Gestão Da Cadeia
Gestão Da Cadeia
Gestão Da Cadeia
SUPRIMENTOS
AULA 1
1. Introdução ao SCM;
2. Supply chain e a logística;
3. Gestão da cadeia de valor;
4. A estrutura empresarial e a gestão da cadeia de suprimentos;
5. Interfaces organizacionais.
2
CONTEXTUALIZANDO
3
escreveram obras que se tornaram referências para acadêmicos, estudantes e
profissionais da área, e alguns conceitos importantes nos ajudam a compreender
melhor o supply chain management.
Ballou (2006), um dos maiores especialistas da área de logística e supply
chain, define supply chain como “Um conjunto de atividades funcionais
(transportes, controle de estoque etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo
do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos
acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor”.
Seguindo a definição de Ballou (2006), Campos (2012, p. 46) menciona o
trinômio fonte-produção-entrega, que se repete várias vezes na cadeia de
suprimentos. A Figura 1 sintetiza muito bem esse ciclo.
Figura 1 – Fonte-produção-entrega
Fonte-produção-entrega
Fonte-produção-entrega Fonte-produção-entrega
4
exemplo, tem como objetivos obter lucratividade para os envolvidos na cadeia e
gerar valor ao consumidor final.
Compreender e gerir esse complexo macroprocesso é um grande desafio
para os profissionais. A busca por eficiência, eficácia e competitividade nos
mercados em que atuam faz com que as empresas busquem o trabalho em rede
de suprimentos. Não existe, já há algum tempo no mundo corporativo, a
possibilidade de se trabalhar de forma isolada.
A Figura 2 apresenta, de forma bastante resumida, um exemplo fictício de
uma empresa de calçados. É possível observar, mesmo de forma sintetizada,
uma certa complexidade.
Matéria- prima
Indústria de
para injeção Embalagens
tecidos
plástica
Fabricante de Indústria
Matéria-prima
Indústria madeireira
tecidos papel
Química
5
TEMA 2 – SUPPLY CHAIN E LOGÍSTICA
6
Cadeia de abastecimento
Logística
Armazém
distribuição
Centro de
Fornecedores Manufatura central
Varejo
Terceiros Distribuidor
Almoxarifado de
matérias-primas
Estocagem em
Recebimento
Armazém de
Fabricação
Montagem
Expedição
acabados
processo
atacadista
produtos
Consumidor
Montadora
Logística da produção
7
integração de algumas atividades que atuavam de forma isolada foi
preponderante para a criação de redes de abastecimento, conhecida como
cadeia de suprimentos. Funções que atuavam por muito tempo de forma
fragmentada, tais como compras, produção, armazenagem, transporte, vendas
e marketing, por exemplo, passam no conceito do supply chain a fazer parte de
um macroprocesso.
Essa evolução não aconteceu da noite para o dia. Levou algum tempo até
que os envolvidos nessa rede percebessem que a melhor forma seria operar os
processos de forma integrada. A Figura 4 sintetiza muito bem essa
transformação.
Essa evolução pode ser mais bem entendida por meio de um quadro
comparativo, que apresenta as diferenças entre um sistema tradicional de
suprimentos e um sistema baseado em cadeia de suprimentos.
8
Quadro 1 – Comparação do sistema tradicional com a cadeia de suprimentos
SISTEMA CADEIA DE
FATORES
TRADICIONAL ABASTECIMENTO
Administração do Coordenação do
Centrada na empresa
estoque processo de suprimento
Fluxo de estoque Interrompido Contínuo / visível
Custo do item posto no
Minimizados pela
Custos local de uso (custos
empresa
landed)
Controlada por uma Compartilhada entre as
Informação
empresa empresas envolvidas
Centrado em uma Compartilhados entre as
Riscos
empresa empresas envolvidas
Abordagem da equipe
Orientado para a
Planejamento da cadeia de
empresa
abastecimento
Relações Centradas na empresa Parcerias centradas em
interorganizacionais e de baixo custo custos landed
Fonte: Ellram; Cooper, 1993, citado por Campos, 2012
Saiba mais
Quer saber um pouco mais sobre o que faz e qual é a remuneração média
de um gerente da cadeia de suprimentos? Então, acesse o link a seguir:
CATHO. Profissões. Catho, S.d. Disponível em:
<https://www.catho.com.br/profissoes/gerente-de-suprimentos/trilha-de-
carreira/>. Acesso em: 5 fev. 2022.
9
TEMA 3 – GESTÃO DA CADEIA DE VALOR
Percebam que boa parte das respostas às questões acima pode ser
respondida por ações no supply chain. A importância do bom gerenciamento da
cadeia de suprimentos nos negócios empresariais é tão importante a ponto de
boa parte das atividades da SCM serem contempladas na conhecida cadeia de
valor de Porter, renomado autor e professor da Harvard Business School.
A Figura 5, bem conhecida entre os profissionais de administração,
logística e engenharia de produção, sintetiza muito bem o pensamento de Porter
(1989).
10
Figura 5 – Esquema cadeia de valor de Porter
Infraestrutura
secundárias
Atividades
Gestão de Recursos Humanos
Desenvolvimento tecnológico
Margens
Aquisição / Compras
Logística de Operações Logística Marketing Serviços
entrada de saída e vendas
Atividades primárias
11
Um gerente da cadeia de suprimentos ou supply chain management tem
também como atribuição garantir que a demanda dos clientes seja suprida por
todos os fornecedores que atuam na cadeia, gerenciando a capacidade de
produção, controlando os estoques e integrando os processos de forma a obter
a máxima eficiência e eficácia na gestão do produto.
Quando se aborda o termo eficiência, um bom exemplo é a utilização dos
recursos da melhor maneira possível, o que direciona para redução dos custos
em toda cadeia. No entanto, não adianta ser eficiente sem ser eficaz, ou seja, a
cadeia de suprimentos deve entregar valor ao cliente ou consumidor final, e
dentro desse contexto está a qualidade do produto e serviço prestado.
Quando se apresenta a expressão integração na cadeia de suprimentos,
até parece algo simples, no entanto não é bem assim. Por exemplo, um gerente
de supply chain deve negociar e se integrar com a funções como marketing,
vendas, produção, logística, fornecedores de matéria-prima, fornecedores
de serviços e clientes.
Você percebeu que gerir uma cadeia de suprimentos não é trabalho para
amadores?
12
Tabela 1 – Planejamento em três níveis
Saiba mais
13
dos objetivos e metas provenientes do nível estratégico. Reproduzir benefícios
resultantes de pesquisas de benchmarking (como utilizar as melhores práticas),
desenvolver estratégias especiais com fornecedores especiais; contratar de
operadores de logística para desenvolver transporte, armazenagem,
desembaraço aduaneiro, entre outras atividades a custos competitivos.
14
Figura 6 – Cadeia de suprimentos e os níveis hierárquicos
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
Saiba mais
FINALIZANDO
17
Conhecemos alguns conceitos de supply chain provenientes de vários
autores renomados.
