Re Sen Ha Geo 2024 Juliana

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS TUCURUÍ

GEOGRAFIA

A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO: O PROCESSO


DIFERENCIADO DE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL NAS DIVERSAS REGIÕES.

HERMANN, J. Cenário do encontro de povos: a construção do território. In: IBGE. Brasil:


500 anos de povoamento. Centro de documentação e informações. Rio de Janeiro: IBGE,
2007, p. 19-33.

Juliana Cunha de Oliveira


[email protected]

RESENHA

A potencialidade da riqueza nacional no Brasil é destacada como ainda em grande


parte inexplorada, apesar de suas características naturais que o tornaram conhecido como "o
País do futuro". Essas características incluem uma terra farta e rica, um clima ameno e um
povo "cordial", elementos que a natureza concedeu generosamente ao país. No entanto, a
extensão continental do Brasil, embora seja considerada um dado "natural", foi na verdade
uma construção lenta e difícil ao longo de cinco séculos de história. Esses marcos históricos
incluem eventos como o período colonial, a independência, a expansão territorial durante o
século XIX e as mudanças políticas e econômicas ao longo do século XX. Essa narrativa
histórica ilustra a complexidade e a profundidade da formação territorial do Brasil e destaca a
vasta gama de recursos ainda por explorar em sua jornada rumo ao pleno aproveitamento de
sua potencialidade econômica.
A construção do território brasileiro ocorreu principalmente por meio de duas
estratégias complementares: a conquista territorial e as negociações diplomáticas. Desde a
chegada dos portugueses à costa brasileira no início do século XVI, as viagens ultramarinas
combinavam elementos do imaginário medieval com avanços técnicos náuticos,
impulsionando a expansão marítima. O nome "Brasil", originado da primeira mercadoria
comercializada com os europeus - o pau-brasil - foi objeto de especulações, com teorias que
sugeriam a possibilidade de os portugueses terem chegado à mítica "ilha Brazil", associada ao
monge irlandês São Brandão do século VI.Jaime Cortesão, historiador, descreve a concepção
da "ilha Brazil" como um "mito geopolítico", combinando o apelo comercial da madeira de
cor abrasada com a força do imaginário do Paraíso Terreal. A legitimidade do domínio
português sobre as terras descobertas por Pedro Álvares Cabral foi estabelecida pelo Tratado
de Tordesilhas, em 1494. Apesar das especulações sobre se Portugal já tinha conhecimento
das terras brasileiras antes da expedição de Cabral, o direito de posse sobre a faixa de terra
onde se situava o Brasil foi resultado das crescentes rivalidades entre Portugal e Espanha
pelas novas terras.
A disputa pelo domínio das terras recém-"descobertas" pelos europeus, influenciada
pela interferência papal e pelo espírito de cruzada, refletia a mentalidade medieval e a
continuidade da guerra pela recuperação de territórios cristãos. O Tratado de Tordesilhas, que
demarcava os hemisférios de influência de Portugal e Espanha, assegurou aos portugueses a
posse das terras "descobertas" por Cabral em 1500. Ainda assim, no início do século XVI, o
Brasil consistia principalmente de uma faixa litorânea pouco ocupada pelos descobridores,
conforme observado por Capistrano de Abreu. O estabelecimento desse primeiro esboço da
conformação territorial do Brasil foi fundamentalmente influenciado pelo Tratado de 1494,
embora a extensão e o desenvolvimento posterior do território ainda fossem incertos na época.
A disputa pelo direito à posse dos novos territórios levou até mesmo o rei francês Francisco I
a contestar o "testamento de Adão", buscando apoio para suas incursões coloniais, inclusive
na costa brasileira.

Marcos históricos significativos:


- O espírito de cruzada medieval e a influência papal nas disputas territoriais, refletindo
a mentalidade da época.
- O Tratado de Tordesilhas de 1494, que dividiu as terras recém-descobertas entre
Portugal e Espanha.
- A contestação do Tratado de Tordesilhas pelo rei francês Francisco I, que resultou no
apoio francês a incursões coloniais na costa brasileira.
- A descrição do Brasil no início do século XVI como uma pequena faixa litorânea
pouco ocupada pelos descobridores, conforme observado por Capistrano de Abreu.

