Determinantes e Indicadores de Saúde Aula 1

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DETERMINANTES E INDICADORES DE SAÚDE Angela Marta

Disciplina de saúde coletiva


NO CONTEXTO DA SAÚDE COLETIVA 2021
O NUTRICIONISTA NA SAÚDE COLETIVA
Há uma grande relação entre alimentação inadequada e ocorrência de doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Mas
estas doenças podem ser prevenidas por meio de ações que promovam práticas alimentares
adequadas e saudáveis.
O nutricionista, por sua formação, pode atuar em programas de saúde, articulando ações de
alimentação e nutrição, participando em equipes multidisciplinares, contribuindo efetivamente
para:
Diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população;
Promoção da alimentação saudável para todas as fases do curso da vida;
Capacitação das equipes de saúde da família (ESF) sobre práticas alimentares adequadas e
saudáveis;
Orientação nutricional em programas de controle e prevenção dos distúrbios nutricionais;
ÁREAS DE ATUAÇÃO
A participação do nutricionista é fundamental nas equipes multiprofissionais, na divulgação de
informações corretas sobre alimentação saudável.
• Hospitais Municipais
• Vigilância Sanitária
• Bancos de Leite Humano
• Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional
• Equipes de Nasf (Núcleo de apoio a saúde família)
• Unidades Básicas de Saúde (UBS)
• Ambulatórios
• Instituições Geriátricas
• Vigilância em Saúde Sisvan
INTRODUÇÃO
• Nesta primeira unidade do curso discutiremos o conceito de saúde, doença e
cuidado, suas evoluções históricas o processo saúde-doença e práticas
populares.
• Entenderemos a importância dos determinantes de saúde e as condições de
saúde de grupos populacionais específicos, compreendendo a evolução
natural da doença, os níveis de prevenção e suas aplicações.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Descrever o surgimento do termo "Saúde Coletiva";
Debater o conceito ampliado de saúde no campo individual e coletivo;
Apresentar os determinantes sociais da saúde;
Apresentar os fatores determinantes do estado nutricional da população;
Discutir os fatores ambientais que repercutem na saúde da população, especialmente voltados à
alimentação e nutrição.
OBJETIVO DA AULA
Apresentação do calendário previsto para a disciplina;
Apresentação do plano de disciplina (regras da professora, sistema de avaliação,
frequência, disciplina em sala de aula, uniforme no laboratório, apresentação do
PPP do curso, formas de estudo em casa, bibliografia indicada, conteúdo da
disciplina);
Contextualização da disciplina;
Apresentação dos objetivos da disciplina;
Início da discussão sobre a disciplina.
REGRAS GERAIS
FREQUÊNCIA
OBRIGAÇÃO DE TODO ALUNO: 75% de frequência nas aulas.
OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DE ATESTADOS PARA ABONO: Apenas doenças
infecciosas ou gravidez (devem estar dentro dos 25% permitidos para faltas).
Abonado mediante apresentação.
REPROVAÇÃO: Mais de 25% de faltas.
ARREDONDAMENTO DE NOTA: máximo 0,5

Notas
AVI= 8 + 2 Atividades de aula
AVII= 8 + 2 Atividades de aula
AVIII= 10
CONVIVENCIA HARMONICA
A liberdade de perguntar, defender pontos de vista, respeitando opiniões
divergentes consistentes.

Espaço para Desenvolver:


 Companheirismo
 Cordialidade
 Cooperação
 Respeito
Resolva sempre com a professora todos os assuntos referentes a aula, notas, trabalhos
etc
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Conceito Ampliado de Saúde e Doença.
 Conceito Positivo de Saúde.
 Integralidade.
 Eqüidade.
 Universalidade.
 Formas de organização da sociedade.
 Modos de viver.
 Saúde da população e organização da sociedade.
VAMOS COMEÇAR
SAÚDE
OMS OMS (Organização Mundial da Saúde) ou WHO (World Health
Organization) é uma agência especializada em saúde, sediada
em Genebra, Suíça, fundada em 7 de abril de 1948 e
subordinada à Organização das Nações Unidas.
Tem como objetivo garantir o grau mais alto de Saúde para
todos os seres humanos. A OMS tem um entendimento de Saúde
como um estado completo de bem-estar psicológico, físico,
mental e social.
A OMS proporciona a cooperação técnica a seus membros na
luta contra as doenças e em favor do saneamento, da saúde
familiar, da capacitação de trabalhadores na área de saúde, do
fortalecimento dos serviços médicos, da formulação de políticas
de medicamentos e pesquisa biomédica.
CONCEITO DE SAÚDE
“Um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não somente ausência
de afecções e enfermidades".

Organização Mundial de Saúde (OMS)


CONCEITO DE SAÚDE
“É um direito de todos e dever do estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem a
redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”.

(Art. 196 da Constituição Brasileira, (1988)


LEI REGULAMENTA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
LEI N. 8142, DE DEZEMBRO DE 1990

“A saúde tem como fatores


determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o
meio ambiente, o trabalho, a renda,
a educação, o transporte, o lazer, o
acesso a bens e serviços essenciais;
os níveis de saúde da população
expressam a organização social e
econômica do país.”
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
• ALIMENTAÇÃO
• MORADIA
Estão relacionados as • SANEAMENTO BASICO
condições como a pessoa • MEIO AMBIENTE
vive e trabalha: econômico, • TRABALHO E RENDA
cultural, étnico, psicológico, • EDUCACAO
• ATIVIDADE FISICA
comportamental
• TRANSPORTE
• LAZER
• ACESSO A BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS
QUESTÕES NORTEADORAS
O que significa
estar doente?