Depois de conhecer bem os conceitos de cadeia de suprimentos,
buscamos a compreensão das diferenças de atuação da logística e da cadeia de
suprimentos.
Se as cadeias de suprimentos são notoriamente complexas, imagine
como é geri-las. No tema 3, compreendemos a complexidade da gestão da
cadeia de suprimentos. Ainda navegando na gestão, aprendemos como ela
ocorre nos níveis estratégico, tático e operacional.
Por fim, enfatizamos as interfaces organizacionais que ocorrem no supply
chain management.
18
REFERÊNCIAS
VISÃO sistêmica da cadeia logística. Guia do TRC, mar. 2000. Disponível em:
<http://www.guiadotrc.com.br/logistica/logistica.asp>. Acesso em: 5 fev. 2022.
19
GESTÃO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS
AULA 2
1. Terceirização (outsourcing);
2. Critérios para terceirização;
3. Gerenciamento integrado;
4. Atividades primárias e os componentes da cadeia de suprimentos; e
5. Trade marketing no supply chain.
CONTEXTUALIZANDO
Será que pelo fato de terceirizar os processos que uma determinada empresa
não domine, os problemas já estarão resolvidos? Afinal, se a escolha dos
fornecedores for bem realizada, teoricamente a cadeia de suprimentos fluirá sem
2
nenhum inconveniente. Puro engano, pois a quantidade de variáveis que agem sobre
a cadeia de suprimentos terceirizada é enorme.
Finalizamos outra ocasião com um assunto na seção Na Prática que ressalta
muito bem o que pode acontecer quando os processos de terceirização na cadeia
de suprimentos não são muito bem realizados. Vejam que os problemas
apresentados no texto sugerido para leitura ocorreram com grandes empresas, tais
como Kmart, Nike e Cisco. Mas o que leva empresas dessa grandeza a cometerem
erros no gerenciamento da cadeia de suprimentos? Não é o objetivo dessa seção
focarmos nas causas-raízes dos problemas ocorridos, mas, sim, salientar o quanto
são complexos os processos de gestão da cadeia de suprimentos e especialmente
o processo de terceirização.
Por falar em terceirização, iniciamos esta aula justamente com esse tema (ou
outsourcing, em inglês).
3
A opção pela contratação de fornecedores para compra de produtos e
serviços tem se tornado cada vez mais atraente. Trata-se de uma visão
horizontalizada, em que uma empresa foca seus recursos naquilo que faz de melhor
e direciona as atividades que não domina para serem realizadas por fornecedores
terceirizados. É óbvio que muitas vezes essa decisão não é tão simples assim.
Dentro de grandes empresas, é muito comum o termo make or buy, ou seja, fazer
ou comprar. Variáveis como preço de fornecimento versus custos internos,
capacidade técnica do fornecedor, entrega, entre outros, devem ser muito bem
avaliados. Muitas vezes, matrizes de decisão e modelos matemáticos são utilizados
no auxílio à decisão.
Como já mencionado na seção Conversa Inicial, muitas vezes o processo de
terceirização é utilizado de forma equivocada e essa utilização pode prejudicar o
entendimento pleno da terceirização como forma de proporcionar eficiência e
eficácia aos negócios empresariais. No forte desejo de obter redução de custos,
algumas empresas implantam a terceirização por meio da precariedade do trabalho,
o que é totalmente inadmissível. O que tem que ser entendido é que, com os
processos de terceirização, é possível obter redução de custos juntamente com
qualidade nos produtos e serviços contratados e atendendo à legislação trabalhista
de forma plena.
Mas com todo esse trabalho, vale a pena investir na terceirização?
De fato, quanto mais processos são terceirizados, mais elos são
incrementados à cadeia de suprimentos e consequentemente mais complexa é a
gestão. É aí que a logística entra para integrar fornecedores e cliente,
proporcionando eficiência e eficácia a toda cadeia.
4
Figura 1 – Terceirização como solução de problemas
Fonte: Faithie/Shutterstock.
5
2.1 Redução de custos
Talvez o critério mais utilizado pelas empresas que optam por terceirizar
alguns dos seus processos. Geralmente as empresas buscam no mercado
fornecedores que são capazes de executar determinadas atividades com maior
eficiência. Essas atividades podem ser de maior ou menor valor agregado,
predominando a última, normalmente representada por atividades de limpeza,
segurança, alimentação (restaurante) e manutenção.
Um dos fatores que podem levar as empresas a optar pela terceirização. Mais
comum em empresas pequenas (embora possa ocorrer em empresas maiores) que,
por não terem recursos para desenvolver ou manter internamente serviços
complexos, por exemplo, computação, tecnologia da informação, optam por buscar
fornecedores que detenham conhecimento suficiente para atendê-las.
Ocorre quando uma empresa não possui internos quer permitam trabalhar na
inovação de produtos, sendo necessária a procura por empresas especialistas.
6
2.6 Agilidade de respostas para o mercado
7
Figura 2 – Exemplo fictício de uma cadeia de suprimentos da indústria automotiva
8
Campos (2012, p. 45) detalha de forma sucinta como sãos os ciclos que se
repetem várias vezes na cadeia de suprimentos por meio do trinômio fonte-produção-
entrega, conforme destacado a seguir:
• Fornecimento – fonte;
• Transformação – Produção; e
• Utilização – Entrega.
Figura 3 – Fonte-produção-entrega
10
Figura 4 – Ações integradoras
Facilita Ações
Coordenação
Integradoras
Origina
Processo de
Informação
Decisão
Portanto, cabe à coordenação (ou à gestão) cumprir um dos seus papéis, que
é o de facilitar o fluxo de informações para geração de ações integradoras que irão
suportar o processo decisório.
11
primárias da logística. Falando em agregação de valor, as atividades de transporte
agregam valor de lugar ao produto (e eventualmente ao serviço), enquanto as
atividades de controle de estoque agregam valor de tempo. A outra atividade, que
completa as três atividades primárias da logística, é o processamento de pedidos.
Embora o conceito sobre as atividades primárias seja algo inerente à logística,
não se pode negar a importância dessas atividades na gestão da cadeia de
suprimentos. Portanto, vamos estudar essas atividades do ponto de vista da cadeia
de suprimentos, pois cada vez mais os empresários enxergam que esforços em
controlar e coordenar coletivamente essas atividades podem contribuir fortemente
no aumento da produtividade, na redução dos custos operacionais e na geração de
valor para o cliente. A Figura 5 apresenta as atividades primárias da logística.
4.1 Transporte
12
4.2 Manutenção de estoque
13
eles serão atendidos, deve também repassar essas informações para a logística e a
produção.