O artigo apresenta uma análise detalhada e bem fundamentada do processo de ocupação e


colonização do Brasil pelos portugueses. Destaca-se a transição da exploração esparsa para
uma ocupação efetiva da costa litorânea com a instituição do sistema de capitanias
hereditárias por D. João III em 1532, um marco crucial na consolidação do domínio português
sobre o território brasileiro.
Além disso, são explorados os contextos interno e externo que influenciaram a decisão de
Portugal de colonizar o Brasil. A perda de praças importantes para os muçulmanos no norte i
África incentivou o reino a concentrar seus esforços na Índia, enquanto a necessidade de
garantir rotas para as Índias e expulsar os franceses da costa brasileira levou a um esforço de
conquista por parte de Portugal, enfrentando tanto as ambições de países europeus rivais
quanto a resistência nativa encontrada no Brasil.
A argumentação é enriquecida com a reflexão de Capistrano de Abreu sobre o direito
português estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, sugerindo que Portugal enfrentou, na
prática, uma disputa com os franceses pelas terras coloniais. O sistema de capitanias
hereditárias é apresentado como uma tentativa de estabelecer mecanismos efetivos de controle
sobre o litoral brasileiro, refletindo a estratégia de Portugal para consolidar sua presença na
região.
No conjunto, o artigo oferece uma análise detalhada e perspicaz do processo de colonização
do Brasil, destacando os motivos, estratégias e desafios enfrentados pelos portugueses durante
esse período crucial da história do país.
Durante o período de colonização do Brasil, Portugal adotou o sistema de capitanias
hereditárias como uma forma de promover a ocupação do território. Essas capitanias eram
áreas costeiras doadas a nobres e funcionários destacados pela Coroa Portuguesa entre 1534 e
1536. Os donatários, apesar de receberem terras, não tinham propriedade absoluta sobre elas,
mas sim o poder de administrá-las em nome do Estado português. O objetivo era estimular o
estabelecimento de colonos, concedendo-lhes sesmarias para cultivar a terra, com a obrigação
de torná-la produtiva dentro de um prazo determinado.

No entanto, o sistema de capitanias hereditárias enfrentou desafios, como ataques


indígenas e falta de proteção contra invasões estrangeiras. Apesar disso, essas capitanias
foram os primeiros núcleos de ocupação e colonização portuguesa no Brasil. Exemplos disso
são São Vicente, concedida a Martim Afonso de Sousa em 1532, e Pernambuco, concedida a
Duarte Coelho em 1534, que se tornou a base da economia açucareira na região.
No período inicial da colonização, Portugal adotou um estilo feitorial de ocupação do
Brasil, semelhante ao usado em outras colônias africanas e asiáticas. Esse estilo consistia na
criação de feitorias ao longo da costa para fins comerciais, militares e diplomáticos. Ao
contrário da Espanha, que planejou cidades para estruturar sua colonização na América, os
portugueses permaneceram predominantemente na costa, dando um caráter improvisado aos
primeiros momentos da história colonial do Brasil.

O primeiro Governo Geral foi estabelecido em 1549, confiado a Tomé de Sousa,


dando início a uma organização administrativa mais centralizada no Brasil. Nesse mesmo ano,
foi fundada a cidade de Salvador e chegaram os primeiros padres da Companhia de Jesus, que
desempenharam um papel importante no relacionamento com os povos indígenas.

Durante o século XVI, Portugal enfrentou desafios de outros países europeus na costa
brasileira, como os franceses, que fundaram uma colônia na Ilha da Guanabara, no Rio de
Janeiro, em 1555. Essa colônia, conhecida como "França Antártica", foi destruída pela reação
militar portuguesa em 1560.

A dominação espanhola em Portugal (1580-1640) teve impacto na colonização do


Brasil, conferindo características mais hispânicas à administração colonial. No entanto, a
União Ibérica diluiu as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Tordesilhas, expandindo os
limites territoriais do Brasil ao norte, com a conquista do Maranhão, e ao sul, ampliando a
fronteira na região do Prata.

Durante o período filipino, iniciaram-se as primeiras expedições dos bandeirantes em


São Paulo, a partir de 1580. Essas expedições visavam explorar o interior do Brasil,
conhecido como "sertão", e expandiram gradualmente a ocupação portuguesa para o interior
do país. A metrópole espanhola, apoiando o patrocínio de expedições exploratórias,
redesenhou os limites territoriais da colônia brasileira, invadindo o interior e alargando as
fronteiras que separavam Portugal da Espanha.
No entanto, a união das duas Coroas também tornou os espaços coloniais mais
vulneráveis aos ataques de inimigos do império espanhol.
O texto aborda a expansão territorial para o interior do Brasil durante o período
colonial, especialmente durante a dominação espanhola (1580-1640), conhecida como período
filipino. Nesse período, ocorreu o início das expedições dos bandeirantes em São Paulo, que
se aventuraram pelos "sertões", termo utilizado para se referir ao interior, às áreas selvagens e
inexploradas do país.q
Essa expansão territorial foi marcada por várias iniciativas dos bandeirantes, como a
primeira grande bandeira para capturar e escravizar índios no sertão dos Carijós, liderada por
Jerônimo Leitão em 1585. Essas incursões resultaram na ocupação gradual do interior do
Brasil e no alargamento da faixa litorânea ocupada pelos portugueses desde o início do século
XVI.
Dentre as conquistas e guerras travadas durante esse período, destacam-se a conquista
da Paraíba em 1584, as guerras contra os índios no norte da Bahia (atual Sergipe) em 1589, a
exploração da região de Goiás em 1592, as primeiras incursões dos bandeirantes paulistas na
região de Minas Gerais em 1596 e a captura de índios na região do baixo Paraná em 1604.

