Estigma Do Aborto Acaba Aqui Guia Do Facilitador ABSTTKP19
Estigma Do Aborto Acaba Aqui Guia Do Facilitador ABSTTKP19
Estigma Do Aborto Acaba Aqui Guia Do Facilitador ABSTTKP19
DE UM WORKSHOP EFECTIVO
ÍNDICE
Introdução 1
Actividades BÁSICAS 13
Recursos-Chave 18
Referências 18
INTRODUÇÃO
Muitas pessoas que utilizam este kit de ferramentas podem ser facilitadores experien-
tes, enquanto outras podem ser novas a facilitar esses tipos de actividades. Aqui estão
algumas dicas para garantir um workshop ou sessão bem-sucedidos e eficazes.
• Escolha exercícios que incluam alguns de cada módulo, uma mistura de meto-
dologias e uma variedade de tópicos. Assegure-se de que os exercícios escolhi-
dos sejam adaptados para atender aos objectivos e que sejam apropriados para
o seu público. Orientações sobre adaptação de exercícios para acessibilidade e
compreensão podem ser encontradas a partir da página 9 deste módulo
• Discuta sobre os materiais e outros recursos que você pode precisar e informese
sobre como e quando estarão disponíveis.
• Defina regras de grupo para garantir que todas as pessoas tenham as mesmas
oportunidades de participar e peça aos participantes para contribuírem com
suas próprias ideias sobre possíveis regras de grupo.
Durante o workshop
Organize o espaço
• Altere o espaço e a organização das cadeiras de acordo com sua actividade e
apresente diferentes opções.
• Reúnam-se no final de cada sessão para saber como foi o dia e planear a sessão
seguinte.
• Ter uma equipa de facilitadores ajuda a manter altos os níveis de energia e inte-
resse e fornece uma variedade de estilos de formação para os participantes.
Administre o Tempo
• Em um programa de formação curta, não há tempo suficiente para aprofundar
todos os problemas. Você precisará gerir o tempo cuidadosamente ou seu ob-
jectivo geral não será cumprido.
• Entre em acordo sobre quanto tempo é preciso para cada sessão - e cumpra
esses limites de tempo. Não permita que as sessões sejam arrastadas por muito
tempo. Termine a tempo.
• Mantenha suas instruções simples e claras e use exemplos para ajudar na com-
preensão.
• • Use as próprias palavras dos participantes para que reconheçam suas pró-
prias contribuições.
• Use cores diferentes, como preto para o texto principal e vermelho para subli-
nhar palavras-chave.
• Prepare todos os seus materiais para cada exercício no início do dia, para que
você não precise de tempo entre os exercícios. Desta forma, você não manterá
os participantes à espera enquanto você se prepara.
• Ao resumir um exercício, você pode começar por fazer a ligação com o seguin-
te. Por exemplo, você pode dizer algo como: Temos explorado como o estigma
varia em diferentes contextos. No próximo exercício, aprofundaremos isso e
analisaremos o impacto dessas diferentes formas de estigma…
• Você pode planear novos tópicos depois de um intervalo para o café ou almoço.
• Você pode usar energizadores para criar um intervalo entre exercícios com tópi-
cos diferentes ou para fazer a transição entre tópicos semelhantes. Por exemplo,
Antes de explorarmos isso de forma mais aprofundada no próximo exercício,
vamos energizar-nos…
• Depois de uma sessão emocional, considere fazer uma pausa ou cantar uma
música para ajudar a aliviar os espíritos dos participantes.
• Use um “jardim” se isso fizer sentido para o seu grupo. Um jardim é um flip-
chart onde você coloca notas com tópicos de conversa que talvez não consiga
resolver no momento - talvez o tópico não esteja directamente relacionado ao
estigma do aborto, ou você está a ficar sem tempo - mas que são importantes
para abordar em outro momento. Para fazer um jardim, você pode desenhar um
jardim ou escrever “jardim” em um flipchart.
• Fila de aniversário: Peça aos participantes para ficarem em uma fila na ordem
de seus aniversários - por exemplo, Janeiro em um extremo e Dezembro no ou-
tro. Para tornar mais divertido, peça aos participantes que façam isso sem falar.
Uma vez que eles estão em uma linha, você poderá dividi-los em grupos.
• Faça o balanço com o/a co-facilitador(a). Revejam cada exercício e deem fee-
dback sobre o/a outra(a).
• Recolha todos os flipcharts ou cartões que poderão ser úteis para elaborar um
relatório ou para documentar a formação.
