Contextualizac A o WebCoins Revisão
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As Criptomoedas
Grupo WebCoins
André Abreu
Ângelo Pinto
Fábio Esteves
Rui Araújo
Janeiro de 2022
Índice
1. Breves Notas 4
2. As Criptomoedas 4
2.1. O que são Criptomoedas 4
2.2. Tipos de Criptomoedas 5
2.3. Objetivo da Criação das Criptomoedas 5
2.3.1. Para que servem 5
4. Vantagens e Desvantagens 7
4.1. Vantagens das Criptomoedas 7
4.2. Desvantagens das Criptomoedas 7
5. Globalização 7
5.1. Fenómeno da Globalização 7
5.2. Fatores e Dimensões da Globalização 8
5.3. Globalização e Consumo 8
5.4. Globalização das Criptomoedas 9
8. Bibliografia / Webgrafia 12
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Capítulo I- Enquadramento Teórico
1. Breves Notas
Será que toda a gente sabe o que são as criptomoedas?
Como foram criadas, para que servem, e como podem ser usadas?
A escolha deste tema surgiu através de uma breve conversa acerca dos temas mais falados na
sociedade moderna, sendo este um dos temas mais abrangentes e interessantes, uma vez que nós, os
membros do grupo, estamos a ser formados no contexto de uma sociedade tecnológica.
Para perceber mais aprofundadamente o impacto do tema deste trabalho na nossa sociedade,
tendo como universo do estudo as pessoas residentes no concelho de Guimarães, realizaremos
inquéritos e analisaremos os seus resultados de forma a percebermos o que as pessoas sabem e sentem
sobre este tema .
2. As Criptomoedas
1
BANCO CENTRAL EUROPEU (2018). O que é a Bitcoin? Consultado em 13 de janeiro de 2022 em:
https://www.ecb.europa.eu/ecb/educational/explainers/tell-me/html/what-is-bitcoin.pt.html
3
A Bitcoin, a Etherium, a DogeCoin e a ChainLink são criptomoedas que podem ser usadas em
transações comerciais e não comerciais e são chamadas criptomoedas tradicionais, pertencendo ao
primeiro tipo de criptomoedas.
Estes foram os primeiros tipos de ativos digitais, utilizando a tecnologia blockchain, a serem
adotados em massa, sendo a bitcoin atualmente a líder de mercado.
Outro tipo de criptomoedas são as stablecoins2, e como o nome já designa, são moedas cujo
valor é estável, sendo ativos de baixa volatilidade, ou seja, raramente variam de valor.
Uma das principais características deste tipo de criptomoedas é a oportunidade dos proprietários
trocarem ativos como a bitcoin, cujo valor é bastante inconstante, por outros com variações de valores
mais estáveis.
Um outro tipo de criptomoeda que se tem vindo a destacar são as NFTs.
NFT tem significado de non-fungible token (token não fungível, na tradução para o português).
Um token, perante o universo das criptomoedas, é a representação digital de um ativo – como
dinheiro, propriedade ou obra de arte – registada numa blockchain.
Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesma espécie,
qualidade e quantidade, por exemplo, o dinheiro.
Posto isto, uma NFT é a representação de um item exclusivo, que pode ser digital – semelhante
a uma arte gráfica feita virtualmente – ou física, tendo como exemplo um quadro. Além de obras de
arte, músicas, momentos singulares no desporto, itens de jogos e até publicações engraçadas das redes
sociais, podem ser convertidos numa NFT.
2
FUTURE OF MONEY, EXAME (2020). Stablecoins: o que são, para quê servem e quais as mais conhecidas? Consultado em 15 de janeiro de 2022
em:https://exame.com/future-of-money/criptoativos/o-que-sao-stablecoins-e-quais-existem
4
3. História das Criptomoedas3
O conceito teórico de criptomoedas já foi introduzido há vários anos, muito antes de ter sido
lançada a primeira moeda virtual. Esta ideia surgiu através de investigações que tinham como objetivo
alcançar soluções para resolverem problemas políticos e do dia a dia na utilização do papel-moeda,
com o propósito de garantir a privacidade nas transações e aumentar a independência do estado.
