Texto Complementar - Semana 6 Elementos Estrutrais Do Texto: Disciplina: Leitura e Produção Textual Semana: 06

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Disciplina: Leitura e produção textual

Semana: 06

TEXTO COMPLEMENTAR – SEMANA 6


ELEMENTOS ESTRUTRAIS DO TEXTO

1. ESTRUTURA DO TEXTO

Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a capacidade que temos de pensar.
Por meio do pensamento, elaboramos todas as informações que recebemos e orientamos as
ações que interferem na realidade e organização de nossos escritos. O que lemos é produto de
um pensamento transformado em texto.

Logo, como cada um de nós tem seu modo de pensar, quando escrevemos, sempre
procuramos uma maneira organizada do leitor compreender as nossas ideias. A finalidade da
escrita é direcionar totalmente o que você quer dizer, por meio da comunicação.

Para isso, os elementos que compõem o texto se subdividem em: introdução,


desenvolvimento e conclusão. Todos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.

1.1 INTRODUÇÃO

Caracterizada pela entrada no assunto e a argumentação inicial. A ideia central do


texto é apresentada nessa etapa. Entretanto, essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O
seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém, em textos mais curtos, essa
proporção não é equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos mais
longos, em que o assunto é exposto em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo
ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários parágrafos. Em
redações mais comuns, que possuem uma média de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro
parágrafo.

1.2 DESENVOLVIMENTO

A maior parte do texto está inserida no desenvolvimento. Ele é responsável por


estabelecer uma ligação entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elaboradas as
ideias, os dados e os argumentos que sustentam e dão base às explicações e posições do

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autor. É caracterizado por uma “ponte” formada pela organização das ideias, em uma sequência
que permite, entre os dois lados, formar uma relação equilibrada.

O autor do texto revela sua capacidade de discutir um determinado tema no


desenvolvimento. Nessa parte, ele se torna capaz de defender seus pontos de vista, além de
dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.

Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o escritor já deve ter uma ideia clara
de como vai ser a conclusão. Por isso, a importância do planejamento de texto.

Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar
inserido em capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Deverá se apresentar no formato de
parágrafos medianos e curtos.

Os principais erros cometidos no desenvolvimento são o desvio e a desconexão da


argumentação. O primeiro está relacionado ao autor tomar um argumento secundário que se
distancia da discussão inicial, ou quando se concentra em apenas um aspecto do tema e
esquece o seu todo. O segundo caso acontece quando quem redige tem muitas ideias ou
informações sobre o que está sendo discutido, não conseguindo estruturá-las. Surge também a
dificuldade de organizar seus pensamentos e definir uma linha lógica de raciocínio.

1.3 CONCLUSÃO

Considerada a parte mais importante do texto, é o ponto de chegada de todas as


argumentações elaboradas. As ideias e os dados utilizados se convergem para essa parte, em
que a exposição ou discussão se fecha.

Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma brecha para uma possível
continuidade do assunto; ou seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser
encerrada com argumentos repetitivos, sendo evitados na medida do possível. Alguns exemplos:
“Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”.

Sua proporção em relação à totalidade do texto deve ser equivalente ao da introdução:


de 1/5. Essa é uma das características de textos bem redigidos.

Os seguintes erros aparecem quando as conclusões ficam muito longas:

→O problema aparece quando não ocorre uma exploração correta do


desenvolvimento.

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Logo, acontece uma invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão. Outro fator
consequente da insuficiência de fundamentação do desenvolvimento está na conclusão carecer
de maiores explicações, ficando bastante vazia.

1.4 FALHAS NA PRODUÇÃO ESCRITA

→Enrolação e “encheção de linguiça” são bastante comuns no texto em que o autor


fica girando em torno de ideias redundantes ou paralelas.

→Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamente dispensáveis.

→Quando não tem clareza de qual é a melhor conclusão, o autor acaba se perdendo
na argumentação final.

Em relação à abertura para novas discussões, a conclusão não pode ter esse formato,
exceto pelos seguintes fatores:

→Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas polêmicos, o autor deixa a
conclusão em aberto.

→Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade do texto, ou autor não fecha a
discussão de propósito.

→Por apenas apresentar dados e informações sobre o tema a ser desenvolvido, o


autor não deseja concluir o assunto.

→Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor enumera algumas perguntas
no final do texto.

A maioria dessas falhas podem ser evitadas, se antes o autor fizer um esboço de todas
as suas ideias. Essa técnica é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Nela,
devem estar indicadas as melhores sequências a serem utilizadas na redação. O roteiro deve
ser o mais enxuto possível.

1.5 TÉCNICAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS

Primeiramente, deve-se levar em consideração a questão de desenvolver e organizar


as ideias. Prioriza-se, na produção de um texto, o conhecimento pré-existente. Esse

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conhecimento é construído por meio da capacidade que temos de questionar, repensar, refazer,
reestruturar e aperfeiçoar nossas ideias.

É natural aprender a escrever, escrevendo. Por isso, antes de começar o texto, faça
um esboço, mesmo com o intuito de que, inicialmente, ele terá a utilidade de um roteiro e que,
durante a produção, poderá sofrer modificações.