TIPO DE
DESCRIÇÃO & OBJECTIVO DICAS
ACTIVIDADE
Energizadores Os energizadores podem ser usa- Os facilitadores podem desenvolver seus
dos ao longo de um workshop para próprios estilos e jogos
ajudar a manter altos os níveis de
energia e interesse; Eles incluem Use divisores de grupos como energizado-
jogos curtos, músicas e histórias, e res para fazer os participantes se movimen-
geralmente são actividades rápidas tarem e misturarem
que envolvem todos os participan- As músicas são óptimas para criar espírito
tes e os encorajam a se movimentar, de grupo, mas podem não funcionar em
falar, cantar ou rir todos os contextos
Divisores de grupos Use divisores de grupos para dividir Para mais ideias, veja a página 5, ou faça
um grande grupo de participantes uma busca na internet por “maneiras de
em vários grupos menores dividir um grupo criativamente”
Debates Os participantes reflectem sobre Use perguntas abertas para iniciar um de-
suas próprias experiências, com- bate
partilham com os demais, analisam
questões e planeiam acções conjun- Acompanhe cuidadosamente para garantir
tamente que todos possam participar
Essas imagens também podem ser Lembre-se que não há respostas erradas –
usadas de outras formas, como as pessoas verão coisas ligeiramente dife-
iniciar discussões ou como base para rentes na mesma imagem
uma história ou um drama. Para participantes com deficiência visual,
você pode descrever as imagens em deta-
lhes ou usá-las para contar uma história
1-2-4-Todos Uma maneira mais criativa de fazer Incentive os participantes a tomarem notas
uma apresentação após uma activi- durante o tempo de reflexão
dade
Use sinos ou outros sons (batidas) para sina-
Os participantes reflectem sozinhos lizar o tempo de troca
sobre o que aprenderam ou sobre
uma questão Durante o feedback em plenária, peça aos
grupos que não repitam os pontos que já
Em seguida, juntam-se a um(a) co- foram mencionados
lega para compartilhar ideias (duas
pessoas). Depois, os pares juntam-se
a outro par (grupo de quatro) para
discutir e acordar sobre pontos-cha-
ve para compartilhar com o grupo
grande (todos)
Pior cenário possí- Peça aos participantes para imaginar Use essa metodologia com um bom senso
vel o pior cenário possível ou o resulta- de humor
do mais indesejado
Incentive os participantes a pensar nos ce-
Depois pergunte: Tal cenário está a nários mais exagerados\
acontecer actualmente? Estamos a
fazer algo a respeito disso agora? Sugestões para mudança devem estar
relacionadas com parar algo que já está a
Em seguida, os participantes identifi- acontecer, não fazer algo novo
cam o que precisa mudar
Crowdsourcing Uma boa técnica para gerar grandes Encoraje os participantes a escrever ideias
ideias! ousadas (fora da caixa) e a não pensarem
por muito tempo.
Cada participante escreve uma ideia
ousada num cartão, depois mistu- Pontuação/classificação é uma maneira de
ram, repassam, leem e classificam as dizer: “Eu quero discutir mais sobre isso”
ideias numa escala de 1 a 5 quando
o sino toca
Alfabetização e compreensão
Para promover a redução efectiva e sustentada do estigma na comunidade, deve-
mos garantir que formações, exercícios, formatos e conteúdos sejam acessíveis e
apropriados para audiências com diferentes níveis de alfabetização e compreensão.
Participantes com baixa/nenhuma alfabetização ou baixos níveis de compreensão se
beneficiam de conteúdos e formatos interactivos, que os auxiliam a condensar, com-
preender e recordar informações dentro de seu segundo seu pensamento, contexto e
experiências (C-Change, 2012).
Os exercícios neste kit de ferramentas são cativantes e orientados para a acção, con-
cebidos para promover a interacção dos participantes com o conteúdo e as meto-
dologias. A maioria dos exercícios é fácil de adaptar para se adequarem a diferentes
níveis de alfabetização, mas sempre tenha cuidado para garantir que você não esteja
excluindo quaisquer participantes, assumindo que eles sabem ler e escrever. Tanto
quanto possível, use imagens e comunicação verbal, em vez de documentos escritos.
• Ao planear, confira cada exercício para ver se precisa adaptá-lo de alguma for-
ma para tornar mais fácil para os participantes que têm menos confiança em ler
ou escrever.
• As imagens podem ser baixadas online. Guias da Hesperian têm uma colecção
de imagens que são apropriadas para grupos com baixos níveis de alfabetiza-
ção.
• Ler os materiais em voz alta, usar texto em letras garrafais ou descrever qualquer
imagem para participantes com deficiência visual;
Regras do grupo
Agenda do Workshop
Sessão 1
Por que ela morreu? Actividade de EVMA (1B)
(10:00 – 11:00)
Intervalo para o chá e organização da Sessão 2 (11:00 – 11:15)
Sessão 2
Uso de imagens para reconhecer o estigma do aborto (2C)
(11:15 – 12:25)
Almoço: 12:30 – 13:30
Sessão 3 Crenças e práticas culturais: Manter o bom, mudar o resto!
(13:30 – 14:40) (3C)
Sessão 4
Sigilo, silêncio e estigma (4C)
(14:40 – 15:25)
Intervalo para o chá: 15:25 – 15:40
Balanço
Jogo/actividade de Balanço (Descascar a bola ou P&R)
(15:40 – 16:00)
Reflexão: Que questões ficaram pendentes? Como se
Encerramento sentem?
(16:00 – 16:30)
Breve Visão Geral do Dia 2
Encerramento Pós-teste
(16:00 – 16:30) Comentários finais e agradecimento aos participantes
SBCC material and activity formats for audiences with lower literacy skills (Communica-
tion for Change, 2012)
REFERÊNCIAS
C-Change (Communication for Change). 2012. C-Bulletins: Developing and Adapting
Materials for Audiences with Lower Literacy Skills: C-Bulletin 2. Washington, DC: FHI
360/C-Change. Retrieved from https://www.fhi360.org/sites/default/files/media/docu-
ments/C-Bulletin-intro.pdf