Introdução

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Introdução

O presente trabalho em estudo tras-nos como tema: O impacto da criptomoedas cenário


económico mundial (uma análise sobre a influência no mercado financeiro angolano
entre 2018 a 2023), um tema bastante pertinente, tendo como sociedade um factor
dinâmico e não estático e o homem procura maneiras de se reinventar procurando
métodos ou procedimentos para melhor resolver os seu problemas, e nesta senda temos
os meios de pagamentos tradicionais ( crédito, débito, caixa, transferência entre outros),
face as meios alternativos como as famosas criptmoedas ( moedas totalmente digitais) e
com o avanço tecnológico surgem diversas maneiras de criar, adaptar e melhorar as
formas de pagamantos e de investimentos, utilizando esses criptoativos.

Quanto a forma de pagamentos tradicionais para melhor esclarecimento , é vigente na


Lei do Sistema de Pagamentos de Angola, Lei nº 40/2020, de 16 de Dezembro, que
estabelece o regime Jurídico aplicável à superintendência, regulação, gestão e
funcionamento do Sistema de Pgamentos de Angola. Os instrumentos de pagamentos
aceites em Angola segundo a mesma Lei, podem ser: Cheque, Transferência a Crédito
( electronicamente ou por ordens de saque e documentos crédito), Remessa, Débito
Directo, Cartões de Pagamento ( pré-pago, de débito e de crédito), Dispositivo
móvel. Mas o mais tradicional é o dinheiro em espécie, principal meio de troca e que até
hojê, é aceite em qualquer transação.

Quem acompanha o mercado financeiro e o mundo dos negócios já deve ter esbarrado,
ver ou ouvir em alguma notícia sobre criptmoedas.

Relactivamente as criptomoedas, são moedas autónomas e sem vínculo governamental


ou seja, não são regulamentado pelo Estado, não depende do Estado para efeito de
qualquer operação, diferente das moedas tradicionais que é supervisionado por um
poder central que é o Governo(BNA).

Quando falamos de criptomoedas estamos a nos referir de um programa usado pelo


blockchain, responsável por todas as operações económica na internet, trazendo mas
veracidade e segurança nas suas operações. A criptomoeda consiste em uma forma de
troca de bens totalmente virtual, obedecendo a regulamento próprio sem que haja
controlo centralizado de orgãos governamentais, tal como acontece com as moedas
tradicionais. E segundo o site de invest.com diz que a criptmoeda mas conhecida é o
Bitcoin, tendo alcançado em 2021 a casa dos 55 milõeskzs, tal que teve uma estrondosa
valorização de 419% por causa da covid-19 em 2020 e a entrada de investidores
instituicionais, ou melhor, empresas internacionalmente conhecidas como a Microsoft,
IBM, Tesla e Paypal, também começaram a investir em criptomoedas. Embora seja
difícil enteder o universo das moedas digitais, o facto é que muitos sabem o quanto elas
estão em expansão no mundo financeiro actual, e que aos poucos vêm ganhando
destaque e o interesse de vários países quanto a sua regumentação ou aceitação.

Em Angola, literalmente falaremos da yetucoin, criada por Euclides Manuel, fundador


da comunidade bitcoin e CEO da exchange yetubit, uma moeda ainda não
regulamentada pelo BNA, mas já é um assunto que está em discussão com o novo PCA
do BNA, quanto a implementação dessas moedas no regime financeiro angolano.
Poucos são os que utilizam as moedas digitais em Angola por dois aspecto essenciais;
por um lado, pela incerteza da legitmidade e por outro, pela falta de conhecimento.

Anúncio do Tema

Dada a pertinência das criptomoedas no mercado financeiro angolano, surge o presente


tema: “O impacto das criptomoedas no cenário económico mundial (uma análise sobre a
influência no mercado financerio angolano entre 2018 a 2023)”. Pretendemos com este
trabalho demonstrar as variações das moedas digitais em diferentes tempos e analisar o
seu impacto no cenário económico mundial. O mesmo está delimitado num intervalo de
tempo compreendido entre 2018 a 2023 e no espaço delimita-se no estudo do mercado
financeiro angolano.

Justificativa do Tema

O autor manifestará ou justficará as razões da escolha do tema, sublinhando o interesse


que lhe motivou na escolha do respectivo tema1.

A justificativa do estudo é devido o impacto desta tecnologia(blockchain) sobre o que


conhecemos como métodos de pagamento e de investimento, face aos pagamentos
tradicionais, visto que o homem sempre procura meios fácis pra alcançar seus
objectivos e atender rapidamente as suas necessidades.

Problemática

1
CIPRIANO, Sony Kambol, O ABC da Metodologia de Investigação Científica: Como elaborar uma
monografia de licenciatura, Mayamba Editora, Luanda, 2020, p.34.
As sociedades actuais, como caso do nosso país Angola, ainda não acredita sobre o
futuro das criptomoedas, para ele, tende a ser apenas uma tenência passageira. Segundo
Garcia(2014), o risco dessa desvalorização é divido à falta de regulação por parte do
Estado e a alta volatilidade nos preços das moedas devido à especulação, levando aos
problemas desta pesquisa:

Quais as perspectivas do futuro das criptomoedas como forma de pagamento?

Como elas influênciam no mercado financeiro angolano?

Qual é o impacto das criptomoedas no cenário económico mundial?

Hipótese da pesquisa

As hipóteses constituem respostas provisórias ao problema. As hipóteses são possíveis


respostas a cerca da pergunta formulada anteriormente. Após termos formulado uma
questões adequada ao nosso trabalho, em contrapartida procuramos as possíveis
respostas do nosso trabalho que resumidamente temos:

As prespectivas do futuro das criptomoedas é ainda uma ingónita, devido a existência


de diversos factores que podem fazer o Mercado se retrair ou evoluir.

As criptomoedas influênciam o Mercado financeiro angolano através de meios de


pagamentos ou na vendas e compras de bens e serviços no exterior.

O impacto no cenário económico mundial, é visto como uma evolução, trazendo


consigo facilidades nas transações cambiais.

Objectivos da Pesquisa

Os objetivos são os propósitos que se pretende atingir, com base nos fundamentos e
problemas apresentados2. Todo trabalho científico deve obedecer aos objetivos geral e
específicos:

Objectivo Geral

Compreender o impacto das criptomoedas no cenário económico mundial entre 2018 a


2022.

Objectivo Específico

2
CIPRIANO, Sony Kambol, ABCde Metodologia de Investigação ciêntifica, Inédito, FEU-UNIKIVI,
Uíge, 2017, p. 25. B
Para além do objectivo geral deste trabalho, foi-nos útil definer os seguintes ojectivos
específicos:

Aplicar uma abordagem acerca das criptomoedas,

Efetuar comparações entre o comportamento do valor das moedas virtuais em relação às


moedas reais.

Analisar as perspectivas de futuro destas moedas como forma de meio de troca e de


investimento,

Analisar a influência das criptomoedas no Mercado financeiro angolano,

Identificar as Vantagens e desvantagens no investimento das Criptomoedas.

Método do trabalho

Por método podemos entender o caminho, a forma, o modo de pensamento. É a forma


de abordagem em nível de abstração dos fenômenos. É o conjunto de processos ou
operações mentais empregados na pesquisa3.

Para que fosse possível alcançar os objetivos propostos foi utilizado como forma de
pesquisa, a pesquisa bibliográfica, a internet, documental, caracterizada por usar de
fontes como livros, monografias e artigos.

Técnica

As técnicas são conjuntos de meios ou elementos que nos auxiliaram na aplicação dos
métodos para chegar ao objetivo desejado. Para alcançarmos os nossos objectivos
apoiamo-nos nas seguintes técnicas:

Observação: Utilizamos como ponto de partida para o nosso estudo cientifico e serviu
para verificar e validar os conhecimentos adquiridos em difentes fontes.

Comparativa: Ela possibilitou-nos comparar dois sistemas que usam a Blockchain


como sistema de segurança, entre elas temos: criptomoedas e a moeda digital.

Técnica Bibliográfica: Através desta, permitiu-nos consultar em livros, teses e vários


impressos que tratam do tema para alcançar os objetivos pretendidos.

Estrutura do trabalho

3
. PRODANOV, Cleber Cristiano; Et alii, Metodologia de trabalho ciêntifico, 2 ª ed, S/ Ed, Rio Greande
do Sul-Brasil, 2013, p.26.
Além da introdução geral e considerações finais, este trabalho encontra-se subdividido
em três Capítulo.

Fontes relevantes

CAPÍTULO I : FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

I.1-SURGIMENTO DA MOEDA
Nos primórdios da sociedade humana, no decorrer de dezenas de milhares de anos, a
moeda foi uma noção totalmente desconhecida (ROBERT, 1989). Os primeiros
agrupamentos humanos, em geral nômades, viviam sob padrões bem simples de
atividades econômicas. Estes grupos não conheceram a moeda e recorriam às atividades
de trocas diretas em espécie, denominadas escambo, como é apresentado na figura
abaixo.