Os desenvolvimentos técnicos para a sua criação iniciaram-se por volta de 1980, com David
Chaum a inventar “dinheiro eletrónico incondicionalmente não rastreável”, utilizando um algoritmo
computacional que permitia trocas de informações seguras e inalteráveis.
Nos finais dos anos 80, Chaum, fundou uma empresa com fins lucrativos, a DigiCash, que tinha
como objetivo produzir moedas virtuais através de um algoritmo que criou, sendo o seu domínio
descentralizado.
Mais tarde a empresa Microsoft tentou fazer uma parceria com a DigiCash, solicitando que
fosse permitido aos primeiros utilizadores do Windows a possibilidade de realizarem compras com
esta moeda, a DigiCash. Os parceiros desentenderam-se, levando à falência desta empresa, no fim dos
anos 90. Nessa altura, Wei Dai introduziu o conceito de b-money, uma nova arquitetura de moeda
virtual que contempla “muitos dos componentes básicos das criptomoedas modernas, como proteções
complexas de anonimato e descentralização” (Martucci, 2018, p. 1, tradução livre). No entanto este
tipo de arquitetura nunca foi adotado.
Nick Szabo, depois de todos estes acontecimentos, decidiu criar e lançar mais uma criptomoeda
para o mercado, a Bit Gold, que já utilizava o sistema de blockchain (que atualmente é a tecnologia
base utilizada por todas as criptomoedas existentes), mas foi mais um fracasso. Só no ano de 2008 é
que Satoshi Nakamoto escreveu um artigo a esboçar a primeira criptomoeda moderna, a bitcoin, que é
a primeira moeda pública onde há uma conjugação tecnológica que permite descentralização,
utilizador anónimo e escassez interna, com base em tecnologia blockchain.
Com a emissão da criptomoeda o utilizador poderia beneficiar de um anonimato total, dado que
o mesmo tinha a possibilidade de comprar ou vender bitcoin sem visibilidade de qualquer informação
sua ligada à transação (Nakamoto, 2008). Umas das principais características que a bitcoin tem, é ser
descentralizada, isto é, disponibiliza a possibilidade de atuar de forma livre sem a influência ou
domínio de uma entidade superior, política ou bancária. Com a utilização da blockchain é possível
criar um “livro aberto” onde é possível visualizar todas as transações que são executadas, o que faz
com que exista uma ligação mais direta entre quem compra e quem vende criptomoedas, reduzindo a
possibilidade de erros (Meiklejohn & Danezis, 2015). A escassez é uma condição essencial para que
se torne possível conceder valor a dinheiro, em que a um nível micro atua como forma de adulteração,
já a um nível macro, imobiliza o crescimento de dinheiro mantendo os preços estáveis. A bitcoin
surgiu com o primeiro mecanismo capaz de fornecer uma escassez interna absoluta por acréscimo de
dinheiro (Moore, Edelman, Christin, & Böhme, 2015). Em 2009, a bitcoin foi lançada no mercado e a
sua adesão foi bastante favorável, todavia apenas em 2010 é que começaram a ser realizadas as
primeiras trocas públicas e se estrearam também outras alternativas, como a litecoin. Passado dois
anos, grandes empresas como a WordPress, a Microsoft e a Expedia começaram a permitir que os
pagamentos fossem feitos utilizando bitcoin, a criptomoeda que veio estabelecer um novo paradigma
para a sociedade e que conseguiu, pela primeira vez para uma moeda virtual, transmitir confiança e
legitimidade nos pagamentos (Martucci, 2018).
3
NOGUEIRA,ANA (2020). O impacto da criptomoeda nas empresas de software em Portugal. Consultado em 15 de janeiro de 2022 em : https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/130406/2/431804.pdf
5
4. Vantagens e Desvantagens
5. Globalização
As criptomoedas permitem a ligação entre vários pontos distintos do planeta sem qualquer tipo
de intermediários, sucedendo assim uma globalização das moedas virtuais.
O que diferencia a globalização das criptomoedas é o facto destas serem um meio de transação
financeira virtual, e a globalização engloba bens e serviços com transações de dinheiro vivo.
6
Informacional, visto que, com os avanços tecnológicos, foi possível promover uma maior integração
económica e cultural entre países e regiões de diferentes pontos do planeta.
