ESTATISTICA
ESTATISTICA
ESTATISTICA
1. Introdução.................................................................................................................................5
1.1. Objectivos.............................................................................................................................5
2. Fundamentação Teórica...........................................................................................................6
3. Conclusões..............................................................................................................................12
4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................13
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Desenvolver um estudo sobre A Importância da Estatística na Formação do Docente da
Língua Portuguesa
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1.1.2. Objectivos Específicos
Analisar como são abordados conceitos relacionados com a matéria de estatística;
Descrever A importância do conhecimento estatístico para a área educacional;
Mostrar as origens da disciplina de estatística;
2. Fundamentação Teórica
2.1. A Importância da Estatística na Formação do Docente da Língua
Portuguesa
Para que o ensino da estatística possa de facto contribuir para a formação do docente da
Língua Portuguesa é importante que se possibilite ao estudante o confronto de problemas
estatísticos com o mundo real, desafiando-os a encontrar soluções e estratégias para resolver os
problemas que lhes são apresentados. Cabe ao professor incentivar o estudante na busca e na
socialização de estratégias, para que estes sejam capazes de ouvir as críticas e valorizar suas
produções bem como a de seus colegas, compreendendo que o aprendizado se dá na
colectividade e o processo reflexivo enriquece o trabalho.
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Curriculares Nacionais (1998, p. 52) destacam ainda que “as noções de acaso e incerteza, que se
manifestam intuitivamente, podem ser exploradas na escola, em situações em que o aluno realiza
experimentos e observa eventos”. Já no que diz respeito aos problemas de contagem, o objectivo
é:
Levar o aluno a lidar com situações que envolvam diferentes tipos de agrupamentos que
possibilitem o desenvolvimento do raciocínio combinatório e a compreensão do princípio
multiplicativo para sua aplicação no cálculo de probabilidades. (BRASIL, 1998, p. 52).
É importante dizer que cabe também ao professor oferecer uma variedade de actividades
que permitam o aluno estabelecer conexões entre os conteúdos dos diferentes blocos. Isso
implica em dizer que cabe ao professor, no planeamento de suas aulas, encontrar múltiplos
aspectos dos diferentes conteúdos de forma a possibilitar sua compreensão pelos alunos,
respeitando os níveis de aprofundamentos e sempre dando maior ou menor ênfase a cada item
ressaltando os que merecem mais atenção.
É bem verdade que o professor tem sua postura pedagógica, o seu estilo de ensinar, assim
como o aluno tem seu próprio jeito de aprender, isto é, de desenvolver seu
comportamento cognitivo. Se o professor é criativo em sua acção pedagógica, supõe-se
que ele criará meios de estimular o desenvolvimento da criatividade de seus alunos.
(RESENDE, 2009, p. 218).
Lopes (2008), afirma que para o aluno começar a pensar estatisticamente, ele precisa fazer
colecta de dados, perceber a existência de variações, conseguir descrever populações, amostras e,
ao realizar a colecta de dados e a partir delas encontrar regularidades, tendências, reconhecer
características e conseguir explicar em síntese o resultado e as análises dos seus dados. Nesse
sentido, aponta que é importante que os alunos entendam como é o processo de investigação
estatística, conseguindo formar modelo, criando um plano para realizar colectas de dados e,
principalmente, encontrando ferramentas que podem ser usadas para auxiliar no processo
investigativo.
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o desenvolvimento de habilidades e competências para lidar com informações cada vez mais
relevantes nas diversas situações da vida moderna.
Nesse sentido, é fundamental que o aluno levante dados de situações de seu quotidiano,
organize os dados, calcule as medidas necessárias e, assim mediado pelo professor possa discutir
os resultados, analisar a estratégia utilizada, verificar existência de erros e, efectuar análises dos
resultados obtidos. Nesse contexto o aluno passa a desenvolver sua criatividade e outras
habilidades, na perspectiva da educação estatística.
