Resumo Expandido Valeria

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A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO ESCOLAR: A INCLUSÃO DE ALUNOS

COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO AMBIENTE ESCOLAR REGULAR.

Valeria Soares Cabral

1. INTRODUÇÃO

A inclusão escolar é um tema de grande relevância na atualidade, sendo


objeto de estudos e debates em diversos contextos educacionais. A inclusão
de alunos com necessidades especiais no ambiente escolar regular é um
desafio que envolve a adaptação de práticas pedagógicas, a formação de
professores e a estrutura física das escolas. Este artigo se propõe a discutir a
importância da inclusão escolar de alunos com necessidades especiais no
ensino regular, focando nas estratégias pedagógicas que podem ser adotadas
para promover uma educação inclusiva e de qualidade para todos os alunos.

A inclusão escolar é um movimento mundial de integração de alunos


com necessidades educacionais especiais nas escolas. De acordo com dados
do Ministério da Educação, o número de alunos com necessidades especiais
matriculados em escolas regulares vem crescendo, enquanto o número de
matrículas em escolas especiais diminui. Isso mostra que, oferecendo as
ferramentas e atenção necessárias, os alunos e as famílias de crianças
especiais preferem mantê-los no ensino regular.

Apesar dos avanços legislativos e das políticas de inclusão, ainda


existem muitos desafios a serem superados para que a inclusão escolar seja
efetiva. Entre eles, destacam-se a falta de preparo dos professores para lidar
com a diversidade em sala de aula e a resistência de algumas instituições e
profissionais em acolher alunos com necessidades especiais. Além disso, a
infraestrutura das escolas muitas vezes não atende às especificidades da
educação inclusiva, o que representa um obstáculo significativo para a
implementação de práticas inclusivas.
O objetivo geral deste trabalho é analisar a importância da inclusão
escolar de alunos com necessidades especiais no ensino regular e identificar
as principais estratégias pedagógicas que podem ser adotadas para promover
uma educação inclusiva. Para atingir este objetivo, o trabalho se propõe a
discutir o conceito de inclusão escolar e sua importância no contexto
educacional atual, identificar os principais desafios enfrentados pelas escolas e
professores na inclusão de alunos com necessidades especiais, apresentar
estratégias pedagógicas que podem ser adotadas para promover a inclusão
escolar e analisar a legislação e as políticas públicas voltadas para a inclusão
escolar.

Entre as estratégias pedagógicas para a promoção da educação


inclusiva, destacam-se a avaliação individualizada, a criação de ambientes
inclusivos e acolhedores, o estabelecimento de parcerias com a comunidade, o
investimento na formação dos professores e a realização de avaliação e
monitoramento contínuo.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 INCLUSÃO ESCOLAR

A inclusão escolar é um conceito que tem sido amplamente discutido e


analisado no campo da educação. Segundo Meneses (2024, p. 1) um professor
de Filosofia e Mestre em Ciências da Educação, a inclusão escolar está
relacionada com o acesso e permanência dos cidadãos nas escolas,
respeitando suas diferenças, particularidades e especificidades.

Nesse sentido, a inclusão escolar é vista como um movimento global


que visa a integração de alunos com necessidades educacionais especiais nas
escolas regulares. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o Brasil conta com mais de 17 milhões de pessoas com dois anos de
idade ou mais com algum tipo de deficiência, o número de alunos com
necessidades especiais matriculados em escolas regulares vem crescendo,
enquanto o número de matrículas em escolas especiais diminui (MEC, 2016).
Isso mostra que, oferecendo as ferramentas e atenção necessárias, os alunos
e as famílias de crianças especiais preferem mantê-los no ensino regular.

A inclusão escolar, portanto, não se trata apenas de garantir o acesso à


educação, mas também de assegurar a permanência e o sucesso desses
alunos no ambiente escolar. Para isso, é necessário que as escolas estejam
preparadas para atender às necessidades específicas desses alunos, seja na
infraestrutura da instituição ou na capacitação dos profissionais de ensino.

Para Mantoan (2003, p.10), uma das principais referências no estudo da


inclusão escolar no Brasil, defende que a inclusão é mais do que simplesmente
estar junto, é interagir com o outro. Nesse sentido, a inclusão escolar vai além
da presença física do aluno com necessidades especiais na sala de aula,
envolve também a participação ativa e significativa desses alunos no processo
de ensino-aprendizagem.