O que favorece o
adoecimento das
pessoas NA SUA
COMUNIDADE?
QUESTÕES NORTEADORAS
O que significa ter
saúde?

O que contribui
para as pessoas
terem saúde NA
SUA
COMUNIDADE?
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
O processo saúde-doença se
configura como um processo
dinâmico, complexo e
multidimensional por englobar
dimensões biológicas, psicológicas,
socioculturais, econômicas,
ambientais, políticas, enfim, pode-
se identificar uma COMPLEXA
INTER-RELAÇÃO quando se trata
de saúde e doença de uma pessoa,
de um grupo social ou de
sociedades.
O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA É MULTIFATORIAL?
Doença

Diarréia

Desnutrição

Inter-relação Biológicas, socioculturais, econômicas, ambientais..


CONCEITO DE COLETIVO
“Que abrange ou compreende muitas
coisas ou pessoas”
(Aurélio).

Saúde Coletiva
ATENÇÃO A SAÚDE COLETIVA:
Promoção
“É um conjunto de ações de caráter
individual e coletivo, situadas em
todos os
todos os níveis
níveis de
de atenção
atenção do sistema Prevenção
de saúde voltadas para promoção da
saúde, prevenção de agravos
tratamento e reabilitação, centrado na
qualidade de vida das pessoas e do seu Tratamento
meio ambiente, levando em consideração
o contexto histórico /estrutural da
sociedade”. Reabilitação
SAÚDE COLETIVA
“Compreende um conjunto complexo de
saberes e práticas relacionados ao campo
da saúde, envolvendo desde organizações
que prestam assistência à saúde da
população até instituições de ensino e
pesquisa e organizações da sociedade civil.
Compreende práticas técnicas, científicas,
culturais, ideológicas, políticas econômicas”
(Carvalho, 2002)
Saúde Pública Saúde coletiva
Atividades de alimentação e nutrição
Diz respeito ao diagnóstico e
realizadas em politicas e programas
tratamento de doenças e a tentativa
institucionais, de atenção básica e de
de assegurar que o indivíduo tenha
vigilância sanitária.
dentro da comunidade, um padrão de
Vai além da observação, diagnóstico
vida de lhe assegure a manutenção
e prescrição de tratamento ao
da saúde.
paciente.
SAÚDE COLETIVA - PÚBLICA
Na saúde Pública o caráter é eminentemente
sanitário;

Já na Saúde Coletiva tem-se integração das ciências


sociais com as políticas de saúde pública;
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM SAÚDE COLETIVA
Considerando os objetivos e princípios do Sistema de Saúde brasileiro, qual deve ser
a atuação do nutricionista?
Para o que somos importantes?
Considerando a forma como está organizado o Sistema de Saúde no Brasil, em que
espaços o nutricionista pode e deve estar presente?
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM SAÚDE COLETIVA

CENARIO EPIDEMIOLÓGICO DO
BRASIL
RESULTADOS DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS

TRANSIÇÃO ALIMENTAR

TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
TRANSIÇÃO ALIMENTAR
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

CGAN
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

CGAN
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

POF, 2018
TRANSIÇÃO ALIMENTAR
• POLITICAS E PROGRAMAS INSTITUCIONAIS;
• ATENÇÃO BÁSICA EM SAUDE

PROMOÇÃO E ASSISTENCIA EM SAUDE

VIGILANCIA EM SAUDE

CGAN
POLITICA NACIONAL DE ALIMENTACAO E
NUTRIÇÃO - PNAN

CGAN
• Incentivo Campanhas De Marketing Educativas
• Apoio Criação De bancos De Leite Humanos
• Proteção Amamentação ( Regulação Dos Substitutos Do Lh)

CGAN
ORIENTAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES EDUCATIVAS

CGAN
ÁREAS ESTRATÉGICAS NA ATENÇÃO BÁSICA
Alimentação e nutrição
Atividade física e praticas corporais
Praticas integrativas e complementares
Assistência farmacêutica
Serviço social
Saúde mental
Saúde da criança
Saúde da mulher
Saúde do idoso
CGAN
CGAN
MAS... E O NUTRICIONISTA? COMO EXECUTA
TUDO ISSO?

EM UMA PRÓXIMA AULA


REFERENCIAS UTILIZADAS
• Marco de Referência Educação Alimentar e Nutricional nas Políticas Públicas (Documento MS – MDS–MEC/2012): aborda a
importância de vários profissionais apoiarem as ações de Educação Alimentar e Nutricional - EAN.

• Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN – Lei nº 11.346/2006): obrigação do Estado de dar garantia do
Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) a toda população, com base no conceito de segurança alimentar e nutricional.

• Normas e Manuais Técnicos (Caderno - Série A) - Matriz de Ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Básica de Saúde –
MS/2009.

• Portaria MS nº 2488/2011 - Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (Portaria MS nº 648/2006), estabelecendo a revisão
de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PAC).

• Portaria MS nº 154/2008 - Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF.

• Portaria MS nº 2527/2011 - Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). = Portaria 963/2019

• Portaria MS nº 2715/2011 - Atualiza a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).

• Portaria MS nº 424/2013 - Redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade
como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.

• Ministério da Saúde – Caderno Série B: Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) no Brasil / 2011-2022.

• Resolução CFN nº 380/2005 – dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições por área.

• Programa Saúde na Escola. Ministério da Saúde, 2012.

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