Figura x. Estágios da moeda no decurso da história

Fonte: Elaboração própria

O escambo é um tipo de transação em que um negócio é fechado sem que haja o


envolvimento de dinheiro mas sim a simples trocas de mercadoria entre as duas partes
envolvidas. No entanto, no escambo não existia sistema monetário, as trocas eram
praticadas por produto-produto ou serviço-serviço, de forma direta. Era um sistema
aparentemente simples e eficiente, mas que apresentava inúmeras inconveniências, ou
seja, o detentor de determinado produto deveria encontrar alguém que desejasse o
mesmo e dispusesse de um produto que lhe interessasse. Havia também a
obrigatoriedade de necessidades coincidentemente inversas e a concordância entre os
valores de trocas dos produtos (LOPES & ROSSETTI, 2005).
O escambo apesar de ser apenas uma forma de troca de materiais e serviços, era mais
complicado do que aparenta podendo acontecer apenas em certas ocasiões especificas
pois, segundo o autor citado acima “O sistema de escambo requer uma dupla
coincidência de desejos para que a troca aconteça. Ou seja, para efetuar a troca, eu não
preciso apenas encontrar alguém que tenha o que quero, mas a pessoa também precisa
querer o que tenho4. E se a única pessoa que planta tomate na sua cidade não precisasse
das suas cebolas? Como você conseguiria a fruta? O primeiro conceito do dinheiro é
justamente esse, ser uma moeda de troca. Se os tomates possuem um valor monetário e
as cebolas também, é possível trocar sem precisar encontrar alguém que precisa
exatamente do que você oferece, pois, todos precisam de dinheiro. Mas nem sempre as
moedas e as cédulas foram a prática. O sal já foi usado na Europa com essa finalidade,
assim como o cacau nas Américas e o arroz na Ásia. No entanto, pense no seguinte. Se o
arroz era dinheiro e todo mundo precisava, as pessoas evitariam comê-lo e se
dedicariam a plantá-lo, gerando um total desequilíbrio na economia. Logo, notou-se que
era necessário mais uma premissa. O dinheiro precisava ser uma reserva de valor. Ou
seja, o seu valor não pode variar bruscamente com o tempo. Por fim, seguindo essa
mesma linha, o sal naquela época não era padronizado pela indústria. Logo, o sal-rosa-
do-himalaia poderia ter exatamente o mesmo valor que um sal branco, o que é ilógico.
Pensando nisso, consegue imaginar a complexidade para fazer contas com ele?
Assim, se chega a última premissa do dinheiro. Ele precisa ser uma unidade de conta, ou
seja, podemos fazer cálculos com ele.
O império Turco, na região da Líria, criou o que seria o precursor do dinheiro, adotado
pelo império Romano. Assim, surgiram as moedas de ouro, que levavam o rosto do
imperador de um lado e a cunhagem do outro.
Dessa forma, o dinheiro estava, enfim, padronizado. Tanto é que era um crime com pena
de morte falsificá-lo, uma vez que o rosto do imperador estava impresso. Com o passar
do tempo, o ouro foi se tornando escasso. Os imperadores, então, começaram a misturar
outros metais para cunhar as moedas. Isso gerou muita insegurança, afinal, uma moeda
de 1 denário, dinheiro da época, era completamente diferente se tivesse o rosto de
Diocleciano ou de Constantino I. Aqui, surgem as primeiras notas. Elas serviam para
garantir que a moeda era, de fato, pura, e não uma imitação ou mistura de outros metais.
Com o surgimento dos bancos, o ouro passou a ficar guardado, e apenas essas notas
circulavam. Os governos passaram a exercer o monopólio da emissão de moeda, ou
seja, somente um governo pode imprimir dinheiro.

4
GRAEBER (2017 pag.07).
Por tanto, com a primeira revolução agrícola, o grande número de produtos disponíveis
no mercado dificultou a pratica rudimentar do escambo gerando dificuldades de se
estabelecer relações justas de trocas e de encontrar pessoas cujos desejos coincidissem.
Para o desenvolvimento das trocas, fundamental para o progresso social, o escambo
cedeu lugar a processos indiretos de pagamentos. Houve então, necessidade de atribuir
valor as mercadorias e, assim atender uma necessidade geral.

A vida social tornou-se mais complexa. A produção diversificou-se, a especialização e a


divisão social do trabalho se manifestou provocando grandes mudanças na vida
econômica das pessoas. A diversidade de produtos recebidos como forma de
pagamentos das transações econômicas dia após dia ficavam mais intensas, configurou-
se então o surgimento da moeda. Estes produtos eleitos como intermediários de trocas,
eram aceitos sem grandes restrições, pois eram utilizados em algum momento para
finalidades transacionais.

As operações de compra e venda se tornam distintas passando a ser intermediadas por


produtos de aceitação geral, que atuavam como moeda. A troca já não é mais direta. Ao
passo que estes produtos começam a desempenhar funções de intermediários de troca, o
valor dos demais produtos passa a ser medido em relação ao valor do produto-padrão.
Essas medidas de valor são consideradas espécies primitivas de expressões monetárias.
A moeda como meio facilitador das transações desempenha funções importantes para
efetivar as trocas entre os agentes econômicos. A moeda ampliou a divisão social do
trabalho e facilitou crescimento da riqueza. (LOPES & ROSSETTI, 2005).

AS MOEDAS DE METAL
O surgimento das moedas metálicas foi algo bastante significativo no entanto a
divergências sobre seu início. As origens do dinheiro são obscuras, estando muito
provavelmente ligadas ao desenvolvimento de sociedades complexas, com a crescente
divisão e especialização do trabalho”. No entanto o mesmo autor ressalva que “na
ausência de dados concretos, as abordagens e explicações são variadas e projetam
muitas vezes sobre esse passado remoto e obscuro dados referentes a épocas posteriors.5
Acredita-se que as primeiras moedas surgiram no século VII a.C., onde atualmente se
localiza a Turquia. No entanto, foram os Lídios quem desenvolveu o que se conhece

5
VIEIRA, J. P. A historia do dinheiro, S/Ed, São Paulo: academia das ciências de Lisboa, 2017 p.05
hoje como “moeda moderna” com pesos, tamanhos e valores específicos, sendo que
cada pedaço de metal corresponde a um produto diferente.
Ainda segundo o VIEIRA (2017), Terá sido na antiga região da Lídia (Ocidente da
actual Turquia), no século VII a.C., que as primeiras moedas terão surgido.
No período mesopotâmico já existia uma economia bastante avançada e uma utilização
bastante desenvolvida de moedas metálicas na região, veja abaixo Imagens das
primeiras moedas:
Figura x: Primeiras moedas metálicas

Fonte: VIEIRA (2017)

Figura x: Primeiras moedas metálicas

Fonte: VIEIRA (2017)

O PAPEL MOEDA E SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE


O papel-moeda viabiliza transações comerciais e financeiras de forma muito ágil do que
simples troca de produtos, e o seu surgimento foi fundamental para o desenvolvimento
da economia do mundo.
Existe uma grande diferênça entre papel moeda e moeda papel, parecem a mesma
coiosa mas a papel moeda trata-se da moeda official do país, que é circulada para fins
de bens e serviços relacionados a transação, enquanto moeda papel é pedaço de papel
denominado certificado de depósito e que era emitido por instituições conhecidas como
casas de custódia.
Entretanto, após falarmos do surgimento das moedas até atingir as três premissas
importantes, que é ser uma moeda de troca, uma reserva de valor e por ultimo ser uma
unidade de conta. Com o surgimento dos computadores e da criação da internet
verificou-se o desenvolvimento de uma nova moeda, tendo como conceito principal a
programação de dados eletrônicos. O próximo passo é falar da evolução da moeda que
chegaria aos dias atuais com a denominação de “criptomoedas”, que se afiguram como
uma espécie de moeda virtual, ou seja, uma moeda sem existência, física que possui
certo valor monetário, e podendo ser trocada livremente.
Figura : Representação de criptomoedas

Fonte: épocanegócios.globo.com
Surgimento das criptomoedas

No dia 31 de outubro de 2008, através da publicação na internet do artigo de pesquisa A


peer-to-peer Eletronic Cash System, foi dado o primeiro passo para o nascimento da
Bitcoin, por uma entidade denominada pelo pseudônimo6 Satoshi Nakamoto. O
fundador da moeda, Sakamoto (2008) explica que o Bitcoin utiliza como forma de
transação o Peer-to-peer, que significa que estas moedas virtuais são transacionadas de
usuário para usuário, sem interferência de governos ou empresas, tratando-se de uma
moeda virtual com a particularidade da sua atuação não se encontrar dependente de
qualquer banco ou instituição governamental para realizar transações.
6
No artigo 74º, do Código Civil, define pseudónimo quando tenha notoriedade,goza da protecção
conferida ao próprio nome.
O sistema peer-to-peer segundo Rocha (2004), é também conhecido no mundo digital
como sistema P2P (porta por porta). Trata-se de uma tecnologia que muda o paradigma
existente considerando a sua independência organizativa e hierárquica, onde a sua
natureza descentralizada permite que qualquer pessoa possa cooperar para uma rede
P2P, sem que seja necessário qualquer investimento adicional em hardware, e torna-os
inerentemente robustos a certas falhas comuns nos sistemas centralizados.

