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História do Surgimento de Probabilidades

o surgimento da teoria das probabilidades teve início com os jogos de azar disseminados
na Idade Média. Esse tipo de jogo é comumente praticado através de apostas, na ocasião
também era utilizado no intuito de antecipar o futuro.

O desenvolvimento das teorias da probabilidade e os avanços dos cálculos


probabilísticos devem ser atribuídos a vários matemáticos. Atribui-se aos algebristas
italianos Pacioli, Cardano e Tartaglia (séc. XVI) as primeiras considerações
matemáticas acerca dos jogos e das apostas. Através de estudos aprofundados, outros
matemáticos contribuíram para a sintetização de uma ferramenta muito utilizada
cotidianamente. Dentre os mais importantes, podemos citar:

Blaise Pascal (1623 – 1662)

Pierre de Fermat (1601 – 1655)

Jacob Bernoulli (1654 – 1705)

Pierre Simon Laplace (1749 – 1827)

Carl Friedrich Gauss (1777 – 1855)

Lenis Poisson (1781 – 1840)

Os alicerces da teoria do cálculo das probabilidades e da análise combinatória foram


estabelecidos por Pascal e Fermat, as situações relacionando apostas no jogo de dados
levantaram diversas hipóteses envolvendo possíveis resultados, marcando o início da
teoria das probabilidades como ciências.

As contribuições de Bernoulli enfatizaram os grandes números, abordando as


combinações, permutações e a classificação binomial. Laplace formulou a regra de
sucessão e Gauss estabelecia o método dos mínimos quadrados e a lei das distribuições
das probabilidades.

Atualmente, os estudos relacionados às probabilidades são utilizados em diversas


situações, pois possuem axiomas, teoremas e definições bem contundentes. Sua
principal aplicação diz respeito ao estudo da equidade dos jogos e dos respectivos
prêmios, sendo sua principal aplicação destinada à Estatística Indutiva, na acepção de
amostra, extensão dos resultados à população e na previsão de acontecimentos futuros.

Fenômeno Aleatórios

Fenômenos aleatórios: algo que, quando repetido diversas vezes, pode ter diferentes
desfechos. É tratado como aleatório pois antes da execução não há como saber qual dos
possíveis resultados será observado.

O estudo de probabilidades diz respeito a experiências aleatórias, cujo resultado não


pode ser conhecido "a priori", isto é, antes que a experiência seja efetivamente realizada
e o seu resultado observado. Por exemplo, o lançamento de uma moeda ou de um par de
dados e a retirada de uma carta de um baralho são todas experiências aleatórias.

Por exemplo, ao lançarmos uma moeda sabemos que, se a moeda não é viciada e a
experiência for repetida um número grande de vezes, a proporção de "caras" observadas
deve ser igual à proporção de "coroas". Esta interpretação é chamada de "frequência
relativa" e é razoável em certas situações, como em jogos de azar. No entanto, esta
maneira de pensar em probabilidades é muito restritiva, pois não inclui casos onde a
experiência não pode ser repetida indefinidamente.

Exemplos de fenômenos aleatórios :

1 - Joga-se uma moeda 3 vezes. Quantas "caras" vão sair ?

2 - Joga-se um dado. Qual o número que vai sair ?

3 - O número de caminhões de cerveja que passam numa dada esquina num período
qualquer de tempo é também uma experiência aleatória.

Acontecimento (de uma experiência aleatória)favoritos

Qualquer subconjunto do espaço de resultados (ou espaço amostral) de uma experiência


aleatória, incluindo o conjunto vazio e o próprio espaço de resultados.

Consideremos então, como exemplo, a experiência aleatória que consiste no lançamento


de um dado (de forma cúbica e não viciado), com as faces numeradas de 1 a 6 e
posterior anotação da face que fica voltada para cima. O espaço de resultados (ou
espaço amostral) desta experiência é o conjunto Ώ = { 1, 2, 3 , 4, 5, 6 }. Poderemos
então considerar os seguintes acontecimentos:

A: saida face com numeromultiplo de 5


B: saida de fce com numero positivo
C: saida de face com numero impar

Todos esses acontecimentos sao subconjuntos do conjunto Ώ = { 1, 2, 3 , 4, 5, 6 }. Com


feito

A=Ø

B= Ώ

C = { 2, 4, 6 }.