A presença espanhola no comando do reino português durante a União Ibérica resultou


na adoção de um padrão hispânico de administração colonial, mais interiorizado e planejado.
No entanto, essa união também tornou os espaços coloniais mais vulneráveis aos ataques de
inimigos do império espanhol, o que afetou a segurança e a estabilidade das colônias
portuguesas, incluindo o Brasil.
- Independência da Espanha e de Portugal: No caso da Espanha, a independência foi
conduzida pelas lideranças locais, enquanto no Brasil, a própria metrópole portuguesa iniciou
o processo de autonomia política da colônia, misturando-se com ela e tornando-a sede do
império.

- Guerra do Paraguai: Na segunda metade do Século XIX, a região do rio da Prata


enfrentou uma profunda crise que resultou na Guerra do Paraguai em 1865. A guerra
envolveu Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, com questões territoriais, especialmente a
navegação nos rios Paraná e Paraguai, integrando o Estado de Mato Grosso ao restante do
Brasil.

- Proclamação da República: Em 1889, com a Proclamação da República, as


províncias do Império foram transformadas em estados da República Federativa do Brasil,
conferindo-lhes autonomia relativa, mas mantendo-os subordinados ao governo federal
sediado no Rio de Janeiro, de acordo com a Primeira Constituição Republicana de 1891.

- Mudança do eixo político: A Proclamação da República também provocou um


deslocamento do eixo das forças políticas do nordeste para o sudeste do Brasil, mantendo a
supremacia do Rio de Janeiro como capital federal e consolidando o peso político do Estado
de São Paulo, especialmente devido à cafeicultura.
- Processo de industrialização: A partir de meados do século XIX, o Brasil se tornou o
principal cenário do processo de industrialização do país, marcando uma mudança
significativa em sua economia.

- Desafios territoriais durante o período republicano: O período republicano enfrentou


desafios à integridade territorial, como a revolta dos Federalistas no Rio Grande do Sul (1893-
1895) e a revolução constitucionalista em São Paulo (1932), que contestou o regime
varguista. Além disso, a Questão do Acre, resolvida pelo Tratado de Petrópolis em 1903,
alterou a conformação territorial do Brasil.

- Mudanças político-administrativas: Ao longo do século XX, o Brasil passou por


transformações político-administrativas significativas, incluindo a criação de territórios
federais e a elevação de territórios à categoria de estados, como o caso do Acre em 1962 e do
Tocantins com a Constituição de 1988.

- Transferência da capital para Brasília: Uma das mudanças mais radicais foi a
transferência da capital do Brasil para Brasília em 1960, uma cidade planejada com o objetivo
de interiorizar o centro político do país e melhor integrar seu vasto território.

