006.aspectos Tecnologias Adjuntas
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b) Redução do edema e controle de exsudato: O exsudato presente no leito pode macerar as bordas da ferida, interferindo com o processo cicatricial, além de ser um
local propício à proliferação de microrganismos. Da mesma forma, o edema é prejudicial, pois dificulta a perfusão de nutrientes e oxigênio dos capilares ao leito da
ferida. A TPN remove quantidades variáveis de exsudato da ferida, reduzindo o edema tecidual e promovendo a restauração do fluxo vascular e linfático, fator que
explica o aumento da perfusão sanguínea local e a melhora da oferta de nutrientes e oxigênio
c) Redução das dimensões da ferida: A aplicação da TPN aproxima as bordas da ferida por
meio de uma força centrípeta, levando à diminuição de suas dimensões pela contração
tecidual
d) Depuração da carga bacteriana: As bactérias presentes na ferida competem pelos nutrientes e oxigênio que seriam destinados à
reparação tecidual, prejudicando o processo de cicatrização. A depuração da carga bacteriana da ferida, no entanto, é assunto
controverso na literatura.
INDICAÇÕES DA TPN
Na literatura, é possível encontrar diversas indicações para a aplicação da TPN. Dentre as principais
indicações, temos:
a) feridas complexas: úlceras por pressão, feridas traumáticas, feridas cirúrgicas (deiscências), queimaduras,
feridas necrotizantes, feridas diabéticas, úlceras venosas, feridas inflamatórias, feridas por radiação, e outras;
b) enxertos de pele: para otimizar a integração do enxerto ao leito;
c) abdome aberto;
A aplicação da TPN pode ser prejudicial ao paciente caso não sejam observadas suas contraindicações.
Huang et al. citam as principais contraindicações da TPN, que podem ser absolutas ou relativas: presença
de necrose sobre o leito da ferida; presença de tecido com malignidade; osteomielite sem tratamento;
fístulas não entéricas ou não exploradas; exposição de vasos, nervos, órgãos ou sítios de anastomoses.
Apesar dessas contraindicações, há relatos da aplicação da TPN sobre vísceras expostas, porém com
proteção dessas estruturas do contato direto com a espuma de poliuretano. Essa proteção pode ser
realizada por um curativo não aderente ou por uma película multiperfurada. Além disso, há relatos da
aplicação da TPN como adjuvante no fechamento de fístula brônquica
DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS COM A
TPN
Oxigenoterapia
HIPERBÁRICA (OHB) SÃO EQUIPAMENTOS OXIGENOTERAPIA
CONSISTE NA INALAÇÃO DE RESISTENTES A PRESSÃO E HIPERBÁRICA (OHB) A
OXIGÊNIO PURO, ESTANDO O PODEM SER DE DOIS TIPOS: INALAÇÃO DE 100% DE O2 EM
RECOMENDAÇÕES - Oxigenoterapia
hiperbárica como tratamento adjuvante de
pacientes diabéticos com ulcerações
infectadas profundas da extremidade
inferior comprometendo ossos ou tendões
em casos selecionados.
LASERTERAPIA
Muitos benefícios estão associados à biomodulação com a LLLT. Segundo Belkin &
Schwartz, os efeitos requerem um limiar de exposição à irradiação, ou seja, dependendo do
efeito desejado é calculada a fluência, ou dose de energia, necessária. O limiar é específico
e cada tecido responde de maneira diferente a um determinado comprimento de onda
• Há vários parâmetros que devem ser
ajustados para aplicar a LLLT, como o
comprimento de onda, potência da luz, tipo
de luz, densidade de energia, energia,
potência e tempo total. A eficácia do
tratamento também depende de muitos
fatores, como a localização e a natureza da
ferida e o estado fisiológico do paciente.
Devido a essas diversas variáveis, o uso de
um protocolo para orientar a LLLT é de
grande importância na prática clínica.
Rotina da aplicação do laser de baixa potência
• Os materiais necessários são: máscara de procedimento, óculos de proteção, luva de procedimento não
estéreis, proteção da ponteira, filme transparente, solução de polihexametileno biguanida (PHMB) para limpeza
de superfície. A aplicação do laser é realizada pelo enfermeiro e é feito curativo convencional após o laser.
• O procedimento se inicia com a orientação do paciente e familiar sobre o procedimento e sua finalidade;
posicionar o paciente de forma confortável de acordo com a localização da ferida; retirar o curativo anterior,
proceder a limpeza da ferida de forma eficiente, removendo todo e qualquer produto existente na lesão e área
periférica (pomadas, coberturas secundárias de qualquer espécie); oferecer óculos de proteção ao paciente,
familiar e qualquer outro indivíduo que permaneça na sala durante a aplicação do laser; proteger a ponteira do
laser com o plástico adequado; proteger a ferida com filme transparente; proceder a aplicação do laser na
ferida conforme o tipo da lesão; aplicação pontual, com distância de 2cm de distância de cada aplicação.
• A aplicação de laser de baixa potência vermelho ou infravermelho não acarreta nenhum tipo de desconforto ao
paciente, qualquer queixa álgica deverá ser investigada antes de proceder a continuidade do tratamento. Deve-
se respeitar o tempo mínimo de intervalo entra as aplicações de 48h. O laser em pele negra possui uma
resposta aumentada, portanto, irradiar com doses menores.
Contraindicação
• Uma contraindicação do uso da laserterapia é a pele negra. Há
uma escassez e limitação de informações e pesquisas na
literatura sobre lasers em tipos de pele de etnia mais escura. A
razão para isso é o risco aumentado de efeitos colaterais
transitórios e permanentes (por exemplo, bolhas, despigmentação
e cicatrizes)
Referências
• Artigo de Revisão • Rev. Col. Bras. Cir. 44 (1) • Jan-Feb 2017
• TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA NO TRATAMENTO DE LESÕES POR
PRESSÃO: REVISÃO DA LITERATURA - Goiânia 2023
• protocolo terapia oxigenoterapia hiperbárica.pdf Curitiba-PR 2022
• Efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização de feridas
cutâneas Rev. Col. Bras. Cir. 2014; 41(2): 129-133 – SCIELO
• Terapia a laser de baixa potência no manejo da cicatrização de
feridas cutâneas - Artigo Original • Rev. Bras. Cir. Plást. 37
(4) • Oct-Dec 2022
• https://doi.org/10.5935/2177-1235.2022RBCP.640-pt