Exame Físico Da Cabeça e Pescoço

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


CAMPUS PROFESSOR ANTONIO GARCIA FILHO
CHECK LIST
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Nº 06
HABILIDADES E ATITUDES EM SAÚDE II

EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO


MATERIAL QUANTIDADE
Álcool a 70% 5-10 ml
Algodão 03 bolas
Biombo 01 Unidade
Espéculo nasal 01 Unidade
Estetoscópio 01 Unidade
Lanterna 01 Unidade
Lupa 01 Unidade
Luvas de procedimento. 01 Par
Máscara 01 Unidade
Otoscópio 01 Unidade
Régua 01 Unidade
PASSO A PASSO CONTEXTUALIZAÇÃO
1. Realizar acolhimento do paciente/família.
2. Verificar o prontuário.
3. Preparar material
4. Lavar as mãos;
5. Dirigir-se até o paciente e realizar apresentação
pessoal.
6. Explicar o procedimento a ser realizado.
7. Fechar portas janelas e posicionar o biombo.
8. Realizar anamnese e investigar a queixa
principal, história pregressa de doença na
cabeça e pescoço, história familiar e estilo de
vida (história social).
9. Verificar dados subjetivos: Cefaleia; Lesão
craniana; Lipotimia; Dor no pescoço, limitação
da ATM; Nódulos ou tumorações; História de
cirurgia da cabeça ou do pescoço.
10. Avaliar estado mental (atenção, concentração,
memória e capacidade para pensamento
abstrato).
11. Calçar luvas.
CABEÇA
12. Posicionar o paciente sentado com a cabeça
erguida, expor o pescoço por completo, caso
tenha TCE grave, adiar o exame
13. Observar a posição da cabeça: Alterações na
postura: inclinação para frente ou para trás.
Movimentos involuntários ou tremores:
pesquisar parkinsonismo; Inclinação unilateral:
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perda unilateral da visão ou da audição.


14. Avaliar tamanho/ formato. (normocefálico,
macrocefálico, microcefálico); Acrocefalia ou
crânio em torre: Escafocefalia: Plagiocefalia.

15. Posicionar o paciente sentado com a cabeça


erguida, expor o pescoço por completo, caso
tenha TCE grave, adiar o exame.
16. Observar o couro cabeludo (inflamações,
pediculose, seborreia e sujidade, alopecia,
cabelos quebradiços).
17. Deslizou as polpas digitais em toda a extensão
do crânio no sentido fronto-occipital e
temporo-parietal em busca de contornos
incomuns; Parâmetros normais: Ossos não são
distinguíveis; Ausência de nódulos ou massas;
Palpar artérias temporais – trajeto, elasticidade
e sensibilidade. Desvios da Normalidade:
Fratura: edema, depressão; Sensibilidade:
hematoma, espessamento, endurecimento e
artrite temporal.
18. Palpou artérias temporais e ATM, solicitar que
ele abra e feche a boca para avaliar;
FACE
19. Verificar a simetria, expressão facial ou mímica
facial, pele e pelos, movimentos anômalos.
20. Verificar a expressão facial revela: estado de
humor (tristeza, desânimo, alegria, esperança,
ódio).
21. Verificar o tipo de fácies: Fácies Lúpica
Fácies Cushingóide Fácies Basedowiana:
Fácies de Paralisia facial: Fácies de Depressão:
Fácies Elétrica: Fácies Esclerodérmica: Fácies
Acromegalia:
OLHOS
22. Avaliar secreções, lacrimejamento, estrabismo,
vermelhidão, uso de óculos ou lente, pterígio.
23. Observar coloração de esclerótica. Icterícia (+/++++)
24. Observar conjuntiva palpebral (vermelha e
lisa).
25. Solicitar ao paciente fechamento dos olhos para
observação das pálpebras.
26. Observar presença de cílios ao longo das
bordas de cada olho.
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27. Observar tamanho/simetria e reação das


pupilas.
28. Observar sobrancelhas simétricas.
29. Avaliar amplitude da movimentação periférica.
30. Observar presença de lagoftalmo: incapacidade
parcial ou total de fechar os olhos;

Entrópio: inversão palpebral superior ou


inferior; Ectrópio: eversão palpebral;

Ptose palpebral: queda da pálpebra; hemorragia


subconjuntival; conjuntiva hiperemiada
(conjuntivite); conjuntiva ictérica; exoftalmia
bilateral.
NARIZ E SEIOS PARANASAIS
31. Observou narinas (simetria, permeabilidade,
respiração não ruidosa, ausência de secreção,
lesão, coloração).

