. Mas independente da saga dos valorosos desbrava-
dores do céu, encontramos histórias por baixo da história, nas suas entreli-
nhas, nos veementes desmentidos oficiais até no deboche que as autorida-
des demonstravam a respeito dos lunáticos que acreditavam nos homenzi-
nhos verdes. Eu e suponho que muitos de nós que acompanhamos os
primeiros e titubeantes passos do homem no espaço, através de jornais,
revistas ou pela tevê, esperávamos em cada notícia ou imagem, televisiva ou
fotográfica, alguma coisa que comprovasse nossas idéias e palavras. Uma
pequenina prova que pudéssemos mostrar triunfantes aos nossos detrato-
res de plantão. Mas quase sempre ficamos desapontados. De repente,
começaram a vazar fotografias de Bormann e Lowell nos seus vôos, de
McDivitt, Armstrong e outros.
Ou não se comentava nada oficialmente ou eram apenas “…restos
dos foguetes portadores.” Mas nós sabíamos que eram outras coisas.
Com o coração batendo mais forte, fomos cada vez mais determinados a
lutar pelos nossos ideais. Dava a impressão, olhando desde esta perspec-
tiva, que os militares queriam testar a reação das pessoas ante luzes e
objetos misteriosos voando junto com nossos astronautas. Mas parece
que os resultados dessa pesquisa não devem ter agradado, pelo menos a
algum setor do Pentágono. Radioamadores italianos lançaram a primei-
ra bomba: tinham captado as transmissões de uma nave russa em órbita
com dois cosmonautas (um homem e uma mulher) que pediam socorro à
base desesperadamente, falando coisas aparentemente absurdas, tais
como “precisamos regressar para que o mundo saiba... você os está
vendo?... segura, segura firme! ...”, e depois o silêncio.
Essa história teria acontecido vários anos antes do solitário vôo de Yuri
Gagarin, em 12 de abril de 1961, e chegou ao conhecimento dos jornalistas
através de alguns radioamadores italianos que teriam interceptado as
comunicações, como de fato o fizeram mais adiante, propiciando ao mundo
a notícia dos lançamentos soviéticos muito antes dos informes oficiais do
governo russo. Mas não temos elementos comprobatórios para julgarmos
essa notícia. Também não os temos para uma outra revelação muito mais
incrível acontecida um ano depois. Mas vamos deixar para comentá-la no
momento certo. Por agora, só podemos adiantar que apesar do seu grau de

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Verdades que Incomodam

estranheza e também por não existirem provas, há muitas evidências que


levam a acreditar que pelo menos alguma coisa aconteceu.
O início oficial da conquista do espaço foi em outubro de 1957, quando
a ex-União Soviética colocou em órbita, ante os olhares assombrados do
mundo, o Sputnik 1, cujos bips soaram mais que um trovão, ecoando em
todo o governo norte-americano e nas dependências da agência espacial. E
mais, espantados ficaram quando em 3 de novembro do mesmo ano
colocaram em órbita o Sputnik 2, pesando 508 kg – um verdadeiro recorde
na época – levando pela primeira vez ao espaço um ser vivo: a cadela Laika.
Todos os observatórios e estações científicas do mundo seguiam com
admiração e ao mesmo tempo bastante inveja mais essa demonstração da
capacidade tecnológica dos soviéticos. E por isso também puderam desco-
brir um dos grandes segredos, que por unanimidade e estranha cumplicida-
de com os russos mantiveram em sigilo. Logo depois do foguete ser coloca-
do em órbita, 1.800 observadores, espalhados por toda a URSS, controla-
vam o vôo e puderam começar a monitorar seu deslocamento, o som das
batidas cardíacas do pobre animal e todas as informações que por teleme-
tria chegavam à base. De repente, um UFO apareceu precedendo o Sputnik
na sua órbita, ante a surpresa e espanto dos russos. Eles acreditavam que
tinham total controle sobre a nave, já que haviam calculado tudo perfeita-
mente e com toda competência e meticulosidade: altura e angulação da
órbita, tempo de circunvalação da nave, etc. Mas no dia seguinte, as trans-
missões radioelétricas foram desligadas e só 20 dias depois se reiniciaram
de maneira inexplicável. O Sputnik 2 tinha sumido da sua órbita e regressa-
do à mesma, e ninguém sabia como.
Acredita-se que algo ou alguém desviou a nave da sua órbita. Algo ou
alguém a precedeu no espaço, seqüestrando-a para depois devolvê-la à sua
órbita original. Quem poderia ter ousado tamanha afronta? Obviamente,
seus arquiinimigos. Os norte-americanos ainda não tinham capacidade
para isso, então... Alguém lá em cima estava querendo saber o que os
homens estavam fazendo. Alguém que não queria estranhos no seu quin-
tal... E não foi somente isso. Várias sondas automáticas enviadas por russos e
americanos rumo a Marte e Vênus também sumiram no espaço. Definitiva-
mente. Que pensamentos rondaram as cabeças dos cientistas e militares
empenhados com todo afinco na corrida espacial?

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Biblioteca UFO

A lista dos insucessos é relativamente grande: Mariner 1 e Mariner 3,


que em meio caminho rumo a Marte depararam-se com algum provável
objeto celeste ou uma estrela muito brilhante que, segundo a NASA,
descalibraram os instrumentos da sonda, fazendo com que ela deixasse
de obedecer as ordens da Terra e se perdesse no infinito. A Mariner 8
também desapareceu em circunstâncias similares. E a sonda russa Mars 7
sofreu os mesmos problemas. Coincidência?
As Venusik 1, 2 e 4, rumo ao planeta Vênus, correram a mesma sorte, e
num outro programa as três primeiras naves da série Venera também fracas-
saram. Antes de falarmos das missões espaciais tripuladas, vamos fazer um
parênteses para transcrever uma notícia de cunho astronômico. Um satélite
não identificado, que orbitava a Terra em sentido inverso à rotação do planeta,
foi visto em princípios de 1951 por W. Marcowits, cientista do Observatório
Astronômico Naval dos EUA. Dois anos mais tarde, o doutor Lincoln La Paz, da
Universidade de Novo México, denunciou que dois estranhos satélites orbita-
vam nosso planeta a um altura aproximada de 400 a 600 milhas, respectiva-
mente, e pesavam perto de 15 toneladas cada um. Ante o inusitado anúncio,
as Forças Armadas tomaram de imediato a intervenção, e o famoso astrôno-
mo Clyde Tombaugh – o descobridor do planeta Plutão – foi designado para
investigar o fenômeno. Pouco tempo depois, Tombaugh confirmou a versão
de La Paz.
De 14 a 21 de junho de 1959, um enorme objeto de 35 km de diâmetro
orbitou ao redor da Lua a uma altitude aproximada de 2.000 km, cumprindo
uma órbita em 35 minutos. Transcorridos 8 dias, o insólito visitante desapa-
receu tão misteriosamente como tinha aparecido. Seis meses depois,
outros dois intrusos do espaço, de 15 toneladas de peso, orbitaram em
torno da Terra em rotas polares e foram fotografados pela Estação de
Rastreamento da Corporação Aeronáutica Grunmann, nos Estados Unidos.
Dezenas de fatos incomuns foram pesquisados e arquivados pelo governo
norte-americano e as poucas coisas que vazavam eram categoricamente
desmentidas ou deturpadas pela contra-informação. Alguns fragmentos
de informações contidas em muitos documentos liberados pela ação do
grupo Citizens Against UFO Secrecy (CAUS), apoiados pelo uso da Lei de
Liberdade de Informações, parecem confirmar todas as suspeitas sobre a lei
do silêncio imposta no país da democracia e da liberdade.

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Verdades que Incomodam

Em 1967, a NASA estabeleceu como deveriam ser os procedimentos


oficiais para tratar-se de relatos comprometedores: “Os UFOs vistos no
espaço devem ser explicados para o público e especialmente para a
Imprensa como meros fragmentos, componentes ou partes de veículos
espaciais conhecidos. Em nenhuma circunstância a origem do objeto será
discutida com o observador ou com a pessoa, fazendo relato ou à reporta-
gem da mídia.” Talvez por isso nas fotografias obtidas pelos astronautas
existam tantas referências a partes do foguete impulsor, fragmentos do
mesmo, dejetos da nave, vaga-lumes do espaço ou satélites desativados
e/ou fragmentos, tanto americanos como russos. Enquanto isso, as trans-
missões de rádio feitas pelos atordoados astronautas viravam erros de
interpretação ou brincadeiras. Isso explicaria a estranha transmissão de
rádio que interferiu na onda, escutando-se uma voz que se expressava em
linguagem desconhecida e que, no dia seguinte à essa misteriosa interfe-
rência, Gordon Cooper, o tripulante da Mercury 9, com voz ligeiramente
alterada exclamou: “Um objeto que emitia luz esverdeada e mostrava uma
espécie de rabo avermelhado avançava em direção contrária à cápsula...”
Mais sério ainda seria tentar explicar corretamente porque os astrona-
utas da série Apollo estragaram – segundo a NASA por incompetência no
manuseio – várias câmaras de tevê caríssimas. Além disso, focalizando sem
querer o Sol, perderam ou esqueceram diversos rolos de filmes, travaram
máquinas fotográficas, etc. Será que a NASA contratou os Três Patetas para
essas missões? Ou ela não hesita em denegrir o nome destes heróis apenas
por salvar a roupa? Por uma questão de justiça para esses homens que
foram humilhados, isso deveria ser esclarecido. É preferível que digam pelo
menos que o material é secreto e que não adianta perguntar, mas que
deixem de culpar inocentes! Também pode esse regulamento da NASA
explicar porque desapareceu a sonda espacial Mars Observer quando ela se
preparava para obter imagens da melhor qualidade da superfície de Marte,
em 21 de agosto de 1993, praticamente em closeup e a apenas 400 km da
superfície? Isto poderia trazer uma luz a respeito das imagens captadas pela
Viking em 1976, que mostram além de estranhas estruturas, aparentemente
artificiais, uma esfinge [Fotograma 35-A-72] com 1.600 m de comprimento
e 450 m de altura, apresentando um rosto eminentemente humanóide e
pirâmides de colossais dimensões, muito maiores que as do Egito.

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Biblioteca UFO

Os russos também ficaram assombrados ante as descobertas e não


conseguiram explicar o que aconteceu com a sonda Phobos 2, que desen-
volvia um ambicioso programa de pesquisas no satélite marciano de
mesmo nome. Uma das poucas imagens que foram divulgadas – ou saíram
das mãos dos cientistas russos por baixo dos panos – mostra uma área de
Marte cravada por estranhas linhas, como se fosse um campo arado, e a
sombra de um estranho objeto alongado que se projetava por quase 28 km.
Ao que parece, as câmaras foram viradas nesse instante para cima no intuito
de fotografar aquilo que projetava tal sombra. E na imagem seguinte –
transmitida à Terra – pode-se ver o satélite marciano Phobos e um objeto
retilíneo de enormes proporções. Essa foi a última transmissão. O que está
ocorrendo em Marte? Por que são sonegadas essas informações? Por que
se mente tanto assim? A começar pelas primeiras imagens do planeta
vermelho transmitidas pela Mariner 4.
No dia 15 de julho de 1965, a Mariner 4 começava a bater fotografias e
meia hora depois os computadores começavam a acumular os primeiros
sinais da resposta. Cada foto, transmitida por um sistema de pontos e linhas,
foi dividida em 200 linhas, e cada uma, em 200 pontos. As características de
cada ponto seriam transmitidas separadamente. Desse modo, cada foto-
grafia necessitou de 6 horas para chegar à Terra, num total de 132 horas para
serem recebidas 22 fotos. Das 22 chapas, três delas, as últimas, foram inutili-
zadas por terem sido batidas já na parte escura de Marte. Mais tarde, quan-
do foram divulgadas, veio a desilusão: o terreno mostrava crateras enormes
e outras menores dentro, com extensas áreas desérticas. Nenhum vestígio
da tão esperada vida marciana... Mas a surpresa veio depois, quando se
verificou – sem nenhuma dúvida – que as fotos eram completamente falsas!
Os jornais, misteriosamente, ou melhor, sugestivamente, nada disse-
ram. As imagens apresentadas eram indubitavelmente fotografias que
pertencem à região lunar de Clávius, a 60° da latitude sul. No Centro de
Estudos Interplanetários de Barcelona (Espanha), a comunicação apresen-
tada na Segunda Semana Astronáutica Nacional, em março de 1988, deixou
claro que a fotografia de número 11, transmitida pela Mariner 4, pertence
realmente à Lua. A investigação que provou o engano foi exaustiva e não
deixou nenhum detalhe ao acaso. A possibilidade de existirem dois locais
idênticos, na Lua e em Marte, equivale à proporção de 1 sobre 2.128 seguido

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Verdades que Incomodam

de 56 zeros! A NASA, mais uma vez, silenciou. No fim das contas, nem todo o
mundo é cientista, nem tem condições de avaliar e muito menos duvidar da
autenticidade de um trabalho oferecido pela toda-poderosa instituição
norte-americana. Mas voltando ao que nos interessa, gosto de pinçar
algumas frases ou palavras soltas proferidas por algumas pessoas que, em
certos momentos, podem não ser compreendidas, mas que num determi-
nado contexto passam a ter um peso enorme, além de importância históri-
ca.
Um dos pioneiros da astronáutica, o doutor Hermann Oberth, que foi
professor do famoso Werner von Braun, trabalhando junto com seu aluno no
Centro Espacial George Marshall, disse: “Não podemos receber sozinhos
todo o crédito do nosso progresso em certos campos científicos, pois temos
sido ajudados por seres de outros mundos....” E noutra oportunidade, von
Braun, referindo-se ao inexplicável insucesso que destruiu um foguete,
declarou: “Nós nos encontramos face a face com forças que estão muito mais
presentes aqui do que tínhamos imaginado, e de onde elas vêm é no momen-
to um dado que não posso revelar. Estamos agora muito empenhados em
entrar em contato mais íntimo com essas forças. E num futuro próximo, talvez
seja possível falarmos com mais precisão sobre esse assunto...” O que quise-
ram ou tentaram dizer estes dois homens? Acho que não é muito difícil de
deduzir.
Isto me leva a 1963, em Buenos Aires, meses antes de minha vinda ao
Brasil, quando tive o privilégio e a emoção de ser apresentado a von Braun
durante uma recepção que lhe foi oferecida durante uma exposição da
Astronáutica. Na época, contei com a ajuda de um vizinho meu que era um
alto oficial da Fuerza Aérea Argentina, que além do mais serviu-me de
intérprete. Ao sermos apresentados, ele comentou quase que na brincadei-
ra que eu gostava de ler e me interessava muito pelos UFOs... Escutou tudo
que eu tinha a dizer sem tirar os olhos de mim, enquanto levemente ia
abrindo um sorriso. Silenciosamente me estendeu sua mão e murmurou um
“boa sorte”!
Agora descubro que provavelmente seus olhos diziam algo mais que
na época não consegui perceber... Sem dúvida nenhuma, a conquista do
espaço foi conseguida com muitíssimo trabalho e sacrifício –inclusive de
vidas – e, sobretudo, porque foram perpetradas enormes mentiras e injusti-

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Biblioteca UFO

ças. Podemos afirmar – sem medo de errarmos – que todos, absolutamente


todos os vôos espaciais, automáticos e tripulados, foram seguidos e moni-
torados por UFOs, ou se preferirem pelos Corpos Orbitais Não Identificados
(CONIs), sendo que as autoridades sempre souberam o que acontecia e
muitas vezes os seus temores, talvez por descuido ou excesso de autoconfi-
ança na sua impunidade, acabaram vazando para a Imprensa.
Lemos num jornal da época: “Ao regressarem do espaço, os astronau-
tas Gordon Cooper e Charles Conrad Junior tiveram que entregar ao pessoal
do porta-aviões Lake-Chaplain, uma nota de US$ 1 dólar, cuja numeração
de série era uma chave de identificação registrada pela NASA. Ao entregá-la
ao pessoal que os recebia, foram identificados como os mesmos que no
sábado, 21 de agosto de 1965, partiram para o Cosmos a bordo da nave
Gemini 5.” Será que alguém entre os militares tinha medo de que tivessem
podido substituí-los? Mas quem? No espaço? E como perguntar não
ofende: se os extraterrestres tivessem trocado os astronautas, não teriam
usado suas roupas e dessa forma a chave da numeração da nota seria inútil?
No mínimo, dentro da paranóia estabelecida entre os militares, algum deles
teve essa brilhante idéia. Ou será que ela saiu da cabeça de algum burocrata
de Washington para brincar de espionagem? Na verdade, tem alguma coisa
estranha nessa história. E na melhor das hipóteses, os militares sabem que
tem alguém lá fora com enormes poderes... Foram várias as histórias de
sustos e surpresas que levaram os conquistadores do espaço, além das
aproximações de UFOs perto de suas naves – algumas menores que um
Fusca, como foi o caso das Mercury. Eles se defrontaram com objetos
enormes que não deveriam estar lá, abrindo-lhes tentativas inusitadas de
contato, como veremos depois.
Na primeira missão tripulada do programa Apollo, durante os 11 dias
de vôo, os astronautas Walter M. Schirra, Don F. Eisele e R. Walter Cunning-
han deveriam cumprir um rigoroso programa de experiências entre 11 e 22
de outubro de 1968. Tudo estava calmo e seguindo o cronograma de
trabalho, até que um fino véu se aderiu às janelas impedindo a visibilidade.
Depois, uma estranha música de origem desconhecida encheu os fones e o
ambiente da nave. Segundo a Base de Houston, o som vinha de uma emis-
sora do Texas. Os tripulantes da Apollo também tiveram problemas no
sistema elétrico. Os contratempos foram particularmente suspeitos, daí

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Verdades que Incomodam

talvez o nervosismo que se apoderou de Schirra: “Não estou certo de que


classe de fantasmas encontramos aqui.” E acrescentou Cunninghan, “...mas
contamos com aparelhos de alarme que deveriam ter nos avisado o que
acontecia e não o fizeram....”
Durante a viagem à Lua da Apollo 8, tripulada por Frank Bormann,
James Lowell e William Andres, para a realização do primeiro vôo circunlu-
nar, entre 21 e 27 de dezembro de 1968, quando completariam dez órbitas
em torno da Lua, aconteceram diversos fatos bastante estranhos – muito
diferentes do brilhante êxito apregoado pelo informe de Imprensa divulga-
do pela NASA. O vôo, iniciado às 19:51 h desde a plataforma 9 de Cabo
Kennedy, funcionava perfeitamente e estava sendo pilotado automatica-
mente desde o Centro de Controle, em Houston, até a segunda noite no
espaço.
“Sabíamos que alguma coisa não estava certa”, disse Keith Wyatt. “Mas
pensávamos que fosse irradiação cósmica, uma situação que seria corrigida
rapidamente pelos computadores e que logo desapareceria”, completou.
Para os homens da nave, que voava a aproximadamente 11.000 km/h, a
situação era muito mais séria. Uma aparição fantasmagórica e incandescen-
te surgiu de repente na escuridão. Tinha forma de disco e começou a voar
paralela à Apollo. De repente, pareceu que todos os sistemas deixavam de
funcionar: os instrumentos de direção e de navegação, os circuitos de
energia elétrica e de propulsão... Depois, a misteriosa nave atacou a Apollo
com um insuportável ruído ultrassônico – fato este que poderia explicar a
notícia divulgada de que a tripulação sofria dores de ouvido – e também
com flashes luminosos que encandeavam. Minutos mais tarde – que pare-
ceram intermináveis – o ruído parou, assim como as luzes, e a nave fantasma
desapareceu em altíssima velocidade. Ao mesmo tempo, informavam o
diretor Wyatt e outros técnicos da central de vôo que o contato com a
Apollo 8 havia sido retomado.
Os astronautas que tinham se alegrado pela normalização da viagem
descobriram logo que o ataque tinha desajustado o complexo programa de
vôo. Os homens temiam perder o curso que devia conduzi-los até à Lua. Uma
correção de 3 segundos levou a Apollo 8 novamente ao seu curso, mas a
preocupação ainda era grande, já que não tinham suficiente combustível para
fazer essa correção várias vezes. Tudo continuou calmo até que a nave entrou

39
Biblioteca UFO

em órbita lunar. De repente, como surgido do nada, apareceu outro UFO,


maior que o primeiro e rodeado de uma luminescência púrpura, emitindo um
zumbido que para os homens se tornava insuportável. A seguir, ondas de
calor e raios luminosos os atingiram, e a Apollo começou a balançar e sair da
rota. Todo seu sistema de controle entrou em pane. O inspetor de vôo Russel
Holcombe disse: “Não sabíamos o que acontecia lá em cima, apenas tínha-
mos certeza de que a segurança do vôo estava seriamente ameaçada.” No
interior da Apollo reinava o terror. Os astronautas sofriam enxaquecas,
tremores nas mãos, dores no peito e alucinações. Tal incidente durou exata-
mente 11 minutos e 11 segundos. Depois o UFO desapareceu tão repentina-
mente como o primeiro.
A seguir, o coordenador Scott Farniston fez um terrível descobrimento:
a Apollo estava tão distante do seu rumo que os computadores da Terra já
não podiam corrigir. Depois de incertos minutos, a tripulação, apesar de
sofrer perdas de memória, dificuldades na respiração e fortes dores no
peito, corrigiu a rota por meio da observação das estrelas Canopus e Sírius.
Minutos mais tarde, ao se aproximar da fronteira entre as sombras do lado
oposto da Lua e a luz, nas imediações da cratera Tsiolkovski, uma formação
peculiar chamou a atenção de Lowell, que quando pôde transmitir nova-
mente para a base disse: “Quando observei essa cratera, ela lembrou-me
um lago, com uma ilha no meio.” E não foi apenas uma licença poética de
Lowell e sim um relato fiel que posteriormente, através de fotografias, foi
comprovado. Numa das ampliações se pôde ver claramente os contornos
da ilha desgastados pela erosão... E na margem do lago, pedras logo abaixo
da superfície!
Depois, na véspera do Natal, um comentário enigmático que mais
parecia uma mensagem cifrada: “Quero comunicar a vocês e em especial ao
senhor presidente que Papai Noel existe: acabo de vê-lo.” Em situação
normal, não pareceria uma brincadeira de mau gosto para fazer a um
presidente? Mas talvez a pior das informações nos tenha chegado extra
oficialmente do histórico vôo da Apollo 11, que reputo seja o maior evento
do século, ou melhor dizendo, da história da Humanidade. Seus tripulantes,
Neil Armstrong, Edwin E. Aldrin e Michael Collins realizaram esse vôo entre
16 e 24 de julho de 1969, que segundo o seu comandante, ao pisar o solo
lunar pela primeira vez na história, disse: “Um pequeno passo para o homem

40
Verdades que Incomodam

e um gigantesco salto para a Humanidade.”


Sabemos que todos os astronautas – tanto americanos como russos
– têm permanentemente monitoradas todas suas funções vitais, pulsa-
ção, batimentos cardíacos, funções cerebrais, pressão sangüínea,
temperatura do corpo, etc, desde a partida até o momento do regresso.
Os computadores e sensores da NASA não perdem um único detalhe.
Por isso, talvez, certos rumores adquiram contornos de estonteante
realidade. Algumas fotografias da viagem, publicadas em revistas do
mundo inteiro, mostravam o espaço e a Terra ao longe. Num dos cantos
da foto em questão, um pequeno objeto luminoso e a justificativa oficial:
“Ao lado, o último estágio do foguete Saturno 5 acompanha os astrona-
utas...” Pela provável localização da nave Columbia e do módulo lunar,
esse estágio do foguete tinha ido longe demais... Além disso, que perigo
representaria um trambolho daqueles voando perto da nave..., mas tudo
bem.
Neste caso, devemos estender um pouco para melhor compreensão
do contexto. Ao se aproximarem da superfície lunar para o pouso, após
separar-se da nave de comando – que ficaria na órbita da Lua e seria pilota-
da por Collins –, o módulo lunar era comandado automaticamente. Apesar
do meticuloso planejamento, o comandante Armstrong percebeu que
estavam se dirigindo para a beira de uma cratera, o que significaria simples-
mente a morte para eles. Armstrong prontamente desligou o computador
de bordo e executou um pouso suave e perfeito, de forma manual, distante
do perigo. Os seus sensores nada acusaram e a Base de Houston só ficou
sabendo da quase tragédia quando, após estarem em segurança,
Armstrong reportou o acontecido – pelo menos é esta a versão oficial dos
fatos. Suas pulsações tinham se mantido inalteradas em 70 batidas por
minuto. Isso é surpreendente, já que qualquer pessoa no trânsito, ante à
iminência de um acidente, tem seu pulso e pressão sangüínea alterados. O
que diria numa situação dessas? É parte do seu ofício, da sua coragem e
preparo físico, poderão dizer alguns, e concordamos plenamente com isso,
porém...
Por ocasião de uns dos passeios programados, e já em companhia de
Aldrin, de repente suas pulsações pularam de 70 para 160 batidas por
minuto. O que poderia ter abalado esse homem ao ponto de descontrolar

41
Biblioteca UFO

seu coração? Desta vez, a NASA não explicou mais nada. A versão extra-
oficial, no entanto, nos conta outra história. Ou melhor, confirma esses
dados e explica: há fortes evidências de que teria acontecido um fato inusi-
tado e apavorante, e para eles existem várias versões com ligeiras modifica-
ções. Mas na essência continua valendo essa, que apresentamos a seguir.
Diversos autores e pesquisadores do mundo já falaram sobre isso, e o bom
senso nos leva a acreditar, baseados em inúmeras fontes oficiais e/ou
oficiosas, que de fato aconteceram coisas que evidentemente a NASA, o
Pentágono e a CIA escondem e negam.
Neil Armstrong e seu companheiro Aldrin, enquanto se dirigiam e
pousavam na Lua a bordo do Eagle (o módulo lunar), observaram UFOs logo
depois da alunissagem. A confusão e a emoção das transmissões ao vivo,
documentando aquele fato ímpar, propiciaram ouvir os astronautas se
referirem a uma luz dentro ou logo acima de uma das crateras. Também foi
possível escutar a resposta do controle da base pedindo mais informações a
respeito – diálogos estes que puderam ser captados na Austrália, Japão e
Nova Zelândia, além de alguns outros países europeus por diversos radioa-
madores. Numa dessas transmissões foi interceptado o seguinte diálogo,
partindo do Controle: “O que vocês estão vendo aí?” Resposta da Apollo:
“Esses veículos são enormes!... Enormes mesmo, senhor!... Vocês não iam
acreditar nisso!... Há uma outra espaçonave lá fora... aliás, várias delas! Estão
todas enfileiradas na beira da cratera do lado oposto ao nosso. Eles estão na
Lua nos observando!”
Embora a NASA negue veementemente estes acontecimentos, exis-
tem diversas fotografias que depois de muito tempo foram divulgadas, nas
quais pode-se observar luzes e objetos estranhos acompanhando a Apollo
11 na sua chegada à Lua. Também existem pelo menos duas fotos tiradas na
hora da decolagem rumo ao encontro com o módulo de comando, onde
Michael Collins os aguardava. Uma desses imagens, tirada desde a Eagle,
enquadra perfeitamente o módulo de comando, e logo abaixo do mesmo,
sobre a superfície do satélite, pode-se observar um estranho e gigantesco
objeto circular de aparência metálica [Ver fotografias coloridas no encarte],
com um domo na parte superior. Mais uma vez, silêncio oficial. São muitas
as histórias como esta em torno desta missão lunar. Diálogos estranhos
entre os astronautas e a base e problemas enfrentados pelos três heróis

42
Verdades que Incomodam

após o seu regresso.


De uma coisa temos certeza. Muitos acontecimentos – tremendamen-
te sérios e assustadores – aconteceram com estes homens e aparentemente
com todos os demais astronautas. Pressionados pelas autoridades e obvia-
mente tendo que manter silêncio pela suas condições de militares e por
juramento, tal situação pode ter afetado suas psiquês de alguma maneira.
Todos eles acabaram se separando de suas esposas e tiveram problemas
com suas famílias. Além do que, sofreram profundas fases de depressão e
mudanças comportamentais que culminaram, como já dissemos, em
divórcios e até suicídios. Outros, entretanto, chegaram até a desenvolver a
mediunidade e outros dons paranormais. E até isso a NASA nega ao público.
Um dos casos, pinçados ao acaso, é o de Michael Collins, que ao seu
regresso à Terra mencionou ter observado um objeto de grandes propor-
ções pousado perto do local da aterrissagem. Seria o da fotografia antes
mencionada? Por infringir normas de segurança vitais ele foi punido e
suspenso de suas funções na NASA. Oficialmente, justificaram sua sus-
pensão dizendo que ela havia ocorrido porque Collins havia decolado
com um jato F-5 sem autorização, num dia de chuva. Pouco tempo depois,
ele foi ainda internado numa clínica para doentes com distúrbios nervo-
sos, ficando lá por quase dois anos [Sobre o fatídico vôo da Apollo 13,
comentaremos em detalhes no capítulo Os Ufonautas].
Até ser encerrada a série de missões Apollo, com a de número 17, prati-
camente não houve fatos demasiadamente estranhos a se comentar, com
exceção da missão Apollo 15, quando a NASA realmente extrapolou e se
mostrou ingênua demais, dando um tremendo cochilo ou menosprezando a
inteligência das pessoas. Durante tal missão, foram divulgadas algumas
fotografias que mostravam claramente terem sido retocadas ou apagadas
imagens de alguma coisa no espaço que aparecem em várias delas. Coinci-
dentemente, muitas revistas semanais de diversos países, que publicaram as
tais fotografias, tiveram sua circulação afetada. Um exemplo disso foi o
semanário Fatos & Fotos, do Brasil. Sua edição de 26 de agosto de 1971 trazia
algumas destas interessantes fotos. Dezenas de jornaleiros reclamaram que a
revista foi recolhida assim que chegou às bancas, sem explicações. Estávamos
nos negros anos da ditadura militar. O mesmo aconteceu com publicações
argentinas, chilenas, italianas, francesas, etc. Alguém simplesmente não

43
Biblioteca UFO
Ilustração Rodval Matias

Viktor Savinikh e Vladimir Kovalyonok, a bordo da estação orbital soviética


Salyut 6, observam uma estranha nave se aproximando. O objeto é esférico e
mantém distância da Salyut por algum tempo. Pode-se observar janelas e
alguns seres enigmáticos por trás das mesmas.

Após longo período de observação a distância, a nave espacial extraterrestre se


aproxima da Salyut 6. Savinikh e Kovalyonok podem então ver com clareza as
criaturas que a tripulam: seres humanóides com olhos grandes e atentos, que
observam os soviéticos com imenso interesse e semblante sereno.

44
Verdades que Incomodam

As criaturas tripulando o estranho objeto – um UFO – também mantém estreito


contato visual com os cosmonautas, num gradativo processo de aproximação.
São feitas tentativas de comunicação por rádio e instrumentos, e depois ainda
por sinalização. Os ETs respondem às transmissões.

Num ato absolutamente inusitado, os tripulantes do UFO saem de seu interior e,


flutuando pelo espaço, acercam-se da Salyut. Os cosmonautas vêem, atentos,
que os ETs não trajam equipamentos especiais de respiração no espaço. Busca-
vam um contato direto com os humanos, que não ocorreu...

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Biblioteca UFO

queria que as fotos vazadas, embora retocadas, fossem publicadas com tanto
destaque.
Numa dessas, exposta no semanário Fatos & Fotos citado acima,
aparece uma mancha de retoque à direita do módulo lunar. Noutra, surge
um objeto luminoso que, evidentemente, não é uma estrela ou planeta,
logo acima do módulo. A revista italiana L’Europeo mostra, em cores e
ligeiramente deslocada, uma foto em que aparece um astronauta e acima
dele dois objetos luminosos semelhantes ao visto do módulo. Muitos foram
punidos por declararem que acreditavam em UFOs. Outros foram simples-
mente demitidos ou internados. E há ainda os que se alienaram por conta
própria, ingressando ou fundando seitas religiosas. Na ex-União Soviética
também aconteceu este tipo de fato, embora, pelo menos oficialmente,
nada tenha sido confirmado.
Um dos acontecimentos negados é uma alegada missão que teria
colocado cosmonautas na Lua, antes da Apollo 11, e um deles teria sido
morto lá... Um dos casos dos quais existem muitas evidências e depoimen-
tos, embora como dissemos, sempre extra oficialmente, é o vôo da Salyut 6.
No Brasil, ficamos sabendo dos acontecimentos através da revista Manche-
te, de 29 de setembro de 1984, sob o título “Sensacional: Russos encontram
UFOs”, e da extinta Ufologia Nacional & Internacional, de setembro de
1985, numa matéria assinada por nosso colega Luiz Gonzaga Scortecci de
Paula.
Entre os dias 12 de março e 14 de maio de 1981, a Salyut 6, tripulada
pelos cosmonautas Vladimir Kovalyonok e Viktor Savinikh, se deparou com
um UFO esférico de aproximadamente 10 m de diâmetro, parecendo de
metal, sem nenhuma reentrância ou saliência, inscrições, marcas ou des-
continuidade na superfície da esfera, que era perfeitamente polida. Tam-
bém não haviam antenas nem terminais de sistemas óticos de informação,
painéis solares, enfim, nada perturbava a superfície externa. Enquanto a
interna, feéricamente iluminada, mostrava uma cabine de comando de
aparência convencional, com painéis de controles, comandos, revestimen-
tos monocromáticos e assentos. Estavam no 75o dia de vôo, em 14 de maio,
e os russos gravaram um vídeo de quase uma hora de duração. No segundo
dia, depois de terem dormido durante algumas horas, foram surpreendidos
com a aproximação da nave alienígena que agora se encontrava a apenas

46
Verdades que Incomodam

30 m da Salyut. Pelas janelas do UFO – oito, ao todo, e 16 outras áreas trans-


parentes localizadas acima e abaixo da linha central – puderam ver três seres
de aspecto humanóide: serenos, ar solene, lembrando hindus, com narizes
retos, sobrancelhas grossas, enormes olhos azuis, profundos e penetrantes
no olhar, deixando-os extasiados. Segundo o relato, os cosmonautas teriam
solicitado permissão à base para contato direto, recebendo um sonoro
“niet” [Não]. A experiência não poderia ir além de contatos via instrumentos.
Em seguida, Kovalyonok teria aberto impulsivamente um mapa celeste
de bordo, mostrando o mesmo através da vigia para os ETs. A seguir, um dos
aliens teria feito a mesma coisa, exibindo para os assombrados russos um
mapa celeste onde podia se ver num canto o sistema solar e outros corpos
celestes não identificados. Seguiram-se gestos amistosos, com a tentativa de
comunicação através de uma lanterna – em código morse –, além de cumpri-
mentos em russo e inglês, sem sucesso. Mas ao transmitir a expressão de uma
figura geométrica em código binário, receberam como resposta uma série de
sinais luminosos que, embora não repetissem a mensagem enviada pelos
cosmonautas, foram entendidos como o valor de E – base dos logaritmos
neperianos usados a bordo da Salyut em nível dos computadores de bordo
para linearização gráfica de curvas relativas a funções matemáticas comple-
xas. Com a mesma roupa – que lembrava de mergulho – a bordo do UFO, os
alienígenas saíram da nave e flutuaram no espaço se aproximando lentamen-
te da Salyut, como se dispusessem de assentos e passarelas invisíveis, sem
equipamentos autônomos de vôo ou qualquer outro dispositivo que asse-
melhasse às técnicas desenvolvidas na Terra. No fim do quarto dia, os aliení-
genas foram embora, deixando uma estranha saudade, segundo os cosmo-
nautas.
As autoridades soviéticas, militares, cientistas e astronautas se reuni-
ram em 18 de junho de 1981 para analisar os acontecimentos e assistir os
filmes e fotografias da missão. Chegaram, obviamente, à conclusão de que
tudo isso era confidencial e deveria ser carimbado como top secret, embora
algum tempo depois, não se sabe se por determinação do Kremlin ou não, o
relato da missão vazasse para o Ocidente. Em todo caso, numa fotografia
oficial da Salyut pode-se ver um desenho colado no teto da cabine que
mostra um enigmático rosto de traços quase humanos e de olhos puxados:
lembrança do acontecido? De qualquer maneira, encerrando aqui os relatos

47
Biblioteca UFO

de satélites, sondas automáticas, cosmonautas e astronautas – grandes


protagonistas na chamada Corrida Espacial, uma verdadeira competição de
vale-tudo entre russos e americanos, em que ficou mais ou menos claro que
a ex-URSS era tecnicamente superior. Por que, de repente, os russos desisti-
ram de chegar à Lua com seus homens, já que suas sondas foram e voltaram
com pleno êxito, se conformando apenas com a pesquisa orbital? Qual teria
sido o motivo dessa desistência? Poderíamos fazer mil e uma perguntas
sobre o assunto, com todas suas variáveis possíveis, mas nunca – pelo
menos num estágio atual da política de desinformação mundial – teríamos a
resposta. Resta esperar.

Começa a Grande Mentira

A partir daqui, com esta introdução, podemos começar a falar um


pouco mais claramente das mentiras, justificativas estapafúrdias e atitudes
impensáveis por parte dos que deveriam zelar pela Humanidade. Desde há
algum tempo, antes da chamada Era Moderna dos Discos Voadores, os
diversos governos do mundo deram início a programas de investigação
destes fenômenos que contra todas as suposições do povo já preocupavam
as autoridades. Como já dissemos, os alemães parecem ter sido os pionei-
ros. Mas não garantimos isso. Aparentemente, a primeira investigação
oficial foi iniciada em 28 de dezembro de 1933, pelo 4 Esquadrão de Vôo da
o

Suécia e encerrada em 30 de abril de 1934. Em 1942, começaram as investi-


gações secretas por parte dos Aliados e alemães, e em 1943 os ingleses
deram início ao Projeto Massy.
Nos Estados Unidos a coisa era e continua sendo muito mais complexa.
Os nomes de projetos, muitos deles secretos e outros nem tanto, são muitís-
simos: Majestic, Grudge, Sigma, Blue Book – que servia para distrair a opi-
nião pública –, Acquarius, Pluto, Pounce, Luna, Garnet, NRO, Delta, Blue
Team, Redlight, Snowbird, etc. Estes grupos, formados em diferentes
momentos, alguns absorvidos por diversos projetos e outros se superpon-
do de várias agências governamentais, da NASA, Pentágono, CIA, NSA.
Enfim, poderiam perfeitamente provocar uma grande confusão se tivessem
seus conteúdos divulgados. Portanto, como seria de se esperar, o segredo é
colocado num grau vários pontos acima dos secretos nucleares.

48
Verdades que Incomodam

Também diversas personalidades assumiram a direção dos mesmos


para dar-lhes maior credibilidade perante o público. Assim, podemos
destacar personagens, tais como o capitão Edward Ruppelt (Blue Book), o
general John Samford, doutor H. P. Robertson – que ditou as primeiras
normas da política do descrédito, o sistema Painel Robertson –, o doutor
Donald Menzel – que transformou qualquer observação de UFO em gás dos
pântanos –, major Hector Quintanilha (Blue Book) e até nosso velho conhe-
cido, o astrônomo J. A. Hynek – que nos últimos anos de sua vida, após
afastar-se de seu trabalho como consultor da USAF, dedicou-se à pesquisa
ufológica livre –, entre outros. Todos esses grupos poderiam ser compara-
dos a meros “clubinhos”, se igualados ao todo-poderoso grupo Majestic.
Os fatos conhecidos a partir da queda de um UFO em Roswell e outros
acidentes subseqüentes precipitaram as determinações presidenciais
nessa época, comandadas por Truman, o homem que ordenou o ataque
com bombas atômicas a Hiroshima e Nagasaki. Era vital para o governo
norte-americano esconder – a qualquer custo – todas as notícias sobre
UFOs, principalmente se as mesmas falassem de resgate de discos voadores
e alienígenas por parte dos militares. Assim, em 24 de setembro, 84 dias
após o acidente de Roswell, o presidente Truman, através de um simples
memorando dirigido ao então secretário da defesa James Forrestal, disse:
“De acordo com nossa conversa sobre o assunto, você está autorizado a
proceder com a devida rapidez e precaução. Daqui por diante, este assunto
– UFOs – será referido somente como a Operação Majestic 12...”
Nesta época existia o Grupo Central de Inteligência (GCI), que mais
tarde daria origem à Central de Inteligência Americana (CIA). Também
existiam muitos ciúmes entre a Força Aérea e a Aviação do Exército, que
disputavam com unhas e dentes o direito à posse dos objetos resgatados.
Na briga, logicamente, também entrou o Escritório Federal de Informações
(FBI), que não admitia ficar por fora do que estava acontecendo. Porém, no
momento em que o Majestic foi criado, foi ele quem absorveu para si toda a
investigação dos UFOs, que foram colocados num patamar mais alto de
segurança do que o Projeto Manhattan – o que criou as bombas atômicas.
Para dispor de todo esse poder e da máxima eficiência foram criados
outros departamentos para o cumprimento de tarefas específicas. Para
desviar o interesse público – e dos jornalistas – foi lançada uma unidade de

49
Biblioteca UFO

relações públicas. Daí surgiram os projetos Sign, Grudge e Blue Book. Eles
ficaram responsáveis por demonstrar que os discos voadores não existiam.
Paralelamente, surgiram o Blue Teams e Alpha Teams, sob o novo e secreto
Pounce. Em determinados momentos, todos os seguimentos de inteligên-
cia eram envolvidos no projeto para garantir que as equipes de resgate de
UFOs e seus tripulantes chegassem a qualquer parte do mundo sem chamar
a atenção.
O Esquadrão do Serviço de Inteligência Aérea 4602 (AISS) ficou encar-
regado das operações de resgate e o Projeto Moondust [Poeira Lunar]
assim como o Blue Fly [Mosca Azul] deveriam localizar, resgatar e entregar
ao governo veículos espaciais de origem desconhecida, além dos restos
desses objetos. Os resultados eram encaminhados para a Divisão de Tecno-
logia Estrangeira (FTD). Estes programas foram, ao que parece, de respon-
sabilidade do Grupo de Inteligência Aérea 7602, que existe até os dias de
hoje, assim como inúmeros outros projetos ultra secretos ou acima desse
grau de classificação, que eventualmente servem também como disfarce de
coisas mais negras ou hediondas... Mas vamos por partes.

Majestic 12
Quem eram os super cérebros que dirigiam o MJ-12 no seu início?
Homens de grande prestígio e capacidade, sem dúvida alguma, embora lá e
cá, vez por outra, surgiam as indicações políticas. Alguns deles:

l Almirante Roscoe Hillenkoetter, primeiro diretor da CIA até 1950.


l Detlev Bronk, diretor da Universidade John Hopkins.
l Doutor Donald Menzel, colaborador da CIA e da Agência de
Segurança Nacional (NSA).
l Doutor Vannevar Bush, chefe do Escritório de Investigações e
Desenvolvimento Científico (ORSD).
l Físico Lloyd Berkner, colaborador do Painel Robertson, em 1953,
para desinformação e espionagem de grupos de pesquisas
ufológicas.
l General Nathan Twining, chefe da 20 Força de Pós-Guerra.
a

l General Robert Montage, chefe da Base Aérea de Port Bliss.

50
Verdades que Incomodam

l General Walter Bedell Smith, sucessor de Forrestal [Após a


misteriosa morte dele, veja mais adiante].
l Gordon Gray, assessor da Secretaria de Assuntos
Psicológicos da CIA.
l James Forrestal, secretário de Defesa dos EUA.
l Jerome Hunsaker, chefe de uma ultra secreta agência ligada
diretamente à espionagem.
l Sydney Sowers, primeiro secretário executivo do Conselho
de Segurança Nacional (NSC).

Entre os membros da segunda fase do MJ-12 encontramos nomes


bastantes expressivos que até bem pouco tempo atrás seria impensável
ligá-los aos problemas da Ufologia, como o doutor Henry Kissinger – ex
todo-poderoso da política internacional a serviço dos EUA – e o magnata e
milionário David Rockfeller – amigo pessoal do presidente Eisenhower e
irmão do super banqueiro Nelson Rockfeller. Comenta-se bastante que o
Majestic 12 teria carta branca para agir livremente, sonegar informações
dos presidentes norte-americanos (para poder responder à indiscrição da
Imprensa com toda sinceridade). E isso não é brincadeira nem foi tirado do
filme Independence Day. Pelo contrário, neste filme esse fato é abordado
para ironizar o que verdadeiramente ocorreu.
Ou seja, intervir em operações secretas não apenas nos Estados Uni-
dos, mas em qualquer parte do mundo sem prestar satisfações a quem quer
que seja, eliminando assim qualquer obstáculo aos seus interesses – isso
inclui silenciar testemunhas através de pressão psicológica, ameaças
explícitas e até matar, como aconteceu diversas vezes. Dessa maneira, era
constituído um verdadeiro governo paralelo que influenciava até na política
externa do país, determinando a linha de ação dos governos de outros
países sobre o assunto UFO. Isso tudo através de diversas agências em que,
evidentemente, o nome do grupo deve ser silenciado. Mais adiante vere-
mos alguns episódios que sugerem esse tipo de atuação, além da ação clara
e sem subterfúgios do próprio governo norte-americano.
O trabalho dessas organizações ou governo paralelo é de uma
ordem tal que, coexistindo com elas existem grupos ou projetos que
agem a todo vapor para desinformar e muitas vezes, de acordo com as

51
Biblioteca UFO

circunstâncias, liberar uma pequena parcela de verdades misturada com


uma porção de bobagens. Isso sem falar na transmissão de informações
supostamente confidenciais a pessoas que podem influenciar na opi-
nião pública e, com isso, denegrir ou implodir outras pessoas que diante
dessas revelações ficam desmoralizadas, na mais perfeita representa-
ção do descrédito. Tal fato chegou a um ponto em que começaram a
circular boatos, extraídas de supostos documentos classificados, que
comprovariam que o MJ-12 é uma grande mentira e que nunca existiu.
Dessa forma, nos encontramos num quase beco sem saída: verdade ou
mentira?
Roger Wescott é doutor em Lingüística pela Universidade de Prince-
ton, professor de Antropologia em Oxford, além de autor de 40 livros
científicos e centenas de artigos especializados [A lista é interminável e só
citaremos estas poucas informações para justificar a sua opinião sobre o
MJ-12]. Wescott fez a seguinte declaração em 1988, após estudar e
comparar estilística e lingüisticamente 22 documentos e cartas (conside-
rados autênticos) do almirante Hillenkoetter: “Em minha opinião, não há
uma só razão que me compele a considerar qualquer destes documentos
chamados MJ-12 como fraudulentos, ou que me faça crer que qualquer
deles foi escrito por outra pessoa que não o próprio Hillenkoetter.” Por
outro lado, encontramos uma declaração à Imprensa do ufólogo
Timothy Good, que assinala que as análises mais recentes que estão
sendo feitas por experts em letras de máquinas de escrever e outros
analistas de documentos, estão confirmando tudo o que o doutor Wes-
cott disse.
E na contestação, que vem de um instituição composta de profissionais
céticos e desqualificadores de áreas como Ufologia e Parapsicologia, o
Comitê para a Investigação Científica de Supostos Fenômenos Paranormais
(Csicop) traz um comunicado que denuncia: “Os documentos eram uma
fraude grosseira e uma produção rudimentar, além de serem um dos atos
mais decepcionantes e deliberados jamais vistos, perpetrados por esperta-
lhões junto aos meios de comunicação e o público, criando uma situação
deveras preocupante.” Até onde chega a força da verdade e a da mentira?
Mas o pior dos golpes foi desferido por Barry Greenwood, editor do boletim
Just Cause, da Citizens Against UFO Secrecy (CAUS), um grupo que conse-

52
Verdades que Incomodam

guiu liberar inúmeros documentos oficiais através da Lei de Liberdade de


Informação. O boletim diz que “... desafortunadamente, o affair MJ-12
parece ser uma perpetração fraudulenta muito grande, e como conseqüên-
cia disso, um galão de tinta gigante foi atirado sobre a superfície da Ufolo-
gia, manchando-a para sempre.”
As considerações finais sobre o que acabaram de ler serviria como um
grande exercício de pesquisa dedutiva e analítica para todos nós. Os ele-
mentos estão aí: os suspeitos, os motivos e a forma em que um ou outro
podem ter canalizado a arma para o crime. Muitos outros pesquisadores da
Ufologia contestaram essas críticas, afirmando que as mesmas deixam
muitos pontos sem esclarecimento ou resolução, como William Moore,
Stanton Friedman, Jerome Clark, Joseph Allen Hynek e o doutor Bruce
Maccabee, que declararam que a questão do MJ-12 ainda estava em aber-
to... Em todo caso, como já dissemos, pode ser uma jogada do próprio
governo.

A grande vergonha
“De Robert Low para as autoridades da Universidade do Colorado (UC).
Assunto: Alguns conceitos sobre o Projeto UFO.” Assim começa um dos
mais controvertidos ou, melhor dizendo, vergonhosos documentos que
alguém ligado a uma universidade poderia escrever. É o chamado Relatório
Condon, que a certa altura, referindo-se ao doutor Walter Roberts, diretor
do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica (NCAR), uma entidade
federal, afirma: “Ele diz que tem informações de que Colorado é realmente a
primeira escolha da Força Aérea dos EUA. Que outras não tinham sido
tentadas e sim, deixadas de lado. Ele acha que obteremos prestígio favorá-
vel entre os grupos certos, executando um serviço altamente necessário.
Nosso estudo seria conduzido quase que exclusivamente por pessoas que
não acreditam, as quais, possivelmente acrescentariam uma matéria
impressiva de evidência de que não há realidade para as observações. A
habilidade seria, eu acho, descrever o projeto de tal forma que, para o
público, pareceria um estudo totalmente objetivo. Mas para a comunidade
científica apresentaria a imagem de um grupo descrente tentando esforçar-
se ao máximo para ser objetivo, mas tendo uma perspectiva quase nula de

53
Biblioteca UFO

encontrar um disco.”
Este desastroso memorando foi escrito pela equipe de cientistas do
Projeto UFO da referida universidade, coordenado pelo professor Edward U.
Condon, doutor em Filosofia e membro participante da equipe de trabalho
que construiu a bomba atômica, em Los Álamos. Este documento vem,
depois de muitos anos, esclarecer ao público sobre as verdadeiras intenções
do tão decantado método científico e o objetivo da equipe de cientistas, que
em dezembro de 1968, num relatório de 1.485 páginas, dividido em três
volumes, concluiu que a Força Aérea Norte-Americana (USAF) nunca encon-
trou a mínima prova de que os UFOs sejam aparelhos ou máquinas desco-
nhecidas.
Milhões de pessoas no mundo inteiro suspiraram aliviadas, principal-
mente os que redigiram aquele relatório – que custou ao erário público mais
de meio milhão de dólares devido às pesquisas realizadas para chegarem
nessa conclusão – à USAF, muito especialmente à CIA e a outros projetos e
departamentos interessados no descrédito. Após a publicação, das conclu-
sões da Comissão Condon, como também era conhecido o Projeto da Uni-
versidade do Colorado (UC), e que posteriormente seria ratificada pela
Academia Nacional de Ciências, foram muitos os que criticaram os pesquisa-
dores de UFOs e os grupos de pesquisas. Mas todas essas pessoas desconhe-
ciam os bastidores da farsa – da Grande Farsa – preparada durante tanto
tempo e com os maiores requintes de premeditação, apenas com uma
intenção: salvar a própria pele. Seria embaraçoso demais explicar ao povo e
ao mundo que inúmeras vezes a USAF tinha tentado abater UFOs que sobre-
voavam importantes bases aéreas e de mísseis, não uma nem duas, mas
centenas de vezes, e que ela já tinha perdido muitos aviões e homens em
circunstâncias um tanto duvidosas nessas caçadas.
O memorando que transcrevemos revela o espírito – não menos
preconceituoso – que animava a equipe de cientistas da UC, chefiados por
Condon (que como vimos, estava também ligado ao MJ-12) e contratados
pela USAF após uma série de contatos que nunca foram realizados. A
escolha da Universidade do Colorado foi motivada pela presença, na mes-
ma, do professor Condon, que também tinha realizado muitos trabalhos
para o governo norte-americano. Vale a pena frisar que sua indicação para
este trabalho partiu da CIA, que a qualquer preço necessitava desmistificar e

54
Verdades que Incomodam

ridicularizar as testemunhas idôneas que tiveram a oportunidade de pre-


senciar algum tipo de UFO. Invocando discutíveis razões de segurança, o
Fenômeno UFO devia ser apagado da cabeça do povo norte-americano e
do mundo inteiro, se possível.
Graves situações foram criadas no seio da USAF e da própria CIA
quando transpiraram relatórios de pessoas ilibadas, impossível de serem
ridicularizadas, ou notícias provenientes do exterior, provadas e documen-
tadas. Também houve um atrito com o então secretário da Marinha, Dan
Kimball, que queria pesquisar intensivamente diversos documentos sobre
UFOs e até um filme tomado no Estado de Utah que mostrava uma esqua-
drilha de naves e, somente assim, apresentar um relatório completo ao
público. As autoridades, que queriam que tudo continuasse no mais absolu-
to sigilo, tinham que evitá-lo a qualquer preço e além disso, convencer o
presidente Truman de que Kimball precisava ser reduzido ao silêncio. Mas
isso poderia ser perigoso, já que não tinham certeza de qual seria a reação
de Truman. Então, resolveram esperar pelas eleições. A vitória do general
Eisenhower foi-lhes favorável ao ponto do secretário Kimball ser substituí-
do por um republicano que não entraria em choque com a USAF.
O sigilo estava garantido e para reforçar suas posição a CIA promoveu,
com cientistas e representantes da Força Aérea, uma reunião no Pentágono
para fazerem uma análise confidencial da realidade dos UFOs, na qual três
dos seus representantes – Philip Strong, Ralph Clark e o cientista da CIA,
doutor Marshall Chadwell –, garantiram sua posição. Essa reunião, realizada
no dia 12 de janeiro de 1953, serviu apenas para ratificar a pressão da CIA
com respeito ao sigilo total. “Eles acabaram com todo o programa. Recebe-
mos ordens de elaborar uma campanha de desmentidos de âmbito nacio-
nal, colocando artigos em revistas e preparando programas para fazer as
notícias sobre UFOs parecerem ridículas.” Quem disse isso foi Albert Chopp,
adido oficial de Imprensa em informações sobre UFOs no Pentágono, ao
major Donald Keyhoe no final da reunião. Dias depois, Chopp saía da USAF e
posteriormente ficamos sabendo que ele esteve ligado à NASA.
O capitão Edward Ruppelt acrescentou: “Recebemos ordens para
esconder as notícias de aparições de discos voadores sempre que possí-
vel, porém se transpirar uma informação importante teremos que
publicar uma explicação – fazer algo para anular a notícia às pressas, e

55
Biblioteca UFO

também ridicularizar a testemunha, especialmente se não pudermos


imaginar uma resposta plausível. Teremos mesmo que desacreditar até
os nossos próprios homens (pilotos). É um negócio duro, mas não pode-
mos enganar a CIA. Tudo isso me enoja. Estou pensando em sair da
ativa.” Mas antes de passar à Academia Nacional de Ciências (ANS),
vamos ver quem era quem no Projeto UFO da Universidade do Colorado:
l Doutor Franklin Roach, astrofísico e diretor do
Laboratório de Aeronomia dos EUA, membro do Bureau
National Standard e especialista em Espectrografia Astronômica.
l Doutor Joseph H. Rush, meteorólogo do Centro Nacional
para Pesquisa Atmosférica (NCAR) e do High Altitude Observatory.
l Doutor Michael Wertheimer, psicólogo especialista em
conjuntos psicológicos estruturados.
l Professor David Saunders, doutor em Filosofia pela Universidade
de Illinois e professor de Metodologia do Comportamento.
l Professor Edward Condon, diretor do projeto.
l Stuart W. Cook, doutor em Filosofia pela UC e psicólogo
social da Universidade de Michigan.
l Dois estudantes graduados em Psicologia pela UC.
l Um estudante graduado em Letras pela UC.
l Um impressor tipográfico.
l Dois secretários.

De um total de 14 pessoas, observamos que nenhuma delas é especia-


lista nas disciplinas fundamentais e técnicas referentes à aviação, como a
Aerodinâmica, Construção Aeronáutica, Eletrônica, Química e Física Aplica-
das. Isto revela – sem qualquer dúvida – que para os promotores da opera-
ção não seria nada além de fenômenos naturais desconhecidos ou farsas.
Agora, analisem a composição desse grupo e lembrem que a ordem para
criar o Projeto Colorado vem do Conselho Permanente da USAF. O contrato
ligando as duas instituições tem sido redigido pela USAF, os fundos vêm do
orçamento deste órgão, e todo o informe – realizado mediante o exame de
outros informes selecionados pelo Centro de Inteligência Técnica do Ar
(ATIC) – é revisado pela ANS antes de sua publicação.
Em vez de astrônomos e físicos, especialistas em radar, químicos

56
Verdades que Incomodam

atomistas e especialistas em ótica, temos apenas psicólogos... Em outras


palavras, não existe no mundo um grupo de psicólogos mais competentes
para informar que os discos voadores formam parte de uma estrutura
psicológica explicável em seu conjunto, por certas particularidades de
percepção. Sem dúvida alguma, os cientistas que levaram a cabo a investi-
gação são pessoas de reconhecida capacidade, porém o tipo de pesquisa
feita leva a analisar essas pessoas que redigiram tais informes. Não poden-
do rastrear os discos, o que fazem é descobrir o autor da “mentira.” Mas não
pensem que catalogam de mentirosos os que viram alguma coisa estranha:
pelo contrário, os caracterizam, os definem como criadores de histórias
fantásticas, vítimas de uma histeria coletiva do tipo prejudicial, ou bem
como farsantes ou lunáticos, seguindo à risca as recomendações da CIA.
Já em 1966 e respondendo a uma declaração do major Hector Quinta-
nilha, membro da USAF e diretor do Projeto Blue Book na época, o desapa-
recido cientista de Física Atmosférica da Universidade do Arizona, o profes-
sor James McDonald [Veja capítulo sobre Mortes Misteriosas] disse: “Ao
examinar os arquivos da Força Aérea, do Projeto Livro Azul, tive a impressão
de que há de 5 a 10 vezes mais casos inexplicáveis do que nos dizem. Nada
mais distante da verdade que o informe do major Quintanilha: leva o públi-
co, o Congresso e os cientistas ao erro... Nunca vi tanta superficialidade e
incompetência num círculo de importância científica potencial tão enor-
me... Tenho a impressão de que a USAF, cujo primeiro dever é a segurança
nacional, gostaria de ver-se livre deste problema. Um grande número de
provas recolhidas nos últimos 20 anos (1946 a 1966) leva muitos pesquisa-
dores a se convencerem de que os UFOs são extraterrestres.”
Na URSS, famosa por ocultar segredos a sete chaves por trás da Cortina
de Ferro, a principal agência noticiosa, a ex TASS, órgão do governo soviéti-
co, enviou para todo o mundo o seguinte despacho: “Por decreto do gover-
no soviético, datado de 18 de outubro de 1967, cria-se uma Comissão
Permanente Cosmonáutica da URSS que tem por finalidade estudar os
informes de observações relativas aos objetos voadores não identificados e
tirar deles conclusões práticas. O presidente da Comissão é o general de
aviação Porfiry Stolyerov, o vice é o doutor Felix Zigel, físico do Instituto
Aeronáutico de Moscou e astrônomo membro da Academia de Ciências da
URSS. Como secretário atuará o doutor Arcady T. Thikhonoff, (disciplinas

57
Biblioteca UFO

interessadas), entre as quais um cosmonauta e astrônomos, além de 200


observadores especialmente qualificados nesta matéria.”
Nesse mesmo dia, após a divulgação do comunicado, o general Stolye-
rov apresentou, durante uma entrevista pela tevê, uma série de fotografias
de UFOs tiradas por pilotos e particulares. Em uma delas podia-se ver um
objeto de forma lenticular com uma saliência na parte superior, e cujo
tamanho corresponderia ao de um avião Tupolev 104 (uns 30 m de enver-
gadura), segundo a própria declaração do general. A fotografia tinha sido
obtida na região de Tiksis, além do círculo polar. A citada comissão tinha sua
sede na Casa Central da Aeronáutica, sob os auspícios da Sociedade Dosaff.
Esta Comissão fez tremer nas bases a USAF e as agências da Inteligência,
assim como a Comissão Condon, pelas implicações que poderia trazer
perante a opinião pública norte-americana. Mas a sorte namorava firme-
mente com o sigilo. Meses depois, o silêncio tornava a reinar na URSS e
aparentemente a comissão era dissolvida.
Dos milhares de casos escolhidos entre o ATIC, a CIA, a USAF e todo o
material e organização colocados ao seu dispor pelo National Investigation
Committee on Aerial Phenomena (NICAP), a comissão do Projeto Colorado
viu apenas 90 casos, dos quais nenhum foi pesquisado e nem interrogadas as
testemunhas! E após a publicação desses depoimentos por parte de McDo-
nald, Hynek, Robert Hall e James Harder, começaram as repressões, sendo
estes sumariamente afastados de seus cargos. Para complicar ainda mais, o
Instituto Americano de Astronáutica pediu ao governo uma nova investiga-
ção declarando ainda que 30% dos casos do Projeto Colorado eram inexpli-
cáveis e salientava a importância de muitos relatos anteriores.
O caráter negativo do Informe Condon sobre UFOs, redigido pelos
cientistas da UC, foi aprovado por unanimidade pela ANS, com um lapidário
“Não existem.” Logo a seguir, muitos dos seus membros se arrependeram
da atitude tomada, que comprometia seriamente o pensamento científico
norte-americano. Depois, a Academia Nacional de Ciências foi atacada pelo
antigo secretário do Interior, Stewart Udall. Numa reunião da Associação
Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), Udall taxou a ANS de “um
completo joguete do governo” e instou para que ela fosse censurada pela
sua relutância em se opor às políticas oficiais.
No entanto, o informe foi aprovado por unanimidade pela ANS,

58
Verdades que Incomodam

levantando contra eles todos os organismos privados dedicados à


pesquisa ufológica. Um deles, em particular o que tinha aceitado colabo-
rar com o Projeto Condon, enviou seus melhores informes – mais de 1.500
– à UC e colocou à disposição seus conselheiros científicos e sua enorme
rede de investigações. Refiro-me ao NICAP dirigido pelo major reforma-
do da Marinha norte-americana, Donald E. Keyhoe.
No The UFO Investigator, publicação do NICAP, encontramos um
artigo que põe de manifesto a pressa e a falta de estudo sério que presidi-
ram a aprovação do mencionado informe pela ANS: “A aprovação absoluta
do Informe Condon pela ANS começou a provocar mal-estar. As primeiras
análises de alguns cientistas independentes e do NICAP revelaram graves
erros de fato, omissões muito significativas e até se ignoraram as mais
evidentes contradições. Contradições incríveis em cientistas a quem se
considera, normalmente, entregues a procura da verdade. Nós não suspei-
tamos sequer que tenha existido um acordo no sentido de garantir o
Informe Condon. Mas a ANS será condenada sem remédio, por causa da
estranha manipulação do Informe quando se compreendem os fatos. Ela é
um organismo quase oficial, criado pelo governo para fazer progredir a
Ciência e servir ao bem-estar geral.” E continua:

“Em sua própria Constituição, concede a todo organismo


governamental que o solicite, poder examinar os informes sobre
qualquer tema de ciências ou arte, e que as despesas correspon-
dentes às ditas consultas sejam pagas com o dinheiro dos contri-
buintes através do Congresso. Já que recebe uma boa parte dos
seus ingressos dos fundos públicos, deveria poder contar com o
próprio público em investigações e documentos tão complexos e
imparciais. Porém, para valorizar o Informe Condon, o júri científi-
co da ANS se viu obstaculizado desde o princípio. Sua função
específica ficou reduzida somente à leitura do Informe e sua
apreciação, sem a mínima investigação exterior. Nenhum dos
casos apresentados por Condon foi verificado de forma indepen-
dente, e nenhuma testemunha foi examinada pelos cientistas da
ANS.
Outro fator que impediu o exame sério do Informe Condon foi

59
Biblioteca UFO

a ignorância absoluta do complexo problema UFO. Até membros


experientes do pessoal do NICAP, com anos de vivência na análise e
avaliação de milhares de documentos sobre os UFOs, tiveram que
ler e reler várias vezes o Informe para descobrir os erros e afirma-
ções enganosas. Para conhecer este trabalho superficialmente, o
júri desses cientistas da ANS necessitaria pelo menos de um ano de
estudo intenso, e contou apenas com duas semanas...
Em vista destas conclusões, parece que a equipe teve que
escolher entre estas três decisões: 1) aceitar plenamente o Informe
Condon, fazendo caso omisso dos seus erros; 2) afirmar que não
se podia tirar nenhuma conclusão por falta de dados comprova-
dos; 3) recusar o Informe, confeccionando a lista de suas contradi-
ções, dos seus erros e omissões de provas massivas desde a 2
a

Guerra Mundial até 1966, e pondo de manifesto seu caráter


negativo. Como certos homens do júri eram íntimos amigos de
Condon, sugeriram que era difícil recusar o Informe. Se disse
também que alguns – ou talvez todos – pensavam sinceramente
que os documentos sobre UFOs eram absurdos e, portanto, não
tinham nenhuma razão para encontrar defeitos nos mesmos.
A ANS declarou que seu objetivo foi ajudar o governo a
decidir se eram oportunas as investigações posteriores sobre os
UFOs. Mais importante teria sido entregar ao Governo, ao Con-
gresso, à Imprensa e ao público uma descrição imparcial e deta-
lhada do tema. Uma revisão completa teria significado também a
verificação profunda das operações empreendidas pelo Projeto
Condon e uma longa série de contra investigações dos casos que
permaneceram inexplicados. Pela sua complacente aprovação do
Informe, a ANS fez um fraco serviço ao público. Estamos de acordo
com o doutor McDonald e outros cientistas: ela se sentirá muito
chateada quando se revelarem os defeitos evidentes do Informe
Condon.”

Eis a seguir as conclusões negativas do Informe Condon e suas


recomendações em relação ao estudo científico dos objetos voadores
não identificados, que já são de domínio público:

60
Verdades que Incomodam

“1. O Informe analisa tão somente 90 casos – pequena parte


dos relatórios relativos a UFOs cientificamente inquietantes,
depositados nos arquivos.

2. Não leva em conta casos mais dificultosos registrados.


Além disso, omite a discussão de determinados casos que o
pessoal do Projeto examinou efetivamente.
3. Muitos deles são tão insignificantes que deveriam ter sido
ignorados, já que não têm nenhuma relação com a missão princi-
pal do Projeto. Quer dizer, procurar a explicação dos casos verda-
deiramente estranhos e cujo difícil esclarecimento levou a Força
Aérea a criar o Projeto Colorado.

4. As argumentações tendenciosas e de natureza científica


pouco consistente transbordam nos casos analisados no Informe.
E ao mesmo tempo que acusa de parcialidade aos que se têm
ocupado seriamente do problema UFO no passado e aos que o
criticam severamente, o Informe mostra excesso de parcialidade
no sentido contrário.

5. Quem se encontre familiarizado com os detalhes de


qualquer relatório UFO, logo vê que alguns dos casos estudados
não são apresentados nele com caráter inquietante por falta das
provas oportunas. Em alguns exemplos, estes defeitos dão a
impressão de que as informações sobre o caso citado são falsas.
Porém, acredito que os últimos exemplos estão baseados em
preconceitos, mas não pretendem enganar.

6. Apesar disso, os que preparam o Informe o fizeram com


uma dúzia de casos (15%) que são dados como inexplicados.
Alguns são claramente significativos, mas, ao que parece, esses
UFOs indecifráveis foram ignorados, e em troca, recomendam
que se considere tais casos desprovidos de valor científico.

61
Biblioteca UFO

7. O Informe está cheio de dados sem importância que


chegam a desanimar muitos cientistas quando intentam estudá-
lo. As análises detalhadas de observação deviam ser a matéria
principal deste relatório, porém encontram-se nele, em grandes
proporções, coisas sem interesse nem consistência ou matérias
secundárias.

8. Ele apresenta também facetas brilhantes, mas ficam


escuras pelos seus muitos defeitos.
9. Resumindo: acredito que os elementos que o compõem
não alcançam, por desgraça, as recomendações claramente negati-
vas que o próprio Condon propôs no seu resumo de análises. A
aprovação da ANS logo dará, assim acredito, vergonha a ela mes-
ma, porque é a prova de uma valorização superficial feita precisa-
mente pelos representantes de uma corporação científica que
sempre velou para garantir o prestígio de que goza o seu bom
nome.

Nossa opinião é de que não será possível nenhum progresso


geral posterior até que se esclareça cientificamente o problema
UFO, e enquanto não se eliminem por completo as insuficiências
do Informe Condon, tanto quanto seja possível. A este objetivo
estão dirigidos todos os meus esforços pessoais, e o NICAP está
preparando um longo contra informe de contestação. A seção de
nossa corporação científica, atualmente a par da importância
potencial do problema UFO, acredita que provavelmente esta
contestação só produzirá efeito lentamente. Mas com o Informe
pode-se ver que não representa pouco (à exceção das decisões da
USAF, referentes ao Projeto Blue Book).”

As críticas de homens da Ciência à injustiça perpetrada não pararam


por ali. Em 1971, surgiu através da Imprensa um dos mais fortes ataques à
ANS e ao Projeto Condon, realizado por Hanniker Heaton, do jornal Christi-
an Science Monitor: “Lido em sua totalidade, o relatório não podia esconder
o volume considerável de provas que indicavam um fenômeno importante

62
Verdades que Incomodam

e inexplicável. Mas o resumo inicial do relatório mostra um trabalho árduo


sobre os UFOs, que raramente tem sido igualado no campo do conheci-
mento científico, embora insuficiente.” E eu disse, muito apropriadamente,
um dos mais fortes ataques, porque a crítica realizada pelo engenheiro de
acústica e pesquisador, autor de vários livros importantes sobre UFOs, Aimé
Michel, da França, em seu livro Pour ou Contre les Soucoupes Volantes,
editado em Paris em 1969, é um verdadeiro carrasco.
E assim temos o informe final, essa obra-prima do maquiavelismo, cujo
efeito psicológico cumpre exatamente os objetivos definidos pelo doutor
Low no dia 9 de agosto de 1966 [Ver nota no início deste capítulo], com um
refinamento inspirado sem dúvida na publicação do memorando Low e as
polêmicas subseqüentes. Este informe intenta com efeito e atinge um duplo
objetivo: por um lado confirma a todos os céticos em sua convicção e por
outro, neutraliza a contestação. O meio que emprega é de um perfeito
cinismo, e faz honras à perspicácia dos psicólogos do Comitê... Encerramos
esta página negra da história da Ufologia com uma carta enviada ao major
Donald Keyhoe pelos editores do seu livro e assinada por Albert M. Chopp,
antes de se demitir da USAF, e que transmite uma verdade que apesar dos
muitos que tentaram ocultá-la, viverá por muito tempo:

“Departamento da Defesa –Washington, DC – À Henry Holt &


Cia: em resposta à carta que recentemente nos foi enviada com
respeito à obra sobre UFOs que lhes foi oferecida pelo major
Donald Keyhoe, comandante reformado do U. S. Marine Corps.
Nós, da USAF, temos o referido major Keyhoe como um repórter
digno de fé e escrupuloso. As relações constantes que ele tem
com a USAF e o concurso que nos prestou durante as investiga-
ções que efetuamos sobre UFOs, foram de uma pessoa perfeita-
mente qualificada na matéria. Todas as constatações de observa-
ções e outras informações efetuadas foram reveladas e postas à
disposição do major Keyhoe, a seu pedido: elas constam dos
arquivos do Air Technical Intelligence Center (ATIC).
A USAF e sua comissão de inquérito, o Projeto Blue Book, tem
conhecimento da conclusão do major Keyhoe: os discos voadores
provêm de um outro planeta. A USAF não negou jamais que esta

63
Biblioteca UFO

possibilidade exista. Uma parte do seu pessoal está certa de que se


trata de fenômenos naturais, estranhos e totalmente desconheci-
dos. Entretanto, se as evoluções aparentemente dirigidas, assina-
ladas por inúmeros observadores qualificados são exatas, a única
solução plausível é a explicação interplanetária. Com toda aten-
ção, Albert M. Chopp. Serviço de Imprensa da USAF.”

Como corolário, transcrevo umas linhas escritas pelo cientista mais


respeitado da Grécia, doutor Paul Santorini, quando soube da morte de
Edward Condon, em 1974: “Os UFOs são uma certeza científica, mas é uma
pena que muitas autoridades e a minoria dos cientistas oficiais sejam
demasiadamente estúpidos para admitir os fatos que não estão em posição
de interpretar de outra maneira. Minha idade permite-me não ficar enver-
gonhado em expressar minha sincera satisfação com as notícias da morte
do doutor Condon. É uma pena que um cientista ilustre de seu nível execu-
tasse cegamente ordens de apoiar com seu nome um relatório que constitui
uma vergonha científica. Mas eu entendo que isso foi feito para agradar
algumas autoridades insatisfeitas com seus casos de segurança [Do livro Os
Observadores, de Raymond Fowler, página 337].”

Observações
1. A esfera geodésica ANNA, posta em órbita em outubro de 1962,
deixou de funcionar repentinamente, voltando à normalidade 7 meses
depois. Nesse mesmo ano, aconteceu algo semelhante com o satélite de
comunicações Transit 4-B, que demorou 6 meses para começar a funcionar.
O Telstar 2, lançado em 7 de maio de 1963, funcionou normalmente até 16
de julho de 1963. Parou de trabalhar e 1 mês depois, repentinamente, voltou
a emitir. Em 1964, o fenômeno aconteceu em quatro oportunidades e em
1971 o satélite EOLO se recusou durante muitos meses a trabalhar aos
domingos.

2. O cosmonauta russo da primeira viagem secreta ao espaço seria


Belokonov. Outro desses vôos secretos, em 28 de novembro de 1960, emitiu
pedido de socorro, porém as autoridades russas disseram que o Sputnik 6 era

64
Verdades que Incomodam

um vôo automático (sem tripulantes), que teria se desintegrado no espaço.


Em 2 de fevereiro de 1961, foram registrados batimentos cardíacos e respira-
ção ofegante a bordo do Sputnik 7, que posteriormente também se desinte-
grou, conforme foi anunciado oficialmente no dia 7 do mesmo mês. As
evidências de tripulação foram gravadas pelo doutor Dogliotti, cardiologista
que chegou a traçar um eletrocardiograma do infeliz tripulante. No entanto,
os russos negaram a presença humana a bordo da nave.
Em 17 de fevereiro do mesmo ano, um casal de cosmonautas afirmou
que algo “...flutuava perto ou junto da cápsula e que deveriam voltar para que
o mundo soubesse o que se passava.” Em 18 de maio de 1961, três cosmona-
utas, dois homens e uma mulher, cujos nomes seriam Chibotine e Dolgov – o
nome da mulher não foi divulgado –, também teriam desaparecido. Posteri-
ormente, em 20 de outubro, um outro cosmonauta de nome Lodovsky
também desapareceu. A série de estranhos acidentes e desaparições na
Rússia culminou com a trágica morte de G. L. Dobrovolskij, V. I. Patsaiev e V.
Volkov, a bordo da Soyuz 11, em 29 de junho de 1971. De todos esses aciden-
tes, talvez nunca saibamos a verdade.

3. Outro fato extremamente misterioso aconteceu quando a


tripulação da nave espacial Apollo 11 deixou a Lua para voltar à Terra. Ao
descartarem o módulo lunar (LEM), que os trasladou da órbita para a
superfície da Lua e desta para a órbita onde os aguardava o módulo de
comando, este caiu sobre a superfície do satélite, propositadamente,
para testar os sismógrafos previamente instalados pelos astronautas
norte-americanos. O impacto do pequeno veículo de apenas 16 tonela-
das fez tremer a superfície lunar por quase 2 horas. Mas, oficialmente,
ninguém se pronunciou sobre este acontecimento. A massa calculada
da Lua é de 73,3 bilhões de toneladas. Como explicar duas horas de
tremores? Isso só seria possível se a Lua fosse oca... Fenômenos igual-
mente estranhos aconteceram durante as missões Apollo 12 e 14: uma
série de pequenos abalos se sucederam a intervalos regulares.

