Trabalho Al of Portela

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Curso: Bach. Em Seg. Pública e do Cidadão.

Disc: Sociologia Criminal

Instrutor: Gelson

Al. Of. Pm: Juvenal Cavalcante Portela

Para o autor, Ibn Khaldun, a solidariedade é uma forma de coesão social entre os indivíduos de um
núcleo urbano, e a medida que aumenta essa sociedade mais forte e complexa fica a solidariedade de
forma que cada indivíduo carregue consigo um sentimento de pertencimento

Além de Khaldun, Durkheim foi outro que procurou entender como a sociedade funcionava e o que fazia
com que ela existisse. Chegou à conclusão de que para a sociedade existir é necessário haver ligação
entre os indivíduos, uma coesão social. Esta coesão é fundada no consenso desenvolvido pelos
indivíduos, e foi denominada por Durkheim

A solidariedade orgânica predominaria, portanto nas sociedades modernas, devido ao grau


de especialização das funções. Nelas, a divisão do no trabalho social ampliaria em todos os
aspectos a especialização dos indivíduos e grupos e concomitantemente os integrariam
numa rede de relações sociais desencadeadoras de integração, dependência mútua,
cooperação capitalista

Durkheim também separou a solidariedade em três categorias:

Solidariedade comunitária: o sentimento social que agrega interesses


comuns de um grande grupo de indivíduos que lutam juntos pelo mesmo
objetivo.

Solidariedade orgânica: como os indivíduos de uma mesma sociedade estão cada vez
mais especializados em determinados assuntos, cria-se uma dependência social em que
cada um é importante para uma finalidade.

Solidariedade mecânica: neste tipo, os indivíduos realizam suas atividades de


maneira individual e independente de seus pares, dando continuidade às crenças e
aos costumes comuns que possibilitam a vida em sociedade
Tal preocupação é explicitada ao afirmar que
A questão que originou esse trabalho (Da divisão social do trabalho) é o das
relações entre a personalidade individual e solidariedade social.
Corro ë que, ao mesmo passo que se torna mais autônomo, o indivíduo depende
mais intimamente da sociedade? corno pode ser ao mesmo tempo, mais pessoal e
mais solidário? Esses dois movimentos, por mais
contraditórios que pareçam seguem-se paralelamente [...] Pareceu-nos que o que
resolvia essa aparente antinomia é urna transformação da solidariedade social,
devida ao desenvolvimento cada vez mais
considerável da divisão do trabalho. Eis como fomos levados a fazer desta
última o objeto de nosso estudo.( DURKHEIM, 1999:p.XLVI)
A questão que origina suas análises da divisão social do trabalho está pautada
em demarcar a existência de um reino social, que necessitaria ser explicado a
partir da ciência da moral. Tal consideração está alicerçada no aspecto de que
a moral é socialmente construída, desenvolve-se na história e tem uma função
na nossa vida temporal.
Dessa forma desfaz-se a antítese de que se preconizava entre a ciência e a moral,
através do estabelecimento da ciência da moral.Outrossim, se a moral é
socialmente construída, faz-se necessário, segundo Durkheim, exercitar a
dúvida metódica, desfazer-se das maneiras de ver e de julgar, que um longo
hábito teria fixado em cada um, e no social.
A solidariedade originada pelo princípio das semelhanças atingiria o seu apogeu
quando numa determinada sociedade a consciência coletiva se sobrepõe à
consciência individual, e a individualidade dos indivíduos é praticamente nula.
Nesse contexto,a personalidade desaparece, por assim dizer, pois o indivíduo
não é mais o mesmo e, sim, o ser coletivo; o indivíduo passa a agir em torno dos
interesses coletivos visando o funcionamento orgânico da sociedade.
Durkheim, para explicitar melhor essa sobreposição do funcionamento do todo
através das ações das partes, faz uma comparação dos indivíduos com
moléculas sociais: “As moléculas sociais que só seriam coerentes dessa
maneira não poderiam, pois, mover-se em conjunto, a não ser na medida em
que não têm movimentos próprios, como fazem as moléculas dos corpos
inorgânicos.” (DURKHEIM, 1995, p. 107).
É por causa dessa analogia com o funcionamento do organismo que Durkheim
propõe chamar de mecânica essa espécie de solidariedade, conforme explicita:
Essa palavra (mecânica) não significa que ela seja produzida por meios
mecânicos e de modo artificial. Sã a denominamos assim por analogia com a
coesão que une entre si os elementos do corpo bruto, em oposição à que faz a
unidade do corpos vivos,( DURKHEIM,1995, p.107)
Dessa forma, se a solidariedade entre indivíduos e sociedade ampara-se no
principio da semelhança entre eles, isso implica que qualquer prática que se afaste
do ideal da coletividade provoca inevitavelmente uma diminuição da
solidariedade social. Assim, a observância da consciência coletiva pode ser mais
facilmente verificada em sociedades ditas primitivas, regidas por costumes e
crenças comuns.
A solidariedade orgânica predominaria, portanto, nas sociedades modernas,
devido ao grau de especialização das funções. Nelas, a divisão do trabalho
social ampliaria em todos os aspectos a especialização dos indivíduos e grupos
e concomitantemente os integrariam numa rede de relações sociais
desencadeadoras de integração, dependência mútua, cooperação.

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