06-AULA 06-SISTEMAS DE GOVERNO-Atualizado Até 18.08.2023

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SISTEMAS DE GOVERNO

Prof. Msc. Arlley Andrade de Sousa


“Pouco se pode esperar de alguém que só
se esforça quando tem a certeza de vir a ser
recompensado”.

José Ortega y Gasset


1. SISTEMAS DE GOVERNO
Os Sistemas de Governo são matérias objeto do ramo científico
“Ciência política”.

O sistema de governo, compreende o modo pelo qual os poderes


constituídos de um Estado se relacionam, principalmente o poder
executivo e o poder legislativo.

Considerando com o grau e intensidade da separação dos


referidos poderes, tem-se desde a separação estrita entre os poderes
legislativo e executivo (presidencialismo), como é exemplo os Estados
Unidos, onde o chefe de governo também é chefe de Estado; até a
dependência completa do governo junto ao legislativo
(parlamentarismo), onde o chefe de governo e o chefe de Estado não se
confundem, caso do sistema de governo do Reino Unido.
1.1 ESPÉCIES DE SISTEMA DE GOVERNO

– 1.1.1 – PRESIDENCIALISMO

– 1.1.2 – PARLAMENTARISMO

– 1.1.3 – SEMIPRESIDENCIALISMO

– 1.1.4 – PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO.


1.1.1 PRESIDENCIALISMO
CONCEITO.

O presidencialismo é um sistema de governo no qual há uma nítida separação


dos poderes entre o executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é exercido
independentemente do parlamento, não é diretamente responsável perante este e não
pode ser demitido em circunstâncias normais.

Presidencialismo é um sistema de governo em que um chefe de governo também


é o chefe de Estado e lidera o poder executivo, que é separado do poder legislativo e do
poder judiciário.

O executivo é eleito e muitas vezes intitulado "presidente" e não é responsável


pelo legislativo e não pode, em circunstâncias normais, dissolver o parlamento.

O legislador pode ter o direito, em casos extremos, de demitir o executivo, muitas


vezes através de um processo de impeachment. No entanto, essas demissões são vistas
como tão raras que não contradizem os princípios centrais deste tipo de sistema político,
que, em circunstâncias normais, significa que o legislador não pode demitir o executivo.
1.1.1 PRESIDENCIALISMO
1.1.2. PARLAMENTARISMO

CONCEITO.

O parlamentarismo é um sistema de governo no qual o


poder executivo de um Estado depende do apoio direto ou
indireto do parlamento, usualmente manifestado por meio de
um voto de confiança.

Assim, não há uma clara separação dos poderes entre


os poderes executivo e legislativo.
1.1.2. PARLAMENTARISMO
Sistema parlamentarista, sistema parlamentar ou
simplesmente parlamentarismo é um sistema de governo
democrático, onde o poder executivo baseia a sua legitimidade
democrática a partir do poder legislativo (representado pelo
parlamento nacional).

Os ramos executivos e legislativos são, portanto,


interligados nesta forma de governo.

Em um sistema parlamentarista, o chefe de Estado é


normalmente uma pessoa diferente do chefe de governo, em
contraste ao sistema presidencial, onde o chefe de Estado muitas vezes
é também o chefe de governo e o poder executivo não deriva a sua
legitimidade democrática da legislatura.
1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO

Conceito.

Semipresidencialismo é um sistema de governo em que o


presidente partilha o poder executivo com um primeiro-ministro e um
gabinete, sendo os dois últimos responsáveis perante a legislatura de um
Estado.

Ele difere de uma república parlamentar na medida em que tem


um chefe de Estado eleito diretamente pela população e que é mais do
que uma figura puramente cerimonial como no parlamentarismo.

O sistema também difere do presidencialismo no gabinete, que


embora seja nomeado pelo presidente, é responsável perante o
legislador, o que pode obrigar o gabinete a demitir-se através de uma
moção de censura.
1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO
Define-se o semipresidencialismo como o sistema de governo no
qual o Chefe de Estado é eleito pelo povo, reconhecendo-se assim a
legitimidade democrática necessária para exercer os poderes relevantes que a
Constituição lhe atribui.

Além dele, há a figura do primeiro ministro e do gabinete, que


compõ o governo, sendo este responsável politicamente perante o parlamento.

Em sentido estrito, o parlamento pode, através de uma moção de


censura, forçar a demissão do Governo(1º Ministro e Gabinete).

Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado


com prerrogativas que o tornam muito mais do que uma simples figura
protocolar ou mediador político.

Difere, também, do presidencialismo pelo fato de o governo (1º


Ministro e Gabinete) ser responsável perante o parlamento.
1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO

Num sistema semipresidencialista, a linha divisória


entre os poderes do chefe de Estado e do chefe de governo
varia consideravelmente de país para país.

Há países, como a França e a Romênia, em que o


presidente é responsável pela política externa, e o primeiro-
ministro, pela política interna.

Já outros, como exemplo, Portugal, a política


externa está também associada ao Ministro Dos Negócios
Estrangeiros.
1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO
1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

A expressão "presidencialismo de coalizão", criada


pelo cientista político Sérgio Henrique Abranches, caracteriza o
padrão de governança brasileiro expresso na relação entre os
Poderes Executivo e Legislativo.

A noção sugere a união de dois elementos - sistema


político presidencialista mais a existência de coalizões
partidárias.

Esse regime de governança reserva à presidência um


papel crítico e central, no equilíbrio, gestão e estabilização da
coalizão.
1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO
As origens partidárias do presidente e do parlamento são
desvinculadas.

As eleições parlamentares e presidenciais podem ocorrer em


datas diferentes, ou, mesmo quando a eleição é realizada na mesma
data, como acontece no Brasil, o eleitor pode optar por eleger um
presidente de um partido e um representante parlamentar de outra
agremiação.

Assim, o presidencialismo difere do parlamentarismo justamente


pelas origens distintas dos poderes executivo e legislativo.
Ao passo que, no parlamentarismo, o executivo surge da
correlação de forças entre os partidos eleitos para o parlamento, no
presidencialismo o executivo deriva da eleição direta do presidente pela
população.
1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO
A coalizão refere-se a acordos entre partidos (normalmente
em torno da ocupação de cargos no governo) e alianças
(dificilmente em torno de ideias ou programas) entre forças políticas
para alcançar determinados objetivos.

Na maioria das vezes a coalizão é feita para sustentar um


governo, dando-lhe suporte político no legislativo (em primeiro
lugar) e influenciando na formulação das políticas
(secundariamente).

Em sistemas multipartidários, nos quais há mais do que dois


partidos relevantes disputando eleições e ocupando cadeiras no
Congresso, dificilmente o partido do presidente terá ampla
maioria no Parlamento, para aprovar seus projetos e implementar
suas políticas.
1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

Assim, alguns partidos - ou muitos, dependendo da conjuntura


política - se juntam para formar um consórcio de apoio e
sustentação ao chefe de governo.

Essa prática é muito comum no sistema parlamentarista, no qual


uma coalizão interpartidária disputa as eleições para o parlamento,
visando obter a maioria das cadeiras e com isso indicar ("eleger") o
primeiro-ministro.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

FIM

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