1° Prova de Física I
1° Prova de Física I
1° Prova de Física I
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• A duração da prova é de 2 horas.
• Material: lápis, caneta, borracha, régua. O uso de calculadora é proibido
• Deixe indicada a raiz de números que não sejam quadrados perfeitos. Não é necessário fazer
aproximações.
• Preencha todas as folhas, inclusive esta, com o seu nome, número USP e o nome do seu professor,
de forma legı́vel.
• Resolva cada exercı́cio começando na frente da folha de respostas possuindo o mesmo número que
o exercı́cio, utilizando, se for necessário, o verso da folha.
• Justifique todas as suas respostas com comentários, fórmulas e cálculos intermediários, sem esque-
cer as unidades das grandezas fı́sicas pedidas.
• Deixe sobre a carteira documento de identificação (identidade ou carteira da USP)
• Revisão da prova e resultados serão anunciados no site da disciplina.
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(1) O vetor posição de uma partı́cula que se move no plano XY é dado por:
→
−
r (t) = (20 + 20t)î + (10t + 35 t3 )ĵ
onde →
−
r é dado em metros e t em segundos. Determine:
(0,75) (a) o vetor velocidade instantânea da partı́cula, seu módulo e direção (ângulo
θ em relação ao eixo X) para o instante t = 1 s;
(0,75) (b) o vetor aceleração instantânea da partı́cula, seu módulo e direção (ângulo
θ em relação ao eixo X) para o instante t = 2 s;
(0,5) (c) o vetor deslocamento da partı́cula no intervalo de tempo t = 0 s até t = 3
s;
(0,5) (d) o vetor velocidade média da partı́cula no intervalo de tempo t = 0 s até
t = 3 s.
dy(x)
Dado: y(x) = axn ⇒ dx = anxn−1
(a) O vetor velocidade instantânea pode ser obtido pela derivação do vetor posição em
função do tempo, ou seja:
→
− d→
−
r (t)
V (t) = = (20î + (10 + 5t2 )ĵ)m/s
dt
1
Portanto o vetor velocidade instantânea para t = 1 s vale:
→
−
V (1) = (20î + 15ĵ)m/s
e o módulo vale:
p
V = 202 + 152 = 25m/s
Direção:
15 3 3
tgθ = = ⇒ θ = arctg
20 4 4
(b) O vetor aceleração instantânea pode ser obtido pela derivação do vetor velocidade em
função do tempo, ou seja:
→
−
→
− d V (t)
a = = (10tĵ)m/s2
dt
a = 20 m/s2
→
−
r (0) = (20î)m
→
−
r (3) = (80î + 75ĵ)m
4→
−
r =→
−
r (3) − →
−
r (0) = (60î + 75ĵ)m
−→ 4→ −
r
Vm = = (20î + 25ĵ)m/s
4t
2
(2) Você tem um estilingue que arremessa projéteis a uma velocidade de 15 m/s , e pretende
atingir alguns alvos com esse estilingue. Assuma que g = 10 m/s2 .
(1.0) (a) Qual a distância horizontal máxima que você pode atingir com o seu
projétil, assumindo que você atira o projétil desde o solo, e que o alvo também está
no solo, na mesma altura do estilingue?
5m
θ 15m
Questão 2, itens (b) e (c).
(1.0) (b) Você quer arremessar o seu projétil (digamos, um “angry bird”) e atingir
um alvo (digamos, um porquinho) que se encontra a uma distância de 15 m na
horizontal, e a uma altura de 5 m na vertical, como indicado na Figura. Encontre
a equação que determina o valor de tan θ – a tangente do ângulo com o qual você
deverá inclinar o seu estilingue. ( Dica: lembre-se que 1/ cos2 θ = 1 + tan2 θ. )
(0.5) (c) Agora, considere que entre o seu estilingue e o alvo existe um obstáculo
que impede que você lance os projéteis com uma inclinação menor que 60o , ou seja,
você só pode lançar projéteis com ângulos θ > 60o . Qual é o valor de tan θ que
permite que você atinja o seu alvo?
x = v0 cos θ t ,
1
y = v0 sen θ t − gt2 .