Vamos a um exemplo prático para compreendermos melhor o que faz um
profissional do trade marketing. Considere uma empresa fabricante de perfumes e
cosméticos e que, por algum motivo, alguns dos seus produtos não têm apresentado
o crescimento de vendas projetado. Nesse momento é que se utiliza a expertise do
profissional de trade marketing. Com base em seus conhecimentos, esse profissional
contata os pontos de vendas, os canais de distribuição, coleta as informações
pertinentes para que sejam devidamente comunicadas aos departamentos
envolvidos, tais como o próprio departamento de marketing, comercial, logística,
produção, entre outros. Levando-se em conta a relação entre os canais de
distribuição e as funções já mencionadas, criam-se ações para que se descubra a
causa raiz do problema relativo às baixas vendas.
Fonte: Studio/Shutterstock.
TROCANDO IDEIAS
Saiba mais
NA PRÁTICA
Saiba mais
Criado em janeiro de 2001 pela Souza Cruz e pela Ambev, o Agrega foi
desenvolvido para realizar a gestão de compra de materiais indiretos (MRO). Esses
itens representam aproximadamente 35% de tudo o que essas organizações
compram.
A proposta do portal é a compra conjunta de materiais, englobando a busca
do melhor preço, gerindo cada uma das etapas do processo, desde a requisição até
a entrega dos produtos.
Os materiais estão divididos em grupos ou segmentos, entre eles: viagens
(passagens, hospedagens e traslados), telecomunicação, veículos (aquisição,
leasing e manutenção), microcomputadores e material de escritório. Atualmente o
Agrega já conta com diversos clientes, como Pepsico, Nestlé e White Martins. Este
modelo também já foi implementado no México, Chile, Argentina e recentemente no
Canadá.
Fonte: Portal Agrega, citado por Magalhães et al., 2013, p. 51.
15
E você, o que pensa sobre essa proposta? Procure saber um pouco mais
sobre essa iniciativa. Opine sobre esse assunto.
FINALIZANDO
16
REFERÊNCIAS
17
GESTÃO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS
AULA 3
1. A logística inbound
2. A logística outbound
3. Movimentação de materiais
4. Estoques, inventários e a acuracidade
5. O sistema milk run
CONTEXTUALIZANDO
3
Bom, agora fica mais fácil interpretar a Figura 1.
Crédito: Motorama/Shutterstock.
5
referentes ao fluxo de materiais e informações de uma fábrica ou centro de
distribuição, por exemplo, para um cliente ou consumidor final. Aliás, uma das
caraterísticas que difere a logística outbound da logística inbound é o contato
com o consumidor final. Com o aumento das vendas pelo e-commerce, a
logística outbound tem se intensificado bastante no cenário local e global.
Crédito: Motorama/Shutterstock.
6
• Processamento de pedidos: na logística outbound, o pedido é realizado
pelo cliente e processado pela fábrica ou centro de distribuição. Também
podem ser utilizadas tecnologias baseadas no EDI para otimizar os
processos.
• Embalagem preventiva: em se tratando de expedição de materiais, as
embalagens podem ter outras funções, além da função primária de
proteger o produto. Como o destino dessas embalagens pode ser o cliente
ou consumidor final, informações de marketing do produto e de interesse
do consumidor podem estar atreladas às embalagens.
• Controle de materiais: refere-se ao controle de materiais que estão
prestes a embarcar para o cliente ou consumidor final. Atividades de
separação (picking) são comuns, nesse processo.
• Manutenção de informações: informações referentes à saída de
materiais (produtos acabados), informações sobre a documentação de
transporte e dados de rastreabilidade devem ser registrados
eletronicamente, com preparação de backups.
7
• Processos por projeto: partem do pressuposto de que são feitos para
atender a pedidos específicos dos clientes, tornando cada projeto único.
Possuem baixo volume, alta variedade, alto grau de customização e
fluxos de trabalho redefinidos a cada novo projeto. Exemplos típicos
desse tipo de processo produtivo são a construção de navios e aviões e
de conjuntos de prédios.
• Processos por tarefa (job): apresentam alta variedade e baixo volume.
Entretanto, os recursos utilizados nesse tipo de processo são
compartilhados entre vários projetos pequenos, diferentemente dos
processos por projeto, que possuem recursos exclusivos. Alguns
exemplos: restauradores de móveis, ferramentarias especializadas e
alfaiatarias.
• Processos em lotes ou bateladas: diferentemente dos processos por
job, nesse caso os volumes são maiores devido ao fato de que produtos
ou serviços similares são fornecidos repetidamente, em lotes. Sempre
será produzido mais do que um produto, seja em lote pequeno, seja em
lote grande, atendendo à variabilidade de cada série de produção. Como
exemplos podemos citar: manufatura de máquinas-ferramentas (lote
pequeno) e produção de roupas (lote grande).
• Processos de produção em massa: fabricam um alto volume de
produtos, porém com baixa variedade. Possuem alto grau de
automatização e padronização. São exemplos desses tipos de processos
fabricantes de automóveis, de eletrodomésticos e de equipamentos
eletrônicos.
• Processos contínuos: são o extremo da produção em grande volume e
padronizada, com fluxos de produção em massa operando, na maioria
das vezes, 24 horas por dia. Como exemplos, podemos citar: refinarias
de petróleo, indústrias químicas e siderúrgicas e de produção de energia
elétrica.
9
considerando-se os lead times 1 envolvidos. De forma resumida, o MRP
se suporta em três pontos básicos:
1. master production schedule (MPS) ou planejamento mestre de produção
(PMP), ou seja, um cronograma de produção para produtos acabados;
2. bill of materials (BOM) ou lista de materiais, para compras ou
manufaturas;
3. estoque, com informações de inventário, lead time para fornecimento de
produtos etc.
• MRP II é um sistema que, além de atender às necessidades de
suprimento de materiais, conforme o MRP, também realiza o
planejamento dos recursos humanos e de equipamentos considerando a
capacidade máxima instalada. Surgido nos anos 1980, é considerado
uma evolução do sistema MRP, pois integra outros departamentos da
empresa, como marketing, engenharia e finanças, aos sistemas de
produção.
1Lead time consiste no tempo decorrente entre a demanda para um processo e sua respectiva
conclusão.
10
a maioria dos negócios, não há motivos que justifiquem manter altos estoques.
Em se tratando da economia brasileira, que conquistou uma certa estabilidade e
níveis de inflação relativamente baixos e sob controle, os estoques devem se
manter os mais baixos quanto possível. E aí é que encontramos um desafio para
os atores envolvidos na cadeia de suprimentos, que devem decidir
constantemente sobre os níveis de estoque, gerando o chamado trade-off 2.
Para que haja acuracidade no controle de estoques, é necessária a
realização de inventário para contagem dos itens. Esse tipo de inventário é
conhecido como inventário físico. Conforme Martins e Alt (2006, p. 199), “O
inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque, caso haja
diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem
ser feitos os ajustes, conforme recomendações contábeis e tributárias”. Embora
essa pareça ser uma atividade simples, ela pode se tornar complexa quando se
tratam de grandes centros de distribuição, com muitas stock keeping units –
unidades de manutenção de estoque (SKUs) 3 armazenadas, que demandem
muitos recursos para se efetuar o trabalho de contagem.