Apesar de Bitcoin ter sido lançado no final de 2008, o primeiro bloco (nome do arquivo
com informações sobre transações) da blockchain da criptomoeda só foi minerado no
dia 3 de janeiro de 2009, e já no dia 22 de maio de 2010, foi realizado a primeira
transação real utilizando o criptoativo, quando o programador Laszlo Hanyecz, da
Flórida, pagou 10 mil bitcoins por duas pizzas, para que comprovasse o real projectos
das moedas virtuais quanto a sua transação. Na cotação actual teria pago mais de US$
168 milhões por apenas duas pizzas.
Desde então, o bitcoin ficou disponível para compra, venda e negociação na bolsa de
valor online. Com a popularização do ativo virtual foi preciso encontrar soluções para
negociar a moeda, neste caso em 2010 foi criada a primeira exchange 7 de criptomoedas,
denominada bitcoinmarket.com.
Como todo e qualquer Mercado a sempre uma concorrência, não diferente com as
moedas digitais, sendo que em 2013 foi criado a primeira moeda concorrente do bitcoin,
o Ethereum(ETH).
Com o passar dos anos o valor do activo virtual começou a subir:
Em abril de 2011 o preço do bitcoin chegou pela primeira vez em um dolar, em
novembro de 2013 o valor do bitcoin ultrapassou a casa dos mil dolares e em dezembro
de 2017 o criptoativo chegou ao valor aproximado de 20 mil dolares, tendo os seus altos
e baixos o Mercado de criptoativos teve as suas baixa em 2021, tendo sido prejudicado
pelo inverno crypto8, a bitcoin foi duramente afectado e seu valor ficando abaixo de 20
mil dolares no final de 2022.
O surgimento da tecnologia bitcoin tratou-se de um marco inovador cuja sua relevância,
por abranger campos da ciência, economia, direito e ciência da computação, pode ser
comparada ao aparecimento do primeiro computador pessoal e da internet. O sucesso do
bitcoin levou à criação de muitas outras criptomoedas, tais como, litecoin, Ripple,

7
Segundo o google a excheng significa troca
8
Nome usado para definir um período de queda geral dos preços de uma determinada classe de ativos,
que são as criptomoedas.
Alticoin, entre outras. Estas moedas são descentralizadas, ou seja, não são controlados
por nenhum governo ou instituição financeira. O sistema Bitcoin promoveu uma
transformação do comércio permitindo que as transações se realizassem entre duas
partes sem que fosse necessária confiar numa autoridade central. Dessa forma, verifica-
se uma mudança de paradigma do sistema tradicional atendendo que a regulação da
moeda deixa de estar centralizada nas instituições bancárias e no Estado. Trata-se de
uma rutura em relação ao modelo “tradicional” de moedas ao substituir a confiança
existente nas mesmas devido a um ente regulador por um sistema eletrónico de
pagamentos baseado em prova criptográfica9. Contrariamente às moedas tradicionais, as
moedas virtuais trata-se de um sistema que permite a assinatura digital com a
particularidade de não necessitar de uma autoridade central com capacidade e
legitimidade para controlar a moeda e as suas transações.
O nascimento das criptomoedas ocorre com a criação do Bitcoin 10, através da tecnologia
blockchain. Trata-se de um dinheiro criado na internet, considerado intangível e baseado
no sistema de pagamento peer-to-peer ou seja, que estas moedas virtuais são
transacionadas de usuário para usuário, sem interferência de governos ou empresas. O
seu conceito de moedas virtuais abrange uma ampla variedade de Moedas, que podem
ser usadas em ativos como o ouro e “Criptomoedas”, como por exemplo a bitcoin11.

Abordagem sobre a moeda digital


Para compreender o conceito das moedas digitais, é necessário diferencia-las das
moedas eletrônicas. As moedas eletrônicas são recursos armazenados em dispositivo ou
sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transações de pagamentos
denominados em moeda nacional.
Por outro lado, as moedas digitais possuem forma própria de denominação, isto é, são
denominadas de forma distinta das moedas emitidas por governos soberanos, e não são
considerados dispositivos ou sistema eletrônico para armazenamento de moeda
nacional. A moeda digital, é aquela gerada no próprio ambiente virtual, tem como
9
SILVA, F., BARO, A. Et.alii, Criptomoedas, Diversitas Journal in: apontamentos sob a ótica
macroeconômica. Retrieved from https:// periodicos.ifal.edu.br/diversitas_ journal/article/view/934, S/L
2020, pp. 371-383.
10
FAÉ, J. P. A ascensão das criptomoedas: consequências para o regime monetário internacional,
S/Ed Universidade Federal de Santa Catarina: Florianópolis, Retrieved from https://
repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/128080/ Monografia%20do%20Jemuel.pdf?sequence=1,
2014, p.26
11
HEET, D., HABERMEIER, K. F., et.alii, Virtual currencies and beyond: initial considerations.
International Monetary Fund, S/Ed, S/L 2016, p.54
característica ser totalmente digital, desvinculada do governo e sem um Banco Central
controlador. As moedas digitais não são emitidas por uma autoridade monetária e não
tem a garantia da mesma, também não têm garantia de conversão para a moeda nacional
(oficial).
Definição:

Moeda
Segundo Milton Friedman (1992) define a moeda como sendo, “a moeda é aquilo que é
aceito por todos em troca de bens e serviços, aceitos não como um objeto para ser
consumido, mas como um objeto que representa um conteúdo temporário de poder
aquisitivo a ser usado para comprar outros bens e serviços”. Essa função básica da
moeda de ser meio de troca é universal e aceita sem questionamentos, porém, a moeda
foi se tornando cada vez mais reserva de valor, isto é, sendo cada vez mais objeto de
negociação como mercadoria moeda, acumulando valores que geraram outro tipo de
mercado, o financeiro.
Mercado financeiro
Mercado financeiro, é o ambiente onde oucorre a negociação de ativos, como títulos,
moedas, ações, derivativos, mercadorias, commodities entre outros bens e ativos com
algum valor financeiro. Normalmente cada país possui o seu próprio ambiente
financeiro, o que obviamente, não é restrito a negociação de valores oriundos do seu
Mercado interno. A bolsa de valores de Nova York, em conjunto com os mercados
cambiais, são uns dos maiores representantes dos mercados financeiros do planeta, nela
são negociados trilhões de dolares diariamente.
Capitalização

Capitalização é aplicação para acumulação de capital. É quando o capital é aplicado e


sobre ele incide uma taxa de juros, que acaba por acumular mais capital. É um termo
utilizado na economia para relacionar as formas de juntar valores, também chamado de
capitalização de juros. Segungo o google.

Criptomoeda

Para apresentar o conceito de criptomoeda primeiramente precisamos entender o


conceito de criptografia, a palavra grega “kryptos” significa escondido, e a palavra
“gráphein” significa escrita, portanto, entende-se por criptografia a metodologia de
esconder o conteúdo das mensagens. É a transformação de dados legíveis em uma forma
que não pode ser entendida, tendo como objetivo proteger a informação das mensagens
(KUMARI, 2017). A criptomoeda é uma moeda virtual ou digital que está protegida por
criptografia, tornando-se quase impossível falsificar esta moeda. Várias criptomoedas
existentes são redes descentralizadas baseadas na tecnologia blockchain. As
criptomoedas geralmente não são emitidas por nenhuma autoridade central, o que as
torna hipoteticamente imunes à interferência ou manipulação do governo
(FRANKENFIELD, 2021).
Blockchain
Os blockchains são programas responsáveis pelas operações econômicas na internet
como pagamentos em criptomoedas ou moedas oficiais12.
Blockchain nada mais é do que um aplicativo que adiciona à internet uma nova
funcionalidade, de forma a propiciar operações econômicas seguras. Essas operações
podem ocorrer com pagamento imediato em criptomoedas, mas também por meio do
pagamento em moedas oficiais13. Os blockchains são sistemas responsáveis pela
criptografia das moedas, uma característica incrível, que permite a elas serem
apátridas, podendo circular livremente sem uma estatal para estabelecer seu valor e
assegurar sua autenticidade.
Exemplo da funcionalidade de um blockchain:
Figura : Como funciona o Blockchain