4. Objetos voadores não identificados seguiram a nave espacial


soviética Salyut 2. Um perito espacial alemão ocidental disse que 18
objetos misteriosos acompanharam a espaçonave Salyut. Hanz Zimmer,

65
Biblioteca UFO

66
Verdades que Incomodam

Capítulo 3

Alianças Espúrias

“Se encerrarmos a verdade, enterrando-a no solo,


ela crescerá e adquirirá tal poder explosivo que no dia
em que explodir arrastará tudo à sua passagem.”
– Emile Zola

E
ste assunto, eminentemente polêmico e com muitas verdades e menti-
ras, é visto com desagrado por alguns e com verdadeiro pavor por
outros – principalmente no que diz respeito aos governos empenhados
no acobertamento sistemático do assunto UFO. Até mesmo uma inocente
luzinha viajando ou parada no céu merece uma explicação nem sempre
convincente quando entram em cena os esclarecedores porta-vozes oficiais.
Quantas vezes nossa querida estrela da manhã Vênus foi acusada de aparecer
nos mais diversos lugares, e em muitas outras serviu para ridicularizar e
achincalhar reputações de pessoas sérias, de competentíssimos pilotos ou até
de astronautas e principalmente de cidadãos comuns que não entendem
nada de Astronomia…
Aqui no Brasil, temos um renomado astrônomo, recordista em justificati-
vas venusianas mesmo quando o planeta se encontra do outro lado do hori-
zonte. Infelizmente, essa prática serve de mau exemplo para outros respeita-
dos astrônomos, mas devemos compreendê-lo. Hoje em dia, um emprego
desses não pode ser jogado pela janela… Mas voltemos às nossas verdades e
mentiras, boatos de todos os tipos, inconfidência por parte dos militares,
documentos obtidos não sabemos de que jeito, denúncias terríveis e, logica-

67
Biblioteca UFO

mente, desmentidos oficiais. Um velhíssimo ditado diz que onde há fumaça,


há fogo. Se tudo o que se fala é mentira, não existe, é delírio dos fanáticos,
então para que se incomodar tomando muitas vezes atitudes absurdamente
violentas? Se alguém se ofende ou é acusado diretamente, mesmo que sejam
autoridades ou instituições, o caminho legal, possível e lógico é uma ação ante
a justiça competente. Se for comprovada a improcedência das acusações, o
responsável terá que se explicar e receber os rigores da lei, principalmente no
chamado país da democracia: os EUA.
Mas não é isso que ocorre quando o assunto são os UFOs. Alguns ex-
integrantes dos grupos de Inteligência chegaram, abertamente, a acusar o ex-
presidente norte-americano George Bush de fomentar o ingresso de drogas
pesadas nos EUA e promover sua comercialização quando este era diretor da
toda-poderosa CIA. Até agora, muitos anos depois, seu acusador não foi
julgado nem condenado. Claro que na batalha judicial teriam que vir à luz
muitos documentos do governo norte-americano que por alguma razão não
podem ser mostrados. Dessa maneira, as acusações e dúvidas sobre a lisura
das autoridades vão ficando cada vez mais comprometidas.
Milhares de documentos sonegados com os misteriosos carimbos da
classificação top secret, confidential, ou eyes only não podem vir à tona em
hipótese alguma. E em seu nome se cometem arbitrariedades e se joga a
constituição e o texto da lei no lixo. Por essas e outras razões, vem à nossa
memória os fatos de Watergate, Irã-contras, Baía dos Porcos, a morte dos
irmãos Kennedy, Luther King e outros casos igualmente sujos e mentiro-
sos. Além disso, a morte de políticos, cientistas e militares que ameaçaram
falar ou tomar atitudes que evidentemente incomodam certos poderes,
como se houvesse um outro e misterioso “governo paralelo.” Por que esse
silêncio e atitudes?
Ao chegarmos à Ufologia, depois de muitos anos em que esta não parecia
ter nada a ver com os fatos narrados acima, descobrimos que na realidade
ambos estão intimamente ligados num emaranhado de intrigas palacianas e
numa gigantesca confabulação mundial muito mais tenebrosa do que pode-
ríamos imaginar. Alguma coisa tinha que ser feita para juntar fundos para
pesquisas ou ações que o congresso norte-americano não podia conhecer.
Não era necessário simplesmente criar um caixa 2 para fundos de campanha,
e sim um capital para financiar os chamados projetos negros, as armas secre-
tas, biológicas ou químicas, as bombas do apocalipse, os raios da morte e as
68
Verdades que Incomodam

pesquisas de fenômenos paranormais aplicados à espionagem de UFOs e


naves caídas ou acidentadas. Além disso, deveria haver um sistema de recupe-
ração e pesquisa, uma engenharia reversa para saber como as experiências
eram feitas e como duplicá-las, qual tecnologia seria empregada na autópsia
de cadáveres extraterrestres, além de um grupo especial para cuidar desses
casos e também para tirar do caminho quem quisesse atrapalhar.
Podemos então desprezar acusações levianas feitas aos militares e ao
governo norte-americano quando começam a se acumular fortes evidênci-
as de sua procedência? Para cada verdade que emerge, são centenas ou
milhares de mentiras se contrapondo. E o pior chega quando se fala de
alianças espúrias levadas a cabo entre os EUA e uma nação alienígena, já
que isso não diz respeito aos americanos, mas à toda a população mundial.
Já existiam comentários e boatos que sugeriam algo assim, mas nós
resistíamos em acreditar neles, pois seria cruel demais. E ainda víamos os
esforços dos cientistas e militares dos EUA querendo criar comissões para
investigar o Fenômeno UFO – que acabaram fracassando [Vide relatório
Condon] ou seus resultados foram negativos.
Quanta mentira, quanto deboche! Mas aonde nos levam estas desco-
bertas? Ao que parece, tudo pode ter começado em Roswell. De repente, o
governo e os militares norte-americanos se encontraram com um UFO e
seus tripulantes. E acredito, no primeiro momento, não devem ter sabido por
onde começar. Se a queda do UFO de Roswell foi um simples acidente, a
cabeça dos militares deve ter dado um nó. Era óbvio que quem colocasse
primeiro as mãos num daqueles engenhos que infernizavam a vida de todos
em plena Guerra Fria ou que descobrisse o seu funcionamento e se apode-
rasse das suas armas tornar-se-ia o dono do mundo. E isso tinha que ser
conseguido a qualquer preço e com sigilo total.
Depois de tramarem todo o seu sistema de atuação, contando com a
ajuda de Truman, se avocaram com total dedicação à sua missão [Veja
capítulo anterior]. Entre várias coisas, era vital para o projeto conseguir
outros discos para realizar o trabalho de engenharia reversa, que não é outra
coisa que ir desmontando – no caso – um UFO para analisar com o quê e
como foi construído, para assim chegar a fabricar outro igual. Simplistica-
mente, é essa a forma de descobrir o X do problema, tal como se faz na
nossa doméstica espionagem industrial: quando não se tem acesso a uma

69
Biblioteca UFO

determinada fórmula, adquire-se o produto ou o rouba para que, após


analisá-lo, se descubra como ele é feito.
Foram anos terríveis para o governo paralelo norte-americano, já que um
UFO tinha caído no seu quintal, e a qualquer momento também poderia cair
outro no quintal do vizinho… A Força Aérea entrou em ação, tentando – a um
custo altíssimo – derrubar qualquer UFO que entrasse no espaço aéreo
americano. Foram muitos os pilotos que perderam a vida nessa louca missão.
Entretanto, não está muito claro quando foi exatamente o início da aproxima-
ção de uma das nações ETs que nos visitam. Comenta-se de encontros
acontecidos na Base Aérea de Hollomann (EUA), entre representantes aliení-
genas e o então presidente Dwight Eisenhower, com troca de protocolos de
intenção e até emissários diplomáticos. Mas tudo isso ainda está no terreno da
especulação ou do aprofundamento das investigações. O que interessa,
realmente, é que de uma forma ou de outra parece que este acordo foi fecha-
do.
Dizem que os contatos foram feitos com duas nações diferentes, sendo
que uma oferecia desenvolvimento espiritual em troca de desarmamento
nuclear, e a outra, tecnologia avançada bélica em troca de bases e liberdade
para realizarem suas experiências genéticas sem serem perturbadas. Também
teriam se comprometido a fornecer ao governo norte-americano a lista dos
nomes das pessoas abduzidas. Em resumo, isto é o que poderíamos chamar,
na melhor e mais polida forma, de alianças espúrias. A seguir, vamos tentar
esclarecer um pouco estas denúncias dando uma ordem aos fatos para
empreendermos uma melhor compreensão do fenômeno.
Segundo Milton Cooper, o polêmico ex-agente da espionagem norte-
americana, a corrida pela conquista da tecnologia alien teria começado em
1939, quando um UFO acidentado na Alemanha foi supostamente capturado.
Com base nesta descoberta, os cientistas de Hitler teriam dado início a uma
série de projetos avançadíssimos para a época, entre os quais, um avião em
forma de disco voador [Na realidade foram dois projetos de aparelhos com
formato discóide], sendo que um deles subia até 12.000 m em poucos minutos
e se desenvolvia a mais de 2.000 km/h, quando os melhores caças aliados mal
chegavam a 600 km/h. Desses trabalhos só restaram alguns desenhos. O
primeiro projeto de um disco voador alemão foi realizado pela equipe formada
por dois técnicos alemães, Rudolf Schriever e Habermohl, com a participação

70
Verdades que Incomodam

de um cientista italiano de nome Bellonzo. Depois, outro alemão, de nome


Miethe, participou dos trabalhos. Segundo algumas informações da pós
guerra, em 1942 Schriever, que era engenheiro aeronáutico da Força Aérea
Alemã (Luftwaffe), apresentou o projeto considerado definitivo. Em 1944, a
equipe construiu um protótipo que acredita-se ser impulsionado por turbinas
fabricadas pela BMW e testado em junho daquele mesmo ano.
Este projeto recebeu a designação V-7 e tinha 42 m de diâmetro, fazendo
seu primeiro vôo de teste em 4 de fevereiro de 1945, subindo a 11.450 m em
apenas 3 minutos, a uma velocidade de 2.000 km/h, na horizontal. Acredita-se
que o mesmo Schriever teria projetado outro disco menor de apenas 15 m de
diâmetro, mas não há notícias se o mesmo foi construído ou não saiu da
prancheta. É interessante observar que as medidas destas naves, coincidente-
mente ou não, são bastante semelhantes às dos discos voadores observados
em todo o mundo. Outro teria sido criado por Miethe e voado em 1945. Desse
modelo, apenas um protótipo foi supostamente construído até o fim da
guerra. E um quarto projeto teria sido desenvolvido por uma cientista alemã de
nome Schauberger, que só foi descoberto pelos aliados em 1946. O mesmo
tinha a clássica forma de sino, tipo adamskiano [Referente aos discos obser-
vados por George Adamski].
O que mais chama a atenção sobre estes projetos é que são posteriores à
suposta queda de um UFO na Alemanha em 1939, o que leva a pensar que se o
acidente aconteceu de fato, então não foi por acaso nem coincidência que os
cientistas alemães desenvolveram esses trabalhos. Conforme a pouca ou
inexistente documentação achada nos arquivos dos nazistas, tais programas
são incrivelmente semelhantes aos milhares de UFOs vistos, fotografados e
filmados no decorrer dos últimos 50 anos. Se os alemães tivessem podido
levar a cabo o desenvolvimento desses aparelhos, sabe Deus qual teria sido o
a
desfecho da 2 Guerra Mundial. Esse talvez teria sido o estopim para a corrida
desesperada dos americanos para conseguir botar as mãos na tecnologia
alien, já que é muito provável que alguma documentação secreta que tenha
escapado da destruição de arquivos do Centro Espacial Alemão, em Peene-
munde, ou em outros centros de desenvolvimento de projetos espaciais,
tenha ido parar nas mãos dos russos.
Estes foram os primeiros a chegarem naquele local durante a invasão
aliada e, por causa disso, Werner von Braun, Hermann Oberth e outros cientis-

71
Biblioteca UFO

tas importantes fugiram, preferindo se entregar aos americanos. É fato,


embora pouco conhecido ou reconhecido, que a captura de documentos e
projetos, assim como um elevado número de técnicos e cientistas, como os já
citados, além de inúmeros foguetes V-1 e V-2 propiciaram aos EUA e a ex-
URSS a aventura espacial. Se o homem chegou ao espaço e à Lua, não foram
os americanos nem os russos que conseguiram isso, e sim, os alemães…
Paralelamente, os alemães teriam desenvolvido outros tipos de armas além
dos foguetes, chegando até a investir nas energias extra-físicas.
Com esses antecedentes, é fácil imaginar o desespero dos americanos
em poder descobrir a tecnologia alienígena. Até que, em fins de abril de 1954,
teriam acontecido os já comentados encontros secretos entre extraterrestres e
representantes do governo norte-americano. O resultado desse acordo foi a
implantação de diversas bases de operações dos ETs com a conivência dos
americanos. A ligação dessas bases teria sido realizada através de túneis,
escavados com métodos super avançados (talvez fruto do repasse de tecnolo-
gia). O diâmetro dos mesmos seria da ordem de 45 m construídos por meios
mecânicos ou químicos, ou ainda pelo emprego de raios desintegradores.
Isso sem falarmos nas cavernas: verdadeiras cidades fabricadas durante os
testes nucleares subterrâneos. Estas informações técnicas foram publicadas
no Journal of Borderland Research, de março de 1953.
Mas elas não parecem estar de tudo erradas. Pelo menos, os túneis
existem, conforme matéria exibida no programa Fantástico, da Rede Globo,
quando o repórter Hélio Costa [Antes de abandonar o jornalismo e dedicar-se
à política] mostrava esses túneis por onde circulavam trens carregando
mísseis de um lado para o outro constantemente, para evitar – no caso de uma
guerra com os russos – que fossem destruídos nas suas bases de lançamento.
Essa informação é coincidente com a que algumas testemunhas descrevem.
Os túneis e os trens que por ele circulam, existem e, evidentemente, o repórter
que fazia uma matéria sobre a Guerra Fria mostrou apenas o que as autorida-
des norte-americanas decidiram mostrar.
A mais importante dessas bases aliens, até o momento, é uma localizada
perto da cidade de Dulce, ao norte do Novo México, e que abrigaria ou abrigou,
na época, 18.000 alienígenas. Essa base é fundamentalmente um laboratório
genético, embora existam outros tipos de pesquisas ali realizadas pelos
extraterrestres e pelos americanos. Da sua construção teriam participado

72
Verdades que Incomodam

Arquivos do autor
gigantescos grupos econômicos e políticos, entre Acima, o cientista Werner
os quais a Rand Corporation. Outros participantes von Braun autografa
seriam a General Eletric, AT&T, Hughes Aircraft, um de seus livros para o
Northrop Corporation, Sandia Corporation, Walsh autor Alberto Romero.
Construction Company, Stanford Research Institu- Este foi o homem que deu
impulso à pesquisa e à
te e The Bechtel Corporation, além do Colorado
conquista do espaço pelos
School of Mines, entre outros. Dulce é na sua norte-americanos
essência uma construção vertical subterrânea,
possuindo talvez, conforme algumas estimativas,
bem mais de 70 metros de profundidade.
Nos seus laboratórios seriam estudados os implantes para o controle da
mente e as unidades bio-psi: dispositivos para controlar o estado de ânimo, o
sono e os batimentos cardíacos. Também se ocupam com a Biologia Dispen-
sável Inteligente (humanóides), com a criação de seres híbridos e mutantes e
com a manipulação de DNA, sendo que alguns desses projetos são repassa-
dos para o controle do Defense Research Projects Agency (DARPA). No nível 4
de Dulce existem laboratórios para a investigação da áurea humana, sonhos,

73
Biblioteca UFO

hipnose, telepatia, etc. Com base nesses estudos, os cientistas tomam conhe-
cimento de como manipular o corpo bioplasmático do homem. Podem
reduzir suas batidas cardíacas por intermédio das ondas delta e até induzir um
estado de choque para depois reprogramar tudo, via cérebro-computador, e
introduzir novos dados, reprogramando reações em suas mentes. O nível 5
seria o local onde os alienígenas moram, e os níveis 6 e 7 (o máximo conhecido
por alguns informantes), onde eles trabalham.
Desses laboratórios surgiram também aparelhos capazes de modular
ondas que afetam o sistema nervoso e podem causar náuseas, fadiga, irritabili-
dade e até provocar a morte. As pesquisas sobre as relações biodinâmicas
entre organismos (plasma biológico) permitiram produzir um raio que muda a
programação genética e a saúde do indivíduo atingido. Ali também são
realizados estudos e pesquisas que deram origem ao Projeto Genoma, defini-
do por David Shirley, diretor do laboratório Berkeley, da seguinte maneira: “O
projeto Genoma poderá ter o mais importante impacto sobre a Humanidade
que qualquer outra iniciativa científica executada antes.” Ainda no nível 6,
chamado de Câmara dos Pesadelos, podem ser vistas verdadeiras aberrações
genéticas. Pessoas com vários braços e pernas, híbridos ou misturas de seres
humanos e répteis. Existiam também humanóides com asas, parecendo
morcegos gigantes. Já no nível 7, há milhares de seres humanos e humanói-
des, assim como embriões humanos congelados e adultos enjaulados,
vítimas de experiências com drogas de alto risco.
Em 1979, houve um desentendimento entre humanos e aliens que
custou a vida de pelo menos 66 humanos, entre cientistas e soldados. Milton
Cooper, na sua versão dos fatos, afirma que os alienígenas começaram a
desrespeitar os acordos em 1979, e que o confronto aconteceu em 1984. Há
ainda outra versão que diz que os conflitos em Dulce começaram em 1978 e a
guerra teria acontecido porque os aliens não queriam que os soldados entras-
sem armados em determinado local, com medo de uma explosão. Certa vez,
mataram um homem que entrou armado, iniciando-se assim a chamada
“Guerra de Dulce.” Isto aqui colocado não é senão um resumo do que aconte-
ce em Dulce. Precisamos dizer mais alguma coisa?
Existe no Estado de Nevada, nos EUA, um local conhecido como S-4,
perto da Groom Kake, e também conhecido como Área 51, a Dreamland
[Terra dos Sonhos]. Nessa área também se encontra a Base Aérea de Nellis. De

74
Verdades que Incomodam

fato, ali acontecem coisas que só poderíamos imaginar em sonhos, mas a


realidade assemelha-se mais a um pesadelo. Os sistemas de segurança
deixariam com inveja os produtores dos filmes de James Bond, e até o próprio
George Lucas e Steven Spielberg. A maior parte da Área 51 fica localizada em
níveis subterrâneos, e quem olhar de fora dificilmente poderá imaginar que
embaixo dessas construções simples, que parecem mais um rancho, se
desenvolvem atividades secretíssimas.
Os elevadores que conduzem aos níveis subterrâneos, assim como as
fechaduras de segurança, são construídos com a mais avançada tecnologia,
possivelmente como os subterrâneos de Dulce, cujos elevadores não são
puxados por cabos nem condutores elétricos, mas deslocam-se por magnetis-
mo. Nessa área são testados novos aviões militares, como o SR-71, os caças
invisíveis utilizados na Guerra do Golfo – os Lockheed F-117, e os bombardeiros
Northrop B-2A Spirit, ambos do tipo Stealth, assim como outros projetos
secretos normais. Entretanto, os testes mais rodeados de mistério e dentro das
mais rígidas normas de segurança são – sem lugar a dúvidas – os realizados com
UFOs autênticos (extraterrestres), capturados ou recebidos como uma prova de
boa vontade, e outros saídos da capacidade tecnológica desenvolvida através da
engenharia reversa e/ou do assessoramento alien, fabricados nos EUA.
Os primeiros são operados por pilotos norte-americanos treinados
pelos aliens ou pelos próprios greys, e os demais, pelos pilotos de provas da
USAF. Tanto se fala e se falou na Área 51 que os militares estão desativando-
a e levando os testes secretos para outras bases. A mudança pode também
ser mentira para afastar os curiosos… Estou, talvez, me adiantando demais
no relato, já que muitos leitores poderão se perguntar se tudo isso não passa
de simples especulações.
Vamos analisar alguns detalhes antes de prosseguirmos. Desde 1947 –
pelo que diversos pesquisadores puderam apurar extra-oficialmente – até os
dias de hoje, teriam sido capturados, em acidentes ou não, 34 discos voadores
(alguns em relativas condições de vôo) e 131 corpos alienígenas, entre os quais,
vários com vida. Não é difícil supor, mesmo que tivessem capturado apenas um,
que os cientistas devem ter queimado as pestanas para descobrir como eram
fabricados e com quais materiais, combustível, etc. Correto? Com respeito aos
seres capturados com vida, é obvio que devem ter feito todos os esforços e testes
necessários para mantê-los vivos o maior tempo possível, e assim tentar saber,

75
Biblioteca UFO

por intermédio deles, alguns detalhes sobre suas máquinas.


Se aceitamos a tese de que uma nação ET fez ou assinou algum tipo de
acordo operacional entre eles e os militares norte-americanos, as já citadas
informações têm muita probabilidade de serem verdadeiras. E uma das
demonstrações de boa vontade por parte dos ETs poderia ter sido a ajuda para
salvar os tripulantes da Apollo 13, ganhando assim a confiança do governo
norte-americano [As datas do vôo da Apollo seriam compatíveis]. Quero
ressaltar mais uma vez que estamos expondo hipóteses baseadas em evidênci-
as muito fortes, depoimentos de algumas pessoas e pesquisas em livros e
documentos que, após exaustiva triagem, nos forneceram os elementos
apresentados. Não tive acesso a documentos secretos. Apenas tracei uma
visão dos fatos, evidências e inconfidências que não são privilégios meus, mas
que estão e sempre estiveram à vista e ao alcance de todos. Eu apenas os
arrumei, dentro do que pode ser chamada de pesquisa analítico/dedutiva, para
colocá-los ao alcance de todos. Esclarecido isto, vamos continuar.
Muitos documentos sobre UFOs foram conseguidos através da Lei de
Liberdade de Informação dos EUA, após terríveis e desgastantes batalhas
jurídicas. E assim mesmo, quando vêm à luz nomes, datas, patentes de
militares, enfim, tudo que poderia ser de valor em uma investigação é censu-
rado. E temos a certeza absoluta de que pelo menos 90% dos documentos
foram sonegados e amparados por dispositivos que alegam segurança total
para o governo. E se tudo isso fosse delírio de ufólogos ou fanáticos? Se os
UFOs não existissem, por que a censura e o ocultamento de informações e
documentos? Ao que parece, o assunto é muito mais sério do que podemos
ou ousamos imaginar. Entretanto, todas as pessoas que se arriscaram a ficar
observando desde a entrada que rodeia a Área 51, na maioria das vezes,
puderam avistar UFOs que, sem lugar a dúvidas, decolam dessa base
americana, fazem manobras diversas em plena madrugada e após alguns
minutos de vôo pousam novamente. Além disso, diversos vídeos foram
filmados nesse local e são prova do que lá acontece, inclusive o aparecimen-
to de enormes UFOs que pousam pouco antes do amanhecer, em dias
específicos, como se fossem aviões cargueiros.
Como se isso não bastasse, em diversas ocasiões foram vistos enor-
mes discos voadores escoltados por esquadrilhas de helicópteros sem
identificação. Sem dúvida, existe “algo de podre nesse reino” que não é da

76
Verdades que Incomodam

Dinamarca… Para reforçarmos ainda mais as nossas palavras, existe um


polêmico depoimento de um cientista que afirma ter trabalhado na Área 51.
Os jornalistas que investigaram a vida pregressa de Robert Lazar, o tal
cientista que afirma ter trabalhado na Área 51, deixaram ainda mais suspei-
tas. Em nenhum lugar dos pesquisados foi possível encontrar documentos
que provassem – pelo menos – que Lazar existia… Nem mesmo no hospital
onde nasceu, em Coral Gables, na Flórida.
Em todo caso, vamos às informações fornecidas pelo próprio cientista.
Robert Lazar estudou no Pierre Júnior College, no Califórnia Institute of
Technology , na Universidade do Estado da Califórnia e cursou doutorado
em Física pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Trabalhou no
Laboratório Nacional de Los Álamos – fato que foi negado pelo laboratório e
que mais tarde tiveram que voltar atrás, quando jornalistas conseguiram
provas de que, efetivamente, Lazar havia participado de projetos secretos,
dentre os quais, no sistema de defesa Star War. Posteriormente, prestou
serviços dentro da Área 51 (S-4), fato também negado pelos Serviços de
Inteligência da Marinha e também provado pelos próprios jornalistas através
de um formulário de seguro social. Esses documentos traziam o carimbo
com a classificação de segurança MAJ (Majestic)!
Entre outras coisas, Lazar descreve as instalações da S-4: “A instala-
ção ocupava grande parte do interior da montanha… O esquema de
segurança aplicado era realmente muito eficaz. Principalmente porque
utilizavam-se de vários métodos de intimidação, incluindo ameaças de
aplicação de drogas e hipnose. Tudo isso para assegurar que todos manti-
vessem suas bocas fechadas. Em certas ocasiões, durante sessões de
segurança, os guardas nos apontavam armas.” Ele disse ainda que teve
conhecimento de documentos onde eram citados os UFOs e até fotografi-
as dos aliens. Além disso, chegou a ver os relatórios das autópsias. Mais
tarde, teve a chance de conhecer um disco: “Era excitante, que mais posso
dizer? Claro que ainda não podia afirmar se era uma nave extraterrestre ou
apenas uma nave que nós, terrestres, teríamos desenvolvido. Somente
mais tarde é que pude reconhecer que era alienígena.”
O objeto tinha aproximadamente 15 m de diâmetro e 5 m de altura e
estava guardado em um dos hangares. Certo dia, lhe permitiram entrar na
nave, que ele descreve como parecendo alumínio fosco, da mesma cor por

77
Biblioteca UFO

dentro e por fora. As cadeiras eram pequenas, como se fossem para crianças,
e alguns componentes da mesma já tinham sido retirados. “Era como se tudo
fosse fundido numa única peça.” De resto, a nave parecia em perfeitas condi-
ções operacionais. Entre outras coisas, Lazar conseguiu descobrir que a fonte
era um poderoso reator de antimatéria totalmente revolucionário, e sem
dúvida nenhuma a Ciência terrestre ainda não tinha condições de desenvolver.
O reator tinha o tamanho de uma bola de basquete e produzia um campo de
força ao seu redor. Também produzia um campo de gravidade incompreensí-
vel para os cientistas da Terra.
Entre outras revelações feitas por Lazar num depoimento dado em
1989 a uma tevê norte-americana, ele falou sobre o tipo de combustível
utilizado pelos discos voadores, que seria o elemento 115 da tabela periódi-
ca, muito pesado, de cor laranja e que não podia ser achado naturalmente
na Terra – considerando ainda que este elemento não poderia ser sintetizado
pelos cientistas. E disse mais: ele acha que os extraterrestres poderiam
manipular o tempo e o espaço por intermédio desse sistema de propulsão
das suas naves e que, por esse meio (a manipulação do tempo/espaço), eles
poderiam realizar suas viagens pelo espaço, possivelmente através de
universos paralelos. Outra coisa que segundo ele está associada ao sistema
de propulsão, é que se os geradores de gravidade estiverem na configura-
ção apropriada, poderiam se tornar invisíveis. Dá para imaginar o que tais
descobrimentos significariam numa guerra?
Essa hipótese nos leva a lembrar um fato acontecido em nosso país,
quando uma revoada de 20 UFOs deu muito trabalho à aviação de caça da
Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo os pilotos que participaram da
missão de interceptação, em certos momentos os UFOs eram nitidamente
detectados pelo radar, mas não era possível vê-los. Já em outros, os obje-
tos apareciam ante seus olhos, mas os radares de bordo não acusavam. E
isso não é privilégio da FAB. Com a aviação norte-americana aconteceu
muitas vezes a mesma coisa.
Durante o tempo em que trabalhou na S-4, Lazar chegou a ver nove naves
guardadas nos hangares, sendo que pelo menos a metade delas estavam em
condições operacionais. “Um dos discos tinha um buraco na sua estrutura,
como se um projétil de grande calibre o tivesse atingido. Logo que vi essa
cena na S-4, comecei a conectar as idéias.” Esse detalhe parece ser coerente

78
Verdades que Incomodam

com as afirmações do major Donald Keyhoe, do National Investigation


Committee on Aerial Phenomena (NICAP), que afirmava que a Força Aérea
tinha tentado em várias oportunidades derrubar UFOs para poder estudá-los.
No depoimento, Lazar conta que viu essas naves decolando e se deslocando
nas proximidades da base, embora ignore quem as estava pilotando. Ele
também dá as coordenadas para quem quiser vê-los voando em determina-
dos dias e horários. Inclusive, chegou a levar amigos para os perímetros da
Base onde todos puderam testemunhar o aparecimento desses objetos.
Numa dessas oportunidades, ele e seus amigos foram pegos por uma
patrulha de segurança que os advertiu e chegou a ameaçá-los para que
saíssem imediatamente do local. Mais adiante, disse que em certo momento
teve uma pistola encostada na sua cabeça, no intuito de amedrontá-lo, além
de ter seu telefone grampeado. Assim, as coisas foram se tornando cada vez
mais difíceis para ele. Alguns de seus amigos perderam os empregos, numa
demonstração clara de que o pessoal responsável pelo local estava jogando
duro. Sobre os documentos que ele teria visto na S-4, Lazar conta sobre
alguns projetos altamente secretos que falavam sobre a operação de vôo dos
discos voadores, a possibilidade de se ver o passado e o desenvolvimento de
armas muito poderosas.
Inclusive um desses documentos falava de um “intercâmbio de informa-
ções científicas” feito entre extraterrestres e cientistas americanos na Área 51.
Ele também diz que leu sobre a luta que ocorreu entre aliens e militares dos
serviços de segurança da Base, explicando que tudo ocorreu porque os ETs
não queriam aceitar que os militares entrassem armados no local onde se
encontravam, pois poderia haver riscos de uma explosão devido ao campo de
energia que havia lá. Um soldado teria sido morto, sumariamente, por não
obedecer as ordens. E a luta se generalizou, levando os terrestres à pior.
Lazar também afirma ter visto relatórios sobre os aliens, do tipo alfa-
cinzenta (os greys) e que o local de origem dos mesmos seria o 4o planeta em
órbita da estrela Zeta Retículo 2, na constelação de Retículo, a 37 anos-luz da
Terra. Estes seres seriam responsáveis por várias mudanças e correções do
nosso processo evolutivo. Isso nos leva aos depoimentos de Beth Andreasson
Luca, prestados sob hipnose e que estão magistralmente relatados no livro Os
Observadores, de Raymond Fowler. O provável local de sua origem nos
lembra o mapa visto por Beth Hill… O que mais poderíamos acrescentar ao

79
Biblioteca UFO

aqui exposto? Como vemos, as evidências são oriundas de diversas fontes,


militares e científicas, e os depoimentos são fortes e contundentes. Mais uma
vez repetimos: onde há fumaça… Sobre a transferência de tecnologia alien
para os militares norte-americanos – e provavelmente russos também – há
muitas outras evidências, no mínimo suspeitas. De uns anos para cá, surgi-
ram, repentinamente, algumas descobertas na área militar, tais como aviões
invisíveis com estruturas totalmente diferentes das que a evolução normal de
projetos aeroespaciais poderiam conseguir.
Além dos aviões de configuração futurista, como o caça invisível AF-117 e
o bombardeiro B-2A, encontramos diversos mini-aparelhos não tripulados
destinados à espionagem e ao reconhecimento, do tamanho de pequenos
aeromodelos, dirigidos por rádio e munidos de câmaras de tevê de alta resolu-
ção e máquinas fotográficas. Um desses modelos tem apenas 6 cm de com-
primento! Esse protótipo, criado pelo MIT, ainda não tem nome, mas possui
turbinas embutidas nas asas e uma hélice posterior. É o menor desses enge-
nhos e possui também sensores que controlam a velocidade e a altitude,
localizados no bico, além de uma câmara de vídeo no cockpit. Existe outro
engenho que funciona nos princípios de um helicóptero, o Helirocket, que
pode parar no ar, tem 10 cm de altura e pode subir até 1.000 m levando cargas,
como balões meteorológicos ou micromísseis. O maior dessa geração tem 37
cm de envergadura. Outro, em forma de libélula, pode filmar, fotografar e bater
asas como um verdadeiro inseto.
O destaque – enquanto design – é o Viúva Negra em formato de disco
voador, com 14 cm de diâmetro. Ele é transparente, carrega câmaras fotográ-
ficas e é impulsionado por pequenos motores elétricos. O responsável por
essa criação é a empresa Georgia Tech. Outros projetos apresentam motores
de apenas 5 watts de potência e apenas 3 mm de comprimento, sendo que
alguns estão acompanhando o desenvolvimento dos micro-espiões. Voltando
aos grandes veículos, já existe e foi testado, ao que parece com muito sucesso,
o substituto dos já ultrapassados Space Shuttle, os ônibus espaciais da NASA.
Ele tem formato cônico – muito semelhante ao UFO visto por um piloto civil no
Rio Grande do Sul –, sobe na vertical, dispensando as grandes rampas de
lançamento, pode se deslocar horizontalmente sem deixar sua posição inicial
e pousar suavemente, também na vertical.
Outro avião de combate dentro da tecnologia é o Veículo Aéreo de

80
Verdades que Incomodam

Combate não Tripulado (UCAV), que visto de frente assemelha-se muito a um


UFO e é invisível ao radar, mesmo a velocidades abaixo do som. Além disso,
pode disparar bombas teleguiadas inteligentes, comandadas a distância por
um piloto que não arriscaria sua vida em combate. O UCAV parece ser da
mesma safra dos bombardeiros B-2A e do caça invisível. Possui também asas
em delta semiarqueadas, como de uma gaivota. E mais recentemente, a
NASA divulgou imagens de uma asa transparente equipada por vários moto-
res, que mais parece um aeromodelo. Ela pode fotografar desde grandes
altitudes, suplantando alguns tipos de satélites de vigilância, a um preço super
baixo. Ou seja, as tendências aeroespaciais parecem seguir um modelo e
usam tecnologia de ponta, superavançada, com sistemas propulsores revolu-
cionários e materiais para a sua construção, de aleações cada vez mais leves e
resistentes.
Engraçado – se não fosse trágico – é que na área da Medicina, por exemplo,
não surgiram grandes descobertas, ou pelo menos de aplicação imediata, para
mitigar os grandes flagelos da Humanidade, como o câncer e a AIDS, a não ser
vagas promessas de medicamentos que estarão disponíveis a médio e longo
prazo. Dá até a impressão de que a morte de milhões de pessoas por ano não
preocupa nem sensibiliza ninguém. Até parece que essas doenças ajudam no
controle da explosão demográfica… Numa época em que não existem grandes
guerras para fazer isso, as doenças podem ser a solução passiva, inclusive
infinitamente mais barata e menos desgastante que um conflito mundial que
poderia pôr em risco a segurança do planeta. Dos governos invisíveis também.
Uma notícia publicada por um jornal que chegou às minhas mãos –
infelizmente sem identificação do veículo e da data –, presumivelmente da
época da corrida espacial russo/americana, falava o seguinte: “Cientista dos
EUA quer capturar Lua marciana.” Como definir esse título da matéria em
questão? Delírio? Loucura? Fred Singer, preeminente cientista de investiga-
ções espaciais de Washington, diz que os EUA deveriam adotar uma nova
meta, o mais rápido possível, enviando astronautas em vôo além dos plane-
tas, com a possibilidade de apoderar-se de uma das Luas marcianas. Ele
sugere ainda que se trouxesse à Terra parte ou mesmo uma Lua completa
das que giram em volta de Marte. “Os astronautas poderiam trazer Deimos
(8 km de diâmetro) para a Terra e, portanto, remanejar o Sistema Solar.” E
acrescenta que “seria tecnicamente possível impulsar Deimos para fora da

81
Biblioteca UFO

sua órbita atual e colocá-la em órbita ao redor da Terra, onde poderia ser
estudada detidamente – ou poderia ser descida à Terra.”
Tal notícia não deixa de causar surpresa, haja vista que foi veiculada já há
alguns anos e revela, entre outras coisas, um suspeito interesse em Marte. Ou
será que querem nos convencer agora de que a imagem da esfinge marciana e
das pirâmides são apenas ilusões de ótica? Afinal, um satélite russo desapare-
ceu após filmar uma estranha sombra de enormes proporções, projetada
sobre a superfície de Marte. Ao se virar para fotografar o responsável pela
sombra, sumiu definitivamente. Resta dizer que a nave russa estava na órbita
do planeta vermelho para fotografar de perto seus dois satélites… E antes que
alguém fale que Singer era apenas algum maluco de plantão, quero dizer que
ele teve participação ativa em todo o processo da conquista espacial norte-
americana. Por que o mesmo falaria uma coisa dessas?

82
Verdades que Incomodam

Capítulo 4

Um Governo Mundial

“Não há nada de ilusório na existência dos discos voadores.


Estamos sendo visitados por civilizações bastante
semelhantes à nossa, porém mais avançadas.”
– Joseph Allen Hynek

J
á está implantado o Governo Mundial, de acordo com as diretrizes e os
planejamentos de uma nação ET? Ou deveríamos dizer por imposição?
Desde as guerras domésticas, passando por dissidências políticas [Vide
negociações e aparente sucesso nos casos da Irlanda do Norte e da
Coréia], golpes de estado, conchavos políticos internacionais costurados
por baixo dos panos, financiados e organizados longe do palco dos aconte-
cimentos, o desarmamento nuclear das nações EUA/URSS, a marcha da
economia mundial, utilizada – clara e largamente – para diminuir ou minar
as forças deste ou daquele país e submetê-lo à diretriz geral. Parece que o
que foi aqui escrito indica uma situação que lembra o livro de Serge Hutin,
Sociedades secretas e governantes invisíveis. A aceitação ou reconheci-
mento dessa hipótese explicaria muitos casos aparentemente incompre-
ensíveis ou desconexos entre si.
O que existiria em comum entre o aumento da incidência de abduções,
observações e acidentes com UFOs, o caso Varginha, as bactérias de Marte, as
sondas que o visitam e o projeto de viagem tripulada em 2011? E a lei aprovada
pelo governo brasileiro que autoriza a FAB a derrubar aeronaves desconheci-
das que invadam os céus do país, a atmosfera, descoberta em várias Luas de

83
Biblioteca UFO

planetas do nosso Sistema Solar, a divulgação do 3o segredo de Fátima e a


ecologia? Aparentemente, o que acabamos de escrever é uma enorme
bobagem ou uma confusão difícil de engolir. Porém, nas entrelinhas, observa-
mos um movimento ou corrente unidirecional que diz por um lado coisas que
desmente por outro, num aparente caos evidentemente proposital e cuidado-
samente, por que não dizer, magistralmente planejado e organizado para a sua
não compreensão. Vamos tentar montar esse grupo de peças do quebra-
cabeças aos poucos, mesmo sabendo que vão faltar muitas partes importan-
tes, talvez as principais. Mas no conjunto, elas poderão oferecer uma panorâ-
mica mais ou menos reveladora.
Houve boatos, informações e denúncias que há alguns anos atrás, após
iniciada a era moderna dos discos voadores, nos diziam que de fato existiam
aliens em poder dos EUA, e que teria havido um encontro secreto entre o
presidente norte-americano e representantes alienígenas na Base Aérea de
Hollomann – como dissemos em algumas páginas atrás. Também falaram
que houve um pacto de cooperação entre os ETs e os EUA e que alguns pes-
quisadores afirmam ter acontecido também com a URSS. Desse pacto teriam
surgido acordos operacionais que evidentemente beneficiavam muito mais os
aliens que os terráqueos. Particularmente, isso parece mais uma chantagem
que um pacto, mas vamos lá. Isto, segundo alguns estudiosos, teria aconteci-
do porque duas nações ETs do tipo grey (e não uma, como se supunha) teriam
contatado os representantes do maior país tecnológico da Terra, os EUA. Um
oferecendo desenvolvimento ético-espiritual em troca do desarmamento
nuclear que colocaria em risco a sobrevivência do planeta – que, em certa
medida, sabemos que aconteceu. Alguns setores mais radicais das forças
armadas viram este fato com estúpido receio, já que, segundo suas brilhantes
mentes, os deixariam em desvantagem perante o resto do mundo.
A outra nação ET negociou, oferecendo desenvolvimento tecnológico
bélico em troca de bases para operar na Terra – algumas até conjuntas – e
liberdade para continuarem suas experiências genéticas, já que algum fator
estava dificultando sua reprodução e assim fatalmente seriam extintos. Em
determinado período, parece que houve desentendimentos que culminaram
no confronto entre os “sócios” e, em conseqüência, houve um grande número
de cientistas e soldados mortos. Segundo algumas correntes místicas e
alguns informantes militares e ex-militares, os aliens que queriam trocar

84
Verdades que Incomodam

desenvolvimento espiritual pelo desarmamento tentaram demonstrar, colo-


cando em órbita equatorial milhares de naves de tamanho gigantesco, uma
clara amostra de força. Estes últimos fatos parecem ser confirmados ou
evidenciados pelas descobertas por parte de renomados astrônomos de que
imensos asteróides estariam girando em volta do planeta [Ver capítulo Os
Prenúncios do Contato]. Porém a ambição bélica triunfou mais uma vez e os
greys ficaram donos da situação e do planeta.
Acompanhem meu raciocínio. Existia uma rivalidade muito perigosa entre
EUA e URSS nos quentes dias do início da Guerra Fria, e isso poderia detonar em
qualquer momento o holocausto nuclear. Os números extra-oficiais indicavam
o potencial de cada um destes países em ogivas nucleares, passível de destruir a
Terra centenas de vezes! Possivelmente, ou quase com certeza, isso atingiria não
apenas os combatentes, mas prejudicaria outros interesses dos extraterrestres
nas suas bases e, até quem sabe, o próprio Sistema Solar. Portanto, essa situa-
ção não podia e nem devia continuar. Os meandros das negociações e divergên-
cias diplomáticas e/ou militares são tão tortuosas, para não dizer escuras, que
resultam na impossibilidade de percebê-los.
A extinta União Soviética, que dominava plenamente a tecnologia
espacial, tinha colocado dezenas de satélites militares em órbita, eufemistica-
mente chamados de científicos. Mas sabemos, com certeza, que eles cum-
priam a missão de espionagem, além de serem muitos deles equipados com
artefatos nucleares que em caso de conflito atingiriam seus inimigos muito
antes de serem detectados. E os Estados Unidos também. Dessa forma, os
aliens dominantes devem ter “encostado na parede” ambos os adversários, e
para salvar as aparências aos olhos do mundo, dos eleitores e dos contribuin-
tes e justificar os bilhões de dólares gastos no que se apelidou de Guerra nas
Estrelas – alguns dos quais apoiados e financiados pelo Congresso america-
no – a inimizade continuava [Certamente na Rússia acontecia a mesma
coisa]. Além desses projetos oficiais, existiam e existem outros chamados
“projetos negros”, absoluta e totalmente secretos, que serviam para o aco-
bertamento e desinformação ufológica.
Quando começaram as negociações de desarmamento mundial,
assim como as preocupações com a preservação do meio ambiente, pare-
ceu que estávamos começando a evoluir. Incontáveis ogivas nucleares
russas e americanas foram destruídas, algumas frente às lentes das câmaras

85
Biblioteca UFO

de televisão do mundo inteiro. No Brasil, também aconteceram fatos seme-


lhantes, muito provavelmente sob às ordens desse Governo Mundial, que
começava a dar as cartas impondo sérias restrições ao programa nuclear
brasileiro. Ele inclusive interferiu, entre outros assuntos, nos acordos atômi-
cos entre Brasil e Alemanha, no projeto de Angra I e II, no programa do
submarino nuclear brasileiro e fez vazar denúncias através da Imprensa
mundial sobre as intenções da Base do Cachimbo, no Pará, que seria utiliza-
da para desenvolver a bomba atômica através de testes no imenso buraco
escavado pela ditadura militar. Além de, é claro, denegrir a imagem do país
por causa dos acordos nucleares e da venda de urânio ao Iraque.
Sintomaticamente à disposição dos povos latino-americanos, o
Governo Mundial foi eliminando as ditaduras militares e levando seus
países à democracia através da escolha de representantes civis com perfis
psicológicos que se combinavam. Eram políticos ambiciosos, populares e
dispostos a tudo para atingir seus fins demagógicos. Enfim: Fernando
Collor de Mello e Carlos Menem, no Brasil e Argentina, respectivamente –
ambos amantes do esporte em todas as suas manifestações. Estes radicais
representantes tentavam passar uma imagem de super-heróis, justiceiros,
bons moços, envolventes e sedutores, bem ao estilo e gosto dos america-
nos. Mais estranho ainda é saber que os programas de governo apresenta-
dos por ambos saíram do mesmo escritório de assessoria e consulta
política internacional pertencente ao senhor Henry Kissinger, um dos
homens mais influentes da política mundial, figura importantíssima do
governo norte-americano e membro do MJ-12!
Dos outros países não posso emitir opinião por desconhecer completa-
mente os meandros dos seus processos de democratização. Em todo caso,
vemos, sem fazer menções especiais, que quando algum representante político
não dá certo pode amanhecer no exílio… Mas voltando ao nosso raciocínio,
quando perguntaram ao ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, já finda
a Guerra Fria, o que seria feito com todos os satélites e armas em órbita do
projeto Star War, ele respondeu: “Seria muito fácil transformar esses equipa-
mentos em defesa contra uma invasão vinda do espaço.” Podemos notar que
diversos tratados para a utilização pacífica do espaço são assinados entre todos
os países, inclusive o Brasil, tal como o que foi assinado durante a visita do
secretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, dias depois da

86
Verdades que Incomodam

B C

G
Ilustração Alberto Romero

E
H

Veículos maravilhosos e enigmáticos. (A) O disco voador projetado pela cientis-


ta alemã Schauberger. (B) UFO idealizado por Miethe. (C) Avião Lockheed F-117
Night Hawk. (D) Northrop B-2A Spirit. (E) DC-XA Delta Clipper. (F) Lockheed-
Martin. (G) Rockwell. (H) X-34 Rockwell (NASA).

87
Biblioteca UFO

queda de um UFO na cidade de Varginha (MG), coincidindo com a visita, fora de


hora, de Daniel Goldin, diretor da NASA no início de 1996.
Tomamos conhecimento que os EUA possui e opera uma rede de
satélites chamada, eufemisticamente, de satélites de vigilância, que uma vez
terminada a Guerra Fria e aparentemente encerrado o projeto Star War – pelo
menos para os simples mortais –, estes satélites continuavam a ser lançados
cada vez com instrumentos mais sofisticados. Por que razão? Ao que parece,
esse Governo Mundial – instalado provavelmente nos EUA, cujo presidente
seria apenas um representante local ou administrador – teria, entre outras
atribuições, que ser uma espécie de xerife do mundo, intervindo em tais
assuntos, como vimos em muitas ocasiões, para evitar conflitos que se não
fossem tratados cirurgicamente poderiam se transformar em estopim e
a
detonar a 3 Guerra Mundial.
Pensemos e analisemos com bastante cuidado: se não existir, de fato,
esse assim chamado Governo Mundial, por que razão os EUA estariam
preocupados em intervir, mediar negociações de paz e se envolver até em
escaramuças ou batalhas que custam muito caro em perdas de homens e
equipamentos? Sendo que lucrariam e muito com a venda de armas e
assessores militares, apoiando ora um, ora outro – por baixo dos panos – ou
ambos os contendores? Além disso, esta potência deveria ajudar a nação
alien, diretora de todo o planejamento, a combater invasores do espaço
com os equipamentos remanescentes do projeto Star War e outros mais
sofisticados, de provável tecnologia alienígena, dando assim apoio logísti-
co aos seus aliados, monitorando e atacando quem se aproxime da Terra,
tentando invadi-la. Vejamos também, embora superficialmente, o que se
refere à manipulação clara e ostensiva da economia do planeta e das
experiências genéticas por parte do Governo Mundial.

Economia: Seus economistas parecem ter um plano específico nesta


questão, que de certa forma se torna mais eficaz que o uso de armas e
violência explícita para conseguir atingir seus propósitos. São pressões
econômicas e desestabilização dos países alvo influindo, dessa forma, nas
bolsas de valores, nos índices de inflação, na cobrança de juros extorsivos,
na manobra de taxas de importação/exportação – determinando o fluxo de
taxas cambiais e fortalecendo ou derrubando moedas no mundo inteiro –,

88
Verdades que Incomodam

além de estar brincando como gato e rato com as economias concentradas


em bolsas de valores (muito provavelmente com ajuda ET) e estar manipu-
lando o clima em determinados pontos do planeta para destruir lavouras e
estradas. Parece fantasia? Existem projetos para este tipo de guerra há mais
de 20 anos e as poucas notícias sobre o assunto deixam claro que além de
possíveis, estas armas – em forma de mísseis disparados em determinadas
formações de nuvens – são tremendamente eficazes. E em testes realizados
na Europa superaram as expectativas. Tais armas são contemporâneas da
esquecida bomba de nêutrons.

Genética: Na área das experiências genéticas compartilhadas ou


supervisionadas pelos aliens, encontramos algumas particularidades no
mínimo curiosas, ou talvez seja melhor dizer assustadoras. Recentemente,
as redes de tevê mundiais falaram bastante de clonagem de animais como a
ovelha Dolly, os macacos americanos, cavalos, etc. Tal manipulação genéti-
ca, hoje sendo praticada já em larga escala e com finalidades comerciais,
demonstra que alguns cientistas já teriam condições de clonar seres huma-
nos híbridos misturando seus genes com os dos animais e resultando disso
raças especificamente desenvolvidas para alguns propósitos, entre os quais
a hibridização de homens com genes de porco com o intuito de criar indiví-
duos, fontes de órgãos para transplantes. Isso tudo – embora a contra gosto
– nos lembra projetos de clonagem que constituiriam verdadeiros exércitos
de soldados munidos de genes que elevassem seu potencial bélico – instinto
assassino, no bom português.
Assim, haveria a criação de milhões de trabalhadores braçais – que
não se revoltariam com a falta de salário, nem fomentariam greves – com
eficiência máxima e custos reduzidíssimos. Infelizmente, esses avanços
científicos nos lembram e fazem acreditar nas monstruosidades descritas
nos relatórios sobre a base de Dulce, no Novo México. Tudo isso comprova-
ria verdadeiramente, acredito, o conluio de ETs, bases compartilhadas e
experiências genéticas perante as quais os nazistas pareceriam “tímidas
criancinhas do jardim de infância.” A relação de evidências é grande
demais e as provas, infelizmente, quase inexistem. Mas imagino que
ficando atentos e sabendo esmiuçar esta ou aquela notícia ou informação
vamos nos aproximar (perigosamente) da verdade.

89
Biblioteca UFO

Projetos Negros: Como são financiados estes projetos negros, já que


existem muitos em andamento que ultrapassam todas as classificações de
sigilo e que devem ser mantidos secretos a qualquer preço? As respostas
podem parecer loucura ou se converter em passaporte para a outra vida.
Enquanto em nosso país muitas coisas que acontecem nos bastidores da
política – anões do orçamento, contas fantasmas, fraudes do INSS, etc – vão
para o buraco negro do esquecimento e da impunidade, nos EUA tais proble-
mas podem derrubar um governo – caso Watergate – e arrasar reputações no
Judiciário, Legislativo e Executivo. Mas esses projetos negros não podem
parar nem correr riscos de investigação parlamentar ou prestação de contas,
pois exigiriam muitas explicações que ninguém está disposto a dar.
O projeto Majestic (MJ-12) é um exemplo disso, já que envolve secretos
militares de magnitude tal que muitas dessas informações não podem ser
conhecidas nem pelo presidente norte-americano. Segundo alguns investiga-
dores, o presidente Kennedy teria sido assassinado – entre outras coisas – por
ameaçar o MJ-12 de denunciá-lo ao Congresso. Algumas dessas fontes de
ingresso (caixa 2 ou 3) para financiar esses projetos negros seriam o comércio
e a importação/exportação de drogas pesadas, contrabandeadas para dentro
dos EUA através da CIA. Além, é claro, do comércio de armas – que agora o
governo norte-americano tenta coibir –, que deu bastante resultado em casos
como o conhecido Irã-contras.
Com respeito às drogas, essas poderiam, sem dúvida, engrossar os
cofres que geram estes projetos de tanto dinheiro que nem ousaríamos
imaginar. Além disso, sua massificação ajudaria, no controle populacio-
nal, a incriminar pessoas que não queiram colaborar e justificar mortes
estranhas. Também se fala, no que se refere ao controle populacional, da
fabricação e utilização de vírus – HIV, Ébola e outros menos conhecidos
mas igualmente letais –, além de epidemias que dizimam milhares de
pessoas no mundo – doenças aparentemente erradicadas ou controladas
que sem mais nem menos reaparecem cheias de vigor e letalidade, tal
como ultimamente a tuberculose.
Tudo isso não deixa de ser sugestivo numa época em que não há guerras
mundiais que matam milhões de pessoas, com altíssimo custo, e que por essa
razão está nos levando a uma explosão demográfica que acarretará sérios
problemas com alimentação, poluição e diminuição ou esgotamento das

90
Verdades que Incomodam

B
Ilustração Alberto Romero

O fantástico avião tipo Stealth desenvolvido pela empresa norte-americana


Northrop, em parceria com a Grumman. Trata-se de um veículo de combate
projetado para operar sem tripulação, guiado por satélites. Sua semelhança
com um UFO é notável. (A) Visto de cima. (B) Visto de lado. (C) Visto de frente.

91
Biblioteca UFO

fontes de água potável do planeta, também ocasionando prejuízos financeiros


incalculáveis e inadmissíveis. Esse último item poderia, por si só, justificar a
implantação desse Governo Mundial, com poderes absolutos, para decidir
sobre a vida, a morte e, principalmente, sobre a economia. Paranóico? Trági-
co? Francamente não sei o que responder. Em todo caso, é melhor aprender-
mos a dormir com um olho aberto.

Acordos: Os acordos e encontros internacionais em nível de governo ou


nas áreas tecnológicas e no campo da ecologia sucedem com maior ou
menor êxito. A tendência ou orientação é de agrupar nações e economias. A
comunidade e o Mercado Comum Europeu, o Mercosul, o ALCA, o NAFTA,
entre outros, mostram interesse e quase urgência em concretizar esses
agrupamentos. Porém, detectamos uma diretriz em tudo isso: o governo
norte-americano e uma aparente discrepância na Ásia com a China. Mas o
cerco vai se fechando e os pequenos países asiáticos, que em determinado
momento pareciam que iam criar asas, tiveram de repente que ver suas
economias cambaleando. Infelizmente, para os simples mortais, tal fato
repercutiu em quase todo o mundo. Seria um recado para a reticente Repúbli-
ca da China, aparentemente preocupada em tentar uma aproximação com os
EUA? Talvez precisassem de um empurrãozinho...
Cuba é um caso à parte ou birra pessoal contra Fidel Castro – que alguns
anos atrás teve dois de seus jatos desintegrados por UFOs. Todos os caminhos
conduzem para um aglutinamento de países obedecendo a um Governo
Mundial, por hora dissimulado, mas duramente atuante. Somados todos
esses novos vestígios ou evidências, resta perguntar a quem estamos obede-
cendo: aos aliens bons ou aos maus? E ainda: será que os seres humanos,
sorrateira e ladinamente, conseguiram uma negociação com ambas as
facções, chegando a um meio termo?
Por enquanto estamos levando alguma vantagem, aparentemente,
na redução das armas nucleares, na preocupação com a ecologia e com as
reservas naturais e alimentícias, nas novas descobertas benéficas na área
da Medicina e uma muito tênue indicação de uma provável – e ainda distan-
te – abertura de conhecimento de vida fora da Terra. Pessoalmente, tenho
quase certeza de não ter errado muito nessas deduções. Evidentemente,
isso não é uma afirmação lapidar – e nem poderia. São muitas as variáveis e
os caminhos, e os atalhos são obscuros e muito tortuosos. Em todo caso,
92
Verdades que Incomodam

tracei estas deduções analisando textos e notícias, unindo as mesmas e


colocando-as nestas linhas. Deixo para você a última análise, a partir dos
seus conhecimentos e bom senso…

Observações

Entre as naves espaciais de última geração e os projetos avançados –


possivelmente com uma tecnologia que poderíamos chamar de bizarra e
nitidamente derivados de projetos e concepções distantes das nossas
pranchetas –, encontramos três exemplos que podem ser os sucessores dos
ônibus espaciais. Vejamos:

1. A empresa bélica norte-americana Rockwell apresenta um projeto


de formato cilíndrico e curtas asas na sua traseira, sendo este, talvez, o mais
parecido com os atuais Space Shuttle. Mas a semelhança pára por aí.
Dispensa os gigantescos foguetes de lançamento decolando na horizontal
e descendo, ao exemplo dos atuais ônibus espaciais, numa pista, como
avião. Até agora, os únicos problemas são a velocidade de pouso, que é
muito alta, requerendo assim pistas muito largas, o espaço destinado à
carga, que é menor que os atuais, e o espaço para acomodação dos astro-
nautas. O X-34, projeto conjunto com a NASA, é outro programa destinado
a cargas mais leves – até 900 kg – e pode subir até 35.600 km levando
satélites de comunicações. Sua conformação física, embora menor, é
igual ao projeto Rockwell.

2. A gigante fabricante de armas norte-americana Lockheed-Martin


apresenta um modelo em formato de delta [Vide desenhos do caça a jato F-
117 e do bombardeiro B2-A]. Este formato triangular propicia um esquen-
tamento menor no atrito com o ar e na reentrada da atmosfera, diminuindo
sensivelmente a necessidade de proteção térmica, o peso e obviamente as
pistas menores para o pouso, poupando freios. O espaço para os tanques
de combustível e motor é bastante reduzido. Os depósitos de hidrogênio
líquido são adicionados nas laterais internas da fuselagem, o que aumenta
a capacidade de carga.
3. O mais bizarro dos modelos propostos – supostamente fruto de

93
Biblioteca UFO

tecnologia alien – é o Delta Clipper, conhecido como DC-XA. Esse modelo


de 36 m de altura e 12 m de base tem formato cônico e um grande diferencial
de seus antecessores. Aos 3,5 segundos depois do lançamento, os motores
já atingem 80% da potência e, para descer, tal potência é reduzida para 50%.
A grande diferença está em que o Delta pode fazer uma pausa no ar, se
deslocar em pé na horizontal e depois descer verticalmente, como no teste
realizado em 1993 e coordenado pelo ex-astronauta Peter Conrad (Apollo
12). O teste durou apenas 60 segundos e o Delta, em escala reduzida (12 m
de altura e 4 m de base), subiu até 50 m, parou no ar, deslocou-se de lado e
pousou suavemente com a ajuda de seus motores. Nos sucessivos testes
realizados, o Delta Clipper foi muito bem sucedido, e de todos eles, apenas
um explodiu em junho de 1994. Entre outras vantagens sobre os atuais
ônibus espaciais, seu custo operacional é realmente arrasador. Enquanto
uma missão atual sai por volta de 350 a 400 milhões de dólares, o Delta-
Clipper ficará em torno de 10 milhões. Pelo seu sistema de pouso na vertical,
dispensa asas e rodas, ficando mais leve, principalmente para subir, já que
para escapar da atmosfera terrestre precisaria atingir 40.000 km/h.

Assim vimos um pouco mais sobre as atividades do que seria este


Governo Mundial e quais são as medidas tomadas para, de uma certa
forma, equilibrar a explosão demográfica planetária. Tomemos alguns
dados: 1 bilhão de pessoas (1/5 da população mundial) não contam com
água potável e 1,8 bilhão não dispõem de saneamento básico. Na Costa do
Marfim, na África, dos 3 milhões de habitantes, 38% não têm acesso à água
encanada e 15% não possuem banheiro. Segundo pesquisa divulgada pela
revista Scientific American, para resolver o problema seriam necessários
68 bilhões de dólares em 10 anos – 1% dos gastos militares do mundo no
mesmo período [Fonte: Revista Superinteressante, fevereiro de 1998].

94
Verdades que Incomodam

Capítulo 5

A Verdade sobre o
Programa Guerra nas Estrelas

“É muito mais fácil reconhecer o erro do que encontrar a verdade.


O erro está na superfície, e por isso é fácil erradicá-lo. A verdade
repousa no fundo e não é qualquer um que consegue chegar a ela.”
– Wolfang von Goethe

M
uita tinta foi gasta para descrever, analisar e tentar entender a Guerra
Fria, assim como milhares de comprimidos para a dor de cabeça e o
estresse provocados pela mesma foram consumidos. Foram anos
difíceis e tensos. A qualquer minuto os “demônios comunistas” poderiam
despejar toneladas de ogivas nucleares sobre o Ocidente, paraíso da demo-
cracia, moral e bons costumes, arrasando de vez com a civilização. Os russos
deviam pensar e sentir o mesmo sobre os “monstros capitalistas”, e assim
foram atiçados ódios e criados abismos intransponíveis. De repente, quase
que disfarçadamente, se toma conhecimento de que há uma linha telefônica e
aparelhos (vermelhos) ligando a ex-URSS e os EUA. Anos depois começamos
a ouvir falar em distensão, acordos, Perestroika.
Timidamente primeiro e mais abertamente depois, começam a ser
assinados tratados de desarmamento nuclear. Cai o Muro de Berlim… Será
que realmente estivemos com a vida por um fio, ou melhor dizendo, um
botão? Os UFOs ou discos voadores continuavam a não existir oficialmente,
mas suas aparições, em número crescente, arrepiavam os militares ao supor

95
Biblioteca UFO

que uma dessas levas poderia fazer seus adversários a confundi-los com um
ataque nuclear de surpresa e provocar a retaliação imediata com os resultados
que ninguém ignorava. Portanto, era necessário – indispensável, diria – que
houvesse um canal de comunicação entre os inimigos para nenhum deles
apertar o botão sem necessidade. Surgiu dali o telefone vermelho (a verdadei-
ra hotline) e não foram poucas as vezes em que, agourento, tocou em ambos
os lados da linha, evitando a catástrofe.
Embora possa parecer cético demais, me custa acreditar que as tentati-
vas de desarmamento se devam, exclusivamente, a um amadurecimento da
raça humana, a uma maior tomada de consciência. Mas tudo pode ser. Feliz-
mente, houve uma redução sensível do arsenal nuclear, embora ainda sobrem
muitas ogivas para nos reduzir ao pó de onde viemos. Em todo caso, é um
começo. Como já dissemos, há evidências que nos levam a deduzir que em
algum momento alguém obrigou os Estados Unidos e a Rússia a tomar essas
medidas, e a lógica nos reforça esta idéia. Mas o que fazer com o dinheiro, via
caixas 2 ou 3, de ambos os lados, destinado a esse tipo de projeto? A Guerra
Fria permitia, de alguma forma, o recebimento de verdadeiras fortunas por
parte do Congresso e orçamentos oficiais que graças ao super-faturamento
favoreciam o desvio de vultuosas cifras para os chamados projetos negros.
Acabando a Guerra Fria, ficariam em dificuldades de caixa.
Ainda que algum dinheiro ‘pingasse’ para a manutenção dos equipamen-
tos já construídos ou em órbita, seria muito pouco. Assim, nos atreveríamos a
deduzir que houve algum acordo secreto – espontâneo ou obrigatório – no
sentido de manter as aparências e continuarem a faturar. Seus brios estariam a
salvo, os orçamentos secretos também, e assim o que já se encontrava no
espaço ou em pleno desenvolvimento ficaria à disposição para colaborar com
seus novos parceiros – e esses equipamentos e armas não eram poucos.
Falarmos com um mínimo de embasamento e informações corretas
sobre a Star War – o famigerado Programa Guerra nas Estrelas – é tarefa
bastante difícil, levando-se em consideração os diferentes graus de sigilo dos
documentos que nos esclarecem sobre o assunto. Mas vamos tentar, com as
poucas informações que possuímos, analisar os diferentes estágios desses
projetos, a defesa estratégica e os satélites de uso militar. Acho um bom
começo para tentar descobrir o que pode se esconder por trás de nomes tão
pomposos, e um deles até parecendo ficção científica.

96
Verdades que Incomodam

Como breve introdução, gostaria de lembrar que nos anos imediata-


a
mente anteriores e durante a 2 Guerra Mundial, por incrível ironia, se os
alemães, e principalmente os japoneses, tivessem tido o cuidado ou interes-
se de ler as estórias em quadrinhos dos EUA e de algum de seus Aliados,
analisando-as a fundo, teriam deduzido que os EUA já estavam fabricando a
bomba atômica. Além de outras armas letais que fariam parte do arsenal
utilizado durante a contenda, e que ambos seriam vitais para o desfecho da
guerra, como ficou comprovado depois, deflagrando uma corrida desespe-
rada dos espiões de diversos países para não ficar por fora. A partir disso,
talvez, no Pentágono foi criado um departamento sui generis que aos menos
avisados pode ter surpreendido, pensando que todo mundo estava regredin-
do mentalmente, ou apenas brincando.
Esse departamento tinha o nome de Buck Rogers, que não sabemos se
ainda existe, em homenagem ao lendário herói das estórias em quadrinhos
de ficção científica na sua luta no espaço contra cruéis invasores. A principal
missão dos técnicos e cientistas era ler tudo o que era publicado no mundo,
estórias em quadrinhos ou livros – especialmente os que vinham ou conse-
guiam sair de trás da Cortina de Ferro. Dessa forma, conseguiram se anteci-
par em diversas áreas ou acompanhar, em outras, o avanço dos rivais.
Paralelamente à leitura da ficção científica, eram sondados os bureaus de
patentes nas mais diversas áreas para descobrir o que estava sendo registra-
do ou patenteado. E assim, os cientistas analisavam para que poderiam
servir esses produtos, deduzindo os passos seguintes. Simples? Bem, para
eles pode ser muito mais que para nós. Assim, foi possível antecipar muitas
invenções e requerer a patente mundial, quase que simultaneamente à
época em que era requerida a patente local pelo seu inventor ou descobridor.
Hoje a chamaríamos de espionagem industrial.
Reparem que tanto em livros de ficção científica como nas populares tiras
ou gibis que abordam esses temas, há uma preocupação natural, cuidado ou
interesse em tornar as histórias as mais detalhistas e documentadas possíveis.
Não é raro que seus autores procurem informações científicas de projetos
futuros, como foguetes, naves, computadores, cibernética, robótica, etc. Os
mais bem sucedidos autores desse gênero, Arthur Clark e Isaac Asimov – entre
muitos outros – baseiam suas narrativas em fatos reais ou que se tornarão, num
futuro mais ou menos próximo, graças aos seus conhecimentos científicos,

97
Biblioteca UFO

projeções lógicas em torno dos estágios atuais da Ciência e sua evolução,


criando, dessa maneira, textos magníficos. O que se sabe hoje sobre astronáuti-
ca e espaço no campo da tecnologia de mísseis, radares, sondas e satélites,
pareceria magia ou ficção científica a apenas uma década atrás, e sem analisar –
o que de fato sabemos é apenas a ponta do iceberg –, baseando-nos em conhe-
cimentos sobre política internacional e sigilo governamental. Os momentos
iniciais da Guerra Fria escureciam o horizonte com presságios terríveis. Convive-
mos há muitos anos com a versão moderna da espada de Demócles sobre as
nossas cabeças, ou será que ainda estamos?
Não se tratava apenas de criar satélites, mísseis e eletrônicos cada
vez mais miniaturizados para dar a máxima eficiência às novas armas, e
com custo mínimo. E aí entram em cena a espionagem industrial, de
mãos dadas com a militar. Ao mesmo tempo, era necessário criar tam-
bém novas ferramentas, maquinários, laboratórios, centros de pesquisa
– cada vez mais secretos e sofisticados –, e contratar cérebros a peso de
ouro. Além de formar novos cientistas que, sobre todas as coisas, fossem
leais e discretos. Uma tarefa colossal que, sem ajuda externa, demoraria
muito mais a sair das pranchetas e subir ao espaço, em transportadores
especiais de satélites. Foi assim que surgiram veículos como os da série
Space Shuttle, os velhos ônibus espaciais que já têm praticamente
prontos seus substitutos transformados no decorrer dos anos em verda-
deiros caminhões de entregas.
A tecnologia norte-americana cresceu muitíssimo nos últimos anos e,
seguramente com a ajuda dos aliens, conseguiu estágios inimagináveis [Veja
capítulo anterior]. Isso, entretanto, nos leva a dar mais valor às declarações do
engenheiro Robert Lazar, quando fala em engenharia reversa realizada pelos
EUA em UFOs capturados ou recebidos em doação por outros governos. Se
chegou ao ponto de um satélite espião conseguir detectar o que acontece no
interior de uma casa, de 500 a 800 km de altitude, além de descobrir o que há
no subsolo do planeta ou fotografar uma pessoa no escuro da noite, o que
podemos duvidar sobre tal tecnologia? E ainda existem pessoas que não
acreditam que os ETs possam selecionar a próxima vítima de suas experiênci-
as de abdução! Podemos fotografar um objeto do tamanho de uma bola de
basquete, em órbita a mais de 48.000 km de distância, utilizando lentes
especiais e filmes de mais de um milhão de asas!

98
Verdades que Incomodam

O Programa Star War


O primeiro satélite de reconhecimento militar americano foi lançado
em 1960, e hoje os atuais desenvolvem uma grande variedade de tarefas.
Do outro lado, a ex-URSS lançava algo próximo de 100 satélites da série
Kosmos por ano, dos quais 70% com objetivos exclusivamente militares.
Os Estados Unidos lançam hoje, em média, cerca de 20 satélites militares
por ano. Essa diferença é enganadora – já que são muito mais versáteis e
têm vida útil mais longa –, pois supomos que o controle efetuado pelos ETs
é muito rigoroso, e quando algum artefato não é exatamente o que parece,
é destruído por eles no lançamento ou em órbita sem considerar ou se
importar com eventuais perdas de vidas.
Para citar poucos exemplos, os satélites existentes na atualidade ou em
desenvolvimento permitem o controle global de tropas, quem entra ou sai da
nossa atmosfera, conseguem melhorar as comunicações táticas, a navega-
ção em qualquer tempo, o lançamento preciso de armas e captação de alvos a
longa distância, entre outras tarefas. A confiança nos satélites é tão grande
quanto a preocupação em mantê-los ativos e operantes, já que sua perda,
ocasionada por alguma ação criminosa (bélica) ou simples pane, ocasionaria
grandes desvantagens. Daí a necessidade de armas orbitais que inutilizem,
criem interferências ou destruam esses inimigos.
Em 23 de março de 1983, o presidente norte-americano Ronald Reagan
pediu à comunidade científica meios para, em suas palavras, “…tornar armas
nucleares impotentes e obsoletas.” O significado dessa frase, segundo o que
nos parece, é muito profundo e se presta a muitos questionamentos. Por exem-
plo: o que poderia ser tão absoluto ao ponto de tornar armas desse tipo obsole-
tas? O programa surgido foi chamado de Iniciativa de Defesa Estratégica [Ou
Strategic Defense Initiative, SDI], popularmente conhecido como Star War.
Embora alguns militares e observadores achassem que esse projeto poderia
fornecer meios para remover a ameaça nuclear, outros, entretanto, opinavam
que o mesmo poderia levar mais facilmente a uma escalada mais rápida rumo
ao holocausto nuclear. Os russos deram um rápida resposta com seus próprios
projetos, criando um Sistema Operacional Anti-Satélite (ASAT).
A partir daí, era apenas um passo para a criação de satélites capazes de se
defender, atacando outros rivais ou empreendendo manobras evasivas que

99
Biblioteca UFO

dificultariam sua descoberta. Seguiram-se armas laser, espelhos orbitais –


para refletir e devolver os raios laser –, armas de eletrodos eletromagnéticos,
satélites armados com pequenos projéteis, interceptadores de foguetes,
minas espaciais, etc. Como podem observar, estamos nos limitando a falar da
guerra no espaço e suas armas, deixando de lado os Mísseis Balísticos Inter-
continentais (ICBM) por não estarem (em termos) diretamente ligados à
Ufologia, embora o sistema os englobe.

Satélites militares
Os Estados Unidos mantém diversos satélites de alerta antecipado em
órbita estacionária, ou melhor explicando, geoestacionária, que permitem
monitorar e controlar qualquer atividade aeroespacial. Além deles, há um
número não determinado, mas provavelmente muito alto de pequenos
satélites de vigilância que cobrem na sua totalidade a superfície da Terra,
passando pelos diversos países, conforme a necessidade ou interesse, várias
vezes no decorrer do dia. Cada um desses satélites do Programa de Apoio de
Defesa (DSP) transporta um telescópio Schmidt de 3,63 m de comprimento,
com aberturas de 0,91 m. No foco do telescópio existe um conjunto de 2.000
detectores infravermelhos de sulfureto de chumbo, cada um dos quais varren-
do uma área de 6 km de lado a lado. Em 1975, um satélite de alerta antecipado
foi temporariamente “cegado” e a responsabilidade foi atribuída a um laser
russo. Acredita-se que a ex-URSS possui pelo menos dois lasers baseados em
terra para funções anti-satélites.
Os EUA também possuem estas armas e uma delas foi oficializada em
setembro de 1997, quando se anunciaram os testes do Miracl, embora há
alguns anos já tinham sido feitos diversos testes com um canhão laser
montado em um Jumbo (Boeing 747). A nova geração do Sistema de
Satélites de Alerta Antecipado (SEWS), iniciada no princípio desta década,
apresenta inovações, como sensores de alta resolução resistentes ao laser,
que observam suas áreas-alvo constantemente ao invés de varrê-las periodi-
camente, assim como se utilizam de materiais ablativos para fazer com que
ditos satélites sejam menos vulneráveis às armas laser.
Outro assunto importantíssimo a se tratar dentro desta questão é sobre
os sistemas de vigilância e reconhecimento. A vigilância é uma atividade

100
Verdades que Incomodam

monitorizada, relativamente regular, enquanto o reconhecimento é uma


busca de escuta específica, possivelmente de natureza mais urgente. Embora
sejam tarefas diferentes, elas atualmente estão combinadas em um único
satélite equipado com vários sensores. Dentre esses satélites, o mais conheci-
do é o Big Bird, assim como seu parceiro de missão, o Key Hole, que transmite
imagens de tevê de alta resolução, próximas do tempo real – isso em 1983,
quando foram colocados em órbita os KH-8 e KH-9.
Posteriormente, o KH-11 utiliza transmissão de imagens digitais e sua
órbita mais alta estende sua vida útil, contando ainda com sensores multi-
espectrais e infravermelhos, além de um radar capaz de penetrar qualquer
camada de nuvens. Também existem outros tipos para diferentes missões,
como os Satélites de Informação Eletrônica (ELINT) que localizam rádio
transmissores e fazem escuta clandestina de comunicações.
Os russos, por seu lado, também possuem satélites similares, evidente-
mente, mas ao que parece se adiantaram dos americanos lançando o maior
satélite militar jamais feito por eles, porém com a capacidade de ser extrema-
mente ágil e mudar de órbita quando necessário para evitar as armas anti-
satélites. O maior centro de comando estratégico, controle e comunicações
dos EUA é o Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (NORAD),
profundamente enterrado numa montanha. Assim como várias outras instala-
ções desse tipo, esses centros são considerados como alternativas para o
presidente norte-americano, o vice e principais comandos militares, de onde
poderiam continuar a governar o país (ou o mundo) em caso de guerra ou
catástrofes naturais que inviabilizariam os locais normais.
Para encerrarmos esta parte, quero dedicar algumas linhas ao Sistema
Geodss. Ele é um sistema de vigilância eletro-óptica do espaço profundo,
cujas bases estão localizadas na Terra. Esse sistema fornece todo tipo de
informações em tempo real. Para isso se utiliza de grandes lentes acopladas a
câmaras de tevê especiais para baixa intensidade de iluminação, e ainda evita a
necessidade de filmes, pois suas imagens são convertidas diretamente em
sinais eletrônicos que são processados nos computadores para sua exibição
visual. Além disso, pode monitorar objetos do tamanho de uma bola de
basquete numa órbita geoestacionária. A rede Geodss consiste de estações
em White Sands (Novo México), Taegu (Coréia do Sul), Mauí (Havaí) e Diego
Garcia (uma ilha no Oceano Índico) e no sul de Portugal.

101
Biblioteca UFO

Cada base tem dois telescópios de 1 m cada com 2,1 graus de campo
visual, além de telescópio auxiliar de 38 cm, com 6 graus de campo visual,
possuindo também sensores de infravermelho, dispositivos compensadores
de imagens e câmaras super sensíveis. Este campo é vastíssimo e para tentar
chegar perto da totalidade de equipamentos e missões às quais são destina-
dos exigiria, no mínimo, uma obra exclusiva. Aqui estamos apresentando uma
pequena parcela em relação ao todo, porém suficientemente esclarecedora
sobre a compreensão da nossa proposta e linha de pensamento.
Poderíamos afirmar, neste encerramento, que estes elementos para
vigilância do espaço profundo estão intimamente ligados ao acordo bilateral
entre EUA e aliens, no sentido de vigiar a atividade extraterrestre inimiga. E os
fatos ocorridos – que continuam a acontecer – nos dão a razão, já que seria
ingênuo pensar que um míssil intercontinental inimigo poderia vir do espaço
cósmico, a não ser, evidentemente, que esse inimigo não seja da Terra…
Assim, podemos deduzir – para não dizer afirmar – que os acidentes com
UFOs no Brasil, como Feira de Santana (BA), em 1995 e Varginha (MG) em
1996, podem ter sido provocados, talvez, por armas orbitais. E graças aos
satélites já mencionados podemos saber exatamente onde caíram, acionan-
do assim o governo e as tropas física e geograficamente mais próximas para
completar a operação.
[Durante a crise no Peru, devido ao seqüestro na embaixada do Japão
em 1997 por guerrilheiros, foi utilizado, como apoio às ações governistas, o
auxílio de um desses satélites. O Terrorist Incident Working Group (TWIG),
ligado ao serviço secreto dos EUA, diz que “…a vigilância se processa através
de um sistema espectral manipulado por especialistas” . E acrescenta mais:
“Um laboratório instalado num prédio vizinho à embaixada recebe sinais que
há uma semana são transmitidos de forma ininterrupta por um satélite (cuja
procedência não foi revelada, mas que poderia ser um Landsat americano ou
um JER japonês), que foi projetado para colher imagens da superfície e do
subsolo através de sensores de alta resolução, dentro do espectro eletromag-
nético.” Essa análise revela a zona de residência minada pelo Movimento
Revolucionário Tupac Amaru, as granadas nas portas do jardim e até os
reféns e os 20 subversivos detectados no interior da residência, chegando ao
requinte de individualizar o chefe guerrilheiro num quarto do 2º andar e as
habitações em que estavam os prisioneiros.]

102
Verdades que Incomodam

O Comando Especial Naval Americano (CENA), autodenominado


Guardiões da Fronteira Espacial, é responsável pela detecção de objetos
misteriosos no espaço. Registra trilhas como órbitas de objetos sem identifica-
ção e pode localizar 6.000 deles. Sua área de responsabilidade é fora da
atmosfera. Abaixo disso, a monitoração do céu pertence ao NORAD. O CENA
afirma poder examinar o espaço a centenas de anos-luz, e qualquer objeto
acima da Terra pode ser rastreado a distância. Ao se aproximar, é monitorado
durante sua jornada. Se algum objeto cair ou pousar, sabe-se o ponto exato
que isso aconteceu e uma equipe especial se dirige ao local. Essa rede foi
criada após o chamado Incidente de Roswell para desenvolver pesquisas
sofisticadas e operações de resgate – é possível que trabalhem, em certos
casos, de comum acordo com o Majestic-12. Equipes são colocadas em
locais estratégicos, e uma vez iniciada a operação de resgate isolam a área e se
asseguram de que ninguém seja informado sobre os acidentes.

Um caso curioso
Em meados de 1998, em um encontro informal em casa de amigos para
um churrasco, um diplomata de carreira de um país europeu, ainda atuante e
pessoa de reconhecida seriedade e competência na sua área, me confidenci-
ou que em certa ocasião, durante um jantar em uma embaixada européia, um
militar de alta patente daquele país comentou sobre a derrubada do Muro de
Berlim. Não podemos declinar os nomes desses diplomatas e desse militar
face ao compromisso assumido – em troca de informação – e por tratar-se de
pessoa – no caso o diplomata – ainda atuante e muito respeitada, e o militar,
bastante conhecido, embora já muito idoso e doente.
Um cientista norte-americano, ligado ao governo daquele país, teria
recebido uma mensagem de origem extraterrestre – não foi esclarecido sobre
que meios foram utilizados para captar a mesma – recomendando que sintoni-
zassem seus equipamentos de rádio em determinada freqüência e coordena-
das. A mensagem, considerada pelos alienígenas de vital importância para os
humanos, deveria ser comunicada ao governo soviético para que estes
também sintonizassem em determinado dia e horário. A mensagem recebida
impressionou muitíssimo os americanos e um pouco menos os russos, já que
era uma espécie de ultimato – também não foram especificados detalhes –, no

103
Biblioteca UFO

sentido de parar de uma vez com essa disputa que colocava o mundo em
perigo e acabar, definitivamente, com esse muro de separação. Deixando
“mas” e “porém” de lado, a derrubada do Muro de Berlim aconteceu dois
meses depois. Garanto e reafirmo que nosso interlocutor merece toda a
confiança e credibilidade de nossa parte, deixando para terceiros (que não
conhecemos) toda a responsabilidade por este relato que inserimos em nosso
texto apenas como curiosidade e de forma complementar às informações
antes citadas, pela sua extraordinária coincidência com outras já conhecidas.
Verdades? Mentiras? Exageros? Quem arrisca uma aposta?
E na hora de efetuarmos a revisão dos textos apareceu, quase me olhan-
do com ar de deboche, desde a estante, o Livro Vermelho dos Discos Voado-
res, do professor Flávio A. Pereira. Abrindo-o para folhear, deparo na página
470 com um texto em que o professor Sabayev e os doutores Vladiansky,
Bornovkin e Grabuyenkov – todos físicos nucleares – comentam uma notícia
segundo a qual em Irkutsky, na Sibéria, fora recebido sob forma telegráfica o
seguinte texto: “Desembarque na Terra em 15 anos terrestres…Destruição
não pretendemos…Defesas inúteis…Colonização pacífica…Permuta
possível.” Transmissão que alegadamente fora feita a bordo de um disco
voador e de maneira tão enérgica que chegou a danificar o equipamento de
rádio de quem a recebeu. Os cientistas acima citados disseram que “esta é a
primeira mensagem autêntica que vem de um UFO…” Terá alguma coisa a
ver com o relato do diplomata [Fonte: Apud Neues Zeitalter, abril de 1955]?

As primeiras baixas
Nestes últimos anos aconteceram muitas coisas que, separadamente,
não significam nada. Porém, juntando-as, brincando de montar quebra-
cabeças, parecem nos mostrar alguma coisa que extrapola o bom senso,
podendo assemelhar-se, para os mais ingênuos – ou que por outras razões
preferem parecê-lo –, fantasias sem sentido. Analisando uma e outra vez o
filme da Challenger e outro da Discovery, que nas suas imagens mostram o
que poderíamos chamar de combates no espaço, assim como escrutinan-
do as fotografias do mesmo assunto, elas nos apresentam muitos questio-
namentos e dúvidas. Quem está combatendo e tentando derrubar UFOs – é
a primeira pergunta. A segunda é: por que?

104
Verdades que Incomodam

Custa acreditar que sejam simples tempestades elétricas na alta atmosfe-


ra, e custa muito mais supor que os Estados Unidos, no melhor estilo Indepen-
dence Day, esteja brigando sozinho no espaço, nos defendendo da invasão
extraterrestre! Isso sim, chamaria de fantasia sem sentido. Se agissem dessa
forma, com certeza, assistiríamos a um final à la General Custer, com uma
derrota brutal, mas não é esse o caso. Nas imagens, vemos claramente um
grande número de UFOs sendo alvo de um atirador misterioso que dispara
balas com armas não claramente definidas, e que pelas características dos
disparos supõe tecnologia super avançada. Possivelmente muito distantes
dos padrões tecnológicos-científicos americanos, já que aparentam deixar
rastro de armas à base do plasma, num dos casos, e faixas luminosas retilíneas
que poderiam ser lasers de alta potência, ou quem sabe, à base de fótons. Algo
típico de uma boa estória de ficção científica. Disparos de mísseis ou mesmo
de canhão ou metralhadoras pesadas na superfície da Terra deixam rastros de
condensação devido à atmosfera, mas não lá em cima…
Eis aí que em janeiro de 1995, no dia 12, para sermos mais precisos, cai a
poucos quilômetros de Feira de Santana, na Bahia, um objeto do tamanho de
um carro tipo Fusca dentro de uma lagoa, e do qual são resgatados dois corpos
– caso ainda em aberto. Esses seres somem misteriosamente, provavelmente
resgatados por militares de mais de uma patente que sabiam, sem dúvida
alguma, em que momento e onde tinha caído, já que se deslocaram sem
titubear ao local exato da ocorrência em contados minutos [Veja relato comple-
to ao final deste capítulo]. Um ano depois, em janeiro de 1996, cai outro
objeto, desta vez em Minas Gerais, na localidade de Varginha. No local próximo
à queda foram resgatados, além dos destroços, vários seres vivos, sendo que
um deles foi assassinado por soldados da Escola de Sargentos das Armas de
Três Corações (MG), com disparos de fuzil de artilharia leve no peito.
Curiosamente, este ser fuzilado tinha as mesmas características físicas do
chamado bicho preguiça de Feira de Santana. Um dos que foram resgatados,
ao parecer ileso ou pouco machucado – segundo os pesquisadores Ubirajara
Franco Rodrigues e Vitório Pacaccini –, foi encaminhado diretamente para os
Estados Unidos, e os demais, que acabaram morrendo, teriam sido levados
para dependências da Unicamp, em Campinas (SP). Temos assim dois casos
de quedas por acidente em exatamente um ano, o que nos leva a questionar
como aparelhos altamente sofisticados, de uma tecnologia ímpar, podem

105
Biblioteca UFO

sofrer acidentes como nossos aviões e cair, sem mais nem menos [Veja revis-
tas UFO 43 e UFO Especial 17]?
Sem querer desmerecer as Forças Armadas brasileiras, as quais respei-
tamos muito, temos sérias dúvidas de que as mesmas escondiam alguma
coisa. Pois após o Cindacta detectar a invasão do espaço aéreo e comunicar-
se com o Centro de Coordenação Geral (CCG) e com o comando do Ministé-
rio do Exército, para que este entrasse em contato com os Comandos
Regionais, passando ordens para a unidade mais próxima do local da queda
iniciar as buscas, as equipes começaram o trabalho apenas seis ou sete
horas depois do primeiro alerta. Deveriam ter começado a procurar os
sobreviventes e recolher os destroços bem mais rapidamente, e com mais
presteza! No caso de Feira de Santana, entraram em ação apenas duas horas
e trinta minutos depois do acidente ter se consumado.
Este resumo de ambos os casos serve para nos dedicarmos um pouco
mais profundamente nos detalhes dos acontecimentos. Como vimos, as
operações super rápidas obtiveram sucesso com talvez 90% em Feira de
Santana e 60% em Varginha. Isso martelava nossa cabeça, sem esperanças de
destrinchar o mistério na sua grande parte. Até que no mês de julho aconteceu
o acidente do Vôo 800. Como todos devem lembrar, o Jumbo da TWA, em seu
vôo saindo de Nova York e subindo para atingir sua altitude de cruzeiro, explo-
diu matando todos os seus ocupantes. Bomba a bordo, míssil disparado por
terroristas e até um erro fatal cometido por tripulantes de um navio de guerra
norte-americano, que teria disparado um possante míssil atingindo a aerona-
ve, foram as justificativas mais comentadas. Porém, houve algumas testemu-
nhas: uma senhora filmou uma pequena luz que se aproximou do avião,
ultrapassando-o e retornando em rota de colisão, derrubando-o.
Um policial que fazia ronda em uma praia também viu. Sugestivamente, a
senhora foi abordada por agentes do FBI que confiscaram o vídeo e nada mais
se ouviu falar do policial. Mas um agente do próprio FBI disse, para quem
quisesse ouvir, que um satélite de vigilância norte- americano tinha filmado o
acidente, coincidindo com o que a referida senhora havia filmado. Graças a isso,
tivemos a chave para desvendar o mistério. Ficou mais do que claro que esses
satélites de vigilância que circundam nosso planeta 24 horas por dia, sobrevoan-
do todos os países, detectam a queda dos intrusos em território brasileiro,
avisando em tempo real, a quem de direito, para interceptar ou recolher destro-

106
Verdades que Incomodam

ços e vítimas (se houverem) em perfeita harmonia com o governo norte-


americano. Isso também explica, sem dúvida alguma, a enorme eficácia das
tropas, a perfeita manobra de ocultamento e desinformação, e a irritação dos
militares com os pesquisadores que comandaram a operação de Varginha, que
quase jogam por terra toda a manobra de ocultamento, posteriormente confir-
mada pelos militares que se dispuseram a contar o acontecido sigilosamente.
Isso também explica a presteza com que chegou a Três Corações um equipa-
mento de radar transportável e uma dotação de militares norte-americanos para
operá-lo, além da visita ao Brasil, naqueles dias, de Daniel Goldin, diretor da
NASA, e do secretário de Estado Warren Christopher.
E o que tentar dizer da visita – que queriam que fosse sigilosa – do ministro
do Exército general Zenildo Zoroastro de Lucena e 28 generais a Campinas,
onde tínhamos informações fidedignas de que alguns desses corpos de ETs
estariam sendo examinados pelo legista Renato Badan Palhares nos laborató-
rios subterrâneos da Unicamp? Entre os brasileiros que participaram da
operação, pelo menos é o que sabemos até agora, um teria morrido por
alguma espécie de contaminação ao pegar em uma das criaturas sem prote-
ção alguma. O soldado Marco Eli Cherese, do Serviço de Inteligência da PM,
participou da captura da criatura vista pelas meninas Kátia, Liliane e Valquíria,
conseguindo prendê-la por volta das 20:00 h, segurando-a (ao que parece)
com uma chave de braço e conduzindo-a para um dos hospitais regionais que
se negaram a atendê-la.
O restante da história é um tanto nebulosa. Ao que se sabe, todos os que
participaram da operação de captura dos seres usavam luvas, notadamente os
bombeiros que atuaram na captura matutina, porém não sabemos se o soldado
Marco também tomara esta precaução. Duas semanas depois apareceu uma
inflamação em sua axila esquerda, levando-o a procurar a enfermaria do
quartel. Lá foi atendido pelo médico tenente Robson F. Melo que após examiná-
lo fez uma pequena cirurgia no local ferido. Logo depois, Marco começou a
sofrer febre e fortes dores musculares e no dia 11 de fevereiro foi internado no
Hospital do Bom Pastor, em Varginha, sendo transferido depois para o Hospital
Regional, onde veio a falecer. O laudo médico indicava como causa da morte,
insuficiência respiratória aguda, septicemia e pneumonia bacteriana.
Bem mais recentemente, em setembro de 1997, as telas da tevê mostra-
ram a queda – muito lenta – de um meteoro que deixava um longo rastro de

107
Biblioteca UFO

chamas. O que significa exatamente tudo isso? A lista pode ser muito maior e
não deixa de nos causar arrepios: seriam estas as primeiras baixas ETs nesta
Star War? Mas quantas terrestres já não aconteceram? Teremos também uma
escalada de violência extraterrestre? Parece que este grupo ET radicado ou
estabelecido em nosso planeta, por razões óbvias, não quer e nem vai permitir
uma 3ª Guerra Mundial. Mas e se outra nação alien, vinda de outro lugar, ou
dissidente da que aqui está, quiser forçar a barra? Também existem evidências
de que muitos desses invasores já ultrapassaram as barreiras da defesa e
chegaram até nós.
A dedução está baseada em fatores comportamentais alienígenas. Há 50
anos atrás, tínhamos centenas dos relatórios da casuística indicando que os
UFOs e seus ocupantes pareciam ter curiosidade por nossa vida, comporta-
mento e conhecimentos científicos e tecnológicos. Eles acompanhavam
nossos veículos nas estradas, mar e ar, demonstravam curiosidade (ou espanto)
com nossa selvageria, observando atentamente nossas guerras e os ufonautas
– às vezes – acenavam para aterrorizadas testemunhas, etc. Depois se acostu-
maram conosco e chegaram cada vez mais perto. Convidaram primeiro alguns
terrestres a subir em sua naves e, a seguir, abduziram pessoas, se deixaram ver,
primeiro de longe, com escafandros, máscaras de respiração e depois sem
nada, e até falando nossas línguas em alguns casos ou se comunicando por
telepatia. Nós também fomos nos acostumando com eles, primeiro com os de
tipo humano/nórdico dos grandes contatados e depois apareceram os greys.
Que foi que aconteceu então? Depois de tantos anos, de repente os UFOs
começam a se comportar como se não nos conhecessem? Por que? Quem
mudou, eles ou nós? Recomeçaram os sobrevôos, os acompanhamentos nas
estradas, mar e ar provocaram acidentes – propositadamente ou não – com
vítimas, às vezes fatais. São os mesmos ETs de 50 anos atrás? Será outra raça
que quer fazer contato, ou apenas está nos estudando e, para isso, possivel-
mente se arriscam a serem atingidos ou mortos? Mil vezes me fiz estas pergun-
tas: quem são nossos amigos e quem são os inimigos? Os que aqui estão são
amigos de quem? E os nossos inimigos são os que estão aqui, os que chegam,
querem invadir ou reaver algo que lhes pertencia? É tudo tão confuso, tão
caótico – como nossos governos desejam, sem dúvidas! Os que aqui estão
ficam ocultos, sorrateiros. Então, por que deveriam ocultar algo se fossem
bem intencionados? E não são de graça estas perguntas.