Os principais tipos de inventário são:
Itens contados
Quantidade Percentual de
Classe 1º 2º 3º 4º
de itens peças contadas
trimestre trimestre trimestre trimestre
Crédito: Tynyuk/Shutterstock.
12
Mas, como saber se o resultado do inventário atendeu ou não aos
objetivos traçados? Com relação à acuracidade do estoque, não há um índice
padrão para medi-la; no entanto, é desejável que ela se encontre o mais próximo
possível de 100%. Para calcular a acuracidade, podemos utilizar as seguintes
equações:
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
• Acuracidade de estoque (físico) = 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖
x 100 (%)
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
• Acuracidade de estoque (contábil) = 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖
x 100 (%)
13
Figura 3 – Exemplo de carteira escolar e seus componentes
14
Na configuração tradicional, cada fornecedor envia seu próprio transporte
ao fabricante de carteiras escolares, e geralmente ocorrem congestionamentos
no ato da entrega e, posteriormente, um acréscimo no estoque de componentes.
No entanto, como o milk run pode auxiliar na solução desse
problema? A proposta do milk run se diferencia do suprimento tradicional pela
utilização de apenas um veículo (caminhão) para transportar componentes de
todos os fornecedores para o fabricante. Com isso, um caminhão de um
operador logístico, por exemplo, inicia a rota no fornecedor 1, com a quantidade
necessária de componentes para um ou dois dias, por exemplo. Após a coleta
nesse ponto, o caminhão se dirige ao fornecedor 2 e realiza outra coleta
fracionada, e assim sucessivamente, até chegar ao fornecedor 6 com todos os
componentes necessários para montar o produto acabado (a carteira escolar).
Nessa configuração de abastecimento, o ato do recebimento é muito mais fácil
e ágil, bem como o nível de estoque, que tende a ser bem mais baixo, conforme
Figura 5.
a. Vantagens
• Recebimento do material conforme a necessidade (com janelas de
recebimento, data, hora e quantidade)
15
• Redução do espaço necessário para armazenar materiais (componentes)
• Estoques reduzidos, em função do recebimento fracionado de
componentes
• Utilização de embalagens retornáveis, agregando valor por conta da
sustentabilidade
• Agilidade no recebimento de materiais
• Redução dos custos de manutenção de inventário
b. Desvantagens
• Necessidade de sincronismo perfeito entre os participantes
• Perda momentânea de eficiência no transporte de carga (em
determinados períodos, o veículo viaja quase vazio)
• Ligeiramente inflexível, quando se necessita alterar quantidade de algum
componente
TROCANDO IDEIAS
Saiba mais
Para saber mais sobre a distribuição de vacinas, acesse o link disponível
em: <https://cnt.org.br/agencia-cnt/a-encomenda-que-todos-aguardavam>.
Acesso em: 14 dez. 2021. (Falleiros, 2021).
NA PRÁTICA
16
informações sobre essa simbologia. No Brasil, a ABNT NBR 7500:2021 (ABNT,
2021) normatiza o manuseio e transporte de materiais. Vamos tratar desse
assunto nas nossas aulas interativas.
FINALIZANDO
17
REFERÊNCIAS
18
GESTÃO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS
AULA 4
CONTEXTUALIZANDO
2
houver um fornecedor capacitado para aquilo que pretendemos comprar? Nesse
caso, é necessário desenvolvê-lo, e o profissional de compras deve fazer parte
desse processo.
Com todo o processo de compras estabelecido, fornecedores
selecionados e desenvolvidos, há a necessidade de sincronismo no
abastecimento, ou seja, os prazos de entrega dos fornecedores devem atender,
de forma temporal, aos requisitos da empresa contratante. Mas será que todos
os fornecedores apresentam o mesmo tempo de processamento? Isso é o que
vamos aprender com a minimização dos gargalos – para minimizar gargalos,
muitas vezes é necessário reduzir os lead times.
3
• Manter boas relações com fornecedores correntes e desenvolver novos
fornecedores.
4
de compras (de forma física ou digital), faz a recepção e a aceitação (no
caso de uma mercadoria), em relação aos dados da nota fiscal. São
verificados requisitos como quantidade, unidades de peso e medidas e
especificações do produto. Muitas vezes, é necessário inspecionar o
recebimento (amostral) dos produtos. Se aprovado, o departamento de
compras deve ser informado para fechar o pedido. Em caso de
discrepâncias, o pedido fica como aberto e as etapas seguem os
procedimentos específicos de acordo com cada empresa.
• Aprovação da fatura do fornecedor para pagamento: ao receber a
fatura do fornecedor, é necessário garantir conformidade entre o pedido
de compras, o relatório de recebimento e a fatura. Essa atividade é de
responsabilidade do departamento de compras. Estando em acordo, a
fatura deverá ser enviada ao departamento de contas a pagar.
5
Após definir as fontes, deve-se obter os possíveis fornecedores para
matéria-prima, componentes, semiacabados ou até serviços.
Mas quais critérios devem ser levados em consideração para a seleção
de fornecedores? Embora possam variar de empresa para empresa, e também
em função do tipo de produto ou serviço, a seguir vamos apresentar alguns
critérios com base em Pansonato (2018).
Habilidade técnica:
Capacidade de produção:
Qualidade:
Confiabilidade:
Localização do fornecedor:
Preços:
6
Para proporcionar uma decisão baseada em dados objetivos, é importante
utilizar os critérios supracitados em conjunto com ferramentas de auxílio à
decisão. Hoje, é possível encontrar algumas possibilidades de ferramentas
digitais na internet que podem ser utilizadas no auxílio à decisão. Existe ainda
uma ferramenta eficaz que pode ser elaborada e customizada de acordo com as
necessidades, chamada de matriz de decisão.
7
setores como qualidade, engenharia de produto e manufatura devem trabalhar
de forma sincronizada para que seja possível obter os melhores resultados no
desenvolvimento de novos fornecedores.
Em aulas anteriores, discutimos os motivos para que uma empresa opte
pela terceirização. Alguns desses motivos influenciam na seleção de
fornecedores, o que demonstra a aderência entre os temas do SCM. Vejamos
agora os motivos ligados à terceirização que levam as empresas a desenvolver
fornecedores:
8
De qualquer forma, a palavra-chave no desenvolvimento de fornecedores
é colaboração, o que, na visão de Bowersox (1990, p. 43), implica aliança e
parceria.
9
Figura 1 – Restrição na cadeia de suprimentos
10
• Regra 1: a taxa de utilização de um recurso não-gargalo não é
determinada por sua capacidade de produção, mas sim por alguma outra
restrição do sistema. O fluxo produtivo sempre estará limitado por um
recurso (interno ou externo) gargalo. Assim, de nada adianta programar
um recurso não-gargalo para produzir 100% de sua capacidade, pois
desse modo apenas geramos estoques intermediários e despesas
operacionais.