12
CASTELLO, M. G. bitcoin é moeda? classificação das criptomoedas para o direito tributário,
S/Ed, são Paulo, 2019, p.3
13
CASTELLO, M. G., Op. Cit., p.3
Fonte: 101 Blockchains.com
É preciso compreender que, quando estamos na internet, tudo o que fazemos é
armazenado em blocos de informação. Quando acessamos um site, estamos acessando
um bloco. As criptomoedas também são constituídas por blocos que armazenam os
códigos de programação utilizados para criálas e garantir que são autênticas, e não
cópias. A tecnologia blockchain é a rede formada por todos esses blocos. A inovação
trazida pelo bitcoin é o nível de segurança dessas transações. Imagine corredores
olímpicos em uma prova de revezamento. Para que um siga em frente, ele precisa estar
alinhado com o anterior no momento de passar o bastão.
Compreenda o bastão como uma criptomoeda e os corredores como computadores
espalhados ao redor do mundo. Cada criptomoeda é criptografada e lacrada para
garantir o seu valor. Quando ela é passada para o próximo corredor, todas as
informações sobre ela são carregadas junto. Então, quando chega ao final, ela tem todos
os horários em que ocorreram transações desde o início. Ou seja, para alguém falsificar
uma criptomoeda, precisaria falsificar toda a sua história. Como cada transação é
checada por unidades de trabalho independentes, os mineradores, que na nossa história
são os corredores, isso é impossível de ser feito. Precisaria de um poder computacional
absurdo que, portanto, inviabiliza a operação.
Blockchain na segurança
O blockchain já está em teste em instituições bancárias, e com o passar do tempo pode
se tornar uma ferramenta para pequenas empresas que desejam reforçar a segurança da
informação, principalmente com a ascensão da Lei Geral de Proteção de Dados. Quando
explicamos a blockchain, afirmamos que todos os horários das transações ficam
registrados e isso é importante ser reforçado. Não significa que os seus dados ficam na
rede, mas apenas as transações. É como um livro-caixa que registra entradas e saídas
diariamente. Na verdade, o termo livro-registro é utilizado muitas vezes para simplificar
o conceito. Como todas as alterações ficam registradas, caso um hacker invada os
sistemas, pode ser facilmente rastreado se houver uma blockchain e, para apagar seus
rastros, precisaria apagar toda a história da rede, que como dissemos, é praticamente
impossível.
Mineração
A mineração é o nome dado ao processo de validação e inclusão de novas transações na
blockchain. Quem realiza essa atividade, feita por meio de computadores, são os
mineradores como recompensa, eles recebem novas criptomoedas, ou seja, A
denominação mineradores se atribui devido à forma de pagamento pelos seus serviços
sendo essa através de criptomoedas recém criadas. “Bitcoins são criados, ou
“minerados”, à medida que milhares de computadores dispersos resolvem problemas
matemáticos complexos que verificam as transações no blockchain”, ou seja, o
minerador irá fornecer uma espécie de servidor, no qual será responsável por garantir
que todas as transações ocorridas sejam validas, recebendo ao final parte de Bitcoins14.
Exemplo de mineradora de bitcoins:
Figura : Mineradora de criptomoedas Russas

Fonte: cointelegraph.com.br

14
ULRICH, F. Bitcoin a moeda da era digital, ed., S/Ed, são Paulo: instituto Ludwig von mises brasil,
2014, p.19
É o nome genérico para moedas digitais descentralizadas, criadas em uma rede
blockchain a partir de sistemas avançados de criptografia que protegem as transações,
suas informações e os dados de quem transaciona.

Tokens
Os tokens são tecnologias que geram protocolos criptografados. Por mais que essa
explicação pareça complicada, você já usa a muito mais tempo do que imagina, somente
não percebeu. É extremamente comum acessar um internet banking, por exemplo. Trata-
se de uma tecnologia que cria códigos aleatórios que servem para proteger um arquivo.
No entanto, os tokens podem ser transacionados se houver uma blockchain adequada.
Todos os outros termos, bitcoin, altcoin e stablecoin, são tokens, no entanto, é útil ter
diferentes termos para dar *significados mais precisos.
Criptomoedas e Moedas digitais

Criptomoeda também são moedas digitais, no entanto, não foram emitida por um
governo, e sim criadas com base na tecnologia blockchain. Suas transações são
registradas de maneira transparente e imutável, que funciona como uma espécie de livro
contábil, reforçando a segurança das operações.

Moedas digital é o formato virtual da moeda emitida pelo governo, aquela que você tem
na certeira ou que saca nos caixas eletrônicos. Ao usar um aplicativo para fazer um
pagamento, por exemplo, multicaixa express, onde o usuário utiliza dentro de sua
carteira a moeda registrada e transferida digitalmente, cujo o responásavel é um órgão
governamental. Resumidamente temos no quadro abaixo:

Tabela X. Comparativo entre Criptomoedas e Moedas Digitais

Criptomoedas Moedas digitais


Centralização Não possui um órgão São reconhecidas e
específico para controlar controladas pelos órgãos
suas ações. financeiros do país.
Controle de ação Suas transações são Controlada pela instituição
registradas em blockchain. econômica oficial.
Valor É o mercado financeiro Tem seu valor definido
que define seu valor pelo órgão oficial
Segurança São criptografadas o que Possuem seus próprios
torna bem difícil a
alteração das informações sistemas contra delitos.
digitais
Privacidade Existem moedas no Apresentam suas próprias
mercado que são políticas de privacidade.
exclusivas em torno desse
segmento, escondendo
tanto a origem quanto o
destino
Fonte: Elaboração própria.

Os diferentes tipos de criptoactivos

Quando o assunto tratado pela maioria das pessoas são criptomoedas, todas vem a
mente a principal e norteadora moeda bitcoin, entretanto é importante ressaltar que ela
não é a única existente neste mercado, deste modo falaremos das 5 principais
criptomoedas exixtentes, que são:

Figura X: As Principais Criptomoedas exixtentes

Moedas Preço Capitalização


Bitcoin(BTC) Kz36.945.159,4 Kz721,55T
Ethereum(ETH) Kz1.939.071,86 Kz232,83T
Tether USDt(USDT) Kz847,0116 Kz77,27T
Solana(SOL) Kz95.220,896 Kz40,63T
Ripple(XRP) Kz523,47333 Kz28,11T
Cardano(ADA) Kz518,9205 Kz18,17T
Fonte: Investing.com/24 de Dezembro de 2023

Bitcoin

O bitcoin é a maior criptomoeda do mundo, justamente por ser a pioneira. Ela surgiu
por volta de 2008, através do enigmático e-mail de Satoshi Nakamoto. Em 22 de maio
de 2010, um usuário afirmou ter comprado duas pizzas por 10 mil bitcoins, sendo esse
considerado o aniversário da moeda devido a primeira transação feita tendo sua
capitalizaçõa em 2023 na casa dos 721,55 trilhões de kzs e com seu preço avultado de
36milhões de kzs. É importante notar que as transações na rede Bitcoin não são
denominadas em dólares, euros ou reais, como são no PayPal ou Mastercard; em vez
disso, são denominadas em bitcoins. Isso torna o sistema Bitcoin não apenas uma rede
de pagamentos decentralizada, mas também uma moeda virtual. O valor da moeda não
deriva do ouro ou de algum decreto governamental, mas do valor que as pessoas lhe
atribuem. O valor em reais de um bitcoin é determinado em um mercado aberto, da
mesma forma que são estabelecidas as taxas de câmbio entre diferentes moedas
mundiais.
Há especialistas que afirmam não ser uma moeda, mas um ativo digital, uma vez que
não apresenta nenhum dos três critérios que mencionamos acima:
• Não é uma reserva de valor, pois varia muito todos os dias.
• Não é uma unidade de conta. Perceba que anteriormente falamos em 0,001 bitcoin.
• Não é moeda de troca, pois não é largamente utilizada.
Por definição, ativos digitais são a representação virtual de valor que pode ser
negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para a realização de
pagamentos ou com o propósito de investimento, mais embaixo falaremos desses
activos, sua classificação e a sua forma de proteção.

Ethereum

O Ethereum é a segunda moeda vrtual mais valiosa do universo cripto, foi idealizado
pelo programador russo-canadense Vitalik Buterin em Janeiro de 2014, e foi lançada
oficialmente em junho de 2015. Hoje, o Ethereum usa o protocolo de Prova de Trabalho
(PoW, na sigla em inglês), o mesmo utilizado pelo Bitcoin. Esse algoritmo exige que
mineradores coloquem computadores para resolver problemas matemáticos e validar as
transações. Aquele que acha a solução primeiro ganha criptomoedas como recompensa.
Esse formato é alvo de críticas porque gera alto gasto de energia, umas das causas que
faz com Angola não invista nesses tipos de ativos digitais. Em 2023 sempre na casa da
segunda moeda mais promissora desde a sua fundação tendo uma capitalização no final
do mesmo ano de 232,83 trilhões de kzs, e com o preço de 1.939.071,86kzs se tornando
na segunda moeda mais cara.
Ethereum e Bitcoin são dois projetos com objetivos distintos. O Ethereum é uma
plataforma blockchain que possibilita transações descentralizadas, como transferências
e até mesmo empréstimos de criptomoedas entre pessoas sem precisar de uma
instituição financeira para intermediar.
O Ethereum deu o pontapé oara o surgimento de uma nova economia digital, como
novos criptoativos, finanças Descentralizadas(DeFi); Ofertas Iniciais de
Criptomoedas(ICOs) e, Tokens não fungíveis(NFT)

De salientar que os NFT´s é uma sigla em inglês ( non-fungible token) que em


português é tokens não fungíveis, são ativos digitais criptografados com valor monetário
alto, pois são itens originais e exclusivos. Como por exemplo: O dinheiro é um bem
fungível, porque pode ser troca por algo da mesma natureza sem que o seu valor se
perca ou aumenta.