108
Verdades que Incomodam

Houve sim, uma mudança radical de comportamento, que de quase


amistoso passou em alguns casos a hostil – por perversidade ou ignorância –, o
que pode ser questionável em seres ditos avançados, pelo menos tecnologica-
mente, o que não significa, evidentemente, que o sejam ética ou moralmente.
Porém, a dúvida se corporifica ao analisarmos que estas ações, digamos
estranhas, provocam vítimas também entre eles, como nos casos citados.
Agora, quando sua atitude é eminente e abertamente belicosa, podemos
analisar a outra face da moeda. Se eles são atacados por armas orbitais, aviões
de combate ou mísseis, sua reação, em defesa própria, poderia ser chamada de
ato hostil? O problema é que as armas terrestres estão cada vez mais sofistica-
das e letais, provavelmente com tecnologia alienígena, e as respostas são à
altura.
Sabemos que jatos norte-americanos e até cubanos foram desintegra-
dos por algum tipo de arma em forma de feixe de luz usada pelos UFOs, e que a
mesma pode ser ultra-sônica, desfazendo, simplesmente, a coesão molecular
de qualquer estrutura metálica – talvez a primeira vítima conhecida tenha sido
mesmo o tenente Thomas Mantell, em 1948. Quem sabe, foi querendo evitar
novos confrontos que acabaram sendo realizadas algumas demonstrações de
força por parte deles. Isso partindo da premissa de que são outros visitantes
que chegam até nós, já que os antigos – já estabelecidos no planeta – fizeram
isso antes e conseguiram nos impressionar…
Estou me referindo aos velhos truques de sobrevôos de frotas espaciais
desfilando em nosso espaço aéreo, imensos blecautes que atingem várias
partes do mundo, além de brincar de gato e rato com nossas aeronaves. Nesse
particular, temos dois exemplos no Brasil que merecem bastante atenção, e
tanto é que se converteriam nos dois pontos nevrálgicos da Carta de Brasília,
redigida durante o I Fórum Mundial de Ufologia, realizado entre 7 e 14 de
dezembro de 1997, em Brasília (DF), com a presença de mais de 70 ufólogos
de renome nacional e internacional, que subscreveram a mesma.

A noite dos UFOs

A noite de 19 de maio de 1986 e a madrugada do dia 20 foram memorá-


veis para os ufólogos e uma enorme dor de cabeça para as autoridades da
Aeronáutica brasileira. No dia seguinte, as emissoras de tevê abriam seus

109
Biblioteca UFO

espaços nos noticiários para um pronunciamento do então ministro da


Aeronáutica, brigadeiro Otávio Júlio Moreira Lima. Entre 20:00 h do dia 19 e
01:00 h do dia 20 de maio, pelo menos 20 objetos foram detectados pelos
radares brasileiros. “Saturaram os radares e interromperam o tráfego na
área. Toda vez que os radares detectam objetos não identificados, os caças
levantam vôo para reconhecimento... Só podemos dar explicações técni-
cas, e não as temos… Seria muito difícil para nós falarmos sobre a hipótese
de que estes objetos tenham origem extraterrestre.”
O então presidente da Petrobrás, coronel Osíres Silva, declarou o seguin-
te: “Dizem que foi um salto muito grande entre a presidência da Embraer e a
da Petrobrás, que subi tanto que cheguei a ver disco voador.” E descreve a
seguir sua experiência daquela noite. “Quando nos aproximamos de São
José dos Campos, a bordo do avião Xingu PT-MBZ, pediram de Brasília para
observarmos alguns pontos que tinham sido detectados pelo radar e que
não estavam registrados como vôos regulares dentro daquela área. Na
altura de 600 m vimos pontos luminosos de cor laranja avermelhado, com
brilho muito intenso”, disse Osíres Silva. “ Tentamos nos aproximar das luzes,
mas desistimos. Elas apagavam e acendiam em lugares diferentes por cerca
de 10 a 15 segundos. Observamos variações muito rápidas de velocidade…
Está registrado em fitas pelo radar”, falou seu co-piloto, o comandante Alcir
Pereira da Silva, ratificando as declarações de Osíres Silva.
O chefe do Centro de Operação da Defesa Aérea (CODA), major aviador
Ney Antônio Cerqueira, disse: “Não temos condições técnicas operacionais
para explicar . O aparecimento desses objetos nas telas dos radares é inex-
plicável… As fitas com as comunicações entre pilotos e controladores das
áreas de Brasília, São Paulo e Anápolis e os relatórios dos pilotos dos F-5E e
dos Mirage serão estudados para posteriores conclusões. O CODA acionou
dois F-5E e três Mirage para identificarem os objetos. Um F-5E e um Mirage
ficaram de prontidão no solo.”
Nessa noite, os pilotos passaram por situações e momentos difíceis.
Num dado momento, um dos F-5E , pilotado pelo capitão Jordão Brisola, foi
perseguido por 13 objetos que se alternavam ora à sua frente, ora ao lado e, a
seguir, atrás da aeronave. Um fato que poucas pessoas tomaram conheci-
mento e que veio à tona graças aos depoimentos sigilosos de pessoas ligadas à
Aeronáutica é que os objetos em questão mediam aproximadamente 100 m

110
Verdades que Incomodam

de diâmetro! Imaginem 20 estádios de futebol voando em volta dos caças que


possuem em média 12 a 15 m de comprimento, grosseiramente uma décima
parte do tamanho de um UFO. Outro detalhe mencionado pelos pilotos em
depoimento a uma rede de tevê é que os ecos captados nos radares de bordo
às vezes não eram vistos a olho nu e, outras vezes, eram observados, mas os
radares nada acusavam.
Para valorizar mais os momentos de sufoco – que evidentemente passaram
nossos pilotos –, devemos ressaltar que os mesmos são considerados os
melhores do Brasil – só um de cada 500 candidatos consegue se tornar um
piloto de caça da FAB. Posteriormente, o ministro Moreira Lima prometeu um
laudo oficial em 30 dias, e já se vão 12 anos… Claro que os físicos, astrônomos e
outros bobos da corte encontraram mil explicações para negar os fatos daquela
noite, denegrindo o valor e a capacidade dos pilotos, assim como colocando em
dúvida as palavras do ministro Moreira Lima, do coronel Osíres Silva e dos
responsáveis pela segurança do país junto aos radares. Mas esta é outra história,
com muito jeito e cheiro de missa encomendada pelos EUA.

Operação Prato
Em uma das reportagens apresentadas pelo Fantástico, da Rede Globo,
em 20 de julho de 1997, foram levados ao ar depoimentos exclusivos de um
militar da FAB, o coronel da reserva Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de
Hollanda Lima, ou simplesmente coronel Hollanda. Ele serviu durante 36 anos
na Aeronáutica brasileira, onde foi oficial do Serviço de Inteligência e também
chefe de Operações de Selva do 1º Comando Aéreo Regional (Comar) em
Belém (PA). O então capitão foi designado para comandar a chamada Opera-
ção Prato no ano de 1977, entre os meses de setembro e dezembro, na região
amazônica. Na época estavam acontecendo muitos fatos estranhos com
dezenas de pessoas que diziam ter sido atacadas e perseguidas por objetos
voadores luminosos que utilizavam raios de luz para lhes extrair sangue. O
fenômeno foi apelidado de Chupa-chupa.
A alta incidência de casos abrangia uma grande área da região de
Colares, uma ilha no município de Vigia, no litoral do Pará, prejudicando a
população que não conseguia desenvolver suas atividades de pesca por não
poder sair durante a noite de suas casas porque os objetos sobrevoavam as

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Biblioteca UFO
Arquivo UFO

Acima, o coronel da embarcações, chegando às vezes a mergulhar


Força Aérea Brasileira junto delas no rio e no mar. Nessa localidade, as
(já falecido) Uyrangê pessoas estavam apavoradas e muitas abandona-
Hollanda. Foi ele quem ram suas residências para fugir. Alguns relatavam
conduziu as atividades que a luz vinha de cima de suas casas e atravessava
da Operação Prato na
as telhas, deixando as mesmas transparentes
Amazônia, destinada a
documentar UFOs como se fossem de vidro, durante o tempo em que
durasse o fenômeno. A equipe do coronel Hollan-
da, segundo seu depoimento, era formada por ele e
mais cinco sargentos da A-2 e passou muito tempo até poderem ver, efetiva-
mente, o fenômeno. Além de Colares, também realizavam pesquisas na Ilha
do Mosqueiro e em um local denominado Baía do Sol. Os fatos continuaram
amedrontando a população e a Aeronáutica chegou a interditar a faixa aérea
sobre a região, evitando a circulação de aviões civis e comerciais. Só em
dezembro de 1977 o capitão Hollanda viu um UFO cara a cara. Era enorme,
mas a luminosidade que emitia não permitia discernir sua forma exata.
Além de grandes UFOs, podia-se observar muitas sondas luminosas de
pequeno tamanho e outras parecendo um tambor de óleo de 200 litros. Os
maiores UFOs vistos foram um em forma de disco, com 30 m de diâmetro – a

112
Verdades que Incomodam

não mais de 150 m de altura, bem acima de suas cabeças. Outro parecia um
gigantesco balão, cheio de luzes. E noutra oportunidade avistaram outro
semelhante a uma bola de futebol americano, bem oval e com aproximada-
mente 100 m de altura (similar em tamanho a um prédio de 30 andares) que
ficou pairando a uns 200 m de altitude, chegando, em alguns momentos, a se
aproximar a 70 m de distância. Enumerar todos estes fatos seria uma tarefa
muito grande, já que o nosso propósito é o de citar apenas um dos maiores e
mais sérios eventos ufológicos envolvendo militares da FAB, e com o desfecho
dado pelo coronel Hollanda falando abertamente sobre estes acontecimentos
e sua participação às redes Globo e Manchete.
A pesquisa desenvolvida pela Operação Prato rendeu mais de 500
fotografias em preto e branco e em cores, alguns filmes de 16 mm e um
relatório com mais de 400 páginas. Embora encerrada oficialmente em
dezembro de 1977, a operação, segundo o coronel Hollanda, possui outro
dossiê elaborado pela mesma equipe que demonstra que as investigações
continuaram pelo menos até outubro de 1978. A morte do coronel Hollanda,
em 2 de outubro de 1997, foi um choque para todos, e só nos resta agradecer e
felicitá-lo pela sua coragem e patriotismo em vir a público falar sobre tudo isso
[Maiores informações, ver Revistas UFO 53, 54 e 55 de setembro, outubro e
novembro de 1997, e o vídeo Operação Prato, produzido pela AFEU Vídeo].

A ingerência externa no Brasil

Voltando ao problema do relacionamento do governo mundial, neste caso


específico com o Brasil, não podemos deixar de observar a inegável ingerência
americana em nosso país com relação à política ufológica. Nos casos antes
mencionados, tivemos uma demonstração muito clara disso. A utilização de
satélites de vigilância sobre o nosso território – ou deveríamos dizer satélites de
espionagem? – possibilitou a detecção dos UFOs caindo na dita área, detectan-
do com exatidão admirável os locais de quedas e, provavelmente, comandando
a operação tática e a forma de executar as missões por parte dos militares
brasileiros. Antes de continuar, gostaria de deixar uma pergunta no ar: se na
ocasião da derrubada desses UFOs os mesmos tivessem caído numa área
povoada, como uma grande cidade, por exemplo, com o resultado de inúme-
ras vítimas civis – que nada têm a ver com a história – qual seria a posição do

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Biblioteca UFO

governo norte-americano e do brasileiro? Abririam finalmente o jogo ou se


omitiriam, apesar dos riscos de radiação, pânico e outras coisas? No caso de
Feira de Santana, ainda não conseguimos juntar todas as peças, mas as que
possuímos indicam ou sugerem os tortos caminhos seguidos.
O NORAD e seus olhos eletrônicos, o Comando Aeroespacial da USAF,
além de outros organismos (que operam com radares Pave Paw, Cobra Dane,
FP-85, o Perimeter Acquisition Radar (PAR), Navspasur e o Spacetrack, que
inclui sistemas de antenas em fase), podem, a partir da rede de satélites de
vigilância complementada com o sistema Geodss, detectar a chegada de
qualquer intruso, monitorá-lo até a barreira de satélites de defesa do Star War e
após identificá-lo, destruí-lo se for inimigo. Depois disso, os satélites de vigilân-
cia acompanham a queda, determinando o local exato, com nível de erro
próximo a zero. A seguir são acionadas as Forças Armadas, que deslocam
tropas e equipamentos até o local, partindo de unidades militares – seja lá qual
for a patente – que se encontre mais próximas.
Estes detalhes respondem a mais uma dúvida (nossa) com respeito aos
militares que chegam atirando. E se fossem aliens amigos? Está claro que
sabem exatamente quem é quem, o que daria maior liberdade de ação – em
termos – para os soldados, mas parece que é por aí. Paralelamente, os Servi-
ços de Inteligência entram em ação para evitar vazamento de informações e
eventualmente desmentir, ridicularizando as prováveis testemunhas e silenci-
ando-as. Este parece ser, sem nenhuma dúvida, o caso de Feira de Santana:
queda de um objeto, autoridades militares acionadas e dirigidas ao local em
menos de três horas, recuperação de destroços e vítimas, e posterior silencia-
mento de testemunhas, tudo em poucas horas. A depender da importância do
evento, podem ser deixados espiões para controlar e monitorar as testemu-
nhas, apagar pistas e provas e confundir ou tentar despistar os ufólogos que
queiram entrar no circuito.
Neste caso, o nível de eficiência da operação seria de 90%, e em Varginha,
para não nos alongarmos mais, devido ao êxito dos pesquisadores que não
deram trégua aos militares, o grau de eficiência mal chegaria aos 70%. Mas o
que dizer a respeito do nosso assunto da ingerência? Pelas informações anterio-
res vemos que a influência dos EUA é muito grande. Podemos imaginar acor-
dos militares secretos e em nível de governo, comércio exterior, economia,
ciência, etc. Mas vamos deixar isso para analisar o que nos interessa: o fato dos

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Verdades que Incomodam

militares agirem desta forma, inclusive permitindo que forças especiais norte-
americanas agissem livremente – sem permitir a participação de brasileiros –,
deslocando desde o Rio Grande do Sul um sofisticado radar portátil de última
geração. Este radar, operado apenas por eles e instalado em uma área reserva-
da dentro das dependências da Escola de Sargentos das Armas de Três Cora-
ções, cidade vizinha à Varginha, mostra claramente que as Forças Armadas
brasileiras são, de alguma forma, subordinadas aos altos comandos dos EUA
ou a esse Governo Mundial. Aliás, se esse equipamento e sua dotação veio do
Rio Grande do Sul, isso significa que essa gente já está instalada aqui…
A posterior chegada ao país do secretário Warren Christopher para assinar
tratados pela utilização pacífica do espaço, e do diretor da NASA Daniel Goldin
para verificar o andamento do programa de treinamento do nosso candidato à
astronauta num dos vôos do ônibus espacial, pareceram altamente suspeitas,
principalmente a visita de Goldin. Ele é o principal responsável pela divulgação
da descoberta da bactéria de Marte achada em um meteorito caído na Antártida
há 13.000 anos e que foi chamado de ALH84001 quando foi achado em 1984 –
e que suscita dúvidas em muitos cientistas. Arthur Clark, por exemplo, diz a
respeito das bactérias marcianas: “É cedo para dizer. Acredito em 70%. Há
muita política envolvida nesta descoberta. O microorganismo pode muito
bem ser da Antártida.” Por sua parte, Goldin queria verificar o treinamento do
nosso astronauta e, para isso, foi a Campinas, coincidentemente na época em
que o doutor Badan Palhares estaria ocupado com os cadáveres dos aliens
vindos de Varginha, nos laboratórios da Unicamp.
O que desmascara a história de Daniel Goldin é o fato de que o físico
fluminense, Cláudio Egalon, 35 anos, nessa época o candidato mais votado
para voar no Space Shuttle, não se encontrava no Brasil, já que desde 1987
reside no Estado americano da Virgínia, onde concluiu o curso de doutorado
no College of William and Mary e desde 1996 treina nas instalações da NASA
para eventualmente ser o escolhido [Nascido em Volta Redonda (RJ), Egalon
colabora com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, de São José dos
Campos (SP), no Programa Espacial Brasileiro]. Mas isso não aconteceu,
pois no ano de 1998 foi anunciado o nome do candidato brasileiro aprovado
pela NASA, Marcos Cézar Pontes.
No caso daquele candidato, precisaria o próprio todo poderoso da NASA
vir até o Brasil para checar, pessoalmente, o trabalho de um candidato à

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Biblioteca UFO

astronauta, quando seria coerente fazer isso lá mesmo, ou, se fosse o caso,
enviar um outro funcionário do segundo ou terceiro escalão? Claro, para os
conhecimentos gerais e geográficos americanos, São José dos Campos, Volta
Redonda ou Campinas são a mesma coisa… A tudo isso poderíamos acres-
centar o interesse e desconfiança com que os Estados Unidos vêem nosso
caminhar para ingressar no restrito campo da conquista espacial, interferindo
abertamente em nossa soberania.
Este controle e desconfiança vem dos tempos em que o Brasil começou a
desenvolver projetos para a construção de seu primeiro Veículo Lançador de
Satélites (VLS). Desde 1965 que o país sonha com as estrelas, ou melhor
dizendo, naquela época – plena ditadura militar – o sonho era o desenvolvi-
mento de mísseis balísticos com possibilidade de carregar ogivas atômicas. O
acesso à tecnologia de fabricação de mísseis era muito restrita e o Brasil
procurou seus próprios caminhos. Foi podado e fustigado quando realizou
acordos nucleares com a Alemanha e a Argentina. Então, em 1991, estourou
o escândalo quando foi denunciada internacionalmente a participação de
cientistas brasileiros no programa de desenvolvimento de mísseis para o
ditador iraquiano Saddan Hussein.
Uma das fórmulas para denegrir um país perante o mundo é botar os
trapinhos sujos ao Sol, como quando Henry Sokolski, ex-funcionário do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos, deu uma entrevista ao jornal
The Washington Post falando sobre uma suposta compra de componentes
sensíveis que o Brasil teria encomendado à Rússia. O artigo esclarecia ainda
que “…os russos venderam ao Brasil tecnologia de fibra carbono, material
resistente e leve, empregado em cápsulas para motores de foguete.” Outros
oficiais americanos afirmaram que o VLS brasileiro tinha capacidade de
transportar um míssil com ogivas.
O Brasil também adquiriu materiais da França, Alemanha e até dos
Estados Unidos, que paradoxalmente forneceu diversos produtos sensíve-
is sem demasiadas exigências, embora se incomodem com operações de
fornecimento de certos materiais pela Rússia, já que os mesmos encurtam
o caminho do programa brasileiro. “O X da questão parece ser a não
dependência para com os Estados Unidos”, diz o brigadeiro Hugo Piva,
considerado o responsável pela criação do Programa Espacial Brasileiro,
que caiu em desgraça perante os americanos quando se revelou sua

116
Verdades que Incomodam

participação na fabricação de armas para o Iraque. A explosão do motor e a


posterior destruição do VLS brasileiro fazem lembrar da oposição america-
na à construção do mesmo, surgindo por isso muitos questionamentos.
Os Estados Unidos levantaram a suspeita de que o VLS teria objetivos
militares e, em conseqüência, se recusou a devolver ao Instituto de Ativida-
des Espaciais (IAE) seis tubos de foguetes que tinham sido enviados aos
Estados Unidos para tratamento térmico cinco anos antes.
O professor norte-americano Jordan O’Brian, ex-funcionário da Agência
Espacial Americana e consultor de empresas européias na área de satélites de
órbita baixa, diz: “Deveríamos ter ajudado os brasileiros. Perdemos um
cliente e ganhamos um possível concorrente.” Outro ataque contra o Brasil
partiu do analista Brian Chow, da RAND Corporation, quando ele declarou ao
jornal The Washington Post que “os Estados Unidos não deveriam ajudar
países como o Brasil, cujos programas espaciais têm capacidade militar
inerente.” Tudo isso parece tornar claro que os problemas enfrentados pelo
Brasil com seus VLS, obviamente sinalizam em direção aos responsáveis pela
ingerência, se bem que nesta área não parece existir uma conexão clara com a
Ufologia, mas demonstra quem dá as cartas e os vários motivos para isso.
O S-43, motor do segundo estágio do VLS, explodiu no banco de provas
do IAE, que funciona no Centro Técnico Aeroespacial da Aeronáutica (CTA),
em São José dos Campos (SP), em 30 de junho de 1995. Em 1997, o VLS
brasileiro foi lançado de Alcântara (MA) e explodiu segundos depois devido a
falhas que não convenceram os órgãos de segurança da FAB. Em 1995, os
investigadores da Aeronáutica tinham admitido que houve falhas nas medidas
de segurança. Em 1994, a Comissão Brasileira para Atividades no Espaço
(Cobae) tinha se transformado na Agência Espacial Brasileira (AEB) presidida
por um civil, o doutor Luiz Gilvan Meira Filho. Com grande vantagem nesta
empreitada, o Brasil possui duas bases de lançamento em localização privile-
giada: Alcântara e Barreira do Inferno (RN).
O Projeto Espacial Brasileiro também participa de parcerias com outros
países para colocação de satélites em órbita, entre os quais, um acordo China-
Brasil, o Earth Resources Satelite, assinado em 1988. No item comercial, o
Brasil tem um diferencial que incomoda outros países, principalmente os
Estados Unidos, já que os lançamentos feitos de nossas bases resultam de 25
a 30% mais baratos que os de Cabo Canaveral, nos EUA ou Baikonur, na

117
Biblioteca UFO

Rússia. Isso numa época em que se disputa um mercado para satélites de


comunicação, telefonia celular e outras coisas, que movimenta, em nações da
área intertropical, algo em torno de US$ 2,5 trilhões do produto interno bruto.
Quem iria querer mais concorrentes neste mercado?

Proteção da Amazônia

Como destaque deste capítulo, poderíamos citar os problemas que


envolvem a implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia – Projeto
Sivam – num território de 5,2 milhões de km². Este sistema, que prevê a
instalação de 19 radares fixos, começou sua implantação em 25 de julho de
1997. Além deles, seis radares móveis e 32 unidades de vigilância e telecomu-
nicações vão custar ao Brasil “apenas” US$ 1,4 bilhão e, por isso mesmo,
deixaram muitas dúvidas, principalmente no que se refere a ingerência externa
que, sem dúvidas, compromete a soberania nacional. Deixando os entre-
telões, as acusações de favorecimento e concorrências mal explicadas, vamos
pinçar apenas o que nos interessa.
É evidente que ao dispensar a licitação para o contrato já se estava
colocando – de bandeja, no mínimo – um caudal de informações sobre o
nosso território norte, que ultrapassa todas as medidas. A empresa norte-
americana Raytheon, beneficiada por interferência direta do presidente Bill
Clinton, logo de cara disporá de informações sigilosas e confidenciais sobre
nossas possibilidades, recursos e equipamentos que o governo dos EUA
obteve sem precisar de espiões convencionais. Saberá quais são nossas
jazidas – à flor da terra e subterrâneas – , obterá um levantamento completo
dos nossos recursos hidrográficos – mais completo talvez que os informes
que obtém via satélites de vigilância –, quais nossas plantas medicinais,
melhoramentos, problemas – também é muito importante conhecer as
fraquezas dos adversários –, enfim estaremos literalmente nas mãos dos
Estados Unidos em todos os aspectos.
Além dos equipamentos citados no início do texto, o Projeto Sivam
contará ainda com informações via satélite, entre os quais o Landsat e
satélites meteorológicos ativos 24 horas por dia – aliás, as informações
sobre o clima permitiriam fazer levantamentos com projeções para eventu-
al uso militar. Além de equipamentos fixos ou transportados por aviões,

118
Verdades que Incomodam

sensores de infravermelho – utilizados pela NASA para mapear Vênus e


durante a Guerra do Golfo – e de mais de 200 plataformas – que serão
expandidas para 8.000 – de coleta de dados automáticas. Mais do que isso,
todos esses dados devem ser recolhidos e gerenciados pelo Sistema de
Proteção da Amazônia (Sipam) e pelo Centro de Coordenação Geral (CCG),
em Brasília, para o seu processamento e análise. Em se tratando de infor-
mações sigilosas e de caráter estratégico, em sua maioria, é difícil entender
que tudo passe ao conhecimento de Raytheon, responsável pela criação e
desenvolvimento dos softwares que capacitam todo o trabalho, embora
afirmem que serão supervisionados por brasileiros.
O combate ao contrabando e tráfico de armas e drogas está garantido,
assim como a defesa de nossas fronteiras… Mas como entender que a
gente coloque um alarme com um sistema de segurança em nossa casa e o
mesmo seja criado e fabricado por pessoas das quais pouco conhecemos,
com referência às suas reais intenções? Será que estas pessoas, conhecen-
do os pontos fracos do nosso alarme, não arriscariam pular o muro para
visitar nossas galinhas? Por outro lado, parece claro que se o sistema é tão
sofisticado assim, não é apenas para descobrir ou coibir o contrabando. É
sabido que nossa fronteira norte é um portão escancarado por onde – além
de aviões de traficantes – entram e saem nossos velhos conhecidos, os
UFOs, podendo ter, quem sabe, até bases em nosso território. Há alguns
anos atrás, alguns pilotos viram o que, através das fotografias tiradas,
assemelhava-se a três pirâmides cobertas pela vegetação em plena Amazô-
nia. Mas nunca mais se falou sobre isso.
Na volta de um congresso ufológico em Curitiba, o comandante do
avião comercial onde viajava disse-me que certa vez, atravessando a
Amazônia, tinha visto um facho de luz vermelha vindo desde a mata, mas
ele julgou que fosse uma lanterna de caçadores ou pescadores da região…
Quando lhe mostrei algumas luzes embaixo, que eram de uma cidade de
pequeno porte, lhe pedi para comparar e responder com sinceridade se
achava que desde a altitude em que as luzes pareciam fraquinhas, ele teria
condição de ver o facho de uma lanterna. Até hoje espero a resposta e
imagino que nunca a terei....
Cabe então nos questionar se não serão as misteriosas quedas de
UFOs no Brasil o principal motivo da “supervisão” norte-americana em

119
Biblioteca UFO

nossas defesas? O resto viria por acréscimo. Minha impressão é de que o


interesse desmedido dos EUA é profundamente ufológico e econômico em
segundo lugar. E por esse motivo não estão dispostos a concorrer com
outros países que poderiam ter se candidatado para baratear o projeto.
Evidentemente, a questão geopolítica é muito forte e importante, e conhe-
cer-nos melhor faz parte de seu jogo…

Provas do que não existe


Num documento do Ministério da Aeronáutica de 7 de janeiro de 1977,
classificado com a sigla RMA 205-1 e intitulado Regulamento para a Salvaguar-
da de Assuntos Sigilosos, encontramos um decreto de número 79.099, de 6 de
janeiro de 1977, assinado pelo então presidente Ernesto Geisel, aprovando o
regulamento acima mencionado. Esse documento chamava a atenção para as
infrações cometidas quanto ao mesmo, com a aplicação de penas mediante a
legislação vigente, especial e comum. Em seu artigo 3º, diz: “Os ministros
militares e civis e os Órgãos de Presidência da República deverão atualizar
suas próprias instruções ou ordens com base nas prescrições do regulamen-
to.” Entre outras partes deste, encontramos no Capítulo II - Classificação dos
Assuntos Sigilosos (ultra secreto, secreto, confidencial, reservado), artigo 5º,
parágrafo 1o: “São assuntos normalmente classificados como ultra secretos
aqueles da política governamental de alto nível e segredos de Estado, tais
como: negociações para alianças políticas e militares, hipóteses e planos de
guerra, descobertas e experiências científicas de valor excepcional.”
Estes últimos podem ser entendidos também como informações ufoló-
gicas… Principalmente se continuamos a leitura e encontramos outra seção
carimbada como confidencial (NPA-09-C), de 20 de agosto de 1990, efetivada
no dia seguinte e que trata dos procedimentos a serem adotados pelos órgãos
ATS/ATC em caso de avistamento de objetos voadores não identificados.
Após diversas considerações e instruções gerais, na página quatro, diz textual-
mente: “Caso a pessoa que reporta o evento questione as medidas a serem
tomadas, informar apenas que o caso está sendo relatado às autoridades
competentes, que por sua vez tomarão as devidas providências. Havendo
telefonemas de jornalistas ou ‘curiosos’ solicitando informações, responder
que não está autorizado a fornecê-las.” Dito documento encerra com diver-

120
Verdades que Incomodam

sos números telefônicos para comunicação à chefia, Divisão de Operações,


Salvaero, etc. Contém também um questionário sobre procedimentos a
serem adotados em caso de avistamento de UFOs.
Nos parece que isso demonstra claramente a política das autoridades
da Aeronáutica, principalmente quando se referem a “jornalistas e curiosos”
(ufólogos também?). Se levássemos em conta que em diversas oportunida-
des – com honrosas e surpreendentes exceções – nossa FAB nega peremp-
toriamente a existência de UFOs (a exemplo dos norte-americanos) e, em
conseqüência, a impossibilidade de que sobrevoem nosso espaço aéreo, o
que seriam esses 20 estádios de futebol que atormentaram a vida de seis
valorosos pilotos da FAB e que também o então presidente da Petrobrás
Osíres Silva viram em 1986?
Agora, editar decretos presidenciais e regulamentos claros para os seus
subordinados sobre algo que oficialmente não existe, parece uma contradição.
Ou será que no meio desses valorosos homens há também visionários que só
vêem ou pensam nos homenzinhos verdes que toda pessoa normal sabe que
não existem… Quero esclarecer, mais uma vez, que não é meu intuito, em
tempo algum, criticar ou menosprezar nossas instituições, pelas quais tenho o
máximo respeito, mas não posso furtar-me de comentar, elogiando ou critican-
do certas posições que, ao meu ver, depõe negativamente contra elas e não
refletem todas as suas enormes qualidades e vocação patriótica.
Em 1986, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira
Lima, pressionado pelos acontecimentos, teve que falar à nação em rede
nacional de tevê, assumindo a presença de 20 UFOs em nosso espaço aéreo.
As naves teriam sido perseguidas infrutiferamente, durante várias horas, por
seis jatos supersônicos da FAB. O brigadeiro prometeu a divulgação de um
documento oficial sobre o caso em 30 dias. Passaram-se 12 anos e nada foi
dito, com exceção de algumas eventuais reportagens por parte de jornalistas
televisivos, que ao invés de somar, conseguiram o contrário.
Esse assunto foi um dos pontos colocados na Carta de Brasília, duran-
te o 1º Fórum Mundial de Ufologia, realizado no Distrito Federal. Ela foi
assinada por todos os ufólogos, inclusive estrangeiros, presentes no evento.
E então, vamos criticar o senhor Moreira Lima por ter mantido silêncio sobre
o assunto por vários anos? Entendemos que ele foi mais uma vítima do sigilo
imposto a todos, principalmente aos militares, que receberam pressões de

121
Biblioteca UFO

esferas mais altas, proibindo-lhes de ir em frente e divulgar qualquer coisa


sobre esse incidente. Principalmente que esses UFOs tinham 100 m de
diâmetro… Qual seria a reação das pessoas na ocasião?
Eu me solidarizo plenamente, não só com o brigadeiro, mas com os
pilotos que participaram da operação, silenciados também pelos momentos
difíceis que devem ter passado lá em cima e depois, aqui em baixo, em sua
base. Mais aos poucos a verdade virá à tona. A exemplo do acontecido com os
militares da Escola de Sargento das Armas, no caso Varginha, não vai demorar
o dia em que os verdadeiros patriotas, de outras armas, da Marinha e da Força
Aérea, venham a público ou procurem ufólogos sérios para dar seus depoi-
mentos, que devem ter ficado presos em suas gargantas durante tanto tempo.
O primeiro grande exemplo foi dado pelo coronel Uyrangê Hollanda, que
forneceu detalhes sobre a Operação Prato. Os que se decidem agora, já têm
parte da cerca derrubada. É só encostar. Tem gente séria e competente que
lhes brindarão todo o apoio que merecem.

Utilização pacífica do espaço

O documento de 14 artigos para uso pacífico do espaço foi publicado em


1º de março de 1996 sob o título Acordo entre o Governo da República Fede-
rativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América sobre a Coope-
ração no Uso Pacífico do Espaço Exterior. Contou com aval do Ministério das
Relações Exteriores e da Divisão de Atos Internacionais, tendo sido assinado
pelos governos brasileiro e norte-americano, representado na ocasião por
Warren Christopher. No dia 2 de março – 24 horas depois – foi emitido um
comunicado conjunto pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e a NASA consi-
derando de particular relevância o dito acordo de cooperação. Esse documen-
to foi assinado por Luiz Gylvan Meira Filho, pela AEB, e Daniel Goldin, adminis-
trador da NASA. Em ambos os documentos, com validade de 10 anos, que
poderão ser prorrogados, encontramos alguns pontos interessantes.
Christopher veio ao Brasil acompanhado, além de Goldin, pelos adminis-
tradores adjuntos John D. Schumacher (de relações externas) e Jeffrey Law-
rence (de assuntos legislativos), a especialista em assuntos internacionais
Ingrid de Silvestre e o assistente executivo Jason Kessler – estes, por sua vez,
foram recebidos pelo ministro da Ciência e Tecnologia José Israel Vargas e pelo

122
Verdades que Incomodam

secretário para Assuntos Estratégicos da Presidência da República, embaixa-


dor Ronaldo Mota Sanderberg. Todos visitaram as dependências do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Entre outras coisas, foram abordados
os interesses de dados científicos, ciências da Terra e atmosfera, física espaci-
al, ciência planetária e exploração de áreas para possível desenvolvimento
complementar de instrumentos científicos brasileiros e norte-americanos, de
interesse mútuo, observação de medições de instrumentos de satélites e
investigações com utilização do ônibus espacial da NASA.

Disco voador explode no ar


“Uma cidade inteira viu, ontem, em pânico, um objeto voador incan-
descente não identificado sobrevoar a região rapidamente, explodindo em
seguida e espalhando milhares de fragmentos esfumaçantes num raio de
quase um quilômetro da cidade de Campos Sales, a 628 quilômetros de
Fortaleza (CE). O prefeito solicitou a todos que entregassem os objetos para
que eles pudessem ser encaminhados às autoridades. A explosão foi tão
violenta que chegou a ser ouvida em cidades vizinhas.” Infelizmente, esta
notícia nos chegou sem os dados (como data do fato ou da publicação) nem
nome do jornal, do qual recebemos apenas o recorte com a notícia, bem mais
extensa. Pelas notas anexas, presumimos que tenha sido publicado em 1971.
Outra notícia de queda de UFO veio do Peru e foi publicada no Diário da
Noite, de São Paulo (SP), em 6 de julho de 1971. Em sua manchete da primeira
página diz: “Explosão ouvida num raio de 70 quilômetros. Disco voador
espatifou-se.” No corpo da matéria encontramos outros dados. O acidente
teria acontecido no dia 8 de junho – um mês antes – e o UFO teria caído de
encontro ao Espinhaço Lostahuallica, no distrito de Huancavélica. Do mesmo
teriam sido retirados fragmentos diversos entre os quais um objeto não identi-
ficado, pedras cinzentas com vestígios de uma estranha pintura de cor laranja
e rosada que refletia a luz. Além de um aparelho quadrado de aproximadamen-
te 10 cm, parecendo com o que chamaríamos de condensador elétrico.
Posteriormente, foi apurado que o dito UFO teria atravessado, antes da
queda, o céu da região, emitindo luzes vermelhas e azuis. Horas mais tarde, um
objeto semelhante a um tubo vertical apareceu permanecendo no local por duas
horas, a uma altitude estimada em cerca de 3.000 m. E mais uma notícia sem

123
Biblioteca UFO

data nem nome do jornal: “Objeto caiu no Maranhão.” Centenas de pessoas


viram um objeto cair no interior do Maranhão a cerca de 50 km à oeste da capital,
deixando um longo rastro de fumaça. O mesmo teria sido observado em várias
outras localidades, e ao cair teria derrubado muitas árvores.
Ao que nos parece, essa notícia se refere ao meteoro – segundo os
estudiosos – que deixou uma cratera de 8 m de diâmetro. Se este for o caso,
esse objeto (ou meteoro) caiu na região de Parnarama, que é citada pelo
pesquisador Daniel Rebisso Giese em seu livro Vampiros Extraterrestres na
Amazônia, no livro de Jacques Vallée, Confrontos, e ainda por Pablo Villarrubia
Mauso, em sua obra Mistérios do Brasil, surgindo como sinônimo de morte e
horror. Esta queda aconteceu no dia 16 de setembro de 1995, por volta das
19:30 h. No final dos anos 70 e início dos 80, o Estado tinha sido o alvo predile-
to dos famosos Chupa-chupas. E mais, vários nativos tinham morrido ataca-
dos pelos aparelhos – como são chamados no Maranhão estes UFOs.
No jornal A Tarde, de Salvador, de 15 de maio de 1996, encontramos uma
notícia no mínimo estranha: “Soldados disparam contra Ovni.” Baterias
antiaéreas soviéticas instaladas em Hanói teriam disparado contra um objeto
voador não identificado em 1965, durante a Guerra do Vietnã. O UFO respon-
deu ao fogo com um raio que causou 200 mortos, segundo um dos casos
revelados com a abertura dos arquivos secretos da antiga KGB. Um documen-
to assinado pelo responsável pelo programa espacial soviético Sergei Koroliev,
em resposta a uma solicitação do ditador Joseph Stalin, afirma que “…os
UFOs não são uma arma misteriosa dos adversários ocidentais da URSS e,
portanto, não representam perigo para a segurança da pátria.” Palavras
estranhamente parecidas com as ditas pelos militares norte-americanos na
década de 40, antes da censura e do acobertamento tomarem conta…
Nos Estados Unidos, em 21 de outubro de 1961, os militares colocaram
em órbita polar ao redor da Terra o satélite espião Midas 4, transportando 350
milhões de pequenas agulhas de cobre destinadas – segundo os militares – a
facilitar as comunicações militares via rádio, ao abrigo de interferências –
embora muitos cientistas tivessem alertado sobre os prejuízos que isso acarre-
taria, prejudicando seriamente a radioastronomia por vários séculos. Ao
separar-se do foguete portador, a nuvem de pequenas agulhas começou a se
espalhar formando aos poucos um anel artificial (a imagem dos anéis de
Saturno) que teve graves conseqüências nas comunicações radiofônicas

124
Verdades que Incomodam

normais e nas transmissões de tevê. A seguir, os radares puderam captar nas


telas um objeto desconhecido de enormes proporções, que a exemplo de um
grande aspirador de pó limpou o céu em poucos minutos. Apesar disso, os
militares fizeram um novo lançamento que teve o mesmo desfecho surpreen-
dente. Mais um mistério que repousa nos arquivos…

Projetos secretos
Precisamos dizer mais algumas coisas que ajudem a compreender melhor
os bastidores da Guerra Fria e as possíveis causas que determinaram “alguém” a
querer pôr um fim em tudo isso – para não acharem que esse autor é apenas um
paranóico... Numa notícia veiculada em um jornal de Salvador em 14 de maio
de 1977, num artigo escrito por um senhor chamado William J. Lanonette,
provavelmente americano, lemos as seguintes “preciosidades”, embora a
notícia nada esclareça sobre os mesmos: “Em seu relatório anual do Congresso
sobre Pesquisa e Desenvolvimento Militar, o Pentágono apresentou este mês
sua tradicional defesa da necessidade dessas armas avançadas – antes, só
tinha falado em mísseis, bombas de concussão e armas químicas – e pediu
verbas no montante de US$ 12 bilhões de dólares para o próximo ano fiscal.
‘Acredito que esta nação deva manter uma posição inequívoca de superiorida-
de tecnológica (...) Os Estados Unidos também estão desenvolvendo ogivas
nucleares que ziguezagueiam para os seus alvos’, declarou Malcon R. Currie,
diretor de Engenharia e Pesquisa da Defesa.”
Também diz, entre outras coisas: “Por exemplo, existem especulações
no sentido de que se possa usar substâncias químicas ou bombas nucleares
para abrir um buraco na camada de ozônio da Terra. Desse modo, expondo
certas áreas do globo à intensa irradiação ultravioleta!” No texto fala-se em
rearranjar estruturas atômicas fundamentais para produzir a bomba de
antimatéria que aniquilará tudo à sua volta. Há idéias para usar elementos
atômicos mais instáveis do que o urânio e o plutônio para fabricar explosivos
nucleares do tamanho de balas de revólver, que seriam mais poderosos que as
ogivas lançadas pelos foguetes de hoje.
Alguns cientistas falam em travar futuras guerras com som – as Trombe-
tas de Jericó –, criando poderosos campos acústicos na atmosfera que
desorientam o sistema nervoso humano, induzem ao pânico ou à submissão

125
Biblioteca UFO

dócil e transtornam a digestão e a pressão sangüínea. “Estamos quase che-


gando lá”, diz um pesquisador. “Tudo que precisamos é de um sistema eficaz
de distribuição para os nossos comerciais, a fim de deixar os russos malu-
cos.” Também há especulações sobre a criação de calamidades naturais em
território inimigo: maremotos, terremotos, mudanças abruptas de temperatu-
ra, tornados, etc. Mais sinistra ainda é a idéia de que uma população pode ser
atacada por bactérias portadoras de moléculas destrutivas de DNA, capazes
de causar mutações genéticas.
E uma notícia mais recente, de 15 de agosto de 1995, originada da
agência Ansa, de Moscou, diz o seguinte: “Robôs humanos da KGB eram
cruéis e invencíveis. Uma expressão vazia, o olhar apagado de aspecto
opaco e o corpo tenso como aço. Assim eram os robôs humanos, preparados
em laboratórios para obedecer ordens da KGB soviética durante a guerra
psicológica levada a cabo pela desaparecida potência comunista. Essa era
a imagem criada para amedrontar os inimigos. Na realidade não eram
heróis, mas apenas diabos que não poderiam ser chamados de seres huma-
nos. Eram armas psicotrônicas, soldados com a personalidade anulada por
ondas de rádio de alta freqüência, campos eletromagnéticos em volta do
cérebro, mensagens hipnóticas induzidas por computadores.”
Segundo o jornal Moscow Times, esses horripilantes experimentos da
KGB aconteceram durante a década de 70 em plena Guerra Fria, e visavam a
criação de super soldados que pudessem resistir a qualquer sofrimento,
desprovidos de qualquer sentimento parecido com o amor e a paz, capazes de
se recuperarem após um violento golpe sofrido, insensíveis à dor. Essa história
foi levantada pelo jornalista Iuri Vorobiovski após uma pesquisa de três anos
nos arquivos da KGB. Quantas coisas aconteceram sem termos a mínima
suspeita disso! É a pergunta inconveniente que não podemos deixar de fazer.
Quem nos garante que nada do que foi relatado não foi usado ou está sendo
sem que saibamos?

Técnicas avançadas

Mid-Infra-Red Advanced Chemical Laser (Miracl) é um laser que foi


testado com sucesso, segundo as declarações oficiais, contra um satélite
desativado a 400 km da Terra, em 22 de outubro de 1997. O canhão laser emite

126
Verdades que Incomodam

um raio de 2 m de diâmetro e milhões de watts de energia. O projeto tem aproxi-


madamente 40 anos e já tinha sido utilizado secretamente contra mísseis nas
rampas de lançamento ou em vôo, no polígono de testes da base de White
Sands, no Novo México. É parte importante do arsenal avançado dos Estados
Unidos, aparentemente destinado a missões de emergência para neutralizar
satélites e outros projetos espaciais hostis às Forças Armadas dos EUA.
O projeto foi realizado pela Stanford University. Está baseado na captura
de elétrons dos átomos, disparando-os através de um canhão que acelera as
partículas até 186.000 milhas/segundo, criando um raio que ao atravessar o
campo magnético agita os elétrons que emitem radiação. Parte dela se
transforma em luz amplificada por uma série de espelhos que aumentam sua
potência. Realmente, o primeiro teste foi realizado em setembro de 1985,
quando derrubou o foguete Titan 2. Em 21 de junho do mesmo ano, um
novo teste aconteceu desde a estação Mauí, uma ilha do Havaí. Também
existem algumas informações de que ele teria sido testado à bordo de uma
aeronave, no caso um Boeing 747 adaptado com o canhão na proa, embaixo
da cabine, mas não temos confirmação de datas. Pode ter sido confundido
com o projeto citado a seguir.
Outro equipamento importante é o Airborne Laser (ABL). Este aparelho
é um dispositivo a laser voador aperfeiçoado pela USAF e empresas aeroes-
paciais. O projeto foi iniciado em setembro de 1993 pela Airborne Laser
System Programm Office (Alspo), da própria Força Aérea, e pela Philips
Laboratory, em Kirtland, no Novo México. Tal laser foi montado num Jumbo
e testado com sucesso. O nome em código desta arma é Alpha. Já o Brilliant
Pebbles é um projétil de plasma ionizado e, provavelmente, é o aparelho que
deixou um rastro no filme realizado na Space Shuttle, em 15 de setembro de
1991, durante a missão STS-48, e posteriormente na Discovery, durante a
missão STS-80, em dezembro de 1996. Esta arma também faz parte da rede
de defesa e ataque chamada Theatre Applications Launch on Notice (Talon)
e pode ser lançada de veículos não tripulados a altitude de até 18.300 m,
alcançando a velocidade de 19.800 km/h.
Com tecnologia eletromagnética avançada, há o Lightweigth Exo-
Atmospheric Projectile (LEAP), em estudo há quase 50 anos. Curiosamente,
tal projeto foi iniciado por volta de 1947 e por esta razão dá para suspeitar que
tenha alguma relação com o resgate de UFOs acidentados na época em várias

127
Biblioteca UFO

localidades, quando foi dado início a uma série de estudos de tecnologia


eletromagnética e antigravitacional [As armas LEAP e Pebbles podem ser
utilizadas a partir de bases móveis ou fixas ou aéreas]. Além desses sofistica-
dos instrumentos, há projetos apropriados para lidar com tecnologias de
vanguarda. O MK Ultra é um deles e conta com armas psicotrônicas destina-
das à derrubada de UFOs, já que atuam desestabilizando sistemas informati-
zados e eletrônicos através de ondas e radiações de alta potência, que sem
destruir as naves possibilitaria a recuperação das mesmas sem grandes danos.
Estas armas formam parte do arsenal do Conselho Norte-Americano de
Estratégia Global, parte ativa do Projeto Star War. Outros equipamentos anti-
UFO foram desenvolvidos pelos EUA. O centro de sistemas eletrônicos da
USAF tem estudos sobre um sistema para revelar anomalias subterrâneas
através de ondas de longa freqüência. No caso, instalações subterrâneas.

Deinformação
“Quase cai um disco voador na Bahia.” Esse possível incidente de queda
de UFO alarmou ufólogos, que se perguntaram: trata-se de uma armadilha para
pesquisadores incautos ou de um caso legítimo? No dia 12 de janeiro de 1995,
recebi pela manhã um telefonema de M., uma das secretárias de jornalismo da
TV Bahia, filiada da Rede Globo em Salvador, contando um fato no mínimo
estranho. Alguém – que chamaremos de senhor B – havia ligado da cidade de
Feira de Santana, localizada a 112 km da capital, para oferecer um furo fantásti-
co de reportagem na área ufológica. Tal pessoa queria falar com o jornalista José
Raimundo, o repórter que cobriu as aparições ufológicas em Mucugê, na
Chapada Diamantina, para o programa Fantástico, no fim de 1997. Como ele
estava na rua, M. perguntou se eu queria falar com a pessoa.
Liguei de imediato para a TV Subaé, de Feira de Santana, e falei com A.,
secretária desta emissora, que confirmou toda a história e acrescentou que o
senhor B. queria saber quanto lhe pagariam por um fato sensacional. A secre-
tária também me forneceu o telefone de B. Nosso contato com ele foi rápido e
um tanto subjetivo. “Quanto ganho pela notícia?”, indagou B. “Meu amigo,
não posso oferecer nada sem saber o que tem para vender e se de fato essa
mercadoria é tão valiosa ou não. Pelo menos tenho que saber do que se trata,
com todos os detalhes. Aí, talvez, eu possa lhe dizer algo”, respondi-lhe de

128
Verdades que Incomodam

imediato. Então o senhor B resolveu contar tudo, ou pelo menos parte do que
sabia, com o seguinte relato: “Ontem pela madrugada, caiu alguma coisa
luminosa em minha fazenda, dentro de uma lagoa. Era do tamanho de um
Fusca. Aquilo ficou boiando, parcialmente submerso perto da beira do lago.
Tentei puxar como pude, trazendo para perto de mim com uma vara, e, de
repente, uma porta ou tampa se abriu. Parecia um parto…”
E continuou: “Começou primeiro a sair um líquido gosmento e depois
duas coisas, criaturas ou bichos, sei lá… Um deles estava morto quando o
tirei da água, e o outro, que ainda está vivo, se encontra comigo. Eles medem
mais ou menos 90 cm. O que está morto parece gente, o outro está gemendo
e se parece com um bicho preguiça. É todo peludo e tem garras muito
compridas nos pés e nas mãos.” Diante do impressionante relato que estava
ouvindo, perguntei se podia ver os seres que havia capturado. Precisava fazer
isso para saber se, de fato, valiam alguma coisa. B., então, disse que depois do
almoço iria até a fazenda buscá-los. “Além dos bichos, tenho também alguns
pedaços do aparelho que parecem metálicos ou de ouro. Mas acho não é
ouro, pois se fosse eu ficaria com tudo”, completou o senhor B.
A tal fazenda fica a mais ou menos 25 km de Feira de Santana, de forma
que B. estaria de volta às 21:00 h – o telefone de contato não era da casa dele. O
homem me perguntou como faria para trazer o material no veículo, ou seja: as
criaturas. Sugeri, junto a outros membros do Grupo de Pesquisas Aeroespacia-
is Zênite (G-PAZ), que o ser morto fosse colocado em um saco plástico bem
acondicionado num isopor com bastante gelo. Quanto ao outro ser, ainda vivo,
dissemos que poderia ser colocado numa caixa de papelão. Confesso que
minha cabeça estava atordoada. Se isso tudo fosse verdade, tínhamos em
mãos o caso ufológico do século. Por outro lado, se fosse uma piada de mal
gosto poderia implodir o G-PAZ, os ufólogos envolvidos com o caso e também
um jornalista de valor. Tínhamos que tomar uma decisão. Pagar para ver?
No decorrer da tarde fizemos inúmeras sondagens e trocamos idéias.
Havia, sem dúvida, alguns componentes que emprestavam alta dose de
veracidade ao caso. Porém, alguma coisa não cheirava bem, e com certeza
não era o cadáver do suposto ET. Os ufólogos Valmir de Souza, do G-PAZ,
Vicente Cardoso, do Núcleo de Pesquisa Ufológica (NPU), e Emanuel Para-
nhos, da Sociedade de Estudo Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF),
estavam dispostos a ir comigo até Feira de Santana para iniciarmos as investi-

129
Biblioteca UFO

gações. O jornalista José Raimundo estava um pouco reticente e chegamos a


acertar que iríamos até àquela cidade no início da manhã seguinte, e se caso
fosse tudo verdade, o repórter se deslocaria de imediato com a sua equipe de
cinegrafistas. Ou, em caso de força maior, eu ficaria autorizado a chamar uma
equipe da TV Subaé, de Feira de Santana.
Às 21:00 h, Emanuel Paranhos, incumbido de fazer uma ligação para a
fazenda e marcar a nossa ida até lá no dia seguinte, foi surpreendido pelo
tratamento que lhe foi dado ao telefone. A pessoa que o atendeu identificou-se
como esposa de B. e, primeiramente, disse que ele não estava, para depois
falar que não podia atender. De forma ríspida, pediu para não ligarmos mais,
pois nada do que seu marido havia dito era verdade. “Não há nada de misteri-
oso na fazenda, nada aconteceu e meu marido é um bêbado e mentiroso.
Não levem suas palavras a sério”, disse a mulher a Paranhos. A esposa da
testemunha principal chegou a acrescentar que, “por causa das mentiras
dele, estou com a casa cheia de gente estranha..” O que deixou escapar esta
senhora com estas palavras? Evidentemente, ela não permitiria a entrada de
qualquer tipo de estranho, a menos que fosse coagida e que tais pessoas
tivessem alguma espécie de força para constrangi-los... Tudo ficou confuso a
partir desse ponto.
Realmente B. pode ser mais um mentiroso querendo aparecer. Existem
milhares de pessoas assim, e não seria nem o primeiro nem o último a tentar
enganar os ufólogos. Mas há outros detalhes que não nos fazem crer na
história de sua esposa. Primeiro, a descrição de B. sobre os fatos nos pareceu
bastante coerente – com algumas reservas, é claro – no que diz respeito ao
objeto, o material do UFO, etc. Segundo sua descrição dos seres – um se
parecendo com gente e o outro com um bicho preguiça, todo coberto de pêlos
negros, olhos grandes e quatro dedos com garras muito grandes –, é interes-
sante e original demais para ser invenção de um bêbado. Ora, não seria mais
lógico, ao se inventar uma história desse tipo, citar os seres como criaturas
iguais, verdes, cabeçudas e vestidas com roupas espaciais ou prateadas?
Pelo menos é isso que nos mostra muitas vezes as histórias em quadrinhos,
desenhos animados ou filmes de ficção científica. E mais: se B. era um fazendei-
ro beberrão e sem cultura – pelo menos era isso que transparecia na sua forma
de falar comigo ao telefone –, como se explica o fato de ele ter tido conhecimen-
to específico de ETs já observados, que nos lembram, por exemplo, casos que

130
Verdades que Incomodam

aconteceram em Caracas e San Carlos, cidades da Venezuela, em 1954? Outro


fato curioso é o de B. descrever dois seres diferentes, como pertencentes a duas
raças específicas. Na literatura ufológica especializada temos tomado conheci-
mento de que seres de origens e raças diferentes, em algumas ocasiões, pare-
cem realizar operações conjuntas na Terra, abduzindo pessoas e submetendo-
as a exames médicos no interior de UFOs. Contudo, não me lembro de nenhum
caso citando seres peludos. Além disso, esses conhecimentos não estariam ao
alcance ou interesse de B., apesar da enorme penetração da Revista UFO e de
alguns livros e vídeos mais recentes. De mais a mais, o detalhe do parto e o
líquido gosmento nos lembra um pouco o filme Fogo no céu, que narra a
odisséia de Travis Walton, quando acorda dentro de uma nave extraterrestre,
numa espécie de casulo. Mas os seres mostrados são os do tipo greys (cinzas) e
não os peludos ou humanóides... Por fim, todas as informações poderiam ser
perfeitamente reais, ou melhor dizendo, coerentemente reais.
Porém, as reportagens sobre UFOs em Mucugê e na Gruta de Brejões
mostram fatos e realidades que podem ter incomodado muito certas pessoas
ou instituições. Outra suposição bastante lógica é que todo o estardalhaço
que B. fez para conseguir ganhar algum dinheiro com seu furo de reportagem
tenha levado essas pessoas ou instituições a chegarem primeiro ao palco dos
acontecimentos e, após confiscarem tudo (como no caso Roswell), convence-
ram o senhor B e sua esposa a negarem o fato... Se tivéssemos viajado para
Feira de Santana imediatamente após recebermos o telefonema, teríamos
encontrado alguma coisa? Talvez nunca saibamos.
Resta-nos ainda outra hipótese, mais séria, pelas implicações ou
desdobramentos. Se o indivíduo fosse realmente bêbado e mentiroso, não
poderia jamais fabular com tanta perfeição e coerência uma história dessas.
Eis uma isca perfeita para qualquer pesquisador mais afoito: o perigo é que
essas informações podem ter sido plantadas com um propósito específico,
obscuro. Por fim, cabe a nós perguntar: o caso é verdade, uma mentira
deslavada ou uma arapuca que não funcionou? Esta matéria foi remetida
para a Revista UFO e publicada na edição 39, de agosto de 1995, com o título
mencionado no início. Tal pesquisa ficou dormindo quase um ano no arqui-
vo, até que algumas ocorrências novas a trouxeram novamente à luz do dia.
Uma delas foi a realização deste livro e a necessidade de dar alguma satisfa-
ção aos leitores e aos colegas, mesmo que em uma circunstância qualquer

131
Biblioteca UFO

tivesse que dizer “... me enganei, não houve nada disso, foi um rebate em
falso”, eu o faria com toda tranqüilidade. Neste caso, por sorte, foi diferente.
Existiram outros desdobramentos na história que nos levaram a acreditar
que “embaixo desse angu havia carne, muita carne.” Se antes tínhamos
bastante dúvidas, agora a coisa estava mudando.
Passara-se um ano até acontecer o Caso Varginha, em janeiro de 1996.
Ali estava a surpresa da primeira pista. Positiva. Um dos alienígenas – eram
quatro – morto pelos militares era um ser peludo, com garras nas mãos e pés.
O sinal de alarme disparou mais uma vez. Tínhamos que apurar mais detalhes
sem despertar suspeitas dos “amigos ursos” e cheguei a trocar alguns telefo-
nemas e informações com outros colegas, no embalo do caso Varginha. Foi aí
que me alertaram sobre o que os serviços de inteligência estavam fazendo,
seguindo, fotografando e filmando pesquisadores e as placas de seus carros,
grampeando telefones…Então comecei a descobrir o porquê de alguns
problemas que vinha enfrentando e comecei a tomar precauções.
A coisa estava sendo mais séria do que imaginávamos, mas qual seria a
ligação desses dois casos? Como e por que teriam caído dois UFOs no espaço
de um ano, aqui no Brasil? E sobretudo, como as autoridades tinham sido tão
rápidas e eficazes [Parte dessas deduções estão em páginas anteriores]. A
arapuca estava esquentando e eu ainda não tinha meios para entrar em cena.
Coincidentemente, confirmei o grampo em meus telefones, fui seguido por
um carro com placa fria e até a pé. Isso era sinal inequívoco de que estávamos
perto de alguma coisa – que ainda não víamos – e de que havia gente ficando
preocupada com isso. Chegamos a detectar a tentativa de infiltração de duas
pessoas (ou mais) em nosso grupo, que se diziam interessadas em ajudar e
perguntavam bastante sobre o caso de Feira de Santana… Quanta sutileza!
De repente, me cai do céu – sem fazer jogo de palavras – uma série de
informações quentes. Na noite de 12 de janeiro de 1995, muito provavelmente
na hora da queda do UFO em Feira de Santana, houve um blecaute na cidade.
Outra pessoa confirmou a falta de luz e também disse que nesse dia, por volta
das 05:00 ou 05:30 h da manhã, viu sair do 35º Batalhão de Infantaria de Feira
de Santana, três caminhões em alta velocidade, cheio de soldados, em dire-
ção ao interior onde fica a tal fazenda. Checamos através de nossas fontes
ligadas à Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) que o blecaute havia
mesmo acontecido. Nossas fontes acrescentaram que a mesma Coelba tinha

132
Verdades que Incomodam

questionado à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) que não


havia problemas com as linhas de energia locais, e esta fez ao mesmo com a
Coelba! Posteriormente, soubemos que o blecaute tinha atingido até a divisa
com o Sergipe. Era muita coincidência. Aparentemente, os memorandos e
ordens de serviço daquele dia, que confirmariam o apagão, ou não estavam
disponíveis para consulta ou tinham sumido dos arquivos…
As investigações do G-PAZ continuaram, agora dividindo esforços entre
as pesquisas e os homens que encontravam-se bastante agitados… Surgiram
outras informações muito mais sérias, que aliadas ao trabalho de análise das
mesmas, e mais algumas evidências fortíssimas, praticamente confirmariam
tudo. Faltaram apenas as peças principais, mas infelizmente não podemos –
no presente momento e neste trabalho – divulgá-las para poder proteger as
fontes. A única coisa que podemos dizer é que se trata de alguém que na época
servia no citado regimento de infantaria, e que aceitou gravar depoimentos por
causa de problemas que aconteceram com ele.
Apenas podemos dizer que a arapuca armada em janeiro de 1995 por
sorte não funcionou e que os fatos apurados realmente aconteceram. Tam-
bém podemos afirmar que há implicações seríssimas por trás disso tudo e que
existiu – ou ainda existe – um pool de corporações nesse tipo de operação para
afastar pesquisadores. Por fim, sabemos que foram envidados todos os
esforços para que nada vazasse. Talvez o êxito quase total dessa operação teria
servido como parâmetro para as ações em Varginha, um ano depois. Nossa
obrigação e compromisso – nada mais – é apenas com a verdade dos fatos.
Por isso decidimos, após muita reflexão, escrever esse texto. Quando vamos
poder divulgar a história completa? Eu sinceramente não sei.

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Biblioteca UFO

134
Verdades que Incomodam

Capítulo 6

Mortes Misteriosas

“Mentiras sinceras me interessam...”


– Cazuza

Q
uando aconteceram os acidentes com UFOs em 1947, na localidade
de Roswell e a seguir em Aztec, Laredo, Holloman, etc, começou um
perigoso jogo de esconde-esconde. Como eles caíram? Se-
gundo se soube, alguns por causa de panes, outros teriam sido atingidos –
embora não propositalmente – por ondas de um super radar testado por
militares americanos. E não faltaram testemunhas afirmando saber que
algumas dessas naves teriam sido abatidas com mísseis.
As explicações oficiais simplesmente inexistem. E sobre esses aciden-
tes há apenas desmentidos irônicos: UFOs que não eram senão balões
atmosféricos ou alvos de radar com bonecos – os presumíveis corpos
resgatados –, convertidos quase 50 anos depois em pára-quedas de
tecnologia avançada e vários desmentidos oficiais fazendo crescer a bola
de neve da mentira e da desinformação. Porém, nos bastidores, a situação
era muito diferente. Os militares estavam inquietos, temerosos e sem
saber ao certo o que fazer. Por outro lado, os gênios militares tentavam
convencer o presidente Truman de que deviam silenciar tudo e a todos, não
importando o preço a pagar por isso, já que se conseguissem a tecnologia
dos UFOs seriam imbatíveis. Eram os duros tempos da Guerra Fria, do pós-
guerra, de Hiroshima e Nagasaki. Então Truman decidiu-se pela criação do
grupo Majestic-12 ou somente MJ-12.

135
Biblioteca UFO

Sua missão principal, como já vimos, era a ocultação do Fenômeno


UFO e, a partir disso, as maiores barbaridades em tempos de paz foram
perpetradas. Era o início da caça às bruxas (ou aos ufólogos). Os métodos
variavam, desde a mais banal transformação de notícias de observações em
casos risonhos ou piadas, à desmoralização de cidadãos honestos e sérios
que apenas queriam com seu patriotismo ajudar a América a vencer os
invasores comunistas – no início muitas pessoas acreditavam que os UFOs
poderiam ser aviões secretos ou armas russas. Eles foram chamados de
loucos, mentirosos, charlatões, visionário e fanáticos. Mas, de repente,
apareceram pessoas “de peso”, com um nome respeitado, difíceis de serem
ridicularizadas e que poderiam ser levadas a sério por muita gente. Então era
necessário utilizar outros métodos.
A primeira vítima foi, ao que parece, o secretário de Estado James Forres-
tal – posteriormente, em sua homenagem, batizaram um porta-aviões nuclear
com seu nome. Forrestal levava o assunto extraterrestre muito a sério e tinha
alguma influência com Truman, pedindo ou sugerindo em várias oportunida-
des que tudo isso fosse contado ao povo devido à gravidade dos fatos, pois
através do pagamento dos impostos dessas pessoas é que eram pagos os
salários dos militares e dos homens do governo. Logo, a população tinha o
direito de saber. Isso era considerado muito perigoso para o grau de sigilo
imposto ao assunto e devido a este problema, repentinamente, James Forres-
tal entrou em grande depressão, precisando ser internado às pressas numa
clínica especializada. Homens do FBI guardavam a porta de seu quarto no
hospital e, muito provavelmente, o ajudaram a fazer um laço com os lençóis
amarrados na cabeceira de sua cama e outro ao redor do pescoço quando
decidiu pular pela janela – algumas versões dizem que não foi do hospital e sim
de sua residência. Em poucos minutos o problema estava resolvido, e se
alguém mais tentasse descobrir alguma coisa, esse fato poderia servir de
recado, indicando as conseqüências de fazer ou dizer algo inconveniente...
Outra vítima de muito renome, prestígio e força junto ao Congresso
Americano foi o doutor James McDonald, professor de física do Instituto de
Física Atmosférica e também do Departamento de Meteorologia da Universi-
dade do Arizona. McDonald tinha certeza de que os UFOs não eram outra
coisa senão fenômenos atmosféricos desconhecidos ou mal explicados, e a
partir dessa hipótese conseguiu ter acesso aos arquivos da Força Aérea.

136
Verdades que Incomodam

Depois de algum tempo estudando e analisando relatórios – até então secre-


tos – chegou à conclusão de que os UFOs eram, de fato, o maior enigma do
nosso século e, provavelmente, de origem extraterrestre.
McDonald trabalhou denodadamente junto ao Congresso na década de
60 para tentar criar reuniões com subcomissões do mesmo, tornando-se
incômodo e sumamente perigoso para os defensores do sigilo. Justamente,
em 1953, o Painel Robertson – programa montado pela CIA – recomendava
uma dura política em relação à desinformação a respeito dos UFOs, e um
homem como McDonald ameaçava jogar tudo por terra, já que poderia (com
certeza) ser levado a sério. A partir daí, os congressistas começaram a fazer
perguntas que nenhum deles estava disposto a responder. Matá-lo simples-
mente? Era muito arriscado e poderia transformá-lo em mártir da causa, e isso
era a última coisa que queriam.
O estudioso continuava sua luta fazendo palestras, contatando outros
cientistas, assinando artigos em revistas e jornais. Um dia, ao regressar a sua
casa (segundo algumas informações) flagra a traição de sua esposa. Desespe-
rado, tenta o suicídio, mas erra o disparo, e ao invés de morrer fica cego – pelo
menos foi o que se informou na época. Isso não era bom para os seus algozes
que, muito provavelmente, foram os responsáveis por esse flagrante de
adultério, que segundo julgaram, arrasaria moralmente o professor. Se ele
matasse a esposa, melhor ainda. McDonald ainda amava a vida, e tanto é
verdade que quando se recuperou dos ferimentos começou a freqüentar um
hospital onde fazia terapia para tentar normalizar – dentro do possível – sua
vida. Mas foi em certa manhã, no ano de 1971, após sair do hospital (como
sempre o fazia), pegou um táxi e pediu para o motorista que o deixasse no
início do deserto. Ao chegar, pagou a corrida e saltou. Em seguida puxou sua
arma e desta vez conseguiu tirar sua vida...
É muito curioso como tantas pessoas, em momentos tão especiais de
suas vidas, optam pelo suicídio que, invariavelmente, acaba beneficiando
outrem... Será que é muito idiota perguntar ou questionar o depoimento
desse motorista que pega um cego na saída de um hospital e não liga a
mínima para o fato dele se fazer conduzir até o deserto, e após receber o
pagamento da viagem vira as costas e não percebe que o sujeito puxou uma
arma para se matar? Talvez ele pensasse que o cego fosse praticar tiro ao alvo
ou caçar lagartixas... O mínimo que podemos imaginar é que o dito taxista

137
Biblioteca UFO

era um dos seus algozes e que McDonald, ao subir no carro e dar seu endere-
ço, seguiu outro rumo, e ao chegar num local ermo, foi morto... Quantas
outras mortes aconteceram em nome do sigilo? A enorme lista parece
literalmente com as de baixas de guerra, já que para atingir seus objetivos os
carrascos não poupam esforços.
Citemos alguns casos inexplicados. Dorothy Kilgallen, jornalista (morreu
por overdose de ansiolíticos e álcool, em 1955), enviou um memorando para
seu jornal, em Londres, falando que um oficial britânico – o doutor Noel Opan,
desaparecido misteriosamente em 1959 – teria dito que “os governos sabiam
dos pequenos homens e dos UFOs que vêm de outros planetas.” Morris K.
Jessup, arqueólogo e astrônomo, suicidou-se em 1959. Ele teve sua morte
investigada por Ana Gezlinger, que relatou que ele estava “sob algum tipo de
controle mental.” O sargento da polícia Oberlain disse ao ver o corpo que tudo
lhe parecia “profissional demais.” O suicídio foi realizado dentro da garagem
de Jessup, com o carro ligado a uma mangueira amarrada ao tubo de descar-
ga do veículo. Como detalhe final, o corpo não foi autopsiado. Frank Edwards,
conhecido jornalista e entusiasta dos UFOs, que incentivava, através de seu
programa, que o governo e o Congresso investigassem os UFOs, morreu de
enfarte. Arthur Bryant, Richard Church e o escritor Willie Lay morreram no
mesmo dia, 24 de junho de 1967. Edgar Jarrold desapareceu em 1966.
Entre 1966 e 1967, o pesquisador Otto Binder investigou a morte de
137 pesquisadores, escritores, cientistas e testemunhas. As mortes de
cientistas ligados à empresa britânica Marconi Ltda – que realizou diversos
projetos associados com as pesquisas do projeto Guerra nas Estrelas –
somam aproximadamente 30, ocorridas entre 1985 e 1988. Como curiosi-
dade, podemos citar que todas essas pessoas – da Marconi ou ligadas de
alguma forma à empresa –, além de terem em comum o fato de participarem
do Star War, eram ou tinham sido muito interessadas em UFOs. Roger Hill,
Jonathan Walsh, Ashad Sharif – que supostamente amarrou uma corda no
pescoço e a outra extremidade a uma árvore para em seguida entrar no carro
e acelerar – Trevor Knight, Peter Ferry, Alistar Beckham, Danny Casolaro, o
astronauta Dick Slayton, James Forrestal, Sharif... Pelo visto corremos o
risco de escrevermos um obituário.
Outra coisa que preocupa é o grande número de mortes – aparentemen-
te naturais – por infartes, derrames, aneurismas, câncer nas mamas e ovários,

138
Verdades que Incomodam

detectados em outras vítimas, uma das quais a provável abduzida Ann Living-
ston. Entretanto, algumas delas podem ser perfeitamente naturais. Mas
tamanha é a incidência atingindo um grupo mais ou menos definido de
indivíduos ligados ao problema UFO...
Nos casos de câncer, por exemplo, foram mortes rápidas e inesperadas
para uma doença que às vezes leva anos para matar. Entre esses, podemos
citar como exemplo o do pesquisador canadense Wilbert Smith, o do brasileiro
doutor Olavo Fontes – representante da Aerial Phenomena Research Organi-
zation (APRO) no Brasil –, que teria recebido a visita de pessoas que lhe infor-
maram que tinha conhecimento de coisas muito sérias e que seria melhor
esquecê-las – referindo-se provavelmente aos fragmentos de um UFO que
explodiu em Ubatuba, São Paulo, assim como os resultados das análises que
indicavam material não terrestre. Mais “vítimas” seriam Jim e Coral Lorenzen,
fundadores da APRO, e recentemente, o biólogo Ivan Sanderson e Joseph
Allen Hynek, estes últimos vítimas de um raro tipo de câncer cerebral.
Mais preocupante ainda é saber que esses tipos de doenças podem ser
provocadas artificialmente por meio de produtos químicos, vírus de diversas
espécies e raios pulsantes – segundo o investigador norte-americano Cope
Schelhorn. O câncer também pode ser provocado por contaminação
radioativa, que age fulminantemente, sem dar tempo a tratamento ou
cirurgia. Ao contrário do que muitos imaginam, considerando o Brasil um
país tranqüilo, onde “não acontecem essas coisas”, podemos dizer que
infelizmente aqui também elas ocorrem. Disfarçadamente na maioria das
vezes, acidental ou evidentes noutras, essas ocorrências, de fato, têm
acontecido. Algumas mais ligadas à ação da inteligência estrangeira na área
das pesquisas científico-espaciais. E tudo indica (apesar dos desmentidos)
que elas estão diretamente ligadas à área da Ufologia. Vamos relacioná-las
começando pela que esteve, provavelmente, ligada à espionagem e dentro
do rol das mortes misteriosas que citamos neste capítulo.
A morte do tenente coronel José Alberto do Amarante, de 41 anos de
idade, diretor do Centro Técnico Aeroespacial da Aeronáutica Brasileira
(CTA), em 2 de outubro de 1981 e considerado por muitos como um dos
maiores responsáveis pelo andamento da pesquisa nuclear no Brasil, foi
atribuída a um câncer de medula (leucemia) que o exterminou em apenas 10
dias – e ainda não devidamente esclarecida. Não venham alegar que podia

139
Biblioteca UFO

estar doente há mais tempo porque militares da ativa fazem check-up periodi-
camente, apesar das investigações realizadas pelo Centro de Informações e
Segurança da Aeronáutica (CISA). Segundo sua viúva, V. A., o oficial chegou a
comentar com ela de que vinha sendo seguido e que já informara a esse
respeito aos serviços de segurança da FAB pouco tempo antes de morrer. Não
foram realizadas medições de radioatividade no carro do Amarante, embora
se encontrassem estranhos resíduos escuros dentro do veículo e embaixo do
seu banco. Por fim, quando o cadáver foi exumado para seu traslado ao Rio de
Janeiro, foram constatados sinais de violação na sepultura.
Qualquer coisa que intentemos acrescentar ao aqui exposto não
passaria de mera especulação. Apenas posso dizer que são fatos que mere-
cem toda a atenção e uma cuidadosa análise. Sobre a segunda morte
brasileira no rol das misteriosas, encontra-se a deste homem que embora
tenha falado bastante nos bastidores, o que aqui vou escrever é por minha
conta e arrisco, já que todas as bocas se fecharam sintomaticamente,
repetindo uma explicação simplória e um tanto absurda, mas revelando-se
como se fosse um bem de cunho pessoal guardado secretamente. Pode até
sê-lo, e ficarei muito chateado se algum dia descobrir que estou completa-
mente enganado e não me restará mais do que assumir. Entretanto, gostaria
que nada disso tivesse acontecido.
Desde o momento em que vi esta figura ímpar do coronel Uyrangê
Hollanda no programa Fantástico, da Rede Globo, falando coisas “impensá-
veis” na boca de um militar, passei a admirá-lo por sua coragem, almejando
conhecê-lo e parabenizá-lo durante o I฀ Fórum Mundial de Ufologia, em
Brasília. Não vou me estender sobre seus depoimentos narrados magistral-
mente nas edições 54 e 55 da Revista UFO e através do vídeo comercializado
pela Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU). Apenas quero
visualizar certos fatos que não podemos ignorar nem empurrar para baixo do
tapete como se nada tivesse acontecido.
Para avaliar melhor minhas impressões sobre ele, consegui manter uma
longa e agradável conversa com um ex-subordinado seu – ainda na ativa e por
esse motivo não irei citar o nome –, que no primeiro encontro parecia vibrar de
puro orgulho e respeito ao falar no coronel Hollanda e narrar alguns fatos
pitorescos da sua vida durante o tempo em que viveram juntos em uma base
aérea. Uma semana depois da noite agradável, nos encontramos novamente

140
Verdades que Incomodam

durante um evento social, e desta vez, ao puxar o assunto, tive que dar a triste
notícia que me tinha sido transmitida por telefone horas atrás. Ele ficou transfi-
gurado, sério, como se tivesse recebido um tapa na cara, e permaneceu
calado por alguns momentos.
Contei os poucos detalhes que conhecia sobre o acontecido e ele ainda
pediu para que eu confirmasse, e respondi: “Olha, só posso esperar que me
encontre em breve com outros colegas em Brasília, porque há de convir que
a esta altura do jogo não posso me arriscar nem arriscar a pele de outras
pessoas perguntando por mais detalhes pelo telefone...” Confesso que ao
dizer isso esperei até uma censura ou crítica da parte dele, pelo que implicita-
mente sugeriam minhas palavras, mas não foi assim. Ele olhou fixamente nos
meus olhos e mexeu levemente a cabeça, como que concordando plenamen-
te com meus pensamentos. “Informe-me se souber alguma coisa”, disse,
encerrando a conversação.
Depois eu soube, e consegui apurar através de outras fontes, que no dia
anterior ao depoimento do coronel ao Fantástico e também à Rede Manchete
foi acertado que não seria efetuada nenhuma chamada especial para o pro-
grama citando o assunto, para evitar que alguma interferência estranha ou
mandado de segurança censurasse ou cortasse a matéria, em parte ou na
íntegra, o que felizmente foi conseguido. O impactante depoimento do
coronel Hollanda mencionava as pesquisas sigilosas da FAB no sul do Pará
durante vários meses na chamada Operação Prato, afirmando que existiam
filmes e fotografias que ele próprio teve o privilégio de ver cara a cara. A matéria
foi um sucesso no Brasil e no exterior, já que através destas duas redes de tevê,
milhões de pessoas tomaram conhecimento dos fatos.
No dia seguinte, conforme apuramos, dois ou três oficiais da FAB e do
Serviço de Inteligência da Aeronáutica (A-2) visitaram o coronel Uyrangê
Hollanda em sua casa. Não sabemos o teor da conversa, mas transpirou a
notícia de que ele teria sido proibido de fazer novas declarações e provavel-
mente ameaçado. O coronel teria replicado, dizendo que já não fazia mais
parte do quadro de oficiais (estava reformado desde 1992), e que já tinha
dado à Aeronáutica toda a fidelidade e obediência durante todos aqueles
anos em que nela permaneceu ativo e atuante.
Após a publicação da primeira parte de sua entrevista completa à
Revista UFO, aconteceu sua morte, noticiada discretamente apenas no

141
Biblioteca UFO

mês seguinte, na edição posterior, onde fora publicada a parte final da


entrevista. As explicações de alguns companheiros – que respeito muito –
não acrescentaram nada de novo e, em geral, ninguém queria tocar no
assunto. Diziam, após relutar bastante, que na verdade o coronel Hollanda
teria se suicidado por problemas pessoais, enforcando-se deitado à sua
cama com um cordão de roupão. Alguém disse ainda que teria visto o laudo
do IML o qual confirmava essa versão.
Quando procurei os mais chegados, foram taxativos em suas respostas,
acrescentando apenas que o coronel vinha passando por uma terrível fase de
depressão – a depressão... sempre uma constante nas explicações. Depois,
durante a palestra do americano Cope Schelhorn, que versou sobre inexplicá-
veis mortes de ufólogos norte-americanos, em certo momento, citou que
muitos outros haviam sofrido ameaças muito sérias e explícitas não apenas
nos EUA, mas em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, mas que nesse
caso pedia desculpas por não citar os nomes dessas pessoas – duas delas,
para ser mais exato – por questões éticas.
Mais tarde, ao nos encontrarmos durante um intervalo entre as palestras,
conversamos sobre nossa segunda paixão, o cachimbo, e em meio às bafora-
das saboreando um café, surgiu a oportunidade. Em particular, ele poderia
declinar esses nomes? Um já se foi, lamentavelmente... era o coronel Hollan-
da. As outras pessoas integrantes dessa lista negra vou ter que respeitar a seu
pedido e não citá-las. Não sei se faço bem ou mal nisso, mas espero não ter
que me arrepender de meu silêncio.
Esclarecido isto, vamos tentar analisar alguns fatos. Os depoimentos do
coronel Hollanda foram muito fortes e contundentes, devendo obviamente ter
abalado algumas estruturas ou quebrado alguns pactos internacionais de
sigilo e desinformação ufológica. Se ele fosse simplesmente admoestado,
preso ou morto de forma acintosa, correria-se o risco de convertê-lo em mártir,
possibilitando assim que seu exemplo fosse seguido por outros – já era demais
o acontecido com os militares que denunciaram a trama de Varginha. Se o
processo fosse mais sutil, não chamaria tanto a atenção de imediato – como
de fato aconteceu – e assim, quando surgissem algumas suspeitas com as
paixões mais serenas, os que poderiam se pronunciar perceberiam que aquilo
era um recado e que não iria adiantar querer bancar os heróis... Evidentemen-
te, a Operação Prato foi algo forte demais, já que colocava em xeque muitas

142
Verdades que Incomodam

coisas e destampava outras. Existem também os fatos – poucos explicados –


de algumas mortes entre os companheiros de Hollanda que participaram da
operação, aparentemente por algum tipo de contaminação ou radiação –
como ele próprio sofria com intenso prurido no braço e partículas estranhas
que afloravam de sua pele, verificadas por exames médicos. Devemos consi-
derar que eles passaram muitas noites expostos a qualquer coisa, sem a
mínima proteção nem aviso por parte dos seus superiores. Além disso, como
aceitar que dentro ou próximo de uma base militar existam manifestações
extraterrestres – invisíveis a todos, mas percebidas pelo coronel – e que entida-
des do tipo grey apareçam dentro dos aposentos do coronel Hollanda, visíveis
e palpáveis, e que o mesmo fale abertamente disso com os pesquisadores e a
Imprensa [Veja segunda parte do seu depoimento à UFO 55]?
Por último, um detalhe que pelo menos para mim resulta altamente
suspeito deve ser aqui apresentado. Quem poderia se enforcar deitado,
apertando simplesmente o cordão do roupão? Ao que parece, essa história
está muito mal contada, já que sem ter conhecimentos médicos resulta fácil
deduzir que ao apertar – mesmo que violentamente – o referido cordão, e a
vítima desfalecer pela falta de oxigenação do sangue que age sobre a
musculatura, as mãos se afrouxariam e o enforcamento não aconteceria
provocando apenas um momentâneo desmaio. Enfim, coisas estranhas
acontecem, tal como o enforcamento com a utilização de um catéter, como
fez Phil Schneider (paraplégico).
A quem poderíamos culpar por isso? Existem suspeitas, evidências,
mas nunca provas ou confissões. No caso específico que nos ocupa,
prefiro acreditar em interferência estrangeira. Acredito também que em
muitos aspectos, lamentavelmente, nossa soberania está seriamente
ameaçada. É isso que nossas Forças Armadas devem cuidar com todo zelo
e dedicação para não se deixar sujar nem serem usadas ou incriminadas
por elementos aos quais nada importam os interesses deste país (ou
qualquer outro), nem a própria Humanidade.
Por enquanto, nos resta caminhar no fio da navalha e desejar que isto seja
apenas um pesadelo. Mas há alguns pesadelos que não são fáceis de esquecer
– e nos perturbam – especialmente quando acontecem coisas que faziam
parte daqueles sonhos. E este é mais um dos mistérios da mente humana que
talvez seja apenas fruto de nossa psiquê, ou foi plantado ou implantado em

143
Biblioteca UFO

nossa mente agora ou em algum dos nossos ancestrais, por algo ou alguém
de quem somos herdeiros, parentes ou simplesmente cobaias de seus labora-
tórios. E o pior de tudo é que às vezes, quando algumas da cobaias ameaçam
se sublevar, vem outra da sua própria espécie para nos sufocar ou caçar...