- Unidade territorial e diversidade: Ao longo de 500 anos de história, o Brasil


construiu sua unidade territorial, mas ainda enfrenta imensas desigualdades regionais, tanto
sociais e econômicas quanto geológicas e culturais. O país é marcado por uma identidade
cultural múltipla e híbrida, refletindo a diversidade de povos indígenas, europeus, africanos e
imigrantes de diversas origens.
Utilizando-se de negociações com os espanhóis para estabelecer novos princípios para
a demarcação de fronteiras, Portugal procurou fundamentar sua argumentação sobre o direito
à Colônia de Sacramento. Para tanto, encomendou estudos geográficos e históricos das terras
ao norte do rio da Prata, enviou exploradores à região, requisitou mapas e aconselhou o
monarca português a ceder a Colônia de Sacramento em troca da posse dos territórios
fronteiriços com a Amazônia, o centro e sul do país, baseando-se no critério do direito sobre
as terras já habitadas por população portuguesa, em conformidade com o princípio do uti
possidetis, ou seja, o direito de posse estabelecido pela ocupação efetiva e prolongada de um
território.
O Tratado de Madri manteve, por um período breve, a questão da Colônia do
Sacramento sob controle, mas Portugal e Espanha voltariam a entrar em conflito em 1776,
quando os portugueses reconquistaram a região do Rio Grande do Sul e expulsaram os
espanhóis. Em 1777, os espanhóis conquistaram Santa Catarina e a Colônia do Sacramento,
após invadirem também o sul de Mato Grosso. Em outubro do mesmo ano, o Tratado de
Santo Ildefonso ratificou, com algumas modificações, o Tratado de Madri: Portugal
conservou posições na ilha de Santa Catarina e na região do Prata, incluindo a área dos Sete
Povos das Missões (que abrangia grande parte do atual Rio Grande do Sul), em troca da
Colônia de Sacramento, situada no atual Uruguai. No entanto, os conflitos persistiram por
algum tempo nessa região, especialmente na Banda Oriental do Uruguai, que se tornaria
futuramente a Província Cisplatina.
Durante o processo de negociação para estabelecer novos princípios de demarcação de
fronteiras com os espanhóis, Portugal se baseou em uma série de fatos históricos e referências
para fundamentar sua argumentação. Um dos marcos fundamentais desse período foi o
Tratado de Madri de 1750, também conhecido como Tratado de Limites entre Portugal e
Espanha, que buscava definir de maneira mais precisa as fronteiras entre as colônias
portuguesas e espanholas na América do Sul
No contexto desse tratado, Portugal procurou justificar seu direito à Colônia de
Sacramento, localizada no atual Uruguai. Para isso, encomendou estudos geográficos e
históricos das terras ao norte do rio da Prata, com o objetivo de comprovar sua ocupação
efetiva e prolongada. Esses estudos foram fundamentais para embasar as reivindicações
portuguesas durante as negociações.
ém disso, Portugal utilizou o critério do uti possidetis, princípio jurídico que reconhece o
direito de posse sobre um território com base na ocupação efetiva, para argumentar a favor de
sua soberania sobre a Colônia de Sacramento. Esse princípio era amplamente reconhecido no
contexto das relações internacionais da época e foi fundamental para legitimar as
reivindicações portuguesas.
Os conflitos entre Portugal e Espanha na região do rio da Prata não se limitaram
apenas às negociações diplomáticas. Em 1776, os portugueses reconquistaram a região do Rio
Grande do Sul, expulsando os espanhóis, o que demonstra a intensidade das disputas
territoriais entre as duas potências coloniais.
Esses eventos históricos culminaram no Tratado de Santo Ildefonso de 1777, que
confirmou, com algumas modificações, as disposições do Tratado de Madri. Portugal manteve
posições estratégicas na região do Prata, incluindo a área dos Sete Povos das Missões, em
troca da Colônia de Sacramento.
Portanto, ao longo desse processo histórico, Portugal utilizou uma combinação de
argumentos jurídicos, baseados em princípios reconhecidos internacionalmente, e ações
militares para garantir sua posição na região do rio da Prata e assegurar sua soberania sobre a
Colônia de Sacramento. Esses eventos são fundamentais para compreender as dinâmicas
geopolíticas da época e as relações entre as potências coloniais na América do Sul.
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Segundo Jacqueline Hermann:

O final do Século XVII conheceria ainda a descoberta de ouro nas regiões das Minas
Gerais, cuja exploração teria papel significativo na expansão territorial e no
rearranjo administrativo da colônia. Em 1693, foi criada a capitania do Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas, tempo em que se descobriu ouro nas regiões das Minas.
O início do Século XVIII assistiu aos primeiros conflitos entre bandeirantes
paulistas e os forasteiros pela procura de ouro e pedras preciosas, no que ficou
conhecido como “guerra dos emboabas”. Com o massacre dos paulistas em 1709,
teve início uma intervenção mais efetiva da Coroa na região de Minas Gerais, que
separou Minas da capitania do Rio de Janeiro e criou a capitania de São Paulo, em
substituição à de São Vicente. A fase da mineração destacou-se ainda pela compra,
por parte da Coroa, de várias capitanias, como a de São Vicente (1710), Pernambuco
(1716) e Espírito Santo (1718), dando nova feição à administração portuguesa na
colônia, mais presente, mais burocratizada e interiorizada. A necessidade crescente
de abastecimento na região das Minas, provocada pelo afluxo de população em
busca de riquezas, contribuiu ainda para a expansão do Brasil em direção ao Rio
Grande, fomentando a criação de gado e rebanhos de todo tipo (HERMANN, 2007,
p. 27).

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REFERÊNCIAS

HERMANN, J. Cenário do encontro de povos: a construção do território. In: IBGE. Brasil:


500 anos de povoamento. Centro de documentação e informações. Rio de Janeiro: IBGE,
2007, p. 19-33.

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