Tether USDT

A Tether USDT foi criada em julho de 2014 pelo co-fundador Brock Pierce através de
uma startup americana com o nome de Realcoin. No entanto, em novembro daquele
mesmo ano a moeda foi renomeada chamando-se Tether. Tendo em conta o final do ano
de 2023 o seu preço foi de 847,0116kzs que significa que para cada USDT é preciso
847,0011 kzs e sua capitalização foi de 40,63 trilhões de kzs.

Tether USDT é uma cripto que reflete o valor do dólar. Portanto, para cada USDT que
um usuário tem na carteira, existe um dólar guardado pela empresa que gerou aquele
protocolo. É com base nessa tecnologia que governos ao redor do mundo estudam criar
as suas próprias criptomoedas, como a China com o Yuan virtual. São os governos
percebendo que esse caminho pode ser extremamente promissor, tentando entrar
enquanto ainda é tempo.
Solana
A Solana é uma famosa criptomoeda que consiste em uma blockchain programável e de
código aberto. Sendo assim, ela possui suporte a contratos inteligentes, um dos fatores
mais importantes de seu desenvolvimento. Foi criada em 2017 por Anatoly Yakovenko
Raj Gokal. Vê-se a sua importância quando é possível ver a sua versatilidade, sua
blockchain suporta a criação de tokens, NFTs e Dapps. Independentemente do tipo de
blockchain programável, sempre existe um token para permitir a sua negociação. No
caso da Solana o nome desse token é SOL. Em 2023 teve a sua capitalização de
aproxidamente 40,63 trilhões de kzs e com preço de mercado cripto de 95.220,896kzs.
Quando frizamos a criação que o blockchain da solana suporta, tocamos no Dapps, e
outros anteriomente ja explicado. Por esclarecimento Dapps são aplicativos
descentralizados executados em blockchain, que têm um papel importante para a nova
economia digital.
As aplicações descentralizadas, ou DApps, são programas de software que operam em
uma rede descentralizada de computadores, utilizando a tecnologia blockchain.
XRP
Ripple (XRP) é um ativo digital e uma das criptomoedas mais populares globalmente,
foi construído pela Ripple Labs com o objetivo de se tornar o padrão global para a
realização de transferências, foi lançada em junho de 2013 pela empresa OpenLabs e
hj conhecida como Ripple, teve a sua origem em 2004 por um desenvolvedor de nome
Ryan Fugge, oque criou a Rpplepay como uma rede de pagamentos ponto a
ponto(p2p). No final de 2023 teve a sua capitalização de 18,17 trilhões de kzs e com
seu preço de mercado cripto de 518,9205kzs
Acredita-se que é um sistema de rede bastante confiável, falo por experiência própria
porque já a usei para transacionar as minhas divisas apartir de uma carteira que é a
Binance aonde figuravam os meus Usdt. Como prova temos:
Cardano
Cardano é uma rede blockchain desenvolvida com o propósito principal de se tornar
uma espécie de internet das blockchains, através de um ecosistema que permite a
interoperabilidade das diversas rede existentes.
A rede Cardano foi lançada em 2017 pelo renomado programador e empreendedor
Charles Hoskinson, o qual é co-fundador da rede Ethereum ao lado de Vitalik Buterin. A
ideia de Hoskinson foi desenvolver uma criptomoeda para solucionar o problema da
escalabilidade do bitcoin e ainda suprir algumas funcionalidades da rede Ethereum.
Ativos digitais
Como acima já referida, os ativos digitais são a representação virtual de valor que pode
ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para a realização de
pagamentos ou com o propósito de investimento.
A tecnologia de ponta está revolucionando vários setores e a indústria financeira não
está de fora, apresentando soluções cada vez mais sofisticadas. As novidades não só são
bem recebidas, mas adotadas e integradas cada vez mais rápido pelas pessoas e
empresas.
Os tipos de ativos virtuais incluem materiais digitais de empresas com copyright em
diferentes formatos (fotos, vídeos, apresentações, textos), contas em redes sociais,
códigos de software, além de ativos financeiros como criptomoedas (gamecoins,
stablecoins, memecoins), NFTs (tokens não fungíveis) e tokens ou ativos tokenizados.
Nova forma de pagamento
De acordo com uma pesquisa realizada pela administradora de cartões Visa, cerca de
25% das pequenas empresas dos 9 países analisados, incluindo o Brasil, pretendem
aceitar criptomoedas como uma forma de pagamento ainda no curto-prazo. Já em
relação aos usuários, de 38% a 44%, consideram elas como o dinheiro do futuro e cerca
de 40% acreditam ser a melhor maneira de construir patrimônio e de protegê-lo. Angola
é um dos poucos países em África que não se acompanha com o avanço tecnológico,
ficando cada vez mais lentos no processo, lutando várias vezes contra o tempo,
apostando e aprovando
Coisas que venham de gual modo afectar negativamente a população. Visto que as
sociedades são dinâmicas e nós não estamos distante disso, como estamos em uma fase
de tantativas acertivas e não acertivas é essa seria uma bom momento ou fase que o País
poderia se mergulhar em uma nova experiência apostando não 100% nos criptoativos
mas fazendo comque gera dinheiro para as populações mas carenciadas tudo isso porque
é um país com a energia mais barata em relação as países Europeus e para que isso
acontece é precisa-se da regulamentação do Estado. É claro que se primar pelas
consequências no investimento destas moedas visto que Bitcoin variar diariamente, já
tendo perdido até 30% do valor em 24 horas. No entanto, é preciso sempre ter em mente
que não se trata de um futuro claro, ou seja, todas essas criptomoedas, por mais
promissoras que pareçam, podem chegar próximas de zero por inúmeras razões.
Yutubit
A Yetubit é uma plataforma que fornece um conjunto de soluções construídas de forma
descentralizada usando a tecnologia blockchain, com exchanges(intercâmbio)
centralizada, descentralizada e processamentos de pagamentos através de operadores de
gateway(porta de entrada), tanto de moedas fiat(decreto) quanto criptomoedas.
A exchange descentralizada trata-se da YetuSwap é uma exchange descentralizada
(DEX) de criação de mercado automatizado (AMM) atualmente no blockchain Binance
Smart Chain. As operações do dia a dia, o rebalanceamento de pools e rácios, a
estratégia de negócios e o desenvolvimento geral são decididos pela Yetubit Exchange.
A exchange centralizada trata-se da Yetubit Exchange é uma plataforma que permite
que os clientes negociem criptomoedas ou moedas digitais por outros ativos, como
moeda fiduciária convencional como o kwanza, dólar ou euro ou outras moedas digitais.
Os usuários podem escolher o meio de pagamento que preferirem, as criptomoedas
podem ser compradas com cartão de crédito, transferência bancária, depósito ou por
entidade.
Dessa forma, as soluções da Yetubit contam com fácil instalação e uso, possibilitando
levar a tecnologia do blockchain para o grande público de forma descomplicada, sendo
inicialmente disponibilizado nas plataformas web, para dispositivos móveis e desktop.
Nos últimos anos, esse mercado entrou em expansão de forma surpreendente,
resolvendo diversos problemas com sua descentralização e rapidez. Hoje, é possível
fazer registros diversos, realizar pagamentos e até captar recursos para empresas com
esses sistemas. E é essa a principal abordagem da Yetubit. Segundo MANUEL,
Euclides, Entenda tudo sobre Criptomoedas, 2020...
As chamadas criptomoedas já superaram o valor de empresas renomadas como PayPal e
VISA, sendo consideradas sinónimo de liberdade económica.
São muitas as opções, não só para os momentos de crise das moedas fiduciárias, como
dólar, euro e kwanza, mas também para o nosso dia a dia.
Por serem descentralizadas, seguras, rápidas e com baixo (ou nenhum) custo nas
transações, essas moedas ultrapassaram o valor de US$ 700 bilhões no fim de 2020.
Embora esse mercado esteja em constante e larga expansão, grande parte das
criptomoedas conta com um processo complicado de aquisição e negociação. As wallets
(ou carteiras) hoje oferecidas são muitas vezes de difícil usabilidade, além de
oferecerem poucos recursos. Com todos esses obstáculos, a experiência para usuários
iniciantes se torna árdua e muitos acabam por temer o risco de serem vítimas de golpes
ou de sofrerem algum tipo de dano.
A Yetubit, então, dispõe de recursos para viabilizar o mundo das criptomoedas a todos,
desde o iniciante até o mais experiente dos usuários. Seu design foi criado para facilitar,
oferecendo praticidade, simplicidade e inteligência.
CAPÍTULO II: O IMPACTO DAS CRIPTOMOEDAS NO CENÁRIO
ECONÓMICO MUNDIAL´
II.1- As criptomoedas e sua relação com o mercado financeiro
O padrão a ser adotado pelo mercado monetário é fator vital para o funcionamento
econômico e financeiro do sistema econômico, no entanto as criptomoedas possuem
uma capacidade de obtenção de lucros para os indivíduos que dificulta o
acompanhamento dos ganhos e fiscalização da moeda o que é bastante preocupante pois
o mercado financeiro sempre atende a parâmetros fixados pela autoridade monetária.
A utilização da unidade monetária transcende ao indivíduo, mas atende a necessidades
dos Estados nacionais. As transações internacionais são realizadas através de um padrão
monetário internacionalmente aceito, em geral o dólar dos EUA. Cria-se, desta forma, o
elemento uniforme para a transação de mercadorias, celebração de acordos de
cooperação técnica, fornecimento de mão-de-obra especializada e demais instrumentos
destinados a toda a sorte de entrega de produto ou prestação de serviços a nível global.
Esta importância global é analisada e decorre da função desempenhada pelo padrão
financeiro.
Conforme o autor acima citado, a moeda americana, o dólar, é a base para transações
internacionais, sendo está o padrão internacional mais utilizado neste momento; um
padrão de transações e essencial para um controle financeiro. O bom equilíbrio do
mercado proporciona melhores condições de transações, acordos e cooperações para as
nações.
Podemos perceber diante das criptomoedas, em especifico a bitcoin e ao protocolo
blockchain que existe certa aversão ao sistema de controle das transações comerciais
uma vez que essas ferramentas possibilitam uma livre circulação financeira sem a
supervisão ou o conhecimento dos sistemas de regulação financeira devido ao nível de
liberdade de transações que as criptomoedas permitem.
É importante ressaltar as pessoas que mais possuem bitcoins, pois tais personalidades
estão diretamente ligadas ao mercado financeiro possuindo verdadeiras fortunas em
bitcoins.15
15
Sichel, R. L., & Calixto, S. R., Criptomoedas, Revista de Direito da cidade in: impactos na
economia global. Perspectivas. Retrieved from https://www.e-publicacoes.
uerj.br/index.php/rdc/article/view/33096, S/L, 2018, pp.1622-1641
O impacto das Criptmoedas na economia global
As moedas digitas são uma revolução no mundo das finanças, desafiando os paradigmas
tradicionais e abrindo novas possibilidades.
Devido a sua proporção e retorno, as criptmoedas são objectos de análises e debates
acalorados que dividem entre visões positivas e negativas.
As criptmoedas têm um impacto significativo na economia global, na forma como as
transações financeiras são realizadas sem precisar de um intermediário e oferecendo
novas oportunidades e desafios para economia mundial. Umas das principais maneiras
pelas quais as criptomoedas mudaram a economia global é através da sua natureza
descentralizada, e isso permite transações mais rápidas e eficientes, especialmente em
transações internacionais.
Influência no Sistema financeiro Angolano
As criptomoedas na economia do páis terá um impacto significativo, visto que elas
podem ser utilizadas internacionalmente para exportar ou importar serviços usa-lá como
forma de pagamentos, então podemos considerá-las divisas. Portanto a grande vantagem
é que o nosso custo de energia (0.03 USD/kWh) é baixo do que comparando com outros
países, como por exemplo os EUA ( 0.10 USD/kWh), que literalmente temos uma
grande vantagem para minerarmos moedas digitais.
As empresas ou pessoas que vão fazer mineração em Angola, estarão literalmente a
comercializar a energia (que é paga em Kz) por criptomoedas. De facto por causa deste
baixo custo de energia, os miners em Angola serão um dos últimos a perder
rentabilidade e em Angola as empresas ou pessoas ganharam sempre. A inserção de
criptoactivo em Angola à economia mundial como sabemos, que o país primordialmente
é exportador de petróleo e, até certo ponto, de diamantes, limitou de forma significativa
o potencial de diversificação da economia, tornou extremamente difícil a criação de um
sector manufactureiro nacional capacitado para competir com as importações ou
preparado para exportação, e reforçou que a presença de blockchain e criptomoeda
essencialmente extractiva da economia.
Há outros que advogam que as criptomoedas podem ajudar o sistema financeiro
angolano em muitos sentidos, desde a bancarização da população até às remessas e às
transacções mais rápidas. Por exemplo, mais de um quarto de angolanos não tem bilhete
de identidade, o que os impede de criarem uma conta bancária, impossibilitando-os de
ter acesso aos serviços essenciais como crédito bancário. Porém, as criptomoedas não
pedem nenhum KYC (Know Your Customer), ou seja, qualquer angolano pode ter
acesso às criptomoedas mesmo se não tiver um bilhete de identidade ou poucos valores
monetários, porque a criação de uma carteira de criptomoedas é gratuita.
Finalidades, Riscos e desafios das criptomoedas em Angola
As criptomoedas podem ser usadas para diversas finalidades, desde realizar
transações financeiras até serem vistas como um investimento de longo prazo. Elas
possibilitam transações rápidas e globais, sem a necessidade de intermediários, como
instituições financeiras tradicionais. Elas proporcionam novas oportunidades de
investimento, estimulam a regulamentação e promovem a inclusão financeira.
No entanto, é fundamental exixtir um equilíbrio entre o incentivo ao desenvolvimento
desse mercado e a proteção dos investidores e da estabilidade financeira.
Uns dos aspectos importante é a inclusão financeira proporcionada por esses ativos.
Em Angola, a desigualidade econômica é uma realidade, muitas pessoas desconhece os
criptoatvios e continuam excluidas do sistema bancário tradicional. No entanto, as
criptomoedas surgem como uma alternativa viável para algumas pessoas, permitindo
que realizem transações financeiras de forma rápida, segura e sem intermediários,
marcado com a grande vantagem das criptomoedas. Além disso, os ativos digitais
permitem transferência além fronteiras, oque pode estimular o comércio internacional e
a impulsionar a economia, como ja dito nas páginas anterior
Contudo, é necessário destacar que, apesar dos benefícios mencionados as criptomoedas
também apresentam desafios e riscos.
A volatidade dos preços, por exemplo, pode afetar a estabilidade financeira e gerar
incertezas para os investidores, a falta de regulamentação adequada também pode abrir
espaço para fraudes e golpes. Dessa forma, cabe a você decidir investir ou não nessa
modalidade de ativos. Por fim, as criptomoedas estaria impactando a economia
angolana de diversas maneiras, proporcionando novas oportunidades de investimento,
estimulando a regulamentação e promovendo a inclusão financeira.

