RELATÓRIO Nº1 2024 Atualizado
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RELATÓRIO Nº1 2024 Atualizado
Março 2024
Tecnologia de Materiais Lenhocelulósicos
Idalina Domingos
Relatório Nº1 – Determinação da densidade aparente de uma madeira
Clara Roque pv27365
Joana Azoia pv28258
Viseu/ ano letivo 2023-2024/ 17-03-2024
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ÍNDICE
1. Objetivos........................................................................................................................................4
2. Introdução.....................................................................................................................................5
3. Material........................................................................................................................................10
4. Procedimento.................................................................................................................................11
5. Resultados e Cálculos.....................................................................................................................12
7. Bibliografia......................................................................................................................................15
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1. OBJETIVOS
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2. INTRODUÇÃO
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As resinosas e folhosas apesentam variações na estrutura fibrosa do lenho. Enquanto as
folhosas são mais evoluídas e apresentam uma estrutura anatómica mais complexa e mais
heterogénea, as resinosas são menos evoluídas e apresentam uma estrutura anatómica mais simples e
mais homogénea com predominância de elementos mais longos e retos.
A anatomia do lenho das coníferas nos três planos fundamentais de observação arquitetural
permite identificar as camadas de crescimento, os raios lenhosos e, eventualmente, elementos
parenquimatosos no plano transversal. Como os canais de resina nesta classe quando presentes são
irrelevantes e os raios são sempre estreitos, a informação visual é relativamente pequena no plano
tangencial. No plano radial observa-se as camadas de crescimento.
Numa perspetiva microscópica, no que compete às camadas de crescimento é percetível a sua
nitidez e diferenciação dos lenhos inicial e final. Obviamente, tanto mais marcada quanto maior for a
heterogeneidade estrutural do lenho diferenciado ao longo de um ciclo de crescimento e,
naturalmente também, quanto mais vincadas forem as diferenças climáticas estacionais na região
geográfica em que a árvore cresce. A análise dos canais de resina, apenas presentes em certas
madeiras de coníferas, reveste-se de grande interesse diagnóstico. Os raios lenhosos apresentam nas
resinosas bastante discrição sendo não só pouco evidentes, mas de fraco valor na identificação a nível
do género botânico, já que inteiramente se articulam com aspetos estruturais patentes no plano
transversal. Menor valor diagnóstico e menor interesse caracterizativo tem o parênquima longitudinal,
só observável com ampliação, quer pela sua discreta presença, quer pelo seu disperso arranjo
arquitetural.
A anatomia do lenho das dicotiledóneas nos três planos fundamentais da arquitetura lenhosa
permite identificar as camadas de crescimento, no plano transversal, bem como os poros, e ainda o
parênquima e os raios, estes identificáveis no plano transversal e com especial relevo no plano
tangencial. A presença de depósitos gomosos característicos e inclusões de floema é também
observável.
No que concerne às camadas de crescimento, é possível discernir a sua nitidez e elementos de
distinção, bem como reconhecer a visibilidade das formações inicial e final. Os poros, resultantes do
seccionamento reto dos vasos lenhosos no plano transversal, devem ser analisados em termos do
denominado tipo de porosidade, forma dos poros, arranjo arquitetural, tamanho, proporção relativa e
obstrução ou oclusão.
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Nas madeiras de folhosas é notável madeira de porosidade em anel, difusa e semi-difusa,
distinguível pelo arranjo e diâmetro dos vasos. Madeiras com porosidade em anel apresentam vasos
com grandes diâmetros no lenho inicial e vasos com pequenos diâmetros no lenho tardio, após uma
mudança abrupta. O parênquima discreto na maior parte das folhosas temperadas de porosidade
difusa, assume evidente interesse em algumas semi-difusas, mas, sobretudo, nas de porosidade em
anel. As células de parênquima são curtas, compactas, com extremidades achatadas. O número destas
células nas folhosas é maior que em coníferas, apresentando mais parênquima axial. Já os raios
lenhosos são muito importantes quanto ao tamanho (largura e altura), distinção e quanto à densidade.
Na restante estrutura lenhosa, é de interesse a presença de depósitos gomosos e irrelevante a
inclusão de floema.
Toda e qualquer árvore e, consequentemente, a sua madeira, contém uma certa quantidade de
água, quantidade essa que depende da sua espécie, estrutura, localização geográfica, entre outros
fatores. Define-se “humidade da madeira” como o teor de água de um provete de madeira é o
quociente, expresso em percentagem, da massa da água que se evapora do material por secagem a
103 ± 2 ºC até valor constante, pela massa do provete depois de completamente seco.
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m ₁−m₂
Ou seja: H= ×100
m₂
m₁ = massa do provete húmido, expressa em gramas
m₂ = massa do provete completamente seco, expressa em gramas
Vários fatores influenciam a humidade da madeira sendo alguns deles: condições ambientais,
em ambientes húmidos, a madeira absorve humidade do ar, enquanto em ambientes secos, ela pode
perder humidade. Quanto mais tempo ela é exposta a condições húmidas ou secas, mais ela tende a se
ajustar à humidade do ambiente. O tipo de madeira também influencia a humidade na madeira sendo
que algumas espécies absorvem e liberam humidade mais rapidamente do que outras. O local onde a
madeira é armazenada pode influenciar a sua humidade, bem como processos de secagem.