32. Observar tamanho e forma do nariz. Podem


estar alterados em traumatismo, tumores ou
doenças endócrinas (acromegalia).
33. Examinar a superfície interna, inclinando a
cabeça do paciente para trás. Verificar a
presença de sangue, secreções mucopurulentas,
crostas e avaliar a integridade das mucosas.
Observar septo nasal (desvio; sangramento).
34. Observar columela, vestíbulo e asa;
35. Avaliar e palpar os seios paranasais comprimiu
com as polpas digitais os seios frontais,
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maxilares, etmoidais e esfenoidais. Avaliar


hipersensibilidade e dor (sinusite),
OUVIDOS
36. Posicionar-se ao lado do paciente
37. Avaliar forma, tamanho, presença de
deformações congênitas ou adquiridas
(nódulos, tumorações ou hematomas). Usar
otoscópio.
38. Observar pele íntegra e presença de secreção.
39. Observar aurículas simétricas, niveladas, pele
lisa, móvel, presença de nódulos.
40. Avaliar sensibilidade e acuidade auditiva.
41. Verificar a acuidade auditiva preservada.
42. Tracionar pavilhão auditivo para cima e para
trás possibilitando observar o canal auditivo
(uso do otoscópio). Na criança tracionar o
pavilhão auditivo para baixo e para trás.
43. Pressionar região pré e pós auricular
investigando a ocorrência de dor.
44. Avaliar a membrana timpânica como o
otoscópio.
45. Avaliar quantidade de cerume, processos
inflamatórios (eczema, furunculose ou lesões
micóticas).
46. Investigar desvios da Normalidade: Processos Teste de audição com diapasão:
inflamatórios; Acúmulo de Cerume; Dor: Teste de Weber: um diapasão é batido e o tronco do
infecção de ouvido médio, mastoidite; bastão é colocado no topo do crânio do paciente - em
Alterações anatômicas: trauma, congênita; igual distância das orelhas do paciente, no meio de sua
testa, ou acima do lábio superior sobre o dente. O
Perda da acuidade auditiva. paciente então questionado a dizer em qual orelha o som
é escutado com mais intensidade.
Teste de Rinne: testa a condução óssea, colocar o
diapasão vibrando sobre o processo mastoide até não
ouvir mais, depois aréa ao lodo do ouvido, até não ouvir
mais

BOCA
47. Inspecionar os lábios fechados: presença
Deformidades congênitas (lábio leporino) ou
adquiridas (úlceras, lesões herpéticas ou
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neoplasias), lesões na comissura labial, edema,


queilite.
48. Avaliar a cavidade Oral: revestida por mucosa
que deve bem vascularizada e íntegra. Usar
espátula e luva. Observar coloração e hálito.
49. Observar gengiva e mucosa oral lembrando de
retrair os lábios superior e inferior; (solicitou ao
paciente a abertura da boca); hiperplasia, lesões
ulceradas ou hemorrágicas, processos
inflamatórios. Hiperplasia.
50. Observar arcada dentária e presença de 32
dentes lisos, brancos, brilhantes e firmes;
conservação, presença de cáries ou lesões em
suas raízes. Em caso de prótese, avaliar ajuste e
higiene.
51. Inspecionar língua: avaliando sua condição
úmida, avermelhada no dorso, rosada
ventralmente com a presença de veias; (utilizou
a espátula), com superfície rugosa e recoberta
por papilas e levemente esbranquiçada.
52. Inspecionar palato duro e mole (utilizou a Observar garganta - Aanel linfático de Waldeyer: o
espátula e a orofaringe com a presença de Tonsilas faríngeas ou vegetações adenoideanas (adenoides) o
tecido rosado e liso, úvula central, amígdalas Tonsilas palatinas ou amígdalas o Tonsinas peritubárias
(próximas ao óstio faríngeo da tuba auditiva) o Tonsilas
não visíveis; Palato Duro: esbranquiçado em linguais (raiz da língua) o Aglomerado linfoide difuso (que se
forma de cúpula. Palato Mole: Rosa claro. encontra em toda a faringe posterior
Orofaringe: tecido rosado e liso. No adulto as
tonsilas são pequenas