Países africanos interessados em criptomoedas


Aos poucos Angola vai se interessando em criptomoedas, de acordo com os site da
CoinGecko16, Angola é dos países africano mais interessados em criptmoedas no ano de

16
O CoinGecko é um dos melhores e mais completos sites sobre criptomoedas, mas que também possui
um aplicativo para dispositivos móveis. O aplicativo da CoinGecko conta com gráficos de preço em
tempo real, criação de portfólio, notícias e alertas sobre as mais de 8 mil moedas cadastradas na
plataforma.
2023, um estudo feito muito recente sobre os níveis de interesse dos países afriacanos
em criptomoedas.
De acordo com o mesmo site, Angola teve um interesse em criptomoedas avaliado em
1,41% de 1 de Jnaeiro a 4 de Julho de 2023.
Este nível de envolvimento coloca Angola na 8ª posição do top 15 dos países africanos
mais interessados em criptmoedas em 2023, a seguir temos os países:

Figura X: lista dos 15 Países africanos interessados em criptomoedas


Posição País (%)
1 Nigéria 66.7%
2 Africa do Sul 8.36%
3 Marrocos 5.43%
4 Gana 5.24%
5 Egípto 2.74%
6 Costa do Marfim 2.07%
7 Uganda 1.59%),
8 Angola 1.41%),
9 Argélia 0.82%),
10 Tunísia 0.60%
11 Quénia 0.59%),
12 Namíbia 0.56%),
13 Ilhas Maurícias 0.52%
14 Botsuana 0.39%
15 Ilhas Seicheles 0.39%
Fonte: CoinGecko.com/ dados de 2023

O interesse por criptomoedas em África considerando as regiões do continente


A análise comparativa entre as regiões do continente mostra que a África Ocidental é a
região mais interessada em criptomoedas, com 74,7% de interesse, seguida pela África
do Norte (10,0%) e África Austral (9,6%), a África Oriental representa (3,8%) e a
África Central, região onde se encontra Angola, apresenta 1,9% de interesse, sendo
estas as regiões com o menor interesse e participação em criptomoedas no continente
neste ano.
As criptomoedas e o BNA
As criptomoedas são activos virtuais usados para a realização de pagamentos em
transacções comerciais pela internet. Possuem as mesmas funções de comprar bens e
serviços que as moedas tradicionais, como o dólar, euro e o kwanza.
As diferenças dão-se pelo facto da maior parte das criptomoedas serem criptografadas,
utilizarem a tecnologia blockchain e serem descentralizada, ou seja, são geralmente
caracterizadas pela ausência de um sistema monetário regulamentado. Alguns Governos
têm adoptado moedas virtuais centralizadas, através de uma exchange oficial.
As criptomoedas são apontadas como as moedas do futuro, mas em Angola ainda são
quase marginalizadas. Procuramos saber sobre o estado de aceitação e utilização das
moedas virtuais, contactando o BNA, na altura. E, em tom de conclusão, a instituição
supervisora monetária não as reconhece e aponta não existirem quaisquer criptomoedas
a cumprirem as três funções da moeda, nomeadamente de meio de pagamento, unidade
de conta e reserva de valor.