Observações
No currículo de um dos homens que mais assustaram os militares
americanos, o professor James McDonald, encontramos possivelmente a
explicação para tanto medo. Alguém deixaria de acreditar nele conhecendo
sua trajetória? Ele é bacharel em Química (Universidade de Omaha, 1942),
mestre em Meteorologia (MIT, 1954) e Ph.D. em Física (Universidade Estatal
de Iowa, 1951). Em 1954, fez parte do Corpo de Investigadores da Universi-
dade do Arizona. Participou do Projeto Físico sobre estudo das nuvens na
Universidade de Chicago (1953/54). Tornou-se professor assistente de
Física na Universidade de Iowa (1950/53). Formou parte da Inteligência
Naval durante a 2ª Guerra Mundial (1942/45). Era membro, entre outras
instituições, da Sociedade Meteorológica da Associação Americana para o
Progresso da Ciência e da Sigma XI, além de conselheiro de Ciências Atmos-
féricas pela Fundação Nacional de Ciência. Membro do Projeto Stormfury,
da Marinha Americana e da Academia Nacional de Ciências (ANS), na equipe
de controle e modificação do tempo. Era casado, pai de 6 filhos e nascido em
Duluth, Minnesota, em 1920.
No caso da morte do doutor Olavo Teixeira Fontes, temos uma evidência
durante uma visita de dois homens, provavelmente da Marinha norte-
americana, que a une à morte de dois pesquisadores norte-americanos, Jim e
Coral Lorenzen. O doutor Olavo Fontes, baiano ilustre formado em Medicina
pela Faculdade de Rio do Janeiro, se especializou em gastroenterologia.
Casado, pai de 7 filhos, faleceu em 9 de maio de 1968. Apaixonado pela
Ufologia, era membro da APRO, onde colaborou por 11 anos. Nas suas
andanças ufológicas teve a oportunidade de pesquisar um dos casos mais
explosivos do Brasil: a abdução de Antônio Vilas Boas em outubro de 1957.
Teve em suas mãos um dos fragmentos do UFO que explodiu na praias de
Ubatuba no mesmo ano, conseguindo fazer análise dos pedaços de metal nos
Estados Unidos e no Brasil, revelando os laudos de magnésio em estado de

144
Verdades que Incomodam

pureza da ordem de quase 98%, o que demonstra que não foi usinado na Terra,
já que aqui, com nossa tecnologia, seria impossível obter tal grau de pureza...
Em 27 de fevereiro de 1958 enviou uma carta para a APRO contando da
visita que recebera de dois indivíduos que se identificaram como sendo do
Serviço Secreto da Marinha dos EUA. Entre outras coisas, os mesmos disse-
ram a ele que sabia demais sobre coisas que não devia saber e que a posse de
fragmentos de um UFO poderia ser perigosa. Também disseram-lhe que o
governo norte-americano possuía alguns UFOs e corpos de humanóides, e
que o sistema de propulsão dessas naves criava um campo eletromagnético
muitíssimo poderoso, de alta voltagem alternante e oscilante que provocava
um efeito gravitacional ainda não compreendido.
Acrescentaram que os Estados Unidos e a Grã Bretanha haviam feito um
acordo secreto com os aliens em troca de tecnologia – e o memorando de
Dorothy Kilgallen, em 1955, falava de algo parecido, por não dizer igual.
Falaram também que os EUA haviam perdido muitos aviões na tentativa de
derrubar UFOs e que os ETs teriam utilizado uma espécie de feixe de luz para
desintegrá-los no ar: uma espécie de raio que parecia ser ultra-sônico e,
portanto, teriam o poder de desfazer a coesão molecular de qualquer estrutura
metálica. Por último, afirmaram que a população mundial não podia saber
nada a esse respeito e que o sigilo haveria de ser mantido a qualquer custo,
mesmo que tivessem que usar da violência. O doutor Fontes, a exemplo do
que vitimou o casal Lorenzen, também veio a falecer do mesmo problema dos
anteriores: câncer – que o levou em curtíssimo tempo, pouco depois desta
entrevista. Trágica coincidência? Acaso?
Entre outras coisas, fala-se – nessa mesma entrevista – que um satélite
de grandes dimensões poderia alimentar a força de vários discos. Nessa
época foram detectados, observados e fotografados corpos celestes de
grandes proporções orbitando a Terra e a Lua. O astrônomo Clyde Tomba-
ugh participou das investigações confirmando os fatos [Ver capítulo Os
Prenúncios do Contato].

145
Biblioteca UFO

146
Verdades que Incomodam

Capítulo 7

Acidentes Aéreos

“Duvidemos até mesmo da própria dúvida.”


– Anatole France

Q
uantos acidentes aéreos ficam sem solução – aparentemente – ou as
conclusões dos peritos e especialistas jamais chegam até o nosso
conhecimento! Não que não existam acidentes. Infelizmente, eles
acontecem e são muitos em qualquer parte do mundo, mas não são deles que
queremos falar. Sobre esse outro tipo de acidentes existem muitas notícias que
os “quase acidentes” nos fizeram perceber: uma realidade por trás de matérias
banais e/ou sensacionalistas de catástrofes provocadas por loucos, suicidas e
terroristas. Estamos nos referindo aos acidentes ou quase acidentes provoca-
dos por UFOs, propositadamente ou não – ainda não sabemos. Para isso
vamos começar por esses últimos.
Situar este fenômeno num retrospecto seria uma tarefa árdua e
enfadonha, com listagens extensas. Por isso, daremos apenas uma pince-
lada inicial e depois comentaremos com maiores detalhes fatos mais
próximos. Na década de 50, quando estavam se intensificando as apari-
ções de UFOs em todo mundo, aconteceram também muitos acidentes
misteriosos. Como a tecnologia aeronáutica não era tão evoluída como
nos dias de hoje, e também as investigações não eram tão minuciosas,
muitas coisas passaram desapercebidas e acabaram entrando no rol dos
acidentes por causas desconhecidas. Outros foram ocultados nos porões
da desinformação e do sigilo...

147
Biblioteca UFO

Mas diversos pesquisadores (ufólogos e aeronáuticos) perceberam


alguns detalhes no mínimo curiosos. Eles já tinham ouvido de algumas
testemunhas relatos que de início tinham passado sem que ninguém lhes
desse atenção, tais como luzes que aparentemente acompanhavam os aviões
de perto quando estes se aproximavam de aeroportos – locais onde ocorrem a
maioria dos acidentes –, claridades que pareciam se chocar contra as aerona-
ves, ou ainda que esses objetos ao se aproximarem dos aviões pareciam fazer
com que estes, de repente, parassem de funcionar e caíssem. Aí alguém se
lembrou dos misteriosos foo-fighters ou caças de fogo que apareciam durante
missões aéreas na 2ª Guerra, atravessando a fuselagem dos aviões, por
exemplo, e após percorrê-los de um lado ao outro, saíam da mesma forma em
que entravam, sem causar danos. Outras vezes, tais objetos acompanhavam
os caças nos combates aéreos como que observando ou querendo entender
que loucura era aquilo. Dezenas de relatórios, centenas até, tanto dos Aliados
como das tropas do Eixo, abarrotavam os arquivos sob a classificação de
prováveis armas secretas do inimigo.
Terminada a guerra, além de visitar bases militares abertamente sem o
mínimo temor de serem abatidos, os UFOs percorreram todas as instalações
nucleares e fábricas de armamentos e arsenais, sempre impunemente. E
começaram a acontecer diversos acidentes aéreos inexplicáveis: uma aerona-
ve que estava prestes a pousar e tinha se comunicado com a torre anunciando
sua chegada e informado que tudo estava em ordem, de repente, despencava
a poucos quilômetros da base. E foram muitos os acidentes desse tipo.
Certa vez, um avião militar, ao se aproximar da base, acabou dando uma
pista do que poderia estar acontecendo. Numa checagem a bordo, o operador
de radar percebeu ecos luminosos na sua tela e perguntou à base se existia
algum tráfego nesse local, o que foi negado pelos responsáveis da torre.
Observando com cuidado o céu, os pilotos viram objetos discoidais e um
maior em forma de fuso, que atravessavam o espaço em grande velocidade. A
seguir, outra esquadrilha de objetos também se avizinhou, sendo que um deles
se destacou da formação e se aproximou rapidamente do avião, voltando a
seguir para junto do enorme fuso.
Pouco tempo depois, a tripulação, em pânico, anunciou que alguma
coisa tinha se chocado com a parte traseira do avião e este estava caindo.
Outras investigações de diversos casos apontavam para uma constante

148
Verdades que Incomodam

bastante significativa. Aparentemente, os UFOs estavam usando as mesmas


rotas que os aviões para se aproximar da torre, e qualquer operador de radar,
mesmo que atento ao tráfego e aos sinais na sua tela, observaria que aquele
objeto em aproximação era um avião. Curiosamente, essa era uma das táticas
que utilizavam os submarinos alemães para avizinhar-se de comboios que
pretendiam atacar, se disfarçando das varreduras do sonar dos navios de
combate, viajando de carona com algum grande cargueiro.
Outra possibilidade de podermos explicar essas estranhas manobras
pode ser a curiosidade: a escuta das comunicações de rádio – provavelmente
interceptadas por eles – das aeronaves, e o porquê de emitirem certos sinais ao
atravessarem determinados locais que eram respondidos. As antigas técnicas
de navegação aérea com a utilização de radiofaróis, colocados a distâncias
determinadas, ao serem sobrevoadas recebiam o sinal do avião, responden-
do-o e confirmando dessa forma a rota correta para a navegação. Foram
exatamente nesses locais que aconteceram muitos acidentes. Imperícia dos
alienígenas, no melhor estilo dos distraídos do trânsito, que batem na traseira
de um automóvel quando este pára no semáforo? É difícil de aceitar, e mais
ainda de comprovar, mas os acidentes aconteciam.
Diversos estudos realizados nos EUA por pilotos e ufólogos parecem
indicar, sem margem de dúvidas, esta teoria. Se um UFO voasse junto de um
avião e checasse as freqüências radiais até localizar uma estação ou radiofarol
à frente e outra atrás do avião, tudo que deveria fazer era seguir a aeronave,
mesmo que por curta distância, para descobrir que o aparelho estava voando
entre duas estações. Dessa forma, teria as pistas para descobrir o sistema.
Pareceria uma simples coincidência, mas na medida em que se analisassem
relatórios deste tipo, ficaria claro que era exatamente isso que um estrangeiro
com mente científica faria. Evidentemente, não é o caso atual em que os aviões
navegam por satélite e aqueles radiofaróis parecem peças de museu, muito
embora ainda existam alguns em operação em pequenas localidades ou para
auxiliar nos pousos por instrumentos.
Além disso, marcando-se a rota por um UFO, em casos até a década de
70 – como num acontecido em 4 de novembro de 1973 e outro em Atwater,
Ohio, em 17 de abril de 1966 –, chegamos à conclusão de que se pelo menos
foram feitos 3 pontos de contato em estações de sinalização por onde o UFO
tenha se deslocado, não existe nenhuma chance de que o fenômeno seja

149
Biblioteca UFO

algum fato natural e casual. Se é determinada a rota de um UFO entre duas


estações de transmissão de sinais, como no caso Atwater, ou outras múltiplas
observações com auxílio de radar, há uma probabilidade entre 500 milhões de
que seja um fato natural.
Entre a seqüência de quase colisões, o caso que se tornou um clássico
ufológico foi o que aconteceu em 24 de julho de 1948, durante um vôo de um
DC-3 – imagine-o como um Bandeirantes e haverá pouca coisa de diferença,
ou um UFO como uma fuselagem de um Boeing 737, sem asas – da Eastern
Airlines, entre Houston (Texas) e Atlanta (Georgia), comandado por Clarence
Chiles e John Whitted. O avião quase bateu de frente com um enorme UFO
em forma de charuto, com aproximadamente 30 m de comprimento, o que
obrigou os pilotos a efetuarem uma manobra brusca para evitar a colisão. O
episódio, na sua totalidade, não demorou mais do que 5 a 10 segundos. O
UFO visto de lado pela tripulação apresentava uma série de retângulos ilumi-
nados semelhantes a uma janela, e deixava um rastro de fogo com talvez a
metade de comprimento do charuto.
Conforme foi apurado, esse UFO estava exatamente na rota do DC-3, só
que em sentido contrário e somente a extraordinária habilidade dos pilotos
evitou a tragédia, embora ele – no mesmo momento – realizasse também uma
manobra evasiva em sentido oposto ao avião, como se ambos tivessem se
descoberto no mesmo instante. O fato impressionou muitíssimo as autorida-
des, entre outras coisas, porque ainda estava muito viva na memória de todos
o acidente que vitimou o tenente Thomas Mantell, em janeiro desse mesmo
ano, caso do qual nos ocuparemos mais à frente. Nos últimos anos também
aconteceu uma série de acidentes e quase colisões, mas não mais nas rotas
aéreas demarcadas por radiofaróis. Antes disso, vamos tentar analisar um
pouco esse tipo de comportamento por parte dos UFOs que talvez nos ajudem
a compreender melhor os fatos.
Em 1947, os UFOs começaram a aparecer oficialmente em nossos céus
– como sabemos, eles já estavam aqui durante a guerra, e segundo alguns
registros históricos, apareceram desde os primórdios dos tempos ao ponto
de serem mencionados com outros nomes, como no Livro dos Mortos do
Egito e em crônicas romanas de antes de Cristo. Mas continuemos a partir de
1947. Nesse período, eles passaram a utilizar nosso espaço aéreo com muito
mais freqüência. Era como se tentassem descobrir até onde chegava nossa

150
Verdades que Incomodam

tecnologia e conhecimentos. Segundo o jornal News & World Report, de 11


de janeiro de 1957, o total de acidentes importantes sofridos pela Força Aérea
Norte-Americana (USAF) e pela Força Aérea da Marinha entre 1952 e 1956 foi
de 18.662, com 6.624 mortes, entre as quais encontramos pelo menos 9,5%
apontados como acidentes por causas desconhecidas, o que representa
1.800 acidentes [Fonte: Revista O Cruzeiro – reportagem de João Martins].
Isso resulta bastante suspeito numa época em que a aviação norte-
americana tentava, a todo custo, derrubar UFOs... E neste caso falamos
apenas de aeronaves militares.
Nos dias de hoje, poderíamos dizer que a maioria dos acidentes ligados
à atividade UFO são ocultados pelos governos sob as mais variadas justifica-
tivas, preferindo culpar, em primeiríssimo lugar, as falhas humanas e em
segundo os problemas mecânicos. Um dos casos mais bizarros acontecidos
entre esses militares talvez seja o de 1939 (oito anos antes de Arnold), com
um transporte militar da Marinha norte-americana que tinha decolado da
base de São Diego rumo a Honolulu. Três horas depois, a aeronave enviou
uma mensagem de socorro, e a seguir o rádio ficou mudo.
Mas conseguiu dar a volta e retornar à base em emergência. Todos os
tripulantes estavam mortos, inclusive o co-piloto que vivera o suficiente
para pousar o avião. Todas as vítimas apresentavam estranhos ferimentos
de origem desconhecida. As pistolas calibre 45 do piloto e co-piloto esta-
vam descarregadas e as cápsulas espalhadas pelo chão da aeronave. O
avião apresentava ainda fendas inexplicáveis e as pessoas que as tocaram
durante a vistoria em terra sofreram depois uma misteriosa infecção da pele
[Fonte: Flying Saucer Review].

Caso Mantell

Este caso, na época, abalou muito os militares norte-americanos, que


de certa forma ainda tinham nas suas fileiras alguns eufemistas que acredi-
tavam que o EUA era a nação mais poderosa do mundo, que nada poderia
acontecer com o país, e USAF era a mais potente e invencível. Muitos outros
eram realistas, mas mesmo assim o que aconteceu naquela tarde ensolara-
da ficou marcado com letras de fogo na história da vaidade americana. Em
7 de janeiro de 1948 aconteceu o primeiro combate conhecido de um avião

151
Biblioteca UFO

americano com um UFO. Perto das 14:00 h, foi descoberto um gigantesco


UFO silencioso que sobrevoava calmamente Fort Knox, o local onde o
governo norte-americano armazenava toneladas de ouro – um lugar
aparentemente inexpugnável.
Mesmo assim, todas as atenções se voltaram para o misterioso objeto
voador que parecia alheio a todo esse rebuliço. O local fica perto do Campo de
Godman, no Kentucky. A polícia e a Guarda Nacional estavam apreensivas e
quando pouco depois das 14:30 h uma esquadrilha de 4 caças P-51 Mustang
chegou num vôo de rotina, o pessoal da torre de controle pediu para tentarem
se aproximar e interceptar o desconhecido. Essa esquadrilha era comandada
pelo capitão Thomas Mantell, veterano da 2ª Guerra Mundial, com diversas
condecorações pelo seu comportamento na frente de combate.
Um dos aviões pousou de imediato com falta de combustível e os demais
seguiram perseguindo um UFO que lentamente se distanciava. Logo depois,
outro aparelho desistiu da caçada com problemas eletrônicos no painel e o
terceiro alegou não ter suprimento de oxigênio para subir mais. Somente
Mantell continuou a caçada, mas ele também não possuía reservatório de
oxigênio e o depósito de combustível estava chegando ao fim, mas continuou
subindo e se comunicando com a torre. Às 14:45 h comunicou ter avistado o
objeto e minutos depois o descrevia como sendo metálico e de enormes
proporções. Às 15:15 h, outra comunicação: “O objeto está adiante e acima
de mim, movimentando-se à mesma velocidade de meu avião ou um pouco
mais. Se não conseguir me aproximar mais vou desistir.” Foram suas últimas
palavras. Todos os apelos provenientes da base de Godman não tiveram
resposta. Mais tarde foram encontrados os restos do avião a 140 km de distân-
cia. O relógio de Mantell estava parado às 15:18 h – a onça sempre apanha o
cachorro que a persegue e se destaca da matilha...
A primeira coisa inteligente que as autoridades fizeram foi anunciar que o
piloto tinha se enganado seguindo o reflexo do Sol no cockpit, e outros afirma-
ram que Mantell estava seguindo o planeta Vênus, particularmente visível, e o
fato de estar a uma grande altitude e sem oxigênio fizeram com que perdesse
os sentidos vindo a cair. Também disseram que o objeto era um balão Skyhook
com 30 m de diâmetro. Claro que um piloto experiente como Mantell jamais
teria sido iludido por um balão atmosférico, mesmo que não o conhecesse e
os Skyhook fossem experimentais nessa época. Jamais poderia descrevê-lo

152
Verdades que Incomodam

como sendo de enormes proporções e de aparência metálica. Mas os mistéri-


os sobre sua morte não pararam por aí. Embora os documentos do óbito
fossem liberados pela Lei de Liberdade de In formações, muitos outros sobre
este episódio permanecem classificados como top secret, como por exemplo
os relativos aos exames do cadáver de Mantell e da perícia sobre as causas do
acidente. Além de perder a vida, Thomas Mantell foi injustiçado pelos seus
superiores que preferiram mentir sobre o caso, ao invés de assumir a verdade
ou inventar alguma coisa que não denegrisse a imagem do piloto.

Caso do Vôo 19
Um verdadeiro clássico dos acidentes de aviões e considerado misterioso
é o da Esquadrilha 19, no Triângulo das Bermudas, que levou consigo 5 TBM
Avenger, um hidroavião Martin Mariner e 27 tripulantes. O porta-aviões Solo-
mous ajudou nas buscas com 30 aviões, e até aeronaves inglesas participaram
das buscas que resultaram num total de 100, mais 21 barcos e 12 grupos
terrestres nas regiões costeiras, infrutiferamente. A lista é enorme e impossível
de transcrever, sendo que apenas como indicação citaremos alguns poucos
casos históricos para depois aprofundar mais nos anos recentes.
Em 2 de maio de 1953, um jato inglês Comet com 43 passageiros caiu
em chamas. O Ministério Britânico do Ar concluiu a investigação, tendo
declarado no relatório: “Colisão com um UFO...” Em 23 de novembro de
1953, um jato F-89 Scorpion, da Força Aérea Canadense, pilotado pelo
tenente Felix Moncla e levando como radarista o tenente Wilson, decolou
para interceptar um UFO sobre o Lago Superior. Na tela do radar da Base,
os dois ecos (UFO e avião) apareceram bem claros e viu-se quando ambos
pareceram convergir para um determinado ponto até se fundir num único
ponto, e a seguir apenas um, maior, continuou voando até desaparecer do
alcance do radar.
Ainda nesse ano, um major da reserva da USAF, residente em Cincin-
natti, EUA, relatou para um superior da supervisão do Ground Observer
Corps (GOC), de Florestville, que a Força Aérea estava perdendo em média
um avião por dia para os UFOs. Durante a onda ufológica americana de
1955, um major da ativa comentou com um pesquisador: “O que nos
preocupa é o que está acontecendo com nossos aviões.”

153
Biblioteca UFO

Caso do U2
Em 29 de julho de 1966, ocorreu um fato bastante sugestivo envolvendo
um avião militar de espionagem dos EUA. Às 05:30 h da manhã daquele dia, o
avião espião U-2, pilotado pelo capitão Robert A. Hickman, decolou da base de
Barksdale, em Louisianna, EUA, para mais um vôo de reconhecimento sobre a
ilha de Cuba. Sobrevoou a área a 23.000 m de altitude, longe dos mísseis
cubanos e dos interceptadores Mig-15 e Mig-17, que poderiam subir no
máximo até 12 mil metros. O aparelho preto da CIA deveria tirar fotografias da
região de Cuba até atingir o ponto designado para mudar de direção e regres-
sar à sua base, concluindo mais um vôo de rotina. De repente, as comunica-
ções pelo rádio cessaram e as telas de radar americanas acusaram a presença
de algo sólido acompanhando o U-2.
Os radares de grande alcance da Base Aérea de Albrook, no Panamá,
confirmaram a presença do intruso junto do avião e também que o mesmo
não mudara o rumo como estava previsto, de forma que se tivesse acontecido
algo grave com o piloto, o avião prosseguiria voando em linha reta até esgotar
o combustível. As comunicações via rádio permaneciam interrompidas e nada
poderia ser feito, a não ser esperar pelos acontecimentos. O avião prosseguiu
voando até que, já sobre o território colombiano, oscilou e mergulhou para o
solo, desaparecendo na selva amazônica. Enquanto isso, o UFO tinha se
afastado momentos antes do U-2 cair, embora não possa se afirmar – pelo
menos categoricamente – que o UFO tenha tido participação direta na queda
do aparelho americano e na morte do seu piloto.
Mais tarde, os restos do avião e seu infortunado tripulante foram achados,
assim como a preciosa máquina fotográfica, com ajuda do governo de Bogo-
tá, sendo tudo levado para o EUA. Restam apenas muitas perguntas e dúvidas.
Se o capitão Hickman estivesse vivo quando apareceu o UFO e se este foi
culpado pela pane do avião, o piloto teria tirado o equipamento fotográfico
para fora da aeronave antes de se ejetar. Além disso, o misterioso objeto que
acompanhou o avião era realmente uma nave extraterrestre? Um míssil
inimigo não poderia voar na velocidade do avião (800 km/h), seria lento
demais. E por fim, os resultados do exame dos destroços do aparelho e da
autópsia do corpo do piloto nunca foram divulgados, permanecendo nos
arquivos como mais um caso confidencial ou top secret...

154
Verdades que Incomodam

Depois de alguns anos de trégua, voltamos a nos encontrar com fortes


evidências da participação – proposital ou acidental – de UFOs em acidentes
aéreos. Um acidente pouco estranho – porque as informações e justificativas
oficiais mais uma vez, ao invés de dirimir, deixam dúvidas – é o acontecido com
um Hércules C-130 da FAB, em 14 de outubro de 1994, nas proximidades da
cidade de Formosa do Rio Preto (BA), que matou seus 21 ocupantes, todos
oficiais que iam supostamente para Belém, no Pará. Uma das versões dizia que
era um vôo de rotina e que o aparelho transportava apenas material burocrático.
Numa reportagem por rede de televisão, alguns parentes das vítimas
faziam acusações graves contra a FAB, afirmando que os aviões não recebiam
manutenção adequada e as tripulações viviam em constante perigo de sofrer
acidentes como esse. A Rede Globo mostrou num de seus noticiários uma
visão geral do local da tragédia, e o que se pôde perceber é que houve uma
grande explosão, atribuindo a mesma ao fato – sutilmente comentado – de
que o avião estava transportando explosivos. O repórter usou, dando destaque
à mesma, a palavra “desintegrou-se”, embora pudessem ser vistos centenas
de metros de papel que estavam no interior do aparelho, intactos. Possivel-
mente, aceitando a primeira versão oficial, seriam bobinas de papel de formu-
lários contínuos. Entretanto, os cadáveres dos tripulantes ficaram despedaça-
dos e queimados, assim como toda a fuselagem do avião.
Além disso, uma testemunha ocular viu uma bola de fogo no ar e acrescen-
tou que também escutou o barulho da queda do aparelho, e só depois o ruído da
explosão, o que demonstraria que o avião não se desintegrou pela explosão em
pleno vôo. Então, o que teria provocado a queda do mesmo? A misteriosa bola
de fogo no ar? Restam algumas perguntas que, infelizmente, temo que fiquem
sem respostas: como os papéis estavam intactos assim como algumas caixas
de papelão, se o avião explodiu no ar? E a bola de fogo antes do avião cair? Como
teria se desintegrado, se uma testemunha ouviu a explosão depois da queda do
aparelho? Por outro lado, se se confirmasse esse fato, os papéis e caixas intactos
se justificariam porque poderiam ter sido atirados a distância na hora do impacto
ou da explosão, salvando-se do fogo. Por outro lado, uma grande área coberta
de destroços é um indicativo de que o avião se desintegrou no ar antes da queda.
Mas a explosão não aconteceu depois?
Em 6 de janeiro de 1995, um jato Boeing 737, da British Airways, que se
preparava para pousar em Manchester, na Inglaterra, e já em procedimento de

155
Biblioteca UFO
Rodval Matias

Aviões seguindo e sendo aterrissagem, quase foi abalroado por um UFO


seguidos por UFOs não triangular que desceu sobre ele em altíssima veloci-
são raros. Milhares já dade, desviando e evitando o choque com o avião
ocorreram em quase no último instante. E não foi o único caso registrado
todos os países. Os na Inglaterra. Um outro vôo da mesma companhia
acidentes entre ambos,
procedente de Nova York encontrou-se com uma
no entanto, são mais
difíceis e preocupantes dúzia de enormes objetos triangulares sobre o
Atlântico Norte em dezembro de 1996. Uma grande
quantidade de relatórios de pilotos descrevem
inclusive, além dos UFOs tradicionais, muitos em formato triangular ou
cônico.
Em fevereiro de 1996, no interior da Bahia, várias testemunhas observa-
ram o que poderia ter sido mais uma tragédia aérea. Uma delas viu tudo
através de um telescópio, e é sua a descrição mais significativa, embora
também fossem as outras que observaram o incidente. Entre as testemunhas
estão a diretora e algumas professoras de uma escola da localidade de Concei-
ção de Almeida, onde naqueles dias tinham acontecido diversas observações
– inclusive uma abdução –, uma delas filmada em vídeo por um conceituado
médico da cidade. Paulo Roberto (outra testemunha), que estava na expectati-

156
Verdades que Incomodam

Rodval Matias
va de ver mais de perto uma dessas aparições, observou quando um UFO
luminoso puntiforme estava parado no céu e desceu alguns metros para deixar
passar um avião comercial – que não pode ser identificado. A seguir, saiu em
disparada, ultrapassando a aeronave e regressando então em rota de colisão,
evitando o choque no último instante. Aparentemente, o avião de passageiros
não alterou sua rota.
Depois, nesse mesmo ano, temos uma grande tragédia acontecida nos
Estados Unidos durante o vôo 800 da TransWorld (TWA), que partia de Nova
York com destino a Paris. Era dia 17 de julho e o Jumbo (Boeing 747) desta
mesma companhia se encontrava voando a menos de 100 km do Aeroporto
de Nova York, a uma altitude de apenas 4.200 m. De repente, explode inexpli-
cavelmente e cai no oceano, transformando-se em fragmentos de 15 m – era
um avião de 70 m de comprimento e 200 toneladas de peso. Bomba a
bordo? Míssil terrorista? Ou ainda, míssil de um navio norte-americano que
fazia manobras na área, disparado por engano? Inúmeras perguntas e
muitas teorias, mas nenhuma resposta oficial. E então aparecem testemu-
nhas que presenciaram a tragédia.
A senhora Linda Kabot, que mora em Long Island, teria fotografado ou
filmado em vídeo os instantes que precederam a explosão e entregue as provas

157
Biblioteca UFO

ao FBI uma semana após o acidente. Um policial em serviço no mar também


teria visto a trajetória do Jumbo até o momento da tragédia. Mas o que isso
teria de tão especial? Na prova apresentada por Linda Kabot, segundo fontes
de jornal, podia ser observado um objeto alongado que deixa um rasto lumino-
so e que se aproxima do avião, o ultrapassa e retorna, desta vez em rota de
colisão, atingindo-o. O policial descreve exatamente a mesma coisa, e mais de
20 outras testemunhas localizadas em outros pontos viram exatamente o
mesmo. Depois, um agente do próprio FBI declarou que nas fotografias
tomadas por um satélite norte-americano de vigilância aparecem a mesma
cena, segundo o jornal The New York Post, ou seja, as fotografias do satélite
mostram um objeto não identificado voando em direção ao avião, ultrapas-
sando-o e mudando seu curso, atingindo o Boeing a seguir.
Analisemos o seguinte: um míssil de possíveis terroristas do tipo terra-ar
possui um alcance efetivo estimado em 2.000 m. Segundo especialistas
militares, apenas um míssil terra-ar Stinger ou o similar russo SA 14-Gremlin
poderia atingir o avião, desde que disparado de um navio posicionado direta-
mente abaixo de sua trajetória. O alcance do Stinger é secreto, mas algumas
fontes no Pentágono garantem que ele poderia atingir um alvo a mais de 3 km
de distância. Entretanto, o avião se encontrava a 4.200 m de altitude, fora a
distância angular. Por outro lado, os mísseis terra-ar e ainda os ar-ar são equi-
pados com sensores de infravermelho que orientam os mesmos, levando-os a
atingir diretamente as turbinas das aeronaves, seguindo o rastro de calor
emitido pelas mesmas. Logo, nunca ultrapassariam o avião. Na melhor das
hipóteses, se fosse um míssil equipado com detonador de proximidade,
chegaria junto do avião detonando.
“Outro detalhe curioso é que no corpo dos passageiros recolhidos
existiam ferimentos muito parecidos”, deixou entrever, sem dar maiores
detalhes, um agente do FBI identificado como sendo Joseph Cantanessa.
Os corpos destes passageiros – 230 no total – foram atravessados por
fragmentos de metal. A origem dos mesmos continua, no entanto, sem ser
determinada. Essa tragédia colocou em destaque a utilização de inúmeros
satélites espiões dos EUA que controlam todo o espaço aéreo terrestre 24
horas por dia, fotografando e filmando tudo o que acontece. Em 18 de
novembro desse mesmo ano, um co-piloto da Pakistan Airlines viu, a 6 km à
frente da aeronave, um risco luminoso cruzando o céu. O risco foi avistado

158
Verdades que Incomodam

sobre a mesma área da explosão do TWA quatro meses antes, e como


detalhe final, cabe apontar que o vôo da Pakistan Airlines que havia decolado
de Nova York estava ocupando o mesmo corredor do fatídico vôo 800. Em 22
de novembro, um Hércules CH-130 da FAA caiu ao norte da Califórnia, a
poucos quilômetros da chamada Área 51. Outro Hércules, na mesma área,
sofreu pane nos motores – felizmente sem conseqüências graves – após a
tripulação observar um UFO durante a emergência.
No Brasil, em 16 de novembro de 1996, aconteceu o misterioso aciden-
te com um avião Tucano da FAB, pertencente à Esquadrilha da Fumaça,
durante uma apresentação na cidade de Santos, no litoral paulista. Após
uma manobra durante o espetáculo, quando começava a ganhar altura para
mais uma acrobacia, o Tucano teve subitamente arrancada sua asa direita.
Graças a uma manobra esforçada do seu comandante, o capitão Renato de
Castro Barreto Filho, que desviou a aeronave para o mar antes de se ejetar, foi
evitada a tragédia, já que o aparelho poderia cair na praia onde um grande
número de pessoas assistiam a demonstração.
Um vídeo foi amplamente divulgado nos noticiários da tevê. Visto em
velocidade normal e mesmo quadro a quadro, não permitiu a análise correta
do acontecido, embora existissem suspeitas, já que era muito estranho que
isso tivesse acontecido apenas por problemas estruturais, como a FAB
declarou. A quebra da longarina, uma peça especial reforçada que atravessa
transversalmente o avião da ponta de uma asa até a outra, e que está dimen-
sionada para suportar grandes esforços estruturais, não poderia quebrar
simplesmente. Um aparelho desses é preparado para suportar grande carga
alar ao efetuar as acrobacias e resiste até 8-G nas asas, o que significa oito
vezes a força da gravidade, e no início da manobra de elevação suave não
estava sofrendo a metade.
O Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), de Fortaleza (CE), dirigido pelo
companheiro Reginaldo de Athayde, realizou uma pesquisa primorosa. Após
analisar as imagens através de computadores, digitalizando-as, descobriu a
imagem de um corpo, que supõe-se ser de uma sonda ufológica que se
aproxima do avião em altíssima velocidade e após passar por baixo dele
descreve uma curva ascendente no instante em que a asa se quebra. Pelos
cálculos realizados, o objeto é uma esfera de uns 80 ou 90 cm de diâmetro que
se aproxima diagonalmente em ângulo ascendente, sendo que numa das

159
Biblioteca UFO

fotografias computadorizadas mostra a sonda quase no meio do avião e na


seguinte, rente à asa. Além dessa, aparentemente responsável pelo acidente,
outras três aparecem seguindo o avião, uma se colocando junto da asa que se
desprende no meio do jato de combustível, outra que chega como que para
analisar o combustível que cai, e a última, mais em cima, acompanha a queda
da asa. Estas, bem menores e possivelmente luminosas.
Em 12 de dezembro, ainda em 1996, alguns tripulantes de um vôo da
Saudi Arabian Airlines, que saía coincidentemente de Nova York, avistaram um
objeto esverdeado brilhante passando à esquerda da aeronave. Nesse mesmo
dia, perto de Nova Delhi, na Índia, um Jumbo da mesma companhia e um
Ilyushin russo colidiram no ar matando aproximadamente 351 pessoas. O
choque aconteceu entre 4.500 e 5.000 metros. Os técnicos de aviação não
sabem o porquê desse acidente, porém uma testemunha ocular afirma que o
choque aconteceu dentro de uma nuvem que se expandiu e tornou-se enor-
me. Um brilho alaranjado dentro dela se estendeu e tornou-se tão grande que
podia ser visto a distância. Na verdade, deveria ser de proporções imensas e
pensaram que fosse um relâmpago, conforme disseram os técnicos num
depoimento à rede de tevê americana CNN. Uma das testemunhas foi o piloto
do avião do tipo C-41, e seu depoimento chegou a ser deturpado pelos jornais.
As comunicações entre os dois aviões acidentados cessaram 2 minutos
antes da tragédia. Se – como indicam as evidências dos destroços – o avião
Ilyushin bateu no Jumbo, como perdeu as duas asas? Outras perguntas sem
resposta são: por que os jornais omitiram parte das declarações do piloto do C-
41 e que também naquela noite haviam sido observados na região vários
UFOs? No dia 19 de dezembro, um Boeing 757, da Southern Airlines, com
200 de passageiros, teve que fazer um pouso de emergência no Aeroporto
Internacional de Pequim, na China, por causa de um objeto voador não identi-
ficado planando a 9.000 m de altitude, que colidiu com o avião, rachando o
vidro exterior da cabine de comando [Fonte: The Reuters World Service].
São inúmeros os relatos destes quase acidentes que na maioria das
vezes são ocultados pelos responsáveis pela segurança do vôo ou pelos
próprios pilotos, que se negam a dar depoimento – mesmo às próprias
companhias. Eles alegam, como razão principal, querer manter o seu
emprego, quando são pilotos civis e com muito mais razão os militares, que
devem seguir à risca os regulamentos. Quando ocorreu em 8 de agosto de

160
Verdades que Incomodam

1997 um impressionante avistamento de UFOs na Bahia, em apenas uma


noite foram recebidas mais de 120 comunicações telefônicas de diversas
localidades e cidades de todo o estado. Nossas fontes cederam ao colega
Emanuel Paranhos uma lista daqueles avistamentos. Vários fatos foram
relatados por pilotos que obviamente não tiveram seus nomes divulgados
para a Imprensa, já que foram comunicados sigilosamente à Torre de
Comando do Aeroporto Internacional Dois de Julho, em Salvador, por dois
aviões da Vasp, um da Varig, além de quatro taxis aéreos da companhia Bahia
Táxi Aéreo (BATA) e um avião Tucano da FAB em processo de aterrissagem.
Dois dos táxis aéreos estavam no pátio do aeroporto e dois em vôo, e
sem dúvida esse tipo de tráfego não convencional trouxe alguma parcela de
perigo às aeronaves que estavam circulando, chegando ou partindo, já que a
altitude dos UFOs era muito baixa e poderia provocar algum acidente. Nessa
noite, houve até o caso de uma formação de três UFOs que se encontrava
sobre uma cidade do interior, e que ao passar um avião comercial sobre o
referido ponto, um deles saiu velozmente atrás da aeronave e a acompanhou
durante alguns segundos, como se estivesse a observá-la, retornando a
seguir ao seu ponto de origem.

161
Biblioteca UFO

162
Verdades que Incomodam

Capítulo 8

Os Ufonautas

“A Ciência não pode ter a pretensão de alcançar a verdade.


Nem mesmo um substituto para ela, a probabilidade.”
– Karl Popper,
filósofo inglês

J
á se falou, e muito, sobre os chamados ufonautas: greys que abduzem,
violentam, mutilam e até matam alguns seres humanos em estranhas
experiências genéticas ou biológicas, ou ainda derrubam aviões, quei-
mando-os com raios. Será que são todos assim e que o mito dos visitantes
amistosos – nossos irmãos do Cosmos, das mensagens espirituais e altruístas,
de alienígenas famosos como Ashtar Sheran, Kabalá, Karran, os anjos adams-
kianos e outros mais – são ilusões que na verdade não existem, a não ser nos
devaneios oníricos das prováveis testemunhas e contatados? Devemos ficar
apavorados pensando que a qualquer instante podemos ser vítimas de um
ataque mortal? Claro que não. Mas nesse caso, devemos ser muito mais
cautelosos, principalmente porque não poderíamos pedir certidão de bons
antecedentes aos estranhos visitantes...
Mas voltando a falar sério, esse é um assunto que merece toda nossa
atenção ao investigá-lo, para podermos analisar, evidentemente, com o
máximo de isenção as informações de que dispomos. Por enquanto, é a
única forma de poder raciocinar sem paixões nem fanatismos, com toda a
objetividade possível, colocando sempre em nossa mente ou no papel os
dados positivos e negativos.

163
Biblioteca UFO

Temos também dados que podem atenuar ou incriminar ainda mais


estes seres, nossos prováveis irmãos do Cosmos. Mas até nisso devemos ter
cuidado, já que partindo das nossas experiências terrenas nem todos os
irmãos se entendem às maravilhas. Existem, dentre esses dados que podem
modificar nossa opinião, questionamentos que podemos e devemos colocar.
Por exemplo, a atitude dos aliens nos beneficiam de alguma forma? Por que
eles fariam isso? Para nos beneficiar ou se beneficiar? Lógico que aqui estão
inseridos nossos conceitos humanos na dúvida de com qual intenção tais
seres estão nos ajudando. O que eles irão pedir ou exigir de nós depois? É o
velho estilo de ficar sempre com um pé atrás...
Na verdade – e por isso é tão difícil ser imparcial numa situação destas – é
que não temos a mais remota noção de como tais seres alienígenas pensam
ou sentem, o que podemos ser ou significar para eles. Nisso, acho que reside a
resposta para nossas dúvidas: ou chegamos a esse conhecimento ou continu-
aremos a ser macacos de laboratório. É verdade que em diversas situações os
aliens deram claras evidências de estarem nos ajudando mesmo que a nível
espiritual ou sutil, isto é, sem serem ostensivos. No livro UFO Abductions: The
measure of a mistery, de Thomas Bullard, das 270 abduções catalogadas,
existem 30 casos de curas. Ou seja: 11% dos abduzidos relataram a cura de
algum tipo de doença que tinham, e dentro dessa relação encontramos
aneurismas, canceres, angiomas, tuberculose, doenças do fígado, poliomieli-
te, problemas cardíacos e renais, entre outros.
Um detalhe que nos resulta curioso em meio às estatísticas é que, aparen-
temente, para esses seres realizarem as curas não houve a abdução de huma-
nos. A lista dos que se beneficiaram com todo tipo de tratamento é muito
grande e nela encontramos casos que envolvem elevado grau de estranheza.
Muitos deles, infelizmente, são de difícil comprovação, pois algumas pessoas
que vivenciaram o fato são de um elevado patamar social ou profissional e não
podem assumir o que aconteceu. Outras porque vivem isoladas e preferem
não falar mais no assunto. E há aquelas que se transformaram em místicas – o
que às vezes contribui para acrescentar mais alguns graus de estranheza nos
relatos. Vejamos alguns exemplos:
A filha de um militar brasileiro teria sido curada de um câncer. Uma
história semelhante se conta da filha de um industrial muito abastado, que
também teria sido curada de um câncer terminal, já nos seus últimos dias de

164
Verdades que Incomodam

vida, conforme relataram os médicos que a tratavam na residência de seu


pai, em Petrópolis (RJ). Conta-se que no final de tarde, uma nave teria pousa-
do nos jardins da residência e os aliens que saíram dela teriam deixado todos
os que se encontravam em casa num estado de suspensão. Os seres revisa-
ram a menina com ajuda de uma caixa que emitia uma luz sobre sua barriga,
como se fosse um raio-X, e depois teriam ditado ao seu pai a receita de um
medicamento de manipulação para ser ministrado à doente – ou ex-doente,
nessa altura. No dia seguinte, este homem teria convocado uma junta
médica que, estupefatos, tiveram que reconhecer que o câncer havia desa-
parecido. O presente relato nos foi dado por uma pessoa que trabalhou na
casa desta família durante muitos anos.
Outra doente brasileira foi a atriz de televisão Marta Andrews, internada
com câncer linfático, o qual afetara seu rosto. Em meio ao seu desespero,
certa noite teriam aparecido junto de sua cama seres pequenos do tipo grey
que lhe prometeram curá-la. No dia seguinte, não restava nenhum sinal em
seu rosto do drama vivido. Lícia Davidson, de Los Angeles, jura que foi
curada de câncer terminal no cólon, que inclusive já teria provocado metás-
tase, tornando-se inoperável. “Fui abduzida por eles, que me curaram”,
desabafa. A posterior consulta médica teria comprovado que o câncer tinha
desaparecido. Ela também afirma que o governo norte-americano a tem
importunado demais por essa razão. As curas realizadas por esses misterio-
sos seres envolvem desde cirurgias com utilização de instrumentos aliení-
genas estranhos, que emitem luzes sobre o corpo do doente – como se
fossem raios laser –, e outros que apenas encostam sobre a pele nos mes-
mos, incluindo ainda a ingestão de pílulas e injeções.
Com relação às injeções, lembramos no momento de escrever estas
linhas de uma história contada pelo general Uchôa sobre uma senhora que
tinha muito medo de médicos e mais ainda de seringas. Segundo Uchôa,
quando ela foi levada por ele a um encontro com ETs, estes teriam mandado
ela arregaçar as mangas da blusa, e em seguida lhe aplicado uma injeção com
uma enorme seringa, da qual ela não sentiu nada e teria ficado completamen-
te curada do seu problema.
O abduzido baiano Roy conta que, em 1971, quando fazia uma viagem
de carro pelo sul do país, sofreu um acidente na estrada perto da cidade de
Resende (RJ). Ele afirma que sentiu claramente a hora em que seu carro iria

165
Biblioteca UFO

capotar – com conseqüências imprevisíveis para ele e sua família – e o


instante em que o veículo se desprendeu do chão, iniciando um vôo em
direção a outra pista da rodovia. Sentiu que alguma coisa empurrava o
veículo de volta para o solo, deixando-o preso na beirada do canteiro
central. Poderíamos pensar numa ajuda dos mesmos que o abduziram
tantas vezes no decorrer dos anos? Tudo é possível.
Um dos casos mais estranhos ligados diretamente à interferência extra-
terrestre – e que mais se tentou ocultar – é o terrível vôo da Apollo 13, que
felizmente teve um desfecho positivo. No auge da conquista espacial aconte-
ceram diversos encontros entre astronautas e UFOs fora da atmosfera terres-
tre, no espaço e na Lua. Mas à exceção dos acontecimentos sofridos pela
Apollo 8 e mais tarde com a Apollo 9 [Já narrados no capítulo anterior], o
acontecido com a Apollo 13 supera a ficção.
Este novo vôo à Lua partiu de Cabo Canaveral em 11 de abril de 1970,
levando em sua tripulação James A. Lowell (outra vez!), Fred W. Haide e John
L. Swigert. O vôo começou errado desde que o astronauta Thomas K. Mat-
tingly teve que ser substituído praticamente às vésperas do vôo, devido a uma
suspeita de contaminação por sarampo. Tudo parecia dar razão aos que
temem o fatídico número 13 e pouco depois do lançamento, uma avaria de
uma das pilhas que forneciam energia elétrica comprometeu uma das partes
da missão. Por causa desse problema, deveriam abandonar o programa de
alunissagem. Mesmo assim, decidiu-se pela continuação da viagem. Quando
a nave se encontrava a 332.000 km da Terra, a temperatura e a pressão
aumentaram perigosamente, conforme os relatórios oficiais, provocando
uma explosão que destruiu parte do módulo de serviço, privando a cápsula de
oxigênio e de energia elétrica, e ameaçando a vida dos três homens.
O frenesi tomou conta dos técnicos do Centro de Controle de Houston,
que em desespero, tentavam encontrar uma solução para salvar-lhes a vida,
trazendo-os de regresso sãos e salvos. O que particularmente intriga os
pesquisadores e estudiosos do programa espacial é que, num diálogo travado
entre os astronautas e Houston logo após o acidente, há trechos por demais
interessantes. Essa conversa foi transcrita e publicada por vários jornais da
época, entre os quais os brasileiros O Globo, do Rio de Janeiro, e Diário de
Notícias, de Salvador, que estarreceram o mundo. O diálogo teria sido
captado por jornalistas diretamente da NASA, além de radioamadores que

166
Verdades que Incomodam

sintonizavam os canais americanos do Centro de Controle de Houston, que


monitorava todas as viagens espaciais. “... Ainda os está vendo?”, pergunta
um controlador de Houston para o chefe da missão. “Sim, parecem estar
atrás do módulo e de lá saem faíscas, como de solda...” , foi a resposta. “Ok,
fique observando e nos avise sobre qualquer novidade.” Quando interpela-
ram os responsáveis pela missão em Houston e a NASA, os jornalistas ouvi-
ram: “A NASA não admite a veracidade desse diálogo.” Mas a Imprensa
mundial o divulgou assim mesmo.
Nesse ínterim, enquanto a situação da Apollo era cada vez mais crítica, a
NASA informava à Imprensa que os cálculos efetuados resultavam em pers-
pectivas muito ruins para os astronautas. Cálculos que, por sua vez, diversos
técnicos e cientistas que trabalhavam freneticamente para ajudar confirma-
vam. Aparentemente, as provisões de água e oxigênio não seriam suficientes
para completar a viagem. E não poderia se tentar dar meia volta no espaço
para retornar. A nave deveria seguir rumo à Lua para tentar – após um giro em
volta da mesma – aproveitar a gravidade lunar e se projetar, como se fosse por
meio de um estilingue em direção à Terra. Para isso, enfrentando frio e exíguas
acomodações no módulo lunar, agora sem nenhuma utilidade para aquele
fim, já que era o único lugar onde ainda tinham oxigênio. Foram dias de angús-
tia para todos que acompanhavam o desesperado esforço que se realizava em
Terra para tentar salvar os astronautas, correndo contra o tempo.
Os técnicos e engenheiros da NASA chegaram a desmontar um
módulo igual ao deles para tentar descobrir o jeito de consertá-lo, ou pelo
menos conseguir água e oxigênio suficientes para o regresso. Com muito
esforço e grande capacidade, inventaram um aparelho para filtrar o monó-
xido de carbono e recuperar o oxigênio. Utilizando materiais existentes no
próprio módulo de comando, passaram as instruções para os náufragos
do espaço, minorando assim os sofrimentos e, sobretudo, fazendo com
que se mantivessem ocupados, porque se claudicassem psicologicamen-
te, apressariam o desastre.
Até a ex-União Soviética, em plena Guerra Fria, colocou à disposição dos
EUA uma nave Salyut automática para tentar resgatá-los no espaço. Mas as
coisas continuavam a perturbar o fatídico vôo 13. Qualquer mudança de
rumo, mesmo que fossem pequenas correções, traziam o inconveniente de
fazê-los gastar mais tempo, combustível, oxigênio e água. E de pronto, perce-

167
Biblioteca UFO

beram que a nave estava se desviando mais de 170 km da sua rota de entrada
na atmosfera terrestre. Este chamado corredor de entrada deve ser cuidadosa-
mente controlado, porque se a nave chegar num ângulo de reentrância muito
aberto, pode ricochetear nas camadas superiores da atmosfera e se perder
definitivamente no espaço. Por outro lado, se o ângulo for muito fechado, a
velocidade de penetração é muito maior e a nave pode se incendiar pelo atrito
com as moléculas do ar.
Depois de momentos de muita tensão, conseguiram se realinhar com a
Terra e horas depois, ‘amerissavam’ no Pacífico, em 17 de abril de 1970,
exatamente na hora planejada. Foi a nave que mais perto pousou (no mar) dos
navios de resgate, se comparada com suas antecessoras, e com água e
oxigênio sobrando para pelo menos mais três horas. Que poderíamos pensar
desta história? Foi apenas um belo romance, como o filme que foi primorosa-
mente realizado, com direito a um happy end hollywoodiano, ou deixou
muitas coisas escondidas a sete (ou setenta) chaves pelos militares?
Se os diálogos transcritos acima são verdadeiros – e são muitas as evidên-
cias que nos levam a acreditar nisso –, quem foi que ajudou nossos astronau-
tas no espaço quando já não tinham mais chances de sobreviver? Será que os
ufonautas, ETs, aliens, EBEs ou do jeito que você preferir chamá-los, sentem
alguma coisa por nós ou se preocupam com a Humanidade como um todo,
ou apenas cuidam dos seus interesses? É muito difícil responder essa pergun-
ta que muitas vezes as pessoas nos fazem. Principalmente porque não há
nenhuma possibilidade de saber como, porquê, o que pensam, qual sua linha
de raciocínio, suas noções de ética e moral tal como as conhecemos. Iria mais
além dizendo que não é apenas difícil, mas impossível saber o que poderemos
esperar do contato direto com eles.
Evidentemente, partindo de um raciocínio simplista, poderíamos
argumentar que se os extraterrestres que nos visitam fossem hostis ou
desejassem nos fazer mal, invadir, nos subjugar, já o teriam feito, posto que
tudo indica que eles estão nos visitando ou observando há muitos séculos,
não de 50 anos atrás. Sua tecnologia lhes daria condições mais que sufici-
entes para conseguir o domínio total na hora em que bem entendessem.
Não por isso devemos incorrer no erro de achá-los anjos ou mensageiros
divinos, enviados dos deuses. Sob esse aspecto, sabemos o que poderia
acontecer só com uma olhada em nossos livros de História...

168
Verdades que Incomodam

B C

D
Ilustração Alberto Romero

F G
E

(A) O alien visto por Roy. (B) O alien visto por Betty e Barney Hill. (C) A estranha
mulher “louva-a-Deus” de Whitley Strieber. (D) O ET que abduziu a senhora
Becker. (E) A mulher robô do Caso Taí. (F) Karran, um dos raptores de Bianca e
Hermínio Reis. (G) A mulher que teve relações com Vilas Boas.

169
Biblioteca UFO

Sabemos que alguns extraterrestres muitas vezes demonstram cuidados


para conosco e até podem ter ajudado os terrestres em algumas oportunidades.
Talvez para eles seja apenas um gesto amigável, banal e ante uma colocação
destas, alguns se sentirão gratificados e outros externarão seu repúdio. Alguns
ETs realizaram curas que para nossos padrões parecem milagres. Os índios
acharam coisa semelhante quando Caramuru colocou fogo numa vasilha com
álcool, que a eles parecia água, e ficaram temerosos que ele se zangasse e
pudesse incendiar os rios e mares. Algumas pessoas poderão dizer que o ser
humano – como está acostumado a fazer sujeiras com seus semelhantes –
imagina que os ETs também poderiam fazê-las. Temos que dar um voto de
confiança. Mas eu pergunto: com quais parâmetros aferir suas intenções?
As correntes místicas e espiritualistas têm certeza de que eles são real-
mente enviados de Deus, e as mensagens recebidas por canalização ou
mediunicamente são suas principais provas. Em contrapartida, não admitem
sequer falar em abduções, experiências genéticas, mutilações e outras coisas
mais atribuídas aos greys. O próprio aspecto físico dos seus extraterrestres
indicaria sua condição de elevada espiritualidade. Os contatados que afirmam
ter conversado com entidades como Ashtar Sheran, Karran e dezenas de
outros comandantes de frotas estelares, os descrevem como seres de inigua-
lável beleza, altos, loiros ou morenos, de feições suaves, transmitindo sempre
mensagens altruístas ou messiânicas.
Podem até estar certos, mas penso que eles só vislumbram um lado do
problema, evitando ir mais fundo e olhar com uma perspectiva diferente, com
maior abrangência. O pior é que dentro desses grupos místicos e espiritualis-
tas – aos quais muito respeito –, além dessas pessoas sérias profundamente
cristãs, existem outras que infelizmente apenas estão interessadas no seu
sucesso pessoal e material. Há também muitos fanáticos no mundo inteiro
que podem se tornar autênticos mensageiros da morte, como tantas vezes
aconteceu, sendo que na maior parte das vezes terminam em suicídio coletivo.
Tudo requer, da nossa parte, um exímio cuidado e uma análise apurada, com
direito a contra prova, para não correr o risco de errar.
E dentro dos questionamentos que devemos fazer, estão dezenas ou
centenas de relatórios aparentemente sérios de pessoas sinceras e equilibra-
das, que devem ser cuidadosamente estudados para tentar nos aproximar da
resposta. Em primeiro lugar, devemos levar em conta que não é apenas uma

170
Verdades que Incomodam

Ilustração Alberto Romero

Acima, dois aliens do tipo grey (cinza), macho e fêmea com 1,15 e 1,50 m de
altura. Ambos têm vestimentas inteiriças de cor branca. Azul escuro é usado
para operações noturnas, segundo Betty Andreasson. Abaixo, dois seres
pequeninos com aspecto de bebês de cerca de 30 ou 40 cm de altura.

171
Biblioteca UFO

nação alienígena que nos visita. Há muitas possibilidades de que sejam várias,
com diferentes entidades que, provavelmente, possuem diversas intenções e
interesses, que podem estar – entre elas – muito ou pouco evoluídas. Por
exemplo, no caso da célebre abdução de Travis Walton, o lenhador americano
que passou 5 dias em poder dos seus capturadores, os conhecidos greys –
vilões das abduções –, e viu no seu desespero (enquanto queria pedir socorro)
um outro tipo de alienígena. Esse outro extraterrestre era do tipo humano-
angelical loiro, de tez bronzeada e longos cabelos castanhos, que se limitou a
olhá-lo com indiferença, como quem olha para um camundongo que se
debate num laboratório sem dar-lhe maior atenção.
Além disso, evolução técnico-científica não significa necessariamente
evolução ético-moral. A esse respeito, basta lembrar quantos extraordinários e
inteligentíssimos cientistas terrestres se dedicam a criar armas convencionais
ou químico-bacteriológicas cada vez mais letais, além de nucleares capazes de
banir o homem da face da Terra. E quantos desses cientistas se dedicam a
encontrar meios de melhorar a saúde e a fome do mundo. E estamos falando
de indivíduos de uma única espécie: a humana. Se aceitamos trabalhar a
hipótese de que várias raças alienígenas estão chegando – ou já o fizeram – e
dentro da linha de pensamento acima sugerida, como estabelecer um com-
portamento padrão que sirva a todos eles por igual? E não estou dizendo que
todos sejam ruins para nós, mas apenas jogando no papel das múltiplas
possibilidades e variantes que deveríamos analisar para tentar dizer algo, com
um mínimo de embasamento.
Vamos analisar alguns depoimentos de abduzidos e contatados que, na
sua maioria, pareciam nos sinalizar com um cuidado todo especial dessa raça
para conosco e para o nosso planeta. Um deles diz em seu depoimento que os
seres lhe mostraram uma campina cheia de vida, mas que havia uma grande
bolha escura que iria cair sobre tudo isso. Essa bolha é uma grande massa de
água que os seres alegam que irá cair sobre o planeta Terra, matando todos os
seus habitantes. E disse mais: que os seres humanos agem destrutivamente
com seu planeta e que não confiam em nossa inteligência.
Um abduzido de Costa Rica descreve com detalhes dramáticos as
imagens que ele e outras 15 pessoas que se encontravam na mesma nave
foram obrigados a ver numa espécie de tela. Um grande corpo celeste se
aproximando da Terra e caindo no mar. A onda levantada pelo impacto faz a

172
Verdades que Incomodam

água do mar retirar-se, podendo ver então no fundo do oceano peixes


agonizantes no seco e a seguir, uma onda gigantesca chegando à costa
arrasando com tudo. A única imagem que eles viram da ilha, onde mora-
vam, foi o cume da mais alta montanha da região que ficou como uma
pequena ilhota no meio do oceano. Algumas pessoas não resistiram à
emoção, choraram, gritaram e até uma mulher desmaiou. Na mesa dessa
estranha sala de reuniões, dois greys ladeavam outro indivíduo que parecia
ser o chefe: alto, de longos cabelos loiros e tez bronzeada.
Nestes dois casos analisados encontramos uma previsão catastrófica
com os mesmos elementos: uma grande massa de água que arrasa o
planeta Terra. E são muito mais. Poderíamos dizer que essas pessoas se
conheciam entre si e criaram essas histórias de forma a serem idênticas?
Parece-nos altamente improvável. Então, o que devemos pensar disso?
Será que os alienígenas estão querendo nos dizer alguma coisa no sentido
do que poderá ocorrer num futuro próximo ou distante? Há pouco tempo
fomos surpreendidos com a notícia de que um grande asteróide estava se
aproximando do nosso planeta, com risco de se chocar com ele, ocasio-
nando uma tragédia incalculável. Os primeiros cálculos eram preocupan-
tes, mas os posteriores nos tranqüilizaram. O asteróide deverá passar
bastante longe da nossa órbita.
Outras pessoas abduzidas em vários locais do mundo falam da constan-
te preocupação dos extraterrestres com a Ecologia. Quem afirma isso é Betty
Andreasson Luca. “Eles juntaram a semente para prolongar a forma... Têm
estado colhendo cada espécie e cada gênero de planta por centenas de anos
para que nada se perca quando o final vier. Eles amam o planeta Terra e têm
estado cuidando dele e do homem desde sua origem... São zeladores da
natureza e das formas naturais... Eles amam a Humanidade.” Além disso,
tais seres garantiram a Betty que as abduções que faziam tinham razão de ser,
já que estavam monitorando os efeitos do meio ambiente no corpo e conse-
guindo “…a restauração da forma humana”, ressaltando ainda que o equilí-
brio da natureza na Terra estava em risco.
Muitos outros abduzidos relataram conversas semelhantes, onde deixa-
vam muito clara sua preocupação pelas bobagens que o homem estava
fazendo, destruindo a natureza, poluindo o ar e as águas das mais diversas
formas. Anos atrás, a preocupação demonstrada por eles era com respeito ao

173
Biblioteca UFO

uso inconseqüente da energia nuclear. Foram muitos os que – abduzidos ou


contatados – divulgavam mensagens como as do baiano Hélio Aguiar, em
abril de 1959, quando além de bater 4 fotografias de um UFO numa praia
baiana – a última da seqüência, já adormecido sobre sua motocicleta – escre-
veu: “Cessem todas as experiências atômicas...” Posteriormente, os negati-
vos que ele guardava dentro de uma gaveta da sala do Banco da Bahia, onde
trabalhava, foram roubados. As fotografias – reveladas com a supervisão de
um militar amigo dele no quartel de Amaralina – foram amplamente divulga-
das assim como a íntegra da mensagem escrita por Hélio, recebida enquanto
permanecia inconsciente, na desaparecida revista O Cruzeiro, numa matéria
do jornalista João Martins.
Os depoimentos de Betty Andreasson Luca tem também palavras que
deveriam ser analisadas com muito cuidado. Um dos aliens, do tipo grey,
chamado Quazgaa, disse ao final de uma das tantas abduções em 1967: “Nós
temos a tecnologia que o homem poderia usar... É através do espírito... Se o
homem estudar a própria natureza, descobrirá muitas respostas... Ele as
descobrirá através do espírito. O homem não é feito apenas de carne e san-
gue.” Falamos muito sobre os greys bons e ruins. É uma forma talvez simplista
de descrevermos os aliens por serem os mais atuantes em nosso meio, mas não
são apenas eles. Além disso, dentre os próprios greys, podemos encontrar
algumas diferenças mais ou menos marcantes. Vamos descrevê-los:
Tipo A possui de 1,20 a 1,30 m. É humanóide de cabeça grande em
forma de pêra invertida, com grandes olhos ovais escuros (pretos ou azuis),
narinas pequenas e uma boca em que aparece apenas um traço. Braços
compridos com 3 ou 4 dedos, às vezes palmeados e um físico de aparência
franzina. A cor de sua pele é cinza. São os maiores responsáveis por abduções
e experiências genéticas, estando, ao que parece, interessados em criar uma
nova raça híbrida, fruto de seus genes misturados com os humanos. Exploram
o meio ambiente e se utilizam de alguns recursos do planeta Terra. Em alguns
casos, se se sentirem ameaçados, podem ser bastante agressivos. Alguns
deles podem ser robôs biológicos e possivelmente clonados.
O tipo B tem estatura de até 1,50 m, cabeça grande e muito desenvolvida
em relação ao corpo, com grandes olhos ovais com ou sem membrana
(pálpebras) de proteção. Possuem 6 dedos e provavelmente são do tipo
autopsiado, cujo vídeo foi fartamente divulgado pelas emissoras do mundo

174
Verdades que Incomodam

inteiro e que falsamente disse-se que eram do acidente de Roswell. Ocupam-


se de realizar abduções em pessoas aparentemente escolhidas com as mes-
mas finalidades dos anteriores e são um pouco mais pacíficos. O tipo C chega
a 1,80 m. Sua cabeça também é desproporcional ao corpo, como no tipo
anterior, com grandes olhos ovais, sem pálpebras. Tem 4 dedos nas mãos e
convivem pacificamente com outras raças alienígenas do tipo humanóide.
Aparentam ser bastante evoluídos espiritualmente e seus programas prevêem
o contato direto com a raça humana.
Dentre os tipos pequenos, convivendo nas mesmas naves com os greys,
existem outros talvez mais pacíficos ou espiritualizados e cuja pele é muito
branca. Possuem também uma cabeça grande, porém seus olhos são redon-
dos e às vezes são capazes de demonstrar emoções – conforme relatam
alguns abduzidos. Neste biótipo, muito raramente são identificados como
seres fêmeas e quando estas estão presentes, passam a impressão de serem
superiores hierarquicamente aos machos. Além disso, são muito franzinas,
mas geralmente mais altas que seus companheiros.
Em muitos relatos de abduções, são descritos diversos tipos de
alienígenas compartilhando uma mesma nave, incluindo robôs e outros
como os de tipo reptiliano ou com aspecto de grandes insetos. Também
não é estranho encontrar como comandantes dessas naves alguns seres
do tipo nórdico-angelicais. Estes humanóides – ou quase humanos – são
brancos, de pele muito fina e delicada, olhos amendoados de cor castanha
ou profundamente azuis e até cinzas, com longos cabelos loiros até os
ombros. De porte atlético – sem exageros –, atingem 1,80 até mais de 2,00
m de altura. Neste tipo, encontramos também alguns casos de seres com a
pele morena, muito bronzeada ou do tipo indiano (orientais), com cabelos
escuros curtos – caso Karran – e ocasionalmente são vistas fêmeas, tam-
bém muito altas, de cabelos pretos e rara beleza.
A julgar pelos depoimentos da abduzida e contatada Bianca e seu ex-
marido Hermínio Reis, o extraterrestre Karran e seu companheiro os trataram
muito bem. Após fazerem diversos exames físicos no casal, conversaram
bastante amigavelmente com eles com ajuda de uma espécie de capacete que
lhes colocaram na cabeça e que servia como tradutor, conectado a um equipa-
mento. Antes de deixá-los ir embora, inseriram provavelmente um implante
em Bianca para captar suas ondas mentais. Meses depois, quando foram

175
Biblioteca UFO

avisados de um novo contato, os encaminharam até uma pessoa que os


levaria até o local de aterrissagem do disco. Posteriormente, descobriram que
o rapaz que serviu de guia e tradutor era também extraterrestre, e que, confor-
me lhes contou, estava ali para que Karran pudesse socorrê-lo, já que se
encontrava muito doente e não tinha podido comunicar-se com os seres da
sua raça. Karran teria interceptado o seu pedido de socorro e veio em sua
ajuda. Assim como ele, existiam muitos outros da sua raça – idêntica a um ser
humano normal, apenas com a diferença de ter dois corações – vivendo na
Terra há muitos anos.
Há muitos outros sub-tipos de raças de alienígenas nos visitando com
certa constância. E seria bastante complicado descrevê-los neste traba-
lho. Principalmente por existirem poucas referências e casos isolados nos
quais podemos nos basear. Já foram descritos seres de até 15 cm de altura,
assim como gigantes de mais de 4 ou 5 metros, passando por ciclopes
baixinhos, peludos e muito agressivos – 2 casos na Venezuela em 1959 e
outros dois no Brasil, em Feira de Santana e Varginha –, tachados como
bicho-preguiça pela semelhança com o animal. Alguns são descritos
como fetos, com 90 cm de altura e outros lembravam um vegetal, proces-
sando sua alimentação à semelhança da fotossíntese. Um ou dois desse
tipo teriam sido capturados com vida e chegaram a viver alguns anos em
poder dos militares norte- americanos [O caso das verdadeiras autópsias
de Roswell não o que foi veiculado na televisão].
Depois temos, nesta longa lista, monstros como o de Sutton ou os de
Hopkinsville, nos EUA, e homens pássaros com mais de 1,80 m de altura,
vistos neste país e na América do Sul – dois deles no Rio Grande do Sul [Este
caso foi pesquisado pelo doutor Walter Karl Bühler, da Sociedade Brasileira
de Estudos de Discos Voadores]. Há também inúmeros seres – de acordo
com as versões espiritualistas –, intra terrestres, inter ou extradimensionais,
fluídicos, de luz e os seres de aparência amorfa. No entanto, a predominância
das observações é de entes de baixa estatura, de 90 a 1,20 m – cerca de 80% –,
entre os quais a maioria é de greys nos seus diversos tipos.
Deixamos para o final umas poucas palavras com referência aos casos
que poderíamos chamar de bizarros: com seres que podem se transformar –
ou pelo menos assim parece às testemunhas – e assumir a forma humana ou
às vezes de animais, como cavalos, cangurus ou gamos e até se tornar

176
Verdades que Incomodam

invisíveis. Outras vezes, parecem ser uma bola de luz que atravessa portas e
paredes, reassumindo a seguir sua forma humanóide e interagindo conos-
co. Quando se processam abduções, tais seres levam as pessoas “em corpo
astral” e junto com elas atravessam muros ou telhados...

Observações
Com respeito à preocupação dos alienígenas com a espécie humana,
temos um exemplo na Bahia de um caso pesquisado pelo ufólogo Emanuel
Paranhos, da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro Freitas (SEULF).
Ele cita o fato ocorrido com Maria Margarida, próximo à cidade de Antas,
interior do estado. Esta senhora estava grávida de oito meses quando num
fim de tarde, em novembro de 1982, pediu à empregada para trazer uma
balde com água da fonte – distante uns 20 metros da casa. Quando a moça
saiu para o quintal, se desesperou ao ver uma grande “bacia de alumínio”
com luzes pulsantes lilás e verdes, que se dilatavam na medida em que a
nave se aproximava.
A observação levou mais de 30 minutos e todos estavam abismados
observando o fenômeno, quando dona Maria teve a intuição de que alguém
queria se comunicar, embora não visse nenhum indício de tripulantes. Logo
após isso, começou a conversar com seres que, em sua opinião, deviam estar
escondidos no interior da nave temerosos de que algo de ruim pudesse lhes
acontecer. Pediu então que se manifestassem de alguma forma, e ao sinalizar
com uma lanterna, foi correspondida.
Em continuação, pegou uma máquina fotográfica, mas teve que deixá-la
de lado em solicitação dos ETs. Sentia o som das palavras dentro de seus
ouvidos e após alguns minutos, nos quais insistiu bastante para que eles se
aproximassem, o UFO começou a fazê-lo lentamente, pedindo a ela que não
se abalasse que se mantivesse calma. Ao chegarem mais perto, a emoção foi
tão forte que suas pernas estremeceram e o coração disparou. Isso era incon-
trolável e por três vezes consecutivas a reação se repetiu.
No momento em que Maria se alterava o UFO se afastava, voltando a
aproximar-se quando se acalmava, até que os seres desistiram de vez
dizendo que, por ela estar grávida, não seria possível manter um contato
mais aprofundado. Afinal, o bebê poderia correr risco de vida, assim como

177
Biblioteca UFO

os próprios seres. Isto resulta bastante significativo, já que em alguns casos


– talvez quando se trata das suas crias –, tais seres não têm problemas em se
aproximar, abduzir seres humanos ou até mesmo fazer outros exames em
mulheres grávidas. Mas este caso, sem dúvida, era diferente e “eles” toma-
ram todo o cuidado para não afetar a testemunha.

178
Verdades que Incomodam

Capítulo 9

Abduções Alienígenas

“Parece impossível evitar a observação de que o fenômeno


da abdução alienígena está ocorrendo no contexto de uma crise
ecológica planetária, atingindo proporções críticas. E que a
informação sobre essa situação é geralmente transmitida
pelos seres alienígenas aos contatados.”
– John Mack, M. D., professor da
Harvard Medical School

C
omeçamos a escrever este capítulo sabendo, antecipadamente, que
estamos pisando em terreno pantanoso. Tudo é muito subjetivo e a
qualquer momento corremos o risco de escorregar, nos afundando
em nossas próprias convicções. Mas mesmo assim vamos tentar esclarecer
– pelo menos superficialmente – o que acontece nesta área da pesquisa
ufológica. Nosso trabalho, como já dissemos em algumas ocasiões, é muito
dedutivo e analítico, com aplicação de alguns conhecimentos básicos de
Psicologia. Contar com a colaboração de estudiosos da área de saúde
mental que aceitem ao menos falar ou discutir este assunto é extremamente
difícil – pelo menos em nosso Estado, a Bahia.
Quando procuramos um desses profissionais, ele esclareceu, antes de
mais nada, que teria que considerar uma conversa desse tipo como uma
consulta. Posso até precisar de seus serviços em nível pessoal, quem sabe?
Mas não é esta área que me interessa neste momento. Creio que, como eu,
muitos outros pesquisadores sérios passam pelas mesmas dificuldades. E

179
Biblioteca UFO

quando conseguimos alguém interessado, temos que pesquisar muito sobre


sua pessoa, captar suas reais intenções e disponibilidade antes de servir-lhes
de bandeja um caso que se não é levado adiante com todo empenho e serieda-
de, pode acabar prejudicando – e muito – o abduzido. Por causa desses contra-
tempos, nos vemos obrigados a ler com muita atenção os trabalhos publica-
dos por outros militantes dessa área da saúde mental, para podermos assim
ter uma base, por mais pequena que seja, a fim de tentarmos dar o apoio que
os abduzidos precisam, além de toda nossa compreensão e afeto.
E como são esses indivíduos? São pessoas normais sob todo ponto de
vista, tanto subjetivo, quanto psicológico ou físico. Vivem e trabalham normal-
mente, não existindo estereótipos nem grupos nitidamente identificados ou
fanáticos religiosos. São pessoas que, em geral, não inventariam uma história
para aparecer por qualquer motivo pessoal ou pecuniário. Pessoas como
qualquer um de nós: amas de casa, com pouca ou muita cultura e conheci-
mentos, profissionais de diversas áreas e faixa etária, cobrindo às vezes casos
de abdução desde a mais tenra infância até a terceira idade.
Algo que me impressionou profundamente nos poucos casos que tive a
oportunidade de pesquisar é a emoção – e às vezes o medo – que tais lem-
branças produzem nos abduzidos. Por acaso, as cinco pessoas que vou falar
a seguir lembram conscientemente de muitos dados e situações que serão
comentados, sendo que uma delas, a senhora Becker, teve uma desagradá-
vel experiência com o psicanalista que nos foi indicado para cuidar do seu
caso. Também o senhor Roy se nega a fazer qualquer tentativa de regressão e
muito menos comentar o seu caso com outras pessoas “a cara limpa”,
como ele diz, fora um reduzidíssimo núcleo de amigos íntimos. Tal qual é o
senhor M. N. Os restantes, o casal Prima e Taí, tem muitas dúvidas, medo e
vergonha de tentar uma regressão.
Dos cinco citados acima, além das recordações, todos têm em comum o
impacto de ter consciência de que “...o fenômeno nos alcança, por assim
dizer, onde vivemos penetra agressivamente no mundo material, seja ele ou
não deste mundo. Portanto, para atingir e alterar nossa consciência é poten-
cialmente imenso”, como descreve magistralmente o doutor John Mack
[Fonte: Abduções, Editora Educare Brasil]. Eles não se revoltam com o
acontecido e parecem aceitá-lo com resignação e maior abertura mental que
os auto rotulados normais. Mas voltando à definição ou tentativa de abdução,

180
Verdades que Incomodam

alguns profissionais associam este fenômeno a circunstâncias ou traumas de


abuso sexual que bloqueariam as terríveis lembranças do fato vivido pelos
abduzidos – que às vezes envolve até parentes próximos –, maquiando as
mesmas com imagens fantasiosas de ETs e discos voadores. Na verdade, os
casos estudados e analisados por diversos pesquisadores como John Mack ou
David Jacobs, por exemplo, que tenham evidências de assédio sexual, indi-
cam que esse abuso não existiu. Mas sim que situações opostas têm sido
registradas, ou seja, ao investigar uma pessoa supostamente vítima de estupro
ou abuso sexual, afloram lembranças indicando que o verdadeiro assunto
mascarado é o de uma abdução alienígena.
Em resumo, a abdução é um rapto perpetrado por inteligências extrater-
restres que levam pessoas a bordo de suas naves contra a vontade das mes-
mas e ainda se utilizam de complicados mecanismos psíquicos que anulam a
vontade do indivíduo. As vítimas são carregadas, na maioria das vezes, através
do teto ou paredes do local onde se encontram normalmente recolhidas
durante o período noturno, embora também aconteçam abduções fora de
casa, na estrada, no campo ou em lugares ermos. Já a bordo dessas naves ou
em locais imprecisos, tais pessoas são submetidas a exames semelhantes aos
realizados por médicos humanos, demonstrando claramente que há uma
manipulação genética no sentido reprodutivo.
Essas manipulações muitas vezes deixam marcas e cicatrizes no corpo
dos abduzidos, aparentando ter havido intervenções cirúrgicas ou biópsias
que aparecem simplesmente da noite para o dia. Além de ulcerações e picadas
como de agulhas, que saram rapidamente sem deixar vestígios. No caso das
biópsias, as cicatrizes que se assemelham a marcas de vacinas ficam para
sempre registradas no corpo das vítimas, e estas em muitos casos não se
lembram em que circunstâncias ou quando tais sinais apareceram. Na maior
parte das vezes, a explicação mais simplória aflora como justificativa: “Devo ter
me machucado quando criança e não me lembro como...” Discordando dos
pesquisadores que acreditam que somente uma hipnose regressiva seria a
maneira mais fácil de trazer as lembranças dos fatos ocorridos com os abduzi-
dos, acreditamos que um relaxamento bem feito resolveria o problema.
Obviamente, sabemos que essas recordações podem ser apenas a
ponta do iceberg e que com o uso adequado e criterioso da hipnose pode-
mos acessar uma enorme gama de informações complementares. Os

181
Biblioteca UFO

próprios abduzidos reconhecem que existem muitas coisas adormecidas


em sua mente que não conseguem aflorá-las. Será que são eles que têm
habilidade para manejar essas recordações ou elas vêm à tona quando seus
captores decidem que está na hora de conhecê-las? As lembranças às vezes
assomam anos ou décadas após os fatos acontecerem, motivadas por uma
leitura ou cheiro e até pelo toque de um parceiro desavisado.
Outras, aparecem na hora de colocar a cabeça no travesseiro e adotar
determinada posição na cama antes ou durante o sono. Todos estes são
mecanismos estranhos que parecem agir como a campainha do despertador.
Em outras ocasiões, estas recordações – que antes pareciam sonhos ou
pesadelos – adquirem uma proporção e peso tais que o abduzido toma cons-
ciência de que algo muito sério e assustador aconteceu com ele. O que signifi-
ca isso? Ele alega que se viu saindo do próprio corpo e atravessando paredes,
como nas narrativas de experiências próximas da morte. Sente – e jura que
sente –, em nível físico, a sutileza do toque ou a vibração nítida ao atravessar os
tijolos, a madeira, o concreto... E o pior é que, ao acordar, passou por alguma
intervenção cirúrgica dentro do sonho ou pesadelo e descobre uma cicatriz em
seu corpo que antes não estava lá!
As experiências com abdução podem acontecer numa mesma família e
até por três gerações, assim como uma vítima pode ter sua vida monitorada
desde os dois anos de idade. Nas mulheres é constatado um acompanhamen-
to metódico e periódico que se inicia na infância – talvez um possível mapea-
mento genético –, perdura na puberdade e persiste pelo resto da vida. São-
lhes retirados óvulos durante os períodos férteis para manipulação, fecunda-
ção – com material genético dos aliens – e posterior reimplante em seu corpo,
fazendo com que carreguem um feto em sua barriga por 4 meses. Nos
homens, o líquido seminal é extraído de forma traumática, conforme alegam
algumas testemunhas [Ver caso de Betty Andreasson Luca em Os Observa-
dores, de Raymond Fowler, Editora Educare Brasil].
Às vezes, lhes é dada a sugestão mental que induz o indivíduo a sentir que
está copulando com uma mulher maravilhosa, sentindo todas as sensações
físicas da penetração, odores, etc, e utilizando inclusive imagens que de
alguma forma povoam as fantasias e lembranças do abduzido. Na verdade, a
realidade é bem diferente. Em alguns casos, durante a sessão de regressão
afloram do inconsciente do indivíduo, inesperadamente, o trauma e a vergo-

182
Verdades que Incomodam

nha que se fazem presentes ao se lembrar que ele teve alguma espécie de tubo
inserido em seu pênis. Após uma descarga de energia nos testículos, uma
intensa ejaculação é provocada. É comparável ao despendido em três ou
quatro cópulas normais, resultando assim num desconforto muito intenso.
Essas características são as mais comuns. Outras, altamente traumáti-
cas, são as intrusões físicas sem distinção de sexo ou idade, por intermédio de
sondas via retal. Segundo explicações dadas pelos ETs às suas vítimas, tal fato
ocorreria “…para verificar se por dentro está tudo bem e em ordem.” Mas
como dizíamos, tudo é tremendamente confuso e contraditório. Aparente-
mente, entre os componentes de alto grau de estranheza estão o aparente
domínio das viagens mentais, tanto por parte dos ETs como dos abduzidos,
interpretação dimensional, outras realidades físicas, sensação de vivências
passadas (teoria reencarnacionista) como alienígenas, além da aparente
facilidade dos aliens mudarem suas formas e até se tornarem invisíveis ou fazer
ver aos terrestres o que eles querem que vejam. Estes seres também deixam
mensagens de cunho espiritualista e conselhos de fundo moral e ecológico.
Essas mensagens são transmitidas por telepatia ou são mostradas imagens
em telas que parecem uma espécie de televisão.
Em algumas delas aparecem cenas de um holocausto nuclear mostran-
do milhões de vítimas, áreas devastadas, ondas gigantescas arrasando
cidades, além de terremotos e incêndios. Tudo parece tão real que algumas
pessoas não resistem, desmaiam, gritam ou choram convulsivamente duran-
te as regressões. Dá até a impressão de que os aliens são verdadeiros sádicos
ou apenas fazem testes para estudar nossas reações, ante circunstâncias
altamente estressantes. Ou ainda tentam nos conscientizar, numa espécie de
tratamento de choque, mostrando-nos o que estamos fazendo com nosso
planeta. Isso sem contar que, aparentemente, os alienígenas têm meios de
manipular a matéria, tempo e espaço, tal como os conhecemos e num com-
pleto desrespeito às nossas teorias científicas e até às de Einstein...
As características dos processos de abdução são muitas e uma mais
complexa que a outra. Para quem quiser se aprofundar mais, sugerimos a
leitura do livro Abduções, de John Mack, e Os Observadores, de Raymond
Fowler – ambos da Educare Brasil. Há também a obra Intruders, de Budd
Hopkins [Editora Record], e Transformadores de Consciência, da doutora
Gilda Moura [Editora Atheneu Cultural]. Entre os casos de abdução, quere-

183
Biblioteca UFO

mos fazer um destaque para um que no mínimo é interessante devido à vítima.