Operação com acontecimento

Existindo um paralelismo entre conjuntos e acontecimentos às operações definidas entre


conjuntos correspondem operações definidas entre acontecimentos. No entanto, há uma
terminologia própria para acontecimentos, que se exemplifica a seguir recorrendo aos
diagramas de Venn. Considere-se um espaço de resultados S e os acontecimentos A, B,
C, ..., associados a S.

1. Acontecimento complementar ou contrário do acontecimento A

O acontecimento complementar ou contrário do acontecimento A, representa-se por A

ou Ac e é o acontecimento constituído por todos os resultados de S, que não estão em


A.

FIGURA1

2. acontecimento A implica B
A realização do acontecimento A implica a realização do acontecimento B, quando todo
o resultado de A é um resultado de B; indica-se este facto escrevendo A⊆B

FIGURA 2

3. Acontecimento Interseção

Interseção dos acontecimentos A e B, A∩B, ou (A e B), é o acontecimento que se


realiza se e só se A e B se realizam simultaneamente. O acontecimento A∩B é
constituído pelos resultados comuns a A e a B.

FIGURA 3

O acontecimento impossível é o que resulta da interseção de dois acontecimentos


disjuntos. Analogamente ao que se passa na teoria dos conjuntos, representa-se por
∅ ,símbolo do conjunto vazio, mas que aqui se lê acontecimento impossível e não
acontecimento vazio.

4. acontecimento de Uniao

Uniao de acontecimentos A e B, A∪ B, ou ( A ou B ) é o acontecimento que se realiza


se e só se A ou B se realizam. O acontecimento A∪ B é constituido pelos resultados que
pertencem pelo menos um dos acontecimentos A ou B.

FIGURA 4

5. Acontecimento Diferença

Acontecimento diferença entre A e B, A − B, é o acontecimento que se realiza se e só se


A se realiza, sem que B se realize. O acontecimento A − B é constituído pelos
resultados que pertencem a A e não pertencem a B.

FIGURA 5

6. Complemento de um evento
O complemento de um determinado evento A é um evento que possua todos os
pontos do espaço amostral que não estão em A.

Notação:
Ac ou A’

Obs: Sendo um evento, na terminologia dos conjuntos, um subconjunto do espaço


amostral , todas as propriedades das operações para conjuntos, citadas em 6.2.7, são
válidas para eventos.

Exemplo:
Suponha que alguém está interessado em acompanhar diariamente os preços do aço e do
cimento. O objetivo é verificar se os preços caem, permanecem constantes ou sobem em
relação ao dia anterior.
Considere a seguinte representação:

A: o preço cai
B: o preço permanece constante
C: o preço sobe

Como estamos observando ao mesmo tempo o aço e o cimento, fica claro que os
resultados serão combinações do comportamento dos preços dos dois produtos.
Conceitos inicias de probabilidade
Experimento Aleatório (E)

Define-se por experimento qualquer processo de observação. Um experimento é dito


aleatório quando seus resultados estão sujeitos unicamente ao acaso.
Quando o experimento é executado repetidas vezes, os resultados surgirão seguindo
uma configuração definida ou regularidade. É essa regularidade que torna possível
construir um modelo matemático preciso com o qual se analisará o processo.

Exemplos:
E1 : Em uma linha de produção, fabrique peças em série e
conte o número de peças defeituosas produzidas em um
período de 24 horas.
E2 : Uma asa de avião é fixada por um grande número de
rebites. Conte o número de rebites defeituosos.
E3 : Uma lâmpada é fabricada. Em seguida é ensaiada quanto
à duração da vida, pela colocação em um soquete e anotação
do tempo decorrido (em horas) até queimar.
E4 : A resistência à tração de uma barra metálica é medida.

O que os experimentos acima têm em comum? Os seguintes traços são pertinentes à


caracterização de um experimento aleatório:
 cada experimento poderá ser repetido indefinidamente sob condições essencialmente
inalteradas;
 muito embora não sejamos capazes de afirmar que um resultado particular ocorrerá,
seremos capazes de descrever o conjunto de todos os possíveis resultados do
experimento;
 quando o experimento for repetido um grande número de vezes, uma configuração
definida ou regularidade surgirá.