• Regra 2: a utilização e a ativação de um recurso não são práticas
sinônimas. Convencionalmente, os recursos são utilizados 100% do seu
tempo – um recurso parado é perda de eficiência. A teoria das restrições
advoga que os recursos devem ser ativados apenas na medida em que
incrementarem o fluxo produtivo, permanecendo parados sempre que
atingem limitações nos gargalos.
• Regra 3: uma hora perdida em um recurso gargalo é uma hora perdida
em todo o sistema produtivo. Como os recursos gargalos não apresentam
tempos ociosos, caso algum problema aconteça com eles, a perda de
produção repercute em todo o sistema, reduzindo o fluxo. No exemplo
citado, tempo perdido no processo de coleta e transporte interfere
diretamente na capacidade de entrega.
• Regra 4: uma hora ganha em um recurso não-gargalo não representa
nada. Como os recursos não-gargalos, por definição, apresentam tempos
ociosos, qualquer ação que apenas acelere o tempo produtivo dos
recursos transformará tempo produtivo em mais tempo ocioso.
• Regra 5: os lotes de processamento devem ser variáveis, não fixos. Como
consequência das regras 3 e 4, o tamanho dos lotes de processamento
deve variar conforme o tipo de recurso pelo qual estão passando. Em um
recurso gargalo, os lotes devem ser grandes o suficiente para diluir os
tempos de preparação, transformando-os em tempos produtivos. Já nos
recursos não-gargalos, os lotes devem ser pequenos, de modo a reduzir
os custos dos estoques em processo e agilizar o fluxo de produção dos
gargalos.
• Regra 6: os lotes de processamento e de transferência não precisam ser
iguais. Convencionalmente, os lotes de produção são movimentados
apenas quando totalmente concluídos. Isso simplifica o fluxo de
informações dentro do sistema, ainda que gere um aumento no lead time
11
médio dos itens (pois o primeiro item terá que esperar o último para ser
transferido) e nos estoques em processo dentro do sistema. Segundo a
teoria das restrições, para evitar esses problemas, os lotes de
transferência devem ser considerados segundo a ótica do fluxo, enquanto
os lotes de processamento precisam ser considerados segundo a ótica do
recurso trabalhado.
• Regra 7: os gargalos governam tanto o fluxo como os estoques do
sistema. Para garantir a máxima utilização dos recursos gargalos,
devemos não só sequenciar o programa de produção de acordo com as
restrições de capacidade, como também projetar estoques de segurança
buscando evitar interrupções no fluxo. Os estoques de segurança são
conhecidos, dentro da teoria das restrições, como "time buffer", pois a
ideia é antecipar no tempo a entrega dos lotes que vão abastecer os
gargalos, garantindo tempo para corrigir eventuais problemas antes que
afetem o fluxo dos gargalos.
• Regra 8: a capacidade do sistema e a programação das ordens devem
ser consideradas simultaneamente, e não sequencialmente. Nos sistemas
convencionais, baseados na lógica de MRP, o sequenciamento das
ordens é realizado com base em índices (ICR, IFO, IFA) que empregam
lead times padrões, predeterminados. Já a teoria das restrições, que
considera a lista de materiais e a rotina de operações simultaneamente,
determina que os lead times não são fixos, mas sim resultado da
sequência escolhida para o programa de produção. Dessa forma, para
cada alternativa de sequenciamento analisada, serão obtidos diferentes
lead times.
• Regra 9: balanceie o fluxo e não a capacidade. Assim como a filosofia
JIT/TQC, a teoria das restrições considera que o importante em um
sistema produtivo em lotes, sujeito a passar por recursos gargalos, é
buscar um fluxo contínuo dos lotes, acelerando a transformação de
matérias-primas em produtos acabados. A utilização dos recursos, aqui
chamada de ativação, deve buscar a maximização do fluxo, justificando
todas as decisões que convencionalmente são consideradas improdutivas
(movimentar pequenos lotes, duplicar setups, deixar recursos parados
etc.).
12
• Regra 10: a soma dos ótimos locais não é igual ao ótimo global. A última
regra sintetiza todas as demais, pois considera que, em um sistema
produtivo, as soluções devem ser pensadas de forma global (em relação
ao fluxo), pois um conjunto de soluções otimizados individuais para cada
recurso, ou grupos de recursos (departamentos), geralmente não leva ao
ótimo global.
13
extremamente curtos. No entanto, os processos de apoio, como processamento
de pedido, movimentação, transporte e entrega, são muito lentos, o que faz com
que o lead time se torne um empecilho para a competitividade.
Imagine que você precisa pagar uma conta diretamente no banco (não há
alternativas disponíveis) em um dia de alta demanda bancária. Do momento em
que você entrou no banco até a saída, passaram-se 60 minutos. O tempo de
atendimento no caixa foi de 10 minutos. Associando esses dados aos elementos
acima, temos o seguinte:
14
Figura 2 – Lead time e agregação de valor
TROCANDO IDEIAS
15
Saiba mais
Para saber mais sobre Early Supplier Involvement (ESI), acesse a
biblioteca virtual e busque a obra “Gerenciamento de aquisição em projetos
voltado para a área de negócios”. Leia a partir da página 14. Boa leitura!
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
16
suprimentos? Hoje você está preparado para entender como funciona a análise
dos gargalos com base na teoria das restrições.
Fechamos a nossa aula com o conceito de lead time e suas implicações
nas restrições da cadeia de suprimentos.
Até a próxima aula!
17
REFERÊNCIAS
18
GESTÃO DA CADEIA DE
SUPLEMENTOS
AULA 5
• Indústria 4.0;
• SCM 4.0;
• Blockchain e o SCM;
• Tecnologia da informação aplicada ao SCM (materiais e transporte);
• Tecnologia da informação aplicada ao SCM (gestão).
CONTEXTUALIZANDO
2 2
no sentido de utilizar as melhores ferramentas possíveis para se gerir a cadeia
de suprimentos de forma eficaz. A princípio, parece até ser uma “sopa de
letrinhas”, devido a uma série de abreviações de palavras em inglês. Porém,
muito mais importante do que decorar essas siglas (aliás, não devem ser
decoradas) é entender o que elas significam e como podem ser utilizadas na
prática.
Nesse arcabouço tecnológico, vários fatores têm transformado a gestão
da cadeia de suprimentos, como, por exemplo, redes de transmissão de dados
sem fio, localização geográfica precisa e em tempo real, identificação por meio
de radiofrequência e mais recentemente, o blockchain.
Bom, já deu para perceber que essa aula será bem tecnológica. Então,
vamos nessa!
Mas por que Indústria 4.0? O termo, além de outros significados, tem um
sentido temporal, que se inicia com a primeira revolução industrial, ocorrida na
Inglaterra por volta de 1765, período em que começa a ser utilizado a
mecanização dos processos, principalmente por meio de máquinas a vapor.