No livro UFOs e Abduções no Brasil, de nossa querida pioneira, dona Irene
Granchi, ela cita o caso de um general brasileiro, já aposentado, que foi
seqüestrado no Rio de Janeiro quando ainda estava na ativa. Era março de
1969 e ele na estrada Grajaú-Jacarepaguá, por volta das 02:45 h, quando teve
seu veículo aparentemente sofrido uma pane na Avenida das Américas. A
testemunha viu então uma luz muito grande que teria se detido a alguns
metros de onde ele se encontrava.
Pensando tratar-se de um caminhão que se oferecia para ajudá-lo, se
aproximou do mesmo. Foi quando se deparou com uma estrutura transparente
e muito iluminada, tendo em seu interior três pessoas: um engenheiro, uma
advogada e um médico, sendo que este último parecia ser o anfitrião. Depois,
viram diversas imagens numa tela de grande definição e, após tudo isso, o
anfitrião despediu-se do general, devolvendo-o novamente à estrada. Eram
então 03:10 h e o militar chegou a pensar que tivesse sofrido uma alucinação,
fato que mais tarde descartou, face aos seus conhecimentos de Medicina, já que
ele também era médico. O relato completo e rico de nuanças se encontra no
livro já citado, assim também como outros casos igualmente importantes.
Fatos mundialmente conhecidos que não poderiam faltar nesta relação,
embora o façamos mui sucintamente, são o de Antônio Vilas Boas e Betty
Andreasson Luca. Vilas Boas, um agricultor já falecido, teve sua experiência de
abdução em 5 de outubro de 1957, na localidade de São Francisco de Sales,
no sul de Minas Gerais, e foi brilhantemente pesquisado pelo saudoso doutor
Olavo Fontes, outro pioneiro da Ufologia brasileira, e o jornalista João Martins,
falecido em 19 de junho de 1998, aos 82 anos, da extinta revista O Cruzeiro.
Vilas Boas foi levado a bordo de uma nave extraterrestre e após ser submetido a
diversos exames do tipo médico foi colocado num compartimento do UFO,
completamente despido. Instantes depois, adentrou no recinto uma fêmea
aparentemente alienígena, também nua, mas com características físicas
semelhantes às mulheres da Terra. Apesar da situação, houve duas consuma-
ções do ato sexual entre ambos.
A esse respeito, cabe comentar que imaginamos que seja praticamente
impossível um homem nessas circunstâncias, pego na marra por quatro
bizarras criaturas vestindo roupas colantes e capacetes, que lhe tiram sua
vestimenta, passam um líquido estranho em seu corpo, extraem amostras

184
Verdades que Incomodam

de sangue de dois pontos de seu queixo (cujas marcas duraram um ano) e ter
concretizada uma cópula com ereção com uma alienígena. Após tudo isso,
como se não bastasse, a vítima ainda vomita violentamente por causa de
algum tipo de gás que penetrou no recinto. A fêmea, de apenas 1,35 m de
altura, no final da conjunção, saiu do recinto na hora em que os encapuzados
abriram a porta, sorrindo para Vilas Boas. E após sinalizar para ele o seu
ventre, apontou para as estrelas, aparentemente significando com isso que
estava levando um filho dele para o Cosmos. Algumas versões posteriores,
embora sem confirmação, dizem que muitos anos depois o ex-agricultor,
que se transformara em advogado, teria sido novamente abduzido e conhe-
cido o suposto filho gerado naquela noite.
Temos aqui uma forte evidência de tentativa de miscigenação racial por
parte de tais seres, procurando uma cria híbrida, coisa que nos últimos anos
ficou claro que precisam ou se interessam. Através desse processo os alieníge-
nas obteriam esperma e óvulos humanos nas abduções da forma mais científi-
ca ou cruel, e com isso desenvolveriam os fetos resultantes dessa experiência
em úteros artificiais. O caso Vilas Boas não foi o único ocorrido no Brasil,
porém o que nos interessa analisar são as conseqüências e motivos que o
levaram a esta situação. Em diversas oportunidades os aliens revelaram à
famosa abduzida Betty Andreasson Luca, “…que colhiam as sementes de
todos os animais terrestres, incluindo o homem, para que a espécie não
fosse perdida, face à possibilidade do homem tornar-se estéril e desaparecer
da face da Terra. Além disso, também disseram que precisavam da semente
porque suas fêmeas – devido a um problema genético – estariam sofrendo de
um estreitamento da bacia, impedindo-lhes engravidar.” E ainda que “essas
crianças híbridas seriam a base de uma nova Humanidade que povoaria a
Terra, herdando características de ambas as raças [Fonte Os Observadores,
de Raymond Fowler, Educare Brasil].”
Antes de todas estas experiências genéticas que tomamos conheci-
mento, parece que os alienígenas já procuravam obter suas crias híbridas há
muito tempo atrás. Desde o início do século, e talvez muito antes, acontece-
ram fatos que sinalizaram para essa possibilidade, pelo menos dedutiva-
mente. Muitos navios apareceram à deriva nos oceanos, sem ninguém a
bordo. Talvez o mais famoso seja o Maria Celeste, onde foram encontrados
alimentos ainda quentes no fogão ou sobre a mesa, como se o fato tivesse

185
Biblioteca UFO

acontecido apenas alguns minutos antes de serem descobertos. E não


foram poucos, embora não tenhamos uma estatística apropriada para a
comprovação. A prova mais efetiva de que tais fatos ocorreram foi no ano
de1970, quando a companhia inglesa de seguros marítimos Lloyd deu a
conhecer um relatório para seus acionistas, o qual conta que só naquele ano
tinha registrado mais de 370 casos de navios desaparecidos. E não foram
apenas veleiros, mas grandes cargueiros e petroleiros.
O que isso tinha a ver com nossas suspeitas? Na maioria absoluta dos
casos desses navios desaparecidos ou achados sem ninguém a bordo
(porém com a carga muitas vezes intacta, o que prova que não tinham sido
vítimas de bandidos), todos os seus tripulantes eram homens na plenitude
de seu vigor físico, entre 18 e 30 anos de idade. Também houve acidentes
com navios de guerra e até aviões militares, nos quais não foram encontra-
das vítimas. Isso sem falarmos nos desaparecimentos de batalhões de
soldados com mais de 300 homens e outros mais. Dá para imaginar que
banco de esperma pode ter sido montado com alguns milhares de indivídu-
os em sua plenitude física?
Nessa época, mais ou menos, começamos a ver tripulantes de UFOs
respirando nosso ar com características muito semelhantes ou idênticas às
nossas. Foi aí que começaram a surgir as suspeitas. Seria devaneio supor
que alguns desses tripulantes de UFOs poderiam ser humanos? Não pode-
mos esquecer que há muitíssimo tempo vêm ocorrendo desaparições de
pessoas [Segundo estimativas da Secretaria de Segurança de São Paulo,
no ano de 1996 teriam desaparecido 4.000 pessoas]. Vamos imaginar que
entre fugas banais, mortes sem reconhecimento e pessoas que acabam
voltando aos seus lares – sem que se comunique o fato às autoridades – o
número caia pela metade. E o resto? E se elas estão sendo levadas para um
outro orbe em que seus descendentes – os que se parecem conosco – são
essas criaturas que nos visitam?
Evoluindo em nossas divagações, podemos imaginar que alguns ou
muitos desses escolhidos – precisamente porque são jovens – optaram
livremente pelas grandes aventuras, contando para isso com inimagináveis
avanços científicos colocados à sua disposição e assim ganharam uma
existência sadia e conseqüentemente, uma longa vida. Ou quem sabe, talvez
tenham sofrido alguma espécie de lavagem cerebral que tenha lhes feito

186
Verdades que Incomodam

esquecer suas origens, tendo-se tornado leais aos seus novos irmãos ou
proprietários. Muita loucura? Talvez. Em todo caso, alguém pode oferecer-nos
uma sugestão melhor? Claro que não temos prova alguma disso que coloca-
mos aqui, mas possuímos o sentimento de não estarmos demasiadamente
errados. E por fim, existem muitos abduzidos que afirmam que os aliens lhes
explicaram que também são extraterrestres em corpos humanos – como um
dos casos apresentados no livro do doutor John Mack, já citado, que chega a
descrever como um ET mergulhou no corpo que estava sendo deixado pelo
seu antecessor.
Evidentemente, é impossível – a não ser que enveredemos pela ortodoxia
radical da Ciência – dizer ou criticar o aqui colocado. Em todo caso, espero que
sirva para meditar mais e possamos analisar esses fatos com um mínimo de
isenção, analisando se essas teorias são viáveis ou não, lógicas ou ilógicas, sem
é claro esquecer que não sabemos exatamente o que ou como pensam os
aliens, sentem ou o que pretendem de nós. O que parece é que eles têm algum
projeto a nosso respeito, e que, se não me engano, irão levá-lo adiante a qual-
quer preço, com nossa colaboração ou sem ela. Isso pode ser notado no livro
Comunhão, do escritor norte-americano Whitley Strieber. Nele, o autor mostra
o que pode sintetizar ou representar o que a maioria desses escolhidos privilegi-
ados ou vítimas aleatórias parecem sentir. “As pessoas que tiveram contato
com os visitantes os qualificam como figuras pequenas e desagradáveis,
com olhos que parecem fixar o mais fundo possível a parte principal do ser. E
aqueles olhos estão pedindo, talvez até exigindo algo. Seja o que for, é mais
do que uma simples informação. O objetivo não parece ser o tipo de inter-
câmbio claro e aberto que nós esperamos. Eles querem muito mais. Parece-
me que procuram o que há de mais íntimo em nossa alma: a comunhão.”

Experiências Genéticas

Como já dissemos, uma das principais tarefas alienígenas nas abduções


está relacionada com a reprodução humana. Interessa-lhes vivamente nossa
sexualidade, nossos órgãos de reprodução, líquidos seminais, óvulos e
gravidez. Uma curiosidade científica normal, diriam alguns. Afinal, fazemos a
mesma coisa com nossos animais: os monitoramos, cadastramos, marca-
mos eletronicamente para não perdê-los de vista, sabemos como o seu

187
Biblioteca UFO

processo de reprodução acontece, qual é o número de genes de cada espécie


e os períodos apropriados para a reprodução – perfeitamente harmônicos
com a natureza. Além disso, de repente percebemos que o bicho homem é o
único que pode copular e procriar em qualquer tempo, e que cruza com sua
fêmea, independentemente de procurar a reprodução (muito pelo contrário),
sente prazer e até extrapola nas suas conjugações carnais: volúveis, heterosse-
xuais, bissexuais, homossexuais... Coisa que, convenhamos, na natureza é
muito difícil achar (salvo algumas contadíssimas exceções).
Sem dúvida, o ser humano é uma verdadeira fonte de interesse, não
apenas para nossos psicanalistas e sexólogos, mas também para os alieníge-
nas que interagem conosco. Sabemos também que é impossível o cruzamen-
to entre duas espécies diferentes, e é aí que entra novamente a exceção para
confirmar a regra, já que parece que em nome da Ciência tudo pode acontecer
e temos alguns exemplos de animais híbridos. Mas não é disto que queremos
falar. Queremos nos referir especificamente à impossibilidade absoluta de
cruzamento entre humanos e chimpanzés – nossos primos mais próximos –
por uma diferença de apenas 2 cromossomos. Agora, de repente nos defron-
tamos com uma realidade absurdamente chocante. Óvulos humanos podem
e são fertilizados por esperma de aliens, reimplantados no ventre feminino que
os desprendeu, dando assim início a uma gravidez de 4 meses...
É isso aí: quatro meses depois o feto é retirado em uma nova abdução e
levado por esses seres. Como? Para onde? Para quê? Aparentemente, estes
fetos, após sofrerem uma imediata cirurgia que circuncida o globo ocular e
algum tipo de manipulação ou intervenção no cérebro, são colocados em
recipientes com um líquido rosado que os cobre até a cabeça. Depois são
deixados por um período indeterminado no que poderíamos chamar de “útero
artificial”, completando assim o tempo de gestação. E com respeito ao sêmen
humano? Sobre isso não temos maiores informações, mas é lícito supor
partindo da premissa de que, segundo informações dos aliens, as fêmeas dos
greys teriam um problema evolutivo – ou criado por alguma razão desconheci-
da – que as impediria de gerar filhos por causa do estreitamento da bacia,
colocando assim a espécie em perigo de extinção.
Assim, os óvulos alienígenas podem ser fecundados pelos espermatozói-
des humanos e implantados em mulheres abduzidas, repetindo o processo
antes mencionado. Ali volta a pergunta de 1 milhão de dólares: se entre criatu-

188
Verdades que Incomodam

ras terrestres é impossível o cruzamento entre humanos e macacos pela


diferença mencionada anteriormente, então como seria possível o cruzamen-
to bem sucedido com entidades extra ou “supraterrestres”, distantes de nós
dezenas de anos-luz? Na verdade, a distância não interessa e sim o resultado. E
por fim, outra pergunta igualmente importante e que talvez nos cause medo
tentar respondê-la: para onde vão as crianças híbridas? Alguns aliens dizem
que o homem se tornará estéril assim como eles, e dessa forma estão tentando
salvar a espécie [Fonte: Os Observadores, R. Fowler]. Outros dizem que estão
preparados para repovoar a Terra após o fim dos tempos com outra mentalida-
de menos agressiva que a dos humanos, com características das duas raças e
reprogramados, como estão fazendo atualmente com alguns abduzidos.
Num trecho do livro Abduções, o professor John Mack diz: “O abduzido
pode até sentir um profundo amor pelos seres alienígenas – em alguns casos
mais forte do que sente num relacionamento humano – e perceber que esse
amor é correspondido. O contato através dos olhos parece desempenhar um
importante papel na evolução desse processo. Em vez de, por exemplo, os
abduzidos ficarem ressentidos com o fato de terem seu esperma e óvulos
usados pelos alienígenas no projeto de hibridização, passam a sentir que
estão participando de um valioso processo de criação e evolução da vida.” O
que dizer? Será isso verdade ou mais uma manipulação das mentes humanas
para perceber e aceitar aquilo que só a eles interessa?
Em diversos relatos da casuística ufológica, com acidentes e resgate de
sobreviventes ou cadáveres, encontramos descrições perturbadoras que
parecem sinalizar uma luz de alerta ou de perigo... No famoso Caso Roswell, o
suposto laudo de autópsia de um desses corpos indica que o ser em questão
tinha características humanas, com órgãos em formação – embora não seja
possível precisar se “viviam ou não antes do evento”, já que os pulmões pareci-
am “sacos desinflados sem função aparente. O esôfago não parecia ter
concluído sua ligação com o estômago. O sexo era como o de um feto ainda
em formação, e além disso apresentava indícios claros de cirurgia cerebral e
em volta dos olhos. Seu peso não chegava a 12 kg e sua altura era de 1,10 m.”
No caso de Feira de Santana (BA), a testemunha foi categórica ao descre-
ver o tripulante morto como sendo um feto com 90 cm de altura. E estou
citando apenas dois casos em meio a dezenas, nos quais foram vistas criaturas
humanóides. Não podemos esquecer ainda outros detalhes suspeitos, tais

189
Biblioteca UFO

como no início das observações e contatos em que os alienígenas pareciam


não querer ou poder sair de suas naves e depois apareciam vestindo roupas e
usando escafandros. E, por fim, surgiam com o rosto descoberto ou com
simples tubinhos inseridos no nariz, respirando nosso ar. Adaptação simples,
mutações programadas ou ainda hibridização? Alguns alienígenas são tão
iguais a nós que poderiam passar despercebidos no meio de uma grande
cidade, numa base ou QG militar, incluindo a Casa Branca ou o Pentágono...
Parece ficção científica ou filme classe B. E se for, por que tanta preocupação e
cuidado por parte das autoridades? Talvez eles tenham suas razões – fortes ou
fortíssimas – para tomar tantas precauções...
Você se lembra dos depoimentos do abduzido Onilson Pátero, no interior
de São Paulo? Ele tinha dado carona a um rapaz antes da primeira abdução, no
todo semelhante a um de nós, perfeitamente normal, muito educado e não
fumante. Durante a segunda abdução, um ano depois, encontra – como
membro da tripulação do UFO que o rapta – o mesmo rapaz, e momentos
depois vê entre vários humanos que passam à sua frente outro Onilson Pátero,
exatamente igual a ele, só que vestindo roupas idênticas as que usava durante
a primeira abdução... Alguém foi mais fundo nessa investigação e nas possíve-
is implicações desses fatos, muito estranhos?

Intenções e Conseqüências da Abdução


Resta nos perguntar quais serão as reais intenções dos alienígenas que
nos abduzem e quais as conseqüências mais imediatas disso. Sabemos
que o contato entre uma civilização superior e outra inferior (no caso a
nossa) poderia destruir todos os seus valores – mesmo em nível inconscien-
te perderia seus referenciais e suas raízes. Isso se a superior ou alienígena
tomasse todos os cuidados, principalmente com prováveis epidemias e
doenças que se tornariam incontroláveis, já que não teríamos anticorpos
apropriados para nos defender delas.
O maior exemplo temos com nossos índios, que viviam tranqüilos em
sua vida simples e saudável e tiveram suas tribos e nações indígenas de
milhares de indivíduos arrasadas por causa de resfriados ou doenças venére-
as transmitidos pelos deuses brancos e barbados. Então, vemos que a coisa
não é tão simples assim como alguns pretendem endeusando os extraterres-

190
Verdades que Incomodam

tres. Há quantos anos fomos surpreendidos por doenças que se alastram sem
controle: AIDS, Ébola, etc? Dá para perceber o que eu quero dizer? Posso ser
mais um no meio de 10 milhões de abduzidos no mundo inteiro. Como ser
humano e supostamente inteligente, acredito na pluralidade dos mundos
habitados, que assim como existem milhares, muitíssimo mais adiantados
que nós – tecnologicamente falando – existem outros milhões que estão em
nosso nível e outros atrás de nós. Muito bonito e politicamente correto. Mas
não é bem por aí. Adiantamento tecnológico não significa necessariamente
evolução moral ou ética, sendo a recíproca verdadeira. Assim como seus
conceitos de ética e moral podem não ser iguais aos nossos, se é que existem,
como utopicamente achamos que deva ser.
Seria fantástico poder ver, conhecer ou nos integrar com seres do espaço,
que talvez tenham muito a nos ensinar. Mas a que preço? Será lícito querermos
dar esse pulo no ar sem a rede de proteção ou seria mais sensato dar um passo
de cada vez? Claro que, sendo assim, quem está dando o passo para dentro do
nosso quintal são eles, e não podemos impedi-los se forem prejudiciais a nós.
Resta a esperança de que o Supremo Criador esqueça nossa lógica dúvida e de
repente sejam os ETs enviados dele querendo fazer com que arrumemos a
bagunça que estamos realizando no planeta que nos deu por casa e que tanto
o maltratamos. Por último, deveríamos perguntar e esperar uma resposta
sincera de quem seja o responsável: a quem interessa ou prejudica a revelação
ou ocultação destes fatos?
Se por um lado devemos reconhecer – levando em consideração os
pontos negativos desta situação – o sigilo dos poderes governamentais, como
precaução para evitar o tão propalado temor do desencadeamento de pânico
generalizado e suas trágicas conseqüências e efeitos em todos os seguimen-
tos da sociedade, podendo levar à anarquia e falência todas as instituições, por
outro lado sabemos – e é exatamente isso que nos preocupa mais – da impo-
tência e incompetência para fazer qualquer coisa de positivo por parte das
autoridades, face à situação que está muito provavelmente fora de controle.
Estas palavras incomodam, eu sei. A mim também, mas acho que fingir
que nada acontece não adianta. E pelo menos alguém tem que fazer ou dizer
algo. Ficar calado e lastimar é atitude de covarde. Mas deixando o desabafo de
lado, analisemos outra variante da situação que o estudo das abduções nos
propicia. Se existisse outra alternativa além da eterna dualidade entre o bem e o

191
Biblioteca UFO

mal, mocinho e bandido, luz e sombra, anjos e demônios? Por exemplo, temos
ETs praticando as abduções, mutilando pessoas e animais, criando seres de
pesadelo nos subterrâneos da Base de Dulce e outras coisas mais que esca-
pam à nossa compreensão, em troca de migalhas tecnológicas. Outro tipo ou
dissidência dos greys querem nos ajudar fazendo curas, nos protegendo dos
outros, induzindo-nos a repensar em nossa vida particular e na situação do
planeta, nos engajando em campanhas ecológicas e se preocupando com os
destinos da Terra e da Humanidade.
Parecem existir outros tipos de aliens, em tudo semelhantes a nós,
apenas mais altos e belos e que parecem comandar os pequenos greys que,
em determinadas circunstâncias, se mostram totalmente indiferentes [Vide
caso de Travis Walton]. Agem como um cientista que olha para um macaco.
Alguns dizem que estes seres são os que de fato comandam as abduções. Já
outros, de linha espiritualista, os descrevem como extremamente bondosos
e preocupados conosco – verdadeiros arautos dos novos tempos. Betty
Andreasson os coloca próximos do Criador, num plano de grande espirituali-
dade. Talvez em outra dimensão.
As outras dúzias de alienígenas descritos se encontram num plano muito
mais tênue e sutil. Embora possam influenciar de alguma maneira os homens,
não poderiam interagir no plano físico. Temos, para completar, o caldeirão de
hipóteses, as mensagens messiânicas que aparentemente são uma constante
na maioria dos casos de abdução e as revelações de que muitos de nós sería-
mos descendentes deles – alienígenas transformados em humanos ou
utilizando corpos que alguma vez foram de alguém tentando nos fazer evoluir
espiritualmente para nos aproximarmos do Criador.
Em todo caso, seja qual for a resposta, acho que temos o direito de saber
qual ela é para pelo menos nos preparar para o pior, no caso das hipóteses
negativas. Ou acordar para essa nova realidade que pode nos salvar da própria
estupidez, fazendo-nos descobrir nossa família espacial e levando-nos a uma
posição menos arrogante e egocêntrica. Aliás, se analisarmos essas mensa-
gens – mesmo que não desejemos manter-lhes a conotação espiritualista ou
messiânica, comparando-a com religiões ou aceitando-as apenas como
código comportamental –, sem dúvida, isso nos fará refletir sobre nós e os
nossos semelhantes, olhando-os de forma diferente da que estamos habitua-
dos, preocupando-nos mais com o planeta e sobretudo fazendo o possível

192
Verdades que Incomodam

para merecermos ser chamados de seres humanos.

“Gado Marcado”

Uma das partes mais sombrias nos casos de abdução são os implantes ou
biochips colocados pelos alienígenas nos humanos. Tais implantes são, sem
dúvida, uma violência da qual nós ou a maioria das pessoas só conhecemos um
lado da moeda. Quantas vezes assistimos pela tevê ou vimos fotografias em
publicações diversas de equipamentos de radiotransmissão colocados em
animais que correm risco de extinção, para assim poder monitorá-los a distân-
cia, acompanhando suas migrações e/ou deslocamentos em seu habitat e
auxiliando-se com a utilização de satélites. Achamos até simpático por parte de
nossos cientistas tais medidas para preservar nossa fauna, desde lobos guará a
onças pintadas, em nosso país, passando por focas, baleias e até o simpático
urso panda, da China. Também nossos astronautas passaram por esse tipo de
monitoração, tendo todo seu metabolismo e funções acompanhados pelos
médicos na Terra. Assim, todos temos mais ou menos uma idéia de como
funciona. Mas seria legal ou lícito fazer isso com pessoas comuns?
Ao abduzido Roy foi dito em São Paulo, em 1964, através da Tábua Ouija
e mensagens supostamente psicografadas por ETs, que eles possuíam uma
espécie de satélite colocado sobre a cidade que lhes permitia acompanhar, 24
horas por dia, tudo o que faziam e pensavam as pessoas de um pequeno grupo
que procurava o contato com eles. Mas de que maneira um satélite poderia
controlar suas atividades – numa flagrante invasão de privacidade – apenas
acompanhando-os do alto, numa cidade de quase 10 milhões de habitantes
na época? Parece bastante improvável, mas se essas pessoas fossem uma
espécie de “gado marcado”, se levassem modelo de radiotransmissor do tipo
usado nos animais, a coisa seria muito mais simples... Porém, como fariam
isso sem que elas soubessem?
Naquela época ainda não se falava em abduções tal como hoje as conhe-
cemos. Antônio Vilas Boas (1957) tinha sido fisgado, o matrimônio Hill (1961),
nos EUA, também. Mas seria por acaso? Agora, se carregassem algo similar
aos equipamentos antes mencionados, invisíveis, é claro, muita coisa poderia
ser explicada. No caso Vilas Boas, sabemos que vários dias antes de sua
abdução ele já tinha visto luzes no céu próximas de sua casa, como que lhe

193
Biblioteca UFO

espiando. Tanto que em uma noite, irritado, chegou a bater com violência na
janela, fechando-a porque a luz ficava por cima do pátio e isso lhe incomodava.
Por acaso os aliens o estavam monitorando através de sensores, analisando
talvez seu metabolismo e estado geral de saúde para verificar se era um exem-
plar de macho sadio e à altura das suas necessidades? De que forma? Afinal,
está praticamente demonstrado que o queriam como um simples reprodutor.
Queriam sua semente, e isso ficou muito claro no decorrer da abdução.
Pelo aqui exposto, vemos que é muito provável ou quase certo que os
aliens monitoram as pessoas de forma muito clara, seguindo padrões de
escolha científica e avaliando seus potenciais – principalmente pelo que
temos visto no que respeita à genética, à reprodução. Seus motivos, como já
dissemos antes, podem ser vários, mas desconfiamos que a área reproduti-
va é a principal. No caso dos homens, parece aquela história do carroceiro
que amarra uma cenoura na ponta de uma vara que coloca por cima da
cabeça do burro e à sua frente para incentivá-lo a andar. No caso do abduzido
Taí, ele foi induzido e iludido com uma fêmea robô para distraí-lo e colher seu
esperma, como narram muitos outros abduzidos. Qualquer explicação que
tentemos encontrar com referência aos implantes pode nos levar pelo
caminho errado. Mas, no geral, creio que não existam dúvidas de que os
aliens, de alguma forma, colocam esses biochips em nosso organismo para
ter um total controle das nossas vidas e atitudes.
Partindo dessa premissa, se eles podem receber informações a nosso
respeito através desses censores, o que os impediria de enviar através deles
comandos que podem ser os responsáveis por certas atitudes ou coisas
que realizamos sem às vezes saber como nem porque fizemos ou disse-
mos? Existem diversos tipos de implantes que são colocados em nosso
corpo, ora na cabeça – incluindo o cérebro –, as vezes nos olhos, ouvidos e
até na boca. Também já foram encontrados implantes em braços, pernas,
mãos, pés e quadris. Seu tamanho varia de poucos milímetros até o forma-
to de um grão de feijão. Um dos especialistas nas cirurgias para extrair
esses pequenos intrusos dos corpos dos abduzidos é o pesquisador Derrel
Sims, de quem falaremos mais adiante.
Existem implantes de diversos tipos, sendo que os primeiros encontrados
eram pequenas esferas de algo semelhante a um metal de 2 ou 3 milímetros,
extraídos das narinas de crianças e adultos. Outros tinham estranhos apêndi-

194
Verdades que Incomodam

ces, como anteninhas. Ao que parece, seu objetivo era de que essas antenas
ou apêndices se prendessem aos tecidos, principalmente os introduzidos
através do nariz – que provavelmente eram os responsáveis por hemorragias
noturnas. São dispositivos para não serem expelidos por um espirro ou o
próprio sangramento. Depois, quando foram sendo conhecidos ou descober-
tos, seu tamanho e configuração mudaram, assim como sua localização.
Betty Andreasson Luca revela que os primeiros implantes recebidos
por ela eram tão minúsculos que foram colocados atrás do globo ocular
após removerem seu olho para isso, ante o horror da então menina Betty. Ao
que parece, tais implantes podem ter cumprido funções como se fossem
uma fantástica câmara de tevê em miniatura, retransmitindo para seus
monitores todas as imagens que seus olhos viam! Além de servir como
localizadores, esses minúsculos aparelhos devem passar informações
sobre todo o organismo da pessoa (como no caso dos astronautas) e
transmitir talvez informações sobre o que pensamos e como agimos. Se
nossos cientistas – com tecnologia alien ou não – já fabricam microcâmeras
de tevê para equipar aviões espiões de 6 cm de comprimento, que transmi-
tem aos postos de comando as imagens visualizadas pela câmara, por que
seres que se encontram centenas ou milhares de anos à nossa frente não
poderiam fazer coisas menores e melhores?
Ultimamente, surgiram indícios de implantes nos órgãos genitais masculi-
nos e femininos, no intuito de provavelmente fazer medições ou controle dos
relacionamentos sexuais, checando a distância os períodos férteis nas mulheres
ou monitorando sua saúde, e nos homens, analisando as quantidades e qualida-
des dos líquidos seminais para posterior colheita. A esse respeito, fazemos um
rápido parênteses para lançar uma pergunta: se em uma única ejaculação
existem aproximadamente 1 milhão de espermatozóides ativos – dos quais algo
em torno de 10% podem e têm condições de gerar vida –, sabendo que às vezes
de um único indivíduo são retiradas quantidades correspondentes a 3 ou 4
ejaculações seguidas, e multiplicando isso pelos milhões de abduzidos, onde vai
parar esse monstruoso volume de sêmen que, sob condições ideais de laborató-
rio, pode ter um extraordinário aproveitamento? E com que motivos? E a quanti-
dade ímpar de óvulos femininos que já colheram? Ao que parece, esse banco
genético cósmico poderia povoar dezenas de planetas!
Mas continuemos com nossos implantes. Derrel Sims, norte-americano

195
Biblioteca UFO

e chefe de investigações do Foundation for Interactive Research and Space


Technology (FIRST) que pesquisa implantes extraterrestres em humanos, é
especialista em hipnoterapia e hipnoanestesia. Mas o que causa espanto é que
já foi funcionário da CIA... Tivemos o prazer de conhecê-lo em 1997, num
congresso realizado em Curitiba (PR), e nos reencontramos durante o I฀
Fórum Mundial de Ufologia, em Brasília (DF). Extremamente simpático,
comunicativo e simples, Sims tinha muito para contar. Ele próprio é um
abduzido que, como todos, teve suas experiências na mais tenra idade, aos 4
anos, daí surgindo distúrbios de estresse pós-traumático e uma cicatriz na
canela. Sims teve provavelmente algumas outras abduções, mas estas para-
ram quando chegou aos 17 anos.
Ao todo, Sims já extraiu 20 supostos implantes do corpo de diversas
pessoas, sendo todos eles cuidadosamente examinados em laboratórios
especializados, embora seja firme ao dizer que os objetos não puderam ser
classificados como implantes alienígenas. “O que descobri foram objetos
estranhos que não deveriam estar ali e que, aparentemente, efetuam fun-
ções que não estariam designadas a eles.” Suas dúvidas procedem, já que
durante sua estada na CIA soube que o governo norte-americano – assim
como outros governos do mundo – teria adotado práticas semelhantes. Ele
acrescentou que, nos anos 60,a agência teria testado certos germes tidos
como inofensivos em alguns moradores de Nova York. Em tempos de guerra,
a agência se utilizava desses testes para combater o inimigo.
Sobre a natureza dos implantes, ele diz que podem ser considerado como
de origem alienígena, se suas características forem estrutura, função e intervalo
isotrópico. Os metálicos, por exemplo, parecem ser revestidos por até 11
elementos de superfícies diferentes. Além disso, não produzem inflamações na
região, o que qualquer outro objeto estranho provocaria ao organismo, como
um espinho ou ainda como acontece com transplantados, quando o organis-
mo rejeita um corpo estranho. No caso dos implantes ‘mais modernos’, pare-
cem estar recobertos por tecidos da própria vítima, o que facilitaria a aceitação
desse objeto por parte do organismo, além de dificultar sua detecção. Os de
origem biológica possuem geralmente filamentos nervosos, gerando a possibi-
lidade – segundo alguns cientistas – de poderem modificar externamente o
comportamento de uma pessoa através dos neurotransmissores.
Alguns dos testes realizados com implantes foram feitos pelo National

196
Verdades que Incomodam

Institute for Discovery Science (NIDS), através de espectroscopia extensiva de


raios e exames metalúrgicos realizados no laboratório New Mexico Tech, em
Socorro, Novo México, além de muitas consultas a diversos especialistas que
realizaram análises não destrutivas do material e uso de um microscópio de
varredura eletrônica. Descobriu-se que dois deles são fortemente magnetiza-
dos ao longo do comprimento dos seus eixos, embora nenhum seja condutor
de energia. Através de outros testes foram detectados ferro, fósforo e cálcio,
além de alguns traços de cloro. Derrel Sims diz que apesar de todas as expe-
riências realizadas, ainda não é possível apresentar resultados conclusivos.
As considerações levantadas por ele são bem mais extensas, e o que é
aqui apresentado é apenas um resumo. Em todo caso, se alguém quiser se
informar mais detalhadamente, inclusive diretamente na fonte, o endere-
ço de Derrel Sims é: P. O. Box 60944, Houston, TX 77205, EUA, ou pelo
endereço eletrônico [email protected]. O que poderíamos acrescentar
a tudo o que foi até aqui colocado? Talvez que não temos provas conclusi-
vas da origem extraterrestre dos implantes retirados até hoje. Pois, além
desses testes serem muito demorados, devido ao processo ser altamente
especializado, outros são extremamente caros. Em todo caso, temos pelo
menos algumas boas evidências. Não são provas como gostaríamos que
fossem, mas é melhor do que nada.

O Fantástico Caso Roy

Esta ocorrências, de prováveis múltiplas abduções, se estende por toda a


vida desse senhor, a quem chamaremos pelo pseudônimo de Roy e com o qual
era conhecido na sua juventude no país de nascimento: Itália. O mais curioso é
que esse processo – que se iniciou em sua infância e o acompanha durante
quase 60 anos – começou a aflorar no seu subconsciente a escassos oito anos,
deflagrados, segundo ele, pela leitura do livro Comunhão, de Whitley Strieber,
em 1990. Como foi verificado por muitos profissionais da área mental, às vezes
acontece nestes casos que alguma coisa, uma leitura, uma palavra, um som ou
cheiro podem se converter no detonador de uma verdadeira erupção de lem-
branças escondidas no subconsciente. Já escrevia Raymond Fowler que “…as
lembranças afloram quando ‘eles’ assim o desejam.”
Neste caso, parece que as hipóteses são verdadeiras. A leitura do livro o

197
Biblioteca UFO

impactou na medida em que devorava as páginas, encontrando semelhanças


que inundavam sua mente repentinamente. Logo após isso, outros fatos
brotavam do inconsciente, puxados pelas lembranças e ilações que ele fazia
dos fatos. Nos conhecemos através de amigos comuns há mais de 12 anos,
mas só em 1993 ele decidiu falar comigo sobre sua vida. Pelo que conhecia a
pessoa e personalidade de Roy, foi uma surpresa quando começou a falar.
Retraído, circunspecto, interessado pela conquista espacial e por UFOs,
grande leitor de livros, artigos e revistas sobre Ciência e religiões, muitas vezes
conversávamos horas a fio enquanto fumávamos ou saboreávamos uma taça
de vinho. Roy nunca deu o mínimo sinal que me levasse a imaginar o que
acontecia com ele, até que não agüentou mais. “Olha, Romero. É possível
que eu esteja enlouquecendo aos poucos...”
Por um momento pensei que ele tivesse decidido fazer alguma brincadei-
ra, mas quando notei um brilho úmido em seus olhos, percebi que a coisa era
muito mais séria do que ele ou eu gostaríamos que fosse. “Se eu ficar calado,
como até agora tenho feito, temo pela minha saúde e pela minha vida.
Preciso falar e acho que, pelos anos que lhe conheço, com você posso me
abrir. Sinto como se estivesse pirando aos poucos, como já te disse... Enquan-
to uma parte do meu cérebro ainda sã quer lutar pela verdade, pela lucidez,
dá vontade de ir para longe, ficar sozinho e poder chorar até apagar...”
Evidentemente, ele não estava brincando nem inventando histórias. A
idéia do que lhe aconteceu realmente o atormentava, principalmente por ser
uma coisa tão louca e absurda que não poderia confiar a ninguém. Agora ele
tinha certeza de que as abduções não poderiam ter ocorrido apenas uma única
vez, mas muitas no decorrer de sua vida – no seu país no início e depois aqui no
Brasil. A essa altura, eu já desconfiava de que se tratava de algo relacionado
com UFOs, alguma observação frente-a-frente – visão de tripulantes, talvez –,
mas confesso que não tinha ainda percebido a profundidade dos fatos e muito
menos que estava testemunhando um caso de tamanha importância.
O início da sua história se parece com muitas outras narradas por
abduzidos após uma regressão de memória. Mas assim, contada conscien-
temente, era a primeira que eu tinha conhecimento. Roy era o último de
quatro irmãos, não esperado nem desejado pelos pais num casamento
praticamente desintegrado. Desde os dois anos de idade sofre de asma
bronquial, que teve seu pico máximo entre os 13 e 23 anos. Analisando

198
Verdades que Incomodam

A C

B
Ilustração Alberto Romero

Os locais de marcas no corpo do senhor Roy, segundo caso descrito neste capítu-
lo. (A) Sinais nos pulsos (idem em C). (B) Estranhas marcas próximas do umbigo.
(D) Local onde surgiu um quisto sebáceo que durou quase 8 anos (idem em E) .
(F) Local atrás da orelha onde sentia fortes dores durante quase 20 anos.

199
Biblioteca UFO

friamente a história, ela tinha todos os componentes que noutras circunstân-


cias me teriam levado a analisá-lo como típico de uma pessoa com sérios
problemas psicológicos. Filho não esperado nem desejado, doente, num lar
desfeito, enfim, uma pessoa complicada. Mas havia alguma coisa que não
me deixou desistir e tentei ir mais a fundo, analisando minuciosamente cada
palavra, cada gesto, acesso nervoso, movimento das pálpebras e mãos. Se
ele queria me pregar uma peça, todos meus anos de ufólogo não poderiam
ser colocados em xeque. E para poder chegar até o fundo da história, tinha
que começar pagando para ver.
Com 12 ou 13 anos, Roy já se interessava pelas notícias sobre UFOs
publicadas no Domenica del Corrieri e L’Europeo. Também lhe chamavam a
atenção os mistérios do Universo. Periodicamente acamado, lia muitíssimo e
assim chegou às suas mãos a notícia da queda de um UFO que não lembra
exatamente qual (Roswell, talvez pela data) e muitas outras em que se falava de
corpos pequenos resgatados antes da censura intervir. De repente, uma
curiosa compulsão em meio às suas crises de asma o levou a criar, com massa
de modelar, o corpo de um ET que corresponderia, conforme ele, aos descri-
tos nos últimos anos, classificados como grey ou cinza. Nessa fase, escuta
algumas vezes, vindo da laje de sua casa, um zumbido como de abelhas ou
besouros, sem no entanto nada ver.
Também presencia um fato que hoje nos parece banal: estando ele e sua
mãe acamados (ela era vítima de pólio) e a irmã servindo um chá para ambos,
com o cãozinho da família ao lado, numa tarde ensolarada presenciam uma
bola de luz azul-claro com mais ou menos 20 cm de diâmetro durante vários
minutos. A luz seguiu até a porta do guarda-roupa lentamente, como que
flutuando à semelhança de uma bolha de sabão, ora subindo, ora descendo.
Deslocava-se de lado ante os olhos aterrorizados de todos e do cachorro,
refugiado entre as pernas da irmã, até que de repente explode violentamente,
deixando um fortíssimo cheiro de enxofre.
Doente, Roy dá vazão às suas inquietações e começa a escrever um
conto num caderno escolar da época, que tive a oportunidade de ver já
amarelado pelo tempo. Nele fala de um ET cuja nave cai na Terra e é salvo por
um cientista. E dá o nome de Guii ao alien, desenhando o nome nos símbo-
los do suposto idioma alienígena, que na sua grafia lembra a representação
do mantra indiano Om. Trinta anos depois, Roy descobre numa mensagem

200
Verdades que Incomodam

apresentada no livro de George Adamski, o mesmo símbolo ou algo muito


parecido. Outros semelhantes são encontrados em escritos atribuídos aos
ETs em diversos casos de psicografia ufológica. Estando uma vez em São
Paulo, Roy conheceu um grupo de pessoas que diziam manter contato com
marcianos através da Tábua Ouija (um círculo de letras e um copo), os quais
afirmavam poder monitorar as pessoas que lhes interessavam 24 horas por
dia. Através de médiuns psicográficos, foram realizadas tentativas de conta-
to na região de Atibaia, no mesmo Estado.
No dia e hora previamente marcados surgiu o que parecia ser uma
nave mãe a grande altitude, e dela se desprenderam três luzes das cores
vermelha, verde e azul, as quais desceram em típico movimento de queda
de folha seca até pararem numa altura não determinada, apresentando
tamanho e brilho semelhantes ao planeta Vênus, na sua maior aproxima-
ção. Após alguns instantes, as luzes subiram novamente e sumiram junto à
nave mãe. Segundo as mensagens recebidas pelo grupo, teria fracassado
o encontro devido a uma das naves ter sofrido uma pane, e as outras fize-
ram um campo de força à sua volta para regressá-la à base.
Noutro encontro programado nas matas da região de Hortolândia (SP),
foi questionado o porquê da mudança de local, e os ETs teriam alegado que ali
ficariam distantes do alcance dos radares dos aeroportos de Congonhas e
Viracopos. No entanto, no dia marcado foram duas tentativas frustradas, uma
justificada por eles estarem esterilizando as roupas que vestiriam dentro da
nave e a outra por causa de duas aeronaves da FAB que estariam circulando na
região – fato que foi confirmado minutos após, quando dois aviões cruzaram o
céu acima das cabeças das pessoas que lá estavam. Nesse dia, participavam
do encontro três dos integrantes do grupo e a esposa de um deles. Instantes
depois, uma estranha névoa começou a encobri-los [É necessário explicar
que seriam aproximadamente 17:45 h, e que em pleno mês de janeiro o Sol
ainda brilha por bastante tempo].
Os quatro amigos, sentados dentro do carro, mal conseguiam enxergar o
capô do veículo. Além disso, dois estavam profundamente adormecidos – até
ressonando –, o dono do automóvel dando cabeçadas e Roy sentindo os olhos
muito pesados. Nesse instante, Roy disse ter recebido uma “…intuição ou
alguém teria falado em meu ouvido”, levando-o a desconfiar do que estava
acontecendo. Não era lógico que todos estivessem com sono face à excitação

201
Biblioteca UFO

que um encontro desses provocaria. Além do mais, Roy percebia – quase em


nível físico – uma sensação de perigo e decidiu alertar os companheiros. A
mulher reagiu quase em pânico e suplicou para saírem dali o mais rápido
possível. Assim o fizeram e partiram em alta velocidade, apesar do caminho
perigoso, cheio de curvas e ribanceiras no meio do mato. Ao sair do local, Roy
lembra que apagou subitamente, recobrando os sentidos na hora em que
entravam na cidade. Como devem lembrar, ao receber a mensagem seriam
17:45 h, e se partiram do local poucos minutos depois, a viagem demandaria
aproximadamente uns 30 a 40 minutos, principalmente à velocidade em que
correram devido ao medo. Mas chegaram à cidade após às 20:30 h. Portanto,
temos um vazio – que Roy não consegue entender – de praticamente duas
horas.
De acordo com suas lembranças, o aviso de que corriam algum perigo
pode ter sido diluído durante a abdução e o instante seguinte. Quando ela
acaba, as lembranças emendam com o aviso de alerta como se nada tivesse
acontecido no intervalo e todos correm. A sintomatologia das pessoas que
participaram do episódio é bastante clara. Roy percebe, em meio ao seu
estado de sonolência, que os outros estão dormindo ou prestes a fazê-lo, e de
alguma forma sente o perigo, embora essa lembrança pareça um tanto vaga.
A seguir, estão todos acordados e fugindo do local, à exceção dele, que só
então cai no sono ou estado de prostração.
Em fevereiro de 1987, Roy passava uns dias de descanso na casa de um
amigo (o mesmo que dirigia o carro em São Paulo) num condomínio fechado
no litoral norte da Bahia, a 50 km de Salvador, quando, caminhando pela praia
deserta após o jantar, chegou a se queixar em voz alta dos ETs que tantas vezes
estivera perto de conhecê-los e nunca lhe deram a oportunidade de trocar
idéias. Argumentava que eram covardes, já que ele não poderia lhes fazer mal,
que só queria ter chance de conversar como gente madura. Depois do desaba-
fo, foi dormir na varanda, numa rede, para acordar em pânico às 02:00 h da
madrugada sem poder respirar nem engolir saliva, com a impressão de estar
sendo sufocado e uma pressão enorme sobre o peito, até que conseguiu gritar.
A esposa, sempre preocupada com a saúde do marido, tinha deixado-o
sozinho e fora dormir dentro da casa, sem se importar com o frio que ele
poderia sentir [Nessa época, na Bahia, próximo à praia, a temperatura à
noite fica por volta dos 20 graus].

202
Verdades que Incomodam

Roy não deu maior importância ao fato, que julgou ser um pesadelo, e
entrou para dormir. Dois ou três dias depois apareceu uma marca no seu pulso
esquerdo, como de picadas de agulha, porém mais finas. Eram três pequenos
sinais em disposição triangular que faziam a área coçar muito. Também houve
um processo de vermelhidão em volta, que ficou visível durante mais de seis
meses. Daí para frente, em períodos que não foram estabelecidos, mas
pareciam seguir um ciclo determinado, a marca ora sumia, ora reaparecia,
coçava e escamava. Sumiu definitivamente quase um ano depois.
Sobre o livro Comunhão, o que mais o impactou foi a descrição de
implantes eletrônicos através da nuca. Isso provavelmente foi o que dispa-
rou as demais lembranças e uma das coisas que mais o atormentam. Desde
sua adolescência, quando as crises asmáticas eram mais intensas, Roy
sente dores terríveis em determinadas épocas atrás da orelha direita. Um
médico tentou hipnotizá-lo para debelar uma crise particularmente intensa
em 1961, já que não podia usar mais broncodilatadores sem correr o risco
de lesar o coração. Disse a Roy que essas dores talvez fossem conseqüência
da falta de oxigenação do cérebro devido a crise que afetou suas meninges,
embora não pudesse explicar as mesmas dores muitos anos depois e sem
ter uma crise de asma...
Outro fato que o impactou foi o que o levou a lembrar que em 1961 ou 62
(ele não lembra exatamente) precisava fazer uma operação de sinusite. Che-
gando ao hospital, quando foi sua vez, vendo a enfermeira deixar outros
pacientes sentados com enormes agulhas perfurando o septo nasal e com
sondas inseridas no nariz, e ao escutar o barulho da agulha perfurando o local
da operação da pessoa que estava à sua frente, fugiu do local em completo
estado de pânico. Depois disso, sua vida particular virou um pesadelo: cada
dia, cada noite passou a descobrir coisas novas, detalhes insignificantes ou
que aparentemente não possuíam valor de prova para ninguém, mas que o
aterrorizavam. Além disso, Roy experimentou a dolorosa sensação de que
também havia sido fisgado, e com isso não podia falar abertamente de seu
drama com ninguém – já que estava comprometido demais com certos
valores e posições e jamais poderia assumir que é um abduzido. Se isso fosse
divulgado ele estaria, ou melhor dizendo, se sentiria liquidado como um
profissional liberal que é. Afinal, muitos empresários não gostam de fazer
negócios com malucos ou visionários que vêem homenzinhos verdes.

203
Biblioteca UFO

Depois desse relato, que acabou por volta das 03:00 h da madrugada, e
após secar uma garrafa de um litro de café e fumar quase duas carteiras de
cigarros, passamos alguns meses sem nos encontrar nem falar ao telefone.
Achei que seria melhor assim, para deixar cicatrizar um pouco a alma desse
homem. Foi a atitude mais correta: uma noite Roy me ligou convidando-me
para ir até sua casa, onde nos refugiamos na biblioteca para podermos conver-
sar sem sermos importunados.
Ele disse que tinha lembrado de ter acontecido outras coisas e que não
sabia onde tudo isso iria parar. Perguntei-lhe se queria que fizéssemos uma
viagem juntos ao Rio de Janeiro, aproveitando que eu iria realizar uma
palestra para o Centro de Investigação Sobre a Natureza dos Extraterrestres
(CISNE), grupo dirigido pela pioneira ufóloga Irene Granchi. Através dela,
quem sabe, poderíamos tentar entrar em contato com a doutora Gilda
Moura e ver a possibilidade de uma regressão. Mas ele não quis fazê-lo.
Apesar de tudo que já lembrou e vivenciou, Roy teme se recordar ou saber
“coisas que podem implodir de vez minha saúde mental”, segundo confes-
sou. Ele já leu um livro da doutora Gilda e também acredita muito no seu
trabalho, mas “não acredito na minha resistência”, finalizou.
Aparentemente, as lembranças e as novas experiências vão se tornando
cada vez mais fortes. Em 1993, durante o carnaval, como é do seu costume,
para fugir do barulho das festas baianas, refugiou-se na fazenda de amigos.
Certa manhã, ao acordar e sair na janela do quarto no 1฀ andar, deparou-se
com uma mancha no capô do carro ali estacionado. Parecia com uma marca
deixada por uma mão apoiada – com três dedos muito compridos e um
polegar afastado –, que o orvalho ajudara a imprimi-la. Vestiu-se rapidamente
e desceu as escadas até o automóvel. De perto não dava para visualizar nada
do que havia visto da janela, então subiu novamente para seu quarto e ao se
aproximar da persiana, lá estava a mancha, bem visível. Dias depois, de volta a
Salvador, numa noite é acordado por seu próprio grito e uma sensação de
terror. Ele, um homem de quase 60 anos, entrou em pânico e não teve cora-
gem, na sua própria casa, de se levantar da cama e ir até a cozinha beber um
copo de água para tentar se acalmar.
O sonho ou o que quer que fosse, segundo seu relato, foi o seguinte: em
plena madrugada, 02:30 h aproximadamente, sentia que estava dormindo, mas
alguma coisa lhe incomodava, fazendo-o acordar, pegar então um rolo de papel

204
Verdades que Incomodam

e jogá-lo sobre uma poltrona ou cadeira. A sensação era a de que não estava em
seu quarto, mas na sala de tevê. Então, de repente vê do lado de fora da janela
um braço comprido e fino, de mais ou menos 1,20 m de comprimento, possivel-
mente de alguém que estivesse se esticando ou se equilibrando contra a parede
externa do prédio e de costas para ela. Quando Roy vê e identifica o braço como
sendo de um alienígena, solta um grito. Neste momento a figura se vira, olhando
para o interior da casa numa imagem múltipla, como fotografia ou filme super-
posto, repetindo o mesmo gesto por várias vezes e deixando perceber uma
imagem pálida, quase branca, com dois enormes olhos pretos ou muito escuros
que transmitiam um ar de surpresa. Nessas frações de segundos, Roy acorda e
percebe que está em sua cama. Ali, há mais nitidez em seu pensamento e a
noção de que a imagem que vira havia sido verdadeira e não um sonho, como
tentamos fazer-lhe entender para tranqüilizá-lo.
Meses mais tarde (fins de 1988 ou 89), Roy tem um novo sonho super
realista que o abala ainda mais: “Senti que estava sendo retirado de casa à
bordo de uma nuvem leitosa, experimentando fisicamente uma sensa-
ção de vôo, de solavancos na barriga, como quando se voa num pequeno
avião e sente-se um vazio. O vôo noturno tinha extraordinários efeitos
reais, podendo ver a avenida abaixo e carros passando, tal como vemos
pela janela de um avião ao nos aproximarmos de um aeroporto. De
repente, a nuvem dá uma guinada à esquerda e logo depois se inclina à
direita, parando sobre um grande prédio de luxo. Em frente, outro edifício
parecia se consumir em chamas.”
Roy sabia que iam resgatar alguém – que não sabe dizer quem era –,
porém a nave onde se encontrava parecia pequena, e nela já estavam sua
esposa e um dos seus filhos, calados, sérios e desligados. Então Roy
resolveu falar com o único tripulante que via. Era tão branco quanto o
ambiente, ressaltando apenas seus redondos e escuros olhos (semelhan-
tes ao que vira na janela de sua casa). “Se for necessário, deixem-me
embaixo, mas salvem essa pessoa”, suplicou. Ele diz que sabia ou sentia
que a pessoa em questão era alguém muito importante, embora não
soubesse dizer naquela hora se era homem ou mulher.
Outros prédios no restante da cidade pareciam arder em aterrorizantes
fogueiras. De pronto, viu outra nave como a que lhe transportava, em formato
de ovo, saindo do prédio em chamas, e a seguir, uma senhora e dois jovens –

205
Biblioteca UFO

que também não sabe quem podem ser – aparecem dentro dela, como se
estivessem em estado de choque, traumatizados. Após alguns minutos, a
nave regressa em direção à sua residência. Ao chegar, Roy vê, horrorizado,
uma onda gigantesca (acima de 70 m) avançando do mar em direção à sua
casa. Naquele momento começou a se desesperar por suas coisas, seus livros,
suas roupas, etc. Mas de repente raciocinou que se apenas ele se comunicava
com o ET e os demais pareciam alheios a tudo, então seria também um deles
ou haveria mais alguma coisa a seu respeito que ignorava? Ao me contar essa
parte da história, Roy ficou pálido e sua mãos tremeram um pouco. Como
chegara a essa conclusão? Ficou repentinamente parado, com o olhar fixo na
xícara de café e no último cigarro que quase se esmigalhava no cinzeiro.
Em fevereiro de 1998, logo após o carnaval, voltamos a nos encontrar,
desta vez em meu escritório. Quase no fim do nosso bate-papo, Roy me fala,
mostrando a mão esquerda: “Você está lembrado daquela ‘bola de gude’ que
eu tinha em cima do pulso? Olhe agora.” Perguntei se havia tirado com um
médico, e ele negou, respondendo que alguém devia ter feito isso. “Sumiu de
repente e não sei dizer ao certo quando pode ter acontecido. Estava tão habitu-
ado com ela que nem reparei. Mas outro dia, pensando na vida e passando a
mão no braço esquerdo, dei por falta da mesma, que me acompanhava por
tantos anos.” Eu já tinha visto a marca quando Roy me mostrara o local onde
apareceram as picadas de agulha, e até chegamos a comentar que a mesma se
parecia com um quisto sebáceo, mas como não lhe incomodava, não valia a
pena mexer nela. Agora, desaparecia assim, sem mais nem menos!
Ele estendeu o pulso para eu olhar de perto e senti uma ponta de dúvida
quando vi uma pequenina e quase invisível cicatriz na lateral do pulso, poucos
centímetros de onde ficava a bolinha. “Você está querendo me gozar, Roy?
Quando foi que fez a cirurgia?”, indaguei. Ele me olhou desconfiado e quase
bruscamente puxou sua mão, levando-a junto ao rosto. Depois me pediu a
lente de aumento. O vi ficar pálido e franzir ainda mais o rosto marcado. “Eu
não fiz porcaria de operação alguma, Alberto, mas se você não acredita, não
posso fazer nada. Não tinha visto, apenas estranhei o sumiço da bolinha,
droga!”, respondeu chateado. Pela primeira vez o vi perder as estribeiras.
Procurei acalmá-lo dizendo que não duvidava da sua palavra, muito pelo
contrário, apenas estava surpreendido com o fato.
Lógico que minha aceitação da narrativa é em nível pessoal, não como

206
Verdades que Incomodam

pesquisador, já que não houve nenhum tipo de exame ou análise antes, e agora
só poderíamos especular. Infelizmente, sem provas, nos resta apenas a suposi-
ção do que poderia ter sido aquilo. Talvez um implante retirado depois de
alguns anos. Os que acompanharam os artigos ou as palavras do doutor
Derrel Sims em sua palestra em Curitiba (1997), ou durante o I฀ Fórum de
Ufologia, em Brasília, tiveram a oportunidade de ver de perto sua coleção de
implantes retirados de humanos e sabem que as chances de ter sido um deles
é, pelo menos, plausível.
O que nos resta dizer sobre nosso amigo Roy? Pessoalmente, ele me
passa credibilidade. As marcas do desespero e da emoção – além de algumas
lágrimas contidas ou disfarçadas com muita dificuldade por um homem
calejado, machucado pela vida, já no outono da sua existência, mas sem
nenhum sinal de senilidade ou qualquer outro indício que nos faça duvidar de
suas palavras – só nos deixam uma alternativa: apertar-lhe a mão em silêncio e
nos solidarizar com ele.
Quando comecei a escrever este capítulo, fiz questão de convidá-lo,
assim como outros abduzidos, para mostrar-lhe o que tinha escrito e pergun-
tar se concordavam com minhas palavras. Só compareceram Taí e Roy, os
outros deram-me seu voto de confiança. Entretanto, Roy pediu para vir em
meu estúdio numa hora em que não tivesse ninguém.

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Biblioteca UFO

208
Verdades que Incomodam

Capítulo 10

Manipulação Biológica

“Andava, mas minha vontade era correr. Fui apanhado


numa armadilha: se não aceitasse que algo de real estava
profundamente escondido em minha vida, então teria
que reconhecer que era um homem perturbado.”
– Whitley Strieber, contatado,
em Comunhão

U
m dos casos mais impressionantes de raptos por seres extraterrestres
que conheço é, sem dúvidas, o ocorrido com a senhora Becker. O
mais interessante é que suspeitamos ainda que deverão
aflorar muitas outras recordações na mente desta mulher, apesar da vida
atribulada que ela e seu esposo têm, especialmente em momentos de crise
econômica mais séria. No caso do casal em questão, ambos estavam desem-
pregados na época dos fatos e, além disso, tiveram que se mudar da cidade
onde moravam para outra mais distante. Mesmo assim, a experiência pela
qual a senhora Becker passou traz grandes revelações.
A jovem senhora nos escreveu uma carta em 1995 dizendo que tinha
obtido o meu endereço através de um colega de trabalho e que gostaria
muito de poder conversar sobre UFOs, já que os havia visto algumas vezes
e queria saber mais sobre o assunto. A carta, não sei como, foi cair atrás de
uma gaveta do arquivo e lá ficou até inícios de 1997, quando finalmente a
encontrei. Respondi pedindo desculpas por ter passado tanto tempo e

209
Biblioteca UFO

agradecendo suas palavras. Uma semana depois, ela telefonou dizendo


que estava em Salvador. Então marcamos um encontro no meu escritório.
A princípio, não surgiu nada que chamasse minha atenção. E nas generali-
dades, ela explicou que nunca tinha lido nada sobre o tema – recusando
algumas edições da Revista UFO que lhe ofereci –, alegando que não
gostaria de se influenciar com as coisas que lhe aconteciam e que estava
voltada ao cuidado dos filhos e a procura de novo emprego.
A mulher comentou ainda que andava preocupada com as coisas que
haviam lhe ocorrido em 1994, quando viu algumas luzes estranhas em seu
quarto. Ela conta que, na hora de dormir teve a impressão que mal acabara de se
deitar e o dia já estava amanhecendo, sentindo ainda como se alguém apertasse
seu braço. Ao abrir os olhos, já bem acordada, percebeu que nem havia desliga-
do o rádio antes de ir para a cama e sentia muita angústia e desconforto. Durante
esse primeiro contato, narrou como tinha visto as luzes em companhia de uma
amiga e sonhado várias vezes com alguém que nunca conseguia identificar, mas
que lhe mostrava naves imensas passando pelo céu e outra pousada num
terreno abandonado. No segundo encontro, já em companhia do marido, a
jovem contou que estava se sentindo um pouco fraca devido a um aborto
repentino, e que de tão confusa havia jogado tudo fora.
Ela expelira uma espécie de ovo, com aproximadamente 9 cm de
comprimento por 4 cm de largura e com uma mancha escura no centro, da
qual saíam alguns filamentos – conforme desenho que fez na hora com
material que lhe forneci. Segundo Becker, que perdera bastante sangue
durante a expulsão, o ovo era totalmente mole. Neste momento, senti
disparar o sinal de alarme. Em janeiro de 1997, meses antes do acontecido, a
esposa de um vaqueiro, em Riachão de Jacuípe (BA), que trabalha numa
fazenda onde acontecem inúmeros eventos ufológicos, sofreu dois abortos
naturais ao 3° ou 4° mês de gravidez. Isso aconteceu dois anos depois de ter
feito ligamento das trompas, o que não deixa de ser um dado bastante
curioso.
O médico que a atendeu na ocasião da segunda gravidez disse que o que
ela havia abortado era uma criança de cabeça muito grande e membros finos,
totalmente deformada. Jamais pudemos saber o nome do médico em questão,
nem chegamos a ver os exames realizados por ele – que incluía uma ultra-
sonografia –, que acreditamos que tenham sido jogados fora. Apenas nos foi

210
Verdades que Incomodam

dito que o mesmo atende também na capital, Salvador. As coincidências eram


muito grandes, já que a senhora Becker também havia ligado as trompas bem
antes do seu novo relacionamento. Por causa disso, começamos a sondar
pessoas que poderiam nos ajudar neste caso através de uma regressão. Na
medida em que conversávamos, começaram a surgir outras evidências que
sinalizavam uma provável abdução. Certo dia, Becker comentou que tinha visto,
em sonhos, um tipo estranho de aparelho de laboratório ou de uma grande
indústria super moderna, na qual observava imagens coloridas em 3a dimensão
do seu corpo e órgãos internos. Ao mesmo tempo, alguém lhe explicava que
iriam curá-la de um problema. Chegaram até a recomendar um tratamento,
dando nome de um medicamento que ela teve algumas dificuldades em
conseguir – embora seu esposo fosse representante de laboratório farmacêuti-
co.
Temos que ressaltar que, antes dos abortos, seus seios tinham crescido
significativamente e apresentavam uma grande quantidade de leite, que
chegava às vezes a molhar sua roupa. [Chegamos até a sugerir a ela, pelas
evidências e por ter feito laqueadura, que poderia ter acontecido uma
gravidez psicológica]. Seu ventre também começou a crescer substancial-
mente, cessando todos esses sintomas após a expulsão do ovo. Através da
indicação de um amigo, contatamos um psicoterapeuta, que se prontificou a
nos auxiliar neste caso. Durante a primeira sessão, conversamos durante
algum tempo para testar sua resposta à indução e discutir sobre seu histórico
médico. Foi quando marcamos uma segunda consulta.
Em 3 de julho de 1997, às 15:00 h, foi dado início à regressão. Após atingir
um estágio bastante aprofundado, a senhora Becker foi convidada a regressar à
data do fato que tanto a perturbava . [Nesta ocasião, não como protagonista,
mas como espectadora dos fatos e comodamente reclinada numa poltrona,
assistindo a tudo que seria projetado na tela do “cinema”]. Ela mostrava-se um
pouco insegura, principalmente porque duas pessoas amigas, que ela havia
convidado a assistir a sessão, não puderam comparecer. Na sala, apenas o
médico, ela e eu fomos autorizados a entrar. Para não estender demasiadamente
o relato, salientaremos apenas o que ela descreve, com algumas participações
nossas em alguns trechos para clarear melhor suas declarações.
“Estou deitada, prestando atenção no rádio que está ligado, só vendo a
luzinha vermelha do dial. Meus irmãos dormem. De repente, aparecem

211
Biblioteca UFO

dentro do quarto quatro indivíduos altos. Não sei como entraram... Parece
que usaram a porta ou passaram através dela. O quarto se ilumina com uma
luz azulada que sai... Sai das suas roupas. Elas parecem não possuir costu-
ras. É como se estivessem coladas ao corpo e são de cor azul, sem botões ou
fechos... Todos iguais. Aproximam-se de mim na cama e começam a me
colocar instrumentos de aparência metálica, como alumínio. Isso, alumí-
nio. Um desses aparelhos está em cima da minha cabeça e em meus ouvi-
dos. Parece choque elétrico, mas não dói. Examinam meus ouvidos [No
corpo da senhora Becker, as regiões do ventre, tórax, braços e até tiques no
rosto dão idéia de tremores. Talvez fosse o choque elétrico que ela descreveu
durante o exame].
Eles não falam, parecem se entender apenas pelo olhar. Eu sinto que
repetem para eu ficar calma... [Quando pedimos que tentasse descrever a
fisionomia das criaturas, qualquer detalhe, sugerimos que a câmara desse um
close dos mesmos para que ela pudesse observá-los melhor]. Parece mentira,
mas não consigo ver seus rostos. Eles me atraem com os olhos e não é
possível ver direito o resto... Têm olhos puxados e grandes...O nariz não
consigo enxergar... A boca parece fina e igualmente grande... E as mãos têm
dedos deformados... Não consigo mais... Braços e corpos finos, muito
compridos. Estou coberta por uma espécie de lençol prateado e continuam a
me examinar com esses aparelhos por cima do corpo... Agora suspendem
minhas pernas e continuam me examinando... [Visível desconforto].
É igual a um exame ginecológico. Agora me colocam um desses
aparelhos finos, prateados, com a ponta preta... Parece que essa ponta tem
uma linha ou fio muito fino. Quando retiram o aparelho, o fio não está mais
[Perguntamos se sentia alguma espécie de toque dentro dela]. Sei que estão
ali, mas tenho todo o corpo anestesiado... Só vejo as figuras em volta de
mim... Agora terminaram. Minhas pernas descem e eu saio da mesa... Me
levam por um corredor de luz vermelha... E lá estou na minha cama... [Como
foi que chegou a sua cama? Onde estava antes?]. Quando atravesso o corre-
dor, não dá para ver nada, a não ser a luz vermelha. Um deles me segura pelo
braço. Estamos descendo de uma grande nave em cima da casa... Não sei
como descemos, mas parece que voamos... Agora estou dentro do quarto e
na minha cama. Sinto-me toda gelada e já está clareando o dia.”
Quando o médico terapeuta se recusou a continuar o trabalho, dizendo

212
Verdades que Incomodam

que não teria mais tempo para isso, a senhora Becker se sentiu rejeitada,
confusa, pensando que fizera o médico perder tempo com suas maluquices.
Mas essas duas sessões ajudaram a fazer com que uma grande parcela das
recordações aflorasse em sua mente dias depois. Como não havia esperan-
ças de poder continuar o trabalho de regressão tão cedo, decidi conversar
largamente com ela para tentar esclarecer alguns detalhes que acabariam
complementando o seu relato.
Muito assustada, a jovem procurou-me na semana seguinte para me
contar que tinha se lembrado de outras coisas que agora tentava inutilmente
esquecer, devido ao medo. A bordo da nave, também tinha visto sua mãe e
irmãos, sendo que um deles contara depois que tivera um sonho com toda a
família dentro de um UFO. Com respeito a essas observações, ela continuou a
ver os UFOs tanto acordada como em sonhos. E a estranha pessoa que nunca
conseguia determinar quem era lhe disse que as naves que via eram da frota
que estava chegando para estabelecer uma base aqui na Terra, e que apenas
algumas pessoas escolhidas podiam vê-los, pois vibravam numa freqüência
diferente dos humanos.
Depois de quase um ano sem ter notícias da senhora Becker, a não ser
breves e esparsos telefonemas sociais, há pouco tempo me chegaram algu-
mas notícias, por intermédio de um conhecido, dizendo que haviam surgido
novos fatos sobre este caso, que eu ainda não sabia, e que era necessário que
eu me encontrasse com ela e seu marido [Agora por sorte, ela e o esposo
estavam novamente empregados]. Depois, durante uma ligação, a jovem
perguntou-me se eu tinha recebido uma carta, na qual me contava uma
porção de novidades a respeito do que lhe acontecera. Como nenhuma
correspondência havia chegado à minha caixa postal, Becker está receosa de
tornar a escrevê-la ou falar pessoalmente comigo.

O Caso Taí e Prima


No caso destas duas pessoas , de uns três anos para cá foram aparecen-
do detalhes sutis de um indicativo de abdução, que estaria acontecendo
desde a época em que ainda não se falava em seqüestros por seres extrater-
restres, caracterizando um desses casos em que as vítimas são monitoradas
desde a infância. O que vamos relatar a seguir vem surgindo em episódios

213
Biblioteca UFO

lembrados espontaneamente ou através de sonhos, de cunho realista, que


pressupõem outras coisas muito além de serem apenas simplesmente
sonhos. As lembranças que vão nascendo e de repente afloram na mente
dos abduzidos – quando estes começam a recordar coisas que podem ser,
como já dissemos, muito mais que sonhos – se remontam a vários casos
acontecidos anos atrás com eles ou seus familiares.
Na verdade, poderíamos nos referir a acontecimentos na vida do pai
de Taí na época da sua juventude e logo após contrair matrimônio, tais
como lembranças de grandes olhos escuros lhe observando desde a porta
da casa, globos luminosos que circulavam no quarto do casal antes do
nascimento do primogênito, e ainda quando era criança também vira dois
grandes olhos escuros num rosto iluminado que parecia flutuar dentro da
humilde casa. Mas vamos começar bem mais adiante. Taí e sua irmã Rosa
se interessavam por UFOs desde 1975 e passavam muito tempo conver-
sando sobre o assunto.
Uma noite, Rosa sonhou que, assistindo tevê, de repente a energia
faltou e uma intensa luminosidade azul começou a entrar pela janela do
último andar do prédio onde eles moravam. Fato que fez com que corresse
até o lugar para saber do que se tratava. Lá fora, Rosa avistou vários UFOs
pairando acima do condomínio e sentiu como se estivesse sendo sugada
pela luz que eles emitiam. Foi quando Taí apareceu e a abraçou, impedindo
que ela fosse puxada pelos objetos. No dia seguinte, a menina ficou acor-
dada até mais tarde para assistir um filme na televisão, quando, igual ao seu
sonho, faltou energia e viu um reflexo azulado invadir o ambiente onde
estava. Absolutamente desesperada de medo, correu para o quarto, e
nesse momento a energia voltou.
Dias depois, dormindo na casa da sua madrinha, no mesmo prédio onde
morava, Rosa teve outro sonho. Desta vez, viu três pessoas se aproximando da
cama. Quando gritou (ou pensava estar fazendo-o), o que parecia ser o chefe
desse grupo a repreendeu dizendo: “Por que você grita? Está sempre queren-
do nos ver e agora fica assim?” A respeito dos gritos, parece que eles incomo-
dam ou afetam de alguma forma os alienígenas, já que em vários casos, como
o de Antônio Vilas Boas, Whitley Strieber, Rosa – a moça desse caso – e outros,
os aliens reagem perguntando “Por que está gritando?”, ou “O que podemos
fazer para você parar de gritar?”

214
Verdades que Incomodam

Ou ainda – como no caso de Vilas Boas – eles paravam e ficavam olhando


enquanto ele gritava. Será que o som estridente emitido pelos humanos cria
alguma vibração diferente no campo em que tais seres se movimentam? O
sonho de Rosa acontecia em sua casa e não na da madrinha, onde ela se
encontrava passando a noite. Enquanto isso, os outros dois indivíduos encos-
tavam na nuca dos seus pais e de seu irmão, algo parecido com tubos de
ensaio, que se enchiam de sangue. Os três eram magros, de 1,60 m aproxima-
damente, cabelo escuro puxado para trás e o chefe ostentava um ridículo
bigodinho fino, como os homens de antigamente costumavam usar. Ao
acordar na manhã seguinte, para seu espanto, Rosa estava toda suja de
sangue: cabelo, travesseiro, lençóis e dedo indicador – já coagulado.
Quando nosso companheiro Valmir de Souza, vizinho e amigo destas
pessoas desde a infância, me confidenciou o relato acima, solicitando
conselhos sobre o que fazer e pedindo todo o sigilo possível sobre os fatos
ocorridos , nós nem sequer imaginávamos que fosse um caso de abdução.
Levantamos, inclusive, diversas hipóteses e conjecturas a respeito do fato
de Rosa ter acordado toda ensangüentada. Até que sua própria madrinha
nos confirmou que não havia possibilidade de uma eventual menstruação,
já que a jovem tinha um ciclo muito regular, e isso havia acontecido 12 dias
depois da regra. Além do mais, sua roupa de baixo estava completamente
limpa naquela noite, o que fazia o mistério ser maior.
No ano de 1981, Prima – esposa de Taí – se encontrava dormindo na
casa dos seus pais, estando deitada de costas e acordou repentinamente
com uma luz de cor azulada que penetrava pelo telhado. Ela, no entanto,
não conseguiu ver exatamente de onde a claridade emanava, notando
apenas que incidia sobre o seu ventre durante alguns instantes. Enquanto
se questionava sobre o que poderia ser aquilo, a luz se deslocou, subindo
lentamente pelo seu abdome e estacionando entre os seus seios. Num
repente, Prima puxou o lençol apavorada, cobrindo-se até a cabeça e
virando-se de lado. Minutos depois, ao tomar coragem para observar o que
estava acontecendo, a luz tinha desaparecido.
Eis agora alguns sonhos de Taí, este primeiro ocorrido em 25 de
agosto de 1991, num domingo de madrugada. “Sonhei que estava em
Santo Antônio de Jesus, caminhando pela rua principal, e havia um
cortejo parecido com uma procissão religiosa. Era de noite, e mesmo

215
Biblioteca UFO

com a fraca iluminação dava para ver a rua onde morei, bastante enla-
maçada. O detalhe era que eu não via os rostos das pessoas que seguiam
o cortejo, rumo à igreja local.” Outro sonho ocorreu em 26 de agosto do
mesmo ano, uma segunda-feira de madrugada. “Novamente eu estava na
minha cidade e também era de noite. De repente, pessoas pequenas de
mais ou menos 1,50 m de altura, vestindo roupas colantes pretas, me
seguravam e tentavam levar-me à força, pois estava reagindo violenta-
mente à atitude de meus supostos captores– dos quais não vejo seus
rostos, assim como não via o das pessoas do sonho anterior.
Estou num carro – parecido com um opala preto – com minha esposa e
mais três ou quatro mulheres que não conheço, além do motorista. Segui-
mos por uma avenida da cidade baixa (em Salvador), vindo não sei de onde,
ou não lembro. Em seguida, uma grande forma preta – que parecia de algo
gigantesco, igual a uma garrafa ou jarra –, com asas de morcego, vinha
baixando sobre o carro, me assustando. Então gritei para o motorista: ‘pisa
fundo que eles vão nos agarrar’, porém o carro parou e os mesmos indivídu-
os baixinhos foram surgindo em volta do mesmo.
Também apareceu uma mulher pequena e magra, rosto comprido e
nariz afiado, cabelos castanhos, longos e lisos, vestindo uma roupa colan-
te de cor cinza escuro ou azul marinho, não lembro... A tal mulher me
acalmava e dizia que não nos fariam mal. Senti-me realmente tranqüilo e
confiante – o suficiente para tentar conversar com ela. Explicou-me que o
objetivo daqueles seres, naquele momento, era nos descontaminar –
principalmente as mulheres que estavam grávidas e cujos fetos eram de
real interesse para eles. A partir desse momento, passei a lhe perguntar
tudo que era de meu interesse sobre UFOs, e ela me respondeu algumas
coisas, chegando a falar sobre um velho pescador que conhecia e que em
outra oportunidade me diria mais a seu respeito.
Acordei meio zonzo, sem entender nada, sentindo minhas lembranças
se apagando rapidamente. Tomado de um repentino impulso, pulei da cama
e fui até o pátio dos fundos, onde ouvi um barulho, mas não lembro se foi
antes ou depois do sonho. Quando olhei o relógio era 02:30 h da madruga-
da. Voltei a deitar, mas não consegui mais dormir, pois uma sensação
esquisita me dominava e tinha medo de pegar no sono [Interfiro neste relato
para dizer que fiz questão de transcrever exatamente o que Taí contou. Acho

216
Verdades que Incomodam

que se tentasse fazer um copidesk das suas palavras, as mesmas perderiam


muito da emoção sincera do rapaz].”
13 de junho de 1994. “Nesta madrugada, Prima teve um sonho que a
deixou muito impressionada, por ser o mesmo incomum e principalmente
porque ela nunca consegue se lembrar do que sonha. E quando o faz, é tão
pouca coisa o que consegue descrever que não dá para entender. Ela contou
que se encontrava numa sala cujas paredes tinham aparência metálica e na
qual via várias pessoas aos pares – homem com mulher, homem com
homem, mulher com mulher e até alguns adultos com crianças. Eles esta-
vam sobre uma espécie de esteira rolante e deslocavam-se para outro
compartimento, onde seriam selecionados e formados os casais. Os pares
masculinos seriam analisados por um computador, sendo que o de maior
tendência feminina sofreria uma cirurgia que o transformaria em mulher,
acontecendo o inverso com estas últimas.
As crianças seriam banhadas num líquido que aceleraria o seu metabo-
lismo, fazendo com que se tornassem adultas em pouco tempo, e logo após
seriam submetidas também a uma cirurgia como as antes mencionadas, se
necessário. Foi também mostrada a Prima a sala de cirurgias onde as trans-
formações aconteciam, além de um homem com seus genitais extraídos,
num corte perfeito, para a devida transformação do macho em fêmea. O
órgão retirado serviria para alguma fêmea que fosse virar macho. Os seres
que dirigiam essas atividades tinham aparência humana, eram brancos e
loiros, tendo alguns cabelos da cor castanha, compridos até os ombros e
usando roupas branco-cinzentas, colantes ao corpo. Minha esposa obser-
vou ainda que durante as cirurgias não havia sinal de aplicação de qualquer
tipo de anestesia nas vítimas, pelo menos aparentemente.”
Impressionante? No ano de 1997, Prima teve outro desses sonhos,
afirmando que dessa vez estava sendo levada por um helicóptero junto a um
grande número de pessoas. De repente, o mesmo mergulhava no mar, se
transformando numa espécie de submarino. Poderia ser mais um sonho, é
claro, mas um sobrinho dela – que também estava no helicóptero junto com
alguns dos seus filhos –, sem conhecer a narrativa de Prima, dias mais tarde veio
visitá-la e contou-lhe que havia sonhado exatamente a mesma coisa que a tia.
E o mais interessante é que, segundo Taí, Prima estava em sua compa-
nhia e ambos ficaram extremamente assustados quando mergulharam no

217
Biblioteca UFO

mar. Mas seus sonhos também não a deixavam em paz. Vejamos o que a
testemunha sonhou numa noite de fevereiro de 1998:
“Eu estava em Santo Antônio, na casa dos meus sogros, e dormia no
chão, pois Prima e nossos três filhos se apoderavam da única cama do
quarto de hóspedes. Nessa noite, sonhei estar mantendo relações sexuais
com uma mulher muito bonita, segurando-a pelas ancas, como se ela se
apoiasse numa mesa ou coisa semelhante, colocada à sua frente. No auge
do prazer, percebi que tinha alguma coisa sendo retirada de mim. Ao me
virar, vi um tubo sendo puxado por uma mão comprida. Só enxergava a
metade do braço para frente.”
Dá para imaginar o trauma sofrido por este abduzido, já que o esforço
realizado para conseguir nos contar sua história foi deveras enorme, só conse-
guindo fazê-lo pela amizade e confiança depositadas em Valmir de Souza – seu
amigo de infância –, que através das suas palavras de apoio, após relutar
bastante, aceitou falar também comigo. Após este parêntesis – bastante
necessário – vamos prosseguir. A descrição do aparelho é a seguinte: objeto
com aproximadamente 30 cm de comprimento e a grossura de um dedo,
começando mais fino na ponta e aumentando ligeiramente para o lado
oposto. Parecia uma espécie de “vidro aluminizado”, sendo sua estrutura
como que ondulada ou com uma espécie de gomos. A ponta parecia oca, e na
altura em que era segurado pela mão que o puxava (de cor cinza claro e com
quatro dedos – aparentemente muito finos e compridos), aparecia uma
espécie de trava com a forma aproximada de duas calçadeiras de metal, com o
mesmo tipo de curvamento, porém com dois buracos.
A parte traseira da mão aparentava ser uma empunhadura, da qual saíam
três fios ou antenas. Surpreso ao ver aquilo – e não sabendo como nem em que
momento tinha penetrado –, Taí voltou seu olhar para a mulher com a qual
teria copulado, tomando mais um choque. Ela era um arremedo de corpo
feminino dos quadris para cima. Para baixo não passava de uma máquina. Ao
retirar o membro, percebeu que tinha estado dentro de um tubo forrado,
aparentemente com algo semelhante a uma borracha úmida e macia. Da
parte inferior desse aparelho saíam vários tubos e mangueiras ligados a um
receptáculo de cor branca.
Taí acordou muito assustado e enojado, humilhado, ainda sentindo
prazer e uma enorme vontade de urinar. Depois de muito tempo acordado,

218
Verdades que Incomodam

Ilustração Alberto Romero

Representação da abdução da senhora Becker. Em destaque está o ovo que ela


expeliu num aborto espontâneo (o desenho no detalhe é da própria abduzida,
feito em maio de 1997). Este é um dos mais impressionantes casos de abdução
alienígena com manipulação de que se tem notícia.