Características das amigdalites agudas:


Viral: rinovíris, adenovírus, dura de 7 a 10 dias. Placas
transparentes, hemograma com linfócito aumentado, febre
baixa, tratamento dos sintomas (nimesulida, dipirona,
paracetamol)
Bacteriana: streptococos, febre alta, placa amarela,
hemograma com neutrófilos elevados, catarro amarelo
esverdeado, tratamento com antibiótico por 7 a 10 dias.
Mononucleose: é viral, mas parece bacteriana, linfonodos
cervicais, faz rash cutâneo com amoxilina, no hemograma
aparece linfocitose com atipia.
Amidalite crônica: presença de caseos, halitose.
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PESCOÇO
53. Observar pele íntegra e presença de dor;
Avaliou: cicatrizes, cianose.
54. Manter o cliente sentado com a cabeça erguida;
Simetria: cabeça ereta e firme, centrada em
linha média do corpo, e musculatura simétrica.
O tamanho varia de acordo com o biotipo;
Posição: o desvio mais frequente é o Torcicolo
(inclinação lateral da cabeça).
55. Avaliar amplitude de movimento (solicitar ao
cliente a hiperextensão e hiperflexão da cabeça
bem como girá-la em um arco de 180º).
56. Inspecionar a presença de gânglios infartados
(tamanho, consistência, mobilidade,
sensibilidade e localização).
Pré-auricular
Auricular-posterior
Occipital
Jugulodigástrico
Tonsilares
Submandibular
Submentoniana
Cervical superior, profunda e posterior
Supraclavicular

57. Palpar com os dedos em pinça os gânglios


cervicais.
58. Palpar com os dedos em extensão os gânglios:
Pré auricular; Auricular posterior; Occipital;
Jugulodigástrico; Cervical superficial; Cadeia
cervical profunda; Cervical posterior;
Supraclavicular.
59. Palpar com os dedos em garra os gânglios
submandibulares e submentonianos.
60. Verificar aumento das parótidas ou
submaxilares.
61. Inspecionar e palpar a traqueia no centro do
pescoço;
62. Palpar com as polpas dos dedos a tireoide por
trás, circundando o pescoço do paciente, usar a
mão direita para palpar o lobo esquerdo e vice-
versa; afim de identificar algum achado
incomum como massas e nódulos;
63. Inspecionou e palpar artérias carótidas e veias
jugulares; ingurgitamento das veias jugulares,
Palpar com as polpas digitais as carótidas.
64. Auscultar as artérias carótidas e verificar o
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pulso carotídeo.
65. Retirar as luvas, descartar em lixo apropriado e •
comunicar os principais achados ao paciente.
66. Realizar a higienização das mãos após o •
procedimento.
67. Registrar no prontuário. •
REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L et al. Anamnese e Exame Físico Avaliação diagnóstica de enfermagem no
adulto. Porto Alegre: artmed, 2002.
JARVIS, C. Exame físico e avaliação em saúde.. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
PORTO, C.C. PORTO, A.L. (Ed.).Exame clínico: Porto & Porto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012. 522p.
SWARTZ, Mark H. Tratado de semiologia médica. 5ª ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2006.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
LYNN P. Manual de Habilidades de Enfermagem Clínica de Taylor. Porto Alegre: Artmed, 2012.
MARIA, V. L. R; MARTINS, I. PEIXOTO, M. S. P. Exame Clínico de Enfermagem no adulto. 1ª Ed.
São Paulo: Iátria, 2003.
POTTER PA, PERRY AG. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
TIMBY BK. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ª edição. Porto
Alegre: Artmed, 2007.

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