Da mesma forma como estamos atravessando um período de acentuada
aceleração tecnológica, o mesmo ocorreu ao final do século XIX, com o
surgimento da eletricidade e do petróleo como novas formas de energia, o que
deu início à chamada segunda revolução industrial. Com a evolução da indústria
química e do aço, novos inventos tiveram a produção massificada, como
automóveis, telefones e rádios.
Após a Segunda Guerra Mundial, avanços tecnológicos como a energia
nuclear, por exemplo, marcaram o início da terceira revolução industrial ao final
da década de 70. Nesse período, surgem os equipamentos eletrônicos,
incremento da telecomunicação e o surgimento dos computadores. Os
processos industriais ganham em automação, com máquinas operadas por meio
de controle numérico computadorizado (CNC).
Depois de toda essa evolução histórica, chegamos à quarta revolução
industrial, ou Indústria 4.0. Conceito utilizado pela primeira vez na Feira Industrial
de Hannover, na Alemanha, em 2011, tem como princípio a conexão de
máquinas, sistemas e pessoas aos processos de produção industrial, otimizando
a personalização dos produtos e permitindo a utilização mais eficiente de
3 3
recursos, proporcionando uma mudança disruptiva na forma como as fábricas
funcionam.
Uma das caraterísticas marcantes da Indústria 4.0 é a interconexão de
todas as etapas da produção, por meio da digitalização das informações e a
utilização de dados com maior variedade que chegam em volumes crescentes e
com velocidade cada vez maior, que é a definição do Big Data.
Crédito: Trueffelpix/Shutterstock
4 4
• Big Data: refere-se à utilização de dados relevantes para os negócios que
chegam com maior variedade, em volumes crescentes, mais complexos
e com velocidade cada vez maior.
• Cibersegurança: é um conjunto de infraestruturas de hardware e software
voltado para a proteção dos ativos de informação.
• Internet das Coisas: interconexão entre objetos por meio de infraestrutura
habilitadora (eletrônica, software, sensores e/ou atuadores), podendo ser
remotamente monitorados e/ou controlados.
• Robótica avançada: dispositivos que agem total ou parcialmente, de forma
autônoma, interagindo fisicamente com as pessoas ou seu ambiente com
base em dados de sensores.
• Manufatura aditiva: consiste na fabricação de peças a partir de um
desenho digital por meio de um software de modelagem tridimensional,
sobrepondo finas camadas de material, por meio de uma impressora 3D.
• Sistemas de simulação: utilização de computadores e softwares para
gerar modelos digitais que descrevem virtualmente processos do mundo
real.
• Integração de sistemas: união de diferentes sistemas de computação e
aplicações de software que atuam como um todo coordenado,
possibilitando a troca de informações entre os diferentes sistemas.
A Indústria 4.0 é muito mais do que foi apresentado neste tema, mas o
material apresentado já serve como base para compreendermos como a cadeia
de suprimentos se conecta a esse sistema. E é isso que vamos ver no tema
seguinte.
5 5
Conforme Hilsdorf e Correa (2018, p. 4), a cadeia de abastecimento digital
(SCM 4.0) permitirá reduzir drasticamente o tempo de entrega de produtos pelo
uso de algoritmos avançados de predição, tornando as empresas mais ágeis.
Uma das grandes dificuldades (talvez o grande desafio) é ter na cadeia
de suprimentos uma gestão eficiente da demanda. Quando se aborda o termo
predição, vale ressaltar Stich et al. (2015 citados por Hilsdorf e Correa, 2018, p.
3), que afirmam que em um futuro próximo presenciaremos o surgimento de
“remessas preditivas”: produtos são enviados antes que o cliente faça o pedido,
baseado em seu histórico de comportamento de compras, postagens em redes
sociais e outras variáveis de personalização.
Diante das tecnologias apresentadas no tema anterior sobre Indústria 4.0,
o Supply Chain incorpora essas tecnologias de diversas formas. Por exemplo,
no planejamento, a internet das coisas (IoT) pode informar em tempo real a
capacidade de produção nas máquinas e equipamentos de produção. Na
distribuição, mais especificamente nos transportes, tecnologias de integração
permitem fazer compartilhamento de fretes de forma virtual e em tempo real, em
que transportadoras compartilham seus dados umas com as outras, informando
a capacidade de seus caminhões, seus destinos e seus valores de frete.
Nos próximos parágrafos, para compreender na prática como se
desenvolve alguns preceitos da Indústria 4.0 serão descritos alguns exemplos.
6 6
decisões de forma automática, podendo assim monitorar a produção de
forma totalmente integrada.
• Pick to light nas prateleiras de estoque: são displays com luzes LED que
mostram a localização dos produtos e a quantidade de itens que precisam
ser retirados, bastando ao operador só seguir as instruções do display.
• Robôs móveis: depois de selecionar os materiais no estoque com o auxílio
do pick to light, o operador coloca os itens em robôs móveis, também
chamados de AMRs (Autonomous Mobile Robots), que os transportam
para a linha de montagem. Esses robôs podem trabalhar lado a lado com
seres humanos, não precisam de isolamento nem de trilhos ou fitas
magnéticas no piso da fábrica.
• Abastecimento automático de linha: os robôs móveis levam os itens até a
linha de produção e os entregam a outros robôs colaborativos, capazes
de trabalhar em conjunto com pessoas. Esses robôs, por sua vez, fazem
a carga e descarga automática da linha, de forma autônoma.
7 7
Saiba mais
Para saber mais sobre tecnologias para o SCM 4.0, acesse o artigo
“Supply Chain Management 4.0: uma proposta de utilização de tecnologias
emergentes”. Disponível em: <https://bityli.com/rOP5cu>. Acesso em: 9 jan.
2022.
8 8
Conforme a obra Blockchain For Dummies (2020), em tradução livre do
autor, blockchain é um livro-razão 1 compartilhado e imutável que facilita o
processo de registro de transações e rastreamento de ativos em uma rede de
negócios. Mas como assim ativos?
Ativos podem ser tangíveis (uma casa, um carro, dinheiro, terrenos) ou
intangíveis (propriedade intelectual, patentes, direitos autorais, marca). Portanto,
praticamente qualquer coisa de valor pode ser rastreada e negociada em uma
rede blockchain, reduzindo o risco e reduzindo custos para todos os envolvidos.
A Figura 2 apresenta de forma resumida uma cadeia de suprimentos do
setor de alimento em que a matéria-prima e o produto manufaturado devem
obedecer às regras restritas com relação à temperatura e ao nível de umidade.
Todo o processo é rastreado por meio da tecnologia blockchain.
1
Registro de escrituração contábil que tem a finalidade de coletar dados cronológicos de todas
as transações registradas no Livro Diário e organizá-las por contas individualizadas.
2
Disponível em: <https://www.ibm.com/br-pt/blockchain/industries/supply-chain>. Acesso em: 9
jan. 2021.
9 9
• Maior transparência na cadeia de fornecimento: por meio da tecnologia de
“livro contábil razão” disponibilizada pelo blockchain de forma
compartilhada, é oferecido aos participantes da cadeia de suprimentos
maior visibilidade em todas as atividades da cadeia de fornecimento.