Enfoque Estatístico
Repetindo-se n vezes o experimento aleatório E, o evento A ocorrerá um certo número

m de vezes; m é a freqüência com que o evento A ocorre e é a freqüência relativa de


ocorrência de A.
Chama-se de probabilidade de ocorrência do evento A, e denota-se por P(A), o valor

limite da freqüência relativa para uma seqüência muito grande de realizações do


experimento (n), ou seja,

Enfoque Clássico
Seja E um experimento aleatório e  o espaço amostral associado a E. Suponha que 
seja finito e que todos os resultados de  sejam igualmente prováveis.
Considere ainda, o evento A   . Se n e nA são respectivamente o número de
elementos de  e de A, a probabilidade de ocorrência do evento A é um número real
definido por:

Enfoque Axiomático
Seja  um espaço amostral associado ao experimento E. A cada evento A   associa-
se um número real representado por P(A), denominado probabilidade de A, que
satisfaça os seguintes axiomas:
(i) 0  P(A)  1.
(ii) P() = 1.
(iii) Se A e B são dois eventos disjuntos, então P(AB) = P(A) + P(B).

Algumas propriedades da probabilidade


1. Se  for o conjunto vazio, então P() = 0.
2. Se Ac for o evento complementar de A, então

P(A) = 1- P(Ac)
3. Se A e B forem dois eventos quaisquer de , então
P(AB)= P(A)+ P(B) – P(AB)

4. Se A e B forem dois eventos tais que A  B, então P(A)  P(B).


Dem:

5. Seja a seqüência de eventos A1, A2, ..., An  , então

Exemplo:
O cimento e do aço, apresentado loque que introduzimos o conceito de evento,
admitamos que foram levantadas as probabilidades associadas a cada um dos resultados
individuais de comportamento dos preços.
- Preços do aço e do cimento: Probabilidade dos resultados
Calcule a probabilidades dos seguintes eventos:
K: “preço do cimento subir”
J: “preço do aço permanecer constante”
K  J: “preço do cimento subir ou o preço do aço permanecer constante”

Teorema da probabilidade total


Suponha que os eventos A1, A2, ..., An constituam uma partição de um espaço amostral 
associado ao experimento E.
Se B é um evento qualquer de , então a sua probabilidade de ocorrência será dada por:

P(B) = P(A1) . P(B|A1) + P(A2) . P(B|A2) + ...+ P(An) . P(B|An)

ou

Exemplo:
Imagine que dois generais Q e R estejam disputando o poder num certo país. Considera-
se como certo que um dos dois certamente sairá vencedor. Para qualquer um dos dois
que tome o poder, existe um certa probabilidade de que o Congresso seja fechado.
Sejam:

A: evento “fechar o Congresso”


B1: evento “general Q toma o poder”
B2: evento “general R toma o poder”
P(B1) = 0,7
P(B2) = 0,3
Os analistas políticos estimam que se o general Q tomar o poder haverá uma
probabilidade de 0,9 que o Congresso seja fechado. Se o poder ficar para o general R, as
estimativas são de que a probabilidade de fechar o Congresso reduzem-se a 0,4.
A pergunta fundamental é: qual é a probabilidade de que o Congresso seja fechado,
independentemente de quem ganhar a disputa?

Teorema de Bayes
Seja  um espaço amostral associado ao experimento E. Se os eventos A1, A2, ..., An
constituem uma partição de , onde P(Ai )  0, i=1, 2, ..., n; então para qualquer evento
B de  tal que P(B)  0 tem-se:

onde P(B) é fornecida pelo teorema da probabilidade total.


Distribuições teóricas de probabilidade

Distribuição de Bernoulli

Seja um experimento E onde só ocorrem resultados do tipo “sim” ou “não”.


Esses resultados serão chamados de “sucesso” ou “fracasso”.
Defina então, a variável aleatória discreta X que assume dois valores:

X=1 se ocorrer “sucesso”


X=0 se ocorrer “fracasso”

Suponha ainda que a probabilidade de “sucesso” seja p, então a


probabilidade de “fracasso” será 1- p = q. Ou seja:

Pr(X=1) = p
Pr(X=0) = 1-p

Portanto, a função de probabilidade da variável aleatória X de Bernoulli é:


p(x) = Pr(X=x) = p se x=1
1- p se x=0

ou melhor,

p(x) = Pr(X = x) = px. (1-p)1-x , para x = 0 ou 1.


Notação: X ~ bernoulli(p)
A esperança e a variância para uma variável aleatória com distribuição de Bernoulli
são dadas por

 = E(X) = p
 = Var(X) = p(1-p)
2

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