Pinus pinaster conhecido como o pinheiro-bravo é uma árvore do tipo conífera considerado a
espécie mais abundante na floresta nacional correspondendo a 29% da área florestal de Portugal
continental. Apresenta grandes aspetos estruturais como: madeira com cerne distinto, vermelho-claro,
de contorno regular e definido, borne esbranquiçado ou branco-amarelado e largo. Medula
sensivelmente circular, mais ou menos volumosa. Camadas de crescimento muito distintas,
particularmente pela espessa zona de outono, de contorno regular e definido, medianamente finas a
largas ou mesmo muito largas. Grão grosseiro e textura desigual. Fio, em geral direito,
frequentemente espiralado.
Macroscopicamente, apresenta parênquima e raios indistintos. Canais de resina de dois tipos:
longitudinais, muito grandes e numerosos e transversais, menos notáveis e menos volumosos.
Microscopicamente, apresenta traqueídos verticais, sem espaçamento espiralado, com grandes
pontuações areoladas unisseriadas. Raios lenhosos heterogéneos unisseriados e fusiformes e
parênquima vertical ausente.
Devido à taxa de crescimento e textura, componentes de homogeneidade da madeira e do tipo
de veio, densidade e resistência mecânica do material, configuram dois paradigmas do pinho bravo
português: pinho de Viana e pinho de Leiria. O pinho de Leiria apresenta uma densidade (H=12%) de
640 kg/m³ (pesada), enquanto o pinho de Viana tem uma densidade (H=12%) de 565 kg/m³
(moderadamente pesada). Para referência estes valores de densidade foram retirados do livro
“Madeiras Portuguesas – Estrutura Anatómica, Propriedades, Utilizações” de Albino de Carvalho.
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Quercus faginea conhecido como carvalho português ou carvalho cerquinho é uma árvore
folhosa, cuja distribuição natural se restringe à Península Ibérica e à parte ocidental do Norte de
África. Estes carvalhos não ultrapassam, normalmente, os 20 metros de altura e atingem idades
avançadas, pois adequam-se muito bem às adversidades climáticas.
Apresenta grandes aspetos estruturais como: madeira com cerne distinto, castanho-
amarelado, de contorno mais ou menos regular e definido. Medula estrelada e pouco volumosa.
Camadas de crescimento bem visíveis, tanto no borne como no cerne. Fio, em geral reto. Grão
grosseiro e desigual. Textura desigual e forte.
Macroscopicamente, esta espécie apresenta porosidade em anel, parênquima abundante
especialmente metatraqueal, em bandas concêntricas, sinuosas e quase contínuas. Raios de dois tipos:
largos e estreitos, muito evidentes nas secções tangencial e radial.
Microscopicamente, apresenta em maioria vasos solitários e em grupos de dois, sem arranjo
distinto. Raios unisseriados simples e multisseriados e fibras liberiformes.
Em termos de propriedades físicas, esta espécie de carvalho possui uma densidade (H=12%) de
890 kg/cm³ (pesado). Para referência este valor de densidade foi retirado do livro “Madeiras
Portuguesas – Estrutura Anatómica, Propriedades, Utilizações” de Albino de Carvalho.
Neste trabalho prático será inicialmente realizada medições de massa e efetuadas dimensões
das amostras para calcular a densidade aparente, permitindo a comparação dos resultados com
valores padrões disponíveis na literatura. Posteriormente, será realizada a determinação da humidade
das amostras de madeira, depois que foram retiradas da estufa. Serão também discutidos os possíveis
erros cometidos durante o procedimento e outras considerações relevantes para a interpretação dos
resultados obtidos.
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3. MATERIAL E REAGENTES
o Estufa
o Paquímetro digital
o Balança laboratorial
o Exsicador
o Amostras de madeira
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4. PROCEDIMENTO
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5. RESULTADOS E CÁLCULOS
o Determinação do volume
Pinho → Volume = 2,006 × 2,204 × 2,204 = 9,744 cm³
Carvalho → Volume = 2,002 × 2,171 × 2,173 = 9,445 cm³
o Determinação da densidade
Fórmula para o cálculo da densidade: ρ = massa / volume1
o Determinação da humidade
Fórmula para o cálculo da humidade: H% = [(massa húmida - massa seca) / massa seca] × 100
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Carvalho → [(4,5471 – 3,8540) / 3,8540] × 100 = (0,6931 / 3,8540) × 100 ≈ 18%
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6. DISCUSSÃO DE RESULTADOS E CONCLUSÕES
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Concluímos que o tempo que as amostras tiveram na estufa, que foi mais ou menos durante
uma semana, pode ser considerado insuficiente já que os valores da humidade são relativamente
superiores ao dito comum. Caso tivessem permanecido por mais tempo o valor da humidade podia
ter sido mais próximo do esperado.
Em resumo, o trabalho proporcionou uma experiência prática significativa, desenvolvendo
habilidades de medição e análise laboratorial, e destacando a relevância da densidade da madeira
em diversas aplicações. Os possíveis erros foram discutidos, contribuindo para o aprimoramento das
técnicas utilizadas.
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7. BIBLIOGRAFIA
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