As principais empresas beneficiadas pela globalização são as transnacionais, na medida em que
esse fenómeno faz com que elas continuem com os seus alicerces num país (desenvolvido), mas atuem
com filiais nem outros (em desenvolvimento), amplificando o seu mercado consumidor. Elas
aproveitam-se da mão de obra barata, além de benefícios (isenção de imposto, etc.) proporcionados
pelos governos dos países em desenvolvimento, visando o aumento do lucro. Além de fatores sociais e
económicos, a globalização também interfere nos aspectos culturais de uma determinada sociedade. O
grande fluxo de informações obtidas por meio de programas televisivos e, sobretudo, pela Internet,
exerce influência nem alguns hábitos humanos. A instalação de redes de fast food é outro elemento
que pode promover uma alteração nos costumes locais. 4
7
Com efeito, os meios de comunicação social e o impacto das campanhas publicitárias das
grandes marcas internacionais levam a uma adesão aos produtos, gerando uma tendência para a
uniformização dos padrões de consumo a nível mundial.
Contudo, as desigualdades económicas verificadas entre países desenvolvidos e em países em
desenvolvimento implicam desigualdades de consumo, pois ninguém sofre privações por vontade
própria, mas por ser constrangido a essa situação, nomeadamente por motivos económicos. 6
6
PROENÇA,ROSSANA (2010). Alimentação e globalização: algumas reflexões. Consultado em 17 de janeiro de 2022 em:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000400014
8
Dentro duma sociedade, os produtores têm como funções principais empenhar-se em descobrir
novas formas de conseguir mais bens tendo menor dispêndio de recursos, fundamentar novas formas
de aumentar a produtividade e novas técnicas de produção, novos materiais e novas formas de
organizar o trabalho.7
7
GIDDENS, A. Sociologia, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 6a edição.
Economia C, Lisboa; Texto Editores, Lda, 1a edição.
8
GIDDENS, A. Sociologia, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 6a edição.
Economia C, Lisboa; Texto Editores, Lda, 1a edição.
9
A escolha de novos estilos de vida é possível, devido ao facto de as diferenças sociais não
serem tão delimitadas, como foram no passado. As diferenças culturais têm tendência para se
reforçarem, particularmente nos países desenvolvidos.
A época atual é marcada pelos símbolos relacionados com o consumo, por isso a identidade
pessoal dos indivíduos é estruturada pelas escolhas de estilo de vida.
A estes novos estilos de vida estão associados novas práticas e novos valores como, por
exemplo, a alteração dos hábitos de consumo, nomeadamente, na alimentação indicada pelos
movimentos consumeristas e ecologistas.
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Sarah Underwood argumenta que “A tecnologia blockchain deverá revolucionar os modos
operacionais do comércio, indústria, educação, bem como promover o rápido desenvolvimento da
economia baseada no conhecimento a uma escala global. Devido à sua imutabilidade, transparência e
confiabilidade para todas as transações executadas por uma rede blockchain, essa tecnologia
inovadora tem muitas potenciais aplicações” (Underwood, 2016, p. 16, tradução livre).
A tecnologia blockchain aumenta a eficiência nos mercados financeiros, uma vez que uma das
suas funções é a prática de contratos inteligentes, estes que evitam erros, atrasos, ou custos adicionais.
A partir de um contrato inteligente, sendo um pedaço de código para o computador ler, ficam
registados todos os passos executados. Além de ser possível rastrear transações financeiras, também
se conseguem manter informações confidenciais, de uma forma bastante segura” (Underwood, 2016).
8. Bibliografia / Webgrafia
BANCO CENTRAL EUROPEU (2018).O que é a Bitcoin? Consultado em 13 de janeiro de 2022 em:
https://www.ecb.europa.eu/ecb/educational/explainers/tell-me/html/what-is-bitcoin.pt.html
FUTURE OF MONEY, EXAME (2020). Stablecoins: o que são, para quê servem e quais as mais
conhecidas? Consultado em 15 de janeiro de 2022 em:
https://exame.com/future-of-money/criptoativos/o-que-sao-stablecoins-e-quais-existem
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PROENÇA,ROSSANA (2010). Alimentação e globalização: algumas reflexões. Consultado em 17 de
janeiro de 2022 em:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000400014
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