Segundo alguns especialistas, Angola deveria preparar-se com antecedência para a


introdução das criptomoedas, uma vez que o custo de implementação tardia é sempre
maior.

Há quem defende que a introdução das criptomoedas irá exigir mão-de-obra cada vez
mais qualificada, mas que os avanços tecnológicos não esperam que os países tenham
total capacidade para a sua implementação, devemos dar passos firmes sim, mas não
perder a corrida

A transformação tecnólógica é, sem dúvida, um processo irreversível. E a solução para


o mercado de moedas criptografadas em Angola deve resultar de um estudo promovido
pelo Governo, em parceria com as universidades, centros de estudos científicos e todos
os stakeholders, para ajudar a perceber melhor o assunto e apontar caminhos para a sua
implementação.

O BNA reconhece que as criptomoedas poderiam ser utilizadas para pagar bens e
serviços que são vendidos fora do país, como se fossem divisas, mas, reforçou que,
actualmente, estas moedas virtuais não impactam nas divisas angolanas, porque o seu
uso é marginal ao sistema financeiro formal, visto que não estão reguladas.
Questionado sobre os entraves das criptomoedas no sistema financeiro angolano, o
BNA justificou que, para além das dificuldades de acesso à internet, a fraca literacia e
inclusão financeira, o constrangimento principal é de cariz legal. “O Código Penal (Lei
38/20) impede, no seu artigo 469º, a circulação não autorizada de moeda. A moeda com
curso legal em Angola é o Kwanza e foi autorizada a circular por via da publicação das
Leis 11/99 e 12/99)”, conclui.

Deste modo, a maior vantagem da implementação das criptomoedas em Angola é a


redução de custos de transacção. Actualmente, os bancos cobram taxas elevadíssimas
para determinadas transacções que poderiam ser eliminadas com as criptomoedas. Uma
outra vantagem é a eliminação das barreiras geográficas, uma vez que são moedas
usadas em qualquer parte do mundo. E, por fim, é o facto de poderem ser utilizadas
como reserva de valor e investimento no futuro.

Para além da falta de uma Exchange Official, e dentre outras dificuldades, a alta
volatilidade e incerteza destas moedas constituem as maiores desvantagens, por não
serem tão boas para os mercados eficientes.

Há outros que advogam que as criptomoedas podem ajudar o sistema financeiro


angolano em muitos sentidos, desde a bancarização da população até às remessas e às
transacções mais rápidas.

Por exemplo, mais de um quarto de angolanos não tem bilhete de identidade, o que os
impede de criarem uma conta bancária, impossibilitando-os de ter acesso aos serviços
essenciais como crédito bancário. Porém, as criptomoedas não pedem nenhum KYC
(Know Your Customer), ou seja, qualquer angolano pode ter acesso às criptomoedas
mesmo se não tiver um bilhete de identidade ou poucos valores monetários, porque a
criação de uma carteira de criptomoedas é gratuita.

Além disso, os bancos comerciais, com a autorização do BNA, podem fazer custódia de
criptomoedas e usarem as mesmas para o aumento de liquidez nas transacções
internacionais.

A maior economia de África, a Nigéria, está a liderar o caminho, tendo recentemente


legalizado as criptomoedas e emitido directrizes reguladoras para moedas digitais e
empresas ou startups baseadas em criptologia.
No país, já há investidores a negociarem com moedas virtuais, assim como há várias
iniciativas, como a Comunidade Bitcoin Angola (Yetubit Exchange), desde 2016, que
têm lucidado alguns interessados (traders) em matérias sobre bitcoins, blockchain e o
universo cripto, apesar de operarem ainda de modo informal. Esta comunidade usa a
moeda digital “Yetucoin”, que serve de auxílio às empresas e entidades individuais para
o pagamento de serviços ou produtos adquiridos no exterior, em alternativa ao dólar.

Sistema de Mineração em Angola


A Proposta de Lei que estabelece o regime jurídico aplicável à actividade de mineração
de criptomoedas e de outros activos virtuais, em todo o território nacional, foi apreciada
pelo Conselho de Ministros na quarta-feira , dia 26 de Julho de 2023, na 6.ª Sessão
Ordinária, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço, no Palácio
Presidencial, em Luanda.

De acordo com a ministra das Finanças, Vera Daves, que falava à imprensa após a
reunião, esta proposta decorre da necessidade de proteger o sistema eléctrico nacional,
considerando o consumo elevado de infra-estruturas na actividade de mineração de
criptomoedas, e da necessidade de delimitar a circulação de moedas virtuais não
emitidas por bancos centrais.

São proibidas as actividades de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais em


território nacional, e são criminalizadas a posse ilegal de matéria de criptomoeda, a
mineração de criptomoeda, a utilização indevida de licença de instalações eléctricas e a
interferência no sistema eléctrico nacional”, alertou a ministra das Finanças. Segundo o
site da CIPRA( Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola).

Regulamentação das criptomoedas em Angola

A Proposta de Lei mantém a competência exclusiva do BNA para a emissão das


criptomoedas e a sujeição à recomendação ao Banco Central, também o BNA, de
transações financeiras com recursos a activos virtuais. Ao falar das criptomoedas em
Angola, é importante recordar que estes activos ainda não possuem alguma
regulamentação sobre a sua utilização no país, mas Pedro Castro e Silva quando foi alvo
de críticas, que acusavam o Banco Central de ser um dos principais obstáculos no
desenvolvimento das criptomoedas em Angola, o actual governador do BNA, esclareceu
afirmando que o BNA nunca proibiu o uso deste tipo Moedas e nem diz ser illegal, mas
tem estado a informar que quem transaciona a moeda, que não é emitida centralmente,
está a faze-lo por sua conta e risco.

A primeira declaração do banco central angolano neste sentido foi feita em 2021 pelo
então administrador do BNA, Pedro Castro e Silva, durante a Conferência de
Criptomoedas em Angola, realizada pela SP Media, detentora do Portal de T.I, em
parceria com o grupo Media Nova no mesmo ano.

Pedro Castro e Silva, que falava na cerimónia de abertura do evento, revelou na altura
que o banco central tinha em curso um estudo para a implementação de moedas digitais
emitidas pelo BNA.
O estudo, segundo o governador, visava entender a implementação das moedas digitais,
concretamente em relação àquelas que começaram a ser uma opção de alguns bancos
centrais pelo mundo.
No início do ano de 2021, o ex-governador do BNA, José de Lima
Massano, admitiu que o banco central tem interesse em criar as condições básicas para a
emissão de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC, na sigla inglesa) ao longo
deste mandato.
No entanto, Segundo o Jornal de Angola o ex-governador do BNA, José de Lima
Massano pretendia dar continuidade à modernização dos instrumentos de pagamento,
com realce para os pagamentos móveis, mas também preparar as condições básicas para
a emissão de uma CBDC do banco central angolano.
Os principais reais benefícios da Bitcoin

Segundo,ULRICH, (2014) afirma que muitas pessoas entendem Bitcoin como sendo um
substituto das moedas mais usuais hoje. No entanto as criptomoedas podem ser melhor
entendidas como sendo uma forma alternativa de pagamento, servindo como uma
segunda opção para os consumidores.

Mas por que mudar das moedas convencionais para uma moeda que pode ser
considerada como experimental, pois vários locais ainda não aderiram a essa forma de
pagamento?

Segundo ULRICH, (2014) as criptomoedas assim como a bitcoin trazem vários


benefícios para os usuários como por exemplo:
 Menores custos de transação

Porque não há um terceiro intermediário, as transações de Bitcoin são substancialmente


mais baratas e rápidas do que as feitas por redes de pagamentos tradicionais devido a
esse fator as criptomoedas podem ser transferidas, trocadas e até armazenadas sem a
necessidade de pagamentos a intermediários como bancos.17

 Potencial arma contra a pobreza e a opressão

Bitcoin também tem o potencial de melhorar a qualidade de vida dos mais pobres no
mundo. Aumentar o acesso a serviços financeiros básicos é uma técnica antipobreza
promissora.18

O Bitcoin pode também propiciar alívio às pessoas vivendo em nações com controles de
capitais bastante estritos. O número total de bitcoins que podem ser minerados é
limitado e não pode ser manipulado. Não há autoridade central que possa reverter
transações e impedir a troca de bitcoins entre países.

O Bitcoin, dessa forma, proporciona uma válvula de escape para pessoas que almejam
uma alternativa à moeda depreciada de seu país ou a mercados de capitais
estrangulados. Já há casos de pessoas recorrendo ao Bitcoin para evadir-se dos efeitos
danosos dos controles de capitais e da má gestão de bancos centrais. Alguns argentinos,
por exemplo, adotaram o Bitcoin em resposta ao duplo fardo do país, taxas de inflação
de mais de 25% ao ano e rigorosos controles de capitais.19

 Estímulo à inovação financeira,

Segundo ULRICH, (2014) o protocolo que desenvolve a Bitcoin possui um modelo de


referencial digital para diversos serviços financeiros legais bastante uteis e de fácil
desenvolvimento por programadores.