Um método bastante simples de se estruturar as ideias começa com a anotação de


todas elas, não se preocupando com uma sequência lógica. Tudo o que vier à mente dever ser
escrito na folha, não importando a ordem ou os erros gramaticais. Apenas escreva. Essa técnica
é conhecida como brainstorm, ou tempestade cerebral, e tem por objetivo registrar tudo sobre o
assunto, para que mais tarde seja possível avaliar e organizar as ideias. Esse processo costuma
gerar bons resultados.

Também é necessário que haja a consciência de que pensar supõe diálogo e, quando
escrevemos, é preciso sempre estar presente que o alvo e a meta a ser atingida são os leitores.
Assim que se conhecem as expectativas do receptor, é possível compreender as principais
informações que devem estar contidas no texto. Quando a transmissão é objetiva, pode-se
chegar à organização ideal do texto. Atribuir a atenção devida ao leitor faz dimensionar o valor e
dar destaque ao assunto mencionado no texto.

Uma elaboração prévia faz com que as informações menos importantes fiquem
designadas a um segundo plano, ou mesmo desprezadas. Fique atento àquelas que são
capazes de deixar o texto fluir; elas merecem um detalhamento maior.

O controle das palavras é completamente possível quando se faz uma redação. O


importante, para isso, é saber como fazer uma boa redação! É preciso, para isso, lê-las em voz
alta, primeiro, e ouvir como soam aos seus ouvidos, perguntando se o contexto faz sentido.
Também é possível pronunciá-las em baixo tom, perguntando se realmente transmitem o que
deseja. Reescrevendo o que já escreveu, aparecem várias chances de acertar, antes de mandar
a mensagem para o receptor.

Para escrever bem e de maneira simples, atribuindo qualidades à linguagem, alguns


pontos devem ser levados em consideração. São eles: clareza, fluência, concisão, precisão,
coesão e coerência.

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1.5.1Clareza

Numa primeira leitura, esse fator permite a compreensão. A clareza consiste na


expressão exata de um pensamento. Para isso, recomenda-se o uso de períodos curtos,
ausentes de adjetivação e rodeio de palavras e que não contenham duplo sentido e quebra da
ordem lógica. Procure sempre fazer rascunhos antes das suas produções finais. Mas, se isso
não for possível, escreva, antes de mais nada, um esquema com todos os itens a serem
desenvolvidos. Os parágrafos não devem ser muito grandes. Cada item deve ser desenvolvido
em um parágrafo.

1.5.2 Fluência

A leitura ininterrupta é proporcionada por esse fator. A fluência é característica das


redações que não causam prejuízo da compreensão e necessidade de releitura. Exemplos de
textos claros, fluentes e adequado aos seus leitores, são os jornalísticos e o dos livros didáticos.
Geralmente, quando a ordem direta de um período é quebrada, intercalando-se ideias entre os
termos integrantes da oração ou entre orações de um período, a fluência do texto acaba sendo
prejudicada.

1.5.3 Concisão

Quando utilizado o mínimo de palavras para dizer o máximo possível de coisas, a


concisão passa a ser uma qualidade do texto. Para isso, elimine a superficialidade de termos e
expressões. A prolixidade é inimiga número um da concisão.

1.5.4 Precisão

Quando uma palavra certa é utilizada para dizer exatamente o que se quer expressar,
usamos a precisão. Esse fator é determinado pelo domínio do vocabulário que temos. O
conhecimento de um grande número de palavras não é um determinante nesse caso. Logo, a
expressão e a recepção da mensagem são facilitadas e abreviadas por um vocabulário preciso.

1.5.5 Coesão

Para que esse fator exista, é necessária uma ligação lógica entre as palavras, orações,
períodos e parágrafos. Para que isso ocorra, o autor não deve escrever palavras ou frases
“soltas”. O uso correto de conectivos como: mas, porém, contudo, todavia, o qual, cujo, quanto,
que, onde, etc. Eles evitam a repetição excessiva das mesmas palavras.

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1.5.6 Coerência

A coerência aparece quando as ideias expostas estão relacionadas de tal maneira que
a conexão é evidente, dando origem a uma linguagem lógica. Nos textos coerentes, não há nada
destoante, ilógico, contraditório ou desconexo.

1.7 As principais dicas de redação são:

→As palavras difíceis devem ser deixadas de lado, caso você tenha dúvidas quanto ao
significado. Logo, nada de apenas causar uma boa impressão;

→Sempre que possível, evitar o uso de gírias. Por isso, sempre prefira recorrer à
linguagem culta e formal;

→A boa imagem é causada quando a grafia é escrita corretamente. Evite palavras


estrangeiras. Um exemplo é, ao invés de se escrever a palavra “hobby”, escrever “passatempo”;

→Sempre utilize o dicionário como um suporte para a elaboração de seus textos.


Enquanto se escreve, é natural que apareçam dúvidas quanto à grafia correta das palavras.
Também, deve-se utilizar o dicionário para enriquecer o vocabulário nos textos.

REFERÊNCIAS

KERDNA PRODUÇÃO EDITORIAL. Site consultado


http://producao-de-textos.info/tecnicas-para-producao-de-textos.html. Acessado dia
24/02/2022.

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