219
Biblioteca UFO

pensando sobre o acontecido e profundamente revoltado, o cansaço o


dominou, conseguindo dormir já com o dia amanhecendo. A partir dessa
data, um sentimento de ódio e revolta se apoderou de Taí, que se sentia violen-
tado de corpo e alma. Ele se tornou uma pessoa agressiva com todos e por
tudo, tendo longas noites de insônia, apatia sexual e perdeu até a vontade de
viver. Algum tempo depois – quase dois meses de padecimento –, após violen-
ta crise de choro, Taí conseguiu falar sobre o acontecido com sua esposa. Foi
quando tomou outro choque, embora ela o escutasse e o confortasse com
todo carinho. Prima lhe disse, simplesmente, “…não é uma surpresa para
mim, já que sempre percebia ou sentia presenças estranhas no quarto...” Por
outro lado, o apoio dela foi fundamental para a recuperação do marido.
Três meses depois, já quase refeito desse trauma, Taí tornou a sonhar que
estava desta vez num compartimento pequeno, parecendo um elevador. Não
sabe onde, mas encontrava-se na companhia da mesma mulher, que agora,
aparentemente, possuía corpo feminino, pele alva, rosto comprido e cabelos
lisos repartidos ao meio até os ombros. Antes que ele pudesse dizer ou fazer
algo, a fêmea se abaixou e fez sexo oral nele, que ficou mais uma vez chocado e
constrangido por estar traindo sua esposa. Ao finalizar o que queria, a mulher
disse então que Taí não estava traindo Prima, já que ela também tinha um
companheiro, e completou: “Faço isso porque é minha função aqui.” Nesse
momento, Taí percebeu que aquele recinto abrigava também dois indivíduos
que não pôde visualizar em detalhes.
Será que a máquina do primeiro caso era uma reprodução desta
fêmea ou ela e seus companheiros continuavam a iludir a mente de Taí?
Qual seria a verdade? Recentemente surgiu um novo elemento nas
investigações. Aparentemente, Taí continua sendo abduzido com os
mesmos propósitos de coleta seminal. Nada adiantou para ele se refugiar
numa fazenda no interior do Estado, pois no final de 1998 foi novamente
levado por tais seres. Segundo o seu relato desta nova experiência, Taí se
encontrou certa noite dentro de uma sala onde estranhamente também
estavam seus pais e uma tia. Seus misteriosos e inconvenientes raptores
– que nunca consegue vê-los – lhe ordenaram para que tirasse suas
roupas e se deitasse numa cama junto com seus familiares.
Taí reclamou daquela imposição, como que querendo uma explicação
para o que estava acontecendo e acrescentando que sabia o que eles queri-

220
Verdades que Incomodam

A
Ilustração Alberto Romero

Instrumentos médicos utilizados durante a abdução de Taí. O objeto (A) pare-


cia-se com uma sonda, que era inserida em seu corpo delicadamente (B). Tinha
cerca de 30 cm e diâmetro de aproximadamente 2,5 cm. No detalhe acima (C),
representação das estranhas marcas encontradas no peito do senhor M. N.

221
Biblioteca UFO

am. Em seguida, caminhou até uma grande janela na parede oposta e viu
uma rua da sua cidade com vários indivíduos que saltavam de um veículo e se
dirigiam para casa. Neste momento, alguém lhe disse que tinha que fazer isso
porque era assim que devia ser, e acrescentou ainda que, se não obedecesse,
sua tia iria ficar muito zangada. Esta sempre evitava fitá-lo de frente, virando o
rosto cada vez que Taí buscava seu olhar. Quando ele começou a ficar mais
irritado, seu pai, deitado e coberto até o peito por um lençol, disse: “Eu sei
exatamente o que você está pensando”, e calou-se. Por fim, Taí se encontrou
deitado (não sabe como) em situação igual aos outros, e espantado percebeu
seu estado de excitação. A seguir, uma figura feminina bastante gorda se
aproximou dele.
Quando acordou no meio da noite, estressado, sentindo-se comple-
tamente exaurido e com uma enorme pressão na altura da bexiga, e tendo
lampejos do acontecido, correu para o sanitário, confirmando o que tinha
ocorrido, embora suas roupas de baixo não estivessem sujas. Chegou a
comentar o fato com a esposa, que simplesmente disse: “Faz tempo que eu
sei o que esta acontecendo: eu sinto alguma presença aqui sempre que
isso acontece com você.” Ainda em choque, Taí saiu para o quintal, olhou
para o céu, como é seu costume, como que se questionando sobre o
acontecido. De repente, sofreu um sobressalto. Uma voz parecia ecoar na
sua cabeça, dizendo claramente: “Há um chip inserido no seu hipotálamo
que, quando ativado, você sai do corpo naturalmente e vai até lá, sem
necessidade de que venham lhe buscar.”
Assombrado, Taí correu para o interior da casa e começou a procurar,
freneticamente, livros e revistas para tentar descobrir até que ponto o que
tinha ouvido poderia ser verdade ou pelo menos lógico. Descobriu, já ao
amanhecer, alguns artigos que explicavam que o hipotálamo tem relação
com a hipófise e a glândula pineal. Esse ponto do cérebro comanda o
controle das emoções e da sexualidade, e provavelmente a pineal também
é responsável pelo desdobramento ou viagem astral.
Coincidência? Taí nada conhece de Medicina nem das funções do
cérebro e muito menos sobre viagens astrais. Ele só descobriu essas
informações através da busca em diversos livros, enciclopédias e revistas,
como já dissemos. A esse respeito, Valmir foi procurar uma médica, amiga
da família e ex-participante do G-PAZ, que confirmou os dados com refe-

222
Verdades que Incomodam

rência às glândulas mencionadas. Disse também que era muito provável


que a pineal – entre outras coisas – tivesse alguma coisa a ver com o desdo-
bramento. Porém, sobre a possibilidade de se fazer uma tomografia com-
putadorizada com Taí, foi taxativa: “O Sistema Único de Saúde (SUS) não
cobriria os custos do exame.” E ainda ponderou que se tivesse sido
implantado um biochip em seu cérebro, utilizando tecidos do próprio
indivíduo para envolvê-lo, tal exame nada revelaria...
Mais um impasse. Porém, uma tênue luz no fim do túnel. Essa informação
– seja lá qual for a fonte – faz bastante sentido e ainda abre uma brecha que
pode se transformar numa trilha da qual não podemos nem devemos ignorar,
já que é um dado novo para as pesquisas sobre abdução. Os profissionais de
saúde da área mental que utilizam da hipnose com abduzidos, podem apro-
fundar seus estudos contando com uma nova pista, que corretamente estuda-
da e analisada, pode nos levar a puxar mais um fio desta emaranhada meada.
O que podemos acrescentar a isto? E como tal fato pode ajudar Taí na sua
angústia? Não é fácil convencer ele e Prima de que o que ambos vêm passando
também acontece com milhares de outras pessoas.
Outro importante elemento que analisamos nesta série de relatos é o
fato de que a coleta seminal (e provavelmente ovular, no caso de Prima)
tenha relação com algum fator especial reprodutivo. Dá a impressão de que
os seres alienígenas sabem exatamente o momento em que suas cobaias
atingem o ponto certo para a abdução e as abordam neste preciso ponto de
suas vidas, sem chances de erros. O fator que nos leva a essa dedução é o que
surgiu através das nossas conversações com Taí. Cada vez que acontece um
desses casos, quando ele sente que lhe foi retirada grande quantidade de
sêmen, lhe sobrevém um grande período de apatia sexual – o que também
acontece com sua esposa. Isso poderia significar um controle bastante
rigoroso de seus desejos, para não desperdiçar a matéria prima que, aparen-
temente, lhes é necessária.
Isto nos faz voltar às primeiras considerações, no que diz respeito a um
provável implante ou biochip no hipotálamo, o qual, por seu intermédio,
controlaria as emoções e desejos sexuais das vítimas. Sabemos que
existem alguns abduzidos com prováveis implantes no pênis, testículos e
junto da vagina ou no seu interior, que poderiam muito bem controlar, entre
outras coisas, a quantidade de líquido seminal acumulado, temperatura

223
Biblioteca UFO

dos órgãos sexuais, reações biológicas durante o ato, batimentos cardía-


cos, pressão sangüínea (do corpo e dos genitais), etc. É descabida esta
dedução? Por enquanto só nos resta esperar outros acontecimentos do
mesmo tipo e ver se conseguimos novas pistas que nos levem a deduzir,
com maior clareza, o que esta acontecendo e porquê os seres que nos
raptam tão insistentemente agem dessa maneira.

O Caso M. N.
Quando visitamos pela primeira vez a cidade de Conceição do Almeida
(BA), a 161 km de Salvador, para investigar uma filmagem comprovadamente
autêntica realizada por um conceituado médico nesse local, o doutor Damião
Domingues, o mesmo nos colocou frente-a-frente com um fazendeiro da
região que tinha sido vítima de uma abdução. Esse senhor, seu paciente, lhe
confidenciou que estava preocupado por causa de um aparente sumiço de
tempo em sua memória. Isso aconteceu depois de ter sido seguido por uma
estrela, tarde da noite na estrada. Cientes dos cuidados que devemos ter com
as pessoas que vivem pendentes dos passos dados por nós durante o tempo
em que investigamos o caso e para preservar a identidade das mesmas, fomos
até a residência da testemunha numa manhã bem cedo, e após um pouco de
resistência, o senhor M.N. nos contou o seguinte.
Na noite do fato, ele e sua esposa foram seguidos ostensivamente por
uma luz que ele descreve como a estrela D’Alva, quando regressavam de uma
fazenda para sua residência. A luminosidade os acompanhou por vários
quilômetros, e segundo seu testemunho parava e se movia de acordo com o
andar do carro. M.N. ficou muito curioso por causa dessa companhia inusita-
da, tanto que quando se aproximavam da cidade, perto de uma estação
rodoviária desativada, decidiu estacionar para observar melhor a luz que
naquele momento parecia pairar a menos de 500 m de distância.
Como sua esposa se negou a ficar nesse local solitário, M.N. a levou para
casa, a menos de 1 km de distância e voltou ao local do incidente na mesma
hora. Quando chegou, percebeu que a estrela estava um pouco mais na frente e
parecia pousada num terreno. Ele então saltou do carro, mas sentiu medo – um
temor inexplicável – e resolveu retornar ao veículo imediatamente. Quando lhe
perguntamos quanto tempo permaneceu fora de casa, M. N. respondeu que

224
Verdades que Incomodam

não mais que 10 minutos. Porém, acrescentou: “Minha mulher diz que foi mais
de uma hora e meia”, alegando que a mesma tinha provado o que afirmava,
dizendo que após deixá-la em casa, olhou as crianças que estavam dormindo,
bebeu água, tomou banho, trocou de roupa e se deitou. “Quando eu voltei, já
fazia um bom tempo que ela estava dormindo”, relatou.
Para não ser tão direto, perguntamos a ele se alguém na família já
sofreu de sangramento noturno no nariz ou se tinha aparecido uma marca
recente em alguma parte do corpo, como de vacina. Foi então que M.N.
ficou visivelmente nervoso, e após certificar-se de que não possuía mais
ninguém por perto, fechou com chave a porta do seu gabinete e abrindo a
camisa nos mostrou uma marca estranha pouco acima do mamilo direito.
Ao repuxar a pele próxima do sinal, pudemos notar claramente um círculo
de aproximadamente 2,5 cm de diâmetro, ostentando visíveis sinais, como
picadas de agulha em volta do mesmo. Em cada picada havia uma saliên-
cia como se tivesse pequenos grãos de arroz sob a pele. Embora a especia-
lidade do doutor Damião não seja a dermatologia, ele não tem explicação
para o que sejam essas marcas.
Dias depois, o senhor M.N. teve um sonho que pode ter muito a ver
com o caso de abdução. Nele, revia o acontecimento vivido, dessa vez
descrevendo a estrela como sendo um objeto de formato cônico, muito
brilhante e semelhante ao aço, porém não sabe de onde provinha o brilho,
já que não possuía luzes. Disse que parecia uma espécie de chapeuzinho de
festas. “Ao chegar perto daquilo, pude perceber que o mesmo era peque-
no como um chapéu”, relatou. O objeto se movia lentamente, flutuando à
sua frente. M.N. o seguiu até alcançá-lo e o colocou na cabeça dizendo:
“Agora vou poder entender o enigma.”
A descrição de uma espécie de chapéu ou capacete existe em outros
casos de abdução ou encontros próximos. O acontecimento mais signifi-
cativo talvez seja o de Bianca, sobre sua experiência a bordo da nave de
Karran. O tal capacete tinha a função de tradutor – o que parece correspon-
der à frase de M.N. quando diz “vou poder entender o enigma.” O fato de
existir uma correspondência entre diversos casos com objetos afins,
embora com ligeiras variações, pode demonstrar que os mesmos fazem
parte de uma peça importante para o diálogo entre esses seres e nós.
“Alguém disse que eles estavam na minha imaginação. Tinha gente que

225
Biblioteca UFO

inventava coisas impossíveis e outras que podem se concretizar. Quando


eu quiser contatá-los, deverei usar a imaginação”, completou o senhor
M.N. Em nível consciente ou inconsciente, ele não pôde vê-los – ou não
permitiram que os olhasse –, assim como em outros casos de abdução.
Talvez tenha recebido uma ordem hipnótica para não lembrar os detalhes
do que lhe acontecia. Quando perguntamos a M.N. como era o dono da voz
que lhe explicou isso, rapidamente ele tratou de mudar de assunto. Para ele
seria muito mais simples dizer que não os tinha visto ou que não sabia de
onde vinha a tal voz. Talvez a explicação para tudo isso seja apenas telepatia
ou nada além de um sonho. Um sonho que deixa marcas físicas parecendo
a estilização de um sol...

Uma Ressalva
Ao encerrarmos essa parte sobre abduções, quero fazer uma ressalva a
todo o aqui exposto e ser, como é meu compromisso, leal à verdade e à
transparência. Na maioria dos casos ou na sua totalidade, encontramos
muitas informações sobre as lembranças que afloraram em nossos abduzi-
dos através de sonhos ou pesadelos que também deixam marcas. Não
devemos descartar em absoluto esses dados, já que, segundo alguns
estudos, de cada 15 sonhos narrados como lembranças de casos ufológi-
cos, 5 podem de fato ser lembranças nítidas de uma abdução, deixando nos
outros 10 imagens oníricas puras que, embora disfarçadas de contato
alienígena, podem na verdade estar deixando aflorar problemas e traumas
pessoais que nada têm em comum com o Fenômeno UFO. E das que apre-
sentam nítidos traços de abdução por seres extraterrestres, às vezes podem
vir à tona sensações contaminadas com frutos do inconsciente pessoal.
Repito. O enfoque da pesquisa na qual trabalhamos, com elementos
quase exclusivamente oníricos (quando não dispomos da colaboração de um
psicoterapêuta e a grande ajuda da hipnose regressiva), deve ser muito cuida-
doso, já que temos que nos basear em elementos puramente subjetivos. E
quando não se tem experiência e vivências suficientes, eles podem muito mais
prejudicar do que ajudar. Quando afloram essas imagens, mesmo que verda-
deiras ou reais, elas podem brotar com algum tipo de contaminação. Mas isso
não invalida o trabalho. Por outro lado, as que aparecem como típicas figuras

226
Verdades que Incomodam

do inconsciente, às vezes escondem por baixo de traços banais problemas de


abdução muito complexos. Por fim, não prejulguemos ninguém. Quando um
sonho deixa vestígios físicos, marcas ou cicatrizes, então devemos levá-los
muito à sério, e sobretudo ter muito respeito. Somente quem vivenciou
realmente um drama desses pode saber o que é.
Existem outros casos de abdução na Bahia, mais ou menos traumáticos,
como por exemplo o de um velho pescador já falecido em Barreiras de Jacuru-
na, zona de altíssima incidência de observações. Mas infelizmente não temos
evidências tão fortes para este caso como as dos que apresentamos até aqui.
No entanto, deixamos para o final deste capítulo uma que tem elevado grau de
estranheza, porque a pessoa que nos relatou o fato – uma das protagonistas –
se recusa a fazer um depoimento mais concreto do mesmo. Ainda assim, ela
tem o estranho sintoma de ‘tempo perdido’ em sua vida, e como merece nossa
confiança por ter credibilidade, relatamos o episódio ao leitor. Na época em
que ocorreu, fins da década de 70 ou início de 80, esta senhora e seu marido
viviam em Seattle, no Estado de Washington (EUA), pois o esposo trabalhava
numa empresa de engenharia.
Nos momentos livres, a protagonista deste evento se encontrava com
uma compatriota para minorar a saudade de seu país. Certo dia, saíram juntas
para fazer umas compras numa cidade próxima e, seguindo pela freeway,
chegaram a parar algumas vezes em lanchonetes ou postos de gasolina para
perguntar se estavam no rumo certo. Quando ficaram convencidas de que
faltava pouco para chegarem ao seu destino, entraram numa estrada transver-
sal. De repente, sem saber explicar o que acontecia, descobrem que já não
estão numa estrada asfaltada e sim numa de terra, ladeada por altos capinzais
[Quando chega a esse ponto, a testemunha fica muito nervosa]. Pouco
depois, decidem parar para tentar descobrir onde estavam. É nesse momento
que o grande susto acontece. Vários militares pulam na frente do veículo,
saindo ninguém sabe de onde, portando armas pesadas automáticas e
apontando para suas cabeças. Eles começam a interrogá-las e, quando as
mesmas se refazem um pouco do susto, tentam explicar o que sucedera.
O fato de serem estrangeiras complicava ainda mais a situação, pois os
militares as interpelaram perguntando como não tinham visto a placa proibin-
do o ingresso naquela área. Em seguida, os homens fizeram com que as
moças entrassem no carro e um deles tomou a direção do mesmo. Um oficial

227
Biblioteca UFO

acompanhou-as, seguindo num veículo militar que apareceu também de


repente, cheio de soldados. Logo após, todos se dirigiram até um posto de
guarda onde as vítimas foram novamente interrogadas e despachadas – não
sem antes os militares checarem dezenas de vezes seus documentos e faze-
rem várias chamadas via rádio. Ali existia uma enorme placa anunciando que
aquela área era de propriedade do governo, com o logotipo da NASA.
Antes de partir, a última recomendação que as moças receberam foi:
“Esqueçam tudo que passou e não comentem o incidente com ninguém.”
O nervosismo e o desconforto da testemunha, quando fala desse fato, são
visíveis em seus olhos e nos gestos de sua boca. Sabe que houve um perío-
do de tempo apagado de sua mente, mas se recusa a tentar descobrir o que
está no seu subconsciente. Talvez algum dia...

Observações
1. O que podemos pensar de uma lei que pode colocar abduzidos, os
profissionais médicos que o assistem e até os ufólogos que ele contatou, na
condição de réus? Isso parece ridículo! Concordamos plenamente. Mas não
estamos brincando nem se trata de piada. Algum delirante megalomaníaco
entre os militares norte-americanos e algum juiz bêbado, de comum acordo,
devem ter se mancomunado numa aberração jurídica desta espécie. Não
podemos, em sã consciência, dizer algo mais ameno, embora a boa educação
se ressinta com isso. Entretanto, o que mais espanta é o silêncio sobre esse
assunto, tanto da parte de juristas – com exceção de comentários e idéias
apresentadas sobre essa problemática esporádica e superficialmente – como
da sociedade, ufólogos e prováveis vítimas de tal absurdo.
Segundo o ufólogo Joshua Shapiro, em 5 de outubro de 1982, o doutor
Brian T. Clifford, do Pentágono, comunicou à Imprensa norte-americana
que o contato entre pessoas e ETs ou suas naves é ilegal, conforme uma lei
explícita no Código de Regulamento Federal de 16 de julho de 1969. De
acordo com essa lei, uma pessoa acidentalmente exposta ao contato com
alienígenas poderá ser considerada criminosa e ser penalizada com prisão
de um ano e multa de 5 mil dólares. A NASA poderá determinar se a pessoa
foi exposta a algo extraterrestre e impor uma quarentena de duração indeter-
minada, com vigilância sem interrupção, mesmo por ordem da corte judicial

228
Verdades que Incomodam

[Depois disso, os ufólogos precisam de mais alguma prova de que os aliens


existem e que já chegaram ao nosso planeta?].
Essa norma, contida na subseção 1.211 da seção 14 do regulamento,
permite que os cidadãos sejam presos de imediato, já que estabelece que um
indivíduo tocado diretamente ou estando demasiadamente próximo, mesmo
sem estar envolvido com UFOs, estaria sujeito à quarentena indefinida. Dentre
as suas responsabilidades e atribuições, a NASA pode determinar o início e
duração do período de reclusão e se ela é ou se tornou “extraterrestrialmente”
exposta. Temos a impressão – muito clara – que independentemente dos
cuidados e da obrigatoriedade de proteção por parte das autoridades, existe
uma preocupação maior em toda esta situação.
Parece-nos que a intenção escondida nesta lei é a de desencorajar a
comunicação ou o relacionamento fraternal com alienígenas. Além disso, tal
ato coibiria a publicação de relatórios de contatados ou abduzidos. Ou seja:
uma disfarçada maneira de silenciar as testemunhas. Censura, pura e simples-
mente. Agora, cabe perguntar se a NASA coloca em prática essa maluquice.
Poderiam explicar ao menos como iriam se arranjar logisticamente... Por
exemplo, se alguém estiver próximo de um evento ufológico, conforme essa
norma, deve ser confinado, e por extensão, quem o prenda, obviamente
também ficará exposto ao mesmo perigo. Em conseqüência, também deveria
ser preso. E quem confinaria estes, também, e assim por diante...
No fim, acho, ninguém mais ficaria de fora. Isso sem questionar que tipo de
estabelecimentos de reclusão deveriam ser habilitados para este fim e quantos
seriam necessários. Agora, e se fossem confirmadas as estatísticas do doutor
David Jacobs a respeito de que 2% da população mundial já foi abduzida?
Evidentemente, não pode ser outra coisa que uma doidice completa (ou uma
safadeza sem tamanho), sem entrarmos no mérito sobre a sanidade mental dos
que inventaram isso. Dessa forma, fica mais claro que o real propósito das
autoridades com essas medidas é evitar ou censurar, da forma mais drástica
possível, toda e qualquer tentativa de divulgação do Fenômeno UFO. Segundo
Fletcher Reel, porta-voz da NASA, esta lei não é imediatamente aplicável, mas
em caso de necessidade poderia sê-lo feito. Mas se os UFOs não existem,
conforme eles mesmos alegam, para que essa lei?

2. Durante o processo padrão das abduções são retirados das pessoas,

229
Biblioteca UFO

por diversos procedimentos, sangue, oócitos (óvulos das fêmeas) e esperma-


tozóides. Através de incontáveis depoimentos de abduzidos, sabemos que
também são extraídas amostras de saliva, fluído dos olhos (humor vítreo
aquoso), fluído cérebro-espinhal, urina, fezes – através de sondas –, unhas e
cabelo, o que nos parece detectar uma preocupação com a coleta ou controle
do DNA. A boca, orelhas, olhos e órgãos genitais são os locais que despertam
maior interesse aos aliens, assim como o umbigo das fêmeas. Tais seres
também costumam retirar pedaços de tecidos das orelhas, olhos, nariz,
panturrilha, coxas e quadril. Por causa disso, muitas cicatrizes são descobertas
sobre o osso da canela que, segundo especialistas, seria o local de mais fácil
acesso às amostras de tecido ósseo e também aspiração de medula.
O doutor Richard Neal Junior, médico ginecologista pertencente à Mutual
UFO Network (MUFON), escreveu num artigo que “…focalizando os procedi-
mentos ginecológicos e reprodutivos que têm sido realizados nos abduzidos,
cheguei a acreditar firmemente que há algum tipo de manipulação genética
em andamento ocorrendo dentro de várias gerações de famílias. A chave
para a manipulação genética situa-se nas moléculas de DNA das células dos
seres humanos. Esses genes controlam a reprodução e as funções do dia-a-
dia de todas as células. Padrões de mutação os permitiriam rearrumar os
códigos genéticos no local certo, específico no cromossomo. Mesmo nosso
conhecimento primitivo da Medicina permite ver que as operações realiza-
das nos seqüestrados são cruéis, desnecessárias e ineficazes.”

3. Um dos grandes pesquisadores das abduções, o professor David M.


Jacobs, Ph.D., acha que os traumas decorrentes da abdução podem levar as
pessoas a questionar a sua estabilidade mental por causa do que se convenci-
onou chamar de ‘síndrome de pós-abdução’. A doutora Gilda Moura, em seu
livro Transformadores de Consciência, diz algo muito apropriado: “Os abduzi-
dos, mais que os contatados, possuem essa forte e evidente angústia e
descrevem sintomas como pânico, pesadelos, confusão mental, descontro-
le emotivo, chegando à hipermotividade. Só que, na maioria das vezes em
que são ouvidas, as pessoas só se interessam pela história de contato e por
isso não sabem o que estão vivendo.”
E continua: “O que estou querendo ressaltar é que as conseqüências de
um trauma são reais, evidentes e agudas, e merecem cuidado especial. É

230
Verdades que Incomodam

muito agradável e até emocionante se ouvir a história de um contatado e


não cuidar dessa angústia tão forte e evidente na maioria dos casos. Não
creio que exista patologia, mas resultados de um trauma. De qualquer
forma, não se deve confundir estes com causas e não se pode, portanto,
encarar a pessoa que está vivenciando um trauma destes como uma com
problemas ou fora da realidade. Muitos estudos continuam nessa linha.
Devemos ajudá-la, não só tratando as conseqüências, como preparando-a
para o processo que está só começando...”
Este curto trecho do seu excelente livro diz, em poucas palavras, o que
todos devemos levar em conta com respeito aos abduzidos e contatados.
Eles merecem toda a atenção e respeito que possamos proporcionar-lhes,
além dos cuidados por parte de profissionais sérios e competentes, como a
doutora Gilda e outros. Para terminar esta parte, uma frase final desta médi-
ca: “Já foi muito importante verificar que, seja qual for o plano que os
alienígenas estão executando, é transformativo e leva a uma melhoria de
nossa raça e conseqüêntemente do planeta.”

4.Quanto aos motivos da criação de uma nova raça híbrida e o desconfor-


to que isso nos provoca, cito as palavras vertidas pelo abduzido Whitley Strie-
ber, autor de Comunhão: “Pode ser que a origem do nosso medo em relação
aos visitantes e, me parece que o deles em relação a nós, venha de um
conhecimento biológico e instintivo de que nossa reunião possa significar
uma terceira forma, maior, que nos suplantará da mesma maneira que os
filhos aos pais. A primeira e a segunda maneiras são pessoas lutando na
cama. A terceira é, ao mesmo tempo, a união frenética de ambas e a total
necessidade de envolvimento com a criação. É a atração mútua, o contato
de seus corpos e o filho deles...”

231
Biblioteca UFO

232
Verdades que Incomodam

Capítulo 11

Mortes e Mutilações

“As mutilações feitas em animais – com certeza


por extraterrestres – também estão sendo
realizadas em seres humanos.”
– Encarnación Zapata Garcia,
pesquisadora

Q
uando o animal foi encontrado morto dois dias depois de desapare-
cer, estava deitado de lado. O crânio e o pescoço estavam completa-
mente descarnados, e os ossos limpos e brancos como se tivesse
morrido há muito tempo. Onde começava o pescoço, junto às espáduas,
a carne parecia ter sido cortada por uma navalha muito afiada naquela
mesma hora. Não havia porém, sangue nem sinais de decomposição do
corpo. Em volta, apenas o cheiro adocicado de drogas medicinais. Assim
foi encontrado Snippy. Devem existir dezenas de histórias semelhantes,
mas justamente esta se tornou um clássico por ter sido a primeira da
época moderna a ser publicada.
Os primeiros dados que se têm a respeito de mutilações de animais
vêm do ano de 1897, quando um rancheiro do estado norte-americano
de Kansas, Alexander Hamilton, assinou uma declaração jurada ante um
escrivão e as pessoas mais importantes da cidade: o médico, o farmacêu-
tico, o dentista e o juiz. Ele afirmava que no dia 21 de abril do mesmo ano,
viu uma nave voadora descer sobre o seu rancho e com uma espécie de
corda com 6 mm de espessura fisgou uma vitela de 2 anos, içando-a até o

233
Biblioteca UFO

objeto em forma de cilindro, que media uns 30 m de comprimento, e na


qual foram visualizados ainda 6 silhuetas de indivíduos muito esquisitos.
O resto do animal, couro, patas e cabeça foram encontrados a uns 7
quilômetros de distância.
No caso de Snippy, que citamos no início deste capítulo, a história é a
seguinte: ele era um cavalo da raça Appaloosa de rara beleza, e sua proprie-
tária, Nelly Lewis, tinha uma afeição muito grande por ele. Em 7 de setem-
bro de 1967, o animal não regressou ao pasto, como era seu costume, nem
na noite seguinte. Ante a preocupação de sua irmã, o senhor Ben decidiu
ajudá-la, partindo à sua procura na extensa fazenda. No dia 9 Snippy foi
achado do jeito antes relatado. Outros dois cavalos que pastavam com ele
tinham caminhado juntos até o local, onde se separaram. As pegadas de
Snippy ainda continuavam por mais alguns metros, e sumiam. Seu corpo
foi achado 30 m adiante.
Dias depois, estando Nelly percorrendo a fazenda em companhia de uma
amiga, encontraram os restos do animal ainda intactos, sem que os predado-
res tivessem se aproximado da carcaça – o que era muito estranho. Por interfe-
rência dessa sua colega, conseguiram trazer um veterinário da cidade 20 dias
depois do fato para colher amostras, e ao perceber o corpo ainda preservado,
providenciaram sua remoção para Alamosa, no Colorado. Depois o levaram
para Denver, onde um patologista, cujo nome foi mantido em sigilo, realizou a
necropsia do animal. A cavidade abdominal não apresentava nenhum feri-
mento e não havia sinais de órgãos internos. O mesmo ocorria com a espinha
dorsal e com o crânio: nem cérebro, nem medula espinhal. Não havia coração,
fígado, pulmões nem vísceras.
Os exames realizados no campo, com ajuda de um contador Geiger,
demonstraram uma elevada quantidade de radioatividade emanando do
cadáver, até uma distância de 200 m em volta do mesmo. Outros detalhes
importantes foram manchas negras encontradas, como se de algum tipo de
combustível e outras de um líquido claro e espesso – mais consistente que óleo
e menos que graxa – que não eram absorvidos pela terra, e vários pontos onde
o pasto estava com aparência de queimado. Até aqui, as informações sobre o
caso parecem ter se diluído em meio a tantos milhares de animais mortos ou
atacados nas mesmas circunstâncias ou parecidas. O que podemos pensar
de tudo isso? As mutilações são talvez uma das mais dramáticas provas da

234
Verdades que Incomodam

presença de entidades estranhas em nosso meio. Claro que muitas pessoas


contestam estas afirmações e, com um sorriso de superioridade, afirmam que
isso é obra de predadores comuns, e que já presenciaram muitos cães, onças
ou jaguatiricas pegando os animais.
Um engenheiro, pelo qual tenho muito respeito, contou-me a seguinte
história: “Tenho uma fazendinha no oeste da Bahia, onde crio gado de corte,
e já me aconteceu de encontrar matrizes ou vitelas mortas ou furadas. Um
peão me disse que tinha a certeza de se tratar de uma onça preta, só pelo
jeito dela matar. Pediu permissão para tocaiá-la e, pensando bem, o que
custava cada animal desse justificava ter que pagar uma multa ao Ibama.
Seria bem mais barato. No dia seguinte, o peão me trouxe a pele da onça.”
Normalmente, quando um desses felinos ataca um animal grande, come logo
a região da vulva e tetas, adentrando nas vísceras, que é o que primeiro
apodrece. Já farto, retira-se antes de ser pego, e mais tarde, quando volta a
sentir fome, retorna para ver se tudo está em ordem, carrega os restos até sua
toca ou os pendura em alguma árvore para servir-se quando a fome apertar.
Não duvidamos que isso aconteça. Muito pelo contrário. Agora, deduzir
todos os ataques a animais jogando culpa na onça... Estes casos são também
uma das facetas mais delicadas da pesquisa ufológica, já que envolve elemen-
tos e riscos da maior importância que, de uma certa forma, nos permite
colocar sobre a mesa algumas peças entre as milhares deste imenso quebra-
cabeças, que descobrimos se encaixam de forma assustadora. É a evidência
de algo que pode ser muito perigoso para nós – da raça humana – e que nos
traz a consciência de que alguns desses seres, considerados messias ou anjos
por algumas pessoas, não o são tanto assim...
Vejam bem: não estou entrando no jogo dos que tentaram (e tentam)
durante tantos anos fazer nossa cabeça de forma subliminar e às vezes nem
tanto, com filmes, seriados de tevê e livros nos quais os extraterrestres são
mostrados como monstros horrendos, que só querem invadir e nos subju-
gar. Mas convenhamos que para fazer uma pesquisa séria, científica e
sobretudo objetiva, não podemos ignorar os fatos e simplesmente deixar
de perceber que alguns dos misteriosos visitantes podem ser (e são) um
perigo potencial para todos nós.
Não podemos nem devemos ignorar tais fatos, ou o que é pior: fingir que
esse problema não existe. Experiências biológicas com animais podem ser

235
Biblioteca UFO

perigosas para nós? É possível e provável. Primeiramente, isso deve ser correta-
mente avaliado, pensado e repensado. Não apenas nós, ufólogos, ignoramos.
Mas poderia afirmar sem medo de errar que a comunidade científica também.
Entretanto, os militares... Então, qual é sua forma de pensar, sua ética (se a
possuem), suas reais intenções? Será possível que nos tornemos (ou sejamos)
cobaias cósmicas? E o que pensam as cobaias do biólogo que realiza experiênci-
as com elas? Que ele é um animal predador, um psicopata, um assassino frio, ou
simplesmente um cientista de outra raça que procura melhorar a estimativa de
vida dos seus semelhantes, cuidando da sua saúde?
Mal podemos afirmar que conhecemos nossos semelhantes, um
amigo, um irmão – que muitas vezes acabam nos surpreendendo da forma
que seria também absurdo e típico do mais puro egocentrismo –, dizer ou
deduzir o que eles fazem ou tentam fazer. Esse me parece o ponto crucial
desta investigação ufológica e que envolve inúmeras facetas. A mutilação de
animais é uma delas, e me atreveria a dizer que está – de alguma forma –
intimamente ligada aos casos de abdução. Infelizmente, ou não, os casos de
ataques registrados em nosso país são poucos, e com certeza os que conhe-
cemos são a ponta do iceberg, já que centenas de informações devem estar
ocultas ou ignoradas e muitas delas devem passar despercebidas pelos
donos ou responsáveis pelos animais.
Não sei se os casos registrados no Brasil podem competir com os que já
aconteceram – e continuam a acontecer – em outras partes do mundo, já
que há quase 20 anos, numa conversa reservada que tive com o doutor Leo
Sprinkle, dos EUA, durante o I° CIUFO, de 1979, em Brasília, soube de um
fato importante. Ele nos confidenciou que só no ano de 1978, nos Estados
Unidos, teriam sido contabilizados mais de 10 mil casos de mutilações de
animais diretamente ligados à aparição de luzes estranhas na região – isso
sem contar inúmeras outras, das quais ainda não se tinha confirmação
[Nesse encontro estiveram presentes também o doutor Richard Haines, da
NASA, Fábio Zerpa, da ONIFE, e a doutora Bettina Allen].
Dá até vertigem pensar na projeção desses dados e na posterior
transposição dessas cifras em nível mundial durante estes 20 anos. Por-
que? Analisemos. Se um biólogo pode sacrificar uma série de animais ou
cobaias para uma determinada experiência ou para analisar esta ou aquela
espécie, tudo bem. Mas mutilar milhares de animais por ano, em todas as

236
Verdades que Incomodam

regiões do mundo, não nos leva a supor algo mais sério ou perigoso? É
como a caça predatória de elefantes para apenas utilização do marfim, ou o
massacre dos jacarés do Pantanal Sulmatogrossense, sem falarmos na
tragédia da morte de crias de focas no Ártico, até a intervenção oportuna e
imprescindível do grupo ecológico Greenpeace.
Na melhor das hipóteses, isso nos induz a presumir uma total falta de
respeito aos nossos direitos – e já nos vem novamente a presunção egocên-
trica de que nossa forma de pensar é a mais correta! Muitas vezes perdi o
sono tentando chegar a alguma conclusão. Quando começaram a aparecer
relatórios sobre a atividade dos Chupa-chupa no Pará, tive que dar um
tempo... Mas será que isso não é uma forma de cortina de fumaça sobre a
realidade UFO? Não serão essas mutilações uma espécie de “boi de piranha”
destinado a nos atrair e nos agrupar em determinados locais para passarem
em segurança por outro?
Este capítulo parece ter mais interrogantes que outra coisa, mas acho
que provocar uma mente a indagar, pensar, pesquisar e analisar, vale mais que
10 livros de afirmações, dogmas e egocêntricas verdades ditadas pela ortodo-
xia científica. Porque aprendendo a questionar, a mergulhar fundo em nossa
mente e tomar cautela, muita cautela, através das declarações prontas para o
consumo, é que poderemos realmente realizar um trabalho de pesquisa
objetivo, meticuloso e sumamente proveitoso.

A pesquisa
Antes de mais nada, devemos definir o mais claramente possível o
que são essas estranhas mutilações. Via de regra, elas se processam da
seguinte forma geral, com algumas nuanças: extirpação de forma cirúrgi-
ca de olhos, úberes (tetas), vísceras, cérebro, língua e, principalmente,
órgãos genitais dos machos e reprodutores. Nas fêmeas, a vagina, útero,
ovários e ânus são geralmente retirados por trás – fato que ainda espanta
os veterinários pela precisão dos cortes que denotam altíssima técnica
cirúrgica, além de complexas aparelhagens e/ou instrumentos. Em boa
parte dos casos, detecta-se no animal e arredores um forte cheiro de
medicamento, sem vestígios de sangramento nas carcaças e muitas
vezes sem que o rebanho em volta se disperse. O que é muito estranho.

237
Biblioteca UFO

Nos casos acontecidos no Brasil, encontramos em Santa Vitória do


Palmar (RS), em 1972, vítimas que parecem ter sido escolhidas entre as
melhores e mais saudáveis do rebanho. Neste caso, todas elas ovelhas da
raça Correidale. Um detalhe curioso é que esses animais são, por natureza,
muito medrosos e se debandam ante um perigo ou algo que os assuste, o
que seria normal com um fato desta natureza. Porém, neste casos, elas não
parecem ter reagido e permaneceram agrupadas em torno da vítima, sem
estranhar. A causa mortis é a mesma para as quase 300 ovelhas (quase uma
por dia!): um furo de 2 cm de diâmetro do lado esquerdo, logo abaixo da
cabeça, sobre a veia arterial, por onde parece ter sido extraído todo o sangue.
Como mais um detalhe, podemos citar que a lã da ovelha morta, em volta do
furo, estava completamente limpa.
Uma situação curiosa foi a da ovelha que estava prestes a parir e por um
orifício de apenas 3 cm de diâmetro na barriga teria sido extraído o feto.
Dentro dessa mesma fazenda aconteceu outro caso de mutilação, desta vez
com um cordeirinho recém-nascido que foi achado morto e que, ao ser
retirado seu couro, como de praxe, foi constatado que sobre o focinho havia
sido colocado uma espécie de ventosa. Ao que tudo indica, provavelmente,
por esse meio tinha sido extraído todo o sangue do animal. Os ossos do
focinho à sua volta estavam completamente quebrados ou amassados,
possivelmente devido à forte compressão sofrida. Da ponta da língua, que se
encontrava recolhida dentro da boca, foi retirado um pedaço da mesma por
intermédio de um instrumento cortante.
Ainda naquela fazenda, uma vaca da raça Polled Angus morreu a 150
m da sede, mas ninguém escutou barulho algum. Na manhã seguinte,
apenas os restos do animal foram encontrados, estando a carcaça de
costas. Tinha sido extraída a úbere mediante uma incisão circular perfeita,
abrangendo-a totalmente de forma que a mesma saiu inteira, inclusive
com toda a ramificação de vasos sangüíneos, condutos de leite, mamas,
etc. A vagina, útero e ovários foram retirados por trás, de uma forma que
foge completamente aos padrões por nós conhecidos de cirurgia veteriná-
ria. No caso do pênis de cavalos e touros, parece até uma espécie de brinca-
deira sinistra, já que quase sempre o membro é encontrado junto do
cadáver do animal, cortado em fatias de 1 a 2 cm de espessura, e às vezes,
faltando algumas rodelas. Para encerrarmos esta pequena parcela do

238
Verdades que Incomodam

modus operandi (como diriam nossos policiais) dos estranhos cirurgiões,


podemos acrescentar à tétrica listagem, o corte de lábios e orelhas, além
de tiras ou seções inteiras de pele, removidas sem qualquer traço ou marca
de lâmina sobre a camada interna dos músculos.
Tudo que foi exposto até agora traz uma carga de dramaticidade que
não podemos ignorar. Portanto, devemos agir de forma muito lúcida e
extremamente profissional. Sobretudo, isto deve servir de alerta aos chama-
dos leigos, principalmente na Ufologia, para que dobrem ou tripliquem as
precauções quando se depararem com um destes casos. Passando destas
noções preliminares de investigação – que noutro capítulo você poderá ver
com mais detalhes –, vamos ao que interessa: você se encontra frente-a-
frente com um animal mutilado. Ao chegar ao local, poucas horas depois da
descoberta, a primeira coisa a fazer é o isolamento da área [Veja desenhos].
Isso nos dará a oportunidade de realizar um croqui o mais detalhado possível
da localização, além da enumeração de detalhes em volta do animal, que
depois será impossível preservar ou ver.
Em seguida, procedemos a fotografar ou filmar o fato, sem medo de
abusar nas tomadas gerais e nos detalhes. Deve-se fazer primeiríssimos
planos com a máxima aproximação de marcas e ferimentos, pois serão muito
úteis na pesquisa. Se tiver chances de subir em algum ponto mais alto, próxi-
mo do local, poderá então observar, fotografar ou filmar o fato, evidentemente
com uma visão do conjunto. Também não esqueça de anotar tudo. Para isso,
um caderno ou agenda sempre deve nos acompanhar, pois será de grande
utilidade. E se houver um veterinário ou médico, é aconselhável pedir-lhe para
dar sua opinião sobre as possíveis causas do óbito.
É muito importante nestes casos levar no seu kit de pesquisas luvas de
borracha e sacos plásticos de boa qualidade e diversos tamanhos para
coletar amostras grandes e pequenas. Use envelopes para correspondência
interna, de plástico, utilizados por algumas empresas e que possuem de
ambos os lados área para escrever (são bastante práticos e além fáceis de
achar em papelarias). Etiquetas auto-adesivas e recipientes de polietileno do
tipo para armazenamento de comidas em freezeres, que fecham à vácuo,
também são muito úteis, principalmente para conservar e preservar peque-
nos animais ou insetos achados mortos dentro da área examinada. Tudo isso
é importantíssimo para se obter diversas amostras do terreno, plantas,

239
Biblioteca UFO

galhos quebrados ou queimados, pedras, etc. Enfim, tudo o que pode vir a
complementar a pesquisa. É indispensável pôr uma amostra em cada saco
ou recipiente, devidamente etiquetada e numerada, colocando esse número
no croqui geral para identificar de que lugar foi retirada a mesma.
Também devemos levantar amostras semelhantes para controle, no
caso de capim, pedras ou vegetais, plantas, casca de árvores, etc, de locais
distantes do investigado, mas na mesma propriedade, para efeitos de
comparação. Outros itens importantes em nosso kit de pesquisas são: fita
métrica ou trena, de preferência aquelas maiores utilizadas por profissionais,
cordas de nylon para isolamento ou demarcação de determinada área [Veja
ilustração], lona plástica para cobrir o local e preservá-lo em caso de época
chuvosa, assim como marcas ou rastros, até que sejam levantados ou
tirados moldes de gesso (que também não deve faltar no kit). A lona também
ajuda a evitar a ação de urubus e outros predadores. A seguir, após cuidado-
so levantamento de todos os detalhes, fotografando, filmando, desenhando
os fatos, proceder-se-á ao levantamento cadavérico.
Atenção: o magnetômetro e a bússola podem nos auxiliar, embora
precariamente, para descobrir se existe algum tipo de radiação na área. O
primeiro, mostrando mudanças nos graus de magnetismo terrestre (o
normal é de 5 graus) e, a segunda, acusando violentos desvios da agulha. O
ideal, em termos de segurança, seria dispor de um contador Geiger. Em caso
de se sentir algum formigamento ou vermelhidão na pele, tonturas, dor de
cabeça, ardência nas vistas, náuseas, disenteria e vômitos, afaste-se imedia-
tamente e procure um médico, comunicando o acontecido para que ele
possa tomar as medidas necessárias. Não devemos em hipótese alguma,
em prol da pesquisa, negligenciar nossa saúde ou segurança, nem a dos que
nos acompanham! Se não houver perigo evidente, então que se retire o
animal para submetê-lo a uma autópsia. Mais uma vez devemos insistir no
item segurança. Desta vez de outro tipo: procurar garantias de que o médico
veterinário ou patologista que for realizar a necrópsia seja uma pessoa
idônea e que não tente desvirtuar os resultados do exame.
Já nos aconteceu de ser negado – na nossa cara – o recebimento de
amostras para análises por parte de um respeitável professor do Instituto de
Geociência da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Evidentemente, não
estamos pregando a desobediência civil nem atrito com as autoridades (já

240
Verdades que Incomodam

que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco). Podemos e devemos


comunicar a ocorrência de fatos de reconhecida gravidade às mesmas.
Mas isso não impede de conhecermos os resultados dos testes antes delas,
e comunicar os fatos depois...
É muito importante acompanhar a dissecação do animal, sempre
fotografando e filmando o processo passo a passo, de preferência gravando
depoimentos e comentários dos legistas enquanto trabalham. E, sobretudo,
comunicar urgentemente o acontecido, assim como as providências adota-
das, ao grupo de pesquisas reconhecidamente mais atuante de sua região.
Principalmente se você reconhecer ou perceber que não tem condições de
assumir sozinho a pesquisa por qualquer motivo ou circunstância. No caso de
não existir nenhum grupo de pesquisas em sua localidade, entre imediata-
mente em contato telefônico, via fax ou pela Internet com o Centro Brasileiro
de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), no endereço: Caixa Postal 2182,
79008-970 Campo Grande (MS). Fone: (067) 724-6700. Fax: (067) 724-
6707. E-mail: [email protected].
Os laudos técnicos de amostras, radiografias, análises, etc, sempre
deverão ser conservados intactos e xerografados, para as cópias serem
remetidas ou mostradas a quem é de direito. E ainda, deve-se verificar as
reações de outros animais, observando se os predadores atacaram a
carcaça, no caso de não ter sido possível removê-la para autópsia. Se os
companheiros da vítima se negam a passar pelo local. Se existem outros
animais com aspecto doente. Enfim, deve-se estudar a correlação da raça
ou tipo de animal com outros casos que tenham se produzido nas imedia-
ções do município ou noutros estados.
Checar se a terra onde aconteceu a morte da vítima ficou diferente, ou
seja: se a mesma se tornou estéril, ressecada, endurecida ou mudou de
tonalidade e ficou esbranquiçada. Observar se há presença de aros ou
círculos de coloração diferente, proliferação de cogumelos crescendo em
volta ou vestígios de outro tipo e ainda manchas como de óleo nas proximi-
dades. Obviamente, você deve ter percebido que o trabalho de pesquisa de
um caso como o de nosso exemplo não acaba com a autópsia do animal. É
necessário fazer um acompanhamento, visitando a fazenda pelo menos
uma vez ao mês. Um exercício muito bom é, às vezes, ficar sozinho observan-
do um determinado local, deixando a mente solta, rever o acontecido como

241
Biblioteca UFO

se ainda estivesse ali, tentando memorizar cada um dos detalhes. Você vai se
surpreender com os resultados! Se aconteceram mortes na vizinhança,
proceder da mesma forma anteriormente explicada e, caso tenha ocorrido
há tempos atrás, faça igualmente um reconhecimento da área e anote os
detalhes que os moradores ainda lembrem.
Depois de tanto trabalho (embora nunca seja demasiado), chegaremos à
conclusão de que nossa missão está apenas começando... Após todo o
levantamento, vamos checar mais uma vez todas as informações. Escutar e
assistir uma e outra vez o vídeo, filme ou ver as fotografias, trocando impres-
sões com seus parceiros de pesquisa e esmiuçar os detalhes, um a um. Com
todo cuidado, e sobretudo tato, que é primordial, devemos levantar informa-
ções sobre as testemunhas, entre seus amigos, conhecidos, vizinhos, para
poder assim traçar um perfil psicológico das mesmas, que longe de desmere-
cê-las, pode salientar suas virtudes e seriedade.
É também importante a comparação de nosso caso com outros já
acontecidos – não importa onde. Se os mesmos tiveram alguma divulgação
pode ser de grande utilidade na análise comparativa das mesmas. Por analo-
gia, quem tiver acesso à Internet poderá trocar experiências com outros
colegas. E mais um conselho, algo que não devemos esquecer no ímpeto de
levar adiante nosso trabalho: além da morte do animal está o homem que o
encontrou. Muitas vezes, o trabalhador que encontra um animal que é da sua
responsabilidade, morto nessas circunstâncias, vai mexer com ele. É lógico,
humano e faz parte do senso de responsabilidade do indivíduo. Se houver
algum tipo de radiação, essa pessoa pode ter sido afetada.
É imprescindível que todos os que tocarem ou se aproximarem dema-
siadamente do animal, façam algum tipo de exame médico o mais rápido
possível e o mais completo também. Lembre-se que estamos lidando com
algo que é desconhecido para nós e pode ser potencialmente perigoso.
Logicamente, não vamos alarmar as possíveis vítimas de algum tipo de
radiação, pois já devem estar suficientemente traumatizadas com a expe-
riência que acabaram de viver e poderiam entrar em pânico ou choque , e
de repente ocasionar um dano maior, sem necessidade.
Parece-nos que o caminho a ser trilhado é o seguinte: demonstrar toda a
serenidade possível – medo, insegurança e pânico às vezes podem ser muito
mais perigosos que uma bala – e investigar as pessoas passíveis de terem

242
Verdades que Incomodam

sido prejudicadas sobre seu estado de saúde antes do episódio. Podemos


pedir para que comentem até as coisas mais banais, dando a impressão de
que se tratam de perguntas rotineiras numa investigação. Se sentem alguma
diferença, então é necessário sugerir que a pessoa visite o médico para
verificar tensão, fazer exame de sangue, etc, como precaução. Claro que, se
o indivíduo apresenta um quadro suspeito, então deve-se fazer pressão para
realizar outros testes o quanto antes, inclusive pressionando a família e
amigos para que o acompanhem. Não é fatalismo nem alarmismo, e sim
objetividade e firmeza que um pesquisador deve ter.

Mutilações de animais na Bahia


Antes de falarmos na Bahia queria lembrar um caso acontecido entre 25 e
31 de outubro de 1970, na fazenda Palma Velha, a 18 km de Alegrete (RS),
devido à sua semelhança com o acontecido em 1897, citado no início deste
capítulo e pesquisado pelo ufólogo José Victor Soares. Eram aproximadamente
16:00 h quando Pedro e seu filho Eurípides aplicavam medicamentos em 18
cabeças de gado. No momento, ambos cuidavam de uma vaca Gersey e de seu
bezerro, que se encontrava à 5 m de distância da mãe. Como o mesmo come-
çou a mugir, Pedro resolveu conferir os que estava acontecendo, até que,
atônito, viu o animal suspenso a um metro do chão. Alertou o filho e ambos
observaram o bicho se deslocar no ar lentamente. Os demais animais ficaram
agitados e o bezerro continuava seu vôo em direção à cancela. Após passar por
baixo de umas árvores, sem deixar de berrar, começou a subir verticalmente em
direção às nuvens. Em seguida, nenhum mugido pôde mais ser ouvido. Pedro e
Eurípedes não encontraram explicação para o que tinha ocorrido, já que não
viam nada acima do solo que pudesse estar levantando e carregando o animal.
O bezerro havia desaparecido em apenas 3 ou 4 minutos.
Na Bahia aconteceram diversos casos conhecidos, mas com certeza
muitíssimos outros deixaram de vir à luz pelas distâncias, dificuldades de
comunicação ou simplesmente ignorância das pessoas que se depararam
com o fenômeno, atribuindo-o muitas vezes à ação de predadores naturais
como onças, jaguatiricas, urubus ou cachorros. Em janeiro de 1977, três
animais morreram em circunstâncias sumamente estranhas em duas
fazendas deste Estado, pertencentes a dois irmãos. Uma, vizinha da cidade

243
Biblioteca UFO

de Vitória da Conquista e, a outra, situada perto da localidade de Entre Rios


– a primeira ao sul e a segunda no nordeste do Estado, separadas por mais
de 600 km de distância. No primeiro caso, durante a noite, um empregado
observou uma estranha luminosidade no campo. Ao amanhecer, foi
verificar e achou dentro de uma depressão ligeiramente cônica no terreno,
que estava todo queimado e ainda fumegante, duas vacas no centro da
mesma, completamente sem couro.
A terra estava mole e o empregado desistiu de se aproximar, já que nesse
instante, além do tremendo calor emanado pela terra, lhe acometeu uma
fortíssima dor de cabeça, tendo que ir se deitar até a chegada do patrão. O
proprietário da fazenda, quando comunicado do fato, temendo tratar-se de
um trabalho de bruxaria, mandou cobrir os restos dos animais com pneus
velhos e depois de molhar com gasolina, tocou fogo nos despojos. Esta é uma
prática muito usada na região, infelizmente. Posteriormente ordenou o aterra-
mento do local com ajuda de um trator.
No segundo caso, ocorrido em circunstâncias idênticas, a vítima foi uma
mula. O G-PAZ não teve acesso direto nem às testemunhas principais, nem às
fazendas, por proibição expressa dos donos, com os quais falamos apenas
uma vez e rapidamente pelo telefone. Eles ainda tentaram obrigar seu filho e
sobrinho a desmentirem tudo o que nos tinham dito anteriormente sobre o
fato, esclarecendo que havia sido apenas uma inocente brincadeira dos
rapazes. Entretanto, investigações posteriores sobre a idoneidade dos jovens,
revelaram que os mesmos são sérios e incapazes de inventar uma história
dessas. A opinião positiva sobre eles provém de vizinhos, colegas de estudos e
professores que gozam do mais alto conceito.
Recentemente, vários casos de mortes, mutilações e de ataques a
animais aconteceram numa área bastante limitada e estreita, que não
ultrapassa 150 km de extensão. Na segunda quinzena de março de 1998,
teve início uma onda de mortandade de animais em municípios próximos à
Feira de Santana (112 km de Salvador), com a morte de três vacas e um
bezerro do senhor Almir Ferreira da Paixão, mais conhecido por Mirica e
proprietário de um posto de gasolina na área. Os animais se encontravam
recolhidos no quintal do sítio, a menos de 20 m da casa. Na manhã seguin-
te, uma das vacas estava caída a 200 m de distância, ainda viva, mas com a
vulva completamente arrancada e com seu bezerro atrás de uma cerca de

244
Verdades que Incomodam

arame, a 100 m da mãe. As outras duas aparentemente tinham fugido em


direção a um riacho, distante uns 800 m da sede, sendo encontradas
mortas antes de chegar num atoleiro, num local de barro e palha. Quando
chegamos ao sítio, 6 dias depois, o clima seco da região tinha feito estragos
irreparáveis à cena do caso. Mesmo assim conseguimos gravar em vídeo o
acontecido. A primeira vaca ainda estava no lugar onde foi encontrada e
pudemos ver o enorme buraco onde antes estivera a vulva do animal. Além
disso, seu maxilar tinha sido arrancado – parecia que havia transcorrido
pelo menos 2 meses de sua morte, já que não restavam vestígios de tecidos
musculares e os ossos estavam brancos. Uma das orelhas estava dilacera-
da e o resto dos estragos podem ser creditados aos urubus.
O bezerro que o peão Tijão, funcionário do sítio, tinha arrastado até junto
do corpo da mãe, simplesmente desapareceu. Ele prestou depoimento e nos
levou até onde estavam as outras vacas. No caminho, nos chamaram a aten-
ção a presença de pequenos pedaços de ossos, inclusive um fêmur de aproxi-
madamente 5 cm de diâmetro, que parecia ter sido cortado por dentes pode-
rosos. Entretanto, nos primeiros dias após as estranhas mortes, alguém que
ninguém sabe dizer se era veterinário, autoridade ou curioso, tinha examinado
os dois primeiros animais. Mas o terceiro não passou pelo mesmo processo,
visto que estava enterrado até a barriga no atoleiro, onde seu misterioso algoz
deve tê-lo alcançado, apesar das dificuldades. O mesmo apresentava os ossos
do pescoço e da cabeça descarnados e limpos. Nenhum laudo oficial foi
realizado. Falou-se apenas que um dos curiosos seria de uma escola de
Agronomia da região, ligada à Universidade de Feira de Santana.
A única pegada diferente que achamos tinha sido fotografada por um
jornalista da região, e a julgar pelas marcas de pneu próximo da mesma, teria
aproximadamente 15 cm de comprimento e lembrava muito vagamente
uma pegada de cachorro. Coincidentemente, também era parecida com
uma marca achada em São Paulo – aparentemente de uma anta – da qual foi
feito um molde de gesso. Mas na Bahia não há antas... Mirica, o proprietário
desses animais, tinha ido até um sítio vizinho que possui vários cães da raça
fila e com a ajuda dos donos, examinaram seus dentes, focinhos e pêlos, não
encontrando um único vestígio de sangue e muito menos um cão com patas
daquele tamanho. No dia seguinte às mortes das vacas, outro bezerro de um
sítio próximo foi encontrado com a cabeça arrancada do corpo. Os popula-

245
Biblioteca UFO

res, alarmados, atribuíam as mortes ao lendário Chupacabras, pois acredi-


tam que cachorros não poderiam ter feito isso e onças não existem na região.
Além disso, se algum animal desses tivesse ocasionado as mortes, teria
comido pelo menos uma parte das suas vítimas – a começar pela barriga,
local mais mole e que apodrece primeiro – ou tentado carregar um bom
pedaço para longe. Coisa que não ocorreu.
A dois quilômetros dali, um cão de nome Jack amanheceu morto junto
da sua tigela de água, mas nenhum vestígio de envenenamento era visível.
Horas depois, ainda abatido pela perda do cão, o senhor Deraldo Trabuco
de Lima viu sua cadela, de nome Florentina, se aproximar do cômodo onde
são guardados mantimentos e rações para os animais e começar a rosnar.
De repente, ante o espanto de Deraldo, a cachorra começou a pular como
se atacasse algo ou alguém invisível, latindo furiosamente. A seguir, a
mesma correu com o rabo entre as patas, como se estivesse sendo fustiga-
da por trás. Quando seu dono se aproximou para tentar ver o que estava
acontecendo, a cadela correu apavorada e se escondeu dentro da casa. em
seguida, Deraldo viu o animal sair correndo em completo estado de pânico,
obrando por toda a residência e seguindo em direção à porteira, sendo
atropelada na estrada. Mais um mistério nesta confusa temática...
Quinze dias antes, por volta das 03:00 h da madrugada, o senhor Deraldo
viu um UFO muito luminoso passando lentamente a cerca de 2 km de distân-
cia. A observação foi confirmada por outra pessoa que se encontrava mais
perto do local onde o objeto passou, e o descreveu como sendo “um candela-
bro cheio de luzes em volta.” Deraldo não conseguiu observar mais detalhes
porque a luminosidade era tão intensa que machucava seus olhos. Uma
semana depois, onze bovinos foram mortos no sítio ao lado de onde ocorre-
ram os primeiros fatos. Desta vez, apenas uma ovelha sobreviveu. Ela apresen-
tava dois furos no pescoço com aproximadamente 2 cm de diâmetro, separa-
dos entre si uns 5 cm. O animal ficou em estado de prostração por cerca de 24
h, sendo carregado pelo caseiro do sítio, o senhor Antônio Carlos, para perto
da casa, na sombra. Segundo o responsável pela ovelha, esta não quis se
alimentar ou beber líquidos até sua morte.
Durante nossa visita à fazenda, em companhia do ufólogo Emanoel
Paranhos, interrogamos repetidas vezes o caseiro, assim como aproveitamos
para fotografar e filmar os animais, além de examinar cuidadosamente os

246
Verdades que Incomodam

cadáveres que, por sorte, ainda não estavam demasiadamente deteriorados.


Neste caso, encontramos diversos elementos com grande estranheza –
embora o exótico ritual fatídico seja uma constante na região. Dois dos anima-
is foram atacados a menos de 30 m do lugar onde Antônio Carlos dormia,
porém nem ele, nem a família e muito menos o cão que à noite fica solto junto
à casa e os outros três que permanecem no canil junto da mesma, ouviram
ruídos que pudessem demonstrar a presença de algum ataque. Segundo
depoimentos do caseiro, as mortes aconteceram entre 01:00 e 05:00 h da
manhã. Uma das ovelhas morreu na hora, outra sobreviveu e as nove restantes
correram em direção ao pasto, sendo alcançadas a 300 m de distância da
propriedade, onde foram encontradas mortas. Posteriormente, Antônio
Carlos achou três vacas escondidas entre algumas árvores distantes, todas
completamente em estado de desespero.
O caseiro acha que algum cachorro ou predador tenha atacado os
animais, porém acredita que seja improvável, pois foram encontrados onze
animais de uma vez, e mesmo assim não houve barulho suficiente para des-
pertar a atenção de ninguém. Além disso, os ferimentos encontrados nas
vítimas são atípicos aos provocados por cachorros ou mesmo onças. Ao
examinarmos os cadáveres de perto, pudemos constatar que além dos furos
serem simétricos e eqüidistantes, não apresentavam hematomas ou dilacera-
ções, como fatalmente causaria a mordida de um desses animais. Inclusive,
não há marcas de garras ou dentes, que num caso desses ficaria evidente. Fora
isso, para dar conta com tanta presteza de onze animais, alguns adultos e
outros mais novos, seria necessário bem mais do que um predador. Notada-
mente porque as ovelhas são muito assustadiças e ante um ataque teriam
pulado e se debandado, fazendo uma barulheira que dificilmente não seria
escutada no meio da noite pelas pessoas que dormiam próximas ao local.
Outro detalhe digno de menção são os ferimentos. Foram encontrados
dois buracos, de 2 cm de diâmetro, na anca de pelo menos duas ovelhas. Se
um ferimento desse tipo no pescoço pode matar, duvidamos que pudessem
fazê-lo na anca, exceto se um deles infeccionasse no decorrer dos dias, levan-
do o animal à morte. O que não foi o caso. Também não houve vestígios de
sangue no terreno, nem na pele dos animais. E seria muito lógico que no
pescoço atingissem vasos e artérias, ocasionando assim uma grande hemor-
ragia que encharcaria o local onde morreram os animais.

247
Biblioteca UFO

Soubemos também que quando Antônio Carlos comunicou ao dono


da propriedade o acontecido, foi aconselhado a dar parte na delegacia.
Então, ao sairmos da propriedade, procuramos o posto policial mais
próximos. Fomos recebidos pelos funcionários muito educadamente, e
após nos identificarmos ao delegado, conversamos longamente sobre os
fatos ocorridos no sítio. Quando solicitamos uma cópia do registro de
denúncias, ele disse: “Infelizmente o livro estava tão cheio de ocorrências
que foi levado para Feira de Santana.” Nesse instante, após uma rápida
troca de olhares com o delegado, a escrivã, sentada à minha direita, dissi-
muladamente fechou o livro e o colocou na gaveta. “Quem sabe, continu-
ou o delegado, pela tarde, o Antônio Carlos possa passar por aqui e pegar
uma cópia para você!...” Como vemos, até num posto policial de um
vilarejo do interior, o jogo de desinformação continua.

Um caso diferente
Na noite de 27 de dezembro de 1996, o cão mestiço de pastor alemão,
conhecido como Ouro Preto, foi atacado. Nessa noite, ele latiu muito, cha-
mando a atenção de outros animais da vizinhança que começaram a latir
junto com ele. Valmir de Souza, nosso companheiro de pesquisas, que estava
dormindo na casa do seu sogro, Sérgio Ramos, foi até o quintal para ver o que
estava deixando o animal tão inquieto. Ao sair, percebeu que o mesmo estava
olhando fixamente para os fundos da casa. Na dúvida, não quis se arriscar em
ir até lá, pois estava com uma lanterna na mão e, se fosse algum marginal, se
tornaria um alvo fácil. Mais tarde, seu sogro trouxe o cão para perto da casa,
amarrando-o junto à porta da cozinha.
Na manhã seguinte, viu o estranho furo que o cachorro tinha no lombo,
praticamente em cima da coluna, na altura dos rins. Era um buraco estranho,
com 1,5 cm de diâmetro e com uma configuração semi-oval. O pêlo em sua
volta tinha sido cuidadosamente raspado, numa perfeita demonstração de
assepsia, e sua profundidade era tal que permitia a introdução de um cotonete
por inteiro. A superfície interna apresentava a mesma coloração da pele
externa, rosada, e não foram achados vestígios de sangue ativo ou coagulado.
Dias depois, o ferimento começou a fechar de forma uniforme, sem criar
cascão nem supurar. E15 dias depois o pêlo novamente cresceu e cobriu o

248
Verdades que Incomodam

local onde não ficara nenhum vestígio da ferida. Nesse meio tempo, Valmir
tinha procurado um veterinário, e após se comunicar conosco, fora orientado
a fotografar de imediato os ferimentos, já que não tínhamos condições de nos
deslocar até essa região. Posteriormente, ficamos sabendo que o cão se
recuperou plenamente, não apresentando seqüela alguma, ante o assombro
dos veterinários. Mas no dia 23 de abril de 1998, Ouro Preto sofreu um novo
ataque. Desta vez, com conseqüências imprevisíveis para o animal – pelo
menos até o momento de escrever estas linhas. De manhã, seu dono, o senhor
Sérgio, achou o bicho muito abatido, e ao pegá-lo para acariciá-lo descobriu
um novo furo em seu corpo. O pêlo, como da vez anterior, tinha sido cuidado-
samente raspado em volta da ferida, e o furo apresentava-se limpo, sem
vestígios de sangue nem outra marca que pudesse indicar o ataque de algum
animal feroz.
O furo tinha forma semi-oval, com eixo máximo de 1,5 cm e profundi-
dade ignorada, mas que sem dúvida, pela posição devia se cruzar com a
ferida anterior em ângulo reto. Valmir de Souza, em companhia do enge-
nheiro agrônomo Antônio Jorge Menezes, também pesquisador do G-
PAZ, foram documentar estes novos ferimentos e ficaram estarrecidos
ante a situação. As imagens documentavam o drama do animal. Naquela
hora, Ouro Preto ainda se encontrava quase normal, mas no decorrer dos
dias foi enfraquecendo, e atualmente está com taquicardia acentuada e
espasmos. A distância e os problemas de transporte até o local, além da
dificuldade de nos comunicar com o senhor Sérgio, nos deixam apreensi-
vos. Estamos deixando um veterinário de sobreaviso para que possamos
ser avisados da iminência da morte do cão ou, na hora disso acontecer,
poder tentar realizar um exame mais detalhado.
Três dias depois, quando Valmir realizava o levantamento de outros
casos ufológicos na região, encontrou um senhor que toma conta de
alguns animais. Ao ver as fotos de Ouro Preto, disse que provavelmente o
dia 23 de abril de 1998 seja o mesmo do fato ocorrido com uma vaca de sua
propriedade, que apareceu com um ferimento similar ao do cão atacado.
Ele chegou a pensar que o animal tivesse caído por cima de algum toco de
pau, embora fosse estranho tal acidente acontecer. Atendendo a um pedido
de Valmir, Menezes e ele foram até onde se encontrava a vaca ,e ali foi possí-
vel constatar que ambos os ferimentos – do cão e da mesma – eram exata-

249
Biblioteca UFO

mente iguais, inclusive o pêlo raspado em volta das perfurações.


Na semana dos ataques, diversas testemunhas afirmaram ter obser-
vado uma intensa atividade de luzes estranhas na localidade, quase toda
coberta de manguezais e locais de difícil acesso. Como encerramento
deste caso, queremos acrescentar que as fotografias do primeiro ataque
foram mostradas a um médico veterinário de uma conceituada clínica de
Salvador que ,juntamente com um colega, afirmaram que na sua vasta
experiência nunca tinham visto nada igual. Este profissional é o mesmo
que foi contatado recentemente. Ele se disponibilizou a realizar gratuita-
mente todos os exames necessários para concluir as investigações.

Não houve chances de salvar o animal


Para encerrar este relato, narraremos as circunstâncias em que Ouro
Preto morreu. No dia 13 de maio, embaixo de um verdadeiro dilúvio, decidi-
mos ir até Barreiras de Jacuruna, já que o estado do animal tinha piorado e
temíamos o pior. Nos dois dias anteriores, também muito chuvosos, tentamos
entrar em contato com a Imprensa, a fim de que a cobertura do fato fosse feita.
Queríamos deixar tudo preparado para qualquer eventualidade, inclusive com
relação aos veterinários, só que não contávamos com outros acontecimentos
alheios à pesquisa. No caso da morte do animal, as clínicas avisaram que não
teriam condições de fazer a autópsia, e para isso deveríamos levar os restos do
cadáver à Escola de Veterinária da Universidade Federal da Bahia. Só que a
UFBA estava em greve...
A televisão local, retransmissora de uma rede nacional, se omitiu. Mas
felizmente o principal jornal desta capital, A Tarde, garantiu que enviaria uma
repórter e um fotógrafo. Quando conseguimos chegar até a casa, duas horas e
meia depois da nossa saída, o senhor Sérgio Ramos, dono do animal, nos
recebeu com a notícia de que 40 minutos antes o cachorro tinha morrido. O
que pudemos observar foi o seguinte: em escassos minutos, a rigidez cadavé-
rica tomou conta da região posterior onde estavam localizadas as feridas. No
entanto, a parte dianteira estava normal. A rigidez atingida nos quartos trasei-
ros era como se já tivessem decorridas pelo menos umas 12 horas. Os olhos
secaram em poucos minutos. Ao examinar o animal, era possível notar uma
supuração amarelada no pênis e uma acentuada redução no tamanho dos

250
Verdades que Incomodam

testículos, dando a impressão de terem sido puxados para trás.


As tentativas de fazer um exame mais apurado fracassaram, como
adiantamos acima, e chegamos a pensar dissecar o animal para tentar
descobrir a trajetória desses buracos. Mas olhando nos olhos do seu dono e
percebendo o que pensava, não tivemos coragem de ir em frente. Além da
vaca antes citada, foram atacados naquela mesma noite outros dois cães,
que não sobreviveram e foram enterrados por seus donos. Além de uma
ovelha, também com ferimentos na anca, mas que estava viva. Aproveitamos
a viagem e fomos ver esses animais de perto.
Ao chegarmos ao local, constatamos que a ovelha, a melhor e mais
arisca do rebanho, aparentemente se encontrava muito bem, apesar das
feridas. O maior dos furos – de bordas quadrangulares – ainda era bem
visível, e o segundo, menor, estava fechado. A vaca – na realidade uma vitela
de talvez 18 a 20 meses, da raça Nelore – se encontrava amarrada junto de
um macho jovem e de outra vitela. A tarefa de nos aproximarmos não foi
nada fácil, já que enquanto os outros dois animais estavam relativamente
calmos, ela se mostrava extremamente agitada.
A ferida estava quase fechada, embora ainda bem visível. Também era
possível ver que era exatamente igual ao do cachorro Ouro Preto, estando
apenas do lado oposto. Apresentava ainda uma área abaixo do ferimento onde
o pêlo estava bem mais curto e dois círculos pequenos, de 1,5 cm de diâmetro,
onde o pêlo estava totalmente raspado. Isso só foi comprovado 20 dias depois
do ataque. A vitela se mostrava normal, porém hiperativa, extremamente
nervosa, urinando abundantemente e de forma quase seguida. Ao tentarmos
nos aproximar mais, a mesma entrou em desespero e quase arrancou a árvore
onde estava amarrada.
Como podemos ver, nem sempre as coisas acontecem como a gente
quer – especialmente no caso da pesquisa ufológica. E apesar de conhe-
cermos o caminho das pedras, às vezes nos molhamos. São os acidentes
de percurso. Porém, isso não pode, nem deve desanimar ninguém. Às
vezes as coisas acabam escapando do controle, como aconteceu neste
caso em que vários fatores entraram em conjunção: período de muita
atividade na clínica, inúmeras pesquisas de campo em lugares esparsos
da região, mudança de endereço do nosso colaborador para mais de 200
km de distância, período de festas e feriados, além de estradas em más

251
Biblioteca UFO

condições, deterioradas com a seca e as chuvas.


Em todo caso, vale como lembrete: é de grande utilidade ter relaciona-
mentos com profissionais ligados aos meios rurais, veterinários e outros com
atividades paralelas, para ter alternativas em momentos de precisão. Além
disso, as pessoas da área rural são geralmente tímidas ou pouco predispostas
a se abrir com estranhos, por isso exigem mais tato. Deve-se puxar conversa
com elas sobre assuntos comuns ou banais, e só depois levar o papo na
direção do que nos interessa. Talvez, por medo de passar por mentirosos ou
simples contadores de “causos”, tais pessoas escondam histórias ou detalhes
das mesmas que podem ser bastante importantes na investigação. Essa é
uma das formas de garimpar informações e fazer amizades.

Considerações
Para tentarmos ir mais longe no assunto sobre mutilações de animais,
poderíamos enfocar a questão através de outro ângulo mais ousado, ou pelo
menos mais usual. Muitas vezes, um sentimento estranho nos mostra que há
alguma coisa mais transcendente nessas simples biópsias. Alguma coisa que
às vezes – a maioria em nível inconsciente – nos esforçamos por deixar de lado,
temerosos talvez com a resposta. Não é voltarmos à posição egocêntrica, mas
deve existir alguma lógica nessas operações. Talvez tão simples e óbvia que por
isso mesmo não a enxergamos...
Milhares de mutilações em pelo menos 20 anos – oficialmente –,
devem ter sua razão de ser. E se levantássemos a hipótese – de acordo com
os conhecimentos atuais da nossa Ciência – de que eles, evidentemente
alguns séculos na nossa frente, criam em laboratório animais transgênicos,
isto é, portadores de genes artificialmente colocados neles? Desde o início
dos anos 80, ou talvez desde meados da década de 70 aproximadamente,
realizam esse tipo de manipulações. E em 1997 nós conseguimos o feito de
criar animais por clonagem, caso da ovelha Dolly, por exemplo.
Graças à engenharia genética podemos produzir animais com o dobro
ou triplo de carne e menos gordura – no caso de animais para corte –,
duplicar-lhes ou reduzir-lhes o tamanho, manipulando seus genes, além da
clonagem já mencionada, que permite a partir de uma única célula, dupli-
car ou centuplicar seres idênticos aos originais. Podemos inserir nas células

252
Verdades que Incomodam

dos bichos vírus de diversas doenças para a criação de anticorpos, como o


TPA, que dissolve coágulos sangüíneos, ideal para o tratamento de doen-
ças cardiovasculares, ou no estudo da cura do câncer, através de camun-
dongos portadores de oncógenes. Então, seguindo essa linha de raciocí-
nio, se nós conseguimos fazer tudo isso e mais alguma coisa, até onde eles
podem chegar? Será que células e órgãos extraídos dos animais mutilados
– por avançadíssimas técnicas cirúrgicas nem sonhadas por nós – são
necessários aos aliens para elaborarem algum tipo de medicamento,
analisar nossa genética (animal e humana) ou quem sabe, desenvolver a
criação de animais clonados para consumo, tanto alimentar como em nível
de pesquisas no seu mundo de origem ou ainda para povoar algum planeta
em desenvolvimento em qualquer lugar do Universo?
E aí surge mais uma pergunta: antes dizia-se existir uma ligação entre as
mutilações e as abduções; será que eles também estão manipulando genes
humanos? Infelizmente, tudo leva a acreditar que isso tenha se tornado uma
dura realidade (“Vamos criar o homem à nossa imagem...”). A certeza fica
maior se analisarmos quantas experiências genéticas já foram realizadas por
eles durante as abduções, como vimos no capítulo anterior. Desejamos,
sinceramente, que de alguma forma estas informações sejam de utilidade
para os que seriamente se dedicam ou se interessam pela Ufologia, para que
cada vez mais tenhamos em nossas mãos ferramentas que nos ajudem a
somar dentro do contexto da investigação em nível mundial, sem amadoris-
mo nem pretendendo ser os donos da verdade, mas com toda seriedade e
profissionalismo que o assunto exige.
Dentre as tantas facetas da vasta fenomenologia ufológica, a mutila-
ção de animais pode nos exigir esforços redobrados, mas é nosso dever e
obrigação fazer as coisas da melhor forma possível, tentando o aperfeiçoa-
mento diário na técnica de coleta de dados ou processos investigativos. É
até provável que daqui a poucos meses ou semanas tenhamos que rever,
desde as bases, todas estas propostas de trabalho. Mas não importa,
recomeçaremos quantas vezes for necessário. No caso específico de
vacas, notamos como principais alvos: lábios, língua, olhos, cérebro,
mamas, órgãos genitais e tiras de couro. A pele é cortada e separada da
carne de uma forma desconhecida que não deixa marcas de instrumento
cortante, o que fatalmente implicaria em vestígios nos tecidos. Raramente

253
Biblioteca UFO

o couro desaparece do animal na sua totalidade.

Principais pontos de mutilação

As mamas ou tetas com todo o aparelho produtor e condutor de leite até


às ramificações mais profundas são retiradas mediante um corte circular
perfeito, que se aprofunda no corpo em forma de cone, extraindo-se todo o
material. A língua geralmente é seccionada quase rente à base, em cortes
limpos e retos, e raramente apenas a ponta. Em alguns casos, o cérebro
parece ter sido sugado de modo não determinado. A genitália demonstra ser o
principal ponto de interesse dos “cirurgiões” e é tratada com especial cuidado.
Vagina, útero, ovários, ânus e reto são retirados por trás, num corte perfeito, de
forma circular, seguido da aparente sucção dos demais órgãos.
O exemplo da extração de mamas é em tudo semelhante, tanto no
Texas, EUA (em março de 1975), quanto na cidade gaúcha de Santa
Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul (em abril de 1975), inclusive pela
posição em que foram achados os animais – deitados de costas –, numa
disposição totalmente antinatural para um quadrúpede. A castração dos
machos vacuns e eqüídeos parece seguir um padrão específico. Os
membros, após sua extração, são deixados quase sempre junto do corpo
do animal morto, cuidadosamente arrumados ao lado da barriga, corta-
dos em rodelas, das quais às vezes são levadas algumas fatias.
Em 1972 foram mortas mais de 300 ovelhas da raça Correidale numa
fazenda de Santa Vitória do Palmar, todas com um furo de 2 cm de diâmetro na
lateral do crânio, junto à principal artéria por onde – supõe-se – teria sido
extraído todo o sangue dos animais. As fêmeas prenhas estavam com uma
perfuração de 3 cm de diâmetro na barriga, por onde foram sugados os fetos.
No caso das ovelhas mortas na Bahia, só detectamos orifícios no pescoço ou
nas ancas, de forma oval – ou quase – com 1,5 cm de abertura máxima. Só
que, em vez de ser apenas um, eram em pares e separados por mais ou menos
5 cm em todos os casos. Nenhum outro sinal de violência foi notado, talvez
porque, por coincidência, não houvesse nenhuma ovelha prenha.
E no caso do cachorro Ouro Preto, o furo produzido no primeiro ataque
era quase na base da coluna, também com formato semi-oval, com as
medidas iguais às anteriores (1,5 cm) e aparentemente tão fundo que pode-

254
Verdades que Incomodam

C H
D
F
B

D A

E
Ilustração Alberto Romero

Locais de mutilação em vacas e bois: (A) Língua e lábios. (B) Olhos. (C ) Cérebro.
(D) Tiras de couro. (E) Tetas. (F) Genitália completa, além de reto e ânus. Nos
bois, o pênis e o saco escrotal. (G) Orelhas. (H) Nuca, cérebro e focinho. (I)
Detalhe da mutilação do pênis, cortado em rodelas.

255
Biblioteca UFO

ria pressupor uma espécie de biópsia realizada nos rins do animal. Na segun-
da vez, ele foi perfurado por um instrumento idêntico devido às medidas e
formato do ferimento, além da perfeita raspagem dos pêlos em volta da
abertura. O canal ou túnel foi realizado na posição horizontal, possivelmente
seguindo a direção do primeiro buraco, talvez até interceptando-o ou procu-
rando o mesmo alvo da ação anterior.
Galinhas e outros tipos de aves, como gansos e cisnes, são encontrados
com um único furo no pescoço e sem qualquer gota de sangue, além de ter
as penas cuidadosamente arrancadas em volta dos ferimentos. Demais está
dizer que comparando estes casos e sabendo como qualquer predador
provocaria feridas desgarrantes nas suas vítimas, o fator animal pode ser
descartado. Entre os acontecimentos que chamam a atenção e preocupam,
se encontram os ataques acontecidos a pessoas. Felizmente, alguns sobrevi-
veram para contar a história, como foi o caso do fotógrafo Manoel França.
Mas antes é preciso abrir parênteses para tentarmos esclarecer e melhor
compreender esta complicada situação.
Sobre a definição de ataque, devemos levar em conta alguns detalhes
que podem ser considerados subjetivos por algumas pessoas mais ortodoxas.
Primeiramente, o conceito ataque deve ser entendido através de uma visão
completamente clara da situação em que aconteceram os fatos, para poder-
mos ser objetivos. Devemos conhecer a conceituação de moral ou de ética
dos alienígenas que nos visitam. Mas já que não temos possibilidade de uma
análise mais profunda sobre eles, então devemos, no mínimo, tentar traçar um
paralelo com nossa própria raça e nossos conceitos de moral e de ética.
Alguém puxa uma arma e aponta para outra pessoa, que por acaso é,
digamos, um policial ou militar. Este revida puxando sua própria arma e
atirando no indivíduo, por se sentir ameaçado de morte. Quem foi o agres-
sor? Para tentar entender melhor nossa analogia, vamos modificar a cena
colocando os dois personagens num local escuro ou mal iluminado, num
país cuja língua e costumes desconhecemos. Agora imagine que você, leitor,
é o policial que vê uma silhueta escura que puxa alguma coisa das roupas e
aponta em sua direção. Você, mais preparado devido ao seu treinamento
militar, pressente o perigo e, sentindo-se ameaçado, saca sua arma e atinge
o sujeito. Em continuação, você descobre que o infeliz tinha apontado
apenas uma lanterna que não funcionou, e que, em última hipótese, ele não

256
Verdades que Incomodam

N N
1 2 3 4

O L
5 6 7 8

S
9 10 11 12
Ilustração Alberto Romero

A B
13 14 15 16

Locais de ferimentos nas ovelhas baianas: Pares de furos no pescoço e ancas.


Abaixo, veja como demarcar uma área para traçar o esboço: apontando para o
norte, faça um triângulo de 3 x 4 x 5 metros, usando uma corda. O triângulo terá
um ângulo reto. Depois, prolongue de acordo com as necessidades.