17
ULRICH, Op. Cit., p.23
18
Ibidem, p.25
19
Idem, p.26
CAPÍTULO III- ANÁLISE DAS CRIPTOMOEDAS
ANÁLISE DOS DADOS HISTÓRICOS DAS CRIPTOMOEDAS

Nesta análise serão levantados os dados das cotações das principais criptomoedas e
estes dados serão expostos em gráficos de área, linha e de ações de forma que seja
possível visualizar a tendência das cotações nos períodos analisados.

ANÁLISE HISTÓRICA DO BITCOIN

A primeira análise será feita sobre o Bitcoin apartir de dia 01 de Jneiro de 2018 até 31
de Dezembro de 2023. A escolha pelo Bitcoin devese ao fato de ser a precursora das
criptomoedas e considerada a mais importante e notória em relação as suas sucessoras,
provocando inclusive que as demais moedas acompanhem o seu desempenho em
escalas potencialmente menores, pelo menos até o momento atual. Portanto, não há
como realizar uma análise adequada sobre o desempenho passado e o futuro possível
das criptomoedas sem tomar como base o Bitcoin.

Temos que ter em conta que ao fazer esta análise precisamos entender que, em 18 de
julho de 2010, quando foi registrada a primeira cotação do Bitcoin, o seu valor
correspondia a US$ 0,10. Já em 30 de março de 2018 a cotação de fechamento foi de
US$ 6.938,20, uma variação de 6.938.100%, que da na variação mais elevada devido o
seu valor baixo no início.

ANÁLISE DA COTAÇÃO DO BITCOIN EM 01/2018

Em janeiro de 2018, o valor do Bitcoin iniciou em alta nos primeiros dias, mas adotou
tendência de baixa no restante do mês com oscilações.

GRÁFICO X - Cotação do Bitcoin em 01/2018


20000
BTC - 01/2018
15000
10000
5000
0
18 018 018 018 018 018 018 018 018 018 018 018 018 018 018 018
/ 20 2 2 2 2 /2 /2 /2 /2 /2 /2 /2 /2 /2 /2 /2
1 3/ 5/ 7/ 9/ 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/

Fonte: https://br.investing.com/

GRÁFICO X – Abertura, fechamento, máxima e mínima do Bitcoin em 01/2018

BTC - 01/2018
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18
/ 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20 / 20
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/

Fonte: https://br.investing.com/

Em 01 de janeiro de 2018, a cotação do Bitcoin estava em US$ 13.444,90, bem abaixo


da marca histórica do bitcoin em 17 de dezembro de 2017 quando ficou próximo dos
US$ 20.000,00. A moeda, porém se valorizou rapidamente nos primeiros dias de 2018,
chegando a US$ 17.172,30 no dia 06 de janeiro, possivelmente devido a uma nova onda
de especulação daqueles que decidiram aproveitar a queda do final de dezembro para
investir em Bitcoins a preços mais baixos com esperança de que as criptomoedas
retomassem crescimento. Nos dias seguintes, porém, as Criptomoedas sofreram novas
baixas. O Bitcoin voltou a ficar abaixo dos US$ 15.000,00 a partir de 08 de janeiro e
não tornou a subir acima desse valor. Em 11 de janeiro caiu de US$ 13.697,50,
fechamento do dia anterior, para US$ 11.362,00 e permaneceu o restante do mês abaixo
dos US$ 12.000,00. O valor de fechamento em 31 de dezembro foi de US$ 10.265,40.
Um dos acontecimentos que tiveram influência sobre esta queda, foi de que a Coréia do
Sul estuda impor restrições às operações com Criptomoedas a exemplo do que fez a
China em setembro. Além disso, órgãos regulamentadores dos EUA sinalizaram a
possibilidade de repressão a operações de criptomoedas em prevenção a crimes de
lavagem de dinheiro. A decisão do Facebook de barrar anúncios relacionados a moedas
virtuais contribuiu também para a retração.

Análise das Criptomoedas entre Janeiro de 2018 até Dezembro de 2023

Neste cenário serão comparadas as principais criptomoedas, de janeiro de 2018 até


Dezembro de 2023, serão demonstrados o desempenho das criptomoedas do
Bitcoin(BTC), Ethereum(ETH), Tether USDT(USDT), Ripple(XRP) e Cardano(ADA).
Para essa análise serão utilizados gráficos de linha mostrando o desempenho das
criptomoedas em conjunto sendo utilizado um gráfico com o Bitcoin e outro só com as
Altcoins, para melhor visualização individual das altcoins uma vez que o valor do
Bitcoin é muito superior aos das demais. Seguem abaixo os dois gráficos do período de
Janeiro de 2018 até Dezembro de 2023.

GRÁFICO- Cotação do Bitcoin em Janeiro de 2018 até 31 de Dezembro de 2020

BTC-01/01/2018 a 31/12/2020
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
01.01.2018 31.12.2018 01.01.2019 31.12.2019 01.01.2020 31.12.2020

Fonte: https://br.investing.com/

Gráfico- Cotação do Bitcoin em Janeiro de 2018 até 31 de Dezembro de 2020


BTC-01/01/2018 a 31/12/2020
35000

30000

25000

20000

15000

10000

5000

0
01.01.2018 31.12.2018 01.01.2019 31.12.2019 01.01.2020 31.12.2020

Fonte: https://br.investing.com/

As nossas cotações estão sendo feitas em Dólar, na ideia de minimizar os números,


facilitando na estração dos dados para o nosso gráfico. Os nossos estudos monstra-nos
que o preço do Bitcoin no final de 2018 manteve-se quase o mesmo valor até ao início
de 2019 com cerca de 3709,4 USD. A Bitcoin fechou o ano de 2019 com o preço
próximo dos 7250 USD, doze meses depois já estava avaliado em quase 29.000 USD
isto é no final de 2020, nesta época o mundo foi atingida por pandemia do coronavírus,
período este que enfraquecer a produção nacional por completo porque as pesssoas não
poderiam sair e produzir porque quase tudo estava parado. Está pandemia trouxe boas
ideias as empresas em aplicarem seus fundos em bolsas ou dentro do mercado cripto, é
juntamente com ela, tem havido uma enorme volatilidade nos mercados financeiros.
Enquanto para a maioria das classes de activos tradicionais a pandemia desencadeou
declínios dinâmicos, no caso da Bitcoin desencadeou aumentos que acabaram por
conduzir à formação de um novo pico histórico, porque no final de 2020 a cotação do
Bitcoin começou sempre a subir. Seria bom que o estado angolano apostasse seriamente
no investimentos dessas moedas visto que desde a sua fundação até ao momento ainda
não tenha decepcionado ninguém, pelo contrário tem encorajado e tirando vários países
de uma pobreza extrema e empresa a se darem bem.
Sugestões

Os governos precisam desenvolver política para esse novo cenário. O governo angolano
através do ministério da economia, deve divulgar o tema para que haja esclarecimento,
promover campanhas nas Universidades para que os estudantes se despertem para o
significado das moedas virtuais e como adquirir.

Já as empresas angolanas devem favorecero uso deesas moedas como já acontece em


outros países, a fim de que facilitem seu uso. Dessea forma, será extremamente bom
para a economia angolana o uso das criptomoedas como, por exemplo, o Bitcoin

Apartir das vantagens no investimentos das moedas digitais, Sugerimos que o Estado
Angolano tenta também nesse caminho apostando nas famosas moedas digitais criando
oportunidades de negócio, favorecendo também a camada baixa sendo ela promissoras
da economia nacional, que o BNA lute pela sua regularização, facilitando na mineração
ou exploração dessas moedas, tendo enconta o nosso baixo custo de energia que já é
uma vantagem para nós.

Todo investimento caresse de risco, sugerimos que o Governo arrisque-se nesse


investimento.
Conclusão

Depois de uma pesquisa feita deforma minuciosa sobre as criptomoedas nos levou a
conclusão que elas são uma evoluão da economia, sobretudo, vinculada as tecnologias
dos computadores e da internet nesse novo século. Sendo assim as moedas virtuais serão
cada vez mais usadas pelo mundo, o que contribui para uma nova revolução económica
que se inicia.

Em Angola isso ainda não surte efeito, ainda marginalizamos as moedas por elas serem
autônomas, não precisam de entidade reguladora para se estabilizarem no mercado,
motivos são vários que faz com o estado angolano não entre nesta prática, uma delas é o
incentivo a prática de terrorismo, mas esses motivos não pode levar Angola a não querer
pelomenos tentar no investimento das moedas promissoras, que literalmente podem
alavancar com a nossa economia sendo essa a melhor forma de ajudar os que não têm
nada para pelomenos obterem alguma coisa, mas isso só acontecerá se o Governo
aceitar o pedido de Regulamentar as criptmoedas e a práctica de mineração sendo que o
custo de energia no nosso país é baixo teremos vantagem com os paises que já apostam
e levam esse mercado a sério, sendo a Nigéria em primeiro lugar nos países africanos
que mais aposta em Criptmoedas, momentos de apostar nelas é agora enquanto ainda
não são tão promissoras, para assim não nos arrependermos por não apostar nelas.
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