No entanto, apesar dos avanços na legislação e nas políticas de


inclusão, ainda existem muitos desafios a serem superados para que a
inclusão escolar seja efetiva. Entre eles, destacam-se a falta de preparo dos
professores para lidar com a diversidade em sala de aula e a resistência de
algumas instituições e profissionais em acolher alunos com necessidades
especiais (CARVALHO, 2015, p. 158).

Portanto, é fundamental que haja um comprometimento de todos os


envolvidos no processo educacional - gestores, professores, famílias e a
própria sociedade - para que a inclusão escolar seja uma realidade em todas
as escolas do país. A inclusão escolar é um direito de todos e um dever do
Estado, e sua efetivação é fundamental para a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.

2.2 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO ESCOLAR

A inclusão escolar é um tema de grande relevância na educação


contemporânea, exigindo estratégias pedagógicas eficazes para sua
implementação. Este texto discute algumas dessas estratégias, com base em
pesquisas e práticas bem-sucedidas.

A avaliação individualizada é uma estratégia fundamental para a


inclusão escolar. Segundo a perspectiva inclusiva, a avaliação é um processo
contínuo e contextualizado, no qual a referência deve ser a trajetória individual
do estudante. Isso significa que a avaliação deve estar atrelada à atenção
diversificada, adaptando-se às diferenças características e necessidades
educativas de cada aluno (RODRIGUES, 2019, p. 1).

A criação de ambientes inclusivos e acolhedores é outra estratégia


essencial. Para Marques (2023, p. 1), a escola deve promover um ambiente
físico e emocional que acolha a diversidade. Isso envolve a utilização de uma
variedade de recursos, como materiais visuais, auditivos e táteis, e encorajar
todos os alunos a participar ativamente nas atividades da sala de aula.

Estabelecer parcerias com a comunidade é uma estratégia fundamental


para promover a inclusão escolar bem-sucedida. Ao envolver a comunidade no
processo educacional, é possível criar um ambiente de apoio e colaboração,
que beneficia todos os alunos, conforme analisa (MANTOAN, 2003, p.10). Essas
parcerias podem incluir organizações da comunidade, como instituições de
apoio a pessoas com deficiência, grupos sociais e empresas locais.

O investimento na formação dos professores é crucial para a inclusão


escolar. Os professores capacitados devem ter uma disciplina em sua
formação inicial a respeito da educação especial e da educação inclusiva, além
de adquirir competências para perceber as necessidades educacionais
específicas dos estudantes e flexibilizar a ação pedagógica para atender as
suas especificidades (CARVALHO, 2015, p. 158). Além disso, o governo federal
brasileiro deve investir em ações para ampliar o acesso, permanência,
participação e aprendizagem de estudantes em escolas comuns, além de
formação de educadores.

Por fim, a avaliação e o monitoramento contínuo são essenciais para


garantir a eficácia das estratégias de inclusão escolar. A avaliação na
perspectiva inclusiva é um processo contínuo e contextualizado, no qual a
referência deve ser a trajetória individual do estudante ( MENESES, 2024, p. 5).
Além disso, é fundamental que haja um compromisso contínuo em avaliar e
monitorar os resultados dessas estratégias, a fim de fazer ajustes e garantir
que elas estejam sendo eficazes.

3. CONCLUSÃO

A inclusão escolar é um desafio complexo e multifacetado que exige


uma abordagem holística e integrada. Através desta discussão, fica evidente
que a inclusão efetiva vai além da simples presença física de alunos com
necessidades especiais em salas de aula regulares. Envolve a criação de
ambientes de aprendizagem acolhedores e inclusivos, a implementação de
estratégias pedagógicas adaptadas, a formação adequada de professores e a
avaliação e monitoramento contínuos. Em última análise, a inclusão escolar é
um direito de todos e um dever do Estado. Sua efetivação é fundamental para
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO. Tereza Cristina. Inclusão escolar e formação de professores:


desafios e possibilidades. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 31, p. 155-
173, 2015.

MANTOAN. Maria Teresa Égler. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como
fazer? São Paulo: Moderna. 2003.
MARQUES. Isabela. Como criar um ambiente inclusivo dentro da sala de aula?
São Paulo: Genial Care. 2023.
MEC. Ministério da Educação. A consolidação da inclusão escolar no Brasil
2003 a 2016. Brasília: MEC. 2016.
MENEZES, Pedro. O que é Inclusão Escolar: conceito e desafios. Toda
Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/inclusao-escolar-
conceito-desafios/. Acesso em: 5 fev. 2024
RODRIGUES. Leandro. Avaliação Inclusiva: Como Avaliar um Aluno com
Deficiência ou Dificuldades de Aprendizagem. São Paulo: Itard. 2019.

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