257
Biblioteca UFO

era o que você pensava. Mas se fosse uma arma de verdade, sentindo-se em
perigo, você mostrou estar melhor preparado e simplesmente o atingiu.
A fronteira entre a defesa e o ataque é tão sutil que fica difícil perceber.
Defesa própria não é ataque. Além disso, alguém poderia afirmar que um ET
que está num planeta onde se mata por nada e qualquer coisa, iria esperar para
ver se estavam apontando uma arma ou uma inocente máquina fotográfica
para ele, para depois decidir se ataca ou não? Não estou advogando para
ninguém, mas apenas tentando compreender como funciona uma situação
dessas. Claro que a coisa não é tão simples assim e desta forma vamos sacra-
mentar nossa posição. Mas concluamos aos relatos.
No caso de Manoel França, aconteceu um fato inusitado. Este fotógrafo
teve a chance, em 19 de abril de 1979, de fazer uma série de cinco fotos de dois
UFOs que apareceram a menos de 500 m da sua casa e depois se afastaram
em velocidade média. E as imagens ficaram excelentes. Todas as análises
realizadas nos negativos e nas ampliações posteriores mostram claramente os
objetos, possibilitando determinar a que distância se encontravam da câmera
e o tamanho aproximado dos mesmos. Na manhã seguinte ao incidente, após
revelar as primeiras fotografias no jornal onde trabalhava, França teve que
enfrentar todo tipo de gozações e piadas dos companheiros que o acusavam
de fraude, de ter lançado um siri para o ar e fotografado.
No decorrer dos dias, essas brincadeiras foram minando sua calma a tal
ponto que passou a levar para sua casa, em Barreiras de Jacuruna (BA),
material fotográfico do jornal, entre os quais uma lente zoom de 500 mm. Seu
intuito era conseguir fotos ainda melhores às escondidas. Pacientemente,
esperava horas a fio cada noite, pois tinha certeza de que os UFOs voltariam.
Um mês depois veio sua chance. Eram aproximadamente 22:00 h, horário em
que o gerador de eletricidade da vila de pescadores era desligado, quando ele
sentou-se à porta de sua casa com a máquina apoiada numa sacola ao seu
lado. De repente, quatro objetos rasgaram o céu, fazendo-o sair correndo pelo
meio da rua, disparando sua máquina. França voltou ao seu lugar de observa-
ção, defronte à uma pracinha a uns 500 m do mangue onde tinham surgido
UFOs a primeira vez. Ele pressentia que voltariam naquela noite...
Uma hora e tanto depois, as mesmas luzes apareceram subindo por trás
das árvores e ficaram paradas à sua frente. França então abaixou-se rapida-
mente para pegar a máquina e apontou para uma das luzes que havia se

258
Verdades que Incomodam

Ilustração Alberto Romero

Na hora de fotografar ou filmar um local de incidência ufológica, não se esqueça


de sinalizar com pedras ou com uma faca apontando o norte. Uma vez delimita-
da a área, descreva cada item que estiver dentro da mesma usando uma fita
métrica. Bússola, martelos, estacas, cordas e até um binóculos são essenciais.

259
Biblioteca UFO

deslocado e que agora flutuava silenciosa a menos de 50 m. No mesmo


instante, um feixe de luz verde saiu do UFO, atingindo-o no meio do peito.
Manoel caiu desacordado no meio da sala de sua casa, a uns 2 m da porta,
Ante a angústia de seus familiares demorou quase meia hora para voltar a si,
quando então acordou desesperado procurando pela máquina fotográfica,
que ninguém sabia onde estava.
Cambaleando e ainda meio tonto, saiu à rua junto com sua filha
procurando na escuridão até acharem a máquina intacta, a mais de 30 m
de distância. Isso nos leva a perguntar como um equipamento desses, que
munido com uma lente zoom daquele tamanho deveria pesar aproximada-
mente 2,5 kg, poderia ter caído a tal distância sem se quebrar? França teria
forças para arremessar a câmera até lá? Voltando a casa, ele e sua filha
passaram o resto da noite sem poder dormir, acometidos por terrível
cefaléia, vômitos e desinteria. No dia seguinte, ao levar a máquina de volta
para o jornal, constatou que o filme inteiro tinha sido velado inexplicavel-
mente. Só tomamos conhecimento do fato quase 50 dias depois, quando
nada mais poderíamos fazer para conseguir exames médicos que pudes-
sem lançar alguma luz sobre o acontecido.
Posteriormente, França experimentou grandes mudanças comporta-
mentais e perdeu o emprego. Nós nunca mais o vimos, até os dias de hoje,
quando soubemos que felizmente tinha se recuperado e estaria trabalhando
novamente em sua antiga profissão. O que sofreu foi um ataque que aparente-
mente não deixou maiores seqüelas. Poderíamos, no entanto, chamar tal
ataque de agressão? Se comparada com a suposição que coloquei acima,
você, leitor, se atreveria a emitir um parecer a respeito deste caso? No caso
seguinte, teremos outro exemplo do que aqui postulamos.
Era 13 de agosto de 1967 quando o peão Inácio e sua esposa Maria,
encarregados de uma fazenda do Estado de Goiás, regressavam de uma cidade
vizinha com algumas compras. Ao se aproximarem de sua casa, se surpreende-
ram ao ver um objeto em forma de bacia invertida pousado sobre a pista de
aterrissagem da fazenda. À sua volta estavam três indivíduos carecas e magros,
que pareciam estar nus ou vestindo alguma roupa muito justa. Eles corriam e
saltitavam em completo silêncio quando, de repente, perceberam o casal que
tinha parado para observá-los. Assim, amedrontado, enquanto Inácio despa-
chava sua mulher para dentro da casa, empunhava decidido sua carabina. Os

260
Verdades que Incomodam

Ilustração Alberto Romero

Ferramentas necessárias à pesquisa: luvas de borracha, pinças e recipientes


para amostras, esponja para recolhimento de líquidos e conta-gotas. Não se
esqueça de enumerar cada amostra e escrever em separado de onde foram
recolhidas. Sacos plásticos para gravetos, além de pá e balde, são importantes.

261
Biblioteca UFO

indivíduos correram em sua direção, quando Inácio disparou um tiro certeiro na


cabeça do ser que estava mais próximo, a menos de 60 m dele.
A essa distância Inácio jamais erraria o disparo, tanto que o ser caiu ao
chão, sendo amparado de imediato por seus companheiros. No mesmo
instante, um raio de cor verde saiu do aparelho e atingiu Inácio acima do peito,
junto do ombro esquerdo. A seguir, o UFO decolou velozmente e Maria correu a
socorrer o marido. A partir desse dia, o peão adoeceu e passou a sofrer de
náuseas, formigamento e adormecimento em todo o corpo. Sua mãos ficaram
trêmulas e seu corpo debilitado. O dono da fazenda, um rico industrial, o levou
a Goiânia (GO) para ser diagnosticado pelos médicos, sem contar-lhes o que
na realidade tinha acontecido. Os exames revelaram apenas uma queimadura
circular de mais ou menos 15 cm de diâmetro no local onde fora atingido.
Manoel França não viu nenhuma marca em seu corpo e o raio de luz verde
parece ter sido bem mais suave ou talvez proporcional ao ‘delito’ cometido ao
aproximar-se do UFO em Barreiras de Jacuruna (BA). Ele apenas levou um
‘chega-prá-lá’, enquanto Inácio morreu sem defesas. Os outros exames feitos
a pedido de seu patrão revelaram que Inácio estava com leucemia e não teria
mais do que 60 dias de vida. No dia 11 de outubro daquele ano, 59 dias depois
do fato, Inácio morreu. Assim, mais uma vez nos questionamos sobre se foi
um ataque criminoso ou apenas um ato defensivo...
A mesma pergunta poderíamos aplicar aos muitos casos que existem de
aviões militares abatidos e seus pilotos mortos nos EUA, na Costa Rica, em
Cuba, etc. E o que dizer das baterias de mísseis russos destruídos completa-
mente por objetos voadores não identificados. Repito mais uma vez que não
estou tomando o ‘partido’ deles, mas tenho que ser imparcial e mostrar os dois
lados da moeda. Há casos muito claros em que foram constatados ataques
pura e simplesmente, e até com requintes de perversidade, sem qualquer
margem a dúvidas. A morte de pessoas com as mesmas características dos
milhares de animais mutilados pelos ETs é por demais preocupante.
Tomei conhecimento da extensão do fenômeno em conversas extra
oficiais que mantive com os doutores Richard Haines e Leo Sprinkle, observa-
dores a serviço da NASA durante o I° CIUFO, em Brasília (DF), em 1979.
Durante uma reunião com Fábio Zerpa e Bettina Allen, da Argentina, o doutor
Sprinkle foi categórico ao falar coisas que não podiam ser ditas no plenário:
“Durante o ano de 1978, tivemos mais de 10.000 casos de mutilações de

262
Verdades que Incomodam

animais diretamente ligados aos UFOs, e muitíssimos outros que ainda não
estão confirmados...” Em 1978 tinham começado os ataques de Chupa-
chupa no Pará, pesquisados na Operação Prato da FAB. Coincidência? Ao
reiniciarmos nossos trabalhos de reuniões em Salvador, e durante palestras
sobre os acontecimentos na Amazônia, levantamos a questão e alertamos
nossos colegas sobre a probabilidade e o perigo de começarem a fazer o
mesmo tipo de ataques a seres humanos. Isso, na época, levou algumas
pessoas a pensarem que se tratava de exagero. Outras passaram a nos criticar
abertamente, porque imaginavam que “... os ETs são enviados de Deus e
jamais nos fariam danos”, segundo uma delas.
Infelizmente o tempo nos deu a razão. No Vietnã, soldados que travaram
um feroz combate na selva com centenas de inimigos testemunharam horrori-
zados a ação dos aliens. Dezenas de corpos ficaram espalhados após a batalha
e, de repente, quando se preparavam para levantar seus mortos, os norte-
americanos viram uma porção de alienígenas entrarem na mata calmamente,
recolhendo e retalhando os soldados mortos e carregando algumas partes
que lhe interessavam. Mesmo sabendo estarem sendo observados, não
deram a menor importância e, tão calmamente como chegaram, foram se
retirando, ante os olhares estarrecidos dos militares que a tudo assistiram, em
total estado de choque. O que dizer deste fato, abafado pelo comando militar
do Exército dos Estados Unidos?
Será que aqueles soldados tiveram vida normal depois do que presencia-
ram? Tempo depois, durante manobras militares em um deserto norte-
americano, um oficial que comandava a tropa simplesmente desapareceu.
Iniciaram as buscas quase imediatamente, já que tal fato não era lógico. Os
soldados encontraram, horas depois, o cadáver do oficial totalmente sem
vísceras, sem os olhos e a genitália. Em 1993, o excepcional trabalho de nossa
colega Encarnación Zapata Garcia, de São Paulo, trouxe à luz um caso aconte-
cido em 1988, sobre o qual foi vítima um homem cuja identidade as autorida-
des ocultaram até bem pouco tempo [Veja capítulo seguinte].

263
Biblioteca UFO

264
Verdades que Incomodam

Capítulo 12

Caso Guarapiranga

“O segredo do êxito está na pureza e na


constância do propósito.”
– George Adamski,
contatado dos anos 50

O
caso mais chocante e tenebroso já documentado é o do cadáver de um
homem achado às margens da represa de Guarapiranga, na cidade de
São Paulo. É um fato que choca porque nos deparamos pela primeira
vez com as evidências do que parece ser, pelas características, uma morte
proposital e que poderíamos classificar um crime hediondo. Encarnación
Zapata Garcia, uma estudiosa espanhola que reside em São Paulo, teve o
privilégio de poder investigar a fundo este acontecimento, que pelas razões já
citadas se converteu numa peça deste gigantesco e absurdo quebra-cabeças
cósmico. Tal caso, como não poderia deixar de ser, provocou iras e contesta-
ções por parte dos que talvez desejassem ter sido seus descobridores e pelos
que pautam suas vidas pelo acobertamento e sigilo.
A vítima foi um homem de 53 anos, vestindo apenas uma cueca e com
terríveis deformações pelo corpo. O laudo necroscópico relata exatamente o
que as fotografias nos mostram e acrescenta outros detalhes importantes para
a consolidação da hipótese de mutilação causada por ação extraterrestre –
que inúmeras vezes foram observadas em animais. O relatório que descreve a
dramática situação do cadáver apresenta o seguinte trecho:

265
Biblioteca UFO

“Observamos a remoção das regiões orbitárias direita e esquerda,


cavidade oral, faringe, orofaringe, região cervical, região axilar direita e
esquerda, abdome, pélvis, região onguinal direita e esquerda. Através de
incisão bimastoidea-vertical e rebatimento do couro cabeludo e da
abertura da cavidade, segundo técnica de Griessinger, observamos
calota craniana íntegra, edema cerebral. Há remoção da musculatura
intercostal em nível de segundo, terceiro, quarto e quinto espaços inter-
costais esquerdos. Na cavidade abdominal e quadril, ausência de órgãos
com extração de todas as vísceras abdominais, evidenciando arranca-
mento dos órgãos com reação vital.
Na exploração dos membros superior e inferior direito e esquerdo
observamos uma incisão dos músculos dos braços direito e esquerdo
com posterior arrancamento de tecido. No rosto ocorreu a retirada de
extenso pedaço da pele na parte superior e inferior das mandíbulas,
produzidos por instrumento cortante. Vê-se remoção do pavilhão auricu-
lar esquerdo e com sinais de reação vital. Enucleação dos globos oculares
com restos de sangue em suas cavidades. As regiões axilares direita e
esquerda apresentam uma solução de continuidade circular com um
diâmetro de 4 cm e margens uniformes com sinais de reação vital e remo-
ção das partes moles. A vítima sofreu feridas incisas superficiais e infini-
tas produzidas por objeto cortante em toda a superfície anterior: tórax,
abdome, membros inferiores direito e esquerdo. Os músculos do peito se
encontravam rompidos e soltos no subcutâneo.
A massa muscular do membro superior direito se acha separada da
articulação e deslocada até o terço proximal do braço direito, e também se
evidencia no antebraço esquerdo. Há enucleação da cicatriz umbilical,
apresentando orifício circular com aproximadamente 3 cm. O abdome se
acha bastante deprimido. Incisão alargada de formato elíptico com
diâmetro de 3 x 1,5 cm na prega inginal esquerda. Remoção da bolsa
escrotal. Incisão ampla ovalada junto ao períneo e indicativo da intenção
de reproduzir um órgão feminino ou de remoção do pênis. Musculatura
direita e esquerda retirada do terço proximal. Remoção do ânus com
ampla incisão de formato alargado, ovalado e diâmetro com cerca de 15 x
8 cm. Ferida perfurante com diâmetro de 2 cm no espaço interdigital do
segundo e terceiro pedodáctilo de ambos os pés.”

266
Verdades que Incomodam

O que espanta neste documento oficial é a quantidade de vezes em


que é repetida a expressão “sinais de reação vital.” Isto significa que a
maior parte desses estranhos ferimentos e amputações foram realizados
com a vítima ainda viva... Os sangramentos observados são a confirma-
ção desses sinais vitais. A surpresa de Encarnación ao ver as fotografias é
perfeitamente compreensível, porque ferimentos idênticos foram obser-
vados milhares de vezes em animais desprovidos de algum membro,
como eu mesmo tive oportunidade de ver nas ovelhas mutiladas e mortas
em Feira de Santana, no lombo e lateral do cachorro Ouro Preto em
Barreiras de Jacuruna, e numa ovelha e uma vaca – todas atacadas na
mesma região do Estado da Bahia, sendo que as duas últimas consegui-
ram sobreviver. Ou como o que foi descrito pelos legistas que autopsia-
ram o corpo do rapaz morto em Itabuna, ainda no mesmo Estado.
Segundo a própria Encarnación, a semelhança entre os cortes e ferimen-
tos no cadáver e os cortes em animais mutilados por ETs em todo o planeta era
impressionante. Este trabalho pôde ser levado até o fim, apesar de muitos
entraves, porque a pesquisadora teve a sorte de lidar com pessoas esclareci-
das e conscientes do seu papel como autoridade – embora documentos
liberados viessem com partes apagadas, como o horário provável da morte,
localidade, nome da vítima, filiação, nome dos legistas, número do Distrito
Policial, etc. Mas os dados aqui expostos, por cortesia de Encarnación, são
suficientes para mostrarmos o terrível acontecimento.
A divulgação desta morte levantou polêmicas, como já dissemos. Uns
acreditando na mutilação alienígena e outros defendendo a hipótese de mais
uma morte banal, em meios às centenas que acontecem na região e são
divulgadas pela mídia. Seria de fato algo sobrenatural ou ação de algum
psicopata, dos tantos que aparecem? A semelhança da morte dos animais
poderia ser considerada meramente acidental? Então, lembrei-me de uma
pequena notícia publicada num canto da página policial no jornal A Tarde, de
Salvador, em 6 de setembro de 1990. O fato aconteceu na cidade de Itabuna, a
429 km ao sul de Salvador, com as mesmas características já citadas. Tive
diversos problemas quando fui procurar informações com alguns conhecidos
na polícia, como explicarei mais adiante. Vejamos a notícia:
“Menor teve os olhos e outros órgãos extirpados em Itabuna. A polícia
do município está investigando a morte de um menor de cor preta, 14 anos

267
Biblioteca UFO

presumíveis, que teve os olhos arrancados, além de uma profunda incisão


no abdome, de onde foram retirados os rins, coração, pulmões e outros
órgãos. O corpo apresentava ainda dezenas de perfurações ovais e as unhas
também foram arrancadas. A vítima foi achada por estudantes na manhã de
ontem, numa valeta no prolongamento da Travessa Querubim Oliveira,
onde estavam sendo realizadas obras de infra-estrutura.
O local fica próximo à sede regional da Telebahia e também junto ao
Colégio Ação Fraternal, um dos mais tradicionais educandários itabunen-
ses. O fato foi de imediato comunicado à polícia, que deslocou para a área
uma equipe chefiada por Álvaro Renan, do plantão do módulo policial, que
cuidou da remoção do corpo para o necrotério do Departamento de Polícia
Técnica. O menor estava sem roupas e envolto numa colcha colorida. (...)
Uma complicada operação cirúrgica que intriga os policiais e também os
médicos legistas.”
Vamos interromper por uns instantes o restante da notícia para fazermos
um breve comentário. Vemos que é dada ênfase às múltiplas feridas ovais e se
fala também em uma complicada operação cirúrgica que intriga não apenas
os policiais como os médicos legistas. Ora, no contexto de um interior, onde
são comuns as brigas e mortes à bala ou ferimentos à faca, é curioso que
médicos legistas se surpreendam com os ferimentos, o que implica em
alguma coisa a qual não estavam acostumados... Depois, no decorrer da nota,
informa-se a substituição da policial titular daquele município, Olindete
Teixeira, pelo chefe da 15ª Diretoria Regional da Polícia, Romilton Telles San-
tos. Será comum substituir uma delegada por um Diretor Regional para
investigar a morte de um rapaz considerado “marginalzinho”, conforme disse
um capitão do QG da Polícia Militar em Salvador? Não seria dar muita impor-
tância a um caso banal? A partir dali começaram a surgir explicações que
variaram desde queima de arquivo até magia negra ou contrabando de
órgãos.
Mais adiante a notícia diz o seguinte: “O crime e o seu método também
intrigaram o legista João Otávio Macedo, que confidenciou a um amigo que
não sabia a quem atribuir o crime e nem identificar a técnica usada pelo
assassino, que fez a extração de diversos órgãos que não foram deixados no
local de desova do corpo, um área no centro da cidade, mas com pouca
densidade de tráfego. Quem também está intrigado com o crime é o auxiliar

268
Verdades que Incomodam

de necropsia Antônio Nascimento, que vê apenas uma semelhança com a


morte do ladrão... Nascimento estranha também que além da técnica para
retirada de órgãos internos, o assassino tenha usado de violência para
extrair as unhas da vítima.”
Aqui temos mais alguns detalhes com elevado grau de estranheza: um
legista que fica intrigado com o método utilizado e um auxiliar que não reco-
nhece a técnica usada na retirada dos órgãos internos. Será que esses dois
profissionais, apesar da sua experiência, nunca viram algo semelhante em
toda sua carreira, entre tantas vítimas de morte violenta, como a balas, faca-
das, atropelamentos, etc? Por que este, em particular, lhes causaria tanta
estranheza? A não ser que o fato fosse tão diferente de tudo o que já teriam visto
antes. Os acontecimentos futuros parecem justificar nossas suspeitas...
Quando tentamos investigar o caso, de repente tudo silenciou e as portas
se fecharam para nós. Isso despertou nossas suspeitas de que existia outra
coisa mais séria que precisávamos descobrir. Mas a experiência não foi muito
agradável, embora assim tivéssemos a confirmação de que alguém estava
empurrando alguma coisa muito grande para baixo do tapete. Uma semana
após sair publicada esta notícia fui convidado a dar uma palestra sobre Ufolo-
gia para oficiais e praças do 6° Batalhão da Polícia Militar, incluindo o alto
comando da unidade. Aproveitando a oportunidade, depois da palestra,
quando nos dirigíamos para o refeitório, procurei conversar com o comandan-
te sobre o caso em questão e, repentinamente, seu sorriso desapareceu, as
faces avermelharam e mudou de assunto.
Dias depois, recebi um telefonema de alguém que dizia ser capitão da
PM, sem declinar o seu nome, pertencente ao Quartel General da mesma,
que começou muito polidamente lamentando não ter podido participar da
palestra, que segundo colegas tinha sido muito interessante, assim como
os quase 200 slides que levei, etc. Pediu sugestões de livros para se apro-
fundar mais e mudando o tom da voz, perguntou: “Mas, me diga, qual é
seu real interesse na morte desse marginalzinho? Isso não foi nada além
de uma queima de arquivo ou ajuste de contas. Além do mais, fique
sabendo que como esse crime é de autoria desconhecida, qualquer um
pode ser enquadrado como suspeito.”
Disfarcei, enrolei e dei uma saída estratégica e esfarrapada, desligando a
seguir. Uma coisa não posso negar. Pelo menos não lhe faltou sinceridade nem

269
Biblioteca UFO
Arquivo UFO

As fotos do cadáver objetividade na sua mensagem bem explícita! Por


encontrado na Represa outro lado, continuei a investigar o fato – com maior
de Guarapiranga, em discrição, é claro –, mas não sei se por azar ou outra
São Paulo. O corpo tinha coisa, a pessoa que procurava contatar, um médico
sinais de mutilação legista do IML de Salvador (e que anos atrás passara
iguais aos de animais
por uma experiência de quase abdução), que poderia
atacados por seres
extraterrestres fazer uma ponte com os legistas de Itabuna, veio a
falecer num acidente de trânsito na saída de seu
trabalho. Posteriormente, um juiz federal interessado
em UFOs se prontificou a enviar um ofício ao delegado daquela cidade, pedin-
do informações sobre o caso e cópia do inquérito, e o delegado nem sequer se
dignou a responder o recebimento do ofício. Mais adiante, conversando com
Encarnación pelo telefone, ela se prontificou a me dar apoio e conversou com
um procurador da Justiça paulista para entrar em contato com nosso amigo
juiz, mas até hoje parece haver entraves demais para o caso de um simples
marginalzinho.
O que poderíamos dizer disso ou deduzir? Na mesma época, aproveitan-
do a oportunidade de ter sido convidado para um programa de entrevistas da

270
Verdades que Incomodam

Arquivo UFO
TV Educativa e tendo uma hora de programa à disposição, de comum acordo
com a apresentadora, ela puxou o assunto e eu tive a oportunidade de contar o
caso baiano com todos os detalhes que consegui, traçando um paralelo com a
história paulista. Conclamei ainda se por acaso os legistas de Itabuna ou seus
assistentes estivessem assistindo o programa e pudessem observar se as
fotografias da vítima de São Paulo (que mostramos na TV) tinham ou não
todas as semelhanças possíveis.
Disse ainda mais: se soubessem de algum outro detalhe, que escreves-
sem para minha caixa postal. Infelizmente, nada chegou às minhas mãos e
nem sei se alguém tentou fazê-lo. Em todo caso, vivemos sempre entre dois
fogos cruzados: os aliens por um lado, fazendo das suas, e, por outro, os que
se empenham com todos os recursos possíveis em prejudicar nosso traba-
lho, querendo se misturar à nossa gente, dando falsas informações, grampe-
ando telefones e até silenciando nossas fontes mediante pressão ou amea-
ças. Será que estamos incomodando as estruturas tanto assim para que se
tomem de grande trabalho para tentar nos impedir? Poderia dizer que isso –
se não fosse tão patético – nos envaideceria.
Há também dois casos pouco divulgados, mas que merecem toda

271
Biblioteca UFO

atenção na área das mortes ou mutilações misteriosas. Um deles é o chamado


Caso João Prestes, que aconteceu em fevereiro de 1946, um ano antes da
chamada Era Moderna dos Discos Voadores. O fato ocorreu numa cidadezi-
nha chamada Araçariguama, no interior do Estado de São Paulo. Várias
pessoas moradoras do lugar já vinham observando a presença de estranhas
luzes noturnas no céu e nas proximidades do povoado, fato que estava preocu-
pando-as. Um dia, João Prestes foi pescar em companhia de um amigo e ao
sair pediu para sua esposa deixar a janela dos fundos sem tranca, porque se
chegasse tarde, não precisaria incomodá-la.
Ao anoitecer, porém, voltou com alguns peixes para casa e após despe-
dir-se do amigo chamou pela esposa. Como não obteve resposta, já que a
mesma tinha saído, entrou pela janela dos fundos. Mal tinha pulado para o
interior da casa e um faixo de luz intensa proveniente do céu, de uma coisa
luminosa, o atingiu em cheio. Tonto, correu apavorado pedindo socorro à
sua irmã, que morava nas proximidades. Três pessoas da família saíram para
ajudá-lo, pois ele parecia estar em transe. Depois, horrorizados, viram a pele
do rosto e dos braços de João Prestes começar a empolar e criar bolhas que,
ao estourarem, abriam feridas enormes.
O mesmo aconteceu com a musculatura dos braços e do rosto, ante o
qual, os familiares ficavam cada vez mais aterrorizados, embora João
Prestes não demonstrasse sentir nenhuma espécie de dor, murmurando
apenas sons guturais nessa altura dos acontecimentos. Os vizinhos, que
também correram para lhe ajudar, ficavam cada vez mais chocados e não
conseguiam fazer nada além de lhe oferecer água. A carne do rosto come-
çou a escorrer como manteiga derretida, o nariz se desprendeu, os lábios
ficaram pendentes, deixando à mostra a arcada dentária e os globos ocula-
res se soltaram, caindo ao chão numa cena dantesca.
Prestes continuava vivo, não sentindo ou demonstrando sofrimento. Não
emitiu um único gemido, enquanto os vizinhos colocavam seu corpo dilacera-
do envolto num cobertor e dentro de um carro para levá-lo ao hospital. Quan-
do chegaram, estava morto. Segundo consta, o corpo foi exumado pelas
autoridades em 1974, para realizarem algumas pesquisas posteriores, mas os
resultados jamais foram revelados [Fonte: Flying Saucer Review]. Outro caso
tenebroso aconteceu em novembro de 1957, e a vítima, cujo verdadeiro nome
não conhecemos, foi James Allen. Também não temos notícias sobre a

272
Verdades que Incomodam

localização dos fatos – o que pode invalidar o relato –, mas mesmo assim
decidimos colocá-lo nesta obra, apenas pelo detalhe do seu desfecho.
A esposa da vítima teria declarado que após algumas interferências na
tevê e posterior escurecimento da tela, o casal chegou junto da janela e viu um
objeto arredondado, com cerca de 6 m de diâmetro, pairando sobre o quintal.
James teria saído para ver do que se tratava e o objeto, repentinamente, se
deslocou para cima dele, que ficou imóvel, talvez devido ao temor. Em deter-
minado instante, correu para dentro da casa já se sentindo mal e com febre.
Quarenta e oito horas depois, James morreu e, ao ser realizada a autópsia,
teria-se constatado que seus órgãos internos estavam cozidos, como se
tivessem sido colocados num forno de microondas.
O exame médico teria revelado ainda muita radiação. O detalhe do
desfecho seria o efeito microondas, já detectado em vegetais atingidos
numa área de pouso de UFO na cidade de Mucugê, na Chapada Diamanti-
na (BA), praticamente carbonizados por dentro e aparentemente intactos
por fora. Também observamos, em 1953, em outro caso acontecido na
localidade de Dias D’Ávila (BA), quando uma árvore ficou carbonizada de
dentro para fora. Mas temos também outro fato que sugere o mesmo tipo
de atividade alienígena, mas desta vez, apesar dos ferimentos, a vítima
sobreviveu. O agricultor Olívio Correia, com 56 anos, natural de Estância
Velha, perto de Porto Alegre (RS), foi encontrado desacordado num terreno
baldio, sem os olhos, em julho de 1995.
Segundo foi noticiado pela Imprensa, os olhos tinham sido extraídos
cirurgicamente, aparentemente por especialistas. O presidente do Conse-
lho Regional de Medicina, doutor Marco Aurélio Becker, afirmou numa
coletiva à Imprensa que a técnica utilizada não era médica. Ela se caracteriza-
va pelo corte dos músculos rente ao globo ocular. No caso do agricultor,
ocorreu um corte profundo junto à parede da cavidade dos olhos, demons-
trando que houve destreza na retirada por instrumento cortante, mas não se
caracterizou o envolvimento de médicos oftalmologistas. Também não
aconteceram ferimentos na pálpebra.
Um cirurgião do Instituto Médico Legal de Porto Alegre, o doutor João
L. Corso, que examinou Olívio Correia, disse que não houve lesão corporal
acidental e, sim, a extração dos olhos. A Imprensa ainda tentou encontrar
várias explicações para o ocorrido, desde contrabando de órgãos até rituais

273
Biblioteca UFO

de magia negra. Mas nada ficou provado. O que devemos pensar? Para
fechar o círculo neste capítulo, vamos citar um fenômeno que nos deixa em
dúvida sobre se devemos considerá-lo como um ataque a humanos ou
infelicidade provocada por uma aproximação muito grande – ou talvez
irresponsável – por parte dos aliens. Eles poderiam não ter tomado as
precauções lógicas para evitar qualquer perigo ocasionado por bactérias
de uma ou outra parte, de imprevisível periculosidade em organismos que
não disporiam dos anticorpos necessários – pelo menos é o que faríamos
nós se contatássemos seres vivos em outros planetas.
Estou me referindo mais especificamente a sintomas adversos ou doen-
ças que aparentemente são ocasionadas pelos UFOs nos seres humanos, e
que estão sendo pesquisadas com todo cuidado. Segundo o doutor Luciano
Stancka e Silva, diretor do Centro de Estudos e Terapias Holísticas (CETEH),
de São Paulo, existem dados estatísticos confirmando que em 25% dos casos
de contatos humanos com UFOs ou seres extraterrestres acontecem manifes-
tações biológicas, entre as quais alterações de pressão, alucinações auditivas,
desidratação, fraqueza muscular, queimaduras, calor, choque elétrico, etc. Se
esses problemas são decorrentes de algum tipo de radiação emitida pelos
UFOs, conforme a dosagem ou o tipo, isso poderia ter como resultado doen-
ças graves a até letais, como leucemia.
Em outros, como o caso acontecido ao senhor Luis Barroso Fernandes,
vítima de um raio de luz ou abdução por parte dos aliens, que no decorrer de 17
anos fizeram sua mente e organismo regredirem até a idade de 9 meses. O
senhor Luis tinha mais de sessenta anos quando foi atingido. Recebeu trata-
mento do doutor Antônio Moreira Magalhães, que comentou: “É inacreditável
o que acontece e que foge ao conhecimento da Ciência. Eu, com vários anos
de Medicina, jamais vi algo assim. Este cidadão, o Barroso, meu paciente,
além de regredir mentalmente, está rejuvenescendo fisicamente, pois agora
suas feições são de um jovem de 16 a 19 anos. É fantástico. A Medicina e a
Ciência deveriam se interessar por ele.” O doutor Magalhães disse isso pouco
tempo antes de Luis Barroso falecer.
Fora estes acontecimentos mais dramáticos, encontramos que, em
muitíssimas ocasiões ao longo da história, as testemunhas de casos impor-
tantes, contatados e até abduzidos, passam a sofrer das seqüelas da
chamada síndrome do abduzido ou contatado, quando pode ser percebida

274
Verdades que Incomodam

uma marcante mudança comportamental. Alguns desses protagonistas e


casos dramáticos chegam até mesmo a cometer suicídio – o que seria uma
forma de morte provocada por UFOs. Mas será que foram conseqüências
diretas de agressão ou se tornaram vítimas de uma imprevidência – para
não dizer inconseqüência – por parte dos ufonautas?

Fatos dignos de nota

Na década de 70 também houve muitas mortes de animais na Argenti-


na, com idênticas características às acontecidas no Brasil, acima citadas.
Nos últimos meses de 1971 e início de 1972, aconteceram diversos casos
em localidades próximas à Cordilheira dos Andes, no nordeste do país
vizinho. Um dos mais relevantes ocorreu em San Rafael, província de Mendo-
za. Durante o mês de novembro, morreram misteriosamente dezenas de
animais, especialmente aves e coelhos que, segundo testemunhas, apre-
sentavam marcas no pescoço muito sugestivas – iguais às dos animais
encontrados aqui no Brasil.
Os acontecimentos chegaram a tal ponto que o governo tomou a iniciati-
va de realizar uma investigação. As vítimas apresentavam lesões traumáticas
em diferentes partes do corpo, localizadas a maioria na zona craniana, pesco-
ço e costelas, embora não pudessem especificar que tipo de animal pudesse
ter praticado os crimes. As explicações imprecisas não convenceram a popu-
lação, que ficou apreensiva, principalmente porque desconfiaram de algo
mais sério. Seu temor se justificava, pois “...o governo não teria chamado o
Exército para investigar apenas mortes de animais domésticos se não
houvesse algo sinistro por trás de tudo isso”, disse uma moradora.
Em maio de 1972, os vizinhos das localidades de El Remanso e Polígono,
povoados de Loreto, em Santiago del Estero, ao norte da Argentina, começa-
ram a ficar alarmados ante a repentina e assustadora mortandade de ovelhas e
galinhas que diariamente eram encontradas esquartejadas, com as cabeças
separadas dos corpos. A hipótese de se tratar de um jaguar (espécie de onça
que vive nessa região) ou de outro animal estranho, ficara descartada porque
nunca foi possível encontrar uma pegada sequer do bicho, apesar de existirem
na região muitos homens acostumados à tarefa de descobrir marcas de
passos mesmo no solo pedregoso e árido da região.

275
Biblioteca UFO

Agora vamos falar um pouco dos cogumelos gigantes. Muito embora a


gastronomia não faça parte deste estudo, decidimos colocar algumas infor-
mações sobre os cogumelos, já que em certas regiões se tornaram uma
constante nos campos onde também aconteceram mortes ou desapareci-
mento de animais, e principalmente em locais de pouso dessas naves. No dia 3
de novembro de 1976, o encarregado de um estabelecimento produtor de
leite da localidade de Centeno, província de Santa Fé, na Argentina, senhor
Carlos Spini e um peão, viram a 600 m de distância, um objeto que pousou
durante alguns minutos e decolou a seguir velozmente. A nave deixou uma
marca oval no terreno, de 4 x 6 m. Ali os dois moradores encontraram cogu-
melos de variedade e tipo desconhecidos pelos habitantes da região, que
pesavam entre 4 e 5 kg cada. Nesse local também observaram um grande
formigueiro com formigas vermelhas, do tipo comum, que teriam sofrido
incríveis mutações, crescendo-lhes asas e atingindo um tamanho totalmente
desproporcional, se comparadas com outras do mesmo campo.
Em 15 de outubro desse mesmo ano, em Correa, outra pequena
localidade da província de Santa Fé, Humberto, Rafael e Antônio descobri-
ram muitos círculos de diferentes diâmetros, oscilando entre 5 e 12 m. Nas
bordas dos círculos, de aproximadamente 50 cm de largura, os três irmãos
acharam, além de pastos com sinais de terem sido queimados, uma grande
quantidade de cogumelos gigantescos, alguns superando 40 cm de diâme-
tro e 25 cm de altura, sem caule, com o chapéu colado às raízes. Dentro dos
citados círculos foram observadas fendas dispostas de forma ordenada,
produzidas pelo apoio de algum objeto, e a grama que crescia nesse local era
mais robusta e sua cor bem mais escura. Além disso, foi comprovado que a
uma profundidade de 4 a 6 cm existia um processo de calcificação, como se
no local tivesse estado um objeto incandescente.
Os formigueiros próximos estavam vazios, dando a impressão de
terem sido evacuados. Alguns anos antes, em 8 de novembro de 1968, o
piloto civil Carlos Alberto Martinez viu de seu avião, quando se preparava
para pousar no aeroclube de Necochea, ao sul de Buenos Aires, sobre a
grama que ladeia a pista, um enorme círculo de cor esbranquiçada. Uma
vez em terra, foi verificar e sua surpresa foi enorme ao comprovar que o
mesmo estava cheio de cogumelos gigantes. Horas depois, acompanhado
por autoridades civis e militares, comprovaram que o círculo tinha um

276
Verdades que Incomodam

diâmetro de 6 x 6 m. Alguns dos cogumelos – num total de 8 – alcançavam


81 cm de diâmetro por 22 cm de altura. Os restantes, também de tamanho
excessivo, apareceram no local como em etapa de crescimento. No dia
seguinte, os senhores M. Fountrier e Hugo Bustamente descobriram numa
praia próxima um cogumelo gigante, entre outros 9, de 68 cm de diâmetro
e 3 cm de altura. Em outras oportunidades em que apareceram mais
cogumelos desse tipo, também foram vistas luzes estranhas durante a
noite sobrevoando esses locais.
Essa grande onda de aparição de enormes cogumelos se processou
durante 4 anos numa área bastante reduzida, abrangendo a província de
Santa Fé e a de Buenos Aires, sendo o único caso atípico na província de
Jujuí, no extremo norte da Argentina, sobre uma grande área de pastoreio
de uns 2.000 hectares. Enumerar todos os fatos similares seria longo
demais para esta pequena resenha. Mesmo assim, vale lembrar que no
Brasil acontecem coisas semelhantes. Num caso de pouso numa fazenda
do município de Amargosa, 231 km de Salvador, encontramos um círculo
escuro na grama, em frente à sede, com 6,12 m de diâmetro e o anel em
seu redor com 30 cm de espessura.
Dentro dele, um cogumelo com 12 cm de diâmetro totalmente queima-
do, se esfarelando, e outro do lado de fora, totalmente na cor branca. Uma
senhora que pisou descalça dentro da circunferência, sentiu formigamento e
dormência na perna, seguida de ânsia de vômito, e outra pessoa que tocou
na terra, chegou a sentir que seu antebraço estava queimando, além de um
leve prurido, que depois desapareceu. Quando fomos investigar, uns 15 dias
depois, tocando com o dorso da mão na terra e na grama, ainda dava para
sentir alguma leve diferença de temperatura dentro e fora do círculo. Esclare-
cemos que encostamos na mesma depois de verificar que nem a bússola,
nem o magnetômetro acusavam nenhuma anomalia mais significativa.

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Biblioteca UFO

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Verdades que Incomodam

Capítulo 13

Ossos do Ofício

“A esperteza serve para tudo e não é suficiente para nada.”


– Henri-Frederic Amiel,
filósofo suíço

A
nos atrás, num passado que aparentemente foi superado, as Forças
Armadas e os serviços de Inteligência eram temidos, e com razão. Até
os ufólogos eram investigados em nome da revolução. No ano de
1964, em São Paulo, fui até uma livraria onde seria feito o lançamento de um
livro, pois queria conhecer o ‘meu’ primeiro ufólogo brasileiro, Sábado Dino-
tos. Passei momentos de tensão ao perceber que estava sendo observado sem
muita discrição por dois indivíduos. Ao sair da livraria, os sujeitos continuaram
a me seguir, razão pela qual me apressei em dirigir-me para o escritório, no
jornal Folha de São Paulo, ainda sem compreender muito bem o que estava
acontecendo. Mas as atitudes desses dois trogloditas não deixavam lugar a
dúvidas. Não sei como, consegui escapulir entrando numa galeria de serviços
na Avenida São João. Cheguei ao jornal tão assustado que todos perceberam
e tentaram me tranqüilizar.
Minha calma foi para o espaço quando, no dia seguinte, soube que
Sábado Dinotos tinha sido preso por integrantes da Delegacia de Ordem
Política e Social (DOPS) por ter sido acusado de ser subversivo e terrorista…
Quando fundamos o G-PAZ, em 1970, já na Bahia, sempre apareciam nas
reuniões públicas sujeitos bem arrumados e de cabelo escovinha que faziam
muitas perguntas sobre o nosso trabalho e se praticávamos algum tipo de

279
Biblioteca UFO

política. Ao editarmos o primeiro boletim informativo mimeografado, devido à


situação política do país e por ser eu um estrangeiro, pedi ao vice-presidente
do grupo, meu amigo José Andrade Sobrinho, alto funcionário do Citibank (já
falecido), que me acompanhasse até os escritórios do Serviço Nacional de
Informações (SNI) para entregar um exemplar e conversar com os militares.
Com isso, queria demonstrar a eles que nada fazíamos de errado e nem havia
motivos para ocultar qualquer coisa.
A surpresa foi enorme quando, após alguns minutos, um funcionário
puxou da gaveta um exemplar do nosso boletim que acabáramos de retirar
num pacote fechado da gráfica! Depois as coisas serenaram aos poucos e,
fora o programa de tevê que tínhamos e que tiraram do ar, nada mais aconte-
ceu. Fui convidado a ministrar palestra para um grupo de elite da Secretaria de
Segurança, e mais tarde trouxemos o saudoso general Alfredo Moacyr Uchôa
para também participar de uma exposição sobre Ufologia.
Depois disso, só quando aconteceu o caso de Feira de Santana (BA) e,
um ano depois, o de Varginha (MG) – época em que comecei a trocar muitos
telefonemas com colegas do sul, além dos companheiros do G-PAZ –, é que
meus telefones começaram a fazer uns ‘cliques’ diferentes. E não eram poucas
as vezes, pois isso acontece até os dias de hoje. De repente, começaram a
sumir correspondências da minha caixa postal ou elas chegavam com até
mais de dois meses de atraso – com evidentes sinais de terem sido abertas.
Algumas cartas eram encontradas simplesmente fechadas com durex pelos
Correios. Em certa oportunidade, quando fui me queixar na central dos
Correios, o encarregado de distribuição das correspondências das caixas
postais, sem que eu dissesse nada sobre minhas atividades, ao ser questiona-
do pela falta de cartas, respondeu: “Aqui não fazemos nenhum tipo de censu-
ra.” Ora, fiquei 40 dias sem receber absolutamente nada...
Por último, no ano passado, fui em duas oportunidades seguido por dois
sujeitos disfarçados de agentes secretos quando fazia compras num shopping
center. Na última vez, pelo menos que eu saiba, um homem me seguiu de
carro de forma bem mais ostensiva e quase perigosa, já que me colocou em
situações de risco no trânsito enquanto tentava me desvencilhar dele. Fez isso,
evidentemente, no intuito de me mostrar que estavam ali e que não adiantava
querer tentar ser esperto. Posteriormente comprovei, acionando conhecidos
no Detran, que o veículo utilizava placa fria. Uma futura campana realizada em

280
Verdades que Incomodam

frente à casa do dono da verdadeira placa confirmou as informações: o carro


que me seguiu era um Fiat Uno verde petróleo, e o verdadeiro era da mesma
marca e modelo, porém da cor azul.
Fora isso, cheguei a ser ameaçado explicitamente por alguém que
identificou-se como sendo capitão da PM, quando andei fazendo algumas
perguntas sobre a morte do rapaz, no interior da Bahia, que foi encontrado
com ferimentos iguais aos do Caso Guarapiranga [Veja capítulo Mortes e
Mutilações]. O indivíduo disse-me ao telefone: “A morte desse marginalzi-
nho é de autoria desconhecida, e assim, qualquer um pode ser enquadra-
do como suspeito.” Denunciei esse caso num programa de televisão, no
qual fiz questão de mostrar as fotografias do referido Caso Guarapiranga,
alertando ainda aos legistas que se vissem ferimentos semelhantes, que
entrassem em contato comigo. Citei estes episódios apenas para dar uma
idéia do que, às vezes, acontece com a gente. Evidentemente, outros
companheiros passaram por situações bem piores, mas como não tenho
autorização deles para falar no assunto…
De certa forma, podemos nos sentir felizes, já que em outros países as
coisas são bem mais difíceis. Algo fica evidente: os serviços de inteligência
brasileiros – aparentemente – seguem a orientação ditada pelos Estados
Unidos no sentido de evitar que as notícias ufológicas, dentro do possível,
circulem abertamente ou saiam de controle. Isso vale não apenas para os
pesquisadores da área ufológica, mas também (ou principalmente) para as
testemunhas. Outra tática é negar espaço na mídia para esse tipo de notícia
ou tratá-las com desprezo e burla. Aí sim, podem e devem circular informa-
ções para debochar das testemunhas e desestimular esse tipo de denúncia,
além de tentar, como já fizeram, armar uma situação para desmoralizar
ufólogos, jornalistas e testemunhas. Estas últimas, por exemplo, encon-
tram-se fragilizadas e traumatizadas pelo fato que as abalou e são uma presa
bem mais fácil para essa gente quando procuram calá-las ou fazê-las mudar
a história – se já disseram alguma coisa –, acenando com retaliações nos
seus empregos e na vida de seus familiares.
Os serviços de inteligência também voltaram a tentar infiltrar sua gente
nos grupos de pesquisas, e com isso cooptar integrantes dos mesmos para
desvirtuar informações ou sonegá-las. E ainda pressionam pessoal técnico
que eventualmente poderia ajudar nas pesquisas, insinuando a desmoraliza-

281
Biblioteca UFO

ção profissional e até a possibilidade de desemprego quando são funcionários


de faculdades ou universidades, afastando essas pessoas de nós. Por isso,
embora correndo o risco de às vezes sermos injustos ou desconfiados demais,
devemos ir com cuidados extremos e não confiar cegamente em quem não é
de absoluta e irrestrita confiança, sob o risco de pôr uma investigação a perder
– apenas porque alguém demonstrou-se interessado em ajudar.
Outro cuidado que se deve tomar, é quando se faz uma investigação e
deixa-se a responsabilidade das fotografias, filmagem e gravação com
apenas uma pessoa. Tenham sempre, pelo menos, dois companheiros
fazendo o mesmo serviço. E ainda que tomemos estas providências, às
vezes um gravador pode falhar, um filme se velar, uma filmadora de vídeo
pode ficar sem bateria… Em outros casos, alguém mais disposto se
oferece para contatar uma testemunha importante e pode acontecer
que, de repente, a mesma pessoa fique assustada e não queira mais falar
sobre o assunto, alegando que era tudo falso. Se somos pegos despreve-
nidos, podemos até acreditar, a depender da fé e confiança que o outro
conseguiu angariar conosco ou com o grupo.
Uma coisa importantíssima para os ufólogos – e estou colocando isso
para os que estão se iniciando – é poder e saber fazer um bom trabalho de
relações públicas ou lobby, como dizem os empresários, para podermos
conseguir fontes discretas e contatos que podem ser importantes na
pesquisa. Essas fontes na polícia, nas Forças Armadas, em empresas,
universidades e entre jornalistas, etc, devem ser altamente confiáveis. É
necessário que sejam pessoas com as quais possamos fazer um tipo de
amizade com um misto de cumplicidade. Gente que comunguem nossas
idéias e que, quando chegado o momento, traga sozinha a informação que
precisamos sem que necessitemos pedir-lhe. Agora, sobre todas as coisas,
mesmo que alguns dados não possam ser divulgados para não compro-
meter a fonte, devemos preservá-la até entre nossos companheiros,
omitindo sua identidade –, que pode sentir-se constrangida se mais pesso-
as souberem que tem tais informações.
Não podemos trair sua confiança pois, na pior das hipóteses, podemos
colocá-la em situação de perigo. E na melhor, perdermos nossa fonte de
informação e amizade. Digno de lembrar sobre isso é o que aconteceu com
os militares de alta patente que aceitaram dar seus depoimentos sobre o

282
Verdades que Incomodam

Caso Varginha, em áudio e vídeo. Para preservá-los – e quem sabe salvar suas
vidas –, por enquanto essas declarações devem permanecer ocultas, porque
são informações que se forem reveladas, mesmo sem citar nomes, facilita-
rão às Forças Armadas descobrirem a identidade de quem vazou, com
conseqüências graves para eles.
Está claro de que estamos travando uma luta desigual. A parafernália
tecnológica dos militares – microfones dirigidos, grampos telefônicos, detec-
tores, escuta, interceptação de comunicações via satélite, etc – são uma pálida
amostra do poder de fogo que eles possuem. Além de serem treinados para
esse tipo de trabalho, perante o qual, temos que reconhecer, não poderíamos
combater de igual para igual. Mas em todo caso, vale lembrar como analogia
uma história contada pelo veterano pesquisador Húlvio Brandt Aleixo, de Belo
Horizonte (MG). Em certa ocasião, em que tinha aumentado a incidência
ufológica com casos de perseguição e tentativa de seqüestro de agricultores
da região do Rio das Velhas, próximo a Belo Horizonte, um peão contou,
enquanto estava sendo medicado de profundos cortes com arame farpado no
peito e um colega apresentava uma perna fraturada, que as luzes apareciam ao
entardecer, parecendo uma estrela no alto do morro.
“Nós estávamos assustados porque em duas oportunidades tenta-
ram segurar nossos companheiros com uma espécie de garras de onde
saíam luzes. Um deles se salvou por estar com a camisa aberta, pois as
garras pegaram em sua roupa e ele conseguiu se soltar. Nós tínhamos
observado que as luzes diminuíam como se estivessem indo embora,
apagando-se. Quando pensávamos estar a salvo, os UFOs de repente
acendiam o facho em cima de nós e queriam nos pegar. Então descobri-
mos que quando as luzes se apagavam, demorava uns três segundos até
chegar sobre nós. Aí a gente contava até três e corria para os lados. Quan-
do o ‘bicho’ tentava pegar, não tinha ninguém, daí o motivo de muitos
terem se ferido nas cercas ou caído em poços.”
A lição que podemos tirar deles é a seguinte: reparem que agriculto-
res ignorantes e talvez até analfabetos, na maioria das vezes, conseguiam
driblar entidades e equipamentos de uma civilização superior, pelo
menos tecnologicamente. Tudo isso narrado no clássico estilo matuto,
que presta maior credibilidade, já que não fantasiavam o assunto nem
tinham a menor idéia do que era aquilo. Por isso, às vezes penso que em

283
Biblioteca UFO

algumas ocasiões, quando estamos de sobreaviso, também podemos


driblar nossos amigos curiosos agindo mais ou menos como matutos.
Mas jamais devemos pensar em entrar em confronto direto, pois os
resultados seriam desastrosos – para nós, evidentemente. Só podemos ir
adiante com todo o cuidado e nunca menosprezar nossos inimigos. É
preferível se fingir de bobo do que querer bancar o espertinho, porque na
hora em que eles decidirem jogar duro não teremos a mínima chance.
Esperamos, ou pelo menos desejamos firmemente, que esse dia não
chegue nunca, pois ainda tenho muito apreço por minha pele, embora na
minha idade o que vier daqui para frente é lucro.
A atitude mais coerente seria sempre procurar as vias diplomáticas e
jamais enfrentá-los abertamente, pois poderíamos ser confundidos com
marginais, com conseqüências fáceis de se prever. Evitar lugares suspei-
tos, a menos que tenhamos testemunhas ilibadas e as situações de uma
investigação nos levem a isso, e nunca deixar cartas, arquivos e anota-
ções em qualquer lugar. Se temos alguma coisa importante que possa
ser dividida (negativos, fotografias ou fitas de gravação) devemos distri-
buir cópias em diversos lugares, sendo cuidadas por várias pessoas.
A esse respeito lembro de um filme contendo 40 slides da Lua perten-
centes aos arquivos da NASA, que o major Hans Petersen, da Força Aérea
da Dinamarca, me remeteu há mais de 20 anos. Isso não era apenas uma
cortesia do major, mas um de seus seguros de vida, já que ele deve ter feito
a mesma coisa com muitos outros ufólogos. Por que? Ora, se estivesse
apenas em seu poder, poderia sofrer um assalto e até ser morto por bandi-
dos. Além disso, o filme desapareceria, voltando às mãos ou arquivos de
onde saiu. Entretanto, se houvesse um grande número de cópias espalha-
das pelo mundo todo, não poderiam sair matando a torto e a direito para
conseguir todas os exemplares que, ao que parece, também se foram
reproduzindo… Dessa forma, ele – que já teve seu escritório e sua casa
assaltados diversas vezes – poderia ficar um pouco mais tranqüilo, pelo
menos no que diz respeito às fotografias, que não se perderiam como
tantas outras em todo o mundo, em todos esses anos.
Por tudo isso aqui exposto, faz-se necessário e urgente que nossas atuais
fontes – além daquelas que, antes que possamos imaginar, venham engrossar
fileiras na Ufologia – se esforcem ao máximo, tanto no Brasil como no resto do

284
Verdades que Incomodam

mundo, para nos fornecer informações que, pelo que vemos, tornaram-se
vitais para sobrevivência da Humanidade.
Os órgãos de segurança e os militares em geral, acostumados com um
país como este – apesar dos problemas que todos conhecemos e que fazem
parte do nosso cotidiano –, se encontram desnorteados e confusos ante uma
situação totalmente nova, que extrapola tudo o que já vivenciaram e lhes foi
ensinado. E não é para menos e podemos compreendê-los. Agora, por sorte,
vem surgindo uma nova consciência que pode mudar as coisas, e a prova
disso está naqueles que, livremente, já procuraram nossos companheiros e
prestaram depoimentos importantíssimos. E sei que muitos outros também o
farão em nome da brasilidade que pauta suas vidas e a de todos nós.

Perfil de um espião
Provavelmente, o espião chegará até você através de amigos ou se
aproximará em algum evento ufológico, puxando conversa de curioso ou
interessado no assunto. Visará, obviamente, sentir até que ponto você sabe e
conhece sobre UFOs, e se pode ser um candidato em potencial a ser observa-
do. Na maior parte das vezes, essa conversa é apenas para exaltar o seu ego. Já
que se aproximou, isso indica que sabe bastante a seu respeito. Se você
participa ou dirige algum grupo, ele vai pedir – com muito jeito – para freqüen-
tar suas reuniões, de onde poderá colher mais subsídios. Com certeza, quando
chega até você, já pesquisou a fundo sua vida profissional ou privada. Assim,
muitíssimo cuidado em não se abrir com qualquer um.
Se você já tem algum renome na área das pesquisas, dissimuladamente,
ele vai puxar assuntos demonstrando um pequeno conhecimento ufológico, e
demonstrará bastante cultura para usar como isca e tentar que seja você que o
convide para participar. Então, quando você o convidar, vai alegar muitos
afazeres e, polidamente, declinará o convite, porém deixando a promessa de
que assim que folgar irá procurá-lo – é o velho jogo da sedução… Se consegue
entrar para o grupo, vai demonstrar alto sentido de colaboração desinteressa-
da, ganhando a simpatia de todos, e os laços de amizade ficarão maiores. Aos
poucos, possivelmente, você mesmo acabará convidando-o para visitar sua
casa e bater longos papos sobre o assunto, ganhando de vez sua confiança.
Para isso, talvez lhe faça confidências e deixe escapar que tem um conhecido

285
Biblioteca UFO

que pode saber de coisas interessantes. Se você é do tipo que faz anotações no
rodapé de seus livros, ele pode descobrir, nas dicas que ali esconde, o famoso
‘pulo do gato’: pensamentos que você não faria abertamente para ninguém.
Não se espante, porque ele é uma pessoa treinada para descobrir pequenos
indícios que levam ao todo.
Se por acaso cair em suas mãos um caso daqueles, cuidado! Não seria de
se estranhar que depois de você se abrir ou comentar algo com ele, ao chegar
no local da pesquisa se deparasse com pessoas que não estão mais dispostas
a falar ou que neguem, sumariamente, os acontecimentos, alegando um
engano. E se houver provas ou materiais que você possa obter para analisar,
revelar fotografias ou necessitar de um exame específico, com certeza vai ter a
pessoa certa para isso, que não vai lhe cobrar nada. Pode apostar que as provas
vão se diluir, as fotografias, ‘por erro seu’, vão sair veladas e as análises vão ser
absolutamente banais, não aparecendo nada do que você esperava.
Em 1973, um professor do Departamento de Geociências da Universida-
de Federal da Bahia (UFBA) recebeu em mãos 1,5 kg de pedras recolhidas de
um local onde aterrissara um UFO. Naquela época, não se utilizava a palavra
UFO, muito em uso na atualidade. Antes se dizia Oani ou Ovni, mas num
cantinho da página onde fazia anotações ele escreveu UFO e sublinhou: eu
estava lá e vi. Pelo telefone, dias depois, falou numa porção de indícios real-
mente interessantes, mas quando pedimos um laudo por escrito, o professor
solicitou mais uns dias para nos entregar o documento. Na data marcada,
retornamos ao seu gabinete e ele nos recebeu friamente. Quem éramos nós?
O que queríamos com ele? Mantendo a educação a duras penas, responde-
mos que vínhamos para pegar o laudo prometido, e ele simplesmente disse
que não sabia de nada, que nunca tinha nos visto antes e que não se interessa-
va por esse tipo de coisa! Atrás de sua mesa estava a caixa de papelão com
nossas amostras, e quando ponderamos, ele afirmou, quase que grosseira-
mente, que aquilo pertencia a um colega seu.
Para compreender melhor este contexto, devemos acrescentar que
este senhor – segundo fontes fidedignas de quem o conhece e, sobretudo,
a sua falta de caráter – teve um relacionamento muito íntimo com as forças
da repressão durante os negros anos da ditadura. Não sinto nada por ele, já
que seria muito pequeno de minha parte. O que me incomoda realmente é
ter caído nesta armadilha, passando recibo de principiante. Em todo caso,

286
Verdades que Incomodam

vamos fazer valer o lado positivo de tudo isso, aprendendo a lição… Quis
colocar esse mau exemplo, embora existam vários, para alertar os que se
iniciam na luta. Repito, como fiz antes, que todo cuidado é pouco. Eviden-
temente, não vamos entrar na paranóia e duvidar de todos que se aproxi-
mam de nós. Mas um velho ditado diz que “seguro morreu de velho e o
desconfiado ainda está vivo…”

Observações
Após a extinção do famigerado Serviço Nacional de Informações (SNI),
um novo órgão responsável pela ‘arapongagem’ foi criado em seu lugar. A
Subsecretaria de Inteligência (SSI) começa sua trajetória com bastante
modéstia, se comparada à sua antecessora, que tinha 4.000 funcionários e
15.000 informantes. A SSI tem uma verba inicial de R$ 24 milhões, 900
agentes efetivos espalhados pelo país, além de um número não revelado de
colaboradores – os tais informantes. Para estes últimos, os pagamentos
saem da chamada ‘verba secreta’, para a qual não são exigidas comprova-
ções de despesas. A área possui, além de 16 hectares, dezenas de prédios
que pertenceram ao SNI e onde funcionam hoje o Centro de Operações, o
Centro de Pesquisas, uma escola para cursos especiais ministrados aos
agentes, um estande de tiro, a diretoria da entidade e o Centro de Inteligên-
cia. Seu atual diretor é o general Alberto Cardoso, chefe do gabinete militar
da presidência [Fonte: Revista Isto É, 18 de fevereiro de 1998].

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Biblioteca UFO

288
Verdades que Incomodam

Capítulo 14

Após o Contato

“O pessimista se queixa do vento. O otimista


espera que ele mude. O realista ajusta as velas.”
– William George Ward,
teólogo inglês

C
aso ocorra o tão esperado contato oficial, o que será que poderia
acontecer? Esta situação, hipotética ou não, resulta muito mais com-
plexa do que podemos ou poderíamos imaginar ou desejar. São muitas
implicações variáveis que podem ser analisadas, e é provável que muitos
poucos tenham meditado sobre isto. Aliás, é muito mais cômodo imaginar
que todos os problemas do mundo seriam resolvidos num estalar de dedos, as
doenças erradicadas, todo mundo feliz, etc, não é verdade?
Hoje, os ufólogos são um pouco como os maquis, aqueles soldados ou
civis franceses, heróis da resistência contra os alemães na 2ª Guerra Mundial.
Também são um pouco soldados do inconformismo ante as situações criadas
– mas por nós, pelos ETs ou pelos governos? A resposta mais fácil seria a última
alternativa. Tudo bem, os governos de qualquer país, e principalmente dos
EUA, pelos mais variados motivos e situações se empenharam em fazer sigilo,
transformando-o na sua razão maior. E para manter a política de acoberta-
mento vale tudo. Até o silêncio definitivo daqueles que os importunam e com
suas bisbilhotices se aproximam demasiadamente da zona proibida, onde a
verdade estava escondida. E o maior pecado é não apenas saber, mas falar e
sermos ouvidos. Isso é uma séria ameaça para o sistema.

289
Biblioteca UFO

Sabemos, como já foi dito, que não foram poucos os que tombaram
nessa guerra através de acidentes suspeitos, suicídios mal explicados ou
doenças que inexplicavelmente cobravam suas vítimas com infartes, derra-
mes ou canceres fulminantes. Assim, foram sendo levantadas vozes – primeiro
murmurantes –, que depois, paulatinamente, se tornaram altissonantes,
atemorizando os modernos inquisidores – arautos do silêncio e das trevas. O
pior de tudo é que começaram a emergir depoimentos e denúncias de ex-
militares ou integrantes das forças de segurança, e até de alguns cientistas
com a descoberta de acordos e tratados desse governo com uma nação ET,
evidenciando monstruosidades e descobrindo os altíssimos custos pagos pela
Humanidade por causa desses conluios. Os órgãos de segurança recomeça-
ram sua macabra missão, perseguindo e até silenciando os subversivos que
ousaram desafiá-los.
Isso é ou poderia ser história antiga. Os rebeldes visionários, de repente,
podem ver chegar o dia em que os acontecimentos demonstrem quem estava
certo ou errado. Então, vamos supor, que o maior evento da história da Huma-
nidade finalmente aconteça. Aí temos a grande incógnita. Esses rebeldes
serão então reconhecidos como heróis, os autênticos defensores da verdade,
que enfrentando todos os perigos foram em frente nas suas pesquisas? Ou
pelo contrário, a depender de qual nação ET se aproxime, seremos acusados
de traidores, de colaboracionistas ou apenas tachados de reacionários noci-
vos aos interesses do planeta Terra? E então?
A história da Humanidade está cheia desses exemplos esdrúxulos. E se
os que nos contatarem forem os greys e a civilização subjugada? De que
seremos acusados? Se tiverem tempo de alguma coisa, qual seria a reação?
Isso falando dos pesquisadores e dos ufólogos que sempre batalharam pela
verdade – seja ela qual for –, sem fanatismos ou sectarismos. Mas o que
poderia acontecer aos abduzidos e contatados e suas histórias? No caso
especial dos contatados, que afirmam receber seres messiânicos ou angelica-
is, transmitindo suas palavras de amor pela Humanidade, se os que chegas-
sem fossem esses seres de luz, então eles seriam enaltecidos e talvez promovi-
dos a sacerdotes de uma nova religião, quem sabe. Mas se fossem os reptilia-
nos ou greys, como ficariam? Poderiam talvez ser apedrejados ou coisa pior...
Realmente, esta é uma situação que não gostaria de ter que enfrentar.
Tudo pode acontecer, de bom ou de ruim, mas não creio que seja fácil nem

290
Verdades que Incomodam

para os contatados, abduzidos ou ufólogos. Em todo caso, a Inquisição –


que já matou e torturou centenas ou milhares de pessoas em nome do amor
e da religião – poderá ser ressuscitada. Ou, quem sabe, será criada uma nova
inquisição, desta vez com maiores requintes de crueldade, e se tomará
providências contra os hereges que duvidaram do poder dos ETs ou milita-
res? Tanto uns como outros podem acabar tendo o mesmo trágico fim. Na
realidade, falando apenas como ufólogo, tenho a impressão de que no dia do
contato definitivo vamos sentir como se a Terra tivesse se aberto embaixo dos
nossos pés. A experiência vivida por nossos silvícolas é mais do que forte e
difícil de esquecer. Caso contrário, se é como alguns dizem, o contato já
aconteceu em diversos níveis. Então, simplificadamente falando, vamos
optar por deixar tudo como está para ver como é que fica...

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Biblioteca UFO

292
Verdades que Incomodam

Capítulo 15

A Mais Incômoda
das Verdades

“Os UFOs vêm de uma civilização que


deixou a Terra há 20.000 anos e agora volta
às origens para ver como estamos.”
– Albert Einstein

E
m muitos depoimentos de testemunhas, não importa se em estado
normal, de vigília ou sob efeito de regressão hipnótica, encontramos
alguns detalhes que ferem gravemente os conceitos da nossa ciência
ortodoxa. Como exemplo podemos citar os alienígenas que atravessam
paredes, telhados, vidraças e raptam suas vítimas, levando-as da mesma
forma, mas em corpo astral. “Só senti uma vibração estranha em todo o
corpo”, descreve uma das testemunhas referindo-se à hora de atravessar uma
parede. “A bola de luz se deslocou lentamente após traspassar a porta e se
transformou em um alienígena... Quando saí com o ET, ainda pude ver meu
corpo repousando naturalmente na cama junto ao meu marido, que dormia
profundamente.” Seqüência de depoimentos em que os abduzidos se vêem
flutuando no ar e um instante depois estão dentro de uma nave alienígena ou
de volta aos seus quartos. “Após percorrer o corredor, cheio de uma luz verme-
lha, me senti flutuar e em seguida estava dentro de casa. Não sei como isso
foi feito. Os três indivíduos passaram pela porta do quarto, sem abri-la”,
conta a senhora Becker. Luzes que transformam um corpo sólido em transpa-

293
Biblioteca UFO

rente. “Quando olhei para o meu carro, ele estava totalmente como sendo de
vidro. Podia-se ver o interior do motor, do porta-malas e da minha pasta de
documentos,” afirma Onilson Pátero.
Além disso, o tempo e o espaço parecem não corresponder aos nossos
parâmetros. O cabo do Exército chileno Armando Valdéz, após desaparecer
ante os olhos de sete soldados que o acompanhavam, reapareceu quinze
minutos depois. Seu relógio marcava cinco dias adiante, e seu rosto, que tinha
sido escanhoado horas antes do episódio, se apresentava com a barba cresci-
da como se de fato tivesse sido decorrido este tempo. Os soldados, em seus
depoimentos ante as autoridades, declararam que quando duas luzes estra-
nhas apareceram, o cabo adiantou-se para investigar o fenômeno e, de
repente, a luz o envolveu dando sumiço nele. Outras pessoas desapareceram
em média por duas horas, que é o tempo que normalmente as lembranças
somem de suas memórias. Mas as experiências vivenciadas com os alieníge-
nas demonstram que as vítimas estavam ou estiveram com eles por muito
mais tempo, se aceitarmos seus depoimentos .
Durante o processo de abdução, notamos em primeiro lugar, a partir do
rapto, a subida ou deslocamento até a nave, a introdução na mesma e a passa-
gem por alguns compartimentos. Tais fatos ocorrem como se dessa forma os
aliens tentassem descontrair a pessoa. Alguns dos ambientes parecem vazios e
outros cheios de aliens em atividades desconhecidas. Lá, eles demoram mais
tempo, como se quisessem mostrar suas instalações aos visitantes. É possível
notar – segundo os relatos dos abduzidos – que os mostradores são parecidos
com nossos computadores e há estantes com recipientes que aparentam
conter fetos. Além disso, a retirada das roupas das vítimas ocorre algumas vezes
depois de discussões (entre eles) sobre terem ou não o direito de fazer aquilo.
Em seguida, os seres introduzem nos abduzidos aparelhos de sondagem
em seus orifícios corpóreos e realizam exames apurados. Nesta fase é que
aparece, como que do nada, um ser superior hierárquico que às vezes tem a
aparência mais velha que os outros – em alguns casos, pode surgir uma
fêmea. Porém, ambos identificados como sendo comandantes ou controla-
dores da nave. As testemunhas contam que estes seres superiores possuem
olhares penetrantes que miram direta e profundamente suas vítimas (que não
conseguem evitá-lo), como se estivessem lhes ‘arrancando’ seus pensamen-
tos e dando a impressão de que nada pode ser escondido deles.

294
Verdades que Incomodam

Depois disso, a vítima é levada até onde ficaram suas roupas e passa
novamente por alguns dos compartimentos já visitados anteriormente. Em
seguida, é transportada para a saída da nave e volta para casa onde se encon-
trava antes da abdução. Parece-nos que isso deva levar bem mais que duas
horas, a não ser que aconteça algo semelhante a uma distorção espaço-
temporal provocada ou acontecida naturalmente por causa dos seus métodos
de propulsão, ou ainda pelo fato de estar ocorrendo em outra dimensão. Além
disso, vemos que os alienígenas podem manipular a matéria – coisa que pode
parecer absurda para os nossos conhecimentos atuais das leis físicas –,
diminuindo ou aumentando o tamanho de uma nave e de seus tripulantes ao
bel prazer… “Isso não existe!”, se indignarão os mais afoitos.
Quanto a atravessar a matéria, pelo menos teoricamente, isso poderia
ser compreendido. Se os átomos se movimentam soltos num determinado
meio de coesão, outros poderiam interpenetrá-los, como água ou gás
dentro de um recipiente cheio de grãos de areia. Nesse caso, os átomos dos
corpos, vibrando numa determinada seqüência, poderiam atravessar os
espaços vazios entre aqueles que aglutinam a matéria de um muro, sem
perigo de esbarrar… Mas e a redução de massa? Isso poderia interagir com o
tempo e com o espaço, curvando-os ora num sentido para frente e ora para
trás, ocasionando assim aberrações parabólicas espaço-temporais. Os
cientistas terrestres se preocupam, muito seriamente, em pensar e pesqui-
sar com todo afinco se é possível viajar no tempo através do espaço. Embora
nenhum cientista admita, nem ao público e muito menos à Imprensa, que
esse assunto é verdadeiramente fascinante.
Desde o final da década de 80, o físico Kip Thorne, do Instituto de
Tecnologia da Califórnia, trouxe à tona o wormhole, que significa ‘buraco de
minhoca.’ Segundo essa teoria, o buraco de minhoca nada mais é do que
uma espécie de túnel que pode existir no Universo, cumprindo a função de
um atalho cósmico e ligando locais muito distantes entre si – considerando-
se a distância conforme a curvatura do espaço, tal como a conhecemos.
Dessa forma, o wormhole uniria estes pontos através de uma suposta linha
reta ou túnel, pelo qual o viajante poderia chegar praticamente no mesmo
instante a lugares que ficam anos-luz de distância pelo percurso normal.
Assim, encurtaríamos não apenas o espaço, mas o tempo. Os cálculos
realizados sobre estes projetos envolvem a curvatura do tempo, a teoria da

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Biblioteca UFO

relatividade e cálculos de bilhões de contas que só o emprego de supercom-


putadores podem torná-los viáveis. E para não deixar dúvidas, testando e
comprovando os mesmos exaustivamente.
A possibilidade de viagem no tempo é real e está sendo estudada com
extremo cuidado, já que os atuais conhecimentos da Física podem não ser
suficientes para resolver todas as dúvidas que ainda existem a esse respeito.
As teorias de Kip Thorne e seus colaboradores, Michael Morris e Ulvi Yutsever,
envolvem também a espuma quântica, o espaço flexível e a gravidade
negativa, que embora teóricas, como já dissemos, são possíveis. Isso é só
para termos uma vaga idéia do que os ufonautas podem fazer e o quanto
estão à nossa frente. Como se fosse pouco, encontramos evidências de que
possivelmente os alienígenas possam manipular e até modificar o espírito do
ser humano à sua vontade.
Mas qual é esse desejo e onde ele nos leva? Será que cabe nesse contex-
to lembrarmos de uma pesquisa histórica da tribo dos índios Masai, na
África, que nos remete – assustadoramente – a uma analogia com o que
acabamos de considerar? A tribo dos Masai cria rebanhos de gado que lhes
brindam com a proteção contra os chetahs e os leões nas savanas, e que
durante a noite são reunidos junto à aldeia. O gado sobrevive graças à prote-
ção dos homens, que em troca usufruem do seu leite para se alimentar e de
pequenas sangrias que são realizadas periodicamente nos animais. Este ato
não os prejudica, já que os Masai aproveitam as proteínas do sangue que
bebem e assim não precisam sacrificar o rebanho.
Alguns abduzidos narram ter visto dentro das naves alienígenas corpos
humanos como que em estado de hibernação. E os relatórios da Base de
Dulce falam de centenas ou milhares de corpos armazenados nos subterrâne-
os, assim como recipientes contendo órgãos humanos. “Porque os aliens
precisariam de proteínas humanas (sangue, óvulos e esperma) para reforçar
sua alimentação.” Por outro lado, encontramos, principalmente no livro de
John Mack, depoimentos de abduzidos que afirmam ter descoberto que em
determinado momento de suas vidas, encontrando-se seriamente doentes,
seu espírito teria sido retirado dando lugar a uma alma alienígena.
Essas testemunhas descrevem o esforço realizado para se adaptarem ao
novo corpo físico, prosseguindo sua existência dentro dele, porém sendo um
alienígena. Outros, ainda que não fique claro como aconteceu, dizem que em

296
Verdades que Incomodam

existências passadas eram alienígenas que por alguma razão teriam escolhi-
do encarnar como seres humanos para levarem adiante algum tipo de missão
conscientizadora. A teoria cármica diz que alguns espíritos que teriam contas
a pagar, adquiridas em outra vida, pediriam para reencarnar dentro da família
de um grande desafeto, a quem teriam feito muito mal. Assim, acreditam que
suas chances de se redimir aumentariam. Também segundo tal teoria,
alguém que dilapidasse bens fazendo sofrer seus semelhantes voltaria pau-
pérrimo numa outra encarnação, para sentir na pele o sofrimento dessas
pessoas, ou ainda que grandes espíritos do bem retornariam para seguir sua
tarefa purificadora na Terra, levando a palavra de Deus aos que precisam.
Outros afirmam ter descoberto sua porção alienígena, chegando até a
participar ativamente, quando abduzidos, de experiências com humanos. Um
deles descreve de forma chocante e realista sua experiência na hora de copular
com uma mulher terrestre a bordo de uma nave, demonstrando que o proces-
so, embora biologicamente semelhante, possuía algumas diferenças. Antes
de prosseguirmos, é necessário destacar que nestas pessoas – submetidas a
testes rigorosos para descobrir prováveis desajustes mentais – não foi possível
classificar nenhum tipo de perturbação no aspecto psicológico, mesmo que
alguma vez em suas vidas elas tivessem sofrido algum tipo de ataque sexual
[Como alguns cientistas da área de saúde mental querem demonstrar].
Tais pessoas chegam a descrever, com lágrimas nos olhos e visivelmen-
te perturbadas emocionalmente pelas lembranças, que este não era seu
mundo, que amavam fêmeas alienígenas e que as vibrações na outra dimen-
são eram muito mais suaves e próximas do Criador. O que podemos ou
devemos pensar disso? Tudo que dissemos acima tem a ver com a doutrina
espírita, que em sua literatura oferece explicações sobre reencarnação, mais
ou menos nos mesmos moldes. São espíritos que escolhem sua próxima
missão, trazendo ensinamentos e realizando curas de todo o tipo. Será que
está acontecendo um erro de interpretação de informações, misturando ETs
com espíritos, ou é tudo a mesma coisa, apenas com rótulos diferentes de
acordo com a ótica de pessoas de diversas correntes religiosas? Mas uma
confusão dessas acontece assim, mesmo que os investigadores professem
qualquer outra filosofia religiosa ou que sejam ateus? Este é sem dúvida o
campo mais minado desta problemática alienígena e no qual devemos
caminhar com cuidados redobrados.

297
Biblioteca UFO

Ao que parece, pelo menos o bom senso assim o determina, quase todas
as religiões possuem dogmas parecidos, metas semelhantes e uma crença
comum a todas no que se refere à vida após a morte – seja no céu, no paraíso,
no limbo ou no inferno, conforme os rótulos, como já dissemos, e os méritos
de cada um. Os espiritualistas falam da evolução da alma através de sucessi-
vas encarnações, sendo que este ciclo é como uma escola que vem seguida
pela universidade, onde cada vida seria um período de estudos. Durante estes
estágios, passamos ou reprovamos de ano, de acordo com nossas capacida-
des e atitudes. E nossa formatura ocorreria algum dia, quando nosso espírito,
suficientemente evoluído, chegaria junto ao Criador. Outros falam que somos
descendentes dos Exilados de Capela, uma raça de criminosos despejada
num planeta-prisão, onde estaríamos até hoje…
Jesus Cristo pregava que o seu reino não era deste mundo e que na
casa do Pai existem muitas moradas. Dentro de minha leiga ignorância,
não consigo perceber diferenças capitais no que se refere ao fato de que
devemos ser bons para evoluirmos em qualquer religião ou filosofia e
assim chegarmos mais perto do Criador. Caso contrário, seremos de
alguma forma penalizados. Os textos sagrados falam de grandes batalhas
entre anjos e demônios. Lúcifer era também um anjo, mas teria questiona-
do o poder divino e por isso fora combatido pelas hostes da luz até os dias
de hoje. Por acaso isso não lembra a possível guerra entre os ETs que já
estão aqui e os que se aproximam de nosso planeta, combatendo com
armas impensadas e semelhantes às espadas flamejantes dos anjos de
Deus que expulsaram Adão e Eva do Paraíso? Mais uma vez nos encontra-
mos com a eterna dualidade do bem e do mal, da luz e das trevas, etc.
Parafraseando o notável Erich von Däniken, poderíamos simplesmente
perguntar: serão os anjos alienígenas? Se aceitarmos como verdadeiras as
palavras dos textos sagrados, podemos supor que a frase “vamos fazer o
homem à nossa imagem e semelhança” foi pronunciada por algum
cientista extraterrestre prestes a fazer uma clonagem?
A lista de perguntas é tamanha que não comportaria nestas páginas
– nem esse é o propósito deste trabalho –, mas seria bom ler diversas
obras e escritos sagrados de várias tendências ou religiões, com o espíri-
to isento, para nos imbuir da mentalidade acética de um cientista, olhan-
do e analisando tudo de longe para adquirir uma perspectiva melhor.

298
Verdades que Incomodam

Acho que é por aí. Em todo caso, o que perderíamos com isso? Penso que
nada. Muito pelo contrário, ajudaria e muito o nosso intelecto, reforçan-
do nossos conhecimentos e cultura.

Enviados, profetas ou aliens?