A educação estatística visa uma compreensão crítica e tem como objectivo desenvolver nos
alunos a criatividade e o engajamento de forma que o aluno seja capaz de pensar sobre as
questões políticas e sociais que são relevantes para a sua comunidade e região, contribuindo
dessa forma para a melhoria de vida das pessoas. A educação crítica, para Freire (2003) tem
muito a ver com questões sociais de desigualdade, oportunidade liberdade e participação política,
com preconceitos em geral e com contrastes educacionais. Para ele a educação crítica tem a ver
com uma democracia plena. Essa visão a respeito da educação crítica também é incorporada por
Skovsmose (2001), quando ele afirma que:
Para que a educação, tanto como prática como pesquisa, seja crítica, ela deve estar a par
dos problemas sociais, das desigualdades. [...] deve tentar fazer da educação uma força
social progressivamente activa. [...] Para ser crítica a educação deve reagir às
contradições sociais. (SKOVSMOSE, 2001, p.101).
Para que isso efectivamente acontece é necessário que professores e alunos aceitem seu
papel de participantes no processo de aprendizagem, através da criação de possibilidades
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múltiplas que auxiliam na construção do conhecimento. Dessa forma é possível que se crie um
espaço de múltipla possibilidade para a construção do conhecimento onde podem ser realizadas
actividades intelectuais relacionadas à investigação crítica, a interpretação dos resultados que nos
são apresentados bem como análises políticas, sociais e económicas, contribuindo para a
formação do sujeito responsável e conhecedor dos seus direitos que possa realmente exercer a
sua cidadania.
Freire (2003, p. 30) afirma que “quando o homem compreende sua realidade, pode levantar
hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções”. Acreditamos que a estatística e o
jogo podem contribuir para desenvolver essa atitude de buscar soluções. Quando utilizamos um
jogo em aula, os alunos se sentem motivados para aprender, alegres e se soubermos aproveitar
essa motivação, essa alegria para aprender, podemos atingir os nossos objectivos enquanto
educadores, que é formar para a cidadania.
No entanto, quando o professor utilizar um jogo em aula deve ter como objectivo a relação
do ensinar, neste caso o jogo deve contribuir para o exercício do algoritmo, das habilidades de
cálculo mental, na construção de ideias matemáticas, sempre primando pelo desenvolvimento de
análise dos resultados.
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A utilização do jogo ajuda, ainda, na concentração, na perseverança e na socialização dos
alunos.
Em determinados momentos é importante que o professor solicite que os alunos anotem os
resultados das jogadas, para que estas sejam depois analisadas. Fazendo isso o aluno estará não
só podendo avaliar como foram seus resultados, como também desenvolvendo esquemas que
contribuam na organização dos dados colectados, ajudando-o na aprendizagem de sistematização
e na linguagem matemática.
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O aluno pode aproveitar fatos, situações e questionamentos do quotidiano para estudar,
avaliar, analisar e encontrar resultados. Sendo assim, ele se sente motivado, se sente parte do
processo o que facilita a aprendizagem e o torna um ser responsável pelo mundo onde está
inserido.
De acordo com Ribeiro (2009) quando entendemos a Modelagem como uma possibilidade
de ensino para a estatística percebemos a ideia de se trabalhar com projectos em sala de aula.
Vemos ainda que um projecto estatístico que é trabalhado com a modelagem pode ser trabalhado
em todos os níveis de ensino, seja na educação infantil, ensino fundamental ou mesmo no ensino
médio. O que vai variar em cada um destes níveis é o aprofundamento dos conhecimentos
oriundos da investigação do tema e o envolvimento dos alunos nas diferentes etapas.
A autora prossegue dizendo que de modo geral, quando trabalhamos com a modelagem
precisamos fazer uma certa estruturação, onde três grandes etapas podem ser identificadas: a
escolha do tema, a colecta dos dados e a formulação de modelos. Após a escolha do tema é
necessário juntamente com os alunos levantar as possíveis situações de estudo que podem ser
investigadas naquele determinado tema. Feito isso a próxima etapa é a colecta de dados. Esta
pode ser feita por pesquisas e entrevistas. Quando estes dados estão organizados é necessária à
organização e formulação de modelos para a solução dos modelos.