• Cadeia de fornecimento resiliente: resiliência é a propriedade mecânica
de alguns corpos a retornarem à condição original após terem sido
submetidos a uma deformação elástica. Traduzindo para o supply chain,
seria a capacidade de agir em caso de um evento inesperado que possa
causar uma série de interrupções em cascata na cadeia de fornecimento.
Por meio de contratos inteligentes (smart contracts), acionados
automaticamente quando as condições de negócios predefinidas são
atendidas, é possível prevenir e atuar efetivamente caso haja imprevistos.
• Integração simplificada de fornecedores: a integração de novos
fornecedores pode ser uma experiência manual e demorada para
compradores e vendedores em uma cadeia de fornecimento. Através do
blockchain, o processo pode ser acelerado por meio de um registro
imutável de dados de novos fornecedores no qual os participantes da rede
de negócios podem confiar.
10 10
Algumas tecnologias que serão apresentadas nos próximos parágrafos
não são tão recentes assim, sendo que algumas já eram utilizadas na década de
80, contudo adaptadas às tecnologias digitais atuais. Também vale ressaltar que
alguns itens de tecnologia tratados nesta aula já foram, em algum momento,
tratados em outra disciplina. No entanto, para nossa disciplina, as tecnologias a
serem estudadas terão o foco no SCM. Neste tema, vamos abordar tecnologias
digitais que atuam nos processos referentes a materiais e transportes.
11 11
apresentadas, o QR Code, dependendo da aplicação, é ideal para
monitorar produtos em vários processos da cadeia de suprimentos.
Figura 3 – QR Code
Crédito: Mehsumov/Shutterstock.
Saiba mais
Para saber mais sobre QR Code, acesse o artigo. Disponível em:
<https://www.mecalux.com.br/blog/qr-code-logistica>. Acesso em: 9 jan. 2022.
12 12
4.3 Transportation Management System (TMS)
13 13
Conforme a IBM 3, nas transações EDI, as informações se movem
diretamente de um aplicativo de computador em uma organização para um
aplicativo de computador em outra.
O EDI tem sua utilização geralmente no B2B (business-to-business), ou
seja, de empresa para empresa, propiciando o compartilhamento de vários tipos
de documentos entre parceiros comerciais, tais como ordens de compra, faturas,
solicitações de cotações e outros.
Embora existam outras tecnologias para esse fim, o EDI continua a ser o
meio preferencial de troca de documentos e transações entre empresas de
médio e grande portes. Seguem algumas vantagens na utilização do EDI:
3
Disponível em: <https://www.ibm.com/br-pt/topics/edi-electronic-data-interchange>. Acesso
em: 9 jan. 2021.
4
Disponível em: <https://www.totvs.com/blog/erp/o-que-e-erp/>. Acesso em: 9 jan. 2021.
14 14
Pode-se dizer que, atualmente, empresas de médio e grande porte
necessitam de um ERP para gerir os seus processos. A tecnologia ERP, antes
privilégio de grandes empresas, atualmente está em processo de popularização,
em que é possível observar empresas de pequeno porte optando pela sua
utilização em função da entrada de fornecedores de ERP, que encontram ótimas
soluções financeiramente acessíveis aos pequenos negócios.
Conforme Eleutério (2015, p. 96), com o ERP, o gerente financeiro, por
exemplo, pode saber rapidamente os valores a serem destinados para quitar os
impostos e quanto precisa para pagar os funcionários.
A figura abaixo apresenta a integração de setores com base na gestão da
cadeia de suprimentos. Considere um ERP integrando todos esses setores com
o SCM.
Gestão relacionamento
com clientes
Transporte e
Produção
distribuição
Gerenciamento da
Vendas Compras
cadeia de suprimentos
Finanças Fornecedores
Marketing
15 15
Mas quais seriam as vantagens ao utilizar um ERP? Em resumo, podemos
citar:
Saiba mais
Saiba mais sobre ERP. Disponível em: <https://www.totvs.com/blog/erp/o-
que-e-erp>. Acesso em: 9 jan. 2022.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
16 16
Fonte: Pansonato, 2021 com base em Enade 2018 - CST Logística (questão 28).
FINALIZANDO
17 17
temas 4 e 5, foram apresentadas tecnologias que propiciam um diferencial
positivo em toda cadeia de suprimentos. Nos vemos na próxima aula!
18 18
REFERÊNCIAS
GUPTA, M. Blockchain For Dummies. Hoboken, NJ: 3rd IBM Limited Edition
(copyright John Wiley & Sons), 2020.
19 19
GESTÃO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS
AULA 6
1. Gestão da demanda;
2. Cadeias de suprimentos globais;
3. Distribuição e custos;
4. O operador logístico no supply chain;
5. O papel da sustentabilidade no supply chain.
2
CONTEXTUALIZANDO
3
como acionar os fornecedores, verificar capacidades de produção e entrega,
embalagens, estoques etc. Informações da quantidade solicitada pelo cliente,
prazo de entrega e forma de entrega, por exemplo, são essenciais para que se
iniciem todos os processos do supply chain.
Conforme o Dicionário Priberam de língua portuguesa (S.d.), do ponto de
vista econômico, demanda significa a quantidade de um bem ou de um serviço
que o mercado ou um conjunto de consumidores quer comprar, por oposição à
oferta.
Nem sempre uma demanda no supply chain pode ser considerada um
consumo, pois é possível, por algum motivo, um cliente querer um bem sem
necessariamente haver o consumo.
Para se gerir a demanda, é essencial que o gestor da cadeia de
suprimentos conheça, em condições normais em um mercado, uma lei básica da
demanda, que indica que quanto menor for o preço de um bem, maior será a
quantidade de consumidores que desejam comprar (alta demanda).
Proporcionalmente, quanto maior for o preço de um bem, menor será a
quantidade de consumidores que desejam comprar (baixa demanda).
Além desses fundamentos básicos, é necessário conhecer os diversos
tipos de demanda:
4
• Plena: ocorre quando a demanda e oferta estão equilibradas, com poucas
variações, proporcionando uma certa zona de conforto ao gestor;
• Excessiva: acontece quando a procura por um determinado bem excede
a capacidade de produção de uma empresa, que não consegue satisfazer
a todos
5
O grande desafio em uma cadeia de suprimentos talvez seja o de obter
alinhamento entre demanda e oferta em todos os níveis. De acordo com Martins
(2019, p. 83), uma boa maneira de chegar a esse alinhamento seria utilizar o
nível de estoque ou o capital para em estoque como um indicador desempenho
da rede.
Desalinhamentos em redes provocam excesso ou falta de produtos em
todos os níveis, tais como produção, atacadistas e varejos. Esse efeito de
desalinhamento também é conhecido como efeito chicote, que em resumo, é um
fenômeno em que há propagação do excesso ou falta de produtos na relação
entre todos os níveis de uma cadeia de suprimentos.