Deveríamos acreditar em profecias ou pelo menos levá-las a sério? E o
que isso tem a ver com Ufologia? Há coisas que resultam estranhas, irrecon-
ciliáveis com o que chamamos de ciência. Mas estão aí e também incomo-
dam! Das profecias de Nostradamus, falando do final dos tempos, quase
todo mundo conhece ou pelo menos ouviu falar. Profecias tremendamente
herméticas e confusas que, muitas vezes, se confirmam depois do fato
consumado. Em seu emaranhado de palavras tenta-se encaixá-las entre si
de forma que expliquem situações conhecidas.
Entre os diversos textos proféticos, os mais conhecidos são as Profecias
de São Malaquias, São Marcos, São Mateus e São Lucas, sendo que no
Apocalipse de São João, escrito na Ilha de Patnos, no ano de 96 da nossa era,
se evidencia a antecipação das descobertas na área nuclear. Neste livro, o
último do Novo Testamento, são incluídas as visões dos profetas. No epílo-
go, Jesus diz ao seu seguidor evangelista: “Não escondas as palavras deste
livro porque o tempo está próximo.” Além destes profetas temos o que nos
revela o Calendário da Grande Pirâmide de Quéops, o Livro dos Mortos do
Antigo Egito, que entre outras coisas fala em uma de suas partes em “...escu-
dos e anéis de fogo que passeiam no céu.”
Mas falemos mais alguma coisa sobre Nostradamus. Michel de Nostra-
dame nasceu em Saint-Remy-de-Provénce, em 14 de outubro de 1503, e
previu com dez anos de antecedência, além do que citam as famosas centúri-
as, o dia e as circunstâncias de sua morte, que aconteceu em 2 de julho de
1566. Além de astrólogo, mágico, alquimista e astrônomo, foi sobretudo um
místico. Nostradamus explica que redigiu suas previsões dessa forma velada
“porque é essa a harmonia das escritas proféticas.” Entretanto, alguns
estudiosos de sua obra dizem que ele escreveu dessa maneira para não correr
sérios riscos de ir para a fogueira da inquisição, em plena época do obscuran-
tismo religioso. Não porque quisesse dificultá-las, e sim porque naquela época
não encontrava palavras para explicar, por exemplo, o que seria uma guerra

299
Biblioteca UFO

nuclear ou uma viagem do homem à Lua em naves espaciais. Ou quem sabe


ele seguisse o processo de deixar as coisas veladas propositadamente para
que somente fossem descobertas no tempo certo…
Encontramos também, entre outras dezenas de profecias, as de um
religioso chamado Angelo Roncalli, que se tornaria o popular papa João
XXIII, escritas nos idos de 1935, e nas quais encontramos rara clareza,
chegando a perturbar, ao serem descobertos nitidamente delineados,
personagens e fatos da ciência e política mundial, como por exemplo os que
aconteceriam mais de 20 anos depois [Fonte: As profecias de João XXIII, de
Pier Capri, Editora Difel, 1976]. Roncalli coloca em suas previsões fatos
reveladores, como a morte por assassinato dos irmãos John e Robert Ken-
nedy: “Tombará o presidente, tombará o irmão. Entre eles, o cadáver da
estrela inocente. Há quem saiba. Perguntai à primeira viúva negra e ao
homem que a conduzirá na ilha ao altar... Três dispararão no presidente. O
terceiro estará entre os três que ferirão o segundo.”
Alguma dúvida sobre quem são os protagonistas? E a estrela inocente? O
que dizer sobre as suspeitas de um caso amoroso entre os irmãos Kennedy e a
atriz Marilyn Monroe – que alguns afirmam que foi morta pela CIA ou FBI? E
sobre a viúva negra, obviamente a finada Jackeline, que casou-se com o
armador grego Aristóteles Onassis na Ilha de Scorpius? Outro detalhe que
parece confirmar ainda mais esta profecia é que na ocasião do crime de John
Fitzgerald Kennedy, a revista Life publicou uma fotografia na qual pode-se ver,
numa ampliação, o vulto de dois homens sobre um viaduto à frente do cortejo,
apontando rifles. O terceiro seria, na verdade, um agente da CIA, junto de uma
placa de trânsito, que teria feito o primeiro disparo com uma seta envenenada
disparada de uma arma em forma de guarda-chuva. Ou alguém desde a janela
do depósito de livros. Outra fotografia mostra, em sua ampliação, na porta do
depósito, na hora que o carro de Kennedy passa, uma pessoa que se asseme-
lha demais ao imputado Lee Harvey Oswald [Então ele não teria sido o autor
do primeiro disparo]. Por incrível coincidência, essa revista deixou de circular
por muitos anos após a publicação dessas fotos.
Mais adiante, João XXIII descreve a chegada do homem à Lua: “Homem
que desceste à Lua, cuidado. Tu a possuis agora, mas espelhada na cloaca
descoberta.” Referia-se possivelmente ao fato de que, quanto mais a Humani-
dade tenta subir, cada vez mais se aproxima de um mundo de ódio, racismo e

300
Verdades que Incomodam

degradação social e moral. Fala ainda que o tempo “...não é aquele que
conhecemos”, se aprofundando nas teorias de Einstein com a mesma natura-
lidade com que se expressa sobre os últimos dias da igreja, da morte do papa
sorridente João Paulo I – altamente suspeita –, ao atentado a João Paulo II na
Piazza de San Marco, sobre a queda do Muro de Berlim e sobre UFOs:
“Sempre mais numerosos os sinais. As luzes no céu serão vermelhas,
azuis e verdes, velozes. Crescerão. Alguém vem de longe e deseja encontrar
os homens da Terra... Encontros já ocorreram. Mas quem viu verdadeira-
mente se calou. Se uma estrela se apaga, já está morta. Mas a luz se aproxi-
ma de alguém que morreu e retorna... Nas cartas do subterrâneo de ferro de
Werner [Seria von Braun?], sempre secretas, a resposta ao descoberto. O
tempo não é aquele que conhecemos… Bem vindo, Artur, rapazinho do
passado. Tu serás a prova….” Poderíamos ousar dizer que João XXIII era um
fanático, um ufólogo ou ufólatra incontido, ou talvez um contatado abduzido?
Confesso que não teria coragem de rotulá-lo.
Ele diz claramente que houve encontros entre os homens e entidades
provavelmente extraterrestres, provenientes do espaço exterior. Assim
como se refere à descoberta de vida e de mundos paralelos em que o
homem conseguiu penetrar. Diz que “...o tempo não é aquele que conhece-
mos”, deixando nas entrelinhas a possibilidade da reencarnação. Por
último diz “bem vindo Artur, rapazinho do passado.” Esta seria a prova
concreta dos mundos paralelos ou de outras dimensões, teorias que
finalmente acabariam sendo aceitas pela Ciência. E até se pronuncia sobre
doenças incontroláveis e o meio ambiente: “Os homens calculam morrer.
E após a carestia, a peste. Deus desencadeou a guerra na natureza para
impedir a guerra dos homens… O tempo está próximo.”
Parece-nos que há uma nítida referência à AIDS e ao descalabro ecológico
que provocamos, recebendo como resposta à fúria da natureza. São mudanças
climáticas conturbadoras, secas, inundações, tufões e maremotos, como o que
provocou mais de 8.000 mortes na costa norte de Papua Nova Guiné. E na
mesma estrofe ele deixa claro que nesta época a Igreja não terá um papa
comandando: “E a mãe não tem pai, porque muitos são os que querem ser o
seu pai. E dois são sustentados pelos contendores”, numa clara referência a
dissidências e intrigas palacianas no Vaticano, o que aparentemente já vem
acontecendo há algum tempo. Mais recentemente, Michael Drosnin, um

301
Biblioteca UFO

jornalista norte-americano que trabalhou para o The Washington Post, após


exaustivo trabalho de pesquisa e com ajuda científica, fez revelações preocupan-
tes. Numa entrevista cedida à revista Isto É, de 7 de janeiro de 1998, por ocasião
de sua visita ao Brasil, Drosnin conta, conforme seu livro O Código da Bíblia,
que o matemático israelense Eliyahu Rips teria descoberto que há 50 anos um
rabino tcheco encontrou indícios de um código secreto no Antigo Testamento. A
partir disso, Rips conseguiu na Biblioteca Nacional de Israel um exemplar do livro
escrito pelo rabino e passou a estudá-lo detidamente. Depois criou um progra-
ma específico de computador e conseguiu decifrar o código.
Com esse programa, Rips começou a analisar os textos sagrados e,
entre outras coisas, descobriu a previsão da morte do primeiro ministro
Yitzhak Rabin, um ano antes. Drosnin, de posse dessa informação, tentou de
toda forma alertar Rabin, mas evidentemente não foi ouvido, com o resulta-
do que conhecemos. Ele se define ante tudo como ateu e sobre a possibilida-
de de ter sido Deus o autor dos textos em código. Ele diz: “Alguma inteligên-
cia pode ter visto o futuro e o descreveu em código. Não sei se foi feito por
um computador ou para ser desvendado por um.” E acrescenta: “Mas se
uma máquina fez o código, com certeza foi uma mais potente do que as
que conhecemos, porque todos os computadores de hoje, mesmo traba-
lhando juntos, não poderiam criar um código tão complexo. Não sei quem
fez, mas não foi obra humana.”
Entre outras coisas, Drosnin diz, baseado em suas pesquisas, que haverá
a
uma 3 Guerra Mundial, e decorrente dela, o holocausto nuclear. Também
anunciou terríveis terremotos em Tóquio e Los Angeles, entre 2006 e 2010. A
esse respeito, não podemos esquecer que a grande maioria das profecias falam
do final dos tempos numa data aproximada e sempre conjugado à guerra
nuclear. Nostradamus previu o evento inicial em 1997 e o final em 1999… Se
lembrarmos dos diálogos mantidos pela abduzida Beth Andreasson Luca com
seus captores, eles dizem em repetidas ocasiões que “ainda não é o tempo de
saber”. De fato, as lembranças jamais afloraram na época das abduções natural-
mente, e sim muitos anos depois, durante os períodos de regressão hipnótica a
que foi submetida – como acontece com muitos abduzidos.
Assim mesmo, certas coisas produziram em Beth muitas dores de
cabeça e desconforto quando o terapeuta intentava aprofundar mais. Ou seja,
nada vinha à tona se não fosse o tempo certo de saber. Isto nos dá a impressão

302
Verdades que Incomodam

que existe um grande plano em andamento e provavelmente criado ou geren-


ciado pelos aliens, conforme fatos descobertos a partir de abduzidos pelo
professor e terapeuta John E. Mack. E Drosnin parece que repete essas pala-
vras, conscientemente ou não, quando em um trecho da sua entrevista diz:
“Os fatos vêm à tona quando realmente precisam vir.”
Três matemáticos norte-americanos criaram programas específicos
para provar que o código de Rips não existia. Entretanto, apesar dos esforços
realizados, nenhum deles conseguiu derrubar sua tese. Embora diversas
profecias sinalizem o ano de 1999, mais especificamente o mês de julho,
como o início do fim, outras dão como data o dia 11 de agosto do ano de 1998,
exatamente às 10:28 h, quando se daria um grande eclipse solar e o calor
abrasaria a Terra. Como vemos, isso não aconteceu... Alguns estudiosos da
temática crêem ver nessas afirmações a confirmação do tão propalado
holocausto nuclear. A política mundial dos últimos tempos tem passado por
altos e baixos. A distensão entre ex-URSS e EUA, com o fim da Guerra Fria, que
seria determinada por uma nação extraterrestre que possui suas bases na
Terra e é co-participante do Projeto Guerra nas Estrelas, parece sinalizar o fim
das guerras para não prejudicar projetos maiores.
Como vimos nas páginas anteriores, o aqui exposto pode fazer sentido.
Na realidade, uma guerra total não beneficiaria os ETs que aqui estão e muito
menos a espécie humana. Mas de repente novos problemas no Oriente Médio,
onde segundo as profecias teria início a batalha final, parecem jogar areia em
todos esses projetos e propósitos. Duas novas bestas do apocalipse irrompe-
ram no cenário mundial: Muamar Khadafi e Saddan Hussein, sem esquecer-
mos do Aiatolá Khomeini e os terroristas multimilionários que odeiam os EUA.
Tempos difíceis para Israel, Palestina, Jordânia, Egito e, em conseqüência,
para o mundo. Mil tentativas para promover a paz.
Durante os últimos anos, conforme dissemos antes, houve aparente-
mente uma diretiva – ou uma ordem – para acabar com os arsenais atômicos e
que tinha sido levada a sério, paulatinamente. Logo depois, Índia e Paquistão
detonaram duas bombas atômicas, quebrando assim, novamente, o frágil
equilíbrio da paz. Será que as profecias não se enganam? Uma notícia veicula-
da em 11 de julho de 1998 disse o seguinte: “Israel prevê uma guerra no
Oriente Médio. Relatório do Exército de Israel informa que aumentaram as
chances de uma guerra em 1999.” Essa avaliação considera o início da

303
Biblioteca UFO

batalha em meados de 1999, quando o presidente palestino Yasser Arafat


declarar um Estado palestino independente, caso as conversações com Israel
sobre o status final da Cisjordânia e Gaza não se concluam. Tornamos a
perguntar: será que as profecias têm razão? Que a coincidência de datas é
meramente casual? Confesso que gostaria muitíssimo de que no próximo
ano, ao reler este trabalho, pudesse dar boas gargalhadas…

A luz dos UFOs


“Vi uma nave, da qual saía um grande raio de luz. Essa luz tinha força...
Me elevava do chão... Mas não deu para me arrastar até ela…” Esta é uma
das partes do relato de Sebastian Acevedo, de Tandil, Buenos Aires, Argentina.
Um fato que tornou-se bastante comum foi a observação de UFOs durante a
noite em número mais elevado que as aparições diurnas. Vários fatores são
responsáveis por estes acontecimentos, principalmente se levarmos em
consideração que muitos desses avistamentos não passam de erros de
observação. Isto acontece desde 1947, quando se oficializou a Era Moderna
dos Discos Voadores e evidentemente fomos muito mais atrapalhados nas
pesquisas quando a casuística era a única coisa ou a principal ferramenta do
nosso trabalho. Mas isso não tira a validade dos casos noturnos verdadeiros, e
eles existem em inúmeros relatórios de pessoas acima de qualquer suspeita.
As observações de objetos luminosos noturnos só podem se tratar
de UFOs quando possuem características muito especiais que realmen-
te os diferenciam dos objetos comuns, como aviões, aeronaves de
qualquer tipo, satélites, meteoritos ou simples raios bola. Essas caracte-
rísticas deverão coincidir, ainda, com a ausência de vôos no local e hora
estipulados por parte de aeronaves conhecidas. Outra particularidade é a
análise de fenômenos luminosos decorrentes ou produzidos pelos
UFOs. É claro que, principalmente, além de tentar explicar a tecnologia
que poderia ser aplicada por eles na sua propulsão, serviria também para
questionarmos melhor as observações. Existem, por exemplo, diversas
fotografias de UFOs que parecem projetar um facho de luz intensa, com
características muito particulares:

1) O comprimento do facho é limitado, e isto se observa de relance.

304
Verdades que Incomodam

2) Pode-se regular, à vontade, seu tamanho, podendo recolhê-lo até a


mesma nave.

3) Onde é focalizado o facho podem acontecer ou não fenômenos


térmicos de concentração lumínica, que às vezes é acompanhado de
algum fenômeno antigravitacional [Já foram vistos subir ou descer
objetos, animais e pessoas pelo facho lumínico].

Imagino o choque que possa parecer à lógica um fenômeno desta


natureza. Mas justamente estes absurdos são os que chamam a nossa aten-
ção, já que se enquadram tecnicamente com outros fenômenos. Se alguém
nos diz: “...vi uma nave da qual saía um grande raio de luz e pelo qual descia
um tripulante”, ou “... aquele raio de luz pareceu suspender o carro a mais de
um metro da estrada”, poderíamos com toda certeza dizer para o nosso
interlocutor que, imaginando que tudo isso fosse certo, existiria um porém, já
que alguém descendo por uma luz ou esta suspendendo um carro não pode
passar de ficção. Essa interpretação é comparável a afirmar que uma pessoa
caminhando com uma lanterna na mão vai segurando a parte de trás da luz,
que por sua vez o arrasta… Mas vamos tentar descrever o fenômeno como
poderia ser na realidade e depois procurar explicá-lo.
Antes de mais nada, quero assinalar que não me parece existir nenhuma
relação de causa/efeito entre esses raios de luz e o fato de alguém subir ou
descer por eles. Imaginemos como faria um tripulante para descer dessas
naves em pleno dia, parada ou flutuando a 10 m do chão, utilizando algum tipo
de guindaste antigravitacional, o qual o suspenderia com um laço invisível.
Ficaria um cilindro quase cônico, definindo o espaço entre a nave e o solo: um
campo comum com a resultante igual a zero para a vertical. Isto provocaria
uma concentração de ar e vapor no referido cone. Numa observação diurna,
tudo se processaria sem efeitos lumínicos. Mas se de noite surgisse qualquer luz
desde a nave – para os aliens verem simplesmente o que procuram – se produ-
ziria uma concentração luminosa no cone, encurtando-se ou alongando-se
segundo o alcance que se desse ao campo antigravitacional.
Em Física, esse fenômeno é chamado de efeito Tyndall e consiste numa
polarização parcial da luz quando esta atravessa perpendicularmente um
espaço médio no qual há partículas em suspensão [Neste caso cônico]. Por

305
Biblioteca UFO

exemplo, partículas de vapor d’água no ar muito condensado, embaixo da


nave. Às vezes, por causa das condições climáticas, não seria a luz que cresce-
ria, mas sim o cone de concentração lumínica. Esta seria a forma mais viável
para explicar o fenômeno dos fachos de luz de comprimento variável. Outra
explicação poderia dar-se mediante jogos de fachos monocorrentes que se
fariam interferir, dando uma resultante visível a partir de um heteródino de
freqüências, uma delas podendo ser invisível. Mas isto, além de não ter sentido
aparente, não apresenta relação com os fatos observados nem com as carac-
terísticas do Fenômeno UFO.
Uma terceira explicação colocaria em questão uma série de truques
holográficos, mas particularmente, prefiro a primeira hipótese. Outra observa-
ção comum é a coloração intensa e mutante do vermelho para o azul. O que
resulta mais interessante é que se produzem na ordem do espectro, fechando
um círculo de freqüências e longitudes de onda. Não é estranho que um
sistema eletrogravitacional, como o que propomos, irradie também no
espectro visível, com uma variação de freqüência igual à correção aplicada
pelos controles automáticos àquele sistema.
Até aqui, falamos sobre a observação de naves e cores. Agora gostaria de
fazer menção a outro aspecto lumínico mais espetacular. Trata-se dos casos de
naves em vôo que se aproximam de veículos terrestres ou pousam neles, por
assim dizer, sem tocá-los. Movem-se no ar acima deles, os iluminam por fora,
por cima e por dentro, atravessando todas as partes metálicas do mesmo como
se fossem de vidro. Algo semelhante aconteceu aos tripulantes da Apollo 12,
que depois de declararem que estavam sendo seguidos por uma nave desco-
nhecida, observaram, exaltados, que sua cabine estava repleta de uma estranha
luz sem sombras que nunca puderam explicar [Nem eles, nem a NASA].
A NASA, por seu lado, explicou que a estranha nave era parte do foguete
impulsor… Eu me atrevo a dizer que nenhum foguete impulsor fica com
combustível sobrando para seguir as cápsulas lançadas por eles. Por outro
lado, sua queda é sempre programada para acontecer sobre o Oceano
Pacífico. Não devemos esquecer que essa tripulação tinha, como tiveram
todas até hoje, um formidável treinamento para reconhecer qualquer coisa
nestes casos. A esse respeito gostaria de lembrar que nesse estágio do pro-
grama espacial foi censurada toda e qualquer publicação sobre fatos estra-
nhos que pudessem acontecer nas missões restantes, por rádio e tevê.

306
Verdades que Incomodam

Tive o prazer de conhecer na Argentina um professor universitário que,


infelizmente devo citar como A. Z, que em certa oportunidade, ao chegar em
casa, encontrou a família fugindo do lugar porque tudo estava sendo incendia-
do. Sobre a casa, a alguns metros de altura, conseguiu ver um UFO que emitia
estranhas luzes vermelhas enquanto se encontrava como que pousado no
telhado. Esta observação durou vários minutos, até o objeto decolar. Isso
interessa porque a casa iluminou-se por dentro, sem projeção de sombras.
Descrição semelhante encontramos nas testemunhas que foram levadas a
bordo de um UFO e que invariavelmente citam a iluminação que surge não se
sabe de onde, iluminando tudo e sem sombras.
Existem muitos outros casos com estas características. Entre eles lembro
do acontecido ao doutor Daniel Fry, relatado no livro Incidente em White
Sand, que admite um tipo de onda portadora de freqüência na qual a luz visível
faria o papel de simples modulador, atravessando o metal e permitindo uma
visão da paisagem como se fosse através de uma janela. Talvez devemos
pensar num tipo de radiação lumínica baseada nos táquions – partículas mais
velozes que a luz e que podem atravessar literalmente nosso planeta sem
produzir danos. Em todo caso, esta é mais uma particularidade do Fenômeno
UFO que deveríamos estudar e analisar com muito cuidado e atenção. Essa
mesma luz,, que serve para transportar entes ou coisas desde ou para o UFO,
lembra o caso Onilson Pátero, quando este foi carregado por um facho de luz
até a nave após uma bola luminosa ter tornado seu carro transparente.
Mas pode também ter outras explicações. Ou talvez devamos supor
que os alienígenas possuem outros equipamentos que produzem fenôme-
nos lumínicos com fins apenas exploratórios ou quem sabe como armas.
Nesse particular, lembramos do caso do Forte Itaipu, quando duas sentine-
las foram gravemente queimadas pela luz de um UFO. Podemos também
citar a morte de Inácio, capataz de uma fazenda em Goiás, atingido por um
facho de luz verde após atirar contra o tripulante de um UFO, em agosto de
1967. Outro caso foi o do vigia Almiro Martins, na Barragem do Funil, em
Furnas, no dia 30 de agosto de 1970, que ficou temporariamente cego
após atirar contra uma nave extraterrestre.
Na Bahia, em abril de 1979, o fotógrafo Manoel França foi atingido por
um facho de luz de um UFO que ele pretendia fotografar com uma teleobjetiva.
Manoel foi atirado, desacordado, a mais de 2 m de distância e sua máquina

307
Biblioteca UFO

achada a mais de 30 m, além do que a luz provocou-lhe sintomas semelhantes


a uma exposição à radiação. Tudo isso sem falarmos nos casos fatais do
fenômeno Chupa-chupa no Pará e nas milhares de perturbações produzidas
pelas luzes dos UFOs em automóveis, máquinas e centrais elétricas.
Outra característica dessas luzes é que muitas vezes elas são utilizadas
para dominar as testemunhas, vibrando nas cores vermelha, azul ou verde
e cobrindo o campo energético das mesmas, conforme o ciclo vital em que
elas se encontram. Estudos realizados pelo G-PAZ na década de 70 e
confirmados pela Organização Nacional Investigativa de Fenómenos
Espaciales (ONIFE), da Argentina, chegaram a essa conclusão analisan-
do o biorritmo das testemunhas à época do acontecimento. Aparentemen-
te, os intrusos sabem quando o campo vibratório das suas vítimas oferece
melhores condições, e de acordo com o biorritmo das mesmas, aplicam a
cor correspondente, anulando qualquer reação física ou intelectual. Quem
lida com terapia de cores sabe perfeitamente como pode agir para exaltar
ou diminuir o campo vibratório de uma pessoa.

Luz curva?
Em 30 de outubro de 1971, no Chile, três caixeiros viajantes que
circulavam por uma estrada viram seu carro ser totalmente tomado por
uma luz que se projetava em forma curva desde o UFO, como se fosse um
jato d’água saindo de um cano. Na Áustria, em outubro de 1973, dois
rapazes assistiram um inusitado espetáculo. No início era um globo lumi-
noso de cor alaranjada e contornos indefinidos que se mantinha imóvel no
espaço. Observaram também curtos feixes se projetando da parte superior
do objeto. De repente, dois deles, em forma de V, se arremessaram para
cima e começaram a se curvar lentamente.
A projeção durou uns 10 segundos, até que os raios pararam de se
alongar e a extremidade superior adquiriu uma tonalidade esverdeada. A
seguir, a luz dos raios se apagou ao tempo em que caía, e para ambos os
lados dissipava-se uma espécie de névoa verde. Cinco segundos depois, se
repetiu o fenômeno e assim sucessivamente por quase seis horas, durante
as quais puderam ser vistos diversos objetos (seis, ao todo) repetindo o
inusitado show. Outro caso aconteceu no Canadá, em 1970, quando de

308
Verdades que Incomodam

um objeto ovoidal saiu uma luz pontilhada parecida com um tubo muito
fino de néon, em pedaços, algo semelhante aos traços e pontos do Código
Morse. Ele desceu em curva e depois extinguiu-se inteiramente. Podería-
mos supor que ali existia uma tecnologia laser, devido às propriedades não
dispersivas da luz, mas acho que seria temerário levar adiante esta compa-
ração, pelo menos até sabermos um pouco mais sobre os UFOs e o laser…
O que poderia ser uma luz no final do túnel pode se transformar, se nos
descuidarmos, numa locomotiva que avança em sentido contrário…

A terra treme…

O que tem a ver os fenômenos naturais com Ufologia? Talvez nada ou


talvez muito. Fenômenos geológicos ocorrem na Terra, provavelmente desde
sua criação, e se repetem periodicamente em todas as partes do planeta, com
maior ou menor intensidade, causando verdadeiras tragédias ou passando
despercebidos. Os movimentos sísmicos podem ser brutais ou sutis. O
propalado fim da Califórnia tem consumido rios de tinta de livros e artigos
jornalísticos ou científicos. A Falha de Saint André, que abrange aproximada-
mente 1.200 km e junto da qual está construída a cidade de Los Angeles,
sofreu muitos abalos sísmicos em ciclos de mais ou menos 49 anos.
No mundo, seguindo zonas já conhecidas e bem delimitadas, tem-se
conhecido tremores de terra e grandes cataclismos no decorrer da história
do planeta, sendo que os grande sismos se processavam a cada 4 ou 8 anos,
em média. Mas a partir de 1944, esses fenômenos começaram a se produzir
com cada vez maior assiduidade. Em 1969, já aconteciam 1 a cada ano. E
em 1970 superaram todas as estatísticas. Em 25 de março de 1970, se
produziu em Gédiz, na Turquia, um terremoto que ocasionou 2.500 mortos,
5.000 feridos e destruiu 20.000 moradias, registrando-se nada menos que
3.000 abalos em 72 horas, alguns atingindo a intensidade máxima da escala
Richter [24 horas depois da explosão de uma bomba termonuclear de 1
milhão e 300 mil toneladas de TNT].
Dois meses mais tarde, em 31 de maio, outro sismo monstruoso na
Costa do Peru matou 70.000 pessoas, destruindo 1.000 moradias [Vinte e
quatro horas antes a França tinha detonado uma bomba de hidrogênio na
Polinésia Francesa, no Atol de Muroroa].Será que existe alguma relação entre

309
Biblioteca UFO

uma coisa e outra? Sabemos que estas experiências atômicas podem ocasio-
nar tremendas perturbações e alterações físicas e magnéticas que influenci-
am, logicamente, o equilíbrio dinâmico e estático do planeta, além de poder
perturbar a integridade de todo o sistema solar. Os efeitos dessas experiências
nucleares, em sua maioria, eram mais danosos que a bomba detonada sobre
Hiroshima, em 1945. Muitos anos depois da explosão a mesma continuava a
provocar vítimas. Para compreender melhor, cada partícula radioativa – entre
as que temos, o Césio 137, Estrôncio 90, Carbono 14, raios Alfa, Beta e Gama,
nêutrons, íons de Hélio, etc – pode viver dezenas de anos (em alguns casos,
centenas) e num milímetro cúbico, com 500 Röetgens de intensidade.
Existem bilhões dessas partículas, tanto na alta atmosfera como na
baixa, de onde se precipitam sobre a superfície da Terra através de chuva,
neve, umidade ou simplesmente carregadas pelos ventos, envenenando
toda a cadeia alimentar onde bebemos, penetrando no organismo – especi-
almente na medula óssea –, onde começam a ser destruídas células sangüí-
neas e órgãos reprodutores. Será por acaso que estamos observando ou
sentindo um incremento assustador de casos de leucemia, canceres,
tumores, etc? Outros componentes perigosos são os efeitos térmicos. As
explosões atômicas emitem ao meio ambiente milhões de graus centígra-
dos que provocam fenômenos de tal magnitude que alguns deles são ainda
desconhecidos, e outros, rigorosamente ocultados. Estima-se que dez ou
no máximo 20% dessas manifestações danosas transcendem.
A título de comparação, podemos citar que a explosão em Hiroshima
gerou em seu núcleo central 3 milhões de graus centígrados, e as mais
recentes, bilhões de graus centígrados, já que para detoná-la faz-se necessá-
ria a utilização de uma bomba atômica comum que, ao explodir produz 100
milhões de graus e faz o papel de espoleta para detonar o resto, gerando
então temperaturas da ordem de 150 a 160 milhões de graus centígrados.
Isso enquanto eram testadas na atmosfera. Depois passaram a detoná-las
embaixo da terra. Para isso são perfurados poços em regiões de máxima
dureza, dentro da capa granítica externa, com até 2.000 m de profundidade e
com apenas 2,30 m de diâmetro. A bomba de Amchitka, nas Ilhas Aleutas,
explodida pelos EUA, possuía um bilhão e meio de toneladas de TNT e
ocasionou, no ponto da explosão, uma caverna gigantesca, transformando
todos os materiais graníticos rochosos em energia ou plasma, que desapa-

310
Verdades que Incomodam

receram, transformando-se em força e desintegrando a matéria.A efeitos de


ilustração, podemos dizer que para carregar todas estas toneladas de explo-
sivos num trem, por exemplo, o mesmo deveria ter 50.000 vagões de 10 m de
comprimento cada, os quais carregariam 30.000 kg, o que nos daria um
comboio de 500 km de extensão. Tudo isso explodindo! Somente entre 1945
e agosto de 1971 foram realizados, oficialmente, 850 testes nucleares pelos
diversos países do clube atômico. Além dos efeitos mais citados, temos que
considerar também as ondas vibratórias que são emitidas em todas as
direções, ao redor e para as altitudes, embaixo da superfície terrestre com
maior ou menor velocidade de propagação.
As explosões subterrâneas – que formam verdadeiras cidades nas
entranhas da terra – atingem milhares de metros de diâmetro devido à
transformação de toda a matéria em plasma e às pressões da ordem de
20.000 toneladas por m², que provocam verdadeiras comoções vibratórias,
se alastrando através de ondas sísmicas por todo o planeta, causando
abalos, terremotos e outros fenômenos telúricos, conforme sua intensida-
de. Cabe destacar que tanto a ex-URSS como EUA fizeram estas experiências
não apenas para aperfeiçoar suas ogivas, mas para fabricar estas cavernas
no intuito de continuar efetuando estes testes sem que as estações sismoló-
gicas do mundo pudessem avaliar com precisão a potência dos explosivos.
Além do que, embaixo da superfície elas ficam camufladas.
O fato de um sismógrafo captar uma menor intensidade explosiva numa
destas cavernas se deve à refração dessas ondas expansivas que, ao baterem
contra as paredes da caverna voltam para trás (em sua maioria), anulando ou
minorando as novas ondas explosivas que se deslocam nesse sentido, enga-
nando, assim, os instrumentos. Mas o que não pode ser evitado totalmente,
embora sejam atenuadas, são as ondas vibratórias sísmicas, já que não agem
como as independentes, e sim como campos vibracionais cujo núcleo central
se encontra isento de massa ou matéria. Devido a isso, elas atravessam
qualquer tipo de rocha ou granito que formam nossa crosta terrestre, comple-
mentando sua propagação unilateral em todas as direções e provocando
perturbações vibracionais que, de acordo com sua intensidade, tanto podem
atingir as capas atmosféricas e magnéticas terrestres quanto o próprio núcleo
central da Terra. Quando as explosões nucleares são realizadas no espaço, as
pressões são menores devido à densidade do meio e vão se alastrando em

311
Biblioteca UFO

ondas sucessivas até limites inimagináveis. Talvez o mais grave desses efeitos
seja o magnético, que pode produzir interferências e perturbações muito
danosas, tanto para o núcleo da Terra como também para os pólos, campos e
capas magnéticas que circundam nosso planeta e que dependem do citado
núcleo.
Estes campos magnéticos, cujos átomos são isentos de massa, atraves-
sam todos os materiais ao seu redor. Ao saírem do planeta, alteram massas
aéreas atmosféricas provocando mutações cada vez maiores e aumentando
suas velocidades de translação, seus movimentos verticais, suas temperaturas
e gradientes térmicos, ocasionando assim ciclones, tornados, tufões e outros
fenômenos meteorológicos, como as chuvas torrenciais.
Tais campos magnéticos afetam também as capas magnéticas de
outros planetas do Sistema Solar, onde são rechaçados, deixando rastros
perturbadores que voltam ao seu ponto de origem, a Terra, arrastando um
conjunto de partículas cósmicas estranhas, aumentando assim sua carga
radioativa e caindo sobre o planeta. O Instituto Tecnológico de Massachu-
setts (MIT), nos EUA, detectou, em 1967, uma chuva de raios cósmicos de
até 10 milhões de partículas numa fração de 10 milésimos de segundo –
alguns com potenciais de 20 a 40 trilhões de eletrovolts, quando o normal
determinado e aceito cientificamente são 3 raios por minuto e cm² [Fonte:
Scientific American, fevereiro de 1969].
A semelhança dos raios cósmicos com os raios solares ultravioletas
também aumentaram em quantidade e intensidade e estão ocasionando
desajustes atmosféricos que se intensificaram nas últimas décadas, tal
como o aumento da temperatura do planeta, as mudanças climáticas, a
deterioração da camada de ozônio, etc. Isso, somados às emanações
normais de partículas radioativas produzidas por todos os testes nucleares
já ocorridos até hoje. E não é fantasia o que dissemos, como alguns podem
pensar. Em 11 de outubro de 1969, a Comissão Científica de Efeitos Radio-
ativos da ONU, no seu informe anual disse: “As provas nucleares dos três
últimos anos (66/67/68) são a causa de que o número de elementos
radioativos de longa vida tem aumentado perigosamente na superfície
terrestre, constituindo, com isso, a fonte mais importante de contamina-
ção radioativa criada pela Humanidade em seu meio. Mas as experiênci-
as efetuadas desde 1966 têm duplicado aproximadamente o conteúdo

312
Verdades que Incomodam

atual das radiações baixas.”


Outro perigo eminente, derivado desses anos de loucura nuclear, é a
tão temida verticalização do eixo do planeta Terra, com as conseqüências
que qualquer leigo pode imaginar. Fato este que poderia ser ocasionado por
diversos fatores, entre os quais, é claro, as experiências subterrâneas e o
aquecimento da atmosfera. O aumento da oscilação do eixo vertical da Terra
no lado norte, que antes se aceitava normalmente como 9,75 m por ano,
passou a ser 21,94 m. O que podemos pensar de tudo isso, se nos basear-
mos num extenso relatório escrito em 1971 pelo investigador Pedro Roma-
niuk, sob o título La Tierra está temblando. Causas y sus efectos – Fenóme-
nos geológicos y su relacionamento com las experiências atômicas? São
palavras e dados contundentes que, evidentemente, as autoridades fazem
questão de empurrar para baixo do tapete.
É uma das tantas verdades que incomodam, e muito! Por outro lado, a
leitura deste informe nos faz refletir um pouco mais sobre por quais moti-
vos os aliens poderiam ter decidido, aparentemente, deixar de lado sua
posição de “não intervenção” e colocar em xeque-mate as potências
nucleares praticamente obrigando-as a parar com essa corrida armamen-
tista. Claro que estas conseqüências explicitadas por Romaniuk têm
fundamento e fazem sentido.
Os aliens estão cuidando, em primeiro lugar, da integridade de suas
instalações e de suas vidas, suas bases na Terra, Lua, Marte e possivelmen-
te em outros planetas do nosso Sistema Solar, que num conflito nuclear
generalizado poderiam correr perigo. Além disso, se a Galáxia e o Cosmos
são como uma obra-prima de um gênio relojoeiro que funciona em perfeita
harmonia e ressonância, de uma forma ou de outra, um holocausto nucle-
ar poderia quebrar este equilíbrio, provocando, quem sabe, uma espécie
de reação em cadeia. Até que ponto chegou a consciência do chamado ser
humano? Muitas vezes o comparei ao perigo que seria deixar uma arma
carregada nas mãos de uma criança. Mas, na realidade o perigo é imensa-
mente maior, e definitivamente com o perdão dos inocentes e esclareci-
dos: sobre a Terra não há vida inteligente…
Ao que parece, a julgar pelos depoimentos dos milhares de abduzidos
já investigados exaustivamente por ufólogos de todo o mundo, temos
conhecimento de que os seres extraterrestres têm medidas saneadoras

313
Biblioteca UFO

paralelas – pelo menos aqueles que tentam nos salvar – e procuram trans-
formar ou modificar o espírito dos humanos terrestres no sentido de incul-
car-lhes outras posturas ético-morais para fazer-lhes tomar consciência do
que representa nosso planeta, o meio ambiente, a nossa vida quanto à
qualidade da existência, ensinando-lhes a amar o próximo e a sermos
menos egoístas. E não digo isso dentro do contexto messiânico ou teológi-
co de qualquer religião ou corrente filosófica. Se amássemos o próximo,
apenas por ser um irmão – ou se preferirem, um companheiro de jornada,
um ser humano, como nós pensamos que somos, brindando-lhe o respeito
e o carinho que nós mesmos gostaríamos de receber –, as crises seriam
muito, muitíssimo diferentes.
Se os megalomaníacos de farda entendessem essas coisas simples da
vida ou se desde suas posições travassem luta ferrenha contra as doenças, o
analfabetismo e a desproporcional distribuição de renda, e defendessem o
meio ambiente e nosso habitat, então estaríamos dando uma prova de maturi-
dade e evolução. Poderíamos, quem sabe, merecermos ser o Homo Cósmico,
e com isso cumprir nosso destino evolutivo, encontrando nossos irmãos do
espaço e convivendo em paz com eles.

Observações
Segundo algumas teorias revolucionárias, como por exemplo a das
Supercordas, nós já viveríamos num universo físico de nada menos que 10
dimensões, sendo assim decadimensional por definição. A Teoria das
Supercordas estipula que nosso universo não seja tridimensional, como
acreditamos presentemente. Se comprovada, tal concepção simplesmente
revolucionaria totalmente nossos conceitos e criaria perspectivas inimagi-
náveis para nossa cultura e ciência. Já na hipótese da Espuma do Espaço-
Tempo [Space-time foam], proposta pelo físico norte-americano doutor
John Wheeler, haveria uma considerável margem para a existência dos
espíritos e a confirmação dos assim chamados ‘universos paralelos’ – cuja
existência e estrutura se tenta provar há muitos anos.
Alguns cientistas teóricos dizem que um fenômeno estudado pelo
doutor Steve K. Lamoreaux, da Universidade de Washington, na cidade de
Seattle (EUA), a respeito da deformação de tempo [Time warp] é que permi-

314
Verdades que Incomodam

tiria escavar ‘buracos de minhoca’ [Wormholes] entre estrelas e constela-


ções. Se isso fosse possível – e talvez os ETs consigam tal proeza – podería-
mos nos locomover pelo universo com espantosa rapidez, alcançando
qualquer ponto do mesmo, não importa quão distante, através dessas
aberturas no espaço-tempo. Supõe-se que seja este o mecanismo que
possibilite aos alienígenas chegarem até nós ou irem a tantos planetas do
Cosmos quantos desejarem.

315
Biblioteca UFO

316
Verdades que Incomodam

Apêndice

A Pesquisa Ufológica

“Um belo exercício matutino para o pesquisador


é criar uma hipótese qualquer, todo dia, antes do
café matinal. Isso o manterá jovem.”
– Konrad Lorenz, estudioso do
comportamento animal

E
mbora não tenha a pretensão de querer ensinar nada a ninguém, até
porque não é este o objetivo deste trabalho e eu todo dia preciso aprender
alguma coisa diferente, quero passar pelo menos um pouco de expe-
riência. Sei que são muitos os interessados neste assunto, entre os quais,
pessoas que têm vontade de participar ativamente das pesquisas, ingressando
em algum grupo de estudo, ou que venham a ter a chance de deparar-se com
algum caso através deles próprios, de amigos ou conhecidos. Mas é bom que
tenham uma noção do que precisam fazer e como fazê-lo para evitar, possivel-
mente, que provas ou elementos importantes se percam antes da chegada dos
ufólogos.
Um dos caminhos básicos para qualquer pesquisa é a correta coleta de
dados e informações, até as que parecem mais insignificantes, para dar início a
uma investigação. Não devemos esquecer que a entrevista a uma testemunha
é muito importante, já que vai determinar o feeling entre ela e o pesquisador. É
necessário saber o nome completo das pessoas, dados pessoais, telefone e
endereço (para contatos posteriores com a mesma), local onde aconteceu o
fato, pedindo permissão das testemunhas para gravar, se possível, ou filmar

317
Biblioteca UFO

em vídeo seus depoimentos iniciais. Isso é de grande importância, já que


assim poderemos ter uma idéia do grau de emoção e sinceridade delas ao
descreverem o evento, já que nos permitirá rever e ouvir dezenas de vezes a
história do acontecido. Devemos, além disso, analisar, detalhadamente,
gestos, olhares, movimentos dos corpos e mãos, para então captar algum
sinal, positivo ou não. [Infelizmente existem indivíduos que gostam de
inventar uma situação para nos gozar ou obter seus 15 minutos de fama].
Claro que, antes de mais nada, devemos tentar localizar um pesquisador
ou um grupo de pesquisas mais próximo e levá-los a participar deste primeiro
encontro com o caso. Através da Revista UFO você conseguirá endereços e
telefones para contatar ufólogos, que sem nenhuma dúvida irão lhe ajudar.
Também não esqueça de pedir a necessária autorização para divulgar os
nomes das pessoas envolvidas, ou citar apenas as iniciais para manter o sigilo.
A tomada de depoimentos requer muito cuidado e, em especial, tato para
conseguir desde o início a confiança e a credibilidade junto àquelas testemu-
nhas. Dessa forma elas poderão contar os fatos mais abertamente, sabendo
que não estão sendo interrogadas no sentido pejorativo da palavra, nem sendo
julgadas à priori por suas informações.
Lembre-se muito bem disso, já que a partir deste momento tudo poderá
ocorrer mais facilmente ou falhar definitivamente, dependendo das atitudes e
comportamentos adotados. É aconselhável deixar a pessoa muito à vontade e
incentivá-la a narrar os fatos com todos os detalhes, mesmo que não pareçam
importantes, sem interrompê-la. Depois de solicitar permissão para tomar
anotações e gravar, não se esqueça de pedir que repita o depoimento, agora sim,
podendo, eventualmente, interrompê-la para solicitar que esclareça sobre
algum ponto que pareça confuso ou não tenha sido bem interpretado.
Se houver outras testemunhas do mesmo caso, com muito jeito tente
sugerir que seria melhor que os depoimentos fossem feitos em separado,
para que uma não ouça o que a outra está descrevendo e assim não seja
influenciada. Lembre-se que é uma investigação. E em depoimentos em
separado podemos tirar conclusões e fazer comparações, caso as discor-
dâncias sobre determinado ponto sejam muito grandes, e tornar a perguntar
aos que divergem, pedindo um esclarecimento. Depois de finalizado o
relato, podemos solicitar, também em separado, que as testemunhas
tentem desenhar numa folha à parte o que viram, incentivando-as a fazê-lo

318
Verdades que Incomodam

mesmo que não saibam desenhar. Neste ponto, se algum membro do grupo
tiver noções de desenho, deverá ser solicitada sua colaboração, e a partir daí
fazer uma espécie de retrato falado, seguindo as indicações ou correções
das testemunhas. Finalmente, deve-se ler para as mesmas as anotações
realizadas para que elas corrijam eventuais erros de interpretação, informa-
ção ou seqüenciais dos fatos.
É bom repetir algumas dicas: além de não esquecer de agradecer às
pessoas envolvidas pela sua colaboração, devemos anotar cuidadosamente
os dados completos de todos: endereço, telefone, profissão, estado civil,
condições de saúde, informação sobre enfermidades anteriores ou atuais e,
principalmente, observar se alguma coisa nova surgiu após o avistamento,
contato, pouso, etc. Também deve-se perguntar se a pessoa tem conheci-
mentos sobre o assunto UFO – discos voadores, luzes, mãe d’ouro, entre
outros. Se a resposta for positiva, descobrir como este conhecimento foi
adquirido: se através de jornais, tevê, narrativas de outros, etc. Arremate a
entrevista anotando o dia e a hora do evento e da pesquisa, assim como, pode
ser à posteriori, guardando impressões pessoais sobre as testemunhas,
comentários e conveniências.
Ainda sobre o momento final dos depoimentos, é bom pedir, se for
possível, que todas as testemunhas e envolvidos (os pesquisadores também)
retornem ao local dos fatos, onde solicitaremos que se coloquem cada um no
lugar que se encontravam na ocasião e repitam gestos e/ou atitudes que
tiveram na hora do fenômeno, registrando tudo fotograficamente ou em
vídeo. Deve-se sempre tomar a precaução de anotar o tipo do filme usado,
número de asa, velocidade, foco, distância, etc. Se tiver mais de uma pessoa
lhe acompanhando e se ela possuir equipamento para filmar ou fotografar,
peça que o faça, mesmo que se obtenham imagens repetidas. Às vezes um
filme falha, a máquina pode travar, se velam os negativos por diversas razões
ou ocorre qualquer outro problema. Quem está acostumado com fotografia
sabe muito bem que isso pode acontecer.
A título de ilustração, posso citar um exemplo de minha vida profissional
dentro da propaganda. Sempre que um verdadeiro profissional de fotografia
precisa fazer a imagem de um produto ou modelo, ele gasta dois ou três filmes,
onde varia a iluminação, a velocidade e o diafragma, para escolher, na maioria
das vezes, apenas uma única foto. Poderíamos pensar que ele não sabe o que

319
Biblioteca UFO

está fazendo? Inclusive, para arrematar estas dicas, o ideal seria podermos
acompanhar, com alguém da nossa confiança, todo o processo de revelação e
cópia de negativos, principalmente quando temos a felicidade de conseguir
documentar a presença de um UFO. Evidentemente, tudo que deve ser feito
nestas circunstâncias requer algum tipo de conhecimento (pelo menos
básico) e para isso é bom – quando já deixamos os estudos há algum tempo –
dar uma reciclada para nos atualizar.
É importante saber fazer uma planta de localização do lugar em que as
pesquisas serão realizadas, mesmo que em um rascunho, para situarmos o
evento de forma mais correta, além de anotarmos todos os pontos de referên-
cia possíveis – tais como árvores, lagoas, rios, pedras, antenas de tevê, rádio ou
telefonia, linhas de transmissão, linhas férreas, estradas, entre outros. Enfim,
tudo, tudo mesmo para que no decorrer da investigação os especialistas
possam acompanhar os acontecimentos da melhor forma possível.
Vemos aqui a importância de se ter conhecimentos geológicos (para se
poder observar as características do terreno), astronômicos (caso o evento
seja noturno, o que possibilitaria a localização de estrelas, planetas e satélites
artificiais, já que são visíveis ao entardecer ou perto do amanhecer, determi-
nando assim a possível rota de um UFO ao chegar e ao partir), fotográficos e de
imagens (não apenas quanto ao manuseio dos aparelhos, mas também para
se ter condições de analisar uma imagem, a fim de detectar qualquer anoma-
lia). Logicamente, a palavra final será dada por um especialista e com apare-
lhos apropriados para confirmar ou não a veracidade de uma fotografia ou
vídeo. A Meteorologia poderá nos auxiliar propiciando-nos o conhecimento e
identificação de diversos tipos de nuvens e as altitudes em que se formam. Por
último, alguém que saiba pelo menos alguma coisa de Física, Geologia e
Mineralogia ou qualquer outra especialidade também é útil, pois o Fenômeno
UFO é passível de ser analisado ou estudado em todas as áreas da Ciência e
possivelmente tem relação com todas elas.
No caso de ataque ou morte de animais, é imprescindível a colaboração
de um bom veterinário que tenha conhecimentos de Patologia. Desnecessário
se faz dizer que se alguém tiver problemas de saúde por exposição à radiação,
ou ferir-se de alguma forma, deve recorrer a um médico. Os principais sinto-
mas ou sinais de perigo são cefaléias (dor de cabeça tipo nevralgia), vômitos,
diarréia, sede excessiva, sonolência e furunculose em alguns casos. Não

320
Verdades que Incomodam

subestime os efeitos citados porque os resultados podem ser muito graves ou


fatais. Daí a necessidade de utilizarmos também nossos conhecimentos de
Psicologia e empatia com as pessoas para podermos ganhar amigos e colabo-
radores em todas aquelas áreas que não dominamos. Temos que contatar
gente, e para isso nossa seriedade e credibilidade são básicas. Caso contrário,
vamos morrer na praia sem atingir nossos objetivos.
Infelizmente, não podemos depender de profissionais que queiram ser
pagos pelos seus serviços, não que deixem de merecê-lo, pois de certa forma
nos tornaríamos seus reféns. E ante uma dificuldade econômica correríamos
o risco de pôr a perder uma investigação, já que, em nosso país, é uma cons-
tante a falta generalizada de recursos, principalmente na área científica. Não
quero desanimá-lo a ser um ufólogo, mas realmente, além de muitíssimo
idealismo, precisa-se de dinheiro, garra, paixão, coragem ilimitada e bastante
sorte. Nossa trilha é solitária, na qual não podemos, mesmo que tivéssemos
sorte ou chance, ser patrocinados ou ajudados por A, B ou C, como no estilo
dos esportistas, carregando logomarcas em nossas roupas ou veículos. Se
assim fizéssemos, ficaríamos comprometidos com quem tem dinheiro ou
poder. E se em determinado momento chegássemos a uma descoberta
importante que ferisse os interesses deles ou de algum governo, correríamos o
risco de nossos ‘patrões’ nos mandarem parar ou silenciar.
Na época atual, temos principalmente que ter a mente aberta – muito
aberta. Frente a um caso de abdução, por exemplo, no qual a vítima tenha
algumas lembranças do acontecido, misturando-se dados científicos com
outros nem tanto, numa salada que mescla viagens astrais através de dimen-
sões, mundo espiritual e experiências de quase morte, etc, todo cuidado é
pouco. Qualquer passo em falso pode fazer desaparecer um caso extraordiná-
rio que poderia trazer subsídios à Ufologia. Confesso que antes tudo parecia
mais fácil, quando nos limitávamos a tomar nota de uma luzinha que correu no
céu, daqui para lá, de tal cor, surgiu e sumiu…
A casuística é muito importante, já que nos permite localizar um
fenômeno no tempo e no espaço. Assim como é imprescindível a pesquisa
de campo, como acabamos de comentar. Mas isso somente pode não ser
nada, e nem tudo: precisamos mais! Devemos partir para a pesquisa
analítica, comparativa e dedutiva, no mais puro estilo Sherlock Holmes.
Para isso, temos que nos manter informados de tudo o que acontece,

321
Biblioteca UFO

através de livros e revistas especializadas. Os que dispõem de acesso à


Internet poderão encontrar sites das mais variadas origens e linhas ufológi-
cas, cabendo a nós separar o joio. Devemos catalogar os casos, arquivá-los
por data, localidade, tipo de evento, etc. Isso nos servirá não apenas para
acumular poeira, mas como socorro e auxílio em nosso trabalho.
Em certo momento, teremos em nossas mãos um acontecimento
ufológico aparentemente bizarro, com todos os componentes de alto grau
de estranheza. O que devemos fazer? Descartá-lo? Não, ele deve ir para um
lugar do arquivo onde ficam os ‘estranhos’. Algum outro dia chegará da
China ou da Arábia Saudita um caso que possui detalhes parecidos, tão
estranhos quanto aqueles do caso que você guardou. Então encontramos
uma analogia (ou várias) e mais tarde outros similares. Está aberto o
campo para que possamos fazer uma pesquisa comparativa. Para isso
devemos passar pela análise dos fatos, estudando cuidadosamente todos
os elementos para se chegar a deduzir o que pode ter motivado tais seme-
lhanças, ou ainda especular o por quê dessa similitude.
Isso não quer dizer que devemos basear a pesquisa apenas em deduções
e especulações – longe disso. Esses recursos servem para dar-nos maiores
chances de realizar um trabalho sério, bem embasado e fundamentado, para
depois expô-lo através de correspondência, boletins informativos ou outros
meios. Lembre-se que um dos maiores e mais indispensáveis predicados para
se tornar um pesquisador é a credibilidade que passamos aos nossos interlo-
cutores. Credibilidade não se impõe, se adquire no decorrer do tempo através
de atitudes e muita seriedade. Estamos cansados de ver charlatões e picaretas
poluindo a Ufologia, e por isso mesmo precisamos de gente séria, honesta,
transparente e, especialmente, com muita garra e disposição.
Para complementar esta parte, algumas dicas de equipamentos bási-
cos para quem quer se iniciar: máquina fotográfica com um mínimo de
recursos, câmara de vídeo, bússola, magnetômetro (se possível) para a
verificação de anomalias no terreno ou imantação de materiais magnetizá-
veis (ferro, aço, alumínio, etc). São necessários ainda uma trena, papéis,
lápis comuns e de cor para nossos croquis ou retratos falados, uma escala de
cores que pode ser encontrada em casas de material de arte ou em lojas que
comercializam tintas (para se especificar luzes, objetos ou entidades, cores
de roupas, pele, olhos, etc). Ainda recomenda-se papel milimetrado ou

322
Verdades que Incomodam

quadriculado para plantas e esboços, sacos de polietileno e recipientes do


para congelamento de alimentos (para preservar amostras), lente de
aumento para observação em detalhe de algumas evidências, pacotes de
gesso para moldes de eventuais marcas ou pegadas, etc. Enfim, tudo aquilo
que possa nos ajudar e nos dar mais eficiência no trabalho, embora cada um
sinta, de acordo com seu feeling, se deve acrescentar alguma coisa ou não.
Sobretudo, não esqueça de ler e aprender muito com os relatos e trabalhos
feitos pelos veteranos.
No caminho da pesquisa ufológica não devemos esquecer de uma
prática que se muitas vezes termina em nada, em outras pode render frutos
muito bons. Estamos nos referindo à vigília ufológica. É a forma de irmos à
procura do fenômeno e não esperar por ele através de relatos, livros, recortes
de jornal e histórias alheias. Claro que não é dizer: vamos fazer uma vigília
para ver UFOs e isso vai acontecer. Evidentemente que não. Mas é uma boa
maneira, no princípio, para se conhecer nossos companheiros, fazer amiza-
de e sentir o potencial de trabalho e coleguismo de cada um. Às vezes, são
meses a fio, noites e mais noites de sono perdido, mas de experiência ganha,
aprendendo a observar o céu, a identificar estrelas e planetas, acostumar-se
com os ruídos da noite e ir exorcizando nossos medos e fantasmas. Quase
todos nós, ufólogos, mantemos esta prática mais ou menos regularmente,
embora muitas vezes as condições atmosféricas não nos permitam toda a
assiduidade que gostaríamos.
O Brasil, pelo seu imenso tamanho, propicia muitas áreas que regular-
mente apresentam grande incidência de observações, sem falarmos das
chamadas ondas que acontecem periodicamente em regiões variadas do
planeta e às vezes perduram por semanas ou meses sobre um determinado
lugar. Existem também as conhecidas áreas de incidência, onde o fenômeno
acontece regularmente. As mesmas podem ser locais ricos em mineração,
vales, montanhas, falhas geológicas ou instalações militares. Na Bahia, por
exemplo, contamos com duas dessas áreas, com incidência quase periódica
de observações de sobrevôos, aterrissagens e outros tipos de manifestações.
Nesta região destacamos a Chapada Diamantina e a faixa que corre
desde o norte do Estado, deslocando-se pelo Recôncavo Baiano, principal-
mente as regiões de Riachão de Jacuípe, Feira de Santana, Alagoinhas e Ilha
de Itaparica – esta última sendo o foco principal das aparições no Manguezal

323
Biblioteca UFO

que envolve a vila de pescadores de Barreiras de Jacuruna. É lá que regular-


mente realizamos vigílias desde 1978 e onde tem surgido muitos casos
importantes de nossas pesquisas. Em Riachão de Jacuípe, ao norte de Feira de
Santana, houve inúmeros avistamentos desde janeiro de 1997 numa determi-
nada fazenda da região. Depois de muitas noites sem sequer estrelas caden-
tes, uma pessoa de lá conseguiu as únicas imagens em vídeo dos fenômenos
acontecidos em agosto de 1997, quando uma série de observações atravessa-
ram o Estado de sul a norte. Em novembro desse mesmo ano tivemos o prazer
de ver, através do binóculo, uma luz que já tínhamos observado outras vezes.
Atrás da mesma, visualizamos uma silhueta humanóide se deslocando na
escuridão a menos de 150 m de onde estávamos.
Para realizarmos estas vigílias temos que seguir certos cuidados – que em
hipótese alguma devemos esquecer –, mesmo que tudo esteja tão tranqüilo
que nos tente a relaxar com as precauções. Jamais, em circunstância alguma,
devemos fazer este tipo de coisa estando sós. Os riscos podem ser muito
maiores do que podemos imaginar. A começar porque ninguém está livre de
qualquer mal-estar repentino, uma picada de inseto, mordida de cobra ou de
quebrar um tornozelo ao cair num buraco no escuro da noite [A Chapada
Diamantina é um berçário de cascavéis e escorpiões]. Essas são as coisas
que conhecemos e que temos condições de evitar. E se não conseguimos
completamente, pelo menos podemos minimizá-las de forma que a regra
número um é: nunca irmos sozinhos a uma vigília.
O ideal é que pelo menos três ou quatro pessoas se afinem para tal. Delas,
pelo menos uma deve ter conhecimentos de Astronomia, já que é fundamental
saber a posição das estrelas e planetas que se apresentam à nossa vista, pois
muitas vezes eles podem nos pregar peças. Isso pode acontecer principalmente
quando as estrelas se encontram próximas do horizonte e sua luz é distorcida
pela atmosfera, criando efeitos que nos farão pensar que são luzes que bailam
ante nossos olhos e mudam de forma. Basta prestar atenção num pôr de Sol,
quando sua forma parece ficar maior e se alongar, até se dividir em pedaços
antes de mergulhar no horizonte.
As chamadas estrelas cadentes ou chuva de meteoritos também podem
surpreender os menos avisados, assim como satélites artificiais, principalmente
no entardecer e antes do amanhecer, quando para nós está escuro, mas lá em
cima esses pequenos objetos podem refletir a luz do Sol, que demorará algum

324
Verdades que Incomodam

tempo para nos iluminar. Outras precauções ao escolher nosso ponto de vigília
é chegarmos nele durante o dia para um reconhecimento do terreno, saber
onde vamos ficar, armar a barraca, se for o caso, e saber onde colocaremos os
equipamentos. De preferência devem ser escolhidos os locais onde não exista
incidência de luzes de cidades ou de vivendas próximas. Quanto mais escuro
melhor para podermos observar qualquer outra fonte de luz, por mais fraca que
ela seja [As sondas ufológicas, por exemplo, costumam se manifestar com
uma luz tão suave que, se não estivermos atentos, podem passar despercebi-
das]. Para encerrar esta parte, devemos estar bem alertas às rotas de aviões que
por ventura passem pelo local ou proximidades.
Também devemos tentar nos aproximar dos habitantes da região para
tomar mais informações sobre o próprio terreno, sobre os avistamentos e
qual o local de maior incidência. Sempre que possível, escolher um ponto
bem alto e que ofereça boa visibilidade, de preferência uma visão de 360
graus do horizonte. Os equipamentos que podem e devem ser levados para
uma vigília são, primeiramente, o básico que qualquer campista está acostu-
mado a levar: uma barraca pequena apenas para se usar em casos de chuva
repentina. Nela podemos colocar alguns mantimentos especiais, cantil com
água suficiente para o tempo que pretendemos demorar no local, garrafa
térmica, alimentos que não precisem de cozimento, cuidando sempre de
recolher toda a sujeira antes de partir e levá-la consigo condicionada em
sacos de lixo para ser despejada em lugar apropriado.
Igualmente, precisamos ter em mão um facão de mato, uma lanterna
de boa qualidade e um lampião, mas só para acendê-lo em situação de
extrema necessidade, pois luz sempre atrapalha. Um binóculos e uma
luneta são importantes, sendo que o primeiro é mais apropriado em ter-
mos de mobilidade e por ser possível, através dele, ampliar a luminosidade
noturna. Se o grupo tiver disponibilidade financeira, o ideal seria comprar
binóculos de infravermelho, que são relativamente baratos e fáceis de
encontrar. A luneta serve para observar luzes ou detalhes muito distantes,
atrás do relevo do terreno, por exemplo.
A máquina fotográfica deve ser, como já dissemos, de boa qualidade.
Nem pense em levar um flash para fazer a melhor foto de um disco! O flash só
ilumina poucos metros em volta e nada mais. De preferência com alguns
recursos como controles de exposição e, se possível, uma lente com zoom de

325
Biblioteca UFO

no máximo 300 mm. Um tripé para o registro de fotografias que requerem


maior exposição devido à baixa luminosidade e filmes sensíveis, que são
relativamente fáceis de se achar no mercado. No mais, bons mapas regionais
são importantes, sempre com a melhor escala possível para conterem a maior
quantidade de detalhes, assim como uma bússola. E boa sorte!

O biorritmo aplicado à Ufologia

O doutor Hermann Swoboda, psicólogo nascido em Viena, em 1873,


dedicou muitos anos de estudo à compreensão dos ritmos vitais do ser huma-
no. Talvez influenciado pelo pensamento de Hipócrates, que há 2.400 anos
aconselhava seus alunos e colegas a observarem a interferência dos dias
positivos e negativos em relação à saúde e à doença, Swoboda levava em
consideração as oscilações do ritmo do corpo no tratamento dos pacientes.
“Apesar da conscientização humana no que diz respeito às variações de
comportamento, sentimento e pensamento, a razão fundamental perdurou
sem resposta e até mesmo ficou omissa durante séculos”, como diz o George
S. Thommen em seu livro Será hoje o seu dia?
No final do século XIX, o doutor Swoboda, então professor de Psicologia da
Universidade de Viena, começou a analisar, baseado em pesquisas e descober-
tas, se tais modificações não ocorreriam com alguma regularidade ou ritmo.
Swoboda ia mais longe, e num dos seus relatórios ligados à Psicanálise lemos:
“Não continuaremos a nos indagar o por quê da diversificação das atitudes
humanas, já que podemos perceber em suas ações a influência de modifica-
ções periódicas. As reações do homem podem realmente ser previstas ou
profetizadas, se quisermos enfatizar o termo. Esse tipo de Psicanálise poderia
ser chamado de Bionomia, pois tal como a Química, onde o pesquisador
consegue antecipar o resultado de uma fórmula, o psicólogo deve prever ou
profetizar, por assim dizer, as modificações periódicas do homem.”
Graças ao seu raciocínio analítico e constância de seus apontamentos,
além de suas laboriosas pesquisas no campo da Psicologia e da periodicidade,
seus estudos resultaram em testemunhos convincentes sobre as variações na
vida do ser humano. Posteriormente, projetou um método de cálculo designado
a estudar os dias críticos do homem dentro dos ritmos de 23 e 28 dias. Sua obra
de maior vulto foi Das Siebenjahr [O ano do sete] que contém a análise matemá-

326
Verdades que Incomodam

tica dentro da repetição rítmica dos nascimentos através de gerações.


Outro médico que dedicou-se fervorosamente a este tipo de pesquisa foi
o doutor Wilhelm Fliess. Posteriormente, muitos outros sentiram-se atraídos
pela descoberta, como seu amigo particular, os doutores Sigmund Freud e
Hans Schlieper. Em 1920, Alfred Teltscher, engenheiro e professor, realizou
estudos referentes ao terceiro ritmo, o de 33 dias, baseando-se nos períodos
de maior ou menor atividade intelectual dos seus alunos. Porém, não existem
relatórios nem livros de sua autoria à disposição, a não ser alguns apontamen-
tos de seus amigos e escassos artigos onde são discutidas suas descobertas
mais contundentes. Nos Estados Unidos, o doutor Rexford Hersey, da Univer-
sidade da Pensilvânia, assessorado pelo doutor Michael John Bennett, chefiou
uma pesquisa similar entre 1928 e 1932.
Mas o que é o biorritmo? Um mistério místico ou esotérico? Não, é um
método científico de valor. Os cientistas modernos aplicam o termo “relógios
biológicos” a uma multiplicidade de variações cíclicas ou rítmicas do ser
humano. Tornou-se fato notório na Ciência que toda vida, desde a mais
simples célula, é regulada por uma pulsação rítmica, de forma que seria
absurdo presumir que tais vibrações não fossem de natureza altamente
organizada. Cada biorritmo é composto de duas fases, uma positiva e uma
negativa, divididas em valores aritméticos definidos segundo suas curvas
sinoidais, uma acima e outra abaixo do zero. Assim, por exemplo, o ciclo físico
de 23 dias tem uma fase positiva com uma curva ascendente de 5 dias e 3/4, e
uma negativa com uma curva descendente de igual valor. Cada curva soma 11
dias e meio, completando assim os 23 dias.
Segundo Krumm-Heller, este movimento repete uma lei universal: “Tudo
influi e reflui com movimento pendular. Tudo cresce e decresce, ascende e
descende, tudo caminha e volta ao ponto de partida.” Num estudo realizado
pelo doutor Alfred Judt, ele sintetiza assim as características dos biorritmos:

(a) Ciclo de 23 dias (físico): funções da matéria, lógica intelectual,


disposição material, instinto comercial, egoísmo, instinto de conser-
vação, sentido prático, força vital, corpo.

(b) Ciclo de 28 dias (emocional): sistema sangüíneo, reação sobre o


exterior, vida instintiva, sexualidade, altruísmo, senso de sacrifício,

327
Biblioteca UFO

sentido artístico, destino, alma.


(c) Ciclo de 33 dias (intelectual): sistema nervoso, lógica intuitiva, fé,
sabedoria, criação, idealismo, religiosidade, vida superior, espírito.

As interpretações referentes às características dos ritmos vitais podem


variar ligeiramente de autor para autor, mas no contexto geral vemos que todas
coincidem nas suas apreciações. Alguns dos pesquisadores mais credencia-
dos nessa área são os japoneses. O doutor Kichinosuke Tatai, de Tóquio,
diplomado pela Harvard University, começou a estudar o biorritmo “para
demonstrar que ele não passava de uma idiotice numérica”, e acabou se
tornando, após dois anos de estudos, seu maior defensor e divulgador.
Para não nos estendermos em demasia, diremos apenas que para,
demonstrar até que ponto os japoneses levaram a biorritmologia a sério,
milhares de empresas de todos os portes se utilizam deste método para
melhorar a segurança e eficiência da produção, diminuir os acidentes de
trabalho e de trânsito. Incluí-se nesta relação as grandes empresas de
seguros e transportes, tais como companhias de trens e aéreas. Na Inglater-
ra e na Suíça até os esportistas são selecionados para competições de
acordo com seu biorritmo. No Brasil, o preparador físico João Paulo Medina
e o médico Osmar de Oliveira, aplicaram o método em alguns jogadores de
futebol. Por exemplo, os insucessos do Brasil na Copa de 1978, diante da
Suécia e da Espanha, foram previstos com 48 horas de antecedência pelo
estudo do biorritmo dos jogadores, de acordo com o programa Fantástico,
da Rede Globo, dos dias 4 e 11 de junho de 1978.

O biorritmo na Ufologia

Na Ufologia, as estatísticas dos biorritmos realizados nas testemunhas de


contatos de terceiro grau estão dando a entender que estas, aparentemente,
são escolhidas pelos alienígenas talvez por intermédio de algum sistema de
computação biorritmológica. A esse respeito, vamos citar um trabalho desen-
volvido pela doutora Bettina Allen, na década de 70, para a Organización
Nacional Investigativa de Fenómenos Espaciales (ONIFE), da Argentina, a
qual eu pertencia à época. Tal estudo coincide com pesquisas paralelas
desenvolvidas pelo G-PAZ, aqui na Bahia. É importante dizer, no entanto, que

328
Verdades que Incomodam

os trabalhos, embora semelhantes quando comparados aos nossos estudos


preliminares, mostravam algumas peculiaridades. Mesmo que nosso método
fosse mais intuitivo e, o da doutora Allen, eminentemente baseado em estudos
científicos. Vejamos o que ela diz:

“Todo ser humano está exposto a flutuações rítmicas. Nunca


vivemos duas situações idênticas, embora os fatores que as produ-
zem sejam similares e a forma de atuar semelhante. A reação que se
observa vai ser diferente à da circunstância anterior, devido ao
estado do biorritmo [Em suas colocações a doutora Allen difere um
pouco de outros cientistas e se aprofunda mais]. Estamos regidos
por três ritmos: físico, denominado 23, já que seu ciclo opera
durante 23 dias e rege o sistema digestivo, a boca, a garganta e as
pernas, além de vibrar na longitude e freqüência de onda correspon-
dente à cor vermelha. Emocional ou cardiorespiratório, denomina-
do 28, que rege o nariz, os ouvidos, as orelhas, os braços e os pul-
mões. Seu ciclo opera durante 28 dias, vibrando na longitude e
freqüência de onda correspondente à da cor verde. Mental ou
intelectual, abrangendo o sistema nervoso, que rege a cabeça e a
coluna vertebral e vibra na longitude e freqüência da cor amarela.
Existe uma relação de dependência entre a atividade glandu-
lar e as energias que projetam. O biorritmo é útil para poder avaliar
a intensidade de energia projetada pelo ser humano ao longo de
todas as sucessões de valores de cada biorritmo. O mesmo ocupa
um lugar de destaque no ramo da ciência denominada Biopsicoe-
nergética, e é a partir destes números predominantes no indivíduo
que trabalham nossos visitantes extraterrestres quando escolhem
suas testemunhas e vítimas de abdução. Geralmente, os contatos
do terceiro grau acusam uma imobilidade física quando se depa-
ram com o fenômeno. Uma estatística dos casos tem demonstra-
do que isso deve-se ao valor 23 (físico), que se encontra em reces-
so. Ao reger o ciclo 23, as pernas, o estado de choque e baixa
energética, lhe impedem mover-se ou caminhar. Com isso, pode-
ríamos dizer que não são os extraterrestres que imobilizam a
pessoa, mas – em prévio estudo dos valores físicos – sim escolhem

329
Biblioteca UFO

aquele que não poderá impor resistência física.


O biorritmo emocional, na maioria das ocasiões, opera em dias
considerados minicríticos: isto significa que fatos impactantes
podem alterar o estado emocional da pessoa ou colocá-la em ligeira
depressão. Em certos casos, o indivíduo apresenta uma aceleração
do ritmo cardíaco e um estado de leve fadiga. O biorritmo intelectual
acusa quase sempre, mas pode ser tomado como norma geral
[Apenas em dois casos aconteceu o contrário]. Em dias críticos há
pouca atividade intelectual e pouca capacidade de coordenação e
decisão. Quando o ritmo emocional acusa um dia crítico, o dia do
contato de terceiro grau indica que quem está em atividade é o nível
subconsciente. É assim que são gravados os detalhes que depois, ao
ser processada a investigação, a testemunha lembra como algo que
não percebera no momento do avistamento.
Evidentemente, os seres extraterrestres devem contar com
um rápido sistema de avaliação biopsicoenergética do indivíduo
que será contatado. Aproveitam seus ritmos vitais passíveis de
serem observados por intermédio do halo luminescente que todo
ser humano emana de seu corpo energético e bioplasmático,
devido a que, como dissemos anteriormente, cada biorritmo emite
uma cor com determinada vibração e longitude de onda. Toman-
do como referência o físico 23, cuja emissão cromática é verme-
lha, os extraterrestres anulariam o campo energético próprio da
testemunha com outro similar de cor vermelha, mas com um
potencial superior, já que as testemunhas acusam biorritmo físico
em baixa no momento do contato. O campo debilitado do conta-
tado é coberto por outro luminoso, vermelho e potente, emitido do
aparelho voador que o imobiliza. Na realidade, não há nenhum
processo estranho que produza a imobilidade, e sim um processo
natural, uma energia do mesmo teor que possui todo ser humano,
mas com capacidade superior.”

Aproveito para fazer a seguinte colocação: isto poderia ser a chave das
paralisações produzidas pelos UFOs ou seus tripulantes, já que algo que
provocasse uma paralisia muscular fatalmente pararia o coração do indivíduo,

330
Verdades que Incomodam

levando-o à morte – como seria o efeito do curare utilizado por alguns índios
para pescar ou caçar. Porém, como sabemos através da análise da extensa
casuística ufológica mundial, isso normalmente não acontece. Após o contato
ou abdução as testemunhas recobram seus movimentos normal e gradativa-
mente. Mas voltemos à doutora Allen:

“O biorritmo intelectual também está ligado ao ‘sujeito-UFO’.


Dito ritmo, também conhecido como 33, emite a cor amarela
própria dos fachos de luz compacta e coerente. Ao se encontrarem
as testemunhas em dias críticos, a vibração do centro intelectual é
fraca e se conhece como amarelo opaco. O UFO lança, ao descer, os
raios amarelos que, tal como no ciclo físico, são superiores em
amplidão ao próprio campo do sujeito, anulando assim todo
movimento de decisão dele, mas sensibilizam a gravação do fato no
subconsciente. Ocorre então um processo de realimentação do
campo bioplasmático intelectual, por intermédio do facho de luz
amarela que vai ser assimilado pelo sujeito imediatamente após o
contato. Isso acontece em estado de sonolência, que é quando os
neurônios se recarregam de energia, e passam do nível subconsci-
ente ao consciente o processo vivido durante o contato.
O nível rítmico emocional é o fator que os ocupantes dos
UFOs menos levam em conta ao escolher uma vítima de abdução,
a qual neutralizam por uma parte e confortam por outra com a cor
amarela e vermelha. O ser humano vibra, acelera ou diminui seu
ritmo vital em concordância com seus três biorritmos e a amplidão
de suas cores básicas. O UFO está destinado a observar e estudar o
solo, os ritmos e os habitantes do planeta. Daí que se utilizam,
como métodos de aproximação e reconhecimento, da cromática
como sistema de ressonância e detecção. O campo magnético
terrestre também possui uma escala cromática que varia segundo
o tempo real e local. Esta escala cromática é assimétrica e está
composta por várias linhas de força.
O local do planeta onde vive o indivíduo atua sobre seus
biorritmos devido a que o ser humano, que é o microcosmo, vive
em ressonância com o Cosmos. Sobre esta base se assenta a teoria

331
Biblioteca UFO

exposta. Por isso é que existem casos de contato de segundo grau


onde a luminosidade do disco voador é apenas vermelha. Isso
ocorre porque os aliens estão vibrando com a mesma ressonância
do biorritmo 23, porém com maior intensidade. Agem dessa
maneira talvez com a intenção de, por um lado, realizar a tarefa de
mudar o ritmo físico do contatado, e assim acondicioná-lo para
seus propósitos de investigação. Por outro lado, talvez queiram
colocá-lo num novo ponto inicial do biorritmo, algo assim como
um novo nascimento. É por isso que, ao realizar um estudo biorrit-
mológico com uma testemunha de segundo grau, deve-se tomar
como ponto de partida o dia do contato, que é quando o indivíduo
reinicia um novo ciclo físico.
Desta forma, é possível determinar que nos casos em que o
efeito cromático que é emanado do UFO é vermelho, a testemu-
nha não é introduzida no aparelho, mas imobilizada e observada
pelos tripulantes. Estes são fáceis de investigar devido a que, em
estado consciente, as vítimas de abdução conseguem lembrar o
que aconteceu no momento em que a luz vermelha se projetou
sobre elas, já que a zona intelectual não foi afetada. As reações
observadas depois do contato vermelho 23 são hemorragias
nasais, dificuldade para caminhar, distúrbios digestivos e diarréi-
as. Coincidem com as zonas do corpo que governam os 23 dias.
Quando a testemunha é banhada pela luz amarela, tem
afetado seu centro intelectual. São aqueles cujos depoimentos nos
têm oferecido as maiores pautas de comportamento e atividade da
fenomenologia UFO. São detectados pelo mesmo sistema o
estudo da atividade cromática na zona da cabeça e coluna verte-
bral. Além disso, as vítimas são cobertas com uma luz amarela de
amplidão superior à que emite o indivíduo, e dessa forma é anula-
da a atividade mental. Porém, não são realimentados positiva-
mente para uma melhor gravação no subconsciente dos fatos que
irão acontecer. Essas são as testemunhas que geralmente foram
introduzidas no UFO e que tiveram a oportunidade de dialogar
com seus ocupantes. Elas são submetidas ao que poderíamos
chamar de ‘energização intelectual profunda’. São também as

332
Verdades que Incomodam

testemunhas cujas atitudes mentais mudam após o contato.


O facho de luz amarela produz uma amnésia passageira –
com gravação no hipotálamo – dos acontecimentos extraterrenos
que o contatado está vivendo dentro do aparelho. Nos casos de
investigação de contatos de terceiro grau em nível 33, deve-se
trabalhar sob hipnose irradiando sobre a cabeça do indivíduo uma
luz amarela para realimentar os neurônios com a mesma longitu-
de e freqüência de onda que este emite. A luz amarela deve atuar
polarizada (igual a do UFO) sobre a moleira do indivíduo.
Os contatos do ritmo 28 ou emocional, conhecidos como
de primeiro grau, são assim chamados devido a que a testemu-
nha vê a luz verde juntamente com a vermelha ou amarela em
forma de ‘pisca-pisca’ e se impacta com o fenômeno, porém não
se produz contato direto. O impacto é apenas emocional. De
acordo com o exposto anteriormente, poderíamos dizer que o
planeta Terra é para os extraterrestres uma massa magnética
com três biorritmos essenciais: o físico, cujas características
estariam representadas no homem pelo sistema digestivo, e no
planeta corresponderia à zona coberta pelos mares e grandes
quantidades de água, emitindo para o hiperespaço a coloração
vermelha, indicativa da vida.
A boca e a garganta, que correspondem ao pólo sul do plane-
ta, são uma zona de emissão de íons negativos, corrente essencial
para a vida, cuja emissão lumínica também é vermelha e de
grande potencial de força. As pernas, correspondentes às cadeias
de montanhas, também são fontes emissoras de íons na gama de
cores relativas ao vermelho pelos minérios que as mesmas encer-
ram. O emocional 28, emitindo na direção do hiperespaço a cor
verde-azulado, representam no homem os braços, nariz e pul-
mões, e no planeta os bosques, selva e todo o conjunto de árvores e
matas. Os pulmões do planeta são os grandes oxigenadores de
nosso sistema cardiorespiratório.
O biorritmo intelectual 33 representa no homem a cabeça e a
coluna vertebral e, em nosso planeta, os fios de alta tensão e os
grandes complexos de eletrificação do globo. O circuito bioelétrico

333
Biblioteca UFO

cerebral é o circuito elétrico terrestre. Os dois emitem radiação


amarela. Assim como a luz se faz em nossos lares, graças aos
complexos elétricos, ela também se manifesta em nosso cérebro
graças ao esquema bioelétrico. É por isso que o Fenômeno UFO
vibra em ritmo 23 e 33. A água e os fios de alta tensão, as pernas e o
cérebro, são os pilares de nossa existência. A cada 23 dias acontece
um caso de segundo grau. A cada 28, um caso de primeiro grau e, a
cada 33, um caso de terceiro grau em qualquer lugar do mundo. Os
ETs respondem aos nossos ritmos, porém atuam de acordo com os
mesmos e nós não sabemos aproveitá-los. Poderíamos concluir
dizendo que a Terra é a massa, o homem é seu campo e o UFO seria
o momento magnético a que foi submetido o imã ou homem.”

A transcrição deste trabalho nos dá uma ligeira amostra da profundidade


do campo explorado e de sua complexidade – que podemos e devemos
investigar. Evidentemente, alguns dos conceitos emitidos pela doutora Allen,
que respeitamos integralmente, devem ser vistos pela ótica de uma cientista
em atividades 30 anos atrás. Mas, na sua essência, são tremendamente
válidos ainda hoje, assim como naquela época não se falava usualmente em
corpo astral e abdução, implantes, etc. No entanto, se seguirmos a premissa
de agirmos cientificamente, devemos pelo menos analisá-los com cuidado.
Numa época como esta, numa área cheia de dificuldades onde nos encontra-
mos – que às vezes se transforma num beco sem saída – perdidos no meio da
selva, qualquer atalho é caminho…
A biorritmologia pode colaborar. Não que ela nos ajude a provar alguma
coisa, mas serve como um meio auxiliar, de substancial valor, para analisarmos
a testemunha. Com ela podemos tentar ir mais fundo, descobrindo novos
detalhes e, em conseqüência, novas alternativas, ou levar-nos à deduções e
análises que podem se revelar importantes. Em diversos casos, novos ou
antigos, através da pesquisa analógica podemos estudar sob outra ótica as
variações de comportamento das testemunhas. Em nosso grupo, analisamos
por este prisma alguns casos clássicos, como o de Hermínio e Bianca Reis, de
Hélio Aguiar (contatado baiano) e de Manoel França (testemunha e vítima de
um ataque com um facho de luz), além de outros mais duvidosos e complexos,
e outros reconhecidamente falsos. Mas tudo a fim de estabelecermos compa-

334
Verdades que Incomodam

Palavras Finais

Certezas e Dúvidas

“Eu não vim para explicar e sim para confundir.”


– Chacrinha, o Velho Guerreiro

N
ão sei por que – ou talvez esteja muito certo do porquê – coloquei as
palavras do Velho Guerreiro para terminar nossa conversa. Mas
mesmo não sendo de um cientista, são as de um filósofo popular que
entendia como poucos os mistérios da comunicação televisiva. Neste
contexto, meu trabalho parece ganhar um peso e um status que talvez não
mereça. Mas esta frase corresponde a uma realidade muito grande. Eu
poderia, simplesmente, ter colocado meus pontos de vista, minha opinião,
minhas certezas, mas não é esta a intenção. Ficaria bonito, poderia talvez
passar, com grande poder de convicção, muitas verdades e haveria, com
quase certeza, algumas pessoas que aceitariam tudo sem questionar nada.
Outras poderiam até me procurar para fundar mais uma seita ou apoiar meu
grupo de pesquisas, injetando (quem sabe) dinheiro para as investigações e
viagens, equipamentos, etc. Mas quero que fique claro – muito claro – que
esta não é minha intenção mesmo!
Por esta razão, coloco tantos questionamentos através destas páginas,
onde você encontrará mais incertezas do que afirmações. E quando as têm,
são frutos de muito estudo e análise de textos nos mais diversos campos,
documentos oficiais ou experiências pessoais. Em outros momentos, são
frutos de deduções ‘policialescas’ que se revelam corretas e acabam trazendo
mais confusão, no bom sentido. Todos estes questionamentos e perguntas,

335
Biblioteca UFO

que devem deixar chateados os puristas do estilo literário, têm sua razão de
ser. Não é com afirmações de toda a espécie e frases lapidares que vamos
passar nossa idéia e dar um ‘grito de eureca’ ufológico. Não vamos sacudir as
pessoas para que acordem perante algo tão transcendental – não para nós,
mas para a Humanidade – que é a presença alienígena em nosso planeta,
interagindo e mostrando-nos que não estamos sós no Universo.
Tais questionamentos têm como finalidade nos ajudar a pensar um
pouco mais, meditando profundamente e aplicando os princípios da pesqui-
sa dedutiva e analítica para se tentar chegar a um denominador comum. No
início deste livro, deixei bem claro que meu propósito era, através destas
páginas, provocar debates e possivelmente mais perguntas e dúvidas,
obrigando-nos a mergulhar para o interior de nossa mente. Questionar-nos
exatamente para que nossas convicções ou quase certezas, quando as
temos, sejam frutos de um amadurecimento espiritual e intelectual. E se por
acaso endossar minhas propostas, você o terá feito com embasamento e
convicção. Assumo que minha intenção foi realmente um pouco ao estilo do
Velho Guerreiro: não explicar muito e sim confundir um pouco com algumas
destas verdades que incomodam... Também não quis colocar em suas mãos
um livro de ou sobre Ufologia. Para isto existem trabalhos de inúmeros
escritores gabaritados e ufólogos do mais alto nível e competência.
Este livro foi escrito – repito – para obrigá-lo a pensar e a analisar. Um
tapa na cara para fazê-lo reagir e tomar consciência de que estamos todos no
mesmo barco, ou melhor, no mesmo planeta. Se você se zangou com isto,
peço desculpas. Jogue o livro na cesta do lixo ou dê para outra pessoa, da
qual não goste… Um conselho tardio, eu sei. Mas se você não ficou chatea-
do, então todo o meu esforço e as dificuldades que encontrei para chegar a
este final valeram a pena, sinceramente… Mais uma vez, desculpe-me e
muito, muitíssimo obrigado pela sua atenção!

Alberto Romero,
Salvador (BA)

336
Verdades que Incomodam

Post Script
"Escrever sobre um fenômeno tão complexo e ao
mesmo tempo manter a imparcialidade nas análises é
uma qualidade que poucos possuem. Alberto Romero
reuniu à sua longa experiência de ufólogo, uma
excelente qualidade de síntese com respeito à literatura
existente sobre abdução. O tema especificado nesta
obra é um ótimo referencial de informações bem
dosadas, num assunto tão controverso e sem respostas.
A abdução e o fenômeno ufológico como um todo
representam um desafio para as nossas mentes
ocidentais e nos obriga a alargar os limites da nossa
consciência. O trabalho de Romero é mais uma
contribuição corajosa nessa direção."

– Gilda Moura, autora do livro


Transformadores de Consciência

337
Biblioteca UFO

Centro Brasileiro
de Pesquisas de
Discos Voadores

Caixa Postal 2182 – Campo Grande (MS) – CEP 79008-970


Fone (067) 724-6700 – Fax (067) 724-6707
E-mail: [email protected]

338
Verdades que Incomodam Alberto Romero

Verdades que Incomodam é um livro de ra-


ra clareza e discernimento: direto, preciso e con-
tundente. É direto porque o autor, o veterano
ufólogo Alberto Romero, trata da questão ufo-
lógica sem reservas ou restrições, atacando os
principais pontos da presença extraterrestre em
nosso planeta e deixando claro que os objetivos
de nossos visitantes – ainda que desconhecidos
em toda sua extensão – não são tão interessan-
tes aos terrestres quanto a eles próprios.
O livro é preciso porque o autor tem um co-
nhecimento incomum da temática ufológica,
após estudar os discos voadores há mais de qua-
tro décadas, incluindo várias experiências com
UFOs. Nascido na Argentina e radicado na Ba-
hia há mais de 30 anos, Romero fundou em Salvador o Grupo de Pesquisas Aero-
espaciais Zênite (G-PAZ), uma entidade pioneira na pesquisa ufológica nacional.
E o livro é contundente pois o autor diz tudo o que tem para ser dito, sem me-
do ou receio. Ao abordar temas como acobertamento militar dos UFOs, por
exemplo, Romero não poupa governos nem autoridades envolvidas no proces-
so. Ao tratar das mutilações de animais por extraterrestres, o autor é ainda mais
contundente, deixando claro que os extraterrestres verdadeiramente intera-
gem com nosso meio ambiente planetário e recolhem aqui o que bem enten-
dem. É nesse aspecto que a obra tem seu ponto alto: quando apresenta a reali-
dade das visitas e explorações que nossos visitantes fazem em nosso mundo de
maneira profunda e lúcida, sem rodeios e com responsabilidade.
Este livro, terceira edição da Coleção Biblioteca UFO, mantém o estilo lim-
po e o padrão editorial claro e imparcial que a Revista UFO vem fomentando
ao longo de seus 14 anos de atividades. Criada em função da necessidade de
se tratar de temas específicos na Ufologia de forma profissional e aprofunda-
da, esta série vem cumprindo plenamente seu objetivo e sendo cada vez mais
consagrada por leitores e autores.

ufo
Responsabilidade
editorial da revista

Coleção Biblioteca UFO

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