2
Eliminando t através da primeira equação, temos que:
gx2
y = x tan θ − (1 + tan2 θ)
2v02
Como o alvo está no solo, y = 0, e a solução não-nula da equação acima é:
2v02 tan θ
x=
g 1 + tan2 θ
Usando o máximo dessa função, que está em tan θ = 1 (ou seja, θ = 45o ), temos
que a distância máxima é:
v02
xmax = = 22, 5 m .
g
3
o que pode ser simplificado para:
tan2 θ − 3 tan θ + 2 = 0 .
4
(3) Você está dirigindo um carro em uma pista circular de raio R, que é inclinada de um
ângulo θ com a horizontal, como indicado na Figura. A velocidade do carro é v, constante em
módulo.
�v
θ
R
(0.5) (a) Faça um diagrama de forças considerando que não existe nenhum tipo de
atrito entre os pneus do carro e a pista.
(0.5) (b) Calcule a velocidade na ausência de atrito em função de R, θ e g.
(0.5) (c) Considerando que mesmo com o carro andando há uma força de atrito do
tipo estático (de coeficiente µs ) entre os pneus do carro e a pista, que evita que o
carro deslize para baixo ou para cima. Faça o diagrama de forças nestes dois casos.
(1.0) (d) Com o atrito descrito no item (c) entre o pneu do carro e a pista, determine
a velocidade mı́nima e máxima que o carro pode ter para que este não deslize.
(a) Veja a figura .
(b) No caso sem atrito, temos que a componente vertical da força normal compensa
exatamente a força-peso, portanto N cos θ = mg. A resultante é a componente
horizontal da normal:
Fres = N sen θ = mg tan θ .
√
Usando Fres = mac , e ac = v 2 /R, temos que v = gR tan θ.
(c) Veja os diagramas de baixo da Fig. .
√
(d) A força de atrito estático√será para cima da pista se v < gR tan θ, ou para
baixo da pista no caso de v > gR tan θ. Vamos supor inicialmente o primeiro caso,
de uma velocidade abaixo daquela na qual o atrito seria nulo. Temos então, pelo
diagrama do lado esquerdo da Fig. , que as componentes na horizontal e na vertical
são dadas por:
5
�
N
θ
F�res
Sem atrito:
θ
m�g
�
N
�
N
θ θ
Com atrito: F�s
F�res
(baixa e alta F�res
velocidade) θ ou
F�s
θ
m�g m�g
Se a velocidade for abaixo desse valor, a resultante das forças não será igual a mac ,
e o peso do carro fará com que ele deslize para baixo.
√
O caso em que v > gR tan θ é totalmente análogo ao anterior, bastando que se
inverta o sentido da força de atrito Fs nas equações acima. O resultado é:
s
sen θ + µs cos θ
vmax = g R .
cos θ − µs sen θ
Caso a velocidade seja acima desse valor, a aceleração não será suficiente para que o
carro mantenha uma trajetória de movimento circular uniforme com raio R. Nesse
caso, o carro vai começar a percorrer uma trajetória de menor curvatura, ou seja,
ele vai começar a ‘sair pela tangente’.
No caso de o carro ter uma velocidade vmin < v < vmax , a única variável que muda
é o módulo da força normal, que pode assumir qualquer valor no intervalo:
mg mg
<N < .
cos θ + µs sen θ cos θ − µs sen θ
6
(4) Um bloco de massa m = 2, 0 kg está apoiado sobre o lado esquerdo de um bloco de
massa M = 8, 0 kg. O coeficiente de atrito cinético entre os dois blocos é de 0, 3 e a superfı́cie
sobre a qual o bloco de 8, 0 kg está apoiado é sem atrito. Uma força horizontal constante de
módulo F = 10, 0 N é aplicada ao bloco de 2, 0 kg, colocando-o em movimento como mostrado
na figura abaixo. Se a distância L que a superfı́cie frontal do bloco menor percorre sobre o
bloco maior é de 3, 0 m.
a)
b) A aceleração do bloco menor pode ser calculada usando a segunda lei de Newton, ou seja
→
− −→
→
− −→ −
→ −
→ F − Fat 10 − 0, 3.10.2 ˆ 2
F − Fat = mam ⇒ am = = = (2, 0i)m/s
m 2
7
−→
−→ Fat 0, 3.10.2 3ˆ
Fat = M aM ⇒ −
a→
M = = = ( i)m/s 2
M 8 4
1
(x + L) = am t2
2
1
x = aM t2
2
x+L am 9
= ⇒x= m
x aM 5
9 1 p
= aM t2 ⇒ t = 24/5s
5 2