A sugestão da autora é que para se trabalhar com modelagem na educação básica, é que se
inicie trabalhando com pequenos projectos bem elaborados, projectos que durem poucas aulas,
pois à medida que se trabalha as dificuldades vão sendo superadas e os conteúdos passam a ser
trabalhados na medida em que as dúvidas vão surgindo. É necessário dar tempo para a
problematização, possibilitando ao aluno a exploração do tema, pois somente assim estaremos
possibilitando a aprendizagem na perspectiva de uma educação crítica.
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3. Conclusões
O ensino de Estatística é de extrema importância para os alunos e para a formação de
docentes da língua portuguesa, até porque estamos vivendo em mundo globalizado e as
informações chegam o tempo todo, instantaneamente pelo avanço da tecnologia. Isso exige
algumas habilidades para saber interpretar e analisar essas informações de forma crítica. A escola
é uma instituição que pode e deve contribuir no desenvolvimento das habilidades necessárias
para que o aluno se aproprie delas e consiga utilizá-las na sociedade, visando sua melhoria
permanente.
A utilização da Modelagem Estatística é uma possibilidade que pode e deve contribuir para
a formação do aluno, principalmente no ensino por meio de projectos, com tema bem definido,
uma boa investigação e a formulação e resolução de problemas estatísticos. Acreditamos que
assim possamos contribuir para transformar o aluno de sujeito que apenas ouve e aprende em
sala de aula em um sujeito que pergunta, questiona, busca e é responsável por tudo que aprende e
interage.
Sabemos que existe mais de uma metodologia para o ensino da Estatística, não sei aqui
dizer qual é mais ou menos apropriada, mas sei com toda a certeza que para desenvolver no
aluno a criatividade é preciso um conjunto de metodologias e estratégias, que permitam o
desenvolvimento de habilidades de análise e percepção de resultados. Neste sentido cabe ao
professor, um profissional preocupado com a formação do aluno, planejar, utilizar jogos,
resolução de problemas, modelagem e tantas alternativas que julgar conveniente no processo de
ensino para que o aluno apreenda, ou seja haja aprendizagem da estatística.
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4. Referências Bibliográficas
CAMPOS, Celso. R, et al. Educação Estatística no Contexto da Educação Crítica. BOLEMA.
Rio Claro, 2011.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à prática. 4. ed. Campinas, SP:
Papirus, 1996.
FERNANDES, José. A, CARVALHO, Carolina F, CORREIA, Paulo F. Contributos para a
Caracterização do Ensino da Estatística nas Escolas. BOLEMA. Rio Claro, 2011.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 27. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
GRANDO, R. C. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004.
LOPES, Celi E. O Ensino da Estatística e da Probabilidade na Educação Básica e a Formação
dos Professores. Caderno Cedes. Campinas, 2008.
RESENDE, L. P. A formação docente e a sala de aula como espaço de criatividade. Anuário da
Produção Académica Docente. 2009. São Paulo: Anhanguera Educacional S.A, 2010.
RIBEIRI, Flávia Dias. Jogos e Modelagem na Educação Matemática. São Paulo: Saraiva, 2009
SAMPAIO, Luana O. Educação Estatística Crítica: Uma possibilidade? 2010. Dissertação
(Mestrado) – Instituto de Geociências e Ciências Exactas, Universidade Estadual Paulista, Rio
Claro, 2010.
SANTOS, Jaqueline A. F. L, GRANDO, Regina C. O Movimento das Ideias Probabilísticas no
Ensino Fundamental: análise de um caso. BOLEMA. Rio Claro, 2011.
SKOSVMOSE, O. Educação Matemática Crítica: a questão da democracia. Campinas: Papirus,
2001.
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