A Figura 1 mostra como funciona a propagação do efeito em uma cadeia
de abastecimento. Nesse caso, há um aumento na demanda cada vez que passa
por cada nível. A demanda do cliente final varia de 3.000 a 5.000, no entanto
distorções vão acontecendo ao longo da cadeia chegando a pedidos próximos a
10.000 nos subfornecedores.
7.500
Quantidade pedida
5.000
2.500
6
• Integrar os processos interno da empresa por meio de tecnologia da
informação e sistemas de suporte tais como ERP e WMS;
• Integrar todos os níveis da cadeia de suprimento por meio de uma
comunicação eficaz mediante a utilização de tecnologias disponíveis tais
como EDI e block chain, por exemplo.
8
automotiva, a utilização do global sourcing deve levar em consideração a
legislação de cada país com relação à porcentagem de nacionalização de
componentes.
Independentemente do segmento envolvido nas cadeias de suprimentos
globais, há uma tendência que tem se mostrado pertinente, que é a busca de
fornecedores ao redor do planeta sem se atentar quanto à sua localização
geográfica. Nesse sentido, Robles (2016, p. 59), ressalta que:
9
Conforme Brasil e Pansonato (2018, p. 51), distribuição física refere-se à
movimentação de produtos desde o fabricante até o consumidor final, por meio
de estratégias logísticas para atender aos pedidos no prazo certo, na quantidade
correta e na qualidade esperada pelo cliente.
Reparem que, para a gestão da cadeia de suprimentos, é importante
compreender quais são os intermediários que atuarão no processo de
distribuição (os canais) para depois buscar as formas de distribuição física de
produtos. A Figura 2 apresenta a diferença entre os dois conceitos.
DISTRIBUIÇÃO CANAIS DE
FÍSICA DISTRIBUIÇÃO
Depósito da Fabricante
fábrica
Centro de Atacadista
distribuição
Depósito Varejista
varejista
12
conhecida hoje, se constitui numa das novas tendências da prática empresarial
moderna, principalmente dentro dos conceitos do supply chain management.
Grandes empresas abandonaram a estrutura vertical e terceirizaram não
somente o transporte de cargas, mas todo o processo logístico. Para suprir essa
demanda, surgem os prestadores de serviço logístico. No Brasil, a abertura
econômica ocorrida entre os anos 1990 e 1993, proporcionou a entrada de
grandes empresas multinacionais, tanto na área industrial, com as montadoras
de automóveis, como na área de varejo, com os grandes hipermercados.
Também conhecidos como operadores logísticos, ou prestadores de serviço
logístico, em inglês, third-party logistics, eles acompanharam as empresas que
se estabeleceram no Brasil e de certa forma deixaram um legado em termos de
transformação nos processos logísticos nacionais.
O que significa um operador logístico e o que ele faz?
Conforme a ABML (Associação Brasileira de Movimentação e Logística),
citado em Novaes (2004, p. 328), operador logístico é:
De acordo com Sink e Langley (1997, citados por Novaes, 2004, p. 320),
“para ser consistente com a maioria das interpretações do conceito de logística,
as atividades deveriam ser idealmente conduzidas de uma maneira integrada e
coordenada”. Essa seria a grande diferença entre o simples prestador de
serviços e operador logístico.
Independente da nomenclatura, um operador logístico deve oferecer
vários serviços logísticos de forma integrada. Para melhorar o entendimento,
vamos utilizar um exemplo de um operador logístico que atua na logística
inbound (suprimentos) de uma grande empresa do setor automotivo localizada
no sul do país: a empresa opera num sistema just-in-time, abastecendo
diretamente as linhas de montagem, independente da procedência da peça, seja
local ou internacional.
Fica claro que os operadores logísticos vão muito além da prestação de
serviços de transportes, sendo eles, dependendo dos contratos, responsáveis
pela armazenagem, embalagem de produtos, controle de estoque, logística
reversa e importação e exportação.
13
Conforme Alfrick e Calkins (1994, citados Novaes, 2004, p. 331), existe
uma classificação quanto aos prestadores de serviço logístico (PSL):
Além dos dois tipos elencados acima, existem também os PSLs que
atuam nas duas classificações, ou seja, oferecem serviços físicos e
administrativos ao mesmo tempo.
14
• Social – Trata-se do tratamento do capital humano de uma empresa ou
sociedade. Itens como salários de acordo com a legislação trabalhista,
bem-estar dos funcionários, saúde do trabalhador e como a atividade da
empresa afeta as comunidades ao redor são alguns exemplos;
• Ambiental – Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade.
Partindo-se do pressuposto que praticamente toda atividade econômica
tem algum impacto ambiental desfavorável, é necessário que os meios
produtivos, e aqui o papel das cadeias de suprimento é fundamental,
implementem novas formas de utilização dos recursos utilizados nos
processos produtivos;
• Econômico – Trata-se do resultado econômico positivo de uma empresa.
Na gestão da cadeia de suprimentos, seriam as ações que aumentem a
produtividade e a lucratividade das empresas, juntamente com o aumento
da qualidade de vida dos integrantes da rede e da comunidade.
15
Figura 4 – Tripé da sustentabilidade
Social
Sustentabilidade
Ambiental
Econômico
Saiba mais
TROCANDO IDEIAS
Os esforços do dia a dia para que uma cadeia de suprimentos seja cada
vez mais eficiente e eficaz não podem esconder as preocupações legítimas
quanto ao tripé da sustentabilidade, também conhecido como triple bottom line.
Não é admissível ter uma cadeia de suprimentos eficiente e utilizar mão de obra
infantil, por exemplo, nem tampouco ser uma cadeia de suprimentos ganhadora
e utilizar matéria-prima de floresta nativa. Vejam como o supply chain tem uma
16
influência marcante para atender ao consumo da população atual sem
comprometer a sobrevivência das gerações futuras. Pense nisso!
NA PRÁTICA
Saiba mais
Quer saber um pouco mais sobre esse assunto? Então acesse os links a
seguir:
1. JOGO da cerveja aproxima alunos de logística do mundo real. 2018.
Disponível em: <https://www.uninter.com/noticias/jogo-da-cerveja-aproxima-
alunos-de-logistica-do-mundo-real>. Acesso em; 21 jan. 2022.
2. TIAGO. O Jogo da Cerveja ou Beer Game: aprenda como utilizar a
dinâmica. Simulare, 7 dez. 2018. Disponível em:
<https://simulare.com.br/blog/o-jogo-da-cerveja/>. Acesso em: 21 jan. 2022.
FINALIZANDO
17
tema 3, evidenciamos a relevância da distribuição e dos custos para o supply
chain. Você já pensou em empreender na área logística? Que tal ser um
operador logístico? Esse foi o nosso tema 4. Para encerrar a nossa aula com
chave de ouro, você agora compreende melhor como as cadeias de suprimentos
podem colaborar efetivamente para o tripé da sustentabilidade.
18
